Conexão Passadas Entre Heróis – Aprendiz de Mestre

Já que expulsamos os maus jogadores de nossa mesa, vamos criar uma nova aprendendo formas mais eficazes de começar uma campanha de RPG com conexão passadas entre heróis. Isso não apenas cria coesão no grupo desde o início, mas também abre possibilidades narrativas ricas e dinâmicas. Porém, criar essas relações exige criatividade e colaboração entre o mestre e os jogadores. Aqui estão algumas dicas para sugerir e desenvolver essas conexões antes do jogo começar.

Ofereça uma Base Narrativa Compartilhada

Comece sugerindo um contexto comum para o grupo, como um vilarejo natal, uma organização secreta ou um evento marcante no passado. Por exemplo, todos os personagens podem ter sido sobreviventes de um ataque de dragão ou membros de uma academia mágica. Essa base cria uma história inicial que conecta os personagens, oferecendo ganchos para a narrativa principal.

Estabeleça Relacionamentos de Confiança ou Rixa

Sugira que os personagens compartilhem laços de confiança, como amizade de infância, parentesco ou antigas parcerias. Alternativamente, relacione-os por meio de rivalidades, como ex-competidores de torneios ou adversários em missões passadas. Por exemplo, dois personagens podem ter sido aprendizes do mesmo mestre, mas com filosofias conflitantes.

Crie Memórias em Conjunto

Incentive os jogadores a inventarem momentos compartilhados. Uma dica eficaz é pedir que cada jogador escreva uma memória marcante que envolva outro personagem. Pode ser algo simples, como “Salvei você de um naufrágio” ou mais complexo, como “Trabalhamos juntos para resolver um mistério em nossa vila”. Essas memórias ajudam a criar uma base emocional para o grupo.

Use Conexões Indiretas

Nem todos os personagens precisam se conhecer diretamente. Um pode ter sido amigo do irmão de outro, ou talvez ambos tenham trabalhado para o mesmo empregador em momentos diferentes. Esse tipo de conexão indireta permite que as relações se desenvolvam de forma orgânica durante o jogo.

Introduza Alianças Temporárias

Estabeleça motivos temporários para os personagens estarem juntos, como o desejo de caçar um inimigo em comum ou a necessidade de cumprir um contrato. A relação pode evoluir para algo mais profundo durante a campanha, mas o início oferece um contexto prático para sua união.

Apresente Histórias de Dívida ou Gratidão

Histórias de dívida ou gratidão são excelentes formas de criar vínculos. Um personagem pode ter salvo outro de um perigo mortal ou oferecido abrigo em um momento de necessidade. Por exemplo, um mago pode ter ajudado a curar o pai de um guerreiro, e agora o guerreiro se sente em dívida com ele. Essas interações, pois demonstram sacrifício e apoio, fortalecem os laços entre personagens e criam uma base emocional rica para a narrativa. Em suma, essas conexões são fundamentais para desenvolver relações profundas e significativas no jogo.

Trabalhe com Segredos Compartilhados

Sugira que alguns personagens compartilhem segredos que ninguém mais no grupo conhece. Talvez tenham testemunhado um crime juntos ou encontrado um artefato misterioso. Esses segredos podem ser revelados ao longo da campanha, criando tensão e reviravoltas.

Implemente Passados Cruzados

Sugira aos jogadores que detalhem onde estiveram antes da campanha e como suas trajetórias podem ter se cruzado com outros personagens. Por exemplo, um ladino pode ter furtado algo de um mercador, que, mais tarde, se tornou um aliado. Essas interseções, por causa de suas histórias compartilhadas, criam uma base narrativa sólida. Em suma, esse contexto enriquece a trama e proporciona profundidade aos personagens.

Utilize Elementos de Conexão com o Cenário.

Inclua elementos do cenário para criar ligações entre os personagens, aproveitando o pano de fundo da narrativa. Por exemplo, eles podem ter lutado lado a lado no mesmo exército durante uma guerra devastadora, estudado juntos em uma renomada universidade arcana ou até compartilhado a experiência de sobreviver a um desastre natural catastrófico. Esses tipos de conexões não apenas criam laços interessantes, mas também integram os personagens profundamente ao mundo, tornando a ambientação mais rica e orgânica.

Mantenha Espaço para o Crescimento.

Ao propor conexões, é fundamental deixar espaço para que as relações se desenvolvam naturalmente ao longo da campanha. Por exemplo, uma amizade inicial pode evoluir para uma rivalidade intensa, enquanto uma aliança estratégica pode se transformar em uma irmandade inquebrável. O mais importante é que essas conexões iniciais sejam suficientemente flexíveis para se ajustarem à narrativa em constante mudança, enriquecendo a experiência de jogo.

Conclusão

Relacionamentos pré-existentes entre personagens funcionam como as raízes de uma árvore, sustentando a narrativa e permitindo que os jogadores se desenvolvam juntos. Quando essas conexões são bem planejadas, as interações fluem de maneira mais natural e envolvente, enquanto o mundo ganha profundidade e complexidade. Além disso, ao incorporar essas dicas na preparação da sua campanha, você assegura que o grupo comece pronto para viver aventuras épicas desde o momento em que o primeiro dado for rolado.

PARA MAIS CONTEUDO DO MESTRE BROTHER BLUE

Jogando Com Hominídeos- Werewolf The Apocalipse 5th Edition

No universo de Lobisomem: O Apocalipse, o termo “Hominídeo” designa um Garou nascido em um corpo humano. Estes personagens, com sua herança dupla entre a humanidade e os lobos, enfrentam desafios únicos ao equilibrar as complexidades de suas origens e o peso de sua responsabilidade como guerreiros de Gaia. Este artigo explora profundamente o papel dos Hominídeos no jogo, com referências da cultura pop e literatura, além de dicas práticas para mestres e jogadores.

O que é um Hominídeo?

Um Hominídeo é um Garou nascido de pais humanos ou de uma relação entre um Garou e um humano. Para a maioria, sua infância e juventude são vividas no mundo humano, longe da realidade mística dos Garou. Apenas após a Primeira Mudança, eles entram em contato com sua verdadeira natureza e herança.

Na mitologia do jogo, os Hominídeos são vistos como o reflexo da humanidade dentro da sociedade Garou, trazendo tanto as virtudes quanto as falhas humanas para o campo de batalha espiritual. O conflito interno entre a racionalidade humana e os instintos ferozes do Garou torna-os personagens fascinantes e repletos de nuances.

E essa dicotomia entre o Natural e o Selvagem não se aplica somente ao jogo! O dilema de um Hominídeo é comparável a personagens como Wolverine (Logan), dos quadrinhos da Marvel. Logan luta constantemente contra sua natureza animal e sua moralidade humana, uma dualidade que reflete os desafios de qualquer Hominídeo no jogo.

Diferenças entre Humanos e Hominídeos

Embora os Hominídeos sejam biologicamente humanos antes da Primeira Mudança, eles não são apenas humanos comuns. Suas diferenças surgem tanto da biologia quanto do destino espiritual.

