Como praticante deste hobby desde meados de 2005, já joguei diversos sistemas, desde os mais simples até os mais complexos - sim, estou falando de Gurps. Entretanto, com o tempo, percebi que RPG é muito mais sobre a interpretação do que o sistema em si. É a habilidade de criar personagens únicos, desenvolver histórias envolventes e agir de acordo com suas personalidades que torna o jogo imersivo e emocionante.
Nosso grupo estava jogando um jogo um pouco diferente, ao invés de aventureiros ou desbravadores, eram funcionários públicos no cenário de Noites na Serra do Mar. Para ser justo eram Brigadistas da Brigada Noturna de Manutenção de Trilhas e Resgate
Eles recebem um pedido de socorro, uma luz piscando S.O.S na direção do casarão que serve de cede para a Brigada. Barbara, uma caipira acostumada com as trilhas do local e com mais tempo de casa que seus colegas, ficou no comando do batalhão, o Diretor do Batalhão havia faltado por motivos pessoais. Então prontamente juntou os brigadistas e eles rumaram na Betty, uma Ford F1000 único transporte do local, até o pedido de socorro.
Botina, que resolveu jogar de bicho grilo, estava… fumando ervas medicinais, enquanto dirigia Betty até o local indicado pelo Geólogo Tamurel. Entretanto no meio do caminho uma estranha luz começo a perseguir a F1000, e Barbara gritou para Botina: “Acelera e não deixa essa luz pegar a gente!”. Infelizmente já era tarde demais e dentro do carro já parecia luz do dia.
Barbara, invocou sua barbara interior e abriu o teto solar improvisado, puxou sua escopeta e começo a atirar enlouquecidamente na direção da luz, enquanto Botina acelerava o máximo que Betty podia aguentar. Entretanto a visibilidade era pequena e sem perceber o grupo se dirigia para uma curva fechada. O narrador então pediu Botina que fizesse um teste de pilotagem, pois aquela situação extrema exigia, o jogador rolou os dados e….
* = Falha Crítica ou 1 no dado.
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O Poderoso Maximus é uma HQ brasileira criada por Alan Yango, e foi a primeira publicação da Editora Universo Fantástico criada por Roberto de Castro Januário. O quadrinho já tinha cinco edições antes do lançamento pela editora, entretanto os quatro primeiros volumes já estavam esgotados. Então surgiu a ideia de um encadernado com as cinco edições. E então nasceu O Poderoso Maximus – Premium.
Agora falando um pouco sobre o motivo de eu gostar desta obra, acredito que seja principalmente por se passar no Brasil. Muitos quadrinhos (e RPGs) criados por brasileiros, perdem a excelente oportunidade de explorar o cenário do nosso país. E mesmo que o autor utilize ficção na obra, ainda conseguimos nos identificar com esse Brasil apresentado em O Poderoso Maximus.
O Poderoso Maximus
Maximus é o alter ego de um professor de literatura brasileira de uma fictícia universidade em Belém do Pará. Max Marins é o nome deste prometido do “medalhão sol”, ao menos nesta vida. Nesta história você vai descobrir um pouco mais da cultura Stalialca, uma civilização muito antiga e perdida na Amazônia Brasileira, e Bruno Marins, irmão de Max, era um dos arqueólogos que estudavam a cidade. Bruno encontrou nestas ruínas o Medalhão do Sol, mas infelizmente isso custou a sua vida.
O Medalhão do Sol é um artefato que traz poderes incríveis para quem o possui e foi entregue a Max, por Oryzhamu, um espectral sacerdote Stalialca morto há 600 anos, que também revelou que nosso professor de literatura brasileira na verdade seria Mkzhymo, um guerreiro que matou um deus sangrento e o prometido do Medalhão do Sol.
Neste ponto começa a heroica jornada de Maximus, um herói extremamente forte, e invulnerável, com memórias de seu ancestral, basicamente um DEUS!
A Obra
O quadrinho apresenta diversas situações em que Maximus pode resolver tudo na base da força, mas talvez por medo de se tornar um tirano, vemos a clássica luta para fazer o certo sem usar a força. Entretanto, por diversas vezes, vemos o lado humano do herói aflorar, e com isso sua raiva o faz tomar atitudes quase mortais para aqueles que a despertaram.
Cada história é fechada em si, entretanto uma trama secundária é apresentada em algumas histórias, com um grande empresário procurando o Medalhão a qualquer custo. E também sobre uma criatura que se diz “O Primeiro dos Cinco”, entretanto nesta edição nenhuma destas histórias é fechada, o que me deixou um pouco triste, mas de uma forma boa.
Na obra também temos a história de outros heróis como Ignea, Inimigo Público, Extensor e O Caçador. Cada um com história de origem completamente diferente da de Maximus, mas em nenhum momento (com exceção de uma excelente arte na página final, vemos estes heróis trabalhando em unidade. O que no meu ponto de vista é um ponto negativo, usar espaço de páginas para apresentá-los e não os unir.
Conclusão
Por fim, O Poderoso Maximus é um quadrinho com tudo aquilo que um fã de super-heróis vai curtir, mas com uma pitada de Brasil, que dá todo um gosto especial para a obra. Se você ainda não adquiriu o seu, não perca mais tempo.
Quimera de Aventuras
Nesta sessão o quadrinho entra na Quimera e colocamos algumas ideias de uso para aventuras de RPG. Entretanto fique ciente que para isto, possivelmente haverá alguns spoilers da obra. Leia por sua conta e risco.
O Medalhão do Sol Caí em Mãos Erradas
O grupo de heróis brasileiros precisa ajudar o singelo professor de literatura brasileira Max Marin, ele pede segredo absoluto, mas se diz O Poderoso Maximus, acreditando ou não (neste primeiro momento), ele alega que seus poderes aparecem através de um artefato chamado Medalhão do Sol. Entretanto este medalhão foi roubado, e a qualquer momento, um super vilão pode aparecer na cidade, com os mesmos poderes de Maximus, mas sem nenhum escrúpulo.
Não acreditar em Max
Caso os heróis não acreditem em Max, e aleguem que ele é maluco ou qualquer coisa do tipo, em algumas semanas um Super Vilão aparece na cidade, com os mesmos poderes de Maximus, mas tentando tornar-se um líder mundial. Cabe ao grupo combater esta ameaça e precisam contar com a ajuda de Max para isto, pois ele é o único que conhece as fraquezas do medalhão. Mas de qualquer forma, a tarefa não será fácil.
Acreditar em Max
Se o grupo acreditar em Max, as coisas mudam, e agora os heróis precisam desvendar o mistério por trás do sumiço. A organização de Raelius (o tal empresário que procurava o artefato) que foram os responsáveis pelo roubo, vai estudar o medalhão por algumas semanas (decida o número baseado no conhecimento do senso de urgência dos seus jogadores). Caso os jogadores cheguem até a organização, eles vão se deparar com diversos supers mercenários, contratados para proteger o artefato.
Entretanto, caso o grupo falhe em investigar no tempo correto, os eventos da escolha de Não Acreditar em Max acontecem.
Uma Escolha Moral
Independente da escolha do grupo, o resultado no caso de um sucesso, vai deixar o grupo com uma escolha difícil, principalmente para quem pegar o artefato no final. Devolver o artefato? Ou ficar com os poderes de Maximus para si?
O narrador deve explorar esta narrativa, ninguém é 100% bom nesta história.
O Poderoso Maximus
Autor do post e Montagem da Capa: Douglas Quadros Revisado por: Isabel Comarella
Está é uma ficha editável para o Sistema 42, RPG apresentado por Douglas Quadros na revista Aetherica #00 que pode ser baixada gratuitamente clicando aqui!
A ficha foi desenvolvida por Raul GAlli e a versão editável foi ajustada por Diemis Kist para o Movimento RPG.
Está é a ficha editável de UVG – Pradarias Ultravioletas, RPG que foi trazido ao Brasil pela Retropunk Publicações e pode ser adquirido clicando aqui (Use o cupom MOVIMENTORPG10 e ganhe 10% de desconto).
A versão editável da ficha foi ajustada por Diemis Kist para o Movimento RPG.
Nossos aventureiros estavam passando por uma estranha terra chamada Brancalônia, onde aparentemente as pessoas com o juízo no lugar foram embora a muito tempo.
Durante uma de suas viagens, passaram por dois viajantes, um deles parecia um guerreiro, mas andava com uma panela na cabeça, apesar disso, com toda certeza, era o mais normal dos dois. O segundo vestia uma roupa de bufão, e uma mascara de cabeça para baixo, possuía chifres e pés de bode.
Quando avistou os aventureiros, essa criatura se adiantou do amigo e chegou falando para o grupo com uma estranha voz: “Olá meus amigos, vocês estão perdidos? Por favor me digam onde vocês precisam chegar que eu aponto a direção, por uma pequena porcentagem em ouro é claro.”
O narrador pediu que todos fizessem um teste de vontade. Todos passaram, com exceção de Botina, que tirou .
E a cena na cabeça dos demais só pode ser descrita pela ilustração abaixo…
Após isso, Botina deu todas as suas peças de ouro para a criatura, e ainda ficou brigando com os demais que estavam indo para o local errado.
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Os aventureiros estavam a semanas viajando no deserto, e os mantimentos já haviam acabado na última noite. Famintos e sedentos, estão sós contra a natureza selvagem do deserto. A única coisa que cresce no local que estão é um arbusto urticário e extremamente venenoso e cogumelos gigantes de aparência duvidosa.
Botina não aguentando mais de fome, pede ao narrador para fazer um teste de conhecimento, para ver se o cogumelo é venenoso.
“E como você pensa em fazer isso?”. Pergunta o narrador curioso com a metodologia de Botina.
“A habilidade do meu estômago em detectar coisas venenosas. Vou comer, estou faminto… Mas só um pouquinho”.
“Se vai comer, não precisa de teste para saber se é venenoso, é só esperar.”. Afirma o narrador com uma cara de sádico.
O grupo então decide acampar, a noite estava chegando e eles precisavam bolar um plano. Durante a montagem do acampamento o narrador pede para Botina fazer um teste de constituição. O dado e lançado e….
Botina rapidamente sente um desconforto no abdômen que adormece a barriga, lentamente espasmos começam a se intensificar e um barulho de líquido convulsionando pode ser escutado por todos. O guerreiro então levanta-se em um pulo e corre na direção dos arbustos mais próximos…
Parece que os cogumelos eram realmente venenosos.
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Em uma mesa de Vampiro: A Máscara, Botina havia feito um Brujah, com o clássico traje de Matrix. Seu grupo de neófitos precisava tirar informações de uma gangue de motoqueiros, nosso querido Brujah resolveu entrar no bar, e já com seu poder de sangue Presença ativa.
O narrador pergunta qual a motivação do uso da disciplina, e com um sorrido debochado, Botina responde: “Chamar a atenção de TODOS, para que fiquem com medo da minha presença!”.
O mestre então pede para o Brujah fazer seu teste e…. Após o resultado, com uma risada de satisfação, o narrador descreve a seguinte cena:
“Você entra no bar e todos giram a cabeça na sua direção, um silêncio sepulcral enquanto a capa de vinil flâmula banhada pela luz vermelha. É possível ouvir alguns engolindo a cerveja que guardavam na boca. A tensão se quebra até alguém cuspir a bebida longe, com uma risada incontrolável. O que se tornou uma onda, todo o bar ri junto. Botina continua seu trajeto em direção ao bar, sendo apontado como chacota.”.
E sendo assim, é impossível para você ser levado a sério naquele lugar.
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O jogador de Botina estava cansado da fragilidade dos humanos, então optou por jogar desta vez como um resistente anão. Novos personagens criados, o grupo inicia sua jornada aprisionados em catacumbas demoníacas.
Durante sua fuga, o grupo enfrenta vários diabretes, e num destes combates Botina é acertado pela armas dos inimigos, mas mesmo assim consegue fugir.
Quando o grupo para para verificar os danos, Botina faz um teste de medicina em si, para ver como estava a ferida. O jogador rola o dado e….
Olha para os demais aventureiros totalmente inchado e com a pele com tons de verde e anuncia: “Ainda bem que sou anão, e resistente a venenos. Usem as curas em vocês…”.
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O Resistente Anão
Texto de: Isabel Comarella. Adaptação: Douglas Quadros. Arte de:Estúdio Tanuki.
Nossos aventureiros estavam explorando uma ilha remota e selvagem, até que encontraram pessoas estranhas e criaturas exóticas, enquanto desbravavam a selva com suas habilidades de caça, observação e navegação.
Junto aos aventureiros está um simpático cachorro chamado Tufão. Sempre solícito e amante de petiscos, ele fez uma grande amizade com o Botina e se provou valioso na hora de rastrear seus objetivos.
Enquanto desbravavam um matagal, o grupo se depara com algo muito estranho, uma trilha de terra batida começando do nada… no meio do capim alto e sem nenhum sinal de civilização por perto. Seria um caminho mágico e misterioso? De qualquer forma isso obviamente atrai nosso aventureiros distraindo-os de sua missão principal.
Nossos “valentes” heróis então começa um debate sobre quem deveria ir investigar o caminho. Decisão tomada, Botina fica responsável por convencer Tufão, o cão, para ir na frente e ver se o caminho seria perigoso. O jogador rola um teste de Empatia com Animais e….
Tufão levanta-se nas patas traseira, coloca uma das patas na cintura e fala no idioma comum para a surpresa de todos: “NEM A PAU FADINHA!”
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Tufão
Texto de: Mateus Herpich. Adaptação: Douglas Quadros. Arte de:Estúdio Tanuki.
Os aventureiros estavam no topo de um precipício no meio do deserto, e precisavam descer até sua base para investigar algumas cavernas que podiam esconder o artefato que buscavam. Infelizmente ninguém tinha trazido corda.
Entretanto Bárbara tem a ideia de descer sozinha, afinal era a escaladora mais eficiente, e olharia as cavernas para saber se tinham algum potencial, e depois os demais desceriam. Os demais concordaram, mas Kall teimava que poderia descer mais rapidamente com acrobacia.
Após uma longa espera, Bárbara ainda estava na metade do caminho, Kall impaciente, resolve descer utilizando sua acrobacia suprema. O jogador rola o dado e…. O narrador dá mais uma chance para Kall, alegando que ele começa a bater nas pedras, leva algum dano, mas pode tentar utilizar escalar para segurar-se no penhasco….
Kall caindo em queda livre para o fundo do penhasco é agarrado por Bárbara que tira um 20 natural no teste para tentar ajudar o amigo.
Com um sorriso de canto de boca, Bárbara tenta uma manobra para jogar seu amigo a um lugar seguro…. O galho que ela se segurava se quebra com o movimento e os dois despencam precipício abaixo.
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Um Precipício no Meio do Deserto
Texto de: Kastas. Adaptação: Douglas Quadros. Arte de:Estúdio Tanuki.