Accursed – Explorando Mundos Selvagens #07

O cenário de Accursed, criado por Ross Watson e publicado no Brasil pela Editora Retropunk, é uma fusão sombria de fantasia gótica e horror, ambientado em um mundo pós-apocalíptico chamado Morden.

Como jogadores vocês não interpretam heróis tradicionais, mas sim os Amaldiçoados: seres transformados em monstros por poderosas bruxas conhecidas como As Bruxas da Desgraça.

O cenário se destaca por sua abordagem narrativa única, explorando temas como corrupção, redenção e o custo moral do poder.

Combinando elementos de contos de fadas distorcidos, mitologia europeia e horror lovecraftiano, Accursed oferece um pano de fundo rico em ambiguidade e tensão, onde a linha entre herói e vilão é constantemente apagada.

O Legado das Bruxas da Desgraça e a Queda de Morden

A história de Morden é marcada pela Grande Guerra, um conflito catastrófico entre as nações do continente e as Bruxas da Desgraça, entidades antigas que personificam diferentes aspectos da escuridão.

Originalmente, as Bruxas ofereceram poder aos líderes humanos em troca de servidão. Mas quando esses pactos foram quebrados, elas desencadearam uma invasão sobrenatural conhecida como A Noite das Lágrimas.

O resultado foi a quase destruição de Morden: reinos foram reduzidos a terras baldias, cidades transformadas em necrópoles e populações inteiras escravizadas ou transformadas em monstros.

Cada Bruxa governou durante muito tempo um Reino Amaldiçoado, impondo sua visão distorcida à geografia e aos sobreviventes. Por exemplo:

  • Baba Yaga, A Velha Avó: reside nas frias e densas florestas de Steppengrad com suas criaturas feitas de gelo e ossos.
  • Hecate, A Rainha Negra: uma criatura feérica de imenso poder, que controla os Picos Muralhanegra com suas espíritos e criaturas espectrais.
  • Bruxa de Sangue, A Condessa: é uma figura quase humana, que reside em Valkenholm e faz frequentes aparições na Corte, e sua beleza sobrenatural e juventude eterna geram os mais diversos rumores.

Após a guerra, as Bruxas foram derrotadas pelo Sacrifício dos Sete, um grupo de heróis que selou seu poder usando artefatos místicos.

No entanto, a vitória foi parcial: as Bruxas ainda influenciam o mundo através de marcas de maldição, e seus servos, os Amaldiçoados, são tanto vítimas quanto agentes de seu legado.

Os Amaldiçoados: Monstros em Busca de Humanidade

O cerne de Accursed está nos próprios jogadores, que interpretam Amaldiçoados — humanos transformados em criaturas sobrenaturais pelas Bruxas.

Essas transformações, chamadas Maldições, concedem poderes terríveis, mas ao custo da humanidade.

Cada personagem carrega uma Marca da Bruxa, um símbolo físico de sua ligação com uma das Bruxas, que os corrompe gradualmente. Por exemplo:

  • Dhampir (Maldição da Bruxa de Sangue): Alimenta-se de sangue, ganha agilidade sobrenatural e seus sentidos aguçam, mas sofre danos letais de artefatos de madeira.
  • Múmias (Maldição de Djinn): Extremamente resistentes a Dano, a maioria destas criaturas usa seus próprios sarcófagos como armaduras, uma vez que são forçados a passar boa parte do tempo dentro deles.
  • Mongrels (Maldição de Górgona): Estas criaturas foram criadas pela Bruxa ao misturar partes humanas e de animais. Cada Mongrel é único, e suas habilidades vão muito além de qualquer humano comum, mas a dor da cirurgia realizada por Górgona é uma constante na vida destes amaldiçoados.

A mecânica de Corrupção é central: quanto mais um Amaldiçoado usa seus poderes, maior o risco de perder o controle e se tornar um NPC antagonista.

No entanto, há esperança. Os jogadores podem buscar Redenção, destruindo artefatos ligados às Bruxas ou resistindo à tentação do poder.

Essa dualidade cria dilemas profundos: usar habilidades monstruosas para proteger inocentes pode acelerar a queda do personagem, enquanto a abstenção os deixa vulneráveis.

Além disso, os Amaldiçoados são marginalizados. Sobreviventes humanos os veem com desconfiança, temendo que sejam agentes das Bruxas.

Isso adiciona camadas de conflito social: os jogadores devem negociar com facções desesperadas, e muitos acabam se unindo a Ordem dos Penitentes. Um dos poucos grupos que aceita os amaldiçoados como eles são.

Tons Sombrios e Ambiguidade Moral

Accursed evita clichês de “bem versus mal” em favor de nuances cinzentas.

Até as Bruxas têm motivações complexas, e os humanos tem sua parcela de culpa na guerra que ocasionou as mudanças atuais do cenário.

Os Reinos Amaldiçoados não são meros cenários de horror, mas reflexos das falhas humanas — ganância, medo e arrogância — que permitiram o domínio das Bruxas.

O cenário também incorpora elementos de horror cósmico.

As Bruxas não são simplesmente malignas; são entidades além da compreensão mortal, cuja verdadeira natureza é revelada através de pistas fragmentadas.

Seus servos incluem criaturas que desafiam a lógica, como os Espectros do Cárcere, seres feitos de sombra e angústia, ou os Engolidores, monstros que assimilam memórias de suas vítimas.

sobrevivência é um tema constante. Cidades fortificadas são ilhas de resistência, mas até nelas a paranoia e a escassez de recursos geram conflitos.

