Códice Arcano em 3D&T

Este artigo com a apresentação do cenário original de horror sobrenatural Códice Arcano para 3D&T Alpha foi escrito originalmente na revista Tokyo Defender #3 por Rob Trindade. Veja o artigo na íntegra ao baixar a edição gratuita clicando aqui, que ainda inclui as vantagens únicas Feiticeira e Mago, três seitas de Bruxos da América do Sul, descrição das graduações de Arcanistas, a descrição do sanctun Doormath, a descrição dos planos interiores e do espaço profundo, regras expandidas de magia, e as magias dos círculos dos Iniciados e dos Magisters. Para outras edições gratuitas da Tokyo Defender, clique aqui. Para adquirir as edições do novo formato em financiamento coletivo, clique aqui.

De acordo com os mais antigos Códice Arcanos (que são diários usados por Arcanistas para registro de magias e seus resultados, bem como outras informações mágicas) os Arcanistas surgiram na Mesopotâmia e se espalharam pelo mundo. Muitos dominando reinos e nações como reis e Deuses, até serem destruídos por grupos menores ou serem presos em realidades alternativas, porém com o tempo, muitos desses falsos Deuses conseguiram se comunicar com Arcanistas iniciantes. São impedidos de saírem de suas prisões, pois suas magias não são superiores à de seus cárceres, passando a usar esses iniciantes através de favores, ideologias perversas e falsos valores, assim nascendo as primeiras sociedades secretas. Foi na Idade Média que um desses Falsos Deuses (conhecidos também como Devas) conseguiu se libertar de sua realidade, gerando uma guerra mística. Para destruí-lo, ele levou a humanidade a tomar um lado: a Inquisição foi a resposta. Ao final de quatro séculos, Rhakeen foi destruído. Porém a semente de seu mal estava plantada e foi a partir desse período que todos os parâmetros para a sociedade dos Arcanistas foram definidos e atualmente os Arcanos, podem ser enquadrados em uma dessas categorias:

  • Magos: aqueles que estudam e lançam as magias usando fórmula herméticas ou outros métodos tradicionais.
  • Bruxos: Magos que viraram as costas para os Sanctuns e trocaram de poder adorando os falsos Deuses conhecidos como Devas.
  • Feiticeiros: pessoas com sangue mágico que se tornaram mercenários e comerciantes de Poções, Fetiches e Informações. São vistos como párias, vivendo a margem da sociedade arcana. Alguns são temidos e caçados devido a sua capacidade inata de conjurar magias ou confundidos como agentes das forças do caos.

Novas Vantagens Únicas

Bruxo (3 Pontos)

O domínio da magia requer anos de estudo cuidadoso para contornar muitos dos riscos que o arcano apresenta, mas sempre parece existir um caminho mais fácil, em especial para aqueles sedentos por poder. Essa é a história de muitos daqueles conhecidos como bruxos. Um dia eles foram magos, membros de um sanctum, lidando com sua herança arcana sob a tutela de um outro arcanista, mas então eles ouviram o chamado das entidades das ouras realidades e não resistiram a tentação por promessas de um poder. A sede por poder toma conta de tudo e nenhum sacrifício é grande demais para eles. Todos os crimes se tornam justificáveis para agradar seus novos senhores, aquelas criaturas chamadas de Devas. Então eles descobrem o poder, um poder que não pertence a eles mesmos, e ainda assim um poder incomensurável, cuja apenas uma fração lhes é emprestado para desempenhar as funções, que nenhuma pessoa em sã consciência aceitaria. E esse mesmo poder os torna escravos. Se existe esperança para eles, talvez seja que um dia eles sejam tão poderosos quanto seus próprios senhores e possam romper o laço e os pactos que os atrelam a seres tão terríveis.

  • Amaldiçoar. Um bruxo pode com uma ação de movimento, amaldiçoar um inimigo dentro do seu campo visão. A vítima tem direito a um teste de Resistência+1; em caso de falha ela ganha Vulnerabilidade a um tipo de dano, escolhido pelo bruxo. A Maldição dura enquanto a vítima estiver dentro do campo de visão do bruxo. Caso o bruxo seja reduzido a 0 PVs a maldição cessa automaticamente.
  • Bruxaria. O pacto dota o bruxo de estranhos poderes. Um bruxo pode adquirir um Implemento (Tormenta Alpha, página 73) de até 2 Pontos gratuitamente na criação do personagem.
  • Insanidade. O contato com estranhas entidade de outras realidades acaba por deixar todos os bruxos instáveis e loucos. Eles devem adotar duas Insanidades de -1 ponto ou uma Insanidade de -2.
  • Pacto. Toda vez que um adversário que esteja sob o efeito da maldição (veja abaixo) ou outra magia lançada pelo bruxo chega a 0 PVs o bruxo pode usar algum dos efeitos descritos para o uso de Pontos de Experiência da página 142 do Manual 3D&T Alpha. Os efeitos que ele pode utilizar são: Acerto Crítico, Recuperação Espantosa, Poder Surpreendente e Magia Surpreendente.
  • Restrição de Poder. Todo bruxo tem uma restrição de poder relacionada com a criatura com a qual ele realizou o pacto. Pode ser que ele não possa usar magias durante o dia, não possa usar magias elementais ou magias de cura, ou suas magias não funcionam em um tipo especifíco de criatura. Independente da restrição, o bruxo não recebe pontos por essa desvantagem.
  • Um castigo pior que a morte. Quando morre, a entidade com quem o bruxo fez o pacto recolhe sua alma e não raras vezes, por ter falhado com seu mestre, o que lhe espera do outro lado é uma eternidade de sofrimentos, por isso um personagem bruxo não pode ser ressuscitado. Apenas uma magia Desejo ou de outra forma definido pelo mestre (muitas vezes isso envolve uma nova aventura).

Seitas dos Bruxos

Estas são as principais Seitas de Bruxos da costa oeste Sul-americana. O mestre é livre para criar quaisquer outra seitas que ele ache necessário, ou até mesmo adaptar seitas que aparecem em outras mídias.

Balgnus: Durante a guerra entre Atlântida e Lemúria, o Arquimago Azhetoth prendeu o Arquimago Demoníaco Bal´gorat, nas sombras entre os mundos (você pode vê-lo se olhar fixamente para o espelho) até ele conseguir se comunicar com os lemurianos sobreviventes e mais tarde os seus descendentes. Esse tirano concede poderes aos seus Cães do Tormento em troca de Sacrifícios humanos para satisfazê-lo dentre outros favores mais específicos e com recompensas maiores.

Os Sanctuns e a Sociedade dos Magos

Sanctuns são locais de reunião dos magos vindo de uma comunidade Arcanista de um determinado local, com propósito de troca de informações, favores e atualizações, além de acordos e proteção. Geralmente os sanctuns ficam em cima de algum portal umbral ou uma intersecção das Linhas de Ley devido ao constante fluxo mágico que fortalece conjurações e encantamentos defensivos. Os sanctuns têm características distintas e podem variar de um para o outro, mas a maioria tem um fluxo de tempo desacelerado (Um dia dentro de um sanctum pode corresponder a uma hora fora dele), um séquito de servos invisíveis, portais para outros locais ao redor do mundo, além da recuperação de energia mágica e vital daqueles que atravessam suas portas. Esses efeitos se dão graças a energia residual dos encantamentos lançados durante a criação do Sanctum e aos cristais d’O Sonhar que criam bolha dentro do continuum espaço-tempo com suas próprias leis da física.

Os sanctuns também se unem contra ameaças, já que eles contam com meios mágicos de comunicação e portais que dão acessos aos diversos sanctuns ao redor do mundo. Embora cada Sanctum seja regido por seu próprio código de conduta e moral quanto ao uso da magia pelos arcanos, todos seguem algumas regras em comum.

Outros locais

A Realidade Etérea: Sobre um obelisco sem fim envolto em brumas luminosas, vagando no meio das trevas nós temos a nossa realidade dentro do plano material com esferas arcanas ao redor, orbitando a realidade primordial. Essas esferas são as realidades alternativas criadas pela raça de deuses dos ionir, e abaixo do Plano Material nós temos o Limbo, o Vale dos Não Perdoados, o Tormento e o Abismo ligados por raízes etéreas e acima do Plano Material nós temos em galhos etéreos o Sonhar, a Sidheland, e o Paraíso. Estes são os sete planos criados pela vontade, crença e pensamento coletivo desde o primeiro ser vivo até os dias de hoje e são deles que determinadas magias de acordo com a sua natureza retiram a energia mística.

As dimensões são reinos oníricos onde deuses que se adaptaram ao longo da existência residem.

Os semiplanos são reinos criados por arquimagos usando a energia mística do limbo e do sonhar e cacos de realidades alternativas.

Magias dos Arcanistas

As magias apresentadas abaixo estão separadas pelos níveis de graduação que um arcanista pode ter dentro de seu Sanctum, mas nada impede que um Neófito conheça uma magia dos outros níveis e um Magister não vai necessariamente conhecer todas as magias dos níveis inferiores.

A lista abaixo foi deixada propositalmente apenas com as descrições dos feitiços e sem variáveis numéricas como o dano, custo em PMS, alcance ou quantidade de pessoas que podem ser afetadas por uma desses feitiços.

Um mestre pode contornar essa situação usando algumas das regras alternativas apresentadas anteriores  (Pilha de Dados, Testes Resistidos e etc.), determinando por exemplo, que toda magia do Círculo dos Neófitos para ser lançada requer um Teste Fácil da perícia Misticismo e as variáveis como dano, duração e quantidade de pessoas atingida é determinada pela quantidade de sucessos resultante de uma pilha de dados. Embora a principio pareça estranho para jogadores acostumados com o sistema habitual do 3D&T, jogando assim surgem mais oportunidades para interpretação por partes dos jogadores.

Magias Círculo dos Neófitos

  • Amor incontestável: alvo se apaixona pela primeira criatura que ver.
  • Ao alcance da mão: projeta mãos tele cinéticas a até 3m.
  • Área escorregadia: criaturas na área podem cair no chão.
  • Aterrorizar: alvo fica apavorado.
  • Balbutiendo Oris: alvo não consegue falar corretamente, enrola e morde a língua.
  • Cativar: criaturas prestam atenção em você, ignorando tudo ao redor.
  • Cegueira/surdez: alvo fica cego ou surdo, à sua escolha.
  • Círculo mágico contra o mal/bem/caos: com proteção por 3m de raio.
  • Clarividência: cria sensor mágico, pelo qual você pode ver ou ouvir, em um lugar específico.
  • Comandar mortos-vivos: força um morto-vivo, inteligente ou não, a aceitar suas ordens.
  • Confundir detecção: Clarividência lançadas em um alvo dão resultado pertinente a outro alvo.
  • Criar alimentos: cria uma massa alimentar a partir de matéria imóvel.
  • Descanso tranquilo: impede um cadáver de se decompor.
  • Detectar pensamentos: detecta pensamentos superficiais na área.
  • Dificultar detecção: alvo fica protegido de magias de Clarividência para detectá-lo.
  • Dissipar magia: dissipa outras magias.
  • Escrita ilusória: escreva um texto que apenas você e quem você permitir consegue entender.
  • Esculpir o som: altera os sons emitidos pelos alvos.
  • Esfera de invisibilidade: cria uma área de invisibilidade de 6 metros.
  • Fascinare Hominem: alvo se torna prestativo em relação a você.
  • Hipnotismo: imobiliza o alvo e melhora a atitude deles em relação a você.
  • Imobilizar pessoa: paralisa um humanoide por até três horas.
  • Intellectum Linguis: você entende qualquer coisa escrita ou falada.
  • Invisibilidade: alvo fica invisível até atacar.
  • Invisibilium servus: criatura invisível realiza tarefas para você.
  • Localizar objeto: determina em que direção está um objeto à sua escolha.
  • Lufada de vento: lufada de vento que derruba e empurra criaturas na área.
  • Magicae deprehendere: detecta a presença, quantidade e intensidade de auras mágicas na área.
  • Névoa fétida: névoa que deixa as criaturas em seu interior enjoadas.
  • Nuntius: troque mensagens telepáticas com um alvo.
  • Obscurecer objeto: esconde um item de efeitos de Clarividência.
  • Página secreta: muda o conteúdo de uma página.
  • Pequeno refúgio: cria caverna de barro moldável por até uma hora que depois fica resistente como rocha.
  • Poeira ofuscante: nuvem de poeira cega e revela criaturas invisíveis.
  • Respirar na água: até cinco criaturas podem falar e respirar na água.
  • Runas explosivas: runas protegem objeto contendo informações escritas.
  • Selo da áspide: selo prende criatura que ler objeto onde ele está inscrito.
  • Somnum: criaturas na área de até 500 metros adormecem.
  • Sugestão: alvo obedece uma ordem sua.
  • Tacet picture: cria uma ilusão visual, como uma miragem.
  • Tenebrae et caligo: névoa obscurece toda a visão.
  • Vento sussurrante: envia uma mensagem curta.
  • Ventriloquismo: projeta sua voz de outro lugar.
  • Ver o invisível: você enxerga criaturas e objetos invisíveis.
  • Visão arcana: você enxerga auras mágicas.

Este artigo com a apresentação do cenário original de horror sobrenatural Códice Arcano para 3D&T Alpha foi escrito originalmente na revista Tokyo Defender #3 por Rob Trindade. Veja o artigo na íntegra ao baixar a edição gratuita clicando aqui, que ainda inclui as vantagens únicas Feiticeiro e Mago, três seitas de Bruxos da América do Sul, descrição das graduações de Arcanistas, a descrição do sanctum Doormath, a descrição dos planos interiores e do espaço profundo, regras expandidas de magia, e as magias dos círculos dos Iniciados e dos Magisters. Para outras edições gratuitas da Tokyo Defender, clique aqui. Para adquirir as edições do novo formato em financiamento coletivo, clique aqui.

Gato Ladino – Falhas Críticas #112

Em uma sessão de Pugmire, Botina quis fazer um Gato Ladino, ou Gatino. Mesmo a campanha sendo jogada com cães e mesmo após muita conversa que isso poderia quebrar o jogo, porem o jogador não mudou de ideia. Bateu o pé até o narrador aceitar.

O narrador como vingança oposição, colocou o Gatino para começar a história dentro de uma missão. Roubar comida do refeitório dos guardas do Reino de Pugmire. Sabendo que não seria uma tarefa fácil, o jogador investiu muitos pontos em furtividade e esconder-se.

Nosso gatuno, todavia entra na dispensa do quartel dos guardas, rola um fabuloso 17 no seu teste de furtividade e consegue chegar próximo a um belo frango, que estava sendo preparado para o almoço. O narrador entretanto, com um sorriso no rosto, pede a Gatino para rolar um teste de Percepção….

À primeira vista tudo estava bem, até que Gatino percebe tarde de mais que estava sendo observado por um dos guardas que havia entrado na dispensa para beliscar algo.

* = Falha Crítica ou 1 no dado.


Tenha sua Falha Crítica Publicada

Mande suas histórias de Falhas Críticas para nosso e-mail contato@movimentorpg.com.br. As melhores histórias vão ser eternizadas pelos ilustradores do Estúdio Tanuki e você vai poder ver aqui no site do Movimento RPG.


Retorno ao Lago de Acido

Texto e Adaptação: Douglas Quadros
Arte de: Estúdio Tanuki.

Veja todas as tirinhas no nosso instagram ou diretamente no site.

Se você gostou da ilustração, ajude o ilustrador.

Harpeon – Biblioteca Arkanita

Esta semana, a iniciativa da Biblioteca Arkanita apresenta o subcenário Harpeon, de um autor que infelizmente não se identificou ao disponibilizar sua obra. Este subcenário é sugerido pelo autor para ser utilizado não como um cenário completo de origem dos personagens, mas sim um plano extra para onde os personagens podem cair por uma magia defeituosa de invocação, ou mesmo por uma indesejada sobreposição extraplanar de partes de Harpeon sobre o cenário dos personagens.

No entanto, este netbook funciona como material multissistema, uma vez que o foco é no subcenário em si e menções sobre regras são quase inexistentes – inclusive, elas possuem uma abordagem única do autor sobre o Sistema Daemon.

Conteúdo do netbook

  • Capítulo 1: introdução, introduzindo o subcenário de forma resumida e apresentando ideias de como gerar a interação de Harpeon com o cenário atual da mesa. Além disso, certos trechos explicam detalhes relevantes que tornam Harpeon diferente:
    • Magia em Harpeon: a conexão entre arcanos e sacerdotes o uso da Magia, a divisão da Magia em seis elementos, e a característica “Fúria” intrínseca a todos os usuários de Magia em Harpeon.
    • Os Cristais de Mana: a descrição destes minérios místicos e como influenciam na realização de feitiços.
    • As Zonas de Turbulência, regiões totalmente tomadas pelo elemento Trevas.
  • Capítulo 2: Divindades, descrevendo a tríade divina que influencia diretamente sobre a Magia e a própria existência de Harpeon, além de explicar sobre seus servos e devotos: Cefien (o deus da luz), Diana (a deusa das runas e das amazonas) e Abbadon (o deus da magia negra).
  • Capítulo 3: Reinos, ocupando uma grande parte do netbook ao descrever em profundidade os três grandes reinos de Harpeon, identificando seu soberano ou soberana, a mentalidade de seus cidadãos, leis, exército, política, clima, população, principais cidades e locais de destaque, guildas e organizações, principais divindades de devoção, ameaças geralmente encontradas, perfil dos aventureiros nativos, vantagens regionais e rumores no reino.
    • Aurora, o reino da Luz
    • Heodas, o reino das Amazonas
    • Landied, o reino dos Necromances
  • Um mapa superficial de Harpeon para referência de qualquer mestre que decida usar este subcenário.

Este netbook pode ser encontrado aqui mesmo na Biblioteca Arkanita. Clique aqui para iniciar o download.

Continue acompanhando as postagens semanais da Biblioteca Arkanita para outros grandes netbooks como Harpeon!

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Barcos Voadores para 3D&T

Este artigo com regras e exemplos de barcos voadores para 3D&T foi feito originalmente no blog Elf’s Lair. Veja o artigo na íntegra clicando aqui, que ainda inclui a descrição dos Sandfliers, regras para operar barcos voadores sem magia ou sem tecnologia, e um exemplo de barco voador com ficha. Para outros posts da Megaliga Tokyo Defender, clique aqui.

O tema é Tecnomagia e a Elf’s Lair vai trazer a vocês os incríveis barcos voadores que povoam a imaginação e os jogos de videogame. Em primeiro lugar, vamos falar dos Airships da série Final Fantasy e depois vamos falar brevemente sobre os Sandfliers, presentes na série Breath of Fire, tudo com regras de criação, pilotagem, dicas, customizações e muito mais. Caso queiram mais inspiração para barcos voadores, vejam também aqueles encontrados no mangá/MMORPG Ragnarök, no livro/filme Stardust, além de ser legal perceber a clara diferença entre os Airships clássicos de Final Fantasy (como os do 4º game) e as versões diferenciadas, como do 12º Final Fantasy. Agora chega de enrolações, cavalheiros; vamos içar as velas e recolher a âncora, porque nós vamos partir!

Airships

Airships são, em suma, enormes navios voadores. Suas habilidades de voo podem ser atribuídas a meios mágicos, tecnológicos ou então uma mistura de ambos: por meio de tecnomagia. Ele pode levantar voo por muitos mecanismos: através de um grande balão de gás, através de turbinas, asas, hélices, velas ou por meios estritamente mágicos. Seu controle é geralmente feito através de um timão e por diversos outros mecanismos de um barco normal e sua arquitetura também é praticamente idêntica.

Um Airship tem uma ficha normal de personagem, mas sua Habilidade é sempre igual a zero, e seu dano pertence à escala de poder Sugoi.

Pilotando

Para pilotar um Airship, é necessário possuir pelo menos um desses três pré-requisitos: Conhecimento mágico (pelo menos um caminho), a perícia Máquina/especialização Pilotagem ou a vantagem Genialidade. Caso o personagem não tenha nenhum desses pré-requisitos, ele não é capaz de pilotar um Airship de maneira alguma. Possuir mais de um dos pré-requisitos concede um bônus de +1 em Habilidade. Ao pilotá-lo, é levada em conta a Habilidade do piloto e se locomove de acordo com as regras da vantagem Voo, mas 10 vezes mais rápido. Um personagem com a desvantagem Interferência Mágica não é capaz de pilotar um Airship.

Para pilotar um Airship também é necessário um mínimo de 3 tripulantes auxiliando o piloto. Caso um tripulante tenha que dormir, comer ou lutar, um outro tripulante precisa entrar em seu lugar. Caso falte um ou mais tripulantes, o piloto (ou o mestre) deverá jogar um dado: se o resultado for 5 ou 6 o capitão do navio receberá um redutor de H-1 por cada tripulante a menos.

Usar vantagens também consome PMs. Para recarregar os PMs, é necessário abastecer a nave daquilo que ela consome: isso pode ser algo como carvão, gases especiais, esferas de mana, gasolina de aviação ou qualquer outra coisa decidida durante a fabricação do Airship. Geralmente isso custa de 10 a 20 vezes mais o custo normal de uma alimentação capaz de curar os PMs de uma pessoa. Consertar um Airship segue as mesmas regras de Reparos para construtos (encontradas no Manual na descrição da vantagem única Construto). Personagens que possuam conhecimentos mágicos ganham +1 no teste de Habilidade para consertar e personagens com a desvantagem Interferência Mágica ou algo similar não podem consertá-lo.

A capacidade de um Airship pode ser medida em quadrantes, sendo que ele possui 20 quadrantes por ponto de Força. Cada quadrante é um espaço mínimo para uma pessoa permanecer confortavelmente e se locomover ou então pode ser usado para empilhar até 200 kg de carga. O capitão do Airship possui um quadrante adicional que não é contado nesse total. Airships tem 20 quadrantes por ponto de Força por pertencerem à escala Sugoi, caso o mestre construa ou permita a construção de um Airship em uma escala maior, o número de quadrantes também será multiplicado.

Construindo

Para construir um Airship é necessário que o engenheiro-chefe do estaleiro possua uma habilidade mágica (conhecer pelo menos um caminho mágico) e a Perícia Máquina/especialização Engenharia. Caso ele já possua anteriormente (então não adianta comprar durante a construção) as vantagens Genialidade ou Alquimista, o custo de construção diminui em 10 PEs para cada uma (diminuindo também o tempo de construção). A construção de um Airship demora 1 dia por PE exigido e custa a pontuação normal em PEs.

Um Airship pode ter até 5 pontos em qualquer característica, menos em Habilidade (lembrando que cada ponto custa 10 PEs). Ele deve comprar obrigatoriamente a vantagem Voo (20 PEs) e gasta 1 PM para voar por 12 horas. Ao construir um Airship também é preciso comprar obrigatoriamente a vantagem única Airship, que custa 30 PEs.

Na construção de um Airship, pode-se escolher comprar opcionalmente as vantagens Aceleração, Área de Batalha (por 3 pontos), Armadura Extra, Ataque Especial, Ataque Múltiplo, Boa Fama (porque não?), Deflexão, Energia Vital, Forma Alternativa (por 4 pontos: isso é um Airship, não um Transformer), Inimigo, Invisibilidade, Membros Extras (na verdade seria um armamento extra), Paralisia, Pontos de Magia Extras, Pontos de Vida Extras, Reflexão, Tiro Carregável e Tiro Múltiplo.

Também são opcionais as desvantagens Fetiche (o capitão necessita do mesmo para pilotar), Interferência, Interferência Mágica, Má Fama, Maldição (algo como um navio mal assombrado onde aparecem fantasmas o tempo todo assombrando e atrapalhando a tripulação), Monstruoso (o navio tem uma forma assustadora e assusta quaisquer pessoas que o verem, sendo penoso para os tripulantes e ao capitão aportarem em áreas civilizadas), Poder Vergonhoso, Poder Vingativo, Ponto Fraco e Restrição de Poder.

Além dessas, existem outras vantagens e desvantagens especiais que podem ser compradas pelo engenheiro-chefe durante a fabricação de um Airship:

  • Controle Fácil (10 PEs): Não é necessária uma tripulação para auxiliar o capitão durante a pilotagem de um Airship, ignorando essa regra.
  • Mecanismos Simples (20 PEs): Qualquer personagem pode pilotar um Airship, mesmo sem as perícias e conhecimentos necessários. Mesmo assim, personagens com Modelo Especial ou Inculto não podem pilotar.
  • Reserva de Ar (10 PEs): O Airship possui uma gema mágica do caminho do ar, uma cobertura de vidro temperado ou algo especial que a permite viajar para o espaço sideral ou para o fundo do mar. Essa reserva de oxigênio consome 1 PM a cada doze horas.
  • Espaçoso (10 PEs): O Airship pode transportar o dobro da carga normal, ou seja, tem 40 quadrantes por ponto de Força.
  • Leve (20 PEs): O Airship é mais leve que o normal e por isso gasta apenas 1 PM para cada 24 horas de voo. Essa vantagem não interfere na velocidade do mesmo.
  • Pesado (-10 PEs): O Airship é mais pesado que o normal e por isso gasta 1 PM para cada 6 horas de voo. Essa desvantagem não interfere na velocidade do mesmo.
  • Pequeno (-10 PEs): O Airship tem menos espaço que o normal e por isso só pode transportar a metade de um Airship normal, ou seja, tem 10 quadrantes por ponto de Força.
  • Combustível Caro (-30 PEs): O Airship consome uma rara fonte de energia para voar, como cristais mágicos, barras de urânio ou qualquer outra coisa mais que seja de 100 a 500 vezes mais cara que o custo para alimentar um ser humano normal.
  • Modelo Especial (-10 PEs): O Airship foi projetado para ser pilotado por capitães de uma constituição física diferente do modelo humanoide normal, como seres cheios de tentáculos, pixies do tamanho de polegares, baixinhos (como anões e halflings) entre outros. Ao comprar essa desvantagem, o engenheiro-chefe deve definir para qual modelo o timão foi projetado e quaisquer personagens de modelo normal ou um modelo especial diferente não podem pilotá-lo.

Este artigo com regras e exemplos de barcos voadores para 3D&T foi feito originalmente no blog Elf’s Lair. Veja o artigo na íntegra clicando aqui, que ainda inclui a descrição dos Sandfliers, regras para operar barcos voadores sem magia ou sem tecnologia, e um exemplo de barco voador com ficha. Para outros posts da Megaliga Tokyo Defender, clique aqui.

Anões e Elfos – Biblioteca Arkanita

Esta semana, a iniciativa da Biblioteca Arkanita apresenta os netbooks Anões e Elfos, ambos de Rodrigo “Lamazuus” Linn. Estes dois netbooks exploram as raças de fantasia Anões e Elfos dentro do cenário de Arkanun/Trevas, em uma época anterior ao lançamento do livro Vikings, que introduz oficialmente estas duas raças ao cenário.

Conteúdo do netbook “Anões”

Este netbook apresenta as seguintes informações:

  • Origem das Lendas, discutindo a possível conexão entre os Anões e Yimir.
  • O Reino dos Anões e Cidades Gloriosas, descrevendo Nidavellir, o reino dos Anões situado na Velha Arcádia, suas cidades e suas conexões com outras localidades pela Orbe.
  • Pequenos Habitantes, Civilização Subterrânea, Honra, Respeito e Coragem e Oposição à Magia, expandindo todo o conhecimento sobre a cultura, comportamento e valores dos Anões.
  • Os Irmãos Corrompidos e Duegares, apresentando os malignos Anões que abordam a Magia que preferem viver em Halzazee.
  • O Trabalho nas Forjas, explicando o grande talento de ferreiros e artífices que os Anões têm naturalmente.
  • Personagens Anões, com regras para jogar com um personagem Anão ou Duegar no cenário de Arkanun/Trevas.
  • Kits de Personagem, apresentando e adaptando especialmente para Anões e Duegares o Ferreiro, Guerreiro, Ladrão, Clérigo e Mago.
  • Campanha, com ideias e recomendações sobre como jogar com Anões e Duegares da melhor forma.

Conteúdo do netbook “Elfos”

Este netbook apresenta as seguintes informações:

  • Divindades da Noite e Mortalidade, descrevendo o relacionamento entre os Elfos de Alfheim com os povos escandinavos.
  • Banimento dos Impuros, A Terra Sombria, A Trilha dos Renegados e Um Novo Reino, narrando o surgimento dos Elfos Negros e sua migração para Halzazee.
  • Os Irmãos Corrompidos, Duegares e A Expansão do Norte, apresentando os malignos Anões que abordam a Magia que preferem viver em Halzazee e como se intensificou o conflito entre Elfos e Elfos Negros.
  • A Comunidade e Elfos Negros, expandindo informações sobre a cultura e comportamento dos Elfos e Elfos Negros.
  • Personagens Elfos, com regras para jogar com um personagem Elfo ou Elfo Negro no cenário de Arkanun/Trevas.
  • Kits de Personagem, apresentando e adaptando especialmente para Elfos e Elfos Negros o Caçador, Shaman, Guerreiro, Bardo e Clérigo.
  • Campanha, com ideias e recomendações sobre como jogar com Elfos e Elfos Negros da melhor forma.

Você pode baixar estes netbooks aqui mesmo na Biblioteca Arkanita. Clique aqui para iniciar o download de Anões e aqui para Elfos. E continue acompanhando as postagens semanais da Biblioteca Arkanita para outros grandes netbooks como Anões e Elfos!

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Magia do seu Mundo – Gênese Zero #6

Saudações, na ultima viagem que tivemos aprendemos com cria a geografia, hoje adentraremos as minúcias da criação de sistemas de magia do seu mundo de RPG ou literatura.Vamos explorar cada aspecto desse processo, desde a concepção até a implementação, para garantir que a magia seja uma força vibrante e coesa em seu cenário. Pois vamos conjurar ideias!

1. Fundamentos do Sistema de Magia

Ao adentrar o fascinante universo da magia, é essencial estabelecer uma estrutura sólida que orientará como essa força sobrenatural opera em seu mundo. Pense nos fundamentos do seu sistema como a espinha dorsal que sustentará toda a experiência mágica para seus jogadores ou leitores.

Vamos visualizar isso de uma maneira mais prática: imagine que a magia em seu mundo é como uma dança cósmica entre elementos primordiais, uma expressão encantadora da harmonia entre fogo, água, terra e ar. Em suma, ao estabelecer as leis e limitações dessa dança, você cria um sistema mágico com regras claras e compreensíveis. Por exemplo, talvez a magia baseada na água seja mais eficaz perto de fontes aquáticas, enquanto a magia do fogo alcance seu ápice sob a luz do sol.

Esses fundamentos não apenas dão estrutura à magia, pois também fornecem oportunidades para criar uma experiência única e rica em detalhes. Ao entender as leis e limitações, seus jogadores ou leitores serão guiados por um caminho onde a magia não é apenas um conceito abstrato, mas uma força tangível e envolvente.

2. Tipos de Magia

Vamos aprofundar na riqueza da magia, pois não apenas os elementos clássicos, mas desvendando um mundo de possibilidades mágicas. Para além da tradicional magia elemental, dê asas à sua criatividade e crie conceitos verdadeiramente únicos.

Imagine, por exemplo, um tipo de magia dos sonhos, uma habilidade que permite aos usuários adentrarem reinos oníricos, explorando paisagens surreais e desvendando segredos guardados nos cantos mais profundos da mente. Aqui, a magia não é apenas uma ferramenta, mas uma jornada em si mesma, proporcionando experiências únicas e inesquecíveis.

Ao diversificar os tipos de magia em seu mundo, você não só oferece um leque de opções aos seus personagens, mas também enriquece o tecido mágico do seu universo. Cada escola de magia, seja ela baseada em elementos, emoções, ou conceitos abstratos, traz consigo um conjunto distinto de habilidades e possibilidades. Considere um clérigo que canaliza a magia da cura através da conexão espiritual com divindades ou um mago que manipula a essência dos sonhos para criar ilusões surpreendentes.

Essa variedade não apenas dá aos praticantes de magia uma identidade única, mas também proporciona inúmeras oportunidades para narrativas envolventes.

3. Escolas de Magia

Adentremos o fascinante mundo das escolas de magia, onde a prática mágica se transforma em uma arte refinada e repleta de possibilidades. Imagine a intrigante Escola de Magia das Sombras, um lugar onde os praticantes se dedicam a manipular a escuridão para alcançar seus objetivos mais sombrios.

Essa segmentação do conhecimento mágico vai além de uma mera categorização; ela proporciona uma estrutura que organiza a magia em disciplinas compreensíveis. Cada escola representa um domínio específico da magia, oferecendo aos praticantes a oportunidade de se especializarem em vertentes únicas.

Visualize um estudante dedicado à Escola de Ilusionismo, aprimorando suas habilidades para criar miragens vívidas e confundir os sentidos. Em contrapartida, um mago focado na Escola Elemental da Água pode manipular as correntes mágicas aquáticas para conjurar tempestades ou até mesmo purificar fontes contaminadas.

Ao desenvolver escolas de magia em seu mundo, você não apenas estrutura a prática mágica, mas também constrói as bases para sociedades mágicas complexas. Pode existir uma academia venerada para cada escola, onde os aspirantes a magos buscam o conhecimento e a maestria em suas disciplinas específicas.

Neste reino de possibilidades, cada escola é uma porta de entrada para um vasto oceano de magia, aguardando ser explorado por mentes curiosas e ambiciosas.

4. Componentes e Rituais

Mergulhemos nas profundezas dos componentes e rituais mágicos, desvendando camadas de encanto que despertam a imaginação e transformam a experiência mágica em algo verdadeiramente extraordinário. Em vez de se limitar a gestos simples e palavras pronunciadas, pense em um feitiço que exige a luz do luar filtrada por um cristal mágico, cada raio lunar adicionando uma dimensão única à conjuração.

Cada componente torna-se uma peça essencial do quebra-cabeça mágico, dando vida a rituais intricados e cheios de significado. Imagine um ritual de invocação que requer uma pena de fênix, obtida através de uma jornada épica e cheia de desafios. Esses detalhes não só tornam a magia tangível, mas também oferecem oportunidades narrativas fascinantes para que os personagens explorem, descubram e cresçam.

5. Magia na Sociedade

Deixe a magia transcender os limites do individual, tecendo seus fios na complexa teia social do seu mundo. Imagine guildas mágicas exclusivas, onde feiticeiros se reúnem para compartilhar conhecimento, segredos e artefatos mágicos, contudo esses encontros não só fortalecem os laços entre praticantes da arte mágica, mas por causa de moldarem a magia como uma força coletiva.

Além disso, considere a criação de academias mágicas, onde jovens prodígios aprendem a dominar seus dons sob a orientação de mentores habilidosos. Contudo cada instituição mágica pode ter suas tradições, rituais e até mesmo rivalidades, pois adiciona profundidade e dinamismo ao panorama mágico da sociedade.

Ao moldar a relação da magia com a sociedade, pergunte-se: ela é vista com desconfiança, temor ou reverência pela população em geral? Essa dinâmica social não apenas enriquece o tecido narrativo, mas por causa de também influenciar a forma como personagens mágicos são percebidos e interagem com o mundo ao seu redor.

6. Artefatos Mágicos e Relíquias

Mergulhe no encantamento ao infundir sua magia em artefatos e relíquias que transcendem o ordinário, cada um carregando consigo uma história única e fascinante. Imagine um cetro ancestral, cujas gemas guardam os sussurros de magos lendários que o empunharam ao longo das eras. Ao tocá-lo, personagens podem receber vislumbres do passado ou até mesmo acessar conhecimentos arcanos perdidos.

Visualize também um espelho antigo que, quando contemplado, revela visões do futuro, fornecendo pistas cruciais ou desafiando as expectativas dos personagens. Esses artefatos não são apenas itens de poder; são testemunhas silenciosas de eventos passados e portadores de segredos que aguardam serem desvendados.

Esses objetos mágicos não apenas influenciam a trama principal, mas também oferecem oportunidades fascinantes para que os personagens explorem e interajam com a magia de maneiras inovadoras. Seja através de missões para desbloquear seus verdadeiros potenciais, confrontos para protegê-los de mãos erradas ou mesmo negociações para adquiri-los, cada artefato é um capítulo em branco pronto para ser escrito na história do seu mundo.

7. Consequências do Uso da Magia

Explore as consequências fascinantes que surgem quando a magia é invocada, adicionando uma camada de tensão e drama à sua narrativa. Vamos além da simples fadiga; pense em ramificações mais profundas que transformam o uso da magia em uma jornada cheia de surpresas.

Considere, por exemplo, a formação de cicatrizes mágicas, marcas visíveis que alteram permanentemente a aparência do conjurador. Essas cicatrizes não são apenas testemunhas silenciosas do poder que foi desencadeado, mas também sinalizam uma história pessoal única. Imagine um feiticeiro com marcas flamejantes após canalizar intensamente magia de fogo ou um mago com padrões intricados de gelo esculpidos na pele.

Vá além e explore fenômenos mágicos imprevisíveis que podem surgir após um uso intenso da magia. Talvez uma explosão de cores místicas, a criação temporária de ilusões extravagantes ou a manifestação de pequenos companheiros mágicos que seguem o conjurador. Esses efeitos inesperados não apenas cativam os personagens, mas também oferecem oportunidades narrativas únicas e memoráveis.

Ao estabelecer consequências distintas para o uso da magia, você mergulha seus personagens em um universo onde cada feitiço lançado deixa sua marca. Contudo essas ramificações não só tornam a prática mágica mais envolvente, mas também incentivam os jogadores ou leitores a considerarem cuidadosamente as escolhas mágicas de seus personagens. Que suas histórias sejam tecidas com os fios imprevisíveis da magia, enriquecendo seu mundo de possibilidades.

8. Interação com Outros Sistemas

Aprofunde-se na intrincada relação entre a magia e outros aspectos cruciais do seu mundo, criando uma tapeçaria rica de interconexões. Em vez de ver a magia como uma entidade isolada, imagine como ela se entrelaça com diversos sistemas, moldando não apenas a prática mágica, mas também a sociedade e as dinâmicas políticas.

Visualize uma cidade próspera, cuja economia floresce graças ao comércio vibrante de itens mágicos. Contudo esses artefatos, raros e poderosos, tornam-se mercadorias cobiçadas, gerando uma rede complexa de artífices por causa de mercadores e aventureiros em busca das maravilhas místicas. Pois o mercado de itens mágicos não é apenas um ponto de troca, mas um centro pulsante que influencia diretamente o tecido econômico da cidade.

Explore também uma nação que incorpora a magia em suas estratégias políticas. Talvez o uso de magia seja um indicador de status ou uma habilidade essencial para liderança. Os líderes políticos podem empregar conselheiros mágicos para orientação ou até mesmo contar com feiticeiros para proteger as fronteiras do reino. Essa interconexão entre magia e política não apenas adiciona nuances à governança, mas também cria conflitos e alianças intrigantes.

Ao entrelaçar a magia com outros sistemas, você não apenas a torna parte integrante do mundo, mas também oferece oportunidades narrativas ricas. Seja na exploração dos mercados mágicos movimentados ou nas intrigas políticas alimentadas por poderes arcanos, suas histórias ganharão profundidade e autenticidade.

9. Evolução da Magia

Mergulhe nas marés mágicas que fluem através das eras, transformando a prática mágica de maneiras fascinantes. Visualize uma descoberta mágica revolucionária que abala as fundações da magia estabelecida. Essa inovação pode vir na forma de uma nova escola mágica, por causa de uma fonte inexplorada de poder ou até mesmo a redescoberta de antigas artes arcanas perdidas no tempo.

Considere como eventos históricos moldam novas tradições mágicas. Se uma guerra mágica devastadora ocorreu no passado, as consequências desse conflito podem ter influenciado o desenvolvimento da magia. Talvez novos feitiços surjam por causa de experiências traumáticas dessa guerra, ou certas práticas mágicas sejam proibidas devido às suas implicações nos eventos passados.

Essa abordagem dinâmica não apenas mantém seu mundo mágico vivo, mas também oferece uma riqueza de possibilidades narrativas. Seja explorando as implicações de uma inovação mágica revolucionária ou desenterrando os segredos de tradições antigas que resistiram ao teste do tempo, as marés mágicas trazem consigo um constante fluxo de descobertas e surpresas.

10. Narrativa Guiada pela Magia

Transforme a magia em um fio condutor envolvente para suas histórias, tecendo enredos complexos baseados em eventos mágicos que desafiam a imaginação. Visualize a busca épica por um grimório ancestral, um livro de feitiços perdido que promete desvendar segredos poderosos. Nessa narrativa, seus protagonistas se aventuram por terras desconhecidas, enfrentando desafios mágicos para alcançar o conhecimento proibido que o grimório promete.

Outra possibilidade envolvente é a tentativa de conter uma tempestade mágica descontrolada. À medida que os elementos mágicos se desencadeiam, os personagens são confrontados com desafios imprevisíveis, desde criaturas elementais até obstáculos arcanos. Essa narrativa guiada pela magia não só proporciona momentos emocionantes, mas também explora as ramificações mais amplas da magia em seu mundo.

Ao entrelaçar a magia com a narrativa, você mantém seus jogadores ou leitores cativados, ansiosos por desvendar os mistérios que a magia proporciona. Cada feitiço lançado, cada artefato descoberto e cada evento mágico desencadeado torna-se uma peça fundamental na tapeçaria da sua história. Que suas narrativas sejam tão mágicas quanto os próprios feitiços que impulsionam suas tramas.

Conclusão

À medida que você forja os sistemas em seu mundo, lembre-se de que a magia é uma força viva, pulsante e, acima de tudo, personalizável. Cada detalhe, desde as regras fundamentais até as complexidades narrativas, contribui para uma experiência única. Permita que sua magia evolua, surpreenda e, acima de tudo, encante aqueles que exploram os recantos mágicos do seu universo. Que suas criações mágicas sejam tão incríveis quanto a imaginação permite! Boas criações, arquitetos da magia!

PARA MAIS CONTEUDO DO MESTRE BROTHER BLUE

Kits do Manual do Combate para 3D&T

Este artigo com kits do Manual do Combate de Tormenta RPG adaptados para 3D&T Alpha foi escrito originalmente na revista Tokyo Defender Extra por Antonio Carlos “Toin” Daimon. Veja o artigo na íntegra ao baixar a edição gratuita clicando aqui, que inclui seis outros kits. Para outras edições gratuitas da Tokyo Defender, clique aqui. Para adquirir as edições do novo formato em financiamento coletivo, clique aqui.

Chegou a hora de empunhar suas armas, envergar suas armaduras e partir para o combate! Nessa edição trazemos alguns dos kits do Manual do Combate de Tormenta RPG adaptados para as regras do 3D&T Alpha. Então se você sempre quis ser um Samurai do Vulcão ou um Saqueador Selvagem a hora é agora de obter estes kits!

Guerreiro Pobre

Exigências: R2; Três Especializações Quaisquer; Código de Honra da Pobreza (veja abaixo).

Função: Atacante.

Muitos aventureiros têm origem humilde: saem de suas fazendas ou aldeias para vingar familiares, perseguir inimigos ou apenas atrás de uma vida melhor. Contudo, o caminho da aventura muitas vezes traz riqueza rápida e vertiginosa. Não é raro que, um ou dois anos após embarcarem nesta vida, antigos “simples plebeus” estejam cobertos de ouro e itens mágicos. Muitos nunca mais voltar para os locais de onde vieram, abraçando totalmente a vida agitada e glamorosa.

Outros fazem questão de nunca esquecer suas origens.

O Guerreiro Pobre é o campeão do povo comum, defensor dos aldeões e protetor dos plebeus. Um lutador que mantém o estilo de vida humilde que possuía antes de ser um aventureiro — mas voluntariamente, e com ainda mais restrições. Acredita que a adversidade o torna mais forte. Por isso, recusa-se a desfrutar dos luxos que seus companheiros tanto apreciam, e pode chegar a colocar a própria sobrevivência em risco, por orgulho abnegado. Mesmo que seja considerado tolo ou teimoso, não fraqueja. Afinal, milhares de Artonianos vivem nessas condições por obrigação, e não reclamam.

Alguns Guerreiros Pobres são devotos de divindades, e fazem seus votos de pobreza perante elas. Outros extraem poder e força de vontade de si mesmos e de seus compatriotas. Não importa: todos são igualmente dedicados a este caminho inclemente. Quase todos têm alguma desconfiança de autoridades, mas nem sempre são rebeldes que querem derrubar as monarquias… Só na maior parte das vezes.

Código de Honra da Pobreza (-1 Ponto): o Guerreiro Pobre abre mão de quase todos os seus bens materiais — ou então apenas permanece na humildade, quando nunca teve bens materiais dos quais abrir mão. Você pode escolher uma arma ou armadura com valor máximo de 100 TO. Esta será sua única posse digna de nota. De resto, você pode ter roupas simples, uma mochila, um cantil e rações para alguns dias, mas nada mais que isso. Você deve receber sua parte do tesouro em quaisquer aventuras, e doar toda ela a igrejas, instituições de caridade ou a alguma aldeia pobre. Você não pode aceitar itens “emprestados”, nem mesmo poções (sejam de cura ou de qualquer outro tipo). Você pode aceitar que colegas o ajudem ou curem-no com magias. Se seus companheiros reclamarem de sua teimosia, você deve permanecer estoico e continuar recusando poções e itens, arcando com as consequências. Caso viole esse Código de Honra da Pobreza, você perde todas as suas habilidades desse Kit imediatamente, e continua sem elas durante um mês após ter se desfeito dos itens excessivos.

Resoluto: sua força de vontade (ou teimosia…) é mais poderosa que qualquer bugiganga cara. Gastando 2 PMs, na primeira rodada de qualquer combate, faça um teste de Resistência -1. Se você for bem-sucedido, recebe um bônus na sua FA ou FD (à sua escolha) igual ao seu valor de sua Resistência.

Empatia com o Povo: Gastando 3 PMs, você começa a ser reconhecido como um verdadeiro campeão das pessoas comuns, alguém que enfrenta as adversidades sem recorrer a privilégios. Você recebe um bônus de +2 em todos os testes na Perícia Manipulação quando interage com pessoas comuns (Aldeões, Plebeus, Pequenos Comerciantes, etc.).

Virar-se Sozinho: o Guerreiro Pobre não precisa de esmolas, e insiste que qualquer ajuda deve ser destinada aos menos favorecidos, nunca a ele mesmo. Gastando 5 PMs, você recebe um bônus de +2 em testes de Primeiros Socorros (uma especialização de Medicina) para curar a si mesmo e em testes de Sobrevivência para encontrar comida ou abrigo para si mesmo.

Corpo Duro, Coração Mole: o Guerreiro Pobre tolera muitos golpes, mas não consegue tolerar atos de maldade ou injustiças. Gastando 10 PMs, sempre que você testemunhar inocentes (de preferência Plebeus) ameaçados ou prejudicados de forma injusta, você recebe um bônus de +10 em Iniciativa para entrar em combate e corrigir a situação.

Pequeno Campeão

Exigências: H2; Parceiro (Cão de Guarda); Cavalgar; Modelo Especial (Menor).

Função: Atacante.

Certas raças podem se ver em grande desvantagem em Arton. Num mundo de problemas como este, criaturas gigantescas — ou apenas “normais” —  muitas vezes dominam os povos menores e mais frágeis. Desde os Halflings de Hongari, sob pesadas taxas impostas pelo reino de Portsmouth, até os Goblins dos ermos, escravizados por Hobgoblins e Bugbears, as raças pequenas são vítimas preferidas dos covardes.

Mas elas têm seus próprios campeões.

O Pequeno Campeão é um membro de um destes povos, treinado nas artes da guerra para defender os seus. Concentra-se em táticas e manobras para vencer inimigos agigantados, mas também é capaz de lutar contra quaisquer outros. Usa seu tamanho como vantagem, em vez de penalidade.

Muitas vezes, é empregado em aldeias ou cidades como Xerife ou Guarda-Costas de alguém importante. Também existem unidades de Pequenos Campeões em grandes comunidades de raças pequenas, atuando como batedores e patrulheiros avançados. Além disso, é comum que Pequenos Campeões juntem-se a grupos de aventureiros, para vingar os seus ou apenas corrigir injustiças.

Nem todos os Pequenos Campeões são nobres e idealistas. Alguns usam suas capacidades para dominar e oprimir povos maiores, tornando-se tiranos ainda mais cruéis do que eles. Contudo, estes são minoria. A maior parte destes lutadores deseja apenas defender suas terras — ou quaisquer outros inocentes na mesma situação.

Caçador de Gigantes: a primeira coisa que um Pequeno Campeão aprende é atingir oponentes maiores onde dói mais. Gastando 2 PMs, O Pequeno Campeão recebe um bônus na FA contra inimigos maiores que ele. O bônus exato depende do resultado da rolagem de 1d:

1-2 = FA+1.

3-4 = FA+2.

5-6 = FA+3.

Ferroada: Gastando 5 PMs, o Pequeno Campeão sabe ferir os grandalhões. Contra oponentes Maiores, suas armas causam o dobro da sua Força no cálculo da FA. Em caso de acerto crítico, causam o triplo da sua Força no cálculo da FA.

Exterminador de Gigantes: Gastando 10 PMs, o Pequeno Campeão consegue um acerto crítico com um resultado 5 ou 6 no dado. Eles também recebem FA+3 (E podem ser acumuladas com outros poderes desse kit).

Este artigo com kits do Manual do Combate de Tormenta RPG adaptados para 3D&T Alpha foi escrito originalmente na revista Tokyo Defender Extra por Antonio Carlos “Toin” Daimon. Veja o artigo na íntegra ao baixar a edição gratuita clicando aqui, que inclui seis outros kits. Para outras edições gratuitas da Tokyo Defender, clique aqui. Para adquirir as edições do novo formato em financiamento coletivo, clique aqui.

A criação macro e micro de cenários – Aprendiz de Mestre

Tranquilos Aprendizes de Mestre? Hoje continuaremos os fundamentos para a construção de nossos cenários. Abordaremos o que são as visões macro e micro na construção de mundos e suas diferenças.

Primeiramente e, em resumo, as visões macro e micro de construção de mundos são excludentes e opostas. Aquela parte do amplo para o específico e este parte na direção oposta, do específico para o amplo.

Macro

A visão macro parte do geral. É necessário definir deuses, continentes e as principais nações. Alguns eventos históricos chaves também se fazem necessários, como quando houve a guerra de conquista do povo-inseto Miríade de Alveare ou quando as regiões de Yuruon Kenvah se separaram do Império Recchá.

É o mais trabalhoso e demorado dos dois métodos. Entretanto, quando o cenário for usado para mestrar alguma aventura ou escrever uma história ou conto, dificilmente haverá incoerências notáveis. Talvez um ou outro nome de cidade que ficou diferente ou coisas do tipo. Esse é o método mais indicado em construções do mundo compartilhadas, possibilitando que várias pessoas consigam trabalhar no cenário sem “desfazerem” o que outra pessoa fez. Há um tema central que todos devem respeitar.

É o método que usei no meu mundo de Elfrin. E fui tão macro que eu criei todo o mundo primeiro para depois desenvolver as nações, cidades e povos. Inclusive, isso só está sendo feito com ênfase no continente de Recchá. Ali sim, já há um cenário vivo, rico, com muitas histórias e vários personagens, sejam de jogadores ou não. Talvez o melhor exemplo deste método seja a Terra Média do Senhor dos Anéis. Há tanta história por trás daquele ponto que está sendo narrado ou escrito que algumas pessoas afirmam que o grande protagonista da história é a própria Terra Média e não Aragorn, Frodo ou qualquer outro.

Micro

Entretanto, se você for um mestre que apenas deseja criar algo para seu mundo de campanha, o melhor é começar com um pequena vila ou cidade. Nada grandioso, só o necessário para unir o grupo e enviá-los para suas primeiras missões.

Neste processo o foco é desenvolver alguns NPCs para interagirem com os personagens jogadores. E, havendo necessidade de se expandir a história ou os conflitos a serem resolvidos, simplesmente cria-se mais uma parte do mundo. Por exemplo, ao se mencionar que há uma horda de criaturas bestiais e sanguinárias é possível mencionar, pela primeira vez, que há a Cadeia Montanhosa das Presas de Sangue que, até aquele momento, ninguém sequer mencionava.

Esse é ponto fraco deste método: haverá muitas coisas a serem corrigidas ou que virarão incoerências. Por exemplo, a divindade mais importante no início da campanha era alguma ligada à natureza, pois havia um druida no grupo, entretanto, ao decorrer da história houve a necessidade de mostrar que há um culto na capital do reino que é muito abrangente e está sufocando esse culto natural. Há, portanto, um descompasso na história.

Seguindo sua necessidade

Isto ocorre pois não havia essa necessidade anteriormente e nem um tema específico. A criação foi orgânica, natural e, eventualmente, precisa de pequenas podas. É um método maleável e que entrega a aventura e diversão conforme a necessidade do grupo e do mestre sem existir muita preocupação com coerências rígidas de um cenário completo. Como no exemplo acima, é plausível e aceitável que a “incoerência” quanto à religião predominante decorra do fato que na vila e proximidades a divindade principal é a da natureza, ao contrário do resto do reino.

Esse método de criação, porém, é o ideal para pequenas campanhas ou histórias onde não se sabe se haverá continuação ou não. É melhor para mestres iniciantes pois a cidade, região ou nação pode, muitas vezes, ser encaixada num cenário maior, como os de Forgotten Realms ou Tormenta sem grandes dificuldades. Assim, ao invés de uma cidade inteira a criação pode ser resumida a uma taverna, a casa dos jogadores, um pequeno templo e a sede administrativa local e seus NPCs.

Esse, também, foi o método de criação para as aventuras da Guilda dos Guardiões. Onde se iniciou com uma pequena vila e agora estamos conhecendo o restante do reino e sabendo da existência de outros reinos mais distantes.

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Goblins vs Gnomos – Quimera de Aventuras

Continuando a Quimera de Aventuras sobre o jogo Hearthstone (jogo de cartas da Blizzard ao estilo Magic, que utiliza como base o universo de Warcraft). A cada 4 meses a produtora lança uma expansão com novas cartas com alguma temática específica. Assim, abordarei cada uma de suas expansões, seguindo a ordem cronologicamente de lançamentos. Nesta postagem abordaremos Goblins vs Gnomos.

A temática dessa expansão, que é a primeira de fato, é o de uma disputa entre os inventos e mecanóides de Goblins, pela Horda, e dos Gnomos, pela Aliança. Como o foco são mecanóides, tentarei me ater neles e usarei nomes de meu cenário de Recchá visto ser uma temática bem pertinente.

Quimera de Aventuras

O Torneio científico

Na grande capital Recchá, a Guilda dos Autômatos resolve criar um torneio “científico” para estabelecer qual das duas principais facções raciais da guilda é a melhor: a dos gnomos e seus eventos complexos ou a dos goblins e suas gambiarras malucas. Entretanto, outros grupos decidem entrar na disputa.

Embora haja etapas teóricas e que comprovem o desenvolvimento dos mecanóides, golens e afins, a verdadeira disputa é dentro de uma gaiola onde os constructos lutarão até sua destruição.

Os aventureiros podem ter alguém pertencente à Guilda ou que deseje se provar ou então serem contratados como segurança por um dos lados. Pois é sabido que a disputa não será somente na arena, mas também será feita nas sombras, especialmente na espionagem industrial.

O Culto Natural

Indignados e descontentes com o desenvolvimento desenfreado de tecnologias robóticas e de autômatos em geral, um conselho druídico resolve boicotar a produção de novos mecanóides. Para isso realizam ataques a várias indústrias, cientistas e magos para inviabilizarem seus estudos.

Entretanto, algo atípico aconteceu e o Dr. Kaoz, o goblin de maior renome na área de robótica dentro do Império Recchá, é sequestrado pelo conselho druídico e a Universidade Imperial (onde o Dr. leciona) contrata alguns grupos, um deles sendo os dos jogadores, para procurá-lo. A busca é urgente pois as acusações pelo sumiço do cientista atiçam a comunidade científica local e atrasam qualquer pesquisa ou investimentos não só na área de robótica, mas em tantas outras.

A Substituição

Algum grupo desconhecido iniciou pesquisas com animais, tanto para aperfeiçoá-los como para substituí-los por versões mecanizadas. Isso enfurece druidas e clérigos dos Deuses da Natureza e vários grupos são designados para localizar as instalações onde tais pesquisas são realizadas. Embora não seja obrigatório, as Igrejas Naturais preferem terem algum dos responsáveis vivos para entender o nível da ameaça.

Guerra

O Império Recchá contratou o grupo para ajudar a escoltar uma nova arma enquanto se encaminhavam para testá-la contra um grupo de rebeldes terroristas. A arma mecânica foi um completo sucesso e causou uma carnificina, atemorizando o grupo. O grupo sabe que os rebeldes derrotados eram terroristas que mataram muito civis e, também, que a arma será amplamente produzida e utilizada. O que a levará a ser usada contra inimigos não tão culpados quanto esse; e, provavelmente, contra os halflings de Baaso, uma nação que já teve um clã inteiro destruído na guerra contra o Império. Caberá ao grupo a decisão do que fazer com a arma e lidar com as consequências disso.

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Fucazul: 3 modos de procurar o famoso fusquinha

Temos a honra de apresentar o 270! Jogo desenvolvido pelo Diego Antunes e testado na Oficina do Playtest de Florianópolis. Ah, e claro, testado no espaço do Movimento RPG no Festival Stun! O festival rolou em agosto e nós trouxemos o pessoal da Oficina do Playtest para o nosso espaço. Tive a oportunidade de ver muita mesa cheia jogando os diversos modos. Foi incrível e o Diego nos contou que essa experiência foi essencial para ele terminar o jogo!

Ficha técnica

Número de jogadores: 1-10  jogadores
Tempo: 25 minutos
Mecânicas: Captura de peça, Corrida, Force a sorte, Vaza
Editora: Esporte na Mesa
Componentes: 

  • 60 cartas de carros
  • 10 meeples de fusca

Podemos dar uma espiada no jogo nessa mesa que rolou no Stun!

Como funciona

Fucazul tem 3 modos completamente diferentes de jogos, tornando esse pequeno boardgame muito poderoso!
No modo 1 – Fucazul! – nós teremos uma pilha de cartas e vamos virando até que um fusca azul seja aberto. Neste momento a gente deve pegar o meeple de fusca do jogador que virou o fusca azul. Quem for mais ágil e pegar primeiro, compra todas as cartas. Ganha quem recolher mais cartas de fucazul. Esse modo ainda tem regras adicionais para tornar ele mais e mais desafiador!

O modo 2 – Cadê o fucazul? – é um jogo de “Force sua sorte”, onde você deve decidir avançar ou não por uma pista de carros. Se você encontrar um fucazul, você está fora. Ah, dá para se proteger atrás dos amiguinhos. Esse modo é bem divertido para jogar com intuito apenas de se divertir com o grupo. Bem levinho e gostosinho.

Já o modo 3 – Corrida de fucas – é um jogo de estratégia onde você vai alocar carros tentando combar os naipes dos carros e ainda colocar a carta mais alta (ou o super trunfo) de forma a ganhar a rodada e avançar mais rápido na pista. Aqui você precisará pensar em quais cartas estão na mesa e nas possibilidades do que está na mão dos jogadores, montando a melhor estratégia de quando jogar qual carta. Ainda é possível mudar o super trunfo da rodada com um fucazul. Muito interessante e desafiador.

Análise do jogo

Os três modos de jogos são bastante diferentes entre si, então Fucazul agrada gregos e troianos! É insano tentar vencer na agilidade no Modo 1, ainda é possível dar apelidos aos fuscas e complicar ainda mais a vida dos jogoadores. O segundo modo nos impulsiona a se arriscar cada vez mais! Já o último modo traz a necessidade de usar muita estratégia para vencer!

Além dos diversos jogos dentro de um mesmo boardgame, temos a questão do alto número de jogadores possíveis de jogar. Não é fácil um jogo com essa proposta caber até 10 pessoas. Isso torna Fucazul muito poderoso e versátil.

Vale à pena comprar?

Fucazul deverá entrar em financiamento coletivo em breve! Sugiro ficar de olho e aproveitar para comprar com as melhores recompensas. Com elementos simples, altamente rejogável e multiplas possibilidades de modos de jogos, esse é um poderoso pocket para sua coleção.

Gostou, então já sabe!

Em primeiro lugar, acompanhe o Na mesa nas redes sociais do Movimento RPG, onde teremos muito mais conteúdos com esse!

Você pode ler mais resenhas e regras da casa de boardgame aqui no site. Ou acompanhar nossos conteúdos nas nossas redes sociais.

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