Projeto Elfrin – As nações do norte

Tranquilos, pessoal? Hoje falaremos um pouco mais sobre as nações de Recchá, focando nas nações do norte: Raká-trak, Yuruon Kenvah, Baaso e Ezper. O Império Recchá, embora faça parte da região norte do continente já foi abordado neste texto.

O continente de Recchá pode ser dividido de duas maneiras principais. A primeira pode ser dividida em região norte (Raká-trak, Yuruon Kenvah, Império Recchá, Baaso e Ezper), região leste (Conclave do Limbo, Deldohe, Parime e Prasnono) e região sul (Reino das Ruínas, Crosantiv, Alveare e Diacli).

A segunda maneira é em oeste (Raká-trak, Reino das Ruínas, Yuruon Kenvah e Crosantiv), centro (Baaso, Império Recchá, Alveare, Deldohe e Diacli) e oeste (Ezper, Conclave do Limbo, Parime e Prasnono).

 

Raká-trak

O território da nação de Raká-trak engloba a Ilha Bumerangue e todas as milhares de ilhas localizadas ao oeste do continente. Porém, essa classificação é extremamente imperfeita e desagrada aos popeianos (os residentes na capital Popei). Pois, para eles, a designação raká-trak é utilizada para designar os piratas e criaturas incivilizadas que atormentam o mar entre eles e o continente.

Desta forma, os popeianos designam que seus domínios são somente a cidade de Popei, seus arredores e uma rota segura até o continente. Tal rota segura é devidamente cobrada para que navios comerciais possam ser escoltados pelos avançados navios popeianos.

Regiões de Raká-trak e Yuruon Kenvah

Algo que os telássios de Popei não falam é que, além deles renegarem qualquer administração sobre todas as demais cidades e vilas de sua nação, há uma cidade nos confins do oceano onde telássios selvagens guerreiam constantemente contra os “traidores da superfície” e os navios que navegam por tais águas.

 

Yuruon Kenvah

A segunda nação humana. Formada há 20 anos, depois de um golpe bem sucedido. Os barões das três grandes cidades (Feny, Pomertau e Rocuis) se rebelaram contra o Império enquanto este se ocupava de uma guerra contra uma confederação de tribos de gigantes.

Em questão de poucas semanas as três cidades e seus domínios conseguiram estancar a produção e envio de vários bens para a Capital Recchá, o que acabou forçando a assinatura do acordo de paz. Com o acordo Recchá conseguiu manter e vencer a guerra contra os gigantes e de suprimentos, especialmente de muitos minérios. Em contraparte Yuruon teve sua independência e autonomia reconhecidas.

Porém, nesses 20 anos a tensão de uma guerra civil tem aumentado cada vez mais. Sendo muito mais uma questão de quando ocorrerá do que se ocorrerá. E nisso a espionagem e a preparação para a guerra entre as três grandes cidades é enorme, bem como de agentes externos, como o Império e Baaso. Portanto, esta é uma nação que está prestes a sofrer com uma guerra total.

 

Baaso

Lar ancestral dos halflings. Daqui se exportam muitos grãos, flores e muitos rebeldes. Baaso possuía cinco clãs, entretanto o clã que vivia nas montanhas acabou sendo destruído pelas forças imperiais. Houve alguns sobreviventes, porém estes se diluíram entre os demais clãs. Após isso as forças de Baaso conseguiram expulsar o Império de seus territórios e repeliram todas as demais tentativas.

Desta forma, Baaso é a única nação que ainda está oficialmente em guerra contra o Império. Isso, entretanto, não impede que as duas nações comercializem seus produtos, utilizando Ezper como um intermediário oficial.

Como Baaso é uma força monetária enorme, possuindo grandes bancos pelo mundo, consegue manter e treinar muitos rebeldes para atuarem contra as forças imperiais.

 

Ezper

Mais uma nação que teve uma de suas tribos destruída pelo Império. Entretanto os felídeos ainda possuem 41 tribos e a tribo teve todos seus integrantes mortos, não 

havendo qualquer um sobrevivente. Os felídeos são um povo livre e até mesmo caótico. Sendo os mercenários mais comuns entre as demais nações e não possuindo uma força militar coesa.