Missões podem envolver escolhas desesperadas, como sacrificar uma vila para salvar uma cidade ou libertar um monstro para combater um mal maior.

Um Cenário para Histórias de Luz nas Trevas

Accursed brilha ao oferecer um cenário onde a esperança persiste, mas nunca sem custo. Sua riqueza está na profundidade de seu mundo e na complexidade de seus personagens.

Os Amaldiçoados são figuras trágicas, forçadas a confrontar não apenas monstros externos, mas a escuridão dentro de si mesmos.

Com uma mitologia detalhada, antagonistas multifacetados e um sistema que recompensa narrativas emocionais, Accursed é uma experiência imersiva para grupos dispostos a explorar os limites entre heroísmo e monstruosidade.

Seja buscando redenção ou abraçando a maldição, os jogadores encontrarão em Morden um mundo onde cada vitória carrega o sabor amargo da perda — e onde até a escuridão pode ter uma centelha de humanidade.


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Autor: Álvaro Bevevino.
Revisão: Raquel Naiane.

Vermilium – Explorando Mundos Selvagens #06

Vermilium é um RPG de fantasia sombria que transporta jogadores para o Novo Mundo. Um território marcado por cicatrizes de civilizações extintas, florestas que respiram magia e desertos onde a sobrevivência é uma batalha diária.

Desenvolvido pela White Witch Games, o cenário será trazido ao Brasil pela Editora Escafandro e se destaca por sua profundidade narrativa. Explorando temas como colonização, opressão religiosa e a luta por identidade em um mundo à beira do colapso.

O Novo Mundo: Um Território Dividido Entre Ruínas e Rebelião

O coração de Vermilium é o Novo Mundo, um continente onde a humanidade chegou como refugiada de uma terra natal moribunda.

Três séculos após o Êxodo do Ocaso, os colonizadores imperiais construíram o Império Aureliano. Uma teocracia expansionista governada pela imperatriz Adara Aurelia e controlada pelo Templo da Luz, que combina fanatismo religioso com tecnologia industrial.

No entanto, o verdadeiro protagonista do cenário é a própria geografia:

  • O Arquipélago Coralino: Domínio dos elfos marítimos vol’doon, é uma rede de ilhas vulcânicas onde cidades esculpidas em corais abrigam pescadores, piratas e um palácio ancestral protegido por tubarões-sereia.
    Aqui, a cultura élfica venera o oceano como um deus, realizando cerimônias de nascimento e morte nas marés.
  • Os Grandes Desertos: Uma vastidão de areia e cânions habitada pela Tribo Fantasma, coalizão de ex-escravos e renegados que lutam contra o Império, e pelos elfos thu’loon, canibais que adoram uma rainha-deusa e sequestram viajantes para rituais sangrentos.
  • O Crescente Interior: Coração do Império, onde cidades como Alvorada de Nophra (capital religiosa) e Almouth (centro industrial) revelam a contradição entre progresso e opressão.
    Trens mecanóides cortam planícies, enquanto inquisidores queimam “bruxas” em praças públicas.
  • A Subterra: Um reino subterrâneo de cogumelos bioluminescentes e ruínas de uma civilização industrial extinta, habitado por pequeninos pálidos e máquinas autônomas que ainda patrulham corredores esquecidos.

Cada região é um mosaico de culturas diferentes, facções em conflito e segredos enterrados, incentivando exploração e escolhas morais.

A tensão entre colonizadores e nativos — anões clânicos, elfos caçadores, pequeninos das florestas — é palpável, criando um pano de fundo perfeito para campanhas políticas, traições e revoluções.

O Peso da Ambição e da Sobrevivência

Vermilium brilha em sua construção de facções multifacetadas, onde nenhum lado é inteiramente heroico ou vilão:

O Império Aureliano é governado por uma burocracia corrupta e pelo Templo da Luz, se tornando uma uma máquina de conquista.

Seus inquisidores caçam praticantes de magia, enquanto engenheiros da Academia Imperial desenterram tecnologias proibidas dos Arquitetos, mestres esquecidos do mundo antigo.

A imperatriz Adara, embora abolicionista, é uma figura tragicamente impotente diante do fanatismo religioso.

A Sociedade do Chapéu Preto é uma rede criminosa que domina mercados clandestinos, desde Porto Vermilium (uma cidade flutuante feita de navios encalhados) até os becos de Serenidade.

Seus membros, marcados por tatuagens de sangue, seguem um código de honra tão brutal quanto eficiente.

As Nações da Floresta, compostas por pequeninos e sasquatches unidos contra o desmatamento imperial.

Liderados pelo carismático Carcaju Zero, eles usam armadilhas naturais e guerrilhas para proteger suas árvores sagradas, como a Sequoia Celeste, uma cidade vertical entalhada em troncos milenares.

A Tribo Fantasma é composta por ex-escravos e desertores que adotaram símbolos do Reino Qol’kaan (elfos extintos) para combater o Império. Seu líder, o Cavaleiro Esmaecido, é um mistério — alguns juram que é um espectro, outros, um revolucionário mortal.

Essas facções não existem em vácuo. Por exemplo, a Cia. de Mineração Arraia Blake e a Cia. de Petróleo Gato-do-Mato disputam recursos nos desertos, enquanto a Confederação de Clãs Anões luta para reconstruir suas terras após uma guerra civil contra vampiros.

