Weird Wars – Explorando Mundos Selvagens

O mundo é repleto de conflitos, e alguns escalam-se para eventos mundiais.

Entretanto, os horrores da guerra às vezes extrapolam aquilo que conhecemos como comum nessas batalhas, com criaturas terríveis e homens ainda piores no controle da situação.

Esta é a ambientação de Weird Wars. Um mundo de Savage Worlds onde o sobrenatural encontra alguns dos principais conflitos da história. Essa dinâmica coloca os jogadores no papel dos heróis anônimos que disputam estes eventos.

Cenários de guerra estão firmes no imaginário coletivo, e muitos jogos eletrônicos e de tabuleiro utilizam essas referências o tempo todo. Com o RPG não seria muito diferente.

 

Contextualizando…

A franquia Weird Wars possui até o momento quatro períodos distintos, contendo alguns dos principais conflitos de impacto mundial que são estudados e utilizados em diversas mídias. Abaixo você poderá ler um pouco sobre esses períodos.

Além disso, algumas mecânicas foram criadas para este mundo selvagem para que você possa aproveitar tudo o que um cenário de guerra pode exigir do Savage Worlds.

 

Weird Wars Rome – O Império Romano

O Império Romano é um dos mais influentes da história, passando por toda uma trajetória de conflitos armados. Por conta disso, criou as fundações para o combate estratégico daquela época até a atualidade.

As legiões romanas estiveram por todo o mundo conhecido, conquistando os territórios por onde passavam. Consequentemente, em suas batalhas, essas legiões viram coisas que jamais seriam levadas a sério no Senado Romano, onde as decisões eram de fato tomadas.

Mas isso não fazia estas coisas deixarem de existir, levando os legionários a um trabalho ainda mais importante.

A Legião do Crepúsculo, em particular, foi formada especificamente para lidar com esses elementos obscuros e inexplicáveis. E é ali onde seus personagens terão oportunidade de proteger o povo de Roma.

Uma mecânica particular deste livro é a de Legados, que permite aos jogadores criarem uma linhagem de sangue para receber seus tesouros e heranças. Além disso, permite que as futuras gerações estejam preparadas para novas batalhas.

 

Weird Wars I – Guerra das Trincheiras

A guerra para acabar com todas as guerras, como ficou conhecida. Foi um dos conflitos mais sangrentos da história, onde cada país convocou seus melhores soldados para proteger sua nação e “fazer brilhar o céu da liberdade novamente.” – Pelo menos era isso que os panfletos convocando jovens diziam.

Muitos soldados descobriram, no meio da lama e sangue da Terra de Ninguém, que a Guerra das Trincheiras era cheia de segredos e monstros escondidos. Ou seja, seus oponentes não eram a única coisa a se preocupar.

Ao lado de soldados, pilotos, marinheiros e até mesmo civis, estava a Legião do Crepúsculo, que buscava uma nova maneira de proteger a humanidade e eliminar os horrores que se escondem dos olhos comuns.

Uma mecânica diferenciada apresentada para este cenário é a de Missões Narrativas. Elas permitem uma estrutura mais simples e divertida para algumas das missões comuns durante a grande guerra, tais como patrulhas, ataques aéreos e costais, e outros.

 

Weird Wars II – A Guerra dos Mil Diass

O levante da Alemanha nazista foi terrível e assustador, dirigindo o mundo inteiro a um conflito de proporções impensáveis, ainda maior que o da Primeira Grande Guerra.

A Guerra dos Mil Dias foi disputada em muitos fronts, com alguns protagonistas bem firmados.

Seja enfrentando o império Japonês, o Fascismo da Itália ou mesmo a Alemanha Nazista, este é o momento de tomar armas e buscar o mundo livre através da visão dos aliados.

Esse livro foi trazido ao Brasil pela Retropunk Editora em um financiamento coletivo bem sucedido. Ele contou, inclusive, com suplementos que possibilitam aos jogadores fazerem parte da FEB, a Força Expedicionária Brasileira. Os nossos pracinhas que foram até a Europa auxiliar as forças aliadas.

 

Weird Wars Tour of Darkness – A Guerra do Vietnam

Neste, que foi de fato o primeiro conflito usando as regras de Savage Worlds na série Weird Wars, narra um pouco do sangrento conflito da Guerra do Vietnam. Aqui, os horrores sobrenaturais muitas vezes estão lado a lado com a crueldade humana.

Neste cenário, é importante deixar claro as intenções do autor. O criador de Tour of Darkness é um veterano do exército americano, que tentou mostrar que existiam alguns soldados “heroicos” nesse conflito.

Ainda que possa ser uma opção diferente e que representa conflitos mais modernos, ele é claramente tendencioso e pode não apresentar uma gama tão ampla de opções para interpretar o conflito.

A guerra, ela nunca muda. Por isso, enfrentar os horrores sobrenaturais do mundo é um trabalho que pode passar por eras.

E seus soldados da Legião do Crepúsculo terão muito tempo para enfrentar o mal que espreita nas sombras.


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Usuários de Magia em Deadlands – Explorando Mundos Selvagens 3

As pradarias sombrias de Deadlands apresentam muitos perigos, e há muitas maneiras de se defender deles. A magia não só existe no cenário, como é uma parte importante da ambientação, apresentada em diversos meios de utilização para cada um de seus conjuradores.

Por isso, hoje vamos conhecer um pouco mais sobre a magia em Deadlands: Oeste Estranho. Suas origens, variações e outros detalhes que podem ajudá-lo a definir qual o método seu cowboy escolherá para proteger a si e aos outros dos perigos que espreitam na escuridão.

O sistema Savage Worlds apresenta uma maneira simplificada de trabalhar com poderes arcanos. A lista de magias é geral para todos os usuários, com restrições a determinados poderes a depender do tipo de personagem que você utilizará.

O primeiro passo para ser um usuário de magia é escolher a vantagem Antecedente Arcano. Ela determina a fonte de seus poderes, a lista de disponíveis deles e quantos pontos você possui para conjurar suas magias.