Sua pouca organização pode ser expressada pelo fato que, mesmo sendo muito mais numerosos que as demais raças, quem governa Ezper são os elfos amarelos. Embora o passado com o Império sempre foi tumultuoso, atualmente são aliados. Inclusive dividindo a administração da cidade Portal do Guardião.

 

 

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Se quer saber mais sobre Recchá, acompanhe as lives aqui.

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Delírios de Negraluna – Quimera de Aventuras

E aí pessoal, tranquilos? Voltando com mais uma Quimera de Aventuras sobre as expansões de Hearthstone (que é o jogo de cartas da Blizzard, ao estilo Magic, que utiliza como base o universo de Warcraft). A expansão Delírios de Negraluna traz de volta os Grandes Antigos corrompendo a Feira de Negraluna com novas versões e novas mecânicas.

A palavra chave da expansão é Corromper. Algo que condiz muito bem com a temática e que muito utilizarei para as sementes de aventuras que apresentarei a seguir.

Quimera de Aventuras

O Despedaçado

Numa feira, o grupo escuta que uma gincana promete dar muitas peças de ouro para todos que encontrarem as 30 partes de uma antiga estátua. Cada um receberá uma recompensa proporcional ao número de partes que conseguir.

As partes estão espalhados num antigo sitio próximo de onde a feira ocorre. E há peças encontradas facilmente no chão, entre milharais ou em entrâncias nas paredes. Porém, algumas peças estarão em fortes cofres ou em porões escuros, com armadilhas ou escondidos em lugares revelados por charadas.

Quando todas as peças forem encontradas, o organizador informa que realizará um cerimônia onde pagará a todos os valores devidos (dê tíquetes ou comprovantes similares). Entretanto, quando o organizador reunir todas as peças da estátua, está ganhará vida e grandes tentáculos cheios de olhos esfomeados atacarão todos os presentes (menos os trabalhadores da feira). Com muita sorte o grupo poderá fugir para anunciar que ajudaram um grande terror despertou nesse mundo…

 

Feiticeiro do Caos

Um feiticeiro pede ajuda ao grupo para que ele possa encontrar alguns livros e pergaminhos que o ajudarão a controlar as forças mágicas que fluem de seu corpo. Depois de explorar algumas ruínas e sofrer com os efeitos mágicos constantes que ocorrem ao redor do feiticeiro, o grupo consegue localizar o tomo no fundo de uma masmorra.

O feiticeiro corre rapidamente e agarra o tomo que flutua num pedestal no centro da sala. Ao fazer isso as portas são imediatamente trancadas. Constrangido, o feiticeiro afirma que conseguirá abrir a porta assim que ler o tomo (magias de teleporte não funcionarão dentro da sala).

Depois de algumas horas lendo o tomo (o feiticeiro não deixará mais ninguém encostar nele e, se alguém tentar isso os efeitos mágicos serão desencadeados) o feiticeiro o fechará e agradecerá a presença e ajudar de todos, finalizando com um sorriso e gritando para o Senhor da Magia Caótica tomá-lo como um avatar.

Antes que os personagens façam algo, diversas magias fluem pela sala afetando a todos indiscriminadamente. Embora o feiticeiro fique imune a qualquer tentativa de ataque ou efeito contra ele, ele será afetado pela magia caótica normalmente. O mestre pode escolher as magias ou sorteá-las conforme sua preferência. O efeito acabará quando 30 níveis de magia (ou o equivalente no seu sistema de preferência) forem lançados desta forma e ao menos um dos presentes morra (não apenas desmaie) no processo.

Depois disso a porta se abrirá e o feiticeiro usará os melhores meios para fugir da fúria dos personagens, já que sua imunidade terá acabado.

 

Corruptor

Uma masmorra embaixo de uma antiga e profana montanhas possui efeitos estranhos e contrários a  real natureza das coisas. Por exemplo, curas divinas causarão dano, magias de controle causarão fúria no alvo. De forma geral, tudo que for benéfico terá um efeito contrário ou maléfico.

Para acabar com isso só derrotando um anjo corrompido preso no mausoléu de um mortal que ele devia ter protegido. O anjo tem algumas magias poderosas, como ressuscitar e cura completa, entretanto sua maldição faz com que essas magias matem ou causem dano nos alvos.