Cada conflito oferece ganchos para aventuras: proteger comboios de trem, negociar tréguas frágeis ou sabotar barragens que ameaçam aldeias élficas.

Anti-Heróis e Identidade: Os Protagonistas das Sombras

Em Vermilium, os jogadores assumem papéis de anti-heróis, figuras à margem da sociedade, cujas motivações variam de sobrevivência a redenção:

Bruxas e Feiticeiros: Marginalizados pelo Templo da Luz, eles canalizam magia através de plantas venenosas e pactos com espíritos da terra. Uma bruxa pode curar uma vila com ervas colhidas em cemitérios, mas arrisca ser queimada viva se descoberta.

Troca-Peles: Exilados anões amaldiçoados pela lua índigo, transformam-se em bestas durante a noite. Suas histórias exploram temas de aceitação e perda de humanidade.

Engenheiros Mecanóides: Estudiosos que reativam autômatos do mundo antigo, como a Criança Mecanista, uma relíquia de porcelana e cobre com segredos perigosos.

Caçadores de Recompensas: Mercenários que navegam entre a lei e o crime, como os lendários Heróis de Ninguém, grupo que descobriu a Subterra e desapareceu em meio a conspirações.

A identidade cultural também é central. Pequeninos da Subterra, por exemplo, têm visão noturna e rituais fúnebres envolvendo cogumelos luminosos, enquanto elfos tzol’keen das selvas meridionais usam venenos de sapo-bile e adoram estátuas de serpentes aladas.

Até mesmo humanos não são homogêneos: colonos do norte desconfiam do fanatismo sulista, e pioneiros do Crescente Exterior muitas vezes adotam costumes indígenas para sobreviver.

Por Que Vermilium se Destaca Tanto

Vermilium é mais que um cenário de RPG — é uma crítica à colonização, um estudo sobre resistência e um tributo à fantasia sombria.

Sua força está na autenticidade do mundo: ruínas industriais cobertas de vegetação, ferrovias que cortam florestas sagradas e cidades onde a opressão religiosa coexiste com tavernas clandestinas.

O vermilium, metal vermelho que dá nome ao jogo, simboliza essa dualidade: é moeda, símbolo de status e fonte de corrupção, já que sua mineração destrói terras élficas.

Para mestres, o livro oferece ferramentas para criar campanhas épicas ou histórias íntimas. Uma missão para resgatar um sacerdote perdido nas Areias Dançantes (deserto mutável) pode evocar Mad Max, enquanto intrigas políticas em Alvorada de Nophra lembram Game of Thrones.

Já os jogadores encontrarão liberdade para interpretar personagens complexos, como um ex-inquisidor arrependido ou uma pequenina que comunica-se com árvores ancestrais.

Em um gênero saturado de cenários genéricos, Vermilium se ergue como uma obra-prima narrativa. Suas páginas não apenas contam histórias — elas respiram vida, dor e esperança, desafiando todos a enfrentarem a pergunta central: O que você sacrificaria para sobreviver em um mundo que já está morrendo?


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Autor: Álvaro Bevevino.
Revisão: 
Raquel Naiane.

Arte da Guerra: Nova Era – Explorando Mundos Selvagens #05

Arte da Guerra: Nova Era é um RPG de fantasia inspirado em animes e artes marciais. Foi criado por Greg LaRose e publicado pela Amora Game, utilizando o sistema de Savage Worlds.

O jogo transporta os jogadores para o Império San, um reino cheio de cultura, conflitos e espiritualidade. Onde o cenário é detalhado e imersivo, oferecendo oportunidades para campanhas ricas e narrativas épicas.

Construção de Mundo e Narrativa

O RPG se passa no continente de Amorai, com foco no Império San, que está se reconstruindo após uma guerra civil devastadora. Sendo que, a história envolve três dinastias, clãs rivais e criaturas sobrenaturais como Kami, Oni e demônios. Essa guerra deixou cicatrizes profundas na população, e cada clã busca restaurar sua influência e poder.

A narrativa é contada por meio de lendas, documentos históricos e contos fragmentados, permitindo uma exploração orgânica do mundo. Abordando temas como honra, lealdade e conflito, refletidos nas filosofias dos clãs. Dessa forma, cada jogador pode interpretar um personagem imerso nesse contexto, enfrentando desafios morais e batalhas épicas.

O conceito de “BuXia” – um código de conduta heroico – influencia as escolhas dos jogadores. E elementos sobrenaturais, como o Chi e os Portais Espirituais, adicionam misticismo ao cenário.

Essas características permitem técnicas marciais extraordinárias e interação com divindades e demônios. Além disso, os jogadores podem explorar templos ancestrais, estudar pergaminhos proibidos e desafiar espíritos guardiões para aprender novos segredos.

Sistema de Jogo e Criação de Personagens

O sistema Savage Worlds é simples e flexível, mas adaptado ao cenário de Arte da Guerra.

A criação de personagens permite escolher ancestralidades (humanos, Kemonomimi e Terracota), clãs (Kitsune, Serpente e Tigre) e tropos (Samurai, Shinobi e Youxia). Nesse sentido, cada escolha influencia as habilidades, personalidade e relações políticas do personagem.