O sistema de utilização de seus poderes é simples. Cada magia tem um custo em Pontos de Poder, que deve ser pago no momento em que a magia é realizada. Para conseguir utilizar seus poderes, cada antecedente arcano possui um número inicial de Pontos de Poder.

Com a evolução dos personagens, você pode escolher as vantagens “Novos Poderes” ou “Pontos de Poder”. A primeira permitirá que você escolha novas magias para utilizar, enquanto a segunda aumenta a quantidade de pontos de poder que você possui para suas conjurações.

Escolher a maneira como você vai usar seus poderes pode ser muito importante. Por isso, vamos detalhar um pouco cada um dos conjuradores do Oeste Estranho

Abençoados

Os abençoados são aqueles cuja conexão com deus é tão grande que permite aos mesmos operarem verdadeiros milagres. Independente de sua fé, a convicção de suas crenças é a peça chave para estes conjuradores.

O mundo de Deadlands é conhecido pela maldade, mas isso não significa que as pessoas estão desprotegidas. Os Abençoados são os guardiões do bem, escolhidos por sua pureza de alma, por seu senso de justiça como pela convicção em sua fé.

A Fé é a perícia utilizada para suas conjurações e os Milagres que são a maneira dos Abençoados realizarem efeitos mágicos. Os quais permitem que estes conjuradores ajudem os enfermos, desesperados, protejam-se e destruam as forças do mal.

O crime destes conjuradores é ir contra os dogmas de sua fé. Ao cometer um Pecado, o conjurador pode ter redutores em sua habilidade de lançar Milagres e até mesmo ter os poderes revogados, precisando passar por um evento de expiação para voltar a ter acesso a seus poderes mágicos.

Mestres do Chi

Os mestres do Chi passaram boa parte de sua vida praticando e estudando as artes marciais, focando-se na evolução de seus corpos e espíritos. Por conta disso, são capazes de acessar o foco sobrenatural de seus próprios corpos e realizar grandes feitos.

Um Mestre do Chi deseja acima de tudo trazer o equilíbrio e a paz ao mundo. Tal tarefa se torna cada vez mais difícil com as forças malignas agindo diretamente contra isso.

As habilidades corporais dos Mestres do Chi os tornam temíveis combatentes, que podem fazer um grande estrago com seus punhos e pernas. Assustando os mais valentes cowboys e suas armas de fogo.

Diferente de outros conjuradores, os Mestres do Chi utilizam seu próprio corpo como canalizador de seus poderes. Assim não utilizam seus poderes a distância, e em alguns casos, não conseguindo afetar outros além de si próprios.

Enquanto os Mestres do Chi bondosos lutam para impedir as injustiças de acontecer e protegem os inocentes. Aqueles que trilham um caminho maligno derrubam sua oposição onde quer que esteja para, desta forma, impor sua visão de ordem e qualquer outro desejo que possuam.

Mascates

Os mascates trazem para o oeste estranho a magia ancestral, a bruxaria que se fosse abertamente utilizada levaria muitos de seus usuários para a fogueira. Astutos e engenhosos, estes conjuradores utilizam artes ocultas e poderosas.

A magia clássica foi tida como perdida ou até inexistente ao longo do tempo, mas tudo mudou quando Edmund Hoyle encontrou, em suas andanças pela Europa, alguns tomos de conhecimento proibido.

Para evitar perseguições, ou oponentes caçando-o, ele disfarçou o conhecimento que possuía como um livro de dicas de jogos de carta, conhecido como o Livro de Jogos de Hoyle.

Aqueles que tem acesso ao material conseguem se comunicar com os “Curingas”. Espíritos maliciosos que propõem desafios para os conjuradores, prometendo fazer aquilo que o desafiante deseja caso sejam vitoriosos.

Embora os desafios sejam complexos demais para a mente humana compreender, todo o ritual é visto como uma partida de poker. Cujas cartas aparecem, espectralmente, nas mãos do mascate.

Ainda que essas barganhas com entidades que se assemelham a diabos sejam perigosas, os efeitos do sucesso no desafio são muito potentes. E alguns Mascates usam suas habilidades para ajudar pessoas sempre que possível.

Xamãs

Os nativos conheciam os espíritos muito antes dos manitus estarem presentes no Oeste Estranho. Esse contato lhes garantia uma forma limpa e purificada de magia, capaz de realizar efeitos muito impressionantes.

Os xamãs usam seus poderes para proteger e lutar pelas causas de seus povos. Comunicando-se com os espíritos da natureza para conseguir fazer suas conjurações.

Ainda que estes espíritos não estejam diretamente interessados nos assuntos humanos, o crescimento em poder de suas contrapartes malignas, sobretudo nos ultimos anos, tem feito com que os xamãs alcancem seus objetivos mais facilmente.

Diferente dos Mascates, não há uma barganha ou jogo para que as ações sejam realizadas. Trata-se de uma relação honesta de troca e confiança entre o Xamã e os espíritos da natureza, buscando um objetivo em comum.

Os espíritos naturais são muito resistentes a tecnologia e as mudanças, principalmente aquelas que envolvem a Rocha Fantasma. E, por conta disso, muitos xamãs ainda abraçam as velhas tradições e se mantém longe desse tipo de ação.

Ciência Estranha

Nem todos os conjuradores usam do ocultismo e da mística para conseguir seus poderes. Em uma era iluminada, poucas pessoas podem discernir a velha magia de elementos altamente avançados da Ciência.

Os Cientistas Estranhos, algumas vezes chamados, jocosamente, de “Cientistas Loucos”, extrapolam os limites da ciência. Eles criam verdadeiras maravilhas usando a experimentação e a engenharia, capazes de emular os mais diversos efeitos.

A Rocha Fantasma tem um grande papel na evolução destes estudiosos. Uma vez que suas capacidades muito acima do carvão, permitem que equipamentos antes impensados possam se tornar comuns. Possibilitando, assim, das mentes mais brilhantes criarem elementos inéditos na sociedade.

