Boku no Hero Academia para 3D&T

Este artigo com a adaptação do mangá e anime Boku no Hero Academia (My Hero Academia) para 3D&T Alpha foi escrito originalmente na revista Tokyo Defender #08. Veja o artigo original na íntegra ao baixar a edição gratuita clicando aqui, que ainda inclui a vantagem Modificação de Poder, as desvantagens Má Fama (revisada) e Rival, e as fichas de 18 Alunos, 10 Professores e 12 Vilões. Para outras edições gratuitas da Tokyo Defender, clique aqui. Para adquirir as edições do formato em financiamento coletivo, clique aqui.

Em um mundo onde (quase) todas as pessoas possuem superpoderes, o tímido estudante Midoriya Izuku teve a infelicidade de nascer sem nenhum dom especial. Grande fã do sorridente All Might, o herói máximo desse mundo, Deku, como é chamado pelos colegas, sofre com a frustração de saber que jamais terá uma individualidade (Quirks) especial para que possa se tornar, assim como seu grande ídolo, em um defensor dos fracos e oprimidos.

Este é o pano de fundo em que se passa as aventuras de Boku No Hero Academia, um dos animes mais populares da atualidade.

No mundo de Boku no Hero Academia, cerca de 80% da população mundial possui um dom especial, que passou a ser chamado de Individualidade, que nada mais é que um determinado poder ou habilidade especial que o diferencia das outras pessoas.

Com o advento da individualidade houve a necessidade de se regulamentar quem poderia utilizar suas habilidades da forma que bem entendessem, surgindo assim a profissão de herói. Todo aquele que desejasse obter uma licença do governo para utilizar sua individualidade sem ter problemas com a lei, precisaria passar por um rigoroso treinamento, para então conseguir sua licença de herói. Na prática, a profissão de herói é uma função paralela à da polícia.

Logicamente, uma vez que surgiram os heróis, surgiram também aqueles que são a razão da existência desses: os vilões. Como em qualquer mundo, os vilões são aqueles que utilizam de seus poderes para praticar crimes contra a sociedade e estes sempre serão combatidos pelas forças da lei. Em Boku No Hero, essa é a regra essencial.

REGRAS

Para se jogar uma campanha de Boku no Hero Academia, se faz necessária a criação de uma regra especial: A regra para Individualidades.

Diferentemente de outros animes, onde os personagens possuem uma gama de poderes para utilizar, em Boku No Hero isso raramente acontece. Cada pessoa nasce com apenas UM dom especial e será com esse único dom que ele seguirá pelo resto da vida.

As únicas exceções em que personagens poderão demonstrar mais de um poder, será quando herdar os poderes de seus pais (como é o caso de Todoroki Shouto) e ainda assim, não passará de dois poderes interligados.

Individualidades: No momento de criar seu personagem, é importante que o jogador defina qual será sua individualidade e escolha uma Vantagem e/ou Kit de personagem que mais se aplica ao que ele possui em mente.

NOVAS VANTAGENS E DESVANTAGENS EM BOKU NO HERO

Liderança (2 pontos): Você tem a habilidade natural de liderar e inspirar as pessoas, seja pelo seu carisma, pelas suas atitudes, por uma luta marcante, etc…

Ao exercer sua liderança em situações sociais, você recebe um bônus igual a sua Resistência em testes de perícias para impor sua opinião sobre qualquer outro personagem, incluindo personagens jogadores.

Em combate, gastando uma ação e 2 PMs por companheiro, o líder concede um bônus de FA+1 e FD+1 aos companheiros escolhidos e também a si próprio até o fim da cena.

Desvantagens

Insano: Sociopata (-2 pontos): Você não tem apego aos valores morais e é capaz de simular sentimentos, para conseguir manipular outras pessoas. Além disso, a sua incapacidade de controlar as suas emoções negativas torna muito difícil estabelecer um relacionamento estável com outras pessoas.

PERSONAGENS DE BOKU NO HERO

A seguir, teremos as fichas dos principais personagens vistos até agora nas 3 temporadas do anime. Dividiremos essa seção em 3 tópicos: Alunos, Professores e Vilões.

OS ALUNOS

As fichas de alunos que farão parte dessa adaptação serão referentes aos membros da Classe 1-A do Departamento de Heróis. Existem também as Classes 1-B, 1-C e 1-D, além das turmas do 2° e 3° ano, com suas respectivas classes.

Existem também as classes do Departamento de Educação Geral (que comportam os alunos que não conseguiram admissão para o Departamento de Heróis) e as classes do Departamento de Suporte, que como o próprio nome diz, tem foco em desenvolver equipamentos que auxiliarão heróis no campo de batalha.

Shoto Todoroki

As características físicas mais notáveis na aparência de Shoto é o seu cabelo branco e vermelho, seus olhos preto e azul e uma queimadura no lado esquerdo do rosto.

Shouto tem uma personalidade fria e distante, decorrente a educação áspera que recebeu. Ele é bastante imutável durante suas batalhas, podendo ficar calmo mesmo enquanto luta contra vilões. Embora seja bruto em batalha, está bem ciente da ética do heroísmo, apenas desejando subjugar seus adversários. Após o Festival Esportivo, Shouto ainda tem uma atitude distante, mas tornou-se visivelmente mais sociável e mostrou seu sorriso mais vezes, e aos poucos está ganhando um senso de humor.

Shouto teve uma profunda aversão por seu poder de fogo, já que simbolizada a maldade de seu pai com sua mãe, bem como para o que ele nasceu: uma ferramenta para superar All Might, um destino na qual detesta. Como tal, Shouto decidiu confiar apenas em seu poder de gelo e nunca usar seu poder de fogo em combate, chegando a cobrir seu lado esquerdo com gelo em seu uniforme de herói, como forma de rebeldia contra seu pai e destino.

Shoto Todoroki (8N)

F0, H2, R1, A1, PdF2 (Gelo/Fogo); 5 PVs e 5 PMs.

Kit: Senhor da Energia.

Poder Garantido: Controle da Energia (gelo).

Individualidade: Gelo e Fogo (Senhor da Energia, Ataque Especial, Enfraquecer, Escudo, Movimento Especial, Paralisia)

Vantagens: Ataque Especial: Amplo, Cansativo e Paralisante, Enfraquecer, Escudo 1, Movimento Especial (andar na água, constância e deslizar), Paralisia.

Desvantagens: Assombrado, Código dos Heróis, Ponto Fraco (Ainda não domina completamente seus poderes de fogo).

Ochako Uraraka

Quando era mais jovem, Uraraka queria ajudar nos negócios de sua família, mas o pai dela recusou a ajuda dela, dizendo que eles querem que ela siga o seus sonhos, e que não precisava de ajuda, e que isso deixaria eles mais felizes se ela seguisse com seus sonhos. (Aparentemente a família de Uraraka passa por grandes dificuldades).

Durante o exame Uraraka aparece quando Izuku Midoriya quase tropeça, então ela o ajuda fazendo ele não cair usando a sua peculiaridade, E depois ela então diz que está muito nervosa e pergunta se ele também está. Depois, ela deseja-lhe boa sorte. Durante o teste prático, ela consegue marcar 26 pontos. quando o teste estava chegando ao fim Uraraka cai e um enorme robô começa a atacá-la. Vendo isso, Izuku usa sua peculiaridade para bater no enorme robô com um soco devastador, destruindo o robô e salvando-a. Ela então usa seu peculiaridade para salvar Izuku de cair no chão.

Ochako Uraraka – Gravity Girl (5N)

F1, H2, A1, R2, PdF0; 10 PVs, 20 PMs.

Kit: Jovem Prodígio

Poder Garantido: Encantar.

Individualidade: Gravidade Zero (Domínio Gravitacional).

Vantagens: Aparência Inofensiva, Domínio Gravitacional, Pontos de Magia Extra x1, Técnica de Luta: Golpe de Judô e Bloqueio.

Desvantagens: Devoção: Se tornar uma heroína para poder ajudar seus pais, Insano: Caridoso, Modificação de Poder: Seu poder somente diminui a gravidade dos objetos, Segredo (paixão por Deku).

HERÓIS PROFESSORES E ADMINISTRADORES
Nemuri Kayama

Nemuri é uma mulher alta, curvilínea e atraente. Seu traje de herói é muito semelhante ao de uma dominatrix tradicional. Ela usa um collant de couro preto sem peito sobre um bodysuit branco (cor de carne no mangá), que enfatiza seus seios, corpo e pernas.

Midnight é uma pessoa muito brincalhona e sedutora, com um lado sério e zangado as vezes. Ela fica com raiva sempre que alguém a interrompe ou quando mencionam sua idade e a insultam.

Nemuri Kayama (Midnight)

F2, H4, R3, A2, PdF0; 15 PVs, 15 PMs.

Kit: Femme Fatale

Poder Garantido: Fascínio Pessoal

Individualidade: Sonambulista (Sono).

Vantagens: Aparência Deslumbrante, Equipamento ( Chicote; F3 (corte); Ataque Especial: perigoso), Paralisia, Munição Limitada, Manipulação, Modificação de Poder: Sono atinge todos dentro de uma área de 10 metros, Patrono: UA High, Poderes Legais, Sono 3.

Desvantagens: Código dos Heróis, Insano (Sádico), Ponto Fraco (Precisa expor parte do corpo para ativar seu poder), Restrição de Poder (Mulheres recebem um bônus de +1 para resistir ao Sono).

Diretor Nezu

Um caso raro de um animal que manifestou uma individualidade, Nezu parece ser uma combinação possível de vários animais diferentes, incluindo um cão, um rato e um urso. Ele tem a cabeça de um camundongo com olhos negros circulares, uma cicatriz grande sobre o lado direito do rosto, orelhas de formato relativamente quadrado com interior rosa pálido inclinado para fora do topo de sua cabeça, e um focinho alongado com um pequeno nariz redondo. Sua pele é branca e tem grandes patas de cão com almofadas rosa e uma cauda fina como a de um gato.

Como condizente com seu papel como diretor de uma academia para heróis, Nezu é um educador excêntrico, educado e persistente. Ele é bastante autoconsciente de sua aparência estranha e se apresenta apontando para fora.

Ele pode ser muito prolixo às vezes quando explica ou educa. Nezu compôs uma palestra inteira sobre suas teorias educacionais sobre o equilíbrio entre o herói e o instrutor, sobre o qual ele falava alegremente durante o chá com All Might. Sua dedicação à educação vai tão longe quanto avaliar os vilões, especialmente os jovens, e se perguntar se eles poderiam ser colocados no caminho certo se fossem ensinados, embora admita a ingenuidade da ideia.

Nezu

F0, H5, A0, R0, PdF0; 1 PVs, 1 PMs.

Kit: Oráculo.

Poder Garantido: (Completo).

Individualidade: Kemono (Todas as Vantagens e poderes do Kit, exceto Aparência Inofensiva).

Vantagens: Aparência Inofensiva, Genialidade, Kemono, Máquinas, Matemática, Memória Expandida, Patrono: UA. High, Plano Genial, Instrutor.

Desvantagens: Código dos Heróis.

VILÕES
Kurogiri

Apesar de parecer composto de nada além de névoa pura, Kurogiri tem um corpo físico. No entanto, ele aparece como um homem de aparência sombria e medonha, com olhos amarelos. Ele normalmente usa um terno com uma gravata e um colar de metal em todo o pescoço como um civil.

Quando ataca, ele não usa absolutamente nada, e seu colarinho normalmente permanece escondido dentro de seu corpo nebuloso. Ele também às vezes parece maior do que normalmente é.

Ao contrário do resto de seus companheiros vilões, Kurogiri é uma pessoa calma e centrada. Quando ele encontra pela primeira vez Treze e seus alunos, ele se apresenta e cumprimenta-os de uma forma respeitosa, trocando nomes para eles e tal. No entanto, ele é bastante sinistro, já que ele não tem nenhum problema em ferir os heróis de forma alguma, e muito menos matá-los.

Ele também parece agir como um mentor de Tomura Shigaraki de certa forma, apesar de sua posição. Após a derrota de Nomu, Kurogiri tentou manter Shigaraki calmo sobre a situação. Quando Dabi e Toga tentaram se juntar à liga, Kurogiri aconselhou Shigaraki que ele deveria ser racional e permitir que eles se  presentassem, em vez de criar conflito.

Kurogiri

F1, H4, A2, R2, PdF0; 10 PVs e 10 PMs.

Kit: Teleporter.

Poder Garantido: Completo.

Individualidade: Warp Gate (Membros Elásticos, Teleporter, Teleporte).

Vantagens: Membros Elásticos, Patrono: Liga dos Vilões, Teleporte.

Desvantagens: Má Fama 3.

Nomu

São indivíduos que tiveram seus corpos modificados pelo Doutor Ujiko, a fim de possuir várias Individualidades. Eles agem como soldados irracionais para a Liga dos Vilões.

O primeiro Nomu, aparece ao lado de Tomura Shigaraki e Kurogiri durante seu ataque ao U.S.J . Esse Nomu prova ser incrivelmente poderoso, facilmente subjugando Eraser Head. Izuku Midoriya tenta atacar Tomura com um poderoso golpe e Nomu leva o golpe em seu lugar usando sua individualidade de Absorção de Choque. Antes que a situação se agrave, o herói número 1, All All Might aparece.

Nomu então é derrotado por All Might e preso pela polícia. Naomasa Tsukauchi e seus colegas investigam Nomu e analisam seu DNA. Eles descobrem que ele era originalmente apenas um bandido que tinha seu corpo modificado para possuir vários individualidades. Isso ajuda o detetive Tsukauchi a conectar o Nomu ao retorno de All For One.

Nomu

F4, H2, R4, A5, PdF0; 30 PVs e 20 PMs.

Kit: Cobaia Humana.

Poder Garantido: Dilacerar e Sem Dor.

Individualidade: Variável.

Vantagens: Energia Extra 2, Pontos de Vida Extra, Regeneração.

Desvantagens: Código do Criador, Inculto, Monstruoso.

Nota: Esse é um Nomu padrão. Ao criar outras dessas criaturas, utilize entre 15 a 20 pontos, além de
poderes diversos.

Este artigo com a adaptação do mangá e anime Boku no Hero Academia (My Hero Academia) para 3D&T Alpha foi escrito originalmente na revista Tokyo Defender #08. Veja o artigo original na íntegra ao baixar a edição gratuita clicando aqui, que ainda inclui a vantagem Modificação de Poder, as desvantagens Má Fama (revisada) e Rival, e as fichas de 18 Alunos, 10 Professores e 12 Vilões. Para outras edições gratuitas da Tokyo Defender, clique aqui. Para adquirir as edições do formato em financiamento coletivo, clique aqui.

By Night 1: Criando uma Cidade para sua Crônica

RPG é sobre criar histórias em conjunto. Isso muitas vezes é visto como uma atribuição assimétrica, com os jogadores responsáveis apenas por criar os personagens e o narrador visto como o único criador do mundo onde se passa a história e dos coadjuvantes e antagonistas.

Porém, a tarefa de criar uma cidade para uma crônica de Vampiro: a Máscara é árdua para se fazer sozinho. Hoje, vamos iniciar uma série de textos sobre como criar seu mundo e envolver as decisões dos jogadores desde o princípio.

Ganchos

Minha forma favorita de criar qualquer aventura ou campanha de RPG (brevemente descrita no nosso podcast Dicas de RPG) é o que eu costumo chamar de “algo está acontecendo e os personagens chegam lá”.

Um erro comum de jogadores e narradores iniciantes – especialmente em Vampiro – é querer criar histórias envolventes que funcionam bem como literatura, mas que são imiscíveis com qualquer interação com outros jogadores. O clássico jogador que escreve doze páginas de background descrevendo a relação entre seu detetive caitiff com uma neófita ventrue, cria de um membro importante da Camarilla, mas que fica frustrado quando algo que acontece durante o jogo estraga o final novelesco que ele tinha planejado tão ambiciosamente em sua cabeça. Ou o narrador que fica inventando um monte de desculpas absurdas para um NPC importante não morrer “antes da hora” em uma emboscada bem armada pelos personagens dos jogadores.

O ponto é que ao criar a cidade para sua crônica de Vampiro você não precisa de histórias. Precisa de ganchos!

“Eu queria te apresentar minha família, mas você sempre parece que desvia do assunto…”

Algo está acontecendo…

Toda história começa com algum tipo de status quo. Na verdade, existem várias camadas de status quo sobrepostas com diferentes níveis de complexidade.

A mais básica sai diretamente do mapa de relações criado pelos jogadores ao construir a coterie. Lá estarão descritas relações entre os personagens dos jogadores e outros PJs, PJs e NPCs e até alguns NPCs com outros NPCs. Essas relações são o ponto de partida para o que vai acontecer na crônica, mas provavelmente muitas delas vão mudar ao longo do jogo.

A segunda camada seria de relações entre NPCs vampiros e outros NPCs. Muitas dessas relações ficarão ocultas dos personagens a princípio, e serão desveladas ao longo do jogo. É importante levar em consideração que muitos desses vampiros estarão maquinando seus próprios planos, então é legal ter em mente que a não interferência do grupo vai gerar consequências.

Por último, existe a relação entre NPCs vampiros e a sociedade mortal. Desde territórios de caça, entidades influentes até a justificativa mais banal de porquê você botou aquelas duas bolinhas em influência. Em textos futuros vamos esmiuçar todas essas relações e como transformar isso em uma crônica jogável.

“Influência 2 no motoclube? Tá bom então…”

…e os personagens chegam lá

A segunda parte é a mais simples. Com tudo planejado (ou vagamente esboçado, não estamos tentando enganar ninguém aqui), basta ver para onde os personagens dos jogadores vão e reagir de acordo. Ou melhor: o mundo vai reagir de acordo. Aquele assassino quebrador de máscara que o grupo investigou não vai fazer mais vítimas. Porém, o bando do Sabá, que era fraco, já recrutou mais dois membros. Cada escolha do grupo passa a ter um impacto real nos desdobramentos no resto do cenário.

Há também o benefício de todas essas linhas narrativas gerarem constantemente novos ganchos para novas histórias. Os personagens crescem, ganham respeito, cargos, mas também passam a ser alvos de neófitos que cobiçam sua ascensão social. E assim, o Mundo das Trevas nunca para de girar.

Por mais irônico que seja, o Mundo das Trevas precisa parecer vivo aos olhos dos jogadores.

Por fim

Nos próximos textos, vamos esmiuçar, com exemplos, cada uma das ideias apresentadas aqui, e construir juntos uma cidade de exemplo. Se houver alguma dúvida ou sugestão para os próximos textos não hesite em deixar um comentário logo abaixo.

E não esqueça de conferir também nossos podcasts!

Bom jogo a todos!

Confederações de Arton – Área de Tormenta

No Área de Tormenta desse mês, mesmo com o fim dos Jogos Olímpicos, vamos continuar nossa série dos Jogos Pantêonicos, trazendo uma série em que iremos trazer os reinos participantes, seu histórico na competição e algumas personalidades deles.

Vencer uma competição traz um novo espírito, independente do universo.

Confederações de Arton

Em 1420, existem 16 Confederações oficiais dos reinos artonianos, 7 Confederações independentes e 10 regiões que exportam atletas independentes, que ou jogam pelas bandeiras de outros reinos ou por seus reinos de maneira não oficial.

Não há critérios exatos para a admissão de uma confederação nova, além de ser um reino legitimo de Arton, reconhecido pelo Reinado. Os casos que não são admitidos são a Supremacia Purista, o Império Trollkyrka Aslothia devido a natureza (ou anti-natureza) desses reinos.

O mapa de Arton mudou muito com o passar dos anos.

Históricos dos Reinos participantes

Com o passar dos anos, diversos reinos independentes ou se perderam ou foram anexados. Por isso, muitas das confederações mudaram conforme os anos.

Porém, em 1400, os reinos participantes diretamente com confederações eram; Ahlen, Bielefeld, Callistia, Collen, Deheon, Doherimm. Fortuna, Hershei, Hongari, Khubar, Lomatubar, Montanhas Uivantes, Namalkah, Nova Ghondriann, Petrynia, Pondsmânia, Portsmouth, Salistick, Sambúrdia, Tapista, Tollon, Trebuck, Tyrondir, Wynlla, Yuden e Zakharov

Dez anos depois, em 1410, com tantos acontecimentos em Arton, a lista diminuiu para apenas Ahlen, Bielefeld, Deheon, Khubar, Namalkah, Portsmouth, Samburdia, Trebuck, Tyrondir, Wynlla e Yuden.

Em 1420, todos estão animados com a próxima edição dos jogos após Guerra Artoniana, mas também estão com receios dos movimentos da sempre complicada Supremacia Purista, que antes se orgulhava pelos seus atletas humanos, e agora evita participar, tanto pelas tensões da guerra, quanto por se negar a dividir palco com “criaturas nojentas”.

As Confederações em 1420

Com novos reinos participantes e outros anexados. As confederações atuais de Arton vem principalmente dos reinos com confederações oficiais, que em sua maioria participam do Reinado. Abaixo vamos falar delas.

Ahlen

A Confederação Ahleniense, chamada de “Astutos Atletas”, é permeada de escândalos e problemas, desde sua primeira participação em 1401, em que diversos aparelhos de outros atletas de outras confederações foram acusados de terem sido sabotados por atletas de Ahlen. Apesar de outras acusações terem ocorrido em outros anos, o monarca da época, Thorngald Vorlat, sempre se pronunciou a favor de seus atletas e pedindo provas das demais confederações, que nunca apareciam. Com o cancelamento dos jogos durante a guerra Artoniana e o falecimento do monarca em 1416. Há muita dúvida sobre a participação da confederação dos Atletas Astutos, com a participação em 1419 sendo uma das piores já vista pelo reino. Porém, em 1421, diversos atletas de Ahlen tem se preparado para os jogos.

Entre eles. Dlanmarc Tomberi, esgrimista ágil e sagaz que tem tudo trazer uma medalha ao país, mesmo que outros atletas de Ahlen dizem que seria terrível se ele “sofresse alguma espécie de acidente”.

Bielefeld

O reino dos cavaleiros por muito tempo não teve confederação oficial. Com os cavaleiros participantes de maneira independente. Muito disso por causa de Sir Orion Drake, que acreditava que competições esportivas tiravam os soldados do foco no dever. Em 1405, mesmo com a aposentadoria do cavaleiro, outros nobres ainda são receosos com a competição, porém foi aberta a confederação “Honrosos Atletas”, formada por cavaleiros independentes ou representantes de Ordens de Cavalaria menores, porém ainda considerados parte oficial de Bielefeld. Um dos mais notórios cavaleiros é Sir Konai “O Lobo”, um Moreau que participa da disputa de Corrida com Obstáculos.

Deheon

Ser o primeiro reino a sediar os Jogo Panteônicos fez com que Deheon depositasse um nível de orgulho elevado em seus atletas. Ao contrário de outras delegações, o Time Deheon permite competidores de qualquer origem, resultando em uma das equipes mais diversas dos jogos. Torcedores contrários tendem a diminuir os atletas Deheoni como apenas aventureiros que buscam nos jogos uma forma de ganhar dinheiro fácil de patrocinadores, porém a equipe realiza as seletivas mais difíceis de todas as demais delegações, procurando garantir a excelência em seus times. Dentre seus principais atletas está a lutadora Hannah “A Montanha”, uma minaura natural do  Império de Tauron, porém criada em Valkaria.

Doherimm

A Confederação Doherita é composta quase exclusivamente de anões, medusas e trogloditas. Liderada agora pela Confederação das Guildas, que permitiu a existência da “Guilda dos Atletas”. Há boatos de equipamentos complexos de atletas doherita para treinar para os jogos. Em 1419, os primeiros atletas doheritas apareceram após a humilde participação em 1409, com o principal destaque sendo Hulgrac Pé-de-Cinza, atleta de arremesso de martelo. Que havia participado dos Jogos Pantêonicos de 1409 e 1419, com o novo patrocínio da Guilda dos Atletas, vem com bastante confiança para os jogos de 1421 após sua boa participação nos Jogos Pantêonicos anteriores.

 

Império de Tauron

Conhecido por sua força e disciplina, o Império de Tauron é conhecido principalmente por suas façanhas em modalidades similares aos treinos militares, como luta e corrida. Jovens membros das legiões são incentivados a participar dos jogos, mas as principais modalidades são representadas por atletas escolhidos a dedo. Além de minotauros, a delegação tapistana também envia representantes de outras raças. Dentre os atletas de destaque está Coral Monstrum, uma jovem elfa de 15 anos, filha de um caçador de monstros de Marma. A jovem compete nas modalidades de ginástica artística e saltos ornamentais individuais.

Khubar

A “Tempestade do Dragão-Rei”, como é conhecida a delegação Khubariana nos Jogos Panteônicos, tem uma longa história nos esportes marítimos. Por conta de sua cultura aberta à estrangeiros e sua geografia que permite águas calmas nas baías, e turbulentas no Mar do Dragão-Rei, o arquipélago não só formou os principais atletas das modalidades de nado e disco flutuante (esporte criado nas praias de Thalkar), como se tornou o principal centro de treinamento para atletas de outras confederações. Dentre os muitos medalhistas de Khubar, o principal destaque é o jovem tritão Khav-Liel, campeão do disco flutuante.

Namalkah

Entre a confederação chamada de “Tropeiros de Namalkah”, a modalidade a qual os namalkahnianos melhor performam é, sem dúvida, o hipismo. Até mesmo o alto-clérigo de Hippion já prestigiou o evento quando ele ocorreu no reino, em 1409. Porém, quando o reino recebeu os jogos pantêonicos, devido a maneira que outros reinos tratavam seus cavalos, aboliram o hipismo daquele ano. Em 1421, o clérigo de Hippion Bentho Carrier e seu alazão Relampiar vem para mostrar ao resto de Arton porque no reino há os melhores tropeiros de Arton.

Pondsmânia

Nunca se sabe muito bem quando a Pondsmania irá ou não participar dos Jogos, depende muito da Rainha Thantalla e do seu humor durante a época. A formação da confederação sempre é muito confusa e os atletas mudam com frequência suas próprias modalidades que irão competir, nunca ficando claro para os organizadores, algumas vezes duendes em forma de Lança querem montar humanos e participar de justas, ou usarem Quadrados Flutuantes ao invés de discos flutuantes.

Mais de uma vez um competidor da Pondsmania tentou arremessar um Mycotann ou um Goblin ao invés de um martelo. Em 1407, a Rainha ofereceu suas terras para sediar os jogos em suas terras, porém teve diversos casos de desaparecimentos, atrasos nas festividades e nos esportes, além de categorias inventadas do nada pela pura vontade da Rainha, além do problema do tempo difuso das terras feéricas.

Porém, uma das modalidades que permaneceu da quase participação da Pondsmânia no torneio foi o Xadrez, da qual também tem um atleta; Talantalh, um duende de cabelo esverdeado e asas, do tamanho de um hynne. Alguns ficam assustados em enfrentá-lo, porque há o rumor de que na verdade ele é uma das facetas da rainha Thantalla.

Salistick

Como não há um reinado ou governo centralizado em Salistick, o Colégio Real dos Médicos se interessou grandemente pelos Jogos Pantêonicos, como forma de demonstrar que a medicina e seus avanços poderia superar até mesmo “clérigos” e seus “deuses”. Mesmo não tendo um governo central, a única confederação de Salistick foi aceita como a confederação oficial do reino nos Jogos Pantêonicos, chamada de “Corpos Imaculados”, eles são escolhidos pela Ordem da Perfeição do Corpo. Entre os atletas, está um dos veteranos da Ordem, Abelardo. Especialista em combate corpo a corpo, especializado nos mais diversos tipos de combate, seja tamuraniano quanto tapistano, ele vem para aclamar mais uma medalha com os novos avanços de cuidado do corpo e mente vindos de Salistick.

Salistick também tem uma outra confederação que participa de torneios menores e independentes, a Atlética do Colégio Real, um braço do Colégio Real de Salistick que foca em desenvolver o físico de seus médicos.

Sckarshantallas

Os “Atletas de Sckar” são uma orgulhosa confederação, escolhida (ou ordenada) a dedo pelo dragão rei e que são permitidos a sair de Sckarshantallas para disputar os Jogos Pantêonicos. Muitos atletas ficam preocupados pelo rumor com bastante base de que aqueles que retornam a Sckarshantallas sem medalhas acabam sumindo misteriosamente. Mas apesar de tudo isso, os atletas costumam se portar de maneira vangloriosa e costumam sair muito bem, principalmente nas modalidades que envolvem montaria e pontaria. Um exemplo disto é Ravobor, um Kallyanarch que venceu na edição passada em Tiro com Raio Arcano e está como favorito para ter a medalha de ouro esse ano. Mas houve certo burburinho quando começou o boato que ele seria um dos filhos de Sckar.

Tamu-Ra

30 anos após a vinda da Tormenta, 15 anos após a sua libertação. Tamu-Ra conta com atletas que vem da Ilha e que também vem do Reinado, na pequena comunidade de Valkaria, Nitamu-ra. Poucos atletas da comunidade atuam por Deheon, representando a ilha de Tamu-Ra nas competições. São chamados de “Honrosos Tamuranianos” e dois atletas são destaques; Vindo da própria ilha, Takashi é um humano ginasta que teve muito sucesso nos jogos em 1407, 1409 e 1419. Próximo de se aposentar, ele enxerga os jogos de 1421 como mais uma oportunidade de honrar seu povo com medalhas. Outro, vindo da comunidade de Nitamu-ra, é a jovem Natsumi Noda, vindo de familia nobre dos refugiados de Nitamu-ra, ela participa dos torneios de luta com uma arte marcial focada em derrubar seus oponentes.

Ubani

Com a aproximação de Ubani do pacto de não agressão com o Império de Tauron, diversos ubaneris tem se aproximado dos Jogos Pantêonicos com os tempos. Em 1421 o pacto já estará expirado, e muitos não sabem que tipo de tensões diplomáticos isso pode trazer entre Ubani e o Império de Tauron em solo neutro, como os jogos. Entre os atletas ubaneris, se destaca Ezayn Trovoada, um Velocis, tido como “O mortal mais veloz de Arton”, que domina por anos o Atletismo, incapaz de ser alcançado por qualquer outro competidor já há alguns anos.

Vectora

Em Vectora, muitos comerciantes patrocinam outros competidores de outros reinos, em busca de lucros próprios. Nenhum morador de Vectora vai competir, necessariamente, nos jogos, mas esses patrocínios criam rivalidades dentro da própria Vectora.

Antôny, um moreau tigre, morador de Vectora lidera uma casa de apostas que fomenta ainda mais as competições dos jogos, recebendo lucros solidos da “fézinha” dos povos de Vectora a cada dois anos.

Wynlla

A participação de Wynlla nos Jogos Pantêonicos é tanto direta, com sua confederação “Atletas Arcanos” quanto com seu investimento em atletas vindos da Academia Arcana, vindouras da Atlética da escola. Muitos quando terminam seus estudos na Academia Arcana entram na Confederação de Wynlla para poder representar quem tanto investiu em seus estudos.

O príncipal atleta vindouro de Wynlla é a Qareen Agenlyn que participa das competições de Natação. Terminou seu ano na academia arcana em 1419 e, feliz pelos seus resultados, se prepara para representar Wynlla em 1421.

Zakharov

Após a épica campanha chamada pelos bardos de Coração de Rubi, Zakharov tem se preparado com afinco para os jogos pantêonicos. A quantidade de aventureiros que veio para a região aumentou de uma maneira inacreditável e, junto com eles, diversos novos atletas para as disputas. Entre eles um minotauro que tem um pequeno dojo nos arredores do reino de Yuvalin, chamado Tyrad. Junto com um conjunto de outros combatentes ele quer trazer vitória em respeito a cidade que o retirou do vicio em jogo.

Conclusão

As diferentes historias dos atletas, das confederações, dos países, me deixam muito inspirado para trazer mais disso a tona no nosso RPG.

Façam sua festa, façam suas mesas com os personagens se preparando para os Jogos, se diviritam!

Para mais informações, além do site da campanha, fizemos uma postagem falando sobre que você pode conferir aqui


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Se liga na Área de Tormenta, o espaço especial dedicado apenas à Tormenta20 e o que remete a ele! E acompanhe também as outras sessões, por favor!


Texto:  Amanda “Vellsant” Velloso, Natalia “ElenaNah” Helena e Gustavo “AutoPeel” Estrela

Imagem de Capa: Gustavo “AutoPeel” Estrela

Revisão: Isabel Comarella

Lagosta: Caça e Caçador – Biblioteca Arkanita

Esta semana, a iniciativa da Biblioteca Arkanita apresenta o cenário Lagosta: Caça e Caçador, de Henrique “Morcego” Santos. Chamado pelo autor de “lagostapunk”, este cenário apresenta lagostas sobrevivencialistas sob o controle dos jogadores, buscando nunca morrer de fome, fugir de seus predadores e se reproduzir. E quando chega a morte, se tornar uma experiência gastronômica é a glória suprema!

Conteúdo do netbook

  • Introdução, apresentando o clima do cenário e o que significa ser uma lagosta.
  • Lagostapunk?, justificando com muito bom-humor o porquê do cenário estar no gênero “lagostapunk”.
  • Criação de Personagem, explicando como construir uma lagosta através do Sistema Daemon, nos seguintes tópicos:
    • Atributos, identificando como cada um afeta o sabor do personagem caso vire refeição.
    • Aprimoramentos, listando todos os possíveis nas obras Anime RPG, Arquivos de Bel-Kalaa, Cães de Guerra, Invasão, Supers e Trevas. Apresenta também o novo aprimoramento Poderes de Lagosta.
    • Perícias.
    • Poderes de Lagosta, que vão desde Aumento de Atributos a Pinça e Regeneração.
    • Enriqueça sua História, guiando o jogador no que pensar enquanto define seu personagem.
  • Manobras de Combate para Lagostas, apresentando novas manobras adequadas ao corpo de uma lagosta, como Ataque com Pinça, Carga Polípode etc.
  • Aventuras Lagostapunk, introduzindo tabelas para a vida difícil de uma lagosta em busca de sua sobrevivência:
    • Eventos, indicando cada acontecimento por cena que o personagem precisa solucionar até o fim da mesma cena, ou enfrentar as consequências.
    • Outros seres marinhos, com três tabelas sobre seres que serão caça ou caçador do personagem, incluindo até o pescador humano.
    • Cicatrizes de batalha, com 36 possibilidades de ficar marcado após tantas batalhas em busca da sobrevivência, desde pinça quebrada e olho arrancado até brânquias perfuradas e cefalotórax esmagado.
    • Experiência, explicando como o personagem evolui após resistir a tantas batalhas como caça e caçador.
    • Glória suprema, explicando o que acontece à lagosta quando ela morre e se torna ingrediente de um prato. Como exemplo, uma lagosta com alta AGI é a mais adequada para um lobster roll ou lagosta na baguete.

Este netbook pode ser encontrado aqui mesmo na Biblioteca Arkanita. Clique aqui para iniciar o download.

Continue acompanhando as postagens semanais da Biblioteca Arkanita para outros grandes netbooks como Lagosta: Caça e Caçador!

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Kits com Escala em 3D&T

Este artigo com a apresentação de kits ligados a variações de escala em 3D&T foi feito originalmente no blog RPGista. Veja o artigo na íntegra clicando aqui, que ainda inclui os kits Caçador de Deuses, Deus Menor, General, Kaiju, Piloto de Mecha e Super Artista Marcial. Para outros posts da Megaliga Tokyo Defender, clique aqui.

Uma das críticas que se fazem às escalas de poder no 3D&T Alpha é que elas parecem um pouco alheias ao resto do jogo, pois não há muitos elementos que as aproveitem. Não há vantagens que troquem as escalas de poder, e apenas um kit do Manual do Aventureiro Alpha permite fazer isso em condições específicas (o Engenheiro de Guerra, através do poder Arma de Destruição em Massa).

Apresento a seguir seis kits de personagens, todos criados com o pressuposto de utilizarem as escalas de poder de alguma forma, seja a seu favor, aumentando os seus poderes através delas, ou não, aumentando as suas chances de sucesso quando enfrenta inimigos muito poderosos. Os kits, descritos em detalhes mais abaixo, são os seguintes:

Caçador de Deuses. Existem muitas razões para odiar os deuses, e o caçador de deuses provavelmente conhece todas elas. Usando sua descrença como escudo, ele percorre o mundo investigando histórias e lendas, atrás dos meios para derrotar os seres onipotentes que oprimem os mortais.

Deus Menor. Um clássico de Tormenta, convertido aqui em kit de personagem para que os jogadores possam se tornar um ao longo da campanha. Mas não será fácil, e muito menos barato!

Exército de um Homem Só. Seja um brucutu sem camisa ou um retalhador franzino, o exército de um homem só é o terror dos campos de batalha, dizimando as tropas inimigas em ondas de ataques enfurecidos.

General. O grande líder de tropas e exércitos, que pode comandá-los em vitórias gloriososas, ou condená-los a derrotas humilhantes com táticas mal calculadas.

Kaiju. O monstro gigante destruidor de cidades tradicional de filmes japoneses.

Kiodai Hero. Um guerreiro capaz de crescer até o tamanho de um arranha-céu, e assim enfrentar monstros poderosos em defesa da Terra (ou qualquer outro cenário de campanha).

Matador de Colossos. Inspirado no jogo Shadow of the Colossus, temos aqui um guerreiro de escala normal (provavelmente Ningen) especializado em enfrentar criaturas colossais, tão grandes que são considerados de escala superior.

Piloto de Mecha. Um piloto treinado em pilotar mecha gigantes, como os seus tradicionais robôs de animes e tokusatsu, e capazes de usar até o limite as capacidades das suas engrenagens e circuitos.

Super Artista Marcial. O guerreiro Z, cavaleiro do zodíaco, ninja das vilas ocultas ou qualquer que seja o seu preferido, que domina energias místicas e assim se torna capaz de atingir patamares superiores de poder.

Exército de um Homem Só

Exigências: F2, H2 ou PdF2; Ataque ou Tiro Múltiplo

Função: atacante

Muitas histórias existem sobre guerreiros invencíveis, capazes de lutar sozinhos contra grandes exércitos e ainda saírem vitoriosos. Seja o brucutu sem camisa e com uma faixa vermelha na cabeça portando uma metralhadora gigantesca, ou o pequeno e franzino samurai retalhador que corre com sua katana em meio às fileiras inimigas, o exército de um homem só está sempre pronto para dizimar seus inimigos em uma onda enfurecida de ataques.

Os poderes de um exército de um homem só, é claro, só fazem efeito quando ele está enfrentando um grande exército, que normalmente é considerado um personagem de escala superior.

  • Alvo esquivo. Um só em meio a dezenas de inimigos, o exército de um homem só é muito difícil de acertar. Todo ataque de um personagem-exército contra ele possui um redutor de H-3, tanto para o cálculo da sua FA como para calcular a sua esquiva.
  • Ataque múltiplo aprimorado. O exército de um homem só gasta metade dos PMs para fazer o seu número máximo de ataques ou tiros múltiplos – ou seja, cada dois ataques realizados custam apenas 1 PM. As demais regras das vantagens devem ser seguidas normalmente.
  • Crítico aprimorado (exércitos). Sempre que enfrenta um personagem-exército, um crítico em uma jogada de FA triplica o dano do seu ataque, ao invés de apenas duplicar.
  • Dizimar exército. Mesmo sendo apenas um, o exército de um homem só pode dizimar seus inimigos com uma onda enfurecida de ataques – disparando uma rajada furiosa de balas com a sua metralhadora, correndo entre os inimigos e retalhando-os com múltiplos ataques da sua katana, etc. Gastando um 1 PM ao atacar um personagem-exército, ele pode aumentar a sua escala de poder naquele ataque em um nível – indo de Ningen para SugoiSugoi para Kiodai, etc.

Kiodai Hero

Exigências: Ataque Especial, Crescimento (veja abaixo), Código de Honra dos Heróis

Função: atacante ou tanque

Kiodai hero são os heróis gigantes tradicionais das séries tokusatsu japonesas – pense no Ultraman, Ultraseven, Spectreman, e tantos outros. (Mas não, NÃO pense nos Jovens Guerreiros Tatuados de Beverly Hills, por favor!) Podem ser viajantes espaciais de nebulosas distantes, criações científicas, guardiões da natureza… O importante é que sempre lutem pelos ideais da justiça, protegendo a Terra de monstros estelares, dinossauros adomercidos, acidentes nucleares, e outras ameaças à paz e à ordem planetária.

O principal poder do kiodai hero, é claro, é o de crescer até a escala de prédios e edifícios, de forma que se torna capaz de lutar em igualdade de condições com monstros gigantescos. Este não é um poder simples, no entanto, e consome massivamente as suas energias – não por acaso, muitas vezes ela começa a se esgotar já no meio da batalha. Felizmente, a maioria deles também possui companheiros em escala normal para apoiá-los em combate, ajudando-o a se focar em vencer o monstro da semana o mais rápido possível.

  • Crescimento (2 pontos). Gastando 20 PMs, o personagem é capaz de crescer até o tamanho de um arranha-céu, e assim aumentar a sua escala até Kiodai para enfrentar inimigos muito poderosos. Este é considerado um poder sustentável, como os feitiços – ou seja, até voltar ao tamanho normal, o personagem não poderá recuperar os PMs gastos nele.
  • Crescimento aprimorado. O kiodai hero pode usar o poder de Crescimento gastando apenas 10 PMs, ao invés de 20.
  • Equipe de apoio. O kiodai hero conta com uma pequena equipe de apoio para ajudá-lo no enfrentamento contra monstros gigantes. Você pode montá-la seguindo as regras da vantagem Aliado, mas podendo dividir os pontos entre vários personagens se preferir – por exemplo, com cinco pontos, você poderia montar um único aliado que os utilize todos; dois aliados diferentes, um com três e outro com dois pontos; cinco aliados de um ponto cada; ou qualquer outra combinação. No entanto, todos eles devem obrigatoriamente pertencer à escala Ningen – eles não são de grande ajuda no combate direto contra o monstro da semana, mas sempre podem ajudar a desviar a sua atenção, resgatar civis, proteger pessoas importantes, etc.
  • Recuperar energia. O kiodai hero pode usar a vantagem Crescimento como um poder instantâneo, ao invés de sustentável; assim, ele pode recuperar os PMs gastos com ele normalmente, sem precisar voltar ao seu tamanho normal.

Matador de Colossos

Exigências: Inimigo dos Colossos (veja abaixo), perícia Esportes

Função: dominante ou atacante

Existem, em Arton e outros mundos fantásticos, os gigantes, seres de tamanhos desproporcionais que aterrorizam certas vilas e regiões, e são por isso enfrentados por um tipo especial de guerreiro, o matador de gigantes (descrito no Manual do Aventureiro Alpha). E existem, então, os colossos: seres gigantes do ponto de vista dos próprios gigantes, cujo tamanho e força física estão em uma escala acima dos de outras criaturas; algumas vezes são tão grandes que só é possível vencê-los escalando-os como uma montanha para atingir seus pontos fracos!

Tais seres não podem ser enfrentadas por guerreiros comuns, e por vezes mesmo as técnicas para enfrentar os gigantes menores são ineficazes. Apenas o matador de colossos, com seu treinamento físico e astúcia particulares, é capaz de impor algum tipo de desafio a eles – e mesmo ele muitas vezes dependerá da sorte para ser bem sucedido!

Em um primeiro momento, um matador de colossos é muito semelhante a um matador de gigantes: uma figura rústica, parecida com um ranger, com armaduras leves e sem o porte de outros guerreiros de maior status. Suas técnicas também têm bastante em comum, recorrendo frequentemente a truques e emboscadas que exponham os pontos fracos do inimigo. A astúcia e esperteza são suas armas fiéis, muitas vezes mais do que uma espada ou lança afiadas.

Para ser um matador de colossos, no entanto, é preciso ainda mais. É preciso todo um treinamento físico especial, que desenvolva reflexos afiados para evitar os golpes inimigos, uma vez que mesmo o mais fraco deles pode ser o suficiente para encerrar a batalha; e é preciso ainda ser certeiro e preciso em seus ataques, já que são poucos os que passarão pela defesa do alvo e surtirão o mínimo efeito.

  • Inimigo dos Colossos (1 ponto). Você é especialista em enfrentar criaturas colossais, tão grandes que pertencem a outras escalas de poder. Por isso, recebe um bônus de H+2 sempre que luta contra criaturas desse tipo ou realiza testes de perícia envolvendo conhecimentos sobre elas.
  • Armadilheiro. Um caçador sabe que é bobagem enfrentar uma criatura colossal de frente, e prefere usar truques e fintas para deixá-la vulnerável. Gastando um movimento e 2 PMs, ele pode atrair o alvo para uma posição ruim, que o imobilize ou deixe seus pontos fracos expostos, ficando Indefeso durante o próximo turno se falhar em um teste de Habilidade.
  • Esquiva acrobática. Um matador sabe que, dado o tamanho dos seus oponentes, um único erro ao evitar seus ataques pode ser fatal. Por isso, treina para não errar: ao enfrentar um inimigo de escala superior à sua, ele pode se esquivar com testes da perícia Esportes, ao invés do teste de H-H padrão. Ele ainda possui um número máximo de esquivas por turno igual à sua Habilidade.
  • Experiência em quedas. Enfrentar criaturas colossais tem outros perigos além dos ataques inimigos – uma queda do alto de um gigante de cinquenta metros de altura pode ser tão mortal quanto quanto um golpe da sua clava! Felizmente, o matador é acostumado com esse tipo de acidente, e recebe sempre o dano mínimo de quedas de qualquer tipo (por exemplo, 3 em 3d).
  • Golpe certeiro. A principal habilidade de um matador de colossos é a de encontrar e atingir os pontos fracos de um oponente gigantesco, ignorando a sua diferença de poder. Sempre que conseguir um acerto crítico na jogada de FA ou o inimigo estiver Indefeso, o caçador pode gastar 2 PMs para ignorar a diferença de escalas no dano causado, podendo causar dano normal em criaturas de escala superior.

Este artigo com a apresentação de kits ligados a variações de escala em 3D&T foi feito originalmente no blog RPGista. Veja o artigo na íntegra clicando aqui, que ainda inclui os kits Caçador de Deuses, Deus Menor, General, Kaiju, Piloto de Mecha e Super Artista Marcial. Para outros posts da Megaliga Tokyo Defender, clique aqui.

Os Assombrosos Clichês #1: Violência

Os Assombrosos Clichês: Violência

Quadrinhos de super-heróis são feitos de clichês, não importa o quanto tentemos fugir deles, e quanto mais nos afastamos desses clichês. Menos vai parecer com uma genuína história de super-heróis, mas o que podemos fazer então para impedir isso?

Bom, hoje nós começamos isso com um quadro novo no Sala de Justiça intitulado como Os Assombrosos Clichês!!

Onde iremos discutir um clichê específico do gênero, começando com um dos mais discutidos tópicos do gênero: A Violência

BAM! PAFF! KABLAM!!- Begins

Em sua gênese, os super-heróis sempre tiveram um componente muito enfático em suas histórias: O uso da violência para resolver as mazelas do mundo. Obviamente uma visão mais do que simplista sobre o mundo, vindo muito do público inicial (Ainda é, mesmo que muitos esperneiem quanto a isso) dos quadrinhos, crianças na faixa de 7 a 11 anos. E tudo bem quanto a isso, fantasia envolvendo violência fantástica é menor dos problemas de histórias infanto-juvenis. Entretanto é importante entender como essa violência começou com um aspecto lúdico muito mais que algo palpável. Apenas uma forma de discutir ideias de uma forma que fosse divertida para as crianças, e apenas isso.

Inocência Seduzida 

Mais tarde, durante o final dos 50, Frederich Wertam, um importante psicólogo da época, acabaria por publicar o impactante livro “Sedução dos Inocentes”. Na qual Wertam denunciava inúmeras questões problemáticas (Algumas infundadas ou apenas profundamente preconceituosas).

Aliado a um Estados Unidos imerso em políticas combativas contra a União Soviética, acabou por gerar a criação do Comic Code Authority. Que lidava com a regulação das histórias em quadrinhos e teve grande impacto nas publicações durante os anos 60, e em razão disso muito da violência, principalmente nos quadrinhos de super-heróis, se tornou extremamente cartunesca, inocente e extremamente palatável para crianças.

A Ponte do Destino

Entretanto, tudo mudaria de forma irreversível em “Amazing Spider-Man” #122. Durante a icônica run do Homem-Aranha de Gerry Conway durante os anos 70, quando em um plano de vingança do Duende Verde, ele acaba matando Gwen Stacy quando a mesma acaba caindo e tendo seu pescoço quebrado quando a mesma se choca na ponte.

Naquele mesmo ano, na concorrente, o filho de Arthur Curry, o Aquaman, acabaria sendo morto asfixiado, uma das histórias mais macabras da editora. Esses eventos foram causados principalmente por um afrouxamento do Comics Code nos anos 70. O que levou a uma nova leva de violência para a mídia. Após essas situações, a violência nos quadrinhos entrou em uma espiral crescente até meados dos anos 2000, quando houve uma redução na violência de quadrinhos mainstream.

Nós somos adultos!! (Ou…SANTO BANHO DE SANGUE MESTRE!!!)

Aspectos que levariam ao aumento da violência em quadrinhos seria principalmente a nova safra de escritores e artistas fãs desses personagens e que tinham muitas pretensões de elevar essas obras a algo segundo eles “mais adulto”. E um dos aspectos que foi decidido gerar mais foco na violência, dos anos 70 a meados dos 80, os quadrinhos começavam a dar mais peso à violência, mas por que se focar nisso?

Ora, porque é muito comum que nós enquanto crianças sejamos protegidos da violência e uma forma de sinalizar que estamos lidando com uma obra não-infantil é essa performance da violência, entretanto não é incomum que a violência em obras sempre acabe soando boba, sem propósito e principalmente uma “revolta adolescente”, onde ela é usada justamente para ser um contraponto ao que é infantil, não oferecendo nuance real ou qualquer tipo de tema com ela.

 

Poucos pés e muita violência

Esse aspecto se tornou muito prevalente durante os anos 90 dos quadrinhos, onde muitos personagens eram brutalizados mais como forma de criar uma aura de um produto adulto, mas normalmente apenas sendo uma questão performática, que levava muitas vezes a momentos engraçados e vergonha alheia como toda a produção de Rob Liefield em seus trabalhos para a Marvel ou de sua própria autoria na Image Comics durante a ascensão dos anti-heróis, sempre munidos de rifles, pistolas, metralhadoras, facas e muitas outras armas que claramente não causariam apenas um atordoamento no alvo.

Aquelas almas na geladeira…

Infelizmente é importante falar aqui de um sub-produto mais do que infortúnio desse aumento da violência nas HQs: A brutalização de personagens femininas, evidenciado pela primeira vez pela influente escritora de quadrinhos Gail Simone que cunhou a trope com o nome de “Mulheres na Geladeira” após um caso polêmico da época: A morte e esquartejamento Alex DeWitt, namorada do herói Lanterna Verde da época, personagem que havia aparecido em apenas 5 edições.

E embora não sendo a única, a mais emblemática de todas sendo a paralisia de Barbara Gordon, a Batgirl, causada por um tiro disparado pelo icônico Coringa é até uma das razões que existe uma critica muito forte no meio contra o uso da violência descerebrada e irresponsável na mídia das Hqs.

Ok…E o dados?

 Mas como trazer essa discussão para a mesa de RPG? Principalmente através da Sessão Zero, tenha certeza sobre os limites pessoais de seus jogadores, construa um mundo e tenha certeza de que haja uma comunicação clara sobre o “tom” da campanha. No caso de M&M, considere regras alternativas presentes no Guia do Mestre ou até no (ainda inédito no Brasil) Supernatural Handbook quanto a violência.

Por fim, discuta as ramificações dessa violência em jogo, e possiveis gatilhos dos jogadores quanto ao assunto. Sempre traga a responsabilidade que muitos escritores de quadrinhos infelizmente não tiveram pra sua mesa!


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Texto: Julio Cesar

Imagem de Capa e Revisão: Gustavo “AutoPeel” Estrela

Correspondência – Esferas de Mago: A Ascensão

“Existem muitos caminhos para a cidade das Esmeraldas, e cada um é mais colorido e agradável que o outro.”

— O Mágico de Oz, Frank L. Baum

Então você despertou. Fazer magia pode ser tão simples quanto andar em linha reta, e ao mesmo tempo tão complexo quanto correr uma maratona. Agora que você já aprendeu os conceitos básicos da quintessência e do paradoxo, é hora de buscar uma compreensão maior de como utilizar a magia da melhor maneira possível.

As facetas da realidade com as quais um mago lida são conhecidas como esferas. Elas são nove ao total, embora algumas tradições acreditem em uma décima esfera ainda não explorada.

Entretanto, deixemos as conjecturas para aqueles que tem tempo de parar para pensar. Com a União Tecnocrática no nosso pé, é importante que você entenda como utilizar sua magia de forma prática e, sempre que possível, coincidente!

Correspondência

A primeira esfera é aquela que lida com o espaço. Conhecida como correspondência, ela estreita e estica os limites lógicos de ocupação e existência espacial. Distâncias deixam de existir, e para um mestre da Correspondência, poucos são os limites físicos existentes.

A correspondência partiu do estudo do Ponto de Correspondência unificado, uma ideia de que todas as coisas ocupam o mesmo espaço ao mesmo tempo – ou espaço nenhum. Por isso, modificar padrões espaciais acaba se tornando uma rotina comum na vida de um destes magos.

A correspondência, quando unida a outras esferas, pode ser uma ferramenta fundamental para sua sobrevivência. Isso porque buscar itens ou até mesmo pessoas se torna muito mais fácil, e escapar de uma situação arriscada está a um estalo de dedos.

Alguns dos principais mestres da correspondência encontram-se entre os adeptos da virtualidade. Estes tecnomagos entendem a correspondência como uma estrutura padrão, que pode ser modelada conforme a vontade do conjurador.

Entretanto, algumas outras tradições mais conservadoras acreditam em outras maneiras de se relacionar com a correspondência, como linhas de ley e intersecções que unem objetos de diferentes locais em um mesmo espaço metafórico.

É importante entender, entretanto, que ainda que os magos de correspondência entendam o espaço como uma ilusão, eles ainda deixam seus rastros arcanos quando utilizam essa ferramenta, o que dá a seus oponentes uma maneira eficaz de rastreio.

Além disso, esta é uma das esferas mais abstratas do estudo arcano, e embora seus benefícios sejam claros e diretos, seu funcionamento depende de outas esferas para que você consiga aproveitar melhor seu conhecimento.

Usando correspondência

Um mago iniciante que procura iluminação através da correspondência logo será capaz de entender melhor o espaço que o cerca e no qual habita, possibilitando uma assertividade muito maior na determinação de distâncias e de localização de determinados padrões, conhecidos pelo desperto.

O avanço nos estudos dessa esfera permitem ao mago uma ação mais direta, conseguindo efetivamente moldar o espaço, embora inicialmente em objetos e padrões simples e pequenos.

Aliado a esfera de Matéria, é possível recuperar itens distantes, enquanto a esfera vida pode permitir a movimentação de pequenas criaturas. Vale lembrar que a limitação dos efeitos mágicos depende do quanto conhecimento um Desperto possui em cada uma de suas esferas.

Iniciados, por sua vez, com um conhecimento mais profundo do conceito de espaço gerado pela Correspondência, conseguem não apenas quebrar padrões, mas construir padrões próprios, que impedem a passagem em áreas que o mago não deseja ser incomodado, ou mesmo abrindo portais entre dois locais diferentes.

Um mago particularmente esclarecido com essa esfera poderia até mesmo existir em mais de um lugar ao mesmo tempo, e com esferas como Mente e Vida ele poderia realizar diferentes tarefas e interações em cada um dos locais em que se encontra.

O Espaço não representa absolutamente nada para um mestre de Correspondência. Estes grandes arcanistas são capazes de tecer padrões tão complexos que a mente humana teria dificuldade de entendê-los.

Objetos e até mesmo pessoas podem existir no mesmo lugar ao mesmo tempo, sem que um danifique ou prejudique o outro, enquanto distâncias são um mero conceito ultrapassado para esse mestre.

Esse conceito complexo gera nos estudiosos da correspondência uma aparência de confusão, como se o mago estivesse constantemente distraído ou ocupado com alguma outra coisa.

Inimigos de magos de correspondência tiveram terríveis fins por acreditar nessa aparência confusa, uma vez que a verdade é que estes magos não enxergam a realidade como seus oponentes, e podem surpreendê-los a qualquer momento.

Agora que você entendeu um pouco mais sobre a correspondência, é hora de perder o medo e entrar neste portal porque logo os agentes da tecnocracia estarão aqui, e ainda há muito que você precisa aprender antes de sair por ai dizendo que é um mago!

D&D 2024: entenda o futuro de Dungeons & Dragons

Dungeons & Dragons está mudando. Depois de 10 anos do lançamento da 5ª edição, a equipe da Wizards of the Coast decidiu que era hora de atualizar o sistema e apresentar algo novo para o mundo do RPG de mesa: o D&D 2024.

A novidade, então, começou a chegar às livrarias em setembro, com o Player’s Handbook 2024 — a nova versão do Livro do Jogador.

Você já sabe como esse lançamento vai impactar sua mesa? Está com medo de perder tudo o que você já construiu no seu mundo de D&D?

Então continue a leitura e entenda as novidades desta nova edição de Dungeons & Dragons.

O que é D&D 2024 e o que acontece com a 5ª edição?

Dungeons & Dragons nunca foi tão popular quanto é hoje. Afinal, nos últimos anos, o jogo ganhou uma superprodução em Hollywood, conquistou um espaço enorme na cultura pop e tem atraído cada vez mais jogadores.

Boa parte dessa popularidade se deve a fatores externos, como a revitalização da fantasia medieval por Game of Thrones, o destaque para o jogo em Stranger Things e a explosão dos streamings de actual play, como Dimension 20 e Critical Role.

Mas uma parte muito importante dessa transformação é mérito da própria equipe de D&D, com o lançamento da 5ª edição em 2014.

Artista: Craig J. Spearing; Crédito: D&D Beyond

Uma das principais propostas da 5e foi simplificar o jogo. Basicamente, reduzir regras, números e modificadores para deixar o D&D um pouco mais acessível para novos jogadores.

E funcionou. Funcionou tanto que agora ninguém quer deixar a 5e para trás.

Em entrevista publicada no próprio canal de D&D no YouTube, Jeremy Crawford, lead rules designer do jogo, afirmou que este é o mesmo D&D que você já joga, mas aumentado e melhorado “from top to bottom” (de cima até embaixo).

De fato, um dos maiores focos da equipe foi a compatibilidade. Na mesma entrevista, o lead designer Chris Perkins deixou claro que personagens criados com as regras de 2024 podem até compartilhar uma mesa com personagens de 2014, sem problemas de balanceamento.

Em resumo:

O D&D 2024 é uma atualização do D&D 5e, totalmente compatível com as regras anteriores, mas atualizado, melhorado e expandido a partir de 10 anos de experiências, feedbacks e muita rolagem de dados.

Ou seja, nada de jogar fora suas aventuras e livros de D&D 5e! Os únicos livros que devem ficar obsoletos agora são os “core rulebooks” que serão substituídos: o Livro do Jogador, o Manual dos Monstros e o Guia do Mestre.

Esses três, em suas versões de 2024, estão maiores do que nunca e, de acordo com Crawford, foram totalmente reconstruídos. Eles contam com opções novas para sua mesa, além das opções que você já conhece, mas refinadas e reimaginadas.

  • Infelizmente, tudo isso estará disponível apenas em inglês, porque em fevereiro deste ano, a Hasbro anunciou o fim da tradução de D&D para o português.

One D&D, D&D 2024, 6ª edição ou D&D 5.5?

O anúncio dessa grande transformação no mundo de Dungeons & Dragons chegou em 2022. Na época, a mudança foi apresentada como a iniciativa One D&D, com a promessa de reformular a 5e em uma “edição definitiva”.

Hoje, no entanto, o jogo tem aparecido nos canais oficiais e nos produtos comercializados como D&D 2024.

Mas você também pode encontrar pessoas chamando a nova edição de D&D 5.5, em referência à clássica edição 3.5, que atualizou a 3ª edição em 2003, mantendo a compatibilidade com as regras anteriores.

Há ainda quem se refira aos novos lançamentos como 6ª edição, mas isso pode dar uma ideia de que a 5e vai ser “deixada para trás” — o que, por enquanto, não é o caso.

Unearthed Arcana: Qual foi o papel dos jogadores na construção do One D&D?

Muito beholder teve que ser derrotado e muita masmorra teve que ser explorada para o D&D 2024 chegar até você.

Isso porque a principal base para a construção desta nova edição, segundo Perkins e Crawford, foi o feedback da comunidade, que tem jogado a 5ª edição por 10 anos.

Nesse meio tempo, a Wizards of the Coast — empresa responsável pelo D&D — tem reunido sugestões e críticas para tentar oferecer uma versão melhor do jogo.

Além disso, eles contaram também com as Unearthed Arcana, versões de teste das regras que tiveram como objetivo buscar ativamente o feedback da comunidade.

Core rulebooks 2024: os novos livros para sua mesa de D&D

Player’s Handbook 2024: o novo livro do jogador

O primeiro tomo a chegar às livrarias é o Player’s Handbook 2024: a nova versão do Livro do Jogador, com 384 páginas.

Segundo Crawford, um dos objetivos centrais do novo livro é facilitar mais do que nunca o engajamento com o jogo e, ao mesmo tempo, torná-lo mais profundo.

Ele afirma que o Player’s Handbook 2024 tem mais formas de imaginar personagens, mais opções táticas e tantas possibilidades que mesmo jogadores experientes vão ser capazes de encontrar formas novas de customizar sua forma de jogar.

Novo livro do Jogador de Dungeons & Dragons, o Player’s Handbook 2024 de D&D | Crédito: Reprodução D&D Beyond

Uma das principais mudanças está na origem dos personagens. O termo raças foi abandonado e agora é tratado como espécies, com mais características interessantes, mas sem os pontos de habilidade fixos que jogadores tradicionais estão acostumados.

Os pontos extra de habilidade estão agora nos backgrounds dos personagens, refletindo formação e treinamento, em vez de predisposição genética.

O livro conta com 10 espécies, uma a mais do que na versão de 2014. Meio-orcs e meio-elfos saíram de cena e foram substituídos por Orcs, Goliaths e Aasimar entre as espécies básicas.

Ele ainda tem as doze classes que já estavam presentes no livro de 2014 (sim, o artificer ficou de fora), além de 48 subclasses — três das quais são totalmente novas —, 16 backgrounds, 75 talentos e quase 400 feitiços.

Além disso, há dois destaques importantes:

  • Weapon Masteries (maestrias em armas), que prometem dar muito mais versatilidade para guerreiros, bárbaros e outros personagens que usam armas.
  • Atualização nas ferramentas e no sistema de criação de itens, para quem quer explorar essa faceta do seu roleplay.

Dungeon Master’s Guide 2024: tudo para narrar uma campanha no novo D&D

O clássico Guia do Mestre também está de cara nova, e chegou às livrarias em novembro deste ano, com 684 páginas — contudo, apenas em inglês. A venda ocorre por este link.

Como na versão de 2014, o Dungeon Master’s Guide 2024 continua apresentando elementos para ajudar um mestre — novo ou experiente — a narrar sua própria campanha, seja ela nos cenários oficiais, seja em um mundo homebrew (criado em casa).

Agora, no entanto, ele tem algumas vantagens em comparação ao anterior, como a explicação do cenário de Greyhawk para ajudar narradores que querem um mundo pronto para suas aventuras — ou mesmo para servir como exemplo para aqueles que querem criar seu próprio mundo.

Além disso, há exemplos de erros comuns, sugestões para lidar com problemas, aventuras prontas, guias de como criar suas próprias aventuras e mapas para você usar na mesa.

O livro ainda expande os tesouros e itens mágicos, e dá informações e recursos sobre a lore de Dungeons & Dragons, com os principais personagens e localizações.

Para completar, ele tem uma grande novidade: regras para bastiões, fortalezas que os próprios jogadores podem construir e administrar dentro da campanha.

E, como um bônus para o pessoal nostálgico, a capa do Dungeon Master’s Guide 2024 faz referência ao Vingador, principal vilão do desenho Caverna do Dragão, dos anos 90.

Novo Guia do Mestre no D&D 2024 faz referência ao clássico vilão vingador | Crédito: Reprodução D&D Beyond

Monster Manual 2024: criaturas atualizadas para a sua mesa

O Manual dos Monstros é o último dos core rulebooks a chegar às prateleiras, e ele vem com um calhamaço. Se a versão de 2014 (na edição em inglês) tinha 352 páginas, a nova promete 684.

O livro deve ter mais de 500 monstros no total, com mais de 75 deles sendo totalmente novos. Entre eles, estão previstos 9 chefões para partidas nos níveis mais altos, além de novas variantes para criaturas já conhecidas.

Os monstros que estavam presentes em 2014 manterão sua Classe de Dificuldade, mas todas as estatísticas foram revistas — a partir do feedback da comunidade — para refletir melhor esse CR.

A pré-venda do Monster Manual 2024 está por aqui, mas o prazo de lançamento é apenas em fevereiro de 2025. Ele também estará apenas em inglês.

Novo Manual dos Monstros de Dungeons & Dragons 2024 | Crédito: D&D Beyond

Qual é o futuro da sua mesa de RPG?

Agora que sabemos um pouco do que está para vir, conte para a gente: você está ansioso para a chegada dos novos core rulebooks de D&D? Ou pretende continuar com a 5ª edição clássica?

Ou, ainda, se você é old school, conta pra gente qual é a sua edição favorita. Aposto que temos até alguns fãs de 4ª edição escondidos por aí.

Agora, enquanto você espera os novos livros (ou reclama deles), aproveite para explorar mais do MRPG!
Temos muito conteúdo de qualidade, e não só sobre Dungeons & Dragons. Tem muito RPG brasileiro, jogo gringo, gameplay ao vivo, dicas para mestres e até comédia no tabletop, como nossa série de Falhas Críticas no RPG.



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Vampiros Amephistos e Morbs – Biblioteca Arkanita

Esta semana, a iniciativa da Biblioteca Arkanita apresenta os netbooks Amephistos e Morbs, respectivamente de “Sabiá Ramone” e Thiago Augustinho. Cada netbook apresenta uma nova raça vampírica para o cenário de Arkanun/Trevas. O conto Impuro, sobre os Morbs, é ainda compartilhado como netbook extra.

Conteúdo do netbook “Amephistos”

O netbook apresenta as seguintes informações:

  • Prelúdio, introduzindo e contextualizando o papel dos Amephistos no cenário de Arkanun/Trevas, além de enfatizar a recomendação para uso NPC.
  • A Origem e A História, narrando como a raça dos Amephistos combina a existência dos vampiros Kiang-Shi com os Dragões Orientais.
  • Características, descrevendo a aparência física que os Amephistos costumam assumir, especialmente pelo sangue dracônico.
  • Poderes Possíveis, com a lista de Poderes Vampíricos que podem comprar (necessário possuir o livro Vampiros Mitológicos).
  • Fraquezas, listando todas as fraquezas vampíricas obrigatórias e opcionais para os Amephistos selecionarem.
  • Poderes Vampíricos Novos – Amephie, descrevendo cada um dos níveis deste poder que só pode ser possuído por um Amephisto.

Conteúdo do netbook “Morbs”

O netbook apresenta as seguintes informações:

  • Características, fornecendo informações sobre como um humano é transformado em vampiro da raça Morbs, como se comportam os membros desta raça e como é sua aparência, com a face bestializada devido à natureza demoníaca que toma suas almas.
  • Organização e Subgrupos, explicando os conceitos de Ninho e de Boca do Inferno, relevantes à existência e sociedade dos Morbs.
  • Áreas de Influência, detalhando os relacionamentos entre Morbs e vampiros de outras raças ao redor do mundo.
  • Fraquezas, listando todas as fraquezas vampíricas obrigatórias e opcionais para os Morbs selecionarem.
  • Poderes, com a lista de Poderes Vampíricos que podem comprar (necessário possuir o livro Vampiros Mitológicos).

Conteúdo do netbook “Impuro”

  • Impuro é na verdade um microconto do autor de Morbs para apresentar os Morbs através de um caçador de vampiros tornado Morb e escravizado por Ekimmu.

Você pode baixar estes netbooks aqui mesmo na Biblioteca Arkanita. Clique aqui para iniciar o download do netbook Amephistos, aqui para o netbook Morbs e aqui para o microconto Impuro. E continue acompanhando as postagens semanais da Biblioteca Arkanita para outros grandes netbooks como Amephistos, Morbs e Impuro!

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Rurouni Kenshin para 3D&T

Este artigo com a adaptação do mangá e anime Rurouni Kenshin (Samurai X) para 3D&T Alpha foi escrito originalmente na revista Tokyo Defender #09 por Léo “Kondo” Aguiar. Veja o artigo original na íntegra ao baixar a edição gratuita clicando aqui, que ainda inclui a descrição completa do panorama social e histórico do Japão na Era Meiji, o kit Especialista do Battoujutsu, revisão da regra para Teste de Morte, descrição das sagas de Tóquio e Kyoto e as fichas de oponentes das duas sagas, além das fichas atualizadas dos heróis na saga de Kyoto. Para outras edições gratuitas da Tokyo Defender, clique aqui. Para adquirir as edições do formato em financiamento coletivo, clique aqui.

Samurai X ou Rurouni Kenshin é um anime e mangá de enorme sucesso. A história é sobre Kenshin Himura, antigo retalhador a serviço do governo durante a Restauração Meiji. Arrependido de seus crimes, ele tenta realizar boas ações, usando uma espada de lâmina invertida, cujo golpe não mata, apenas nocauteia o adversário. O mérito da série não vem só de suas batalhas bem elaboradas, com cenas épicas e inimigos marcantes, Rurouni Kenshin se passa um período conturbado do Japão, com tramas políticas, grupos de resistência aos monarquistas e nem sempre “o lado do bem” fica claro. No meio de todos esses conflitos Kenshin algumas vezes age contra a lei para ajudar as pessoas e para preservar sua promessa de nunca mais matar.

O Japão pré-Restauração Meiji

No ano 1.600, após um grandioso confronto, Tokugawa Ieyasu derrotou as tropas do Imperador Hideyori unificando o Japão, nomeando-se Xogum (a régua da nação), comandante absoluto. O Imperador perde todo seu poder de comando, tornando-se uma figura simbólica.

Iniciando a Era Tokugawa o Japão foi dividido em feudos entregues aos mais fiéis seguidores de Ieyasu. Eles seriam os Daimyo, líderes dos feudos e fiéis ao xogum. Os samurais se tornam uma classe de guerreiros aristocrática subordinados aos daimyo. Durante séculos houve poucos conflitos, a espada era pouco necessária. Com isso os samurais dedicavam-se cada vez mais às artes como filosofia, poesia, pintura, artesanato, caligrafia e a ritualística cerimônia do chá. No início do seu governo, Ieyasu começou uma perseguição ao Cristianismo, ele acreditava que os devotos dessa religião ofereciam um perigo ao seu governo. Aos poucos o Japão criou uma política de isolamento, mantendo contato comercial quase que exclusivamente com Holanda e China.

A série de Rurouni Kenshin

Kenshin Himura era integrante do grupo pró monarquia, Ishinshishi. Durante a Restauração Meiji ele ficou conhecido como Battousai, o Retalhador, devido a sua técnica lendária de saque da espada. Após a Restauração Meiji, Kenshin virou um Rurouni (andarilho) e vagou pelo Japão por dez anos, ajudando as pessoas, para pagar pelos crimes como retalhador. Em sua jornada, Kenshin conhece Kaoru, herdeira do Dojo Kamiya Kashin. Kenshin ajudou Kaoru a proteger a honra de seu dojo, de pessoas que diziam ser Battousai. Depois disso Kaoru convidou Kenshin para morar em seu Dojo. Ao longo da série outras pessoas iriam se juntar ao grupo, como Yahiko Myojin, filho de samurais, mas que virou capanga de uma gangue de ladrões por uma dívida de sua família, sendo resgatado por Kenshin. Sanosuke Sagara, um descontente do atual governo, que decide enfrentar Kenshin ao saber que ele foi um monarquista na Restauração Meiji, mas após ver que Kenshin tinha os mesmos ideais de seu mentor, decide se juntar ao grupo. Por fim surge Megumi Takani, uma jovem médica forçada a usar seus conhecimentos para fabricar ópio para tráfico. Ela é salva por Kenshin, Sano e Yahiko e depois junta-se ao grupo. No desenrolar da história Kenshin enfrenta inimigos do passado e novos adversários, enquanto faz outros novos aliados.

Rurouni Kenshin para 3D&T

Para usar as regras a seguir será necessário o Manual Básico 3D&T Alpha Revisado, Manual do Defensor e Manual do Aventureiro Alpha.

O cenário de Rurouni Kenshin é o Japão histórico da Era Meiji, não existem seres fantásticos ou magia. Mas seus personagens são muito exóticos capazes de habilidades que desafiam qualquer lógica. Para jogar no Japão de Rurouni Kenshin leve em conta as seguintes regras.

Kits de Personagens:

Muitos Kits apresentados no Manual do Aventureiro encaixam no cenário de Rurouni Kenshin, só precisando adaptar o histórico dos kits, a seguir tem uma lista dos Kits que podem ser adquirido pelos jogadores:

Agente Secreto, Aristocrata, Arqueiro, Assassino, Bárbaro, Batedor, Berseker, Berseker Insano, Bucaneiro,  Caçador, Capanga, Carteador, Chapéu Preto, Combatente, Doutor de Salistick, Especialista, Espião, Franco-Atirador, Gatuno, Guarda-Costas, Guerreiro, Guerrilheiro, Impostor, Infiltrador, Ladino, Lanceiro, Lutador de Rua, Mestre Armeiro, Mestre de Iaijutsu, Ninja, Nômade, Pacificador, Pirata, Plebeu, Punguista, Ranger,  Sabotador, Samurai, Sedutor, Vigarista, Vigilante e Vingador.

Qualquer outro Kit deve só pode ser usado com autorização do Mestre. Personagens do mestres podem ter qualquer kit.

Raças: Não existem outras raças além da raça humano, então fica proibido qualquer vantagem única.

Perícias: Todas as Perícias estão permitidas, mas perícia Máquinas tem algumas restrições. No início da Era Meiji, o Japão estava se industrializando, e as maiores tecnologias, da época, eram máquinas fotográficas, canhões, bombas, armas de fogo e trem a vapor. Entretanto a série mostra personagens usando engenhocas que necessitavam de um bom conhecimento de maquinário para criação e utilização, em todo caso fica a critério do mestre decidir o que seria permitido naquela época.

Tipos de Dano: Inicialmente os personagens jogadores só podem possuir Tipo de Dano Físico. Dano por energia só pode ser adquirido de algum modo em campanha, com autorização do mestre.

Saga de Tóquio

Kenshin Himura, 24N

F2 (esmagamento), H5, R4, A2, PdF0; 20 PVs e 20 PMs.

Kit: Especialista de Battoujutsu.

Poder Garantido: Completo.

Vantagens: Ataque especial IV (F; preciso), Ataque múltiplo, Energia Extra I, Mentor, Técnica de luta x2 (ataque debilitante, bloqueio, combo, força oculta).

Desvantagens: Código de honra (heróis, redenção), Má Fama (Battousai, o Retalhador).

Perícia: Sobrevivência.

Shinta (nome de nascimento de Kenshin) perdeu os pais ainda novo e foi comprado por mercadores de escravos. Foi salvo por Seijuurou Hiko, após caravana de Shinta ser atacada por bandidos. Shinta recebeu o nome de Kenshin, por ser um nome mais adequado para um espadachim, e começou a treinar com Seijuurou. No final do Xogunato Kenshin se tornou um espadachim lendário com seu estilo Hiten Mitsurugi, muito temido, ele ficou conhecido como Battousai, o Retalhador. Apesar de carregar o peso de várias vidas tiradas durante a sua época de retalhador, agora busca usar sua sakabatou (espada com a lâmina invertida) para ajudar as pessoas ao se redor e um dia expiar seus crimes. Kenshin é facilmente reconhecido por sua cicatriz na bochecha esquerda de forma de cruz ou “X”.

Sanosuke Sagara 17N

F3 (esmagamento), H3, R4, A1, PdF0; 28 PVs e 20 PMs.

Kit: Lutador de Rua

Poder Garantido: Completo

Vantagens: Arena (cidades), Ataque especial (F), Energia Extra I, Técnica de luta (ataque forte, ataque  Violento), Vigoroso.

Desvantagens: Código de honra (heróis), Insano (Fobia: coisas “modernas”, trens, máquinas fotográficas e etc.), Pobreza.

Perícia: Sobrevivência.

Quando criança foi integrante do Sekihoutai, após a traição dos Monarquistas com a tropa Sekihoutai e seu mestre, Sano virou um lutador de aluguel e rancoroso com o atual governo japonês. Após lutar com Kenshin, ele entende melhor os ideias do Andarilho e decide colaborar com ele. Mora num albergue de aluguel, é valoroso e franco, ainda que muito cabeça quente, ele carrega o kanji Aku (mal, maldade) nas costas de seu kimono.

Kaoru Kamiya 8N

F1 (esmagamento), H3, R2, A1, PdF0; 10 PVs e 10 PMs.

Kit: Combatente.

Poder Garantido: Chuva de ataques.

Vantagens: Arena (seu Dojo), Ataque especial (F), Patrono (Dojo Kamiya Kashin).

Desvantagens: Código de honra (heróis), Maldição (péssima para cozinhar).

Perícias: Especialidades: Kendo, Primeiros Socorros e Pedagogia.

Herdeira do estilo Kamiya Kasshin, Kaoru é gentil, afável, mas muito rígida com relação ao kenjutsu, mostrando muita habilidade para tal. Quando fica irritada nem Kenshin consegue segurá-la. Depois de conhecer Kenshin, ela passou admirá-lo pela sua gentileza e força, querendo sempre estar ao seu lado.

Yahiko Myoujin 5N

F0 (esmagamento), H2, R1, A0, PdF0; 5 PVs e 5 PMs.

Kit: Combatente.

Poder Garantido: Ataque Inesperado.

Vantagens: Aparência Inofensiva, Mentor (Kaoru).

Desvantagens: Modelo Especial (baixinho, é uma criança).

Perícia: Furtividade, Punga e Kendo.

Filho de ex-samurais, Yahiko é um boca suja e folgado. Mas possui uma personalidade correta e sempre ajuda os mais fracos. Depois de conhecer Kenshin e Kaoru, ele se torna aluno do Dojo Kamiya Kasshin para aperfeiçoar suas habilidades com a espada, se inspirando em Kenshin.

Megumi Tanaki 6N

F0, H2, R1, A0, PdF0; 5 PVs e 5 PMs.

Kit: Doutor de Salistick.

Poder Garantido: Completo.

Desvantagens: Código de honra (doutor de Salistick).

Perícias: Medicina.

Descendente de uma família de médicos de Aizu, Megumi foi obrigada a usar seus conhecimentos médicos para fábrica ópio para Kanryuu Takeda. Após se salvar por Kenshin e os outros ela se junta ao grupo como médica cuidando dos ferimentos deles (e como eles se machucam!).

Dicas de Aventuras:

Campanha em Rurouni Kenshin

Ao criar uma aventura ambientada em Rurouni Kenshin, você deve usar como inspiração o próprio mangá. Na época de Era Meiji o povo japonês estava se acostumando com a integração do ocidente, principalmente dos EUA e da Europa. A sociedade ainda não havia se acostumado com o novo governo e esperavam as melhorias prometidas. Muitos grupos de ex-samurais revoltosos com os monarquistas articulam planos para derrubá-los, alguns espadachins vagavam como andarilhos sem destino apenas querendo uma morte digna contra um oponente. Possíveis desafetos da época do Bakumatsu surgiam para acertar as contas.

A melhor fonte de inspiração são os arquivos históricos da época. Diversos sites especializados no assunto tratam com riquezas os acontecimentos da época. Para a criação de antagonistas você pode se inspirar nos próprio vilões que surgem na obra. RK é conhecido por ter vilões carismáticos e extravagantes, não tenha medo de abusar no conceito deles.

Uma outra dica legal é usar como cenário de campanha o Bakumatsu que é o período final da Era Edo do fim do Xogunato, dando início a restauração Meiji. Com diversos conflitos em várias partes do Japão, dando ótimas oportunidades de aventuras. Os personagens podem ser integrantes de grupos pró monarquia que buscam colocar o Imperador de volta ao poder. Ou podem ser defensores do Xogunato que juraram proteger o Xogum a qualquer custo. Seja como for essa época tem muita coisa para ser explorada e o próprio anime e mangá tem referências a esse época. Por fim lembre-se que os combates de Rurouni Kenshin são importantes, os estilos, técnicas e habilidades  precisam ser marcantes cada luta deve ser única e especial.

Este artigo com a adaptação do mangá e anime Rurouni Kenshin (Samurai X) para 3D&T Alpha foi escrito originalmente na revista Tokyo Defender #09 por Léo “Kondo” Aguiar. Veja o artigo original na íntegra ao baixar a edição gratuita clicando aqui, que ainda inclui a descrição completa do panorama social e histórico do Japão na Era Meiji, o kit Especialista do Battoujutsu, revisão da regra para Teste de Morte, descrição das sagas de Tóquio e Kyoto e as fichas de oponentes das duas sagas, além das fichas atualizadas dos heróis na saga de Kyoto. Para outras edições gratuitas da Tokyo Defender, clique aqui. Para adquirir as edições do formato em financiamento coletivo, clique aqui.

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