O Chi é um recurso essencial, usado para técnicas especiais e proezas sobre-humanas, adicionando estratégia ao combate e à narrativa. O livro introduz novas perícias e regras, como Acrobacia e Foco, reforçando o estilo dinâmico do jogo. Os jogadores devem administrar seus recursos sabiamente, pois o Chi pode ser um diferencial em batalhas decisivas.

Além disso, há sistemas que permitem personalização avançada, como estilos de luta específicos para cada clã e escolas de combate. As técnicas marciais também podem ser aprimoradas ao longo da campanha, proporcionando uma progressão natural e envolvente para os personagens.

Clãs e Facções

Os três clãs principais do Império San possuem identidades fortes, tendo seu próprio código de conduta, aliados e inimigos históricos. São eles:

  • Kitsune: guerreiros leais e poderosos;
  • Serpentes: mestres da espionagem e estratégia;
  • Tigres: possuem forte conexão com a natureza e lutam contra a tirania.

O jogo apresenta rivalidades entre os clãs e ameaças como Oni e demônios, gerando oportunidades para aventuras, intrigas políticas e duelos lendários.

Além dos três clãs principais, há facções menores, mercadores influentes e ordens místicas que desempenham papéis importantes no cenário. Essas facções adicionam profundidade ao mundo e permitem múltiplos caminhos narrativos para os jogadores explorarem.

Ambientação e Cultura

Arte da Guerra: Nova Era se destaca pela profundidade cultural. O livro explora temas como cerimônias, respeito à natureza e a influência das artes marciais.

A ambientação tem referências a animes e filmes como Samurai Champloo, Naruto Shippuden e Avatar: A Lenda de Aang. Além disso, há menções a mitologias reais, como as tradições xintoístas e taoístas, enriquecendo a experiência.

Portais Espirituais conectam o mundo físico ao espiritual. Como os Kemonomimi que são seres com traços animais, refletindo a diversidade do Império.

Flora e fauna são descritas com detalhes, incluindo criaturas místicas e plantas exóticas. Há bestas lendárias que podem ser enfrentadas ou domadas, além de tesouros ocultos em locais sagrados.

O respeito às tradições e à hierarquia social é um fator determinante na narrativa. Cerimônias, festivais e rituais desempenham um papel crucial na vida cotidiana do Império San, oferecendo aos jogadores a chance de interagir com figuras influentes e tomar decisões que podem mudar o destino da nação.

Conclusão

Arte da Guerra: Nova Era é um RPG envolvente, combinando narrativa rica e sistema dinâmico. Seu mundo detalhado proporciona aventuras épicas, intrigas e exploração espiritual.

Elementos culturais e filosóficos aumentam a imersão. A jogabilidade equilibra ação intensa com momentos de reflexão e tomada de decisões estratégicas.

Apesar da riqueza de informações, o livro é bem organizado e de leitura acessível. Para mestres e jogadores que buscam um cenário original, Arte da Guerra: Nova Era é uma excelente escolha. Seu sistema permite campanhas tanto curtas quanto longas, garantindo uma experiência adaptável para diferentes grupos de jogadores.

A ambientação única e as mecânicas inovadoras fazem desse RPG uma adição valiosa à coleção de qualquer mestre. Com tantas opções de personagens, estilos de luta e desafios narrativos, as possibilidades são infinitas. Prepare-se para entrar no Império San e forjar sua lenda!


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Autor: Álvaro Ramos.
Revisão: Raquel Naiane.

Weird Wars – Explorando Mundos Selvagens #04

O mundo é repleto de conflitos, e alguns escalam-se para eventos mundiais.

Entretanto, os horrores da guerra às vezes extrapolam aquilo que conhecemos como comum nessas batalhas, com criaturas terríveis e homens ainda piores no controle da situação.

Esta é a ambientação de Weird Wars. Um mundo de Savage Worlds onde o sobrenatural encontra alguns dos principais conflitos da história. Essa dinâmica coloca os jogadores no papel dos heróis anônimos que disputam estes eventos.

Cenários de guerra estão firmes no imaginário coletivo, e muitos jogos eletrônicos e de tabuleiro utilizam essas referências o tempo todo. Com o RPG não seria muito diferente.

 

Contextualizando…

A franquia Weird Wars possui até o momento quatro períodos distintos, contendo alguns dos principais conflitos de impacto mundial que são estudados e utilizados em diversas mídias. Abaixo você poderá ler um pouco sobre esses períodos.

Além disso, algumas mecânicas foram criadas para este mundo selvagem para que você possa aproveitar tudo o que um cenário de guerra pode exigir do Savage Worlds.

 

Weird Wars Rome – O Império Romano

O Império Romano é um dos mais influentes da história, passando por toda uma trajetória de conflitos armados. Por conta disso, criou as fundações para o combate estratégico daquela época até a atualidade.

As legiões romanas estiveram por todo o mundo conhecido, conquistando os territórios por onde passavam. Consequentemente, em suas batalhas, essas legiões viram coisas que jamais seriam levadas a sério no Senado Romano, onde as decisões eram de fato tomadas.

Mas isso não fazia estas coisas deixarem de existir, levando os legionários a um trabalho ainda mais importante.

A Legião do Crepúsculo, em particular, foi formada especificamente para lidar com esses elementos obscuros e inexplicáveis. E é ali onde seus personagens terão oportunidade de proteger o povo de Roma.

Uma mecânica particular deste livro é a de Legados, que permite aos jogadores criarem uma linhagem de sangue para receber seus tesouros e heranças. Além disso, permite que as futuras gerações estejam preparadas para novas batalhas.