Conhecida como Nova Ciência, os estudiosos que tomam sua maestria na Rocha Fantasma são capazes de efeitos alquímicos, maravilhas da tecnologia e muitos outros efeitos dentro de suas criações. As quais, muitas vezes, recebem nomes que se tornam conhecidos em todo o Oeste Estranho.

Estes homens da ciência não se aproximam dos magos e xamãs em suas mentes, pois não são capazes de criarem efeitos de sua vontade ou através do contato com entidades exteriores.

O fruto de seu trabalho é sua forma de “magia”, e por isso criam dispositivos maravilhosos que os ajudam a proteger (ou destruir) o mundo.

Voduístas

Os horrores da escravidão deixaram sua marca no mundo todo. Trazidos forçadamente da África para a América, trabalharam como escravos sem direitos e sem liberdade. Essas pessoas mantiveram sua fé escondida por muito tempo, por medo do que seus captores poderiam fazer.

Para tentar manter seus registros de fé, muitos sacerdotes usaram os santos como uma maneira de continuar louvando seus espíritos, conhecidos como Loas. Essas entidades mantiveram-se sempre próximas de seus fieis, que agora podem professar sua fé novamente.

Os Voduístas conseguem se comunicar com estas diversas entidades, sejam elas gentis (loa rada) ou temperamentais (loa petro). As pessoas que desconhecem as leis voduístas acreditam que são espiritos bons ou maus, mas isso está muito longe da verdade.

Um verdadeiro Voduísta sabe que os espíritos são entidades livres, com pensamentos e propósitos distintos. E sabem a quem recorrer no momento de necessidade, conseguindo realizar poderosos rituais que aumentam o impacto de suas ações.

Alguns são capazes ainda de incorporar suas entidades. Libertando-as, temporariamente, no mundo físico para que possam auxiliá-las com seu grande poder.

Bruxas

As mulheres muitas vezes foram relegadas a poucos assuntos além de suas casas durante o começo da exploração do Oeste Estranho. Entretanto, muitas delas aprenderam que, para se defenderem e para protegerem os seus, ações deveriam ser tomadas.

A Escola para Moças de Mina Devlin é o lugar onde essas moças podem encontrar o conhecimento que buscam. Aprendendo a domar a magia das trevas para seu benefício e garantindo um toque do oculto em suas ações.

Mina e suas tenentes costumam vagar pelo Oeste em busca de jovens órfãs perdidas as quais precisem de proteção. Levam-nas para a Escola onde podem ser treinadas em etiqueta, educação e muitas outras atividades, incluindo aquelas que não são abertamente comentadas.

Outra grande fonte de Bruxas no Oeste Estranho é a Familia Whateley, uma família estranha e com muitas lendas e rumores a seu respeito. Mas cuja influência e poder são conhecidas até fora do continente. Suas capacidades de lidarem com o sobrenatural são reconhecidas, até mesmo por espíritos e entidades.

Existem rumores ainda de outras mulheres poderosas e versadas nas artes sombrias que não tem histórico em nenhum dos dois ambientes citados aqui. Demonstrando que o poder das Bruxas é mais antigo e poderoso do que se imagina.

Existem muitos perigos e desafios no Oeste Estranho e, por conta disso, conhecer alguns truques ou ter ajuda de entidades pode ajudá-lo a sobreviver por um pouco mais de tempo nesse ambiente insólito.

 

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O Credo do Caçador – Fiel

“Eu quero me curar, eu quero sentir como se eu estivesse próximo de algo real”

– Somewhere I Belong – Linking Park

Frente aos horrores noturnos do Mundo das Trevas, muitas pessoas se voltam para a fé como uma maneira de lidar com situações extremas e sentir o acolhimento de uma força superior em seu caminho.

Além disso, a Fé desde os primórdios tem sido uma maneira excelente de criar um sentimento de comunidade entre as pessoas, e isso se reflete no credo Fiel.

Esse é o credo de caçadores que mais costuma se unir em um propósito único. Inspirados por textos sagrados, símbolos religiosos e a pura vontade de acreditar.

A fé é um instrumento poderoso no Mundo das Trevas, e os caçadores do credo Fiel a possuem com uma potência impressionante.

É uma chama que ilumina a escuridão, dando forças para que estas pessoas enfrentem criaturas que racionalmente estariam em um patamar muito acima dos limites de desafio que são capazes de enfrentar.

O primeiro passo para um caçador do credo Fiel é acreditar.

A crença em algum poder superior é o alicerce que estrutura a vida dessas pessoas, moldando inclusive a maneira como a caça é realizada.

Igrejas, templos e cultos diversos servem como um porto seguro e ponto de encontro para estes caçadores, possibilitando que eles se comuniquem e troquem experiências de suas caçadas.

O estereótipo do caçador do credo Fiel é o do zelote implacável, que desce seu martelo de fé dogmático em cima dos infiéis. Embora esse estereótipo não esteja longe de alguns caçadores, o credo é muito mais amplo do que isso.

A verdade é que diferentes fés apresentam diferentes formas de professar seus dogmas e regras, e isso torna os caçadores tão diversificados quanto qualquer outro credo, com linhas de atuação distintas.

Ao mesmo tempo que um caçador obcecado por sua fé pode ter sucesso na empreitada, Defensores comunitários e que oferecem ajuda humanitária são igualmente importantes.

E o credo acredita que a defesa dos mortais é tão importante quanto a caça ao sobrenatural.

Andando com fé

Uma das principais ferramentas de trabalho dos Fiéis é a própria Fé.

Quando ela se apresenta de forma verdadeira, é uma arma formidável contra as criaturas que se escondem das pessoas comuns, tornando o caçador capaz de operar pequenos milagres.

Além disso, por conta de suas origens antigas e da força das religiões, este também é um credo com diversas relíquias, artefatos de poder que são fundamentais para derrubar criaturas sobrenaturais.

Essa não é a verdade para todos os caçadores, entretanto, e alguns possuem apenas a crença de que são protegidos por uma força maior, contanto com sua própria astúcia e recursos para conseguir atingir seus objetivos.

Este é o credo que possui mais escritos, manuais e regras para a caçada, e costumam ser bastante conservadores com relação a eles.

Isso não significa que não existam caçadores heréticos nas fileiras dos Fiéis, mas certamente não é comum.

A variedade de regras e rituais depende inteiramente da fé do caçador, o que torna os modelos muito variados, ainda que sigam diversos elementos restritivos.

Por isso, caçadores de diferentes origens podem ter abordagens bastante únicas com relação a seu ofício.

O ordalho dos caçadores

Um dos maiores desafios para os caçadores fiéis é entender o quanto a instituição religiosa que ele segue está de acordo com seus próprios dogmas.

Não é incomum encontrar corrupção nos salões sagrados, e muitas estruturas religiosas estão distantes daquilo que dizem proteger.

Por sua confiança na fé e nas instituições sagradas, muitos caçadores acabam se tornando peões dessas organizações, que pouco tem a ver com os reais objetivos do Fiel.

Embora um caçador que seja extremamente leal possa ser muito útil para uma Igreja corrupta, isso pode ocasionar um outro problema comum do credo, a crise de fé.

A determinação de um caçador fiel costuma ser inabalável, a menos que a própria estrutura de suas crenças prove-se errada ou que ele de alguma forma comece a duvidar daquilo que o leva adiante.

Nestes casos, a crise de fé pode afastar o caçador por completo, e o torna um risco tanto para outros caçadores quanto para si próprio.

Uma vez que ele pode decidir que o tempo de vingança chegou para ele próprio e seus pecados.

Dentre os caçadores fiéis, estão desde seguidores fervorosos de uma religião, que tiveram algum contato com o sobrenatural, até membros do corpo religioso que tomam a doutrina da proteção da humanidade e da caça a criaturas das trevas de forma física.

Enquanto alguns buscam a redenção e a absolvição das criaturas caçadas, outros possuem menos misericórdia, e estão prontos para eliminar permanentemente qualquer um capaz de fazer mal a humanidade.

Interessado em Caçador: A Revanche? Acompanhe aqui nossos posts sobre esta linha.

O universo de Deadlands – Explorando Mundos Selvagens #02

Savage Worlds é um dos sistemas mais populares da atualidade, e um de seus carros-chefe é o cenário de Weird Western Deadlands

Criado por Shane Lacy Hensley, o cenário foi uma das bases para a criação do genérico Savage Worlds e segue muito popular em todo o mundo. Mas existe muito mais a explorar dentro desse universo em particular!

Deadlands

O cenário original de Hensley transporta os jogadores para o velho oeste americano. Onde cowboys e mineradores lutam para ganhar a vida e fazer fortuna contra os diversos obstáculos da época.

Aqui, a situação se torna ainda mais complicada. Com a descoberta de um minério conhecido como Rocha Fantasma. Apesar de elevar a ciência e tecnologia da época de forma avassaladora, também trás uma série de novos perigos espreitando nas sombras.

O cenário recebeu diversas versões para sistemas diferentes, sendo duas delas para Savage Worlds: Deadlands Reloaded, para a versão Deluxe, e Deadlands, para a edição atual do sistema, que está disponível em português nos nossos parceiros da Retropunk Editora.

Em Deadlands, a magia é muito real e anda lado a lado com milagres de homens de fé, movimentos de luta acima da capacidade humana, realizados por Mestres do Chi e invenções incríveis da Ciência Estranha.

Criaturas fantásticas também andam pelo cenário, mas a maioria das pessoas não sabe se elas existem ou não, ou se suas superstições são capazes de protegê-los.

Aqueles que podem fazer algo contra a força das trevas muitas vezes se juntam a Agência, organização federal que tenta controlar e eliminar ameaças sobre-humanas.

Os algozes, terríveis criaturas das trevas levam seus planos adiante com a ajuda de seus serviçais.

Deadlands Noir

Em Deadlands Noir, o cenário progride no tempo até 1930, e foca-se na cidade de Nova Orleans.

Situado no período entre a primeira e a segunda guerra mundial, o ambiente é decadente e desesperador, digno de um país que sofreu as mazelas da guerra.

No pano de fundo, novos e perigosos jogadores entram em cena. Mafiosos fazem nas sombras aquilo que inescrupulosos líderes corporativos fazem em suas salas a plena luz do dia.

A fé continua um ponto de força, e agora ela se expande, sobretudo para os Loas da antiga religião Voodoo.

Ao apoiar-se em seus antigos registros, a Agência continua em atividade, mas levando suas ações para um viés mais investigativo, contando com a ajuda de detetives particulares e até mesmo de vigilantes mascarados que buscam trazer um pouco de justiça a esse local.

Aqui, os algozes seguem seus planos e levam o mundo mais perto do caos.

Deadlands – Hell on Earth

Com o mal intensificando suas atividades, o caminho para a destruição foi algo natural.

Hell on Earth apresenta um futuro pós-apocalíptico, no qual os algozes, agora revelados como os quatro cavaleiros do apocalipse, conseguiram estimular as desavenças entre as nações a ponto de estourar uma guerra nuclear.

O resultado disso foi um mundo extremamente árido, onde os sobreviventes buscam lutar por itens básicos como água ou comida.

Enquanto alguns lutam para conseguir os restos encontrados em locais com baixa radiação, outros tentam buscar a dominância local.

Há ainda aqueles que decidiram enfrentar os algozes de frente, formando uma nova ordem de cavaleiros Templários para enfrentar o mal.

Deadlands – The Lost Colony

Em the Last Colony, o futuro pós apocalipse está bastante avançado. Os efeitos da guerra criaram um túnel entre a Terra e o distante planeta Banshee, rico em Rocha Fantasma.

Os primeiros colonos também encontraram outras raças, com as quais entraram em guerra pelo poderoso recurso.

A vida como um colono pode ser dura, mas as chances de uma grande recompensa atraem uma série de pessoas, enquanto feitores da lei e criminosos buscam iguais oportunidades de interação

Deadlands – o… futuro?

O último anúncio da linha Deadlands leva os jogadores não para frente na linha do tempo do cenário, mas para o começo.

Depois de algumas dicas espalhadas em romances e quadrinhos, as ligações entre os personagens acabaram remontando às lendas arturianas.

Com isso, o lançamento de Deadlands – Dark Ages foi anunciado, e uma aventura de prévia foi lançada ainda em 2019.

Apesar do tempo desde o lançamento, a franquia continua ativa. A verdade é que houve uma decisão editorial de focar-se nos compêndios atualizados para a edição Aventura antes de voltar a criar material para os cenários de Savage Worlds.

Muitos mundos o esperam dentro do Savage Worlds! Por isso, fique atento para conhecer ainda mais cenários selvagens para explorar!


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Correspondência – Esferas de Mago: A Ascensão

“Existem muitos caminhos para a cidade das Esmeraldas, e cada um é mais colorido e agradável que o outro.”

— O Mágico de Oz, Frank L. Baum

Então você despertou. Fazer magia pode ser tão simples quanto andar em linha reta, e ao mesmo tempo tão complexo quanto correr uma maratona. Agora que você já aprendeu os conceitos básicos da quintessência e do paradoxo, é hora de buscar uma compreensão maior de como utilizar a magia da melhor maneira possível.

As facetas da realidade com as quais um mago lida são conhecidas como esferas. Elas são nove ao total, embora algumas tradições acreditem em uma décima esfera ainda não explorada.

Entretanto, deixemos as conjecturas para aqueles que tem tempo de parar para pensar. Com a União Tecnocrática no nosso pé, é importante que você entenda como utilizar sua magia de forma prática e, sempre que possível, coincidente!

Correspondência

A primeira esfera é aquela que lida com o espaço. Conhecida como correspondência, ela estreita e estica os limites lógicos de ocupação e existência espacial. Distâncias deixam de existir, e para um mestre da Correspondência, poucos são os limites físicos existentes.

A correspondência partiu do estudo do Ponto de Correspondência unificado, uma ideia de que todas as coisas ocupam o mesmo espaço ao mesmo tempo – ou espaço nenhum. Por isso, modificar padrões espaciais acaba se tornando uma rotina comum na vida de um destes magos.

A correspondência, quando unida a outras esferas, pode ser uma ferramenta fundamental para sua sobrevivência. Isso porque buscar itens ou até mesmo pessoas se torna muito mais fácil, e escapar de uma situação arriscada está a um estalo de dedos.

Alguns dos principais mestres da correspondência encontram-se entre os adeptos da virtualidade. Estes tecnomagos entendem a correspondência como uma estrutura padrão, que pode ser modelada conforme a vontade do conjurador.

Entretanto, algumas outras tradições mais conservadoras acreditam em outras maneiras de se relacionar com a correspondência, como linhas de ley e intersecções que unem objetos de diferentes locais em um mesmo espaço metafórico.

É importante entender, entretanto, que ainda que os magos de correspondência entendam o espaço como uma ilusão, eles ainda deixam seus rastros arcanos quando utilizam essa ferramenta, o que dá a seus oponentes uma maneira eficaz de rastreio.

Além disso, esta é uma das esferas mais abstratas do estudo arcano, e embora seus benefícios sejam claros e diretos, seu funcionamento depende de outas esferas para que você consiga aproveitar melhor seu conhecimento.

Usando correspondência

Um mago iniciante que procura iluminação através da correspondência logo será capaz de entender melhor o espaço que o cerca e no qual habita, possibilitando uma assertividade muito maior na determinação de distâncias e de localização de determinados padrões, conhecidos pelo desperto.

O avanço nos estudos dessa esfera permitem ao mago uma ação mais direta, conseguindo efetivamente moldar o espaço, embora inicialmente em objetos e padrões simples e pequenos.

Aliado a esfera de Matéria, é possível recuperar itens distantes, enquanto a esfera vida pode permitir a movimentação de pequenas criaturas. Vale lembrar que a limitação dos efeitos mágicos depende do quanto conhecimento um Desperto possui em cada uma de suas esferas.

Iniciados, por sua vez, com um conhecimento mais profundo do conceito de espaço gerado pela Correspondência, conseguem não apenas quebrar padrões, mas construir padrões próprios, que impedem a passagem em áreas que o mago não deseja ser incomodado, ou mesmo abrindo portais entre dois locais diferentes.

Um mago particularmente esclarecido com essa esfera poderia até mesmo existir em mais de um lugar ao mesmo tempo, e com esferas como Mente e Vida ele poderia realizar diferentes tarefas e interações em cada um dos locais em que se encontra.

O Espaço não representa absolutamente nada para um mestre de Correspondência. Estes grandes arcanistas são capazes de tecer padrões tão complexos que a mente humana teria dificuldade de entendê-los.

Objetos e até mesmo pessoas podem existir no mesmo lugar ao mesmo tempo, sem que um danifique ou prejudique o outro, enquanto distâncias são um mero conceito ultrapassado para esse mestre.

Esse conceito complexo gera nos estudiosos da correspondência uma aparência de confusão, como se o mago estivesse constantemente distraído ou ocupado com alguma outra coisa.

Inimigos de magos de correspondência tiveram terríveis fins por acreditar nessa aparência confusa, uma vez que a verdade é que estes magos não enxergam a realidade como seus oponentes, e podem surpreendê-los a qualquer momento.

Agora que você entendeu um pouco mais sobre a correspondência, é hora de perder o medo e entrar neste portal porque logo os agentes da tecnocracia estarão aqui, e ainda há muito que você precisa aprender antes de sair por ai dizendo que é um mago!

Wiseguys – Explorando Mundos Selvagens #01

Savage Worlds é um sistema de muitos mundos, onde você pode ser um grande herói, salvar pessoas indefesas e proteger os fracos e oprimidos, tornando-se um verdadeiro campeão da bondade e da justiça. O mundo que falaremos hoje não é o caso. Em Wiseguys, você assume o papel de um mafioso, um criminoso tentando ganhar a vida na cidade do pecado. Aqui, as apostas são altas, e os riscos ainda mais altos.

Wiseguys é uma caixa de ferramentas para aventuras que envolvem assaltos grandiosos, invasões de cassinos. Além de crime organizado na forma das diversas máfias, cartéis e outros grupos criminosos estabelecidos no universo da cultura pop.

O jogo está nesse momento em  Financiamento Coletivo pela editora Odyssey Publicações. E traz uma série de detalhes que tornam esse estilo de campanha muito mais imersiva e divertida. Com um cenário aberto explorando a cidade de Las Vegas, um ponto muito utilizado nesse tipo de história.

Guia do Jogador

A primeira parte do livro trabalha com informações livres tanto para o narrador quanto para os jogadores. Apresentando uma série de tropos e temas comuns em histórias de crime. Além disso, um pouco da história da Máfia e da própria cidade de Los Angeles ajudam o leitor a compreender melhor onde ele está entrando.

Então, passamos para as regras, apresentando alguns elementos diferenciais para uma campanha no submundo do crime. Os personagens consideram os assaltos como partes cruciais. Então eles criaram uma regra específica para capturar a atmosfera de filmes como “Onze Homens e um Segredo” e outras referências.

Além disso, o cenário especifica regras sobre favores e traições, elementos que sempre surgem em ambientes hostis, como a vida desses personagens.

Para que os personagens se adaptem perfeitamente a este mundo, são incluídas novas complicações, vantagens e até mesmo novos usos para perícias. Juntamente com uma variedade de novos equipamentos para intensificar a trama.

Área do Mestre

O livro segue então com uma apresentação da cidade de Las Vegas, separada por regiões. Com diversos pontos importantes da cidade, onde a ação pode acontecer com seus jogadores. Em cada região, além de locais interessantes, existem algumas sementes de aventura, indicando como você pode usar o local para criar uma história com seu grupo.

Os grandes nomes do cenário também são descritos aqui. Desde as agências e instituições legais que buscam apreender os criminosos até os sindicatos do crime e outros participantes desse tipo de ação são detalhados por aqui.

O jogo conta ainda com um gerador de gangues de rua, para você ter um grupo sempre a mão para criar problemas a equipe dos jogadores.

Os narradores de Wiseguys podem contar com o apoio do material para entender melhor como funciona uma história de máfia. Elucidando seus detalhes e arcos de história, e como encaixar isso perfeitamente no cenário.

Além disso, o livro conta com duas histórias de máfia para o mestre entender como o jogo funciona, e ele pode aproveitar para esquentar o motor e começar sua própria campanha.

Bestiário

O livro conta ainda com um “bestiário”, que conta tanto com templates de personagens comuns em histórias de mafiosos quanto com personalidades notáveis, que podem ter grande relevância em sua história.

O jogo tem uma ambientação nos anos noventa, em um momento onde os grandes chefes das famílias mafiosas estão presos, e há um espaço no mercado do crime para novos e ambiciosos participantes.

Embora possua uma ambientação direcionada de qualidade que instiga os jogadores a adotá-la, Wiseguys é principalmente um livro de apoio. Nele, você pode adaptar histórias de crime e assaltos em qualquer lugar do mundo.

Agora, basta colocar seu terno de risca de giz e se reunir com os amigos para contar uma boa história de máfia.


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O Credo do Caçador – Empreendedor

Tubos plásticos, potes e panelas
pedaços e peças e a mágica das mãos
Estamos fazendo ciência estranha
Coisas que eu nunca vi antes
Atrás de portas aparafusadas, talento e imaginação

– Weird Science, Oingo Boingo

 

 

O credo empreendedor é um antro de inovação e experimentação dentro dos grupos de caçadores. As células que contam com estes grupos são, em muitos casos, agraciadas com ferramentas que auxiliam e muito o confronto com o sobrenatural, ainda que muitas vezes estes equipamentos possam ser propensos a falhas ou a mal funcionamento.

Um caçador de monstro sobre este credo é uma pessoa que pensa em recursos para realizar sua caçada, muitas vezes indo além do básico e pensando fora da caixa para criar um ambiente adequado para realizar suas missões.

As ameaças que as criaturas da noite apresentam para os caçadores são acima de tudo um elemento de pesquisa, em que um caçador deste credo avalia e pensa em contramedidas que possam ser aplicadas de maneira prática, buscando um resultado mais funcional a longo prazo.

Esse pensamento inovador e progressista muitas vezes é um grande diferencial na caçada, principalmente de criaturas mais tradicionalistas ou antigas, que não se adaptam tão rapidamente aos métodos pouco ortodoxos dos caçadores empreendedor.

Entretanto, muitos caçadores de outros credos pensam duas vezes antes de começar a andar com um empreendedor, sobretudo porque em alguns casos os limites morais são colocados de lado em nome do conhecimento e da tecnologia.

Um caçador empreendedor não exclui a possibilidade de usar as ferramentas das próprias criaturas caçadas como parte de seus experimentos, seja através do sangue de um vampiro, ossos de um lobisomem ou qualquer outro item que o ajude a criar equipamentos de proteção e ataque.

Ainda que suas ferramentas sejam funcionais (na maioria dos casos), a ideia de usar elementos sobrenaturais faz com que outros caçadores rejeitem tais modernidades, tanto quanto o fato de experimentar em cima dos próprios alvos.

Criando um caçador empreendedor

Os caçadores empreendedor costumam estar entre as pessoas mais inteligentes e audaciosas, mas ainda assim com interesse na ação e na prática de suas pesquisas. Trata-se de um credo que acredita em resolução de problemas por qualquer caminho, que muitas vezes vai além dos métodos comprovados e acaba seguindo uma linha de tentativa e erro.

Alguns caçadores deste credo possuem algum tipo de treinamento tático, mas esse não é o padrão. Cientistas e pesquisadores se encontram melhor aqui, tanto aqueles que utilizam métodos tradicionais de pesquisa quanto os inventores de garagem, que possuem um brilhantismo prático fora do comum.

Muitos caçadores empreendedores descobriram o sobrenatural por meio de sua inventividade e falta de limites para buscar novas tecnologias, embora outros fossem apenas profissionais que acabaram sendo expostos a algo que não imaginavam que mudaria suas vidas.

A curiosidade é um dos drives mais comuns dos empreendedor. Isso porque ela é o catalizador do avanço nas pesquisas e experimentos. Entretanto, alguns caçadores têm drives menos nobres, levando a inveja dos poderes sobrenaturais de determinadas criaturas em consideração na hora de criar ferramentas, ou mesmo a ganância para aqueles que querem apenas subir na escada corporativa onde estão inseridos.

Mecanicamente, os empreendedores são personagens focados em habilidades mentais e de construção, com perícias como ofícios e tecnologia. Além disso, algumas das vantagens mais comuns são Fleet, Drone Jockey e Improvised Gear, criando um personagem que consegue se virar rapidamente com criações diferenciadas e que auxiliam a caçada como um todo.

Outros podem trabalhar diretamente com pessoas, tornando os empreendedores ótimos personagens sociais. Saber o que as pessoas precisam é uma ótima maneira de se misturar e conseguir mais informações sobre as criaturas que estão sendo caçadas, e essa habilidade pode ser o grande trunfo do empreendedor.

O empreendedor na caçada

Caçadores empreendedores são curiosos e ativos, e em muitos casos saem não para exterminar a criatura sobrenatural, mas para observar seus movimentos, entender suas ações e motivações e em alguns casos até mesmo capturá-los para maiores estudos.

A maior missão dos empreendedores é justamente aumentar o entendimento e as informações sobre uma determinada criatura, ganhando recursos que poderão ser utilizados a longo prazo, e não apenas o extermínio de uma criatura singular. Por isso, muitas vezes os equipamentos de ponta criados por estes caçadores são diretamente envolvidos nesse tipo de caçada.

A ideia de muitos caçadores é popularizar estes equipamentos, conseguindo sintetizar ferramentas de caçada que possam ser reproduzidas e vendidas em larga escala, protegendo dessa maneira um grupo maior de pessoas.

Os testes são realizados muitas vezes em campo, e grupos com empreendedores costumam ser as próprias cobaias do caçador. Isso permite que o grupo esteja com equipamento diferenciado, mas que muitas vezes pode falhar em um momento crítico e gerar um verdadeiro desastre em uma caçada.

Essa metodologia de caçada não é livre de riscos, entretanto. Além do óbvio problema de falhas nos dispositivos criados, é importante ter em mente de que uma ferramenta pode ser usada por qualquer um hábil a utilização.

Isso significa que as criaturas sobrenaturais, se sobrepujarem o empreendedores, acabarão conseguindo utilizar as próprias ferramentas contra o caçador, tornando-o um alvo fácil para uma vingança.

Além disso, um alvo que tenha sido capturado para estudos e análises pode se libertar, expondo não apenas o caçador ao perigo iminente, mas também permitindo que o oponente descubra informações fundamentais para a proteção da célula, como a localização do esconderijo do grupo.

Para aqueles que desejam experimentar, usar a criatividade e inventar dispositivos além das capacidades humanas, o empreendedor é o estilo ideal de caçador.

Quintessência e Paradoxo – Compreendendo a Magia de Mago: A Ascensão

O universo de Mago a Ascensão é vasto e complexo, o que pode deixar muitos iniciados perdidos. Por isso, compreender a trama que altera a realidade para a vontade do mago é um passo essencial da ascensão.

Alguns termos demandam uma atenção especial, pois lidam diretamente com a forma como os magos praticam sua arte, bem como os impactos que são gerados na realidade a qual estão tentando modificar.

Por isso, apresentaremos para você alguns dos principais conceitos desse universo, e como suas funções auxiliam um mago, desde os iniciantes até os mestres das artes, a atingir seus objetivos e lutar contra as forças que se opõem a eles.

Quintessência

A quintessência é a realidade em sua forma mais pura. Trata-se da matéria-prima que os magos utilizam a seu favor, e ela engloba uma série de conceitos que estão espalhados pelo mundo das trevas.

Para os tecnocratas, eternos oponentes das ordens mágicas, a quintessência tem como nome “Energia Primal”. Entretanto, outras criaturas sobrenaturais utilizam pelo menos parte da quintessência, uma vez que seu entendimento é mais limitado.

Os lobisomens, por exemplo, a chamam de Gnose. Outros termos comuns são Glamour, Chi, Sekhem, e estudiosos arcanos acreditam que até mesmo o sangue sobrenatural dos vampiros, a vitae, tenha quintessência imbuída em sua base.

A quintessência é uma força que flui de todas as coisas, permitindo que elas existam. Por conta disso, é uma energia poderosa e bruta, da qual é necessário muito controle, estudo e poder para conseguir trabalhar com ela.

Em raras ocasiões, a quintessência pode ser encontrada condensada em uma forma física, conhecida como Tass. Normalmente, magos meditando em um nodo sagrado são capazes de gerar um Tass.

Mecanicamente, a quintessência é um atributo na ficha de personagens de mago a ascensão. Ele representa uma espécie de combustível mágico que o personagem tem dentro de si, possibilitando que ele realize feitos incríveis com a força de seu pensamento.

A quintessência deve ser usada para criação, mas não é um atributo obrigatório para a magia desperta, uma vez que a transmutação muitas vezes não exige o gasto de quintessência para ser utilizada.

A manipulação da quintessência em seu estágio mais puro é possível através do uso da esfera Primórdio, que será detalhada mais profundamente em um texto futuro, quando estivermos discutindo as esferas da magia como um todo.

A contagem da quintessência divide seu espaço com outro atributo muito importante na ficha de um mago, o paradoxo.

Paradoxo

Quando você altera a realidade, é bem provável que a realidade tenha algo a dizer sobre isso. O paradoxo é exatamente este efeito. Ele é a resistência do consenso comum, que mantém a realidade existindo e sem se fragmentar.

Algumas criaturas são poderosas e conseguem fazer pequenos ajustes na realidade, e por conta disso acabam entrando no consenso e mantendo o padrão existente, e por conta disso não são afetadas pelo paradoxo.

Esse não é o caso dos magos. Tamanho é seu poder, que a própria realidade se vê forçada a fazer algo a respeito das interrupções que o desperto está tentando realizar.

Ele é, em grande parte, o motivo dos magos não dominarem o mundo e colocarem todos sob seu comando e governo. Isso porque não importa o quão poderoso um mago seja, o paradoxo é mais.

A descrença e a estrutura padrão da sociedade dão ainda mais força para este elemento, que consegue manter toda a estrutura da realidade em ordem, e possibilitando que, ainda que um mago consiga fazer algumas alterações, isso seja limitado.

Em termos de jogo, o paradoxo pode existir de diversas maneiras. O choque de retorno é o mais comum, sendo um impacto direto, e muitas vezes físico, do ato de tentar mexer com as teias da realidade.

Um ataque mais visceral é o silêncio. Neste caso, o paradoxo força o mago a se separar da realidade como um todo, embora ele ainda exista dentro dela. Isso faz com que muitos magos percam completamente a sanidade.

Ofensas de grande porte a realidade presenteiam o mago com a visita de um espírito do paradoxo, ou ainda o transporte até um dos reinos do paradoxo, onde a realidade e as leis naturais são apenas uma vaga lembrança.

Por Fim

Um mago precisa entender esses conceitos básicos como Quintessência e Paradoxo para conseguir alterar a realidade e ser capaz de utilizar todo seu potencial, mas isso não é nada se ele não souber utilizar as esferas mágicas a seu favor para conseguir as mudanças que pretende.

Por isso, continue conosco na saga para compreender a magia desperta, e para entender um pouco mais sobre cada uma das nove esferas de poder.


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Introdução – Caçador: a Revanche

“Às vezes eu não agUento esse lugar
Às vezes é a minha vida que eu não posso experimentar
Às vezes eu não sinto o meu rosto
Você nunca me verá cair na perdição”
– KORN, Freak on a Leash

O mundo das trevas é um lugar altamente perigoso para um humano comum.

Vampiros espreitam a noite, buscando vítimas inocentes das quais possam drenar o
sangue.

Lobisomens, em sua jornada para “salvar o mundo”, esmagam vidas humanas como se elas não fossem nada, sem se preocupar com quem fica para trás desses encontros destrutivos.

Espíritos que não fizeram a passagem se apegam a pessoas e lugares, deixando suas sombras consumirem tudo ao seu redor.

Grupos de magos dobram a realidade a sua vontade, sem que nada possa ser feito a respeito.

No mundo das trevas, até mesmo os contos de fadas podem surgir a noite e cobrar algo de você.

Os governos, forças policiais e até mesmo as religiões organizadas negam a existência dessas criaturas, mas aqueles que procuram sabem que essas instituições possuem forças de combate ao sobrenatural.

Entretanto, essas forças de combate são muitas vezes poucas, ineficazes e com agendas próprias, que não colocam a segurança da humanidade em primeiro lugar.

Você não é nenhuma dessas pessoas. Você viu o mal que se esconde nas sombras, e decidiu fazer algo a respeito. É hora da humanidade ter sua Revanche.

Caçador: a Revanche

Caçador: a Revanche é um cenário do Mundo das Trevas que coloca os jogadores no papel de pessoas comuns, que por conta de um trauma relacionado a alguma criatura sobrenatural decidiram fazer algo a respeito.

Apesar de possuir um título para o que é comumente referenciado como a “Quinta edição” do Mundo das Trevas, Caçador teve apenas duas edições, que são bastante diferentes entre si.

Em sua primeira edição, os caçadores possuem poderes quase sobrenaturais, que os colocam de igual para igual com as criaturas que optam por caçar. Apesar de ter muitos fãs fiéis, está edição torna os personagens mais “super heroicos”, o que pode acabar fugindo da proposta do cenário, por vezes.

Este não é o caso dos caçadores da nova edição, que são pessoas impulsionadas pela vontade de acertar as coisas com o sobrenatural, mas pouco além disso. O desespero e a letalidade são temas frequentes, colocando os caçadores em situações dramáticas e muito mais próximas da ambientação que a nova versão do Mundo das Trevas tenta passar.

Os caçadores se dividem em diferentes credos, pontos de vista sobre como fazer a caçada e que tipo de informação ou preparo deve ser feito. Para conseguir um resultado mais efetivo, muitos caçadores se juntam em células de diferentes credos.

Caçadores e a Segunda Inquisição

Um erro muito comum que jogadores tem quando pensam nessa linha é que os caçadores estão bem equipados e bem preparados para qualquer ameaça que estejam lidando.

Entretanto, no jogo Caçador: a Revanche, as organizações sob o julgo da segunda inquisição estão muito além dos personagens. Eles são uma força singular, que pode até ajudar os caçadores ou dar informações, mas sempre com uma intenção oculta.

Talvez o alvo da segunda inquisição seja uma figura pública e eles precisem de um bode expiatório, ou então trata-se de uma missão suicida e eles não querem perder seu efetivo.

O fato é: as organizações NÃO gostam dos caçadores, e às vezes são tão antagonistas quanto os próprios monstros que eles caçam.

Impulso, Desespero e Perigo

Dois termos muito importantes em um jogo de Caçador são o Impulso e o Desespero.

Impulso é aquilo que motiva o caçador, o motivo de abandonar sua vida pregressa e começar a transformar os predadores da humanidade em presas.

O impulso é um item definidor do caráter do caçador, e irá impactar diversas decisões, incluindo até mesmo o credo ao qual ele fará parte.

Já o desespero é o senso de urgência que o caçador possui, o medo de que tudo está perdido e de que ele está lutando uma batalha completamente perdida.

O perigo, por sua vez, representa o quanto a célula de caçadores está exposta ao sobrenatural. Afinal, quando você caça predadores, é normal que eles lutem de volta.


Nos acompanhe enquanto mergulhamos no mundo dos caçadores, esmiuçando detalhes de cada um dos credos que guiam estas pessoas a buscarem a vingança da humanidade.

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