 

O Zoo corrompido

Um patrulheiro/ranger aposentado deseja abrir um zoológico e, para isso, pede a vários grupos de aventureiros que consigam um espécime de cada categoria de criaturas (dragão, limo, morto-vivo, etc).

Ao conseguir isso o aventureiro aposentado dirá que preparará tudo para abrir o zoo em uma semana. Entretanto, na mesma noite uma criatura horrenda e colossal sai do zoo e avança pela cidade exterminando com todos pelo seu caminho.

Se os aventureiros conseguirem investigar o que aconteceu (seja antes ou depois de vencerem a aberração gigantesca) descobrirão que o aposentado possuía um livro de pesado ocultismo que ensinava a fazer o ritual para controlar a criatura que viram. Entretanto, com um pouco mais de investigação poderão deduzir que ele foi incorporado à criatura ao invés disso. E, assim, um valoroso e aposentado aventureiro terminou sua vida como um cultista morto por sua invocação.

 

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Bênçãos e Maldições – Aprendiz de Mestre

Tranquilos Aprendizes de Mestre? Hoje abordaremos como implementar bênçãos e maldições em seus jogos. Algo que não se destina somente a jogos com temáticas mais focadas em terror ou com relação direto ao divino ou ao diabólico.

 

Para que servem bênçãos e maldições?

Bênçãos e maldições podem ser grandes auxiliadores na trama de uma campanha. Um personagem correndo atrás da solução de uma maldição que sofreu no início da campanha, ou até mesmo antes, é um motivador e tanto para que a história sempre esteja seguindo em frente.

O mesmo pode ser dito para um personagem que deseje receber uma benção de uma ordem (clerical ou não), governante ou da pessoa amada. Ela buscará isso acreditando que sua vida melhorará; e isso é uma motivação que pode ser facilmente associada a uma grande aventura ou campanha.

Além de motivação, bênçãos e maldições servem para colorir acontecimentos de campanha. Pense num personagem que quase morreu ou, então, que vencem um bruxo ou clérigo que estava no meio de um ritual profano. Isso deixou marcas e, talvez, o personagem não consiga mais descansar por causa de pesadelos horríveis. Ou então a maldição afetou qualquer cura que não seja natural. São várias possibilidades, veremos agora alguns…

Tipos de bênçãos

As bênçãos podem ser pequenos bônus com armas ou em perícias ou qualquer algo do gênero. Importante lembrar que essas bênçãos não precisam ser algo vindo das regras. Elas vêm, na verdade, do próprio mestre e, por isso, estão além das regras. Embora, devam seguir a lógica e os bônus esperados para o sistema que está sendo usado.

Se isso não ocorrer é fácil deixar os personagens muito poderosos. como exemplo falarei da segunda campanha que mestrei até os níveis mais altos (terminou além do 20º nível) em Tormenta RPG: dei ao bárbaro o poder de se transformar em qualquer besta até o nível dele (isso condizia muito com o histórico do personagem). No começo isso estava bem, até que ele começou estudar todas as bestas de Tormenta e usava isso em momentos críticos.

Os outros personagens também tinham seus poderes e, por isso, a mesa não estava tão desbalanceada. Porém, isso transformou a mesa numa corrida armamentista em que eu sempre tinha que colocar monstros mais fortes (e que eu falhava com frequência).

Por isso, o que sugiro é sempre por pequenos bônus condizentes com o histórico. Por exemplo, eu poderia ter escolhido junto ao jogador cinco bestas com ND abaixo do dele para que ele pudesse se transformar e por algum ônus cada vez que ele utilizava o poder.

Lógico que o nível de poder em TRPG é absurdo e para quase todos os outros sistemas é necessário ser muito mais comedido. Simples bônus de +1 ou o uso gratuito de alguma magia de nível baixo ou de uma habilidade típica da classe é algo que já funcionaria satisfatoriamente.

 

Formas de maldições

Agora, as maldições são algo que o mestre pode usar de criatividade. Desde que não impeça o jogador de agir com seu personagem da maneira que se espera, tipo impedir um ladino de ficar furtivo, o mestre pode se soltar neste ponto.

Contudo, o foco deve ser sempre em levar a história para frente ou como consequência de alguma ação. Tipo, numa outra campanha em Arton, alguns personagens foram um pouco desrespeitosos com uma divindade. Logicamente que isso teria consequências, brandas, mas teria.

Para um deles fiz com que ficasse cego sempre que o personagem presenciasse o por ou o nascer do sol. Algo que não o tornaria inútil nem prejudicaria ele fortemente, mas que gerou boas risadas com situações dele pedindo para alguém segurar a mão dele.

E, como toda maldição, deve ter um jeito de ser retirada. Pode ser algo simples como uma oferenda ou até uma missão completa. Ou até uma campanha inteira, pois pode ser que o personagem precise descobrir um jeito de sumir com seus pesadelos.

Finalizando, para maldições pense em situações que criem pequenos problemas, sejam eles trágicos ou cômicos, e que impulsionem a história para frente.

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Por fim, dedique menos de 5 minutos e vote nos produtos do Movimento que estão concorrendo no Prêmio Ludopedia: Cabala dos Carniceiros, O Tolo que roubou a Alvorada, e O Dragão de Tricô.

Jujuba – Entrevista

Nesta semana comemoramos o Dia Internacional da Mulher e, aproveitando isso, apresentaremos um pouco das mulheres que fazem ou fizeram parte do Movimento RPG. E hoje falaremos sobre Jujuba.

 

Olá, por favor, se apresente.

Oi, eu sou a Jujuba.

 

Como você começou no RPG?

Eu comecei a me interessar e pesquisar sobre rpg em 2015, mas eu não tinha com quem jogar e eu era muito tímida (mais ainda do que sou). Em 2021 eu comecei a jogar online, foram vários dias no discord tentando achar um mestre e várias sessões zero que não foram para frente. Até que em 2022, por acaso, esbarrei com o MRPG e ai joguei a minha primeira mesa com a Furiazinha, ao mesmo tempo dei sorte e achei um grupo legal na faculdade e finalmente eu pude jogar RPG de verdade.

 

E no Movimento, como tem sido sua experiência?

No Movimento minha experiência sempre foi muito boa, as pessoas sempre foram muito receptivas, mesmo quando eu tinha 0 experiência. Dentro do Movimento fiquei muito amiga de muita gente e tive contato com sistemas de RPG que eu nunca saberia da existência se não fosse pelo MRPG.

 

O que lhe chamou atenção no RPG?

O que mais me chamou atenção no RPG foi a possibilidade infinita de ser quem você quiser. A criação de personagem é minha parte favorita. Além da ficha, você pode criar toda uma história e personalidade profunda pro seu personagem… ou não! Vai do que der na telha na hora, é isso que me fez amar RPG.

 

Quais sistemas e cenários são seus preferidos?

Meu sistema favorito é 3DeT Victory. Como eu disse, gosto de narração e esse sistema tem tudo haver com isso. Além de que ele é leve e dá pra utilizá-lo para jogar quase qualquer coisa. Eu acho que não tenho cenário favorito, por enquanto.

 

Por ser mulher, você considera que houve ou há dificuldades ou empecilhos, para você, no meio rpgístico?

Quando eu comecei a me interessar por RPG, escutei muito e de muita gente que isso era coisa de menino e que eu só queria chamar atenção de macho. Depois que comecei a procurar mesas, tive a péssima experiência de ser ignorada pelo mestre e pelos coleguinhas de equipe. É horrível, porque o RPG se baseia em você interpretar um personagem, dai isso te é negado porque você é a única mulher da mesa. Já aconteceu de eu sair no meio da sessão porque não tinha motivo pra eu estar ali.

 

Deseja falar algo mais?

Eu quero terminar dizendo que, jogar RPG até achar o grupo certo pode ser frustrante. E quando se é mulher essa frustração é elevada ao quadrado, porque além da sinergia geral do grupo, você tem que procurar um lugar que seja seguro pra você. Pra mim foram os amigos da faculdade e o Movimento. Então dá pra achar, só não desistir de procurar.

Raquel Naiane – Entrevista

Nesta semana comemoramos o Dia Internacional da Mulher e, aproveitando isso, apresentaremos um pouco das mulheres que fazem ou fizeram parte do Movimento RPG. E hoje falaremos sobre Raquel Naiane.

 

Olá, por favor, se apresente.

Me chamo Raquel, tenho 23 anos, sou artista e administradora. Atualmente trabalho como compradora em uma empresa

 

Como você começou no RPG?

Eu sempre gostei da ideia, mas não sabia como ou onde começar. Então compartilhei alguns memes no face (falecido kk) e um colega da escola viu, veio me questionar se eu gostava ou se já havia jogado. Quando disse que não, ele me convidou para jogar com o grupo dele e passamos a fazer chamadas de vídeo pelo whatsapp pra jogar durante a semana. Ele acabou me explicando sobre as classes e raças e eu expliquei pra minha irmã e juntas passamos a interpretar na mesa.

 

E no Movimento, como tem sido sua experiência?

Encontrei o MRPG quando estava em um Discord e houve uma competição de contos e fui a finalista. Depois disso, conheci o Douglas e fui convidada a escrever mais para o MRPG e, desde então, estou tentando e me esforçando pra ajudar mais neste projeto e fazê-lo crescer.

 

O que lhe chamou atenção no RPG?

RPG é um jogo que reúne tudo que sempre gostei, desde interpretações, até usar a imaginação e aflorar habilidades sociais e comunicativas. O RPG é o meio perfeito para se ter várias características melhoradas e aperfeiçoadas, além de ter-me permitido encontrar inúmeros amigos, inclusive, meu atual namorado.

 

Quais sistemas e cenários são seus preferidos?

Confesso que tenho uma queda gigantesca por Skyfall. Não acompanhei desde as primeiras postagens, mas depois que conheci o universo fiquei apaixonada pela melancolia e drama que o mundo trás. Além da sensação de que tudo pode acabar em caos, e mesmo assim, a gente ainda tem que seguir e tentar ser feliz ao máximo (lembra a realidade, mas é mais divertido kkkk).

Mas acabo jogando com mais frequência Dungeons and Dragons, então não posso deixar de citar. Também tenho um carinho muito grande pelo O Som das Seis, por conta de uma campanha que joguei há algum tempo.

 

Por ser mulher, você considera que houve ou há dificuldades ou empecilhos, para você, no meio rpgístico?

Eu tive muita sorte de entrar em meios de RPG onde o preconceito que eu poderia sofrer foi minimizado em muitas partes, mas já sofri algumas questões com brincadeiras de mau gosto. Como, quando minha personagem feminina acabava sofrendo assédio demais e isso se estendia a mim. Ou até mesmo quando o mestre me tratava como ‘café com leite’, diminuindo minhas capacidades intelectuais de resolução de problemas. Felizmente isso foi mais no início da minha relação com o RPG e jogos,  atualmente vivo numa comunidade melhor e que me respeita.

 

Deseja falar algo mais?

Seria interessante no futuro, trazer temas como ‘Homens interpretando personagens femininas’ e os estereótipos que isso pode reafirmar.

Ser mulher em um mundo majoritariamente patriarcal não é uma tarefa fácil. No dia a dia temos que estar sempre ligadas em questões que homens não precisam se preocupar simplesmente por serem homens.

E por mais que já tenhamos ganhado muito espaço na sociedade e temos mais liberdade para falar da nossa causa, nos apoiarmos e nos mantermos em pé, ainda é uma tarefa difícil adquirir algumas posições de destaque e sermos respeitadas totalmente.

Antigamente, dentro do mundo do RPG, também era difícil mulheres terem lugar. E quando finalmente tinham seu momento dentro das mesas, eram facilmente sexualizadas, como ainda podemos encontrar em algumas ilustrações.

Ou com mestres e jogadores que não conseguem respeitar quando há uma figura feminina em mesa, acabam extrapolando interpretações, e às vezes, chegando até em situações de assédio.

Porém, e felizmente, no mundo atual, podemos dizer que as mulheres estão ganhando notoriedade e podem estar em ambientes que antes não eram respeitadas. E dentro do RPG não é diferente!

Cada vez mais conseguimos encontrar jogadoras inseridas em mesas e, mais ainda, encontramos mulheres que mestram, que estão por trás de cenários e sistemas, que aparecem nas redes sociais falando sobre diferentes temas do RPG.

E mesmo quando não estão com sua imagem associadas, as mulheres tomaram conta dos bastidores, e o toque que trouxeram foi de grande ajuda e interesse para que o RPG crescesse e alcançasse inúmeras bolhas diferentes.

Hoje encontramos todo tipo de jogadoras nas mesas, trazendo personagens criativas e interessantes para as narrativas. Não somente em figuras femininas delicadas, mas em fortes e destemidas guerreiras, donzelas que não precisam de resgate e usam magia a seu favor, ou em bardas que seduzem com dança e discursos mirabolantes.

O RPG é, e sempre foi, fonte para regar a imaginação e fazer com que nós, pessoinhas com vidas corridas e complexas, tenham um pouco de entretenimento e diversão. E agora, depois de muito esforço e luta, nós também temos acesso a esse lado nerd que nos fascina.

Camila Azevedo – Entrevista

Nesta semana comemoramos o Dia Internacional da Mulher e, aproveitando isso, apresentaremos um pouco das mulheres que fazem ou fizeram parte do Movimento RPG. E hoje será alguém que é muito importante para o Movimento, embora não faça parte diretamente dos quadros do Movimento: Camila Azevedo, esposa do Douglas Quadros.

 

Olá, por favor, se apresente.

Olá! Meu nome é Camila, sou funcionária pública, doceira e empreendedora. Também sou casada com o Douglas Quadros, que é completamente apaixonado por RPG. Apesar de não jogar, acompanho de perto esse universo.

 

Qual foi teu primeiro contato com o RPG?

Além de ter visto referências ao RPG em séries e filmes na vida adulta, meu primeiro contato real com o jogo aconteceu quando conheci o Douglas. Ele logo me apresentou ao RPG, me explicou como funcionava e o quanto fazia parte da vida dele.

 

Como é ser casada com alguém que está enfiado no RPG de corpo e alma?

É exatamente isso: aceitar que ele está imerso no RPG de corpo e alma! (Hahaha) Não vejo motivo para querer mudar isso ou limitar as mesas e atividades que surgem. Pelo contrário, admiro muito a criatividade e a facilidade de comunicação que ele tem, e acredito que isso esteja diretamente ligado aos anos de experiência com o RPG. É incrível ver como ele consegue construir histórias envolventes, conectar pessoas e criar mundos inteiros através desse jogo.

 

Como alguém que está de fora do RPG em si, como você vê a participação da mulher no RPG, tanto in game como nos bastidores?

Mesmo sem jogar, tenho percebido como as mulheres estão cada vez mais presentes nesse universo. Antes de conhecer o Douglas, eu não fazia ideia de que tantas mulheres jogavam, narravam e até trabalhavam diretamente com RPG.

Eu sou uma pessoa tímida, tenho dificuldade de falar em público e minha imaginação é limitada, então acredito que, se tivesse tido contato com o RPG quando mais nova, isso poderia ter me ajudado a desenvolver essas habilidades.

Acompanho o Douglas em eventos presenciais e fico muito feliz em ver que as novas gerações trazem cada vez mais meninas interessadas em aprender, jogar e se tornar parte ativa da comunidade. Além disso, vejo muitas mulheres ocupando espaços importantes como narradoras, produtoras de conteúdo e até desenvolvedoras de jogos. Acredito que o RPG é uma ferramenta poderosa para estimular comunicação, criatividade e trabalho em equipe, e deveria ser mais incentivado, inclusive nas escolas, para alcançar um público ainda maior.

 

Você considera que há alguma barreira que dificulte as mulheres de participarem no RPG?

Sim, com certeza. O RPG ainda é um ambiente muito masculino e, infelizmente, isso pode criar barreiras para a participação das mulheres. Se um jogador iniciante entra em um grupo onde há indivíduos machistas ou que fazem brincadeiras de mau gosto, a tendência é que ele se sinta desconfortável e acabe se afastando. Para as mulheres, essa resistência pode ser ainda maior.

Acredito que essa barreira vem, em grande parte, da criação e dos padrões sociais que ainda são reforçados desde a infância. Muitas meninas não são incentivadas a explorar hobbies como o RPG, o que pode criar uma sensação de que “não é um espaço para elas”. Isso acaba levando à formação de grupos exclusivamente femininos. O que é uma solução para evitar desconfortos, mas também um reflexo do problema.

No entanto, vejo mudanças acontecendo. Cada vez mais mulheres estão conquistando espaço no RPG, e isso ajuda a tornar o ambiente mais inclusivo e acolhedor. A diversidade dentro do RPG só enriquece as histórias e a experiência de jogo, então espero que essa participação continue crescendo.

 

Universidade de Scolomântia – Quimera de Aventuras

E aí pessoal, tranquilos? Voltando com mais uma Quimera de Aventuras sobre as expansões de Hearthstone (que é o jogo de cartas da Blizzard, ao estilo Magic, que utiliza como base o universo de Warcraft). A expansão da vez é uma viagem no tempo alternativa, antes mesmo de Kel’Thuzad se tornar lich: Universidade de Scolomântia.

Aqui se iniciou as mecânicas de carta de duas classes e o sortilégio, que é ativado quando a primeira magia é lançada depois de se jogar um lacaio ou arma. Como a temática é de uma universidade de magia, espere por muitos alunos atrapalhados, professores com estranhas pesquisas e um reitor muito esquisito.

Quimera de Aventuras

Só mais uma segunda-feira

Ao passar perto da universidade o grupo de aventureiros é levado por um pequeno maremoto vindo de uma das salas. Ao se recuperarem logo perseguem que o acidente libertou alguns monstros, tanto feras do caos colossais como Gremlins (Gibberling) que estão rapidamente se multiplicando. Não há tempo para discussões ou descobrir o que aconteceu. Primeiro deve-se dar um jeito em todas as criaturas fujonas!

 

Almas fragmentadas

Relatos de desaparecimentos aumentaram no campus. Por algum motivo chama o grupo para ajudar nas investigações, talvez seja porquê o mago do grupo seja um ex-pupilo ou algo do tipo. Não demora muito para que a professora de necromancia se torne a principal suspeita.

No laboratório dela o grupo encontra vários cristais vermelhos que, com testes arcanos pertinentes, demonstram ser parte de almas. Antes que o grupo faça algo mais, a professora Malígia chega e os confronta, usando alguns fragmentos para aumentar o poder de suas magias…

 

Para sempre osso

Um golem de osso desperta e sai do controle e ataca as casas perto da universidade. Não importa o quanto se derrota ele, toda vez ele retorna, aparentemente normal, no turno seguinte. Entretanto, bons observadores poderão notar que o golem fica um pouco mais fraco cada vez. Ou seja, será necessário derrotá-los várias e várias vezes (sugestão: cuide para que essa missão não se torne tedioso e varie o ambiente ou a situação que ocorrem).

 

Alguém insuspeito

Com as situações e acidentes controlados pelo grupo e outros herois, ou professores e alunos da universidade, descobre-se que pessoas sumiram e informações desapareceram além do esperado.

Uma investigação profunda permite descobrir um porão secreto na universidade, o qual faz o laboratório de Malígia parecer um lugar inocente. Em meio a muitas anotações e mistérios, e muitos, muitos cadáveres, um ser se eleva das sombras e busca acabar com os aventureiros.

Somente após muito feri-lo é que será possível descobrir que se trata do reitor e que toda a universidade nada mais é do que um grande laboratório de pesquisas.

 

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Karina Matheus – Entrevista

Nesta semana comemoramos o Dia Internacional da Mulher e, aproveitando isso, apresentaremos um pouco das mulheres que fazem ou fizeram parte do Movimento RPG. Começando pela nossa boardgamer Karina Matheus.

Olá, por favor, se apresente.

Eu sou Karina Mathes, psicóloga, consultora de gestão de pessoas, 100% nerd, meu maior vício é boardgame, mas eu amo nerdices em geral! Incluindo, é claro, RPG.

Como você começou no RPG?

Eu sempre fui nerd. Não consigo nem dizer quando começou. Jogava jogos no PC quando estava aprendendo a ler. Sempre curti literatura fantástica, mundos medievais… Na época dos lançamentos dos filmes de senhor dos anéis eu tinha amiga que era muito fã e falamos muito sobre isso. Eu acho que eu já conhecia o RPG, porque já andava com pessoas que jogavam, mas foi ela que achou um grupo para nós. Comecei no D&D 3 edição. Mas logo eu já estava lendo todas as dragões Brasil e consumindo muita coisa de 3D&T.

E no Movimento, como tem sido sua experiência?

Uma aventura! Eu produzo mais sobre boardgames, mas eu amo o tanto que o movimento me fez conhecer o cenário nacional e ter experiências diferentes com RPG. Seja jogando sistemas novos, seja sendo co-host do podcast. É sempre muito divertido.

O que lhe chamou atenção no RPG?

A possibilidade de viver as aventuras que eu lia tanto. Gosto de estar na pele do personagem, descobrir mistérios, bater nos inimigos.

Quais sistemas e cenários são seus preferidos?

Bom, eu continuo muito fã de medieval fantasia. Tanto que recentemente eu me casei e tive uma cerimônia padrão e outra medieval. Então continuo muito fã de d&d. Eu também ainda amo 3d&t , porque ele foi o sistema que eu mais joguei e mestrei. Foram verões inteiros jogando.

Por ser mulher, você considera que houve ou há dificuldades ou empecilhos, para você, no meio rpgístico?

Não tive nenhum problema pessoalmente. Meus grupos eram basicamente meninos e eu ou eu e mais uma menina apenas. Nos meus grupos sempre fui bem tratada. Mas de forma geral eu percebo que as mesas de RPG são bem assustadoras para quem não conhece. Já introduzi muitas amigas tanto no RPG quanto nos boardgames e percebo que muitas até tentaram se aproximar antes mas não encontraram um ambiente amigável e acolhedor. Tive sorte de crescer no hobby. Acho que ainda temos muito a melhorar enquanto comunidade. Mas já evoluímos muito. Se alguma mulher estiver lendo essa entrevista e estiver em dúvida se dá para começar, dá sim! É mais intuitivo do que parece e tem muito grupo sensacional por aí te esperando.

Amnésia – Resenha

Tranquilos pessoal? Hoje falarei sobre o RPG Amnésia, escrito por Chikago para a revista Aetherica.

A proposta do jogo é muito simples e é para duas pessoas. Uma será o narrador e a outra o jogador, o qual está numa missão importante, mas que aos poucos está perdendo sua memória.

Para fazer o personagem responda Quem ele é, Quem está atrás dele e Qual sua missão. As respostas devem preencher todas as três linhas, pois isso influencia na mecânica do jogo.

Quando o personagem quiser fazer algo, deve rolar 1d6 e conseguir um 4 (ou 3 se for um especialista) ou mais para ter sucesso. Independente do resultado, cada ação faz com que uma palavra das respostas seja rasgada até que toda informação suma da mente do personagem.

Assim, há uma corrida entre a missão do personagem, seus inimigos e sua perda de memória. Afinal, a grande vencedora acabará sendo a AMNÉSIA.

 

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Financiamentos coletivos de março de 2025

Olá pessoal! Agora no mês de fevereiro os financiamentos começam a esquentar e vários RPGs estão abertos. Uns começando, outros terminando e alguns logo se iniciarão. Acompanhe nossas postagens durante o ano para se informar a respeito.

 

Projetos abertos: 

Guardiões do Limbo

Produtor: New Order

Duração: até 07/04/2025

Fallout

Produtor: Retropunk

Duração: a partir de 11/04/2025

Acthung! Cthulhu

Produtor: New Order

Duração: até 07/04/2025

 

Projetos financiados: 

Hopefinder

Produtor: Tria

Duração: até 20/03/2025

Altaris

Produtor: Coisinha Verde

Duração: até 24/03/2025

Lancer

Produtor: Tria

Duração: até 10/04/2025

Arte da Guerra

Produtor: Odyssey

Duração: até 16/04/2025

Shadowdark

Produtor: LaserHead

Duração: até 21/04/2025

 

Projetos em Late Pledge: 

Numenera 2

Produtor: New Order

Duração: até 01/03/2025

Symbaroum – Late Pledge

Produtor: Tria

Duração: até 07/03/2025

 Pathfinder: Kingmaker – Late Pledge

Produtor: New Order

Duração: até 20/03/2025


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Imagem de Capa: Juaum Artwork

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