 

Weird Wars I – Guerra das Trincheiras

A guerra para acabar com todas as guerras, como ficou conhecida. Foi um dos conflitos mais sangrentos da história, onde cada país convocou seus melhores soldados para proteger sua nação e “fazer brilhar o céu da liberdade novamente.” – Pelo menos era isso que os panfletos convocando jovens diziam.

Muitos soldados descobriram, no meio da lama e sangue da Terra de Ninguém, que a Guerra das Trincheiras era cheia de segredos e monstros escondidos. Ou seja, seus oponentes não eram a única coisa a se preocupar.

Ao lado de soldados, pilotos, marinheiros e até mesmo civis, estava a Legião do Crepúsculo, que buscava uma nova maneira de proteger a humanidade e eliminar os horrores que se escondem dos olhos comuns.

Uma mecânica diferenciada apresentada para este cenário é a de Missões Narrativas. Elas permitem uma estrutura mais simples e divertida para algumas das missões comuns durante a grande guerra, tais como patrulhas, ataques aéreos e costais, e outros.

 

Weird Wars II – A Guerra dos Mil Diass

O levante da Alemanha nazista foi terrível e assustador, dirigindo o mundo inteiro a um conflito de proporções impensáveis, ainda maior que o da Primeira Grande Guerra.

A Guerra dos Mil Dias foi disputada em muitos fronts, com alguns protagonistas bem firmados.

Seja enfrentando o império Japonês, o Fascismo da Itália ou mesmo a Alemanha Nazista, este é o momento de tomar armas e buscar o mundo livre através da visão dos aliados.

Esse livro foi trazido ao Brasil pela Retropunk Editora em um financiamento coletivo bem sucedido. Ele contou, inclusive, com suplementos que possibilitam aos jogadores fazerem parte da FEB, a Força Expedicionária Brasileira. Os nossos pracinhas que foram até a Europa auxiliar as forças aliadas.

 

Weird Wars Tour of Darkness – A Guerra do Vietnam

Neste, que foi de fato o primeiro conflito usando as regras de Savage Worlds na série Weird Wars, narra um pouco do sangrento conflito da Guerra do Vietnam. Aqui, os horrores sobrenaturais muitas vezes estão lado a lado com a crueldade humana.

Neste cenário, é importante deixar claro as intenções do autor. O criador de Tour of Darkness é um veterano do exército americano, que tentou mostrar que existiam alguns soldados “heroicos” nesse conflito.

Ainda que possa ser uma opção diferente e que representa conflitos mais modernos, ele é claramente tendencioso e pode não apresentar uma gama tão ampla de opções para interpretar o conflito.

A guerra, ela nunca muda. Por isso, enfrentar os horrores sobrenaturais do mundo é um trabalho que pode passar por eras.

E seus soldados da Legião do Crepúsculo terão muito tempo para enfrentar o mal que espreita nas sombras.


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Usuários de Magia em Deadlands – Explorando Mundos Selvagens #03

As pradarias sombrias de Deadlands apresentam muitos perigos, e há muitas maneiras de se defender deles. A magia não só existe no cenário, como é uma parte importante da ambientação, apresentada em diversos meios de utilização para cada um de seus conjuradores.

Por isso, hoje vamos conhecer um pouco mais sobre a magia em Deadlands: Oeste Estranho. Suas origens, variações e outros detalhes que podem ajudá-lo a definir qual o método seu cowboy escolherá para proteger a si e aos outros dos perigos que espreitam na escuridão.

O sistema Savage Worlds apresenta uma maneira simplificada de trabalhar com poderes arcanos. A lista de magias é geral para todos os usuários, com restrições a determinados poderes a depender do tipo de personagem que você utilizará.

O primeiro passo para ser um usuário de magia é escolher a vantagem Antecedente Arcano. Ela determina a fonte de seus poderes, a lista de disponíveis deles e quantos pontos você possui para conjurar suas magias.

O sistema de utilização de seus poderes é simples. Cada magia tem um custo em Pontos de Poder, que deve ser pago no momento em que a magia é realizada. Para conseguir utilizar seus poderes, cada antecedente arcano possui um número inicial de Pontos de Poder.

Com a evolução dos personagens, você pode escolher as vantagens “Novos Poderes” ou “Pontos de Poder”. A primeira permitirá que você escolha novas magias para utilizar, enquanto a segunda aumenta a quantidade de pontos de poder que você possui para suas conjurações.

Escolher a maneira como você vai usar seus poderes pode ser muito importante. Por isso, vamos detalhar um pouco cada um dos conjuradores do Oeste Estranho

Abençoados

Os abençoados são aqueles cuja conexão com deus é tão grande que permite aos mesmos operarem verdadeiros milagres. Independente de sua fé, a convicção de suas crenças é a peça chave para estes conjuradores.

O mundo de Deadlands é conhecido pela maldade, mas isso não significa que as pessoas estão desprotegidas. Os Abençoados são os guardiões do bem, escolhidos por sua pureza de alma, por seu senso de justiça como pela convicção em sua fé.

A Fé é a perícia utilizada para suas conjurações e os Milagres que são a maneira dos Abençoados realizarem efeitos mágicos. Os quais permitem que estes conjuradores ajudem os enfermos, desesperados, protejam-se e destruam as forças do mal.

O crime destes conjuradores é ir contra os dogmas de sua fé. Ao cometer um Pecado, o conjurador pode ter redutores em sua habilidade de lançar Milagres e até mesmo ter os poderes revogados, precisando passar por um evento de expiação para voltar a ter acesso a seus poderes mágicos.

Mestres do Chi

Os mestres do Chi passaram boa parte de sua vida praticando e estudando as artes marciais, focando-se na evolução de seus corpos e espíritos. Por conta disso, são capazes de acessar o foco sobrenatural de seus próprios corpos e realizar grandes feitos.

Um Mestre do Chi deseja acima de tudo trazer o equilíbrio e a paz ao mundo. Tal tarefa se torna cada vez mais difícil com as forças malignas agindo diretamente contra isso.

As habilidades corporais dos Mestres do Chi os tornam temíveis combatentes, que podem fazer um grande estrago com seus punhos e pernas. Assustando os mais valentes cowboys e suas armas de fogo.

Diferente de outros conjuradores, os Mestres do Chi utilizam seu próprio corpo como canalizador de seus poderes. Assim não utilizam seus poderes a distância, e em alguns casos, não conseguindo afetar outros além de si próprios.

Enquanto os Mestres do Chi bondosos lutam para impedir as injustiças de acontecer e protegem os inocentes. Aqueles que trilham um caminho maligno derrubam sua oposição onde quer que esteja para, desta forma, impor sua visão de ordem e qualquer outro desejo que possuam.

Mascates

Os mascates trazem para o oeste estranho a magia ancestral, a bruxaria que se fosse abertamente utilizada levaria muitos de seus usuários para a fogueira. Astutos e engenhosos, estes conjuradores utilizam artes ocultas e poderosas.

A magia clássica foi tida como perdida ou até inexistente ao longo do tempo, mas tudo mudou quando Edmund Hoyle encontrou, em suas andanças pela Europa, alguns tomos de conhecimento proibido.

Para evitar perseguições, ou oponentes caçando-o, ele disfarçou o conhecimento que possuía como um livro de dicas de jogos de carta, conhecido como o Livro de Jogos de Hoyle.

Aqueles que tem acesso ao material conseguem se comunicar com os “Curingas”. Espíritos maliciosos que propõem desafios para os conjuradores, prometendo fazer aquilo que o desafiante deseja caso sejam vitoriosos.

Embora os desafios sejam complexos demais para a mente humana compreender, todo o ritual é visto como uma partida de poker. Cujas cartas aparecem, espectralmente, nas mãos do mascate.

Ainda que essas barganhas com entidades que se assemelham a diabos sejam perigosas, os efeitos do sucesso no desafio são muito potentes. E alguns Mascates usam suas habilidades para ajudar pessoas sempre que possível.

Xamãs

Os nativos conheciam os espíritos muito antes dos manitus estarem presentes no Oeste Estranho. Esse contato lhes garantia uma forma limpa e purificada de magia, capaz de realizar efeitos muito impressionantes.

Os xamãs usam seus poderes para proteger e lutar pelas causas de seus povos. Comunicando-se com os espíritos da natureza para conseguir fazer suas conjurações.

Ainda que estes espíritos não estejam diretamente interessados nos assuntos humanos, o crescimento em poder de suas contrapartes malignas, sobretudo nos ultimos anos, tem feito com que os xamãs alcancem seus objetivos mais facilmente.

Diferente dos Mascates, não há uma barganha ou jogo para que as ações sejam realizadas. Trata-se de uma relação honesta de troca e confiança entre o Xamã e os espíritos da natureza, buscando um objetivo em comum.

Os espíritos naturais são muito resistentes a tecnologia e as mudanças, principalmente aquelas que envolvem a Rocha Fantasma. E, por conta disso, muitos xamãs ainda abraçam as velhas tradições e se mantém longe desse tipo de ação.

Ciência Estranha

Nem todos os conjuradores usam do ocultismo e da mística para conseguir seus poderes. Em uma era iluminada, poucas pessoas podem discernir a velha magia de elementos altamente avançados da Ciência.

Os Cientistas Estranhos, algumas vezes chamados, jocosamente, de “Cientistas Loucos”, extrapolam os limites da ciência. Eles criam verdadeiras maravilhas usando a experimentação e a engenharia, capazes de emular os mais diversos efeitos.

A Rocha Fantasma tem um grande papel na evolução destes estudiosos. Uma vez que suas capacidades muito acima do carvão, permitem que equipamentos antes impensados possam se tornar comuns. Possibilitando, assim, das mentes mais brilhantes criarem elementos inéditos na sociedade.

Conhecida como Nova Ciência, os estudiosos que tomam sua maestria na Rocha Fantasma são capazes de efeitos alquímicos, maravilhas da tecnologia e muitos outros efeitos dentro de suas criações. As quais, muitas vezes, recebem nomes que se tornam conhecidos em todo o Oeste Estranho.

Estes homens da ciência não se aproximam dos magos e xamãs em suas mentes, pois não são capazes de criarem efeitos de sua vontade ou através do contato com entidades exteriores.

O fruto de seu trabalho é sua forma de “magia”, e por isso criam dispositivos maravilhosos que os ajudam a proteger (ou destruir) o mundo.

Voduístas

Os horrores da escravidão deixaram sua marca no mundo todo. Trazidos forçadamente da África para a América, trabalharam como escravos sem direitos e sem liberdade. Essas pessoas mantiveram sua fé escondida por muito tempo, por medo do que seus captores poderiam fazer.

Para tentar manter seus registros de fé, muitos sacerdotes usaram os santos como uma maneira de continuar louvando seus espíritos, conhecidos como Loas. Essas entidades mantiveram-se sempre próximas de seus fieis, que agora podem professar sua fé novamente.

Os Voduístas conseguem se comunicar com estas diversas entidades, sejam elas gentis (loa rada) ou temperamentais (loa petro). As pessoas que desconhecem as leis voduístas acreditam que são espiritos bons ou maus, mas isso está muito longe da verdade.

Um verdadeiro Voduísta sabe que os espíritos são entidades livres, com pensamentos e propósitos distintos. E sabem a quem recorrer no momento de necessidade, conseguindo realizar poderosos rituais que aumentam o impacto de suas ações.

Alguns são capazes ainda de incorporar suas entidades. Libertando-as, temporariamente, no mundo físico para que possam auxiliá-las com seu grande poder.

Bruxas

As mulheres muitas vezes foram relegadas a poucos assuntos além de suas casas durante o começo da exploração do Oeste Estranho. Entretanto, muitas delas aprenderam que, para se defenderem e para protegerem os seus, ações deveriam ser tomadas.

A Escola para Moças de Mina Devlin é o lugar onde essas moças podem encontrar o conhecimento que buscam. Aprendendo a domar a magia das trevas para seu benefício e garantindo um toque do oculto em suas ações.

Mina e suas tenentes costumam vagar pelo Oeste em busca de jovens órfãs perdidas as quais precisem de proteção. Levam-nas para a Escola onde podem ser treinadas em etiqueta, educação e muitas outras atividades, incluindo aquelas que não são abertamente comentadas.

Outra grande fonte de Bruxas no Oeste Estranho é a Familia Whateley, uma família estranha e com muitas lendas e rumores a seu respeito. Mas cuja influência e poder são conhecidas até fora do continente. Suas capacidades de lidarem com o sobrenatural são reconhecidas, até mesmo por espíritos e entidades.

Existem rumores ainda de outras mulheres poderosas e versadas nas artes sombrias que não tem histórico em nenhum dos dois ambientes citados aqui. Demonstrando que o poder das Bruxas é mais antigo e poderoso do que se imagina.

Existem muitos perigos e desafios no Oeste Estranho e, por conta disso, conhecer alguns truques ou ter ajuda de entidades pode ajudá-lo a sobreviver por um pouco mais de tempo nesse ambiente insólito.

 

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O universo de Deadlands – Explorando Mundos Selvagens #02

Savage Worlds é um dos sistemas mais populares da atualidade, e um de seus carros-chefe é o cenário de Weird Western Deadlands

Criado por Shane Lacy Hensley, o cenário foi uma das bases para a criação do genérico Savage Worlds e segue muito popular em todo o mundo. Mas existe muito mais a explorar dentro desse universo em particular!

Deadlands

O cenário original de Hensley transporta os jogadores para o velho oeste americano. Onde cowboys e mineradores lutam para ganhar a vida e fazer fortuna contra os diversos obstáculos da época.

Aqui, a situação se torna ainda mais complicada. Com a descoberta de um minério conhecido como Rocha Fantasma. Apesar de elevar a ciência e tecnologia da época de forma avassaladora, também trás uma série de novos perigos espreitando nas sombras.

O cenário recebeu diversas versões para sistemas diferentes, sendo duas delas para Savage Worlds: Deadlands Reloaded, para a versão Deluxe, e Deadlands, para a edição atual do sistema, que está disponível em português nos nossos parceiros da Retropunk Editora.

Em Deadlands, a magia é muito real e anda lado a lado com milagres de homens de fé, movimentos de luta acima da capacidade humana, realizados por Mestres do Chi e invenções incríveis da Ciência Estranha.

Criaturas fantásticas também andam pelo cenário, mas a maioria das pessoas não sabe se elas existem ou não, ou se suas superstições são capazes de protegê-los.

Aqueles que podem fazer algo contra a força das trevas muitas vezes se juntam a Agência, organização federal que tenta controlar e eliminar ameaças sobre-humanas.

Os algozes, terríveis criaturas das trevas levam seus planos adiante com a ajuda de seus serviçais.

Deadlands Noir

Em Deadlands Noir, o cenário progride no tempo até 1930, e foca-se na cidade de Nova Orleans.

Situado no período entre a primeira e a segunda guerra mundial, o ambiente é decadente e desesperador, digno de um país que sofreu as mazelas da guerra.

No pano de fundo, novos e perigosos jogadores entram em cena. Mafiosos fazem nas sombras aquilo que inescrupulosos líderes corporativos fazem em suas salas a plena luz do dia.

A fé continua um ponto de força, e agora ela se expande, sobretudo para os Loas da antiga religião Voodoo.

Ao apoiar-se em seus antigos registros, a Agência continua em atividade, mas levando suas ações para um viés mais investigativo, contando com a ajuda de detetives particulares e até mesmo de vigilantes mascarados que buscam trazer um pouco de justiça a esse local.

Aqui, os algozes seguem seus planos e levam o mundo mais perto do caos.

Deadlands – Hell on Earth

Com o mal intensificando suas atividades, o caminho para a destruição foi algo natural.

Hell on Earth apresenta um futuro pós-apocalíptico, no qual os algozes, agora revelados como os quatro cavaleiros do apocalipse, conseguiram estimular as desavenças entre as nações a ponto de estourar uma guerra nuclear.

O resultado disso foi um mundo extremamente árido, onde os sobreviventes buscam lutar por itens básicos como água ou comida.

Enquanto alguns lutam para conseguir os restos encontrados em locais com baixa radiação, outros tentam buscar a dominância local.

Há ainda aqueles que decidiram enfrentar os algozes de frente, formando uma nova ordem de cavaleiros Templários para enfrentar o mal.

Deadlands – The Lost Colony

Em the Last Colony, o futuro pós apocalipse está bastante avançado. Os efeitos da guerra criaram um túnel entre a Terra e o distante planeta Banshee, rico em Rocha Fantasma.

Os primeiros colonos também encontraram outras raças, com as quais entraram em guerra pelo poderoso recurso.

A vida como um colono pode ser dura, mas as chances de uma grande recompensa atraem uma série de pessoas, enquanto feitores da lei e criminosos buscam iguais oportunidades de interação

Deadlands – o… futuro?

O último anúncio da linha Deadlands leva os jogadores não para frente na linha do tempo do cenário, mas para o começo.

Depois de algumas dicas espalhadas em romances e quadrinhos, as ligações entre os personagens acabaram remontando às lendas arturianas.

Com isso, o lançamento de Deadlands – Dark Ages foi anunciado, e uma aventura de prévia foi lançada ainda em 2019.

Apesar do tempo desde o lançamento, a franquia continua ativa. A verdade é que houve uma decisão editorial de focar-se nos compêndios atualizados para a edição Aventura antes de voltar a criar material para os cenários de Savage Worlds.

Muitos mundos o esperam dentro do Savage Worlds! Por isso, fique atento para conhecer ainda mais cenários selvagens para explorar!


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Wiseguys – Explorando Mundos Selvagens #01

Savage Worlds é um sistema de muitos mundos, onde você pode ser um grande herói, salvar pessoas indefesas e proteger os fracos e oprimidos, tornando-se um verdadeiro campeão da bondade e da justiça. O mundo que falaremos hoje não é o caso. Em Wiseguys, você assume o papel de um mafioso, um criminoso tentando ganhar a vida na cidade do pecado. Aqui, as apostas são altas, e os riscos ainda mais altos.

Wiseguys é uma caixa de ferramentas para aventuras que envolvem assaltos grandiosos, invasões de cassinos. Além de crime organizado na forma das diversas máfias, cartéis e outros grupos criminosos estabelecidos no universo da cultura pop.

O jogo está nesse momento em  Financiamento Coletivo pela editora Odyssey Publicações. E traz uma série de detalhes que tornam esse estilo de campanha muito mais imersiva e divertida. Com um cenário aberto explorando a cidade de Las Vegas, um ponto muito utilizado nesse tipo de história.

Guia do Jogador

A primeira parte do livro trabalha com informações livres tanto para o narrador quanto para os jogadores. Apresentando uma série de tropos e temas comuns em histórias de crime. Além disso, um pouco da história da Máfia e da própria cidade de Los Angeles ajudam o leitor a compreender melhor onde ele está entrando.

Então, passamos para as regras, apresentando alguns elementos diferenciais para uma campanha no submundo do crime. Os personagens consideram os assaltos como partes cruciais. Então eles criaram uma regra específica para capturar a atmosfera de filmes como “Onze Homens e um Segredo” e outras referências.

Além disso, o cenário especifica regras sobre favores e traições, elementos que sempre surgem em ambientes hostis, como a vida desses personagens.

Para que os personagens se adaptem perfeitamente a este mundo, são incluídas novas complicações, vantagens e até mesmo novos usos para perícias. Juntamente com uma variedade de novos equipamentos para intensificar a trama.

Área do Mestre

O livro segue então com uma apresentação da cidade de Las Vegas, separada por regiões. Com diversos pontos importantes da cidade, onde a ação pode acontecer com seus jogadores. Em cada região, além de locais interessantes, existem algumas sementes de aventura, indicando como você pode usar o local para criar uma história com seu grupo.

Os grandes nomes do cenário também são descritos aqui. Desde as agências e instituições legais que buscam apreender os criminosos até os sindicatos do crime e outros participantes desse tipo de ação são detalhados por aqui.

O jogo conta ainda com um gerador de gangues de rua, para você ter um grupo sempre a mão para criar problemas a equipe dos jogadores.

Os narradores de Wiseguys podem contar com o apoio do material para entender melhor como funciona uma história de máfia. Elucidando seus detalhes e arcos de história, e como encaixar isso perfeitamente no cenário.

Além disso, o livro conta com duas histórias de máfia para o mestre entender como o jogo funciona, e ele pode aproveitar para esquentar o motor e começar sua própria campanha.

Bestiário

O livro conta ainda com um “bestiário”, que conta tanto com templates de personagens comuns em histórias de mafiosos quanto com personalidades notáveis, que podem ter grande relevância em sua história.

O jogo tem uma ambientação nos anos noventa, em um momento onde os grandes chefes das famílias mafiosas estão presos, e há um espaço no mercado do crime para novos e ambiciosos participantes.

Embora possua uma ambientação direcionada de qualidade que instiga os jogadores a adotá-la, Wiseguys é principalmente um livro de apoio. Nele, você pode adaptar histórias de crime e assaltos em qualquer lugar do mundo.

Agora, basta colocar seu terno de risca de giz e se reunir com os amigos para contar uma boa história de máfia.


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