  • Resiliência física e espiritual: Hominídeos possuem uma força e resistência latentes que os distinguem dos humanos normais.
  • Conexão com Gaia: Eles sentem um chamado espiritual, mesmo sem entender sua origem antes da Primeira Mudança. Este vínculo os diferencia de humanos desconectados da essência natural.

O livro O Estranho Conto de Dr. Jekyll e Mr. Hyde, de Robert Louis Stevenson, pode servir como inspiração. Assim como Jekyll tenta manter o controle sobre Hyde, um Hominídeo lida com a tensão entre sua natureza humana e a ferocidade Garou.

A Primeira Mudança

A Primeira Mudança é o momento em que um Hominídeo descobre sua verdadeira natureza, geralmente em circunstâncias extremas. Isso ocorre na puberdade ou no início da vida adulta, quando o stress emocional ou físico provoca uma transformação repentina.

  • Trauma e descoberta: Para muitos Hominídeos, a Primeira Mudança é um evento traumático. Eles podem machucar pessoas queridas, destruir ambientes familiares e atrair a atenção indesejada.
  • Revelação e choque: O momento da Primeira Mudança é seguido pelo contato com a sociedade Garou, onde eles aprendem que são mais do que imaginavam.

Um paralelo pode ser traçado com o filme/livro Carrie, A Estranha, de Stephen King, onde a protagonista descobre seus poderes em um momento emocional intenso, com consequências devastadoras.

Prós e Contras de ser Hominídeo

Prós
  1. Familiaridade com a sociedade humana: Os Hominídeos entendem as nuances culturais, políticas e sociais do mundo humano, tornando-os bons mediadores.
  2. Adaptabilidade: Criados no caos da modernidade, são resilientes e têm facilidade para improvisar.
  3. Acesso à tecnologia: Sua criação os deixa confortáveis com ferramentas e recursos humanos.
Contras
  1. Desconexão espiritual: Os Hominídeos frequentemente lutam para entender os valores e tradições espirituais Garou.
  2. Influência da corrupção: Crescer em uma sociedade urbana ou industrializada pode torná-los mais suscetíveis à influência da Wyrm.
  3. Estigma entre os Garou: Algumas tribos ou linhagens consideram os Hominídeos fracos ou menos “puros”.

Diferenças entre crescer no meio Garou e crescer perdido

A experiência de um Hominídeo varia significativamente dependendo de sua criação.

Criado no meio Garou
  • Educação espiritual: Esses Hominídeos crescem conscientes de sua herança e responsabilidades.
  • Conflitos familiares: Muitos enfrentam expectativas altíssimas por parte de parentes Garou.
  • Exemplo cultural: Isso pode ser comparado ao destino de Simba em O Rei Leão, criado com o conhecimento de sua responsabilidade desde jovem.
Crescer perdido
  • Descoberta tardia: Eles vivem como humanos até a Primeira Mudança, com uma experiência cultural totalmente humana.
  • Choque cultural: O contato tardio com os Garou pode ser assustador e alienante.
  • Exemplo cultural: A jornada de Luke Skywalker em Star Wars reflete esse arco. Ele cresce sem saber de sua verdadeira herança até ser forçado a enfrentar seu destino.

Dicas de Interpretação

  1. Explore conflitos internos: Hominídeos frequentemente enfrentam dilemas entre os valores humanos e os deveres Garou. Um exemplo seria decidir entre salvar um ente querido ou proteger um Caern.
  2. Incorpore hábitos humanos: Talvez seu personagem continue a usar tecnologia, ter hobbies modernos ou se vestir de forma urbana, em contraste com os Garou mais tradicionais.
  3. Estude a história humana: Aproveite a familiaridade do personagem com culturas humanas para introduzir insights ou estratégias únicas na narrativa.
  4. Desenvolva um arco pessoal: O crescimento de um Hominídeo pode incluir aceitação de sua natureza Garou ou reconciliação com traumas da Primeira Mudança.

Diferenças dos mitos para o jogo

Os mitos de lobisomens retratam essas criaturas como monstros descontrolados ou amaldiçoados. Em Lobisomem: O Apocalipse, a perspectiva é mais complexa e espiritual.

Mitos tradicionais
  • Lobisomens como monstros: Em histórias como Um Lobisomem Americano em Londres, o lobisomem é uma figura trágica, vítima de sua própria condição.
  • Lobisomens amaldiçoados: Muitas lendas, especialmente na Europa, os vinculam a punições divinas ou pactos com o demônio.
No jogo
  • Guardiões de Gaia: Os Garou são guerreiros escolhidos por forças espirituais para proteger o equilíbrio natural.
  • Natureza dual: Em vez de monstros, os Hominídeos são vistos como personagens complexos, lutando entre instintos e racionalidade.

A série Teen Wolf apresenta lobisomens como seres que equilibram o sobrenatural com o cotidiano, uma abordagem que ressoa com o tema dos Hominídeos no jogo.

Conclusão

Interpretar um Hominídeo em Lobisomem: O Apocalipse é uma oportunidade de explorar temas profundos como dualidade, pertencimento e responsabilidade. Ao mergulhar nas nuances de suas origens e desafios, jogadores podem criar personagens ricos e envolventes que enriquecem qualquer campanha. Seja você um veterano ou novato, o papel de um Hominídeo permite não apenas uma conexão com a humanidade, mas também um vínculo poderoso com a luta espiritual dos Garou.

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Série Exit Devir – resenha

Ultimamente tenho adquirido alguns boardgames para jogar com meus pequenos (não tão pequenos). E os dias e as noites de jogos se tornaram ainda mais incríveis, rendendo risadas e muita diversão!

Além de algumas frustrações, é claro. Afinal, quem não é competitivo?

Jogos como Risk, Dodo, Zombie Kids Evolution (que recomendo muito!), Triqueta, e também, o clássico  causador de caos e discórdia: UNO (e as suas versões variadas DOS e UNO+10), se tornaram presentes nas horas de lazer em família.

Porém, adquiri recentemente, apenas pela curiosidade e por conta da versão que foi apresentada, um jogo da Série EXIT.

 

Review da Série EXIT

Descrição do Jogo

Os jogos da Série EXIT são no estilo Escape Room e tem jogabilidade única, pois para alcançar o resultado e resolver os enigmas, vai precisar cortar, dobrar e furar, e às vezes, todas alternativas anteriores, inutilizando algumas peças do quebra-cabeça para futuras jogatinas.

Composto de um livreto com uma pequena história de introdução, você precisa folhear as páginas do livro, olhar entre as cartas de enigma e ligar os pontos com um disco numerado, à procura da solução, e “sair” da enrascada proposta.

Cartas postas à mesa!

Além dessas cartas, existem também cartas de pistas com algumas dicas de onde você pode conseguir os números da sua próxima resposta.

Utilizar essas cartas tem o benefício de não perder muito tempo procurando por uma resposta, e prosseguir mais facilmente até a finalização do mesmo. Contudo cada utilização delas diminui sua pontuação no final, que leva em consideração o tempo gasto além do uso das cartas pistas.

A série tem Títulos Independentes, mas também algumas continuações (que não dependem necessariamente exemplares anteriores, mas é recomendável). Além de uma versão EXIT Kids, que tem uma jogabilidade interessante para crianças entre 5 e 7 anos.

 

 

A qualidade não deixa a desejar!

Minha experiência jogando

O derivado que despertou minha curiosidade foi uma versão do “Senhor dos Anéis” que achei bem interessante!

Ele tem uma imersão de história muito divertida, porém rendeu algumas frustrações, pois essa versão é de nível avançado.

Posteriormente adquiri uma versão principiante que, sinceramente, não senti muita diferença na dificuldade, já que alguns desafios ou onde procurar as respostas são bem similares.

Apesar da minha primeira experiência ser um misto de desilusão/diversão, porque eu não sabia o que esperar da mecânica em si, já adquiri outros exemplares da Série EXIT.

Continuo jogando outros títulos para encarar as versões perito e avançado novamente, e quem sabe encontrar outro Escape Room que desperte minha curiosidade.


Autor: Leo “Shiryu” Moreira.
Revisão de Texto:
  Raquel Naiane.

Piltover e Zaun em Arton – Área de Tormenta

Arcane, a série inspirada no jogo League of Legends e também em seus jogos irmãos, como Legends of RuneterraTeamfight Tactics teve seu encerramento em Novembro deste ano. Tendo sido um sucesso de crítica, e consequentemente, tendo conquistado fãs que já jogavam o jogo e muitos que conheceram o universo pela série. Hoje, no Área de Tormenta, vamos dar uma palinha das duas cidades: Piltover e Zaun, e imaginar como elas seriam no mundo de Tormenta, trazendo a ficha de dois dos maiores gênios delas.

DISCLAMER

O texto abaixo poderá e terá spoilers de Arcane, de suas duas temporadas. Veja por sua conta e risco!

Além disso, todas as regras são feitas por fã e para fãs!

A História de Duas Cidades

Piltover, também conhecida como Cidade do Progresso, é uma cidade progressiva em crescente poder e influência. Sendo o centro cultural de Valoran, onde arte, manufatura, troca e inovação caminham lado a lado, nesse sentido, o poder não vem de poderio militar, mas das engrenagens do comércio e do pensamento a frente.

Zaun, também conhecida como Cidade de Ferro e Vidro, é um distrito subterrâneo gigantesco, ficando abaixo dos cânions e das vielas de Piltover. Sob uma camada de fumaça que sai pelos canos corroídos das cidades e refletidos pelos vidros de sua arquitetura industrial.

Piltover e Zaun já foram unidos, mas agora são separadas, mesmo que permaneçam simbióticas entre si.

Cidades divididas por privilégio e tecnologia.

Mas nem tanto em Arcane…

Diferente de sua versão original em League of Legends, Piltover e Zaun são duas cidades separadas pela Ponte do Progresso. Muitos problemas e dilemas fizeram com que Piltover e Zaun fossem um barril de pólvora. Sempre prestes a explodir, até que finalmente explodiu nos eventos de Arcane.

… Mas e em Arton?

Em Arton, Piltover e Zaun podem ser duas cidades no reino de Wynlla: onde o estudo da magia com a tecnologia de uma alta cidade, mais voltada para a magocracia. E outra cidade próxima com menos privilegiada pela sua pouca quantidade de magos, podem trazer a mesma dinâmica de problemas entre as duas cidades.

Elas também podem fazer parte do reino de Salistick. Onde a falta de deuses no local e os estudos da magia sem supervisão para resolver os problemas do mundo. Trazem um terreno fértio para a ascensão do Arauto das Máquinas.

Dá até para indicar que as cidades faziam parte do antigo reino dos Darash, em Moreania, e os personagens encontram os restos do que sobrou da civilização.

Duas Irmãs entre Cinzas e Sangue

Talvez o conflito principal da série seja entre as duas irmãs, Jinx e Vi, que tem o protagonismo de boa parte da série. Porém na revista Dragão Brasil 174, já teve ótimas adaptações para as duas para 3D&T Alpha, Mutantes & Malfeitores, Dragon Age e Tormenta 20, feitas pelo Thiago Rosa.

A quem se interessar, pode usar as versões apresentadas nessa DB e adquirir ela neste link! Use o cupom mrpg10 para ter 5% de desconto no seu carrinho!

Duas mentes em conflito

Mas outra dupla que traz o centro do conflito de Arcane são JayceViktor.

Os amigos de origens diferentes protagonizam boa parte do conflito principal da série, até culminar no final da segunda temporada, em que entram em um embate pelos seus ideais e o que eles significam um para o outro, assim como para Piltover e Zaun.

Abaixo, vamos trazer a ficha dos dois personagens pensando em suas versões de League of Legends, mas que também pode traduzir o que eles são em Arcane. Let’s go!


A Tecnologia Hextech

Hextech é uma tecnologia de origem mágica que mistura o poder espiritual e elemental para criar artefatos de efeitos variados que podem ser empunhados por qualquer um. Em outras palavras, não apenas aqueles com tendência natural ao arcano, mas todos podem ter esse poder em mãos.

Em entrevistas recentes, os criadores da série explicaram que a Hextech é a maneira que a magia é enxergada em Piltover e Zaun, semelhantemente seus efeitos para Tormenta20 são considerados efeitos de magias simuladas.

Aplicando a hextech

Inventores que tiverem engenhocas, podem fazer um teste de Ofício Engenhoqueiro para implementar um cristal hextech como um energizador e ganhar um aprimoramento para sua engenhoca.

Cada aprimoramento que for feito custa um valor igual ao preço para se adicionar uma nova melhoria em um item mundano, com o número de melhorias sendo igual ao círculo da magia.

Assim, aplicar a Hextech em uma engenhoca de 1º círculo custa T$ 300, de 2º círculo custa T$ 3.300, de 3º círculo custa T$ 12.300 e de 4º círculo custa T$ 30.300. Desfazer uma engenhoca com hextech não recupera o valor do dinheiro aplicado.

Engenhocas que simulam magias de 5º círculo não podem ter a hextech aplicado devido ao poder já enorme dentro delas, ou por serem muito experimentais.

Ao implementar o Cristal Hextech a uma engenhoca, o Inventor pode aplicar um dos aprimoramentos à Engenhoca:

Focar Energia O Inventor recebe +2 PM para usar em aprimoramentos para cada ativação da engenhoca.

Ativação Acelerada O Inventor pode gastar 4 PM para ativar uma engenhoca como ação livre.

Lente de Aumento Hextech O Inventor pode gastar 2 PM para aumentar o alcance da Engenhoca em um passo.

Tocar no Arcano A magia simulada da engenhoca recebe os benefícios de um item catalisador, o Inventor deve ter o item e gastá-lo para adicionar a Engenhoca.

Piltover e Zaun em Era das Arcas (3DeT Victory)

Em a Era das Arcas, tecnologia e magia coexistem trazendo evoluções constantes aos seus habitantes e utilizadores, uma das descobertas mais recentes dos pesquisadores da A.R.C.A.N.E (Associação Regional de Capacitação Arcana Noxuriana Especial) são cristais catalisadores de pura energia arcana ou hextech.
Todas as propriedades dos cristais ainda estão a serem desenvolvidas, mas os avanços são promissores (um pouco assustadores também), houve casos em que a energia acumulada foi demais para os cientistas que a manipulavam e os rumores indicam que explodiram para outras regiões das Arcas. De toda maneira existem alguns artefatos sendo criados para o usufruir dos efeitos do cristal Hextech.

Cristal Hextech (10xp ou mais) um personagem com a perícia máquinas pode fazer um teste para incrementar um cristal hextech em um objeto mundano concedendo habilidades únicas. Cada cristal hextech pode aplicar uma vantagem, técnica ou um aprimoramento ao objeto equivalente ao custo de XP (exemplo: um cristal hextech aplicado em uma espada pode receber o efeito de um Ataque Especial Penetrante. Uma pedra hextech de 20xp pode aplicar o aprimoramento condutor)
Utilizar cristais hextech traz outra vantagem, pois aumenta a chance de sucesso decisivo (5 ou 6), porém o custo é alto – com uma falha critica o cristal pode explodir em uma descarga alta de mana e seu utilizador sofrerá perda em todos os testes no próximo turno, além disso o equipamento deve ser reparado para utilizá-lo novamente.

Novos Artefatos

Manoplas Turbo (30 XP) Manoplas de combate gigantescas aplicadas com cristais Hextech especiais. Essas manoplas contem o aprimoramento Maciço e Auspicioso (Ataque especial Potente)

Martelo Hextech (30 XP) Esse Martelo de combate especial possui o aprimoramento Sagrado e pode lançar relâmpago pelo custo normal de PMs.

Conclusão

Eu, infelizmente, jogo League of Legends há uns anos já. E tenho MUITO carinho por Arcane. Ver esse mundo que eu só vivi nas historias das páginas da Riot e no Summoner Rift ganhando vida é algo maravilhoso. Estou extremamente ansioso com as demais séries e para mais pessoas conhecerem esse universo rico que é Runeterra.


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Texto e Capa:
 Gustavo “AutoPeel” Estrela e Leandro Moreira 
Imagem das Fichas: Natália “ElenaNah” Helena
Revisão: Raquel Naiane.

Ringue de Rastakan – Quimera de Aventuras

E aí pessoal, tranquilos? Hoje vamos a mais uma Quimera de Aventuras utilizando o jogo Hearthstone (jogo de cartas da Blizzard ao estilo Magic, que utiliza como base o universo de Warcraft). A expansão Ringue de Rastakan tem sua temática focada num torneio organizado pelo rei troll zandalari Rastakan, onde os combatentes honram seus loas/espíritos xamánicos. Na prática é um torneio no meio de terreno selvagem sem regras aparentes.

Quimera de Aventuras – O torneio de Rastakan

O próprio torneio já é uma ideia de aventura em si. Por ser nos ermos, com um poderoso rei tribal, pensei que o grupo poderia estar se aventurando pela região quando foi capturado ou, então, se deparou com o torneio no meio da floresta densa.

O que importa é que o rei os “convida” gentilmente a participarem do torneio. Isso pode ocorrer com eles lutando ou servindo de alimento para as feras.

Zul’jin, um poderoso feiticeiro e caçador troll poderá ajudar o grupo se este ajudá-lo primeiro a eliminar alguns concorrentes…

 

O culto aos Loas

O grupo, por alguma razão, é amigo ou aliado de algum sacerdote, xamã ou bruxo da região. Enquanto ocorre o torneio (o qual o grupo poderá ou não participar) eles precisam ajudar esse aliado contra seus concorrentes religiosos para convencer o rei Rastakan a beneficiar os devotos daquele loas (similares a totens tribais). Os loas concorrentes são do raptor/dinossauro, lince, falcodrago ou quetzacol, tigre, sapo, morcego e rinoceronte.

Como alternativa o grupo pode escolher ser inimigo de todos e tentar converter o rei ao credo de algum dos personagens.

 

A grande Tigresa e o Sapo engole montanha

O grupo terá que sobreviver ao ataque de uma imensa tigresa ou a um sapo com 14 metros de altura. O nível de desafio deles é muito maior que o nível do grupo. Por isso que o mero fato de sobreviverem ao ataque, mesmo que fugindo como uma criança assustada, fará com que os aventureiros sejam considerados exímios e poderosos heróis. A partir daí várias propostas de todos os tipos serão feitas. Todos na região quererão se aliar aos poderosos herois, porém o rei e alguns campeões que também sobreviveram ao ataque desejarão enfrentar os poderosos estrangeiros.

 

Culto mortal

A princesa Talanji deseja erguer dos mortos o maior campeão do torneio, chamado de O Cava-Ossos. Porém, para isso, ela precisa que muito sangue seja derramado no ringue, inclusive de alguns nobres e feiticeiros poderosos…

Porém isso sai do controle e todos aqueles que já morreram no ringue voltam à vida. O que leva ao caos e a uma horda morta-viva que cresce continuamente.

 

A praga de Hakkar

Pior que os mortos-vivos da princesa, só a praga de Hakkar. essa enorme serpente foi aprisionada numa caverna no meio da floresta. De lá ela não tem como sair e ninguém sai de lá vivo. Com falsas promessas de riquezas um poderoso grupo de aventureiros poderá enfrentá-la. Porém, se a vencerem estarão amaldiçoados como ela, e não mais poderão sair da caverna. Sendo imortais enquanto lá viverem…

 

*

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Revista Aetherica

1, 2, 3, Lucha!

1, 2, 3, Lucha! é um party game onde jogamos como empresários de luta livre, contratando lutadores e colocando eles no ringue para batalhar! Um jogo divertido e dinâmico para se jogar em 2 pessoas.

Ficha técnica

Número de jogadores: 2 jogadores
Tempo: 15 minutos
Mecânicas: Compra Aberta, Criação de Baralho, Dedução, Toma Essa
Editora: @gamehives

Componentes (jogo base): 

  • 12 Cartas de Luchador
  • 1 Carta de Atributo
  • 18 Cartas de Modificador
  • 7 Cartas de Regras
  • 12 Cartas de Pontuação
  • Manual de Regras

Como funciona

A primeira etapa do jogo é a Contratação dos luchadores! São abertos 3 lutadores e o primeiro jogador pode escolher 1 entre os que estão disponíveis. Cada empresário tem 10 pontos e os luchadores custam entre 1 e 4 pontos. A seguir, o 2º jogador escolhe o seu luchador. Os jogadores alternam contratando até não poderem mais fazer contratações.

A rodada inicia com a abertura da carta de regras específicas da rodada. Ela vai indicar quantas cartas de modificadores serão colocadas e também uma pontuação específica que vale naquela rodada.

Depois o 1º jogador dessa rodada escolhe o atributo da vez (agilidade ou força). Os jogadores escolhem e revelam seus lutadores ao mesmo tempo. Em seguida, irão escolher e acrescentar os modificadores que desejam aplicar virados para baixo. Os jogadores revelam os modificadores juntos. Abre o primeiro de cada um, aplica-se os efeitos, se houverem, e segue abrindo as demais.

O jogador que ganhar a luta, receberá 3 pontos. A carta de regra também determina uma segunda pontuação que varia. As rodadas seguem neste mesmo fluxo, até que pelo menos um dos jogadores não tenha mais lutadores. Ganha o jogo quem tiver mais pontos ao final.

Análise do jogo

1, 2, 3, Lucha! é muito divertido, dinâmico e muito estratégico. O jogo tem uma pegada similar com trunfo, na dinâmica de comparar atributos, mas com muitas camadas a mais de estratégia por conta da escolha dos jogadores e também dos modificadores.

Aqui, como você vê os lutadores antes de escolher os modificadores, há muito espaço para adaptar estratégias. Além disso, como ambos os jogadores têm os mesmos modificadores (e eles não retornam até o final do jogo) é possível desenhar as estratégias a partir da informação do que já foi usado.

1, 2, 3, lucha! é da Gamehives, o design é do Fábio Arraes, que é autor de toda a linha de jogos da Zurvivors e Sultão. Como padrão da editora, o jogo é lindo, divertido e bem alinhado de jogabilidade e estratégia.

Gostou, então já sabe!

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Você pode ler mais resenhas e regras da casa de boardgame aqui no site. Ou acompanhar nossos conteúdos nas nossas redes sociais.

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Como criar uma sessão ÉPICA de RPG!

O Retorno Épico!

Depois de alguns meses de hiato retorno à programação normal de postagens! Obrigado por procurar minha coluna mensal!

Nesse mês escrevo sobre o ÉPICO no RPG (sim, tudo em caixa alta!). Mas primeiro é melhor definir o que é o épico, e em seguida aplicar ao universo do RPG. De acordo com o dicionário Michaelis a palavra épico se refere a “que narra um ato heroico”, “relativo a epopeia”, “digno de estar em uma epopeia”, “de grandeza desmedida; homérico”. Ou seja, sua origem vem da cultura da Grécia Antiga, dos escritos poéticos atribuídos a Homero (da Ilíada e da Odisseia).

O Épico do Herói Moderno

O épico desses heróis está ligado ao auto sacrifício em meio a eventos catastróficos.  Porém essa é uma generalização feita a partir do início do século XX – incentivada pela filosofia alemã do século anterior, as revistas pulp e os primeiros super-heróis (Superman, Batman, etc).

O mundo dos heróis modernos é muito diferente do mundo dos heróis gregos, de onde a ideia do épico é originada. O mundo moderno passou da esperança das novas tecnologias e revoluções ao terror das Grandes Guerras e a desilusão. Os heróis acompanham isso, balançando entre manter a esperança e a reallidade cruel de um mundo brutalizado. Nesse contexto o épico do herói moderno costuma envolver desafios de proporção colossais, com o destino do reino/mundo/universo em jogo. A “proporção colossal” que nós, filhos do século XX e do século XXI, conhecemos se refere à destruição total causada por bombas atômicas. Então quando vemos numa campanha de RPG um vilão que deseja transformar o povo de um continente em mortos-vivos, no fundo se refere à cataclismas já vivos ou imaginados pela Humanidade contemporânea.

Os cenários de RPG acompanham essa lógica. Para ser considerada uma aventura realmente motivadora os designers lançam mão de narrativas que colocam em jogo a vida/liberdade de mundos ou universos inteiros. Como narrador de RPG construindo sua campanha tenha em mente que colocar um risco de larga escala aos personagens jogadores é um tropo bem estabelecido e mais seguro para envolver seus jogadores. Há diversas formas de fazer isso: desde histórias que começam pequenas e se tornam cada vez mais épicas com o tempo, até histórias que já começam épicas e assim se mantém até o final.

O épico no RPG nos padrões de heróis modernos demanda sacrifício dos personagens jogadores, de uma forma ou de outra. O sacrifício máximo é a morte do personagem, porém nem sempre precisa ser assim. A perda de outros elementos importantes são igualmente válidos, a exemplo de entes queridos, propriedades, veículos, itens mágicos, etc.

O Épico do Herói Grego

Nos relatos homéricos locais reais se misturam a semideuses e heróis em meio a guerras, egos feridos e aventuras ousadas. Ao contrário do senso comum contemporâneo sobre a figura dos heróis enquanto símbolos de compaixão e ideiais excelsos humanistas, as noções de herói e de épico mudaram com o tempo. Na Antiguidade Grega o épico é uma narrativa longa com os feitos dos heróis, envoltos nas frivolidades dos deuses do politeísmo helênico, as cidades-estado e ilhas fantasiosas.

Os heróis dos épicos gregos são muito diferentes dos heróis que estamos acostumados das obras de nosso tempo, como da Marvel e da DC. Personagens como Aquiles, Ajax e Odisseu não são virtuosos por se identificar com compaixão e sacrifício, mas sim pelas habilidades guerreiras, sede de vingança, coragem e força. Heróis gregos são conhecidos por seus feitos, não importa se feitos considerados benignos ou malignos (de acordo com nossa moralidade atual). Interesses egoístas, ou auto centrados, não são necessariamente ruins ou condenados na cultura grega antiga, e isso se reflete em seus heróis e épicos.

Não é como se os heróis dos épicos gregos não fossem virtuosos. Mas sim que as virtudes importantes para os gregos antigos são um pouco diferentes das consideradas pelo mundo ocidental contemporâneo.

E o Épico no RPG?

Usando as referências anteriores o narrador pode pensar em mais formas diferentes de construir e narrar o épico para seu RPG. Não deve haver obrigatoriedade de lançar mão do clichê de salvar o mundo (não que o clichê seja ruim em si, todavia só usá-lo pode cansar o grupo de jogadores). A inspiração vinda de características de épicos gregos pode ajudar nessa tarefa.

De forma a aplicar conceitos de épico em estilo grego antigo para o RPG se deve ter em mente que o épico no RPG não precisa vir de atos bondosos, mas de atos grandiosos. Um grupo de heróis que usa vários subterfúgios para conseguir um castelo para si pode ser uma narrativa épica, bem como aqueles que matam um rei e tomam seu lugar político.

Em RPG’s de fantasia medieval os deuses e suas religiões costumam ser mais presentes do que em outros cenários. Assim, simular a personalidade do panteão mais ativa no mundo mortal, inclusive na vida dos personagens jogadores, dá um toque épico diferenciado. Em outros cenários “os deuses” na verdade são poderosas organizações (só lembrar da Skynet de Exterminador do Futuro ou Vault-Tec Corporation em Fallout).

Um exemplo moderno de simulação de herói de épico grego é o Kratos, da franquia de God of War. Violento, sem consideração pela vida alheia, em termos gerais (e até de forma um pouco grosseira), é um herói de épico grego. Kratos amarga terríveis consequências tanto de suas ações, quanto dos desejos dos deuses. Isso mostra que, mesmo depois de um evento trágico, a aventura continua e é definida por como o herói reage aquilo.

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Religião e RPG – Aprendiz de Mestre

Religião e RPG. Tema polêmico, ou nem tanto? Pegue o símbolo religioso de proteção de sua preferência, e vamos atravessar este terreno. Que os Deuses nos protejam, e que Crom conte os mortos! Venha, Aprendiz de Mestre!

RPG – O jogo do demônio?

Por incrível que pareça, os jogos de RPG já foram perseguidos e chamados de “jogo do demônio”. Aqui mesmo no Brasil, inclusive. O que me lembra de te dizer: cuidado com temas sensíveis. Morte de personagens, e manter sessões saudáveis, são muito importantes.

Há diversos relatos de jogadores e mestres que tiveram livros e revistas jogados no lixo por parentes preocupados em salvar suas almas. Isto NÃO é lenda urbana.

Mas como um simples jogo de faz-de-conta pode ser culpado de algo?

  1. Há relatos de crimes realizados por jogadores de videogame e de RPG. Assim como também haja certo preconceito religioso com comida bahiana – (esse caruru, vatapá ou acarajé é de preceito?) aqui na Bahia, o nosso hobby, também é. 
  2. Como os RPGs com frequência utilizam “deuses fictícios”, “magias divinas”, e ilustrações com monstros e combates, leigos tendem a associar com heresia, ou coisa pior.
  3. Em nome da imersão, as vezes um ou outro grupo vai longe demais na interpretação, assustando pessoas que não sabem do que se trata aquela movimentação de fantasias, foices, caveiras, etc.Grimório e pentagrama

Religião e RPG então não se misturam?

Não vamos tão longe, caro acólito. Para começar, devemos tomar cuidado com os próprios jogadores, na “sessão zero”, com temas que podem causar gatilhos emocionais. Perguntar se alguém se ofende com temas religiosos, ou “pesados”.

Eu mesmo sou 100% ateu, (até já pensei fazer camisetas com essa frase), mas não digo blasfêmias, porque é absolutamente desnecessário ofender a fé de outras pessoas.

Com isso, você pode ser judeu, cristão, islâmico, espírita, do candomblé, ou qualquer outra religião, que vou te tratar com o mesmo respeito, e obviamente respeitar a sua fé, seja ela qual for. Ainda mais morando na Bahia. (Sincretismo religioso aqui é que não falta. Na mesma página do jornal você pode achar o horóscopo e a missa a ser celebrada no dia).

Meu avô era católico, e visitava feiticeiras, em busca de proteção de mesa branca. E estava tudo certo.

O outro ponto, é atenção a onde você estará jogando. Se você estiver numa luderia, ou num evento de RPG, tá tranquilo. Mas NÃO precisa ir numa igreja fantasiado de zumbi pra depois ir numa LARP de vampiro, por exemplo. Vai que tentam te exorcizar…

Posso explorar religião e RPG numa sessão? Há exemplos disso?

Certamente, com os devidos cuidados acima, e lembrando que tem hora e lugar pra tudo. Não vai tentar evangelizar seus jogadores, que provavelmente não foi pra isso que vieram ali.

Mas muitos jogos têm um panteão de deuses fictícios, e muito ligados ao mundo de jogo. Também, jogos que fazem referências a cultos malignos como vilões como o “in to the madness” ,  da Editora Nozes Game Studios, , o “herança de Cthullu, da Editora 101 games, ou mesmo a um tribunal com a trindade cristã, em Mares do Sertão RPG, da Caju Art Studio.

E ainda há as classes de personagens mais ligadas a alguma divindade, como clérigos em diversos jogos de fantasia medieval. Ou casos como “Lobisomem, o Apocalipse” em que mundo espiritual e espíritos totens são frequentes referências e mesmo plots para aventuras.

E como anda a sua fé no RPG?

Brincadeiras respeitosas a parte, fé e religião são parte da história da humanidade há muito tempo, e extremamente importantes até hoje. Eu penso seriamente numa aventura com uma religião matriarcal (repare que a maioria das religiões são patriarcais), tomando os devidos cuidados, ou mesmo uma crítica ao sistema de castas da Índia (não é bem uma religião, mas é um tabu).

Apesar de manter minha fé no ateísmo, como diz a música “andar com fé eu vou, que fé não costuma falhar…”

Se preferir nos ouvir falando sobre este tema, olha o podcast do dicas de RPG.

Até breve, irmãos e irmãs. Oremos, “misinfi” (pense num pai-de-santo falando, que vai fazer mais sentido.)


 

 

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Pinguim – Quimera de Aventuras

Olá cidadãos de Gotham! Hoje trago para vocês uma Quimera de Aventuras utilizando a nova série do universo do Batman de Mat Reeves: Pinguim.

Sobre a Série (contém spoilers!)

A série do streaming da HBO e da Warner, o MAX, trouxe um spin off do filme do The Batman (2022). A serie acompanha os eventos logo após o fim do filme junto do infame ajudante da máfia dos Falcone, o Pinguim. 

Ao fim do filme de 2022 vemos o chefão do crime da cidade de Gotham, Carmine Falcone, morrer. A série explora essa vácuo de poder deixado por ele. O seu herdeiro mais óbvio é Alberto Falcone, o filho homem. Contudo já no começo da série Oz Cobb, o Pinguim, mata Alberto em um acesso de fúria, mas não antes do herdeiro da família Falcone revelar sobre um novo produto que o faria dominar a cidade e consolidar seu lugar de herdeiro da família e novo chefe do crime da cidade.

Logo ao sair para desovar o corpo de Alberto, Oz conhece um rapaz que estava tentando roubar as rodas de seu carro, Victor Aguilar. Por se compadecer do jovem, Oz decide adotá-lo no mundo do crime e os dois se juntam para tramar a tomada do poder de Gotham tendo que enfrentar as figuras de Sofia Falcone, filha de Carmine e de Sal Maroni, além de todas as outras famílias e gangues de todos os cantos de Gotham.  

Cenários e Sistemas

O plot de Pinguim é focado na criminalidade, violência e muita, mais muita mentira e dissimulação. Por isso, recomendo sistemas focados em roleplay principalmente Call Of Cthulhu 7ed (tanto o pulp quanto o puro devem funcionar) ou Rastro de Cthulhu ignorando o místico e sobrenatural. Mas outros sistemas que podem funcionar são Cartel, Gurps, World of Darkness e Savage Worlds (Wiseguys). Se você quiser levar toda essa história para um universo Cyberpunk e usar Cyberpunk 2020 ou Savage Worlds também é bem possível.

Lembre-se que o foco é na trama de mentiras e alianças e inimizades para escalar até o topo de Gotham! Por isso, sistemas que deem esse espaço e importância maiores ao roleplay é imprescindível, então em um cenário cyberpunk talvez o jogo vá para um lado mais de ação e menos de trama, o que não é errado, mas seria uma forma diferente de abordar a história. 

O Vácuo de Poder

Há duas formas de jogar esse jogo de criminalidade e intriga. O primeiro é acompanhar a jornada do Pinguim e ser um aliado dele nas busca pelo top. Outra forma é os próprios personagens se encontrarem na situação do Oz; “matamos Alberto Falcone, e agora?”, mas não exclua o Pinguim, de alguma forma ele tem que estar envolvido no assassinato de Alberto.

O ponto é que os personagens tem que se encontrar em meio a uma guerra de poder pela cidade e que eles tenham claros os “players” dessa brincadeira e o que cada um representa.

Luca Falcone

Se aliar a Luca talvez seja a jogada mais segura e a menos recompensadora, isso se os jogadores conseguirem despistar qualquer suspeita sobre eles mesmos do assassinato de Alberto. Luca representa o status quo e conta com o maior poderio financeiro, bélico e de influência. Ele era o irmão mais novo de Carmine e com a morte de seu irmão mais velho e depois do sobrinho se torna o próximo na linha de sucessão da família Falcone.

Apoiar Luca significa não mudar nada e só esmagar quem tentar subir, mas também não será grande feito para que Luca eleve os personagens à grandes posições. 

Sofia Falcone

A filha de Carmine, que originalmente herdaria o império do pai, mas após descobrir que o mesmo era uma assassino em série de mulheres de uma de suas boates e conversar com a imprensa sobre o caso. Com isso, acaba internada em Arkham pelo próprio pai, após o próprio Pinguim delata-la para Carmine. Esse tempo internada deixou a mulher com severos problemas psicológicos e emocionais.

Se aliar a Sofia talvez seja a jogada mais difícil, pois é importante que Sofia desconfie fortemente que os jogadores, principalmente se estiverem aliados a Oz. Ela tem que ser a pedra no sapato dos jogadores no começo do jogo. Ela sabe onde o irmão estava antes de morrer e ela é quem sabe de todo o plano para tomar a cidade com a nova droga e conta com parte dos recursos dos Falcone a sua disposição.

Sofia pode ser uma ótima aliada, mas lembre-se de que ela é relativamente instável e bem vingativa. Além disso, se descobrir do envolvimento dos jogadores na morte do irmão, não haverá perdão.

Sal Marone

Sal está preso, mas nutre um grande desprezo pelos Falcone, pois um dia ele foi o chefão de Gotham e foi destronado por Carmine. Ele ainda tem alguma influência e homens fieis, nada que faça frente aos Falcone, mas com aliados certos pode voltar ao poder e recompensar muito bem que o ajudar nesse caminho.

O importante é notar que Sal detesta Oz. O Pinguim o traiu no passado e com certeza não se juntará com os Falcone sem que algo extraordinário aconteça. Sal precisa que apresentem a ele um bom plano e um bom motivo para que ele saia da aposentadoria. 

Oz Cob

O Pinguim, ele é parte central da história. Ele estava lá durante a morte de Alberto ou foi o causador dela, dependendo de como você decidir lidar com a história, então se não for um aliado dos personagens, com certeza fará de tudo para destruí-los. Lembre-se que Oz é capaz das maiores atrocidades e consegue convencer muita gente poderosa de muitas coisas com sua lábia. Se ele por um acaso colocar na cabeça de alguém de que foram os personagens que mataram Alberto, isso pode ser um problema real. Seu maior poder é a persuasão. 

Ao mesmo tempo, Oz está desesperado por aliados que o ajude a sair desse buraco que ele se colocou e, mais importante, alguém que após sair do buraco o ajude escalar ao topo. 

Outras Gangues

Além das famílias tradicionais, cada bairro da periferia de Gotham é dominado por uma gangue local como Lo Boyz, Burnley Town Massive e os Triads. Se sinta à vontade para adicionar quantas gangues com quantas temáticas quiser. O importante é que todas tem pequenas influências locais e nenhuma pode tomar o poder sozinha, mas juntas podem alcançar muito.

A questão é conseguir unir todas esses diferentes grupos sob um único propósito e convencê-los a se vingarem contras as famílias tradicionais que sempre os “peixes pequenos” como bodes expiatórios e dispensáveis. 

Game Changer

Se os jogadores, assim como Oz, forem só mais um membro de alguma gang o que pode dar a eles a chance de alcançarem relevância? Eles sabem de algum detalhe sobre a nova droga que Alberto e Sofia iriam usar para dominar o mercado da criminalidade de Gotham.

A droga é um cogumelo que Sofia acabou descobrindo durante o seu período de internação em Arkham que só consegue ser cultivado em temperaturas e umidades extremamente específicas. É importante que os personagens não saibam de tudo sobre a droga e principalmente não saibam onde e como ela é produzida. A ideia é que ou consigam convencer Sofia a dar todas as informações a eles. Note que é bem provável que os jogadores nem saibam que Sofia estava no esquema de Alberto. É justamente os jogadores dando bandeira que tem um grande plano pela frente que pode dar a evidência que Sofia precisava para ter certeza que os jogadores estavam envolvidos na morte de seu irmão. Ou tirá-las a força e no meio disso tudo tentar não cruzar o caminho dos poderosos de Gotham.

Narrativa e Conclusão

Para conduzir esse jogo não preciso ter uma linha 100% linear das coisas. Mas a história se resume da seguinte forma:

1) Alberto é morto

2) Sofia desconfia dos jogadore e de Oz

3) Sofia planeja dominar a cena do crime com a nova droga, mas não tem recursos e influência para isso

4) Os Falcones querem colocar Sofia de escanteio e se descobrirem sobre a nova droga vão querer tudo para eles

5) Oz consegue a droga e reúne as pequenas gangues para a distribuir e produzir as drogas

6) O embate entre Oz e Sofia/Falcones/Marones

É possível explorar várias ideias da série, como culpar os Marones pela morte de Alberto, Sofia matar a própria família para governar sozinha e muda de nome para Sofia Gigante e até mesmo a aliança temporária de Oz e Sofia, mas não se prenda a isso. Deixe os jogadores terem suas próprias ideias, mas use o que já existe na série como fio condutor, mas não se limite a isso. Lembre-se a cidade é um personagem a parte, descreve a desolação que está Gotham após as enchentes causadas por Charada ao fim do filme The Batman e como os bairros nobres e a periferias receberam assistências diferenciadas.

E o fim? Bem, você pode copiar a série e ter os personagens sendo mortos pelo Oz ou mesmo mudar tudo. É importante você estabelecer um tom para o jogo e levar isso em consideração e ver se as decisões dos jogadores sequer permitem o Pinguim subir ao topo e matar a todos. Qualquer final é possível com a intervenção dos personagens.

“Ok, mas e o morcego?”

Evite usar o Batman nessa história, ele é grande demais. Se ele aparecer vai, com certeza, se tornar o foco de tudo. Por algum motivo, o Batman não interviu nos eventos da série. Talvez Mat Reeves explique isso no futuro ou simplesmente ele ficou sabendo tarde demais das situações. Já que muitos eventos da série ocorrem pela manhã e ele só trabalha a noite! Enfim, não é proibido, mas tente evitar, pois pode tirar todo o foco da narrativa que você estiver tentando montar. 

 

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EPIC: A Saga do Oceano – Quimera de Aventuras

Neste Quimera de Aventuras, vamos falar de EPIC: The Musical – A Saga do Oceano. EPIC é um álbum conceitual baseado na historia da Odisséia de Homero. Mas hoje vamos falar do terceiro álbum desse musical conceitual: A Saga do embate do exército de Itáca depois de escapar do ciclope Polifemo, e agora contra o Oceano que os separa do reino de Itáca!

Se você quiser ver as demais sagas que tem no Quimera de Aventuras, pode clicar nos links para a Saga de Troia e a Saga do Ciclope.

BRACE FOR THE STOOOOORM

Sobre o Musical

Já falamos anteriormente que EPIC: The Musical é dividido em Atos e Sagas. Hoje vamos falar sobre o álbum A Saga do Oceano, onde o exército de Itáca enfrenta o mar e suas intempéries.

Nossa Visão sobre o Musical (Pode conter spoilers!)

EPIC é um musical muito gostoso de ouvir, tanto pela qualidade das músicas quanto pela qualidade da comunidade. A Saga do Oceano é muito sobre a batalha dos soldados de Odisseu contra o Oceano até, literalmente, enfrentarem o próprio Oceano encarnado.

Pra mim, esse é uma das Sagas mais épicas do musical como um todo, e tem o fundamento de muitos motiffs (uma melodia especifica que significa a repetição de um tema em uma peça de arte) do resto do musical. A principal música, Ruthlessness, inclusive, é a principal mensagem do musical; quando e como ser implacável com as coisas que te afligem.

Ah, Odisseu, se fosse só a tempestade o último inimigo no caminho…

Quimera de Aventuras

Nessa seção, vamos dar ideias para mesas usando o musical como referência!

Cenários e Sistemas

Qualquer sistema e cenário voltado para fantasia pode servir para fazer uma aventura baseada na Saga de Troia. Principalmente sistemas que tenham mecânicas ou possibilidades de guerra.

Mas quero trazer luz a um sistema voltado para mitologia Grega, AGON que estava previsto para ser trago pela Editora Vanishting Point. Ele é pensado para simular histórias épicas da mitologia.

Especificamente para a Saga do Oceano, sistemas com combate marítimo como 7º MarOld Dragon 2 podem ser muito interessantes para rodar a aventura.

How much longer till your luck runs out?

Partes das Aventuras baseadas nas músicas

Storm

Depois dos acontecimentos da Saga passada, os personagens continuam navegando em direção a Itáca (ou sua terra natal). Mas o mar está revolto e os personagens têm dificuldades para navegar.

Além disso, eles têm que sobreviver a um embate com a própria Tempestade. Se estiver jogando em Tormenta20 ou em A Lenda de Ghanor RPG, use o Perigo Complexo Tempestade em Alto Mar (T20 JdA pg. 321).

Se estiver jogando em 3DeT Victory, os personagens enfrentam a Tempestade.

Tempestade 30Su
P6, H–, R3; PA 6, PM –, PV 35
Perícias: Luta
Vantagens: Acumulador, Alcance II, Arena (Água), Ataque Especial VI (Área, Espiritual, Múltiplo, Penetrante, Perigoso, Titânico), Imune V (Abiótico, Anfíbio, Doenças, Resiliente, Sem Mente), Inimigo II (Humanos), Patrono (Poseidon), Sentido I (Radar), +Vida II
Desvantagens: Ambiente (Mar), Aura II, Diferente, Maldição II (A Tempestade não é uma criatura por si, mas um efeito da natureza controlada por um deus. Ela não pode usar todos os seus ataques especiais ao mesmo tempo, por isso, role 1d6 equivalentes a cada Ataque Especial, e a Tempestade usa de acordo com o número que cair. 1- Área, 2- Espiritual, 3- Múltiplo, 4- Penetrante, 5- Perigoso, 6- Titânico), Monstruoso, Sem Vida.

A Tempestade é controlada pelo deus Poseidon, por isso ela pode usar suas vantagens mesmo sem ter PM. A ideia não os jogadores derrotarem a tempestade, mas sobreviveram nela por algum tempo.

Role 1D+1 para verificar a quantidade de turnos que os personagens têm que sobreviver até acharem a Ilha no Céu.

A Tempestade é comum em 3DeT Victory.

Luck Runs Out

Após enfrentar a Tempestade (sendo passando no perigo complexo ou sobrevivendo a 1D turnos, ou qualquer outro parâmetro que o seu sistema permita), eles encontram a Ilha no Céu.

Sabendo que há a presença do deus dos Ventos, alguns ficam animados em ir encontrá-lo, outros receosos, e começa mais uma discussão dentro dos navios.

Os personagens devem acalmar os ânimos para que os membros da tripulação não fiquem muito agitados. Mas enfim, seguem para a Ilha no Céu.

Keep Your Friends Close

Na Ilha no Céu, os personagens encontram o deus dos Ventos Aeolus.

Se pedirem ajuda ao deus, ele entrega para os personagens um saco que contêm as tempestades que os tem impedido de seguir, e explica que não devem abrir a bolsa, caso o façam, jamais irão voltar para casa.

Os personagens podem pegar a bolsa e seguir a viagem. Porém, enquanto voltam para sua terra natal, criaturas chamadas Winions vão cochichar nos ouvidos dos tripulantes que a bolsa trazida pelos personagens na verdade contém um tesouro.

Vão falar que eles não querem dividir com o resto da tripulação aquela preciosidade, e vão tentar de todas as maneiras abrir o saco.

Se não conseguirem, podem iniciar um motim ou só chegarem na terra natal sem maiores problemas. Se eles conseguirem, a Tempestade retorna e leva os barcos para longe, à Terra dos Gigantes. Uma voz grita o nomes dos personagens e um ser surge das águas, perguntando: “Vocês sabem que eu sou?”

Ruthlessness

Poseidon, os deus dos mares, surge na frente dos personagens. Vindo cobrar pela morte de seu filho ciclope, Polifémo, pelas mãos dos personagens.

Se os jogadores tentarem conversar com Poseidon, que os ameaça ferozmente, dando desculpas, mas não se humilharem em perdão ao deus, ele irá atacar todos os barcos e navios. Poseidon não vai lutar com todas as suas forças, mas vai tentar destruir o máximo de navios adjacentes aos personagens possíveis.

Os personagens devem sobreviver ao máximo o ataque do deus, até todos morrerem ou até encontrarem o que sobrou do saco com os ventos.

Se conseguirem abrir, os ventos levam eles para longe do deus dos mares, mas agora fica claro: a própria Tempestade era o deus dos mares impedindo eles de se aproximarem.

Os personagens, após abrirem o saco, vão parar em uma ilha, mas ai é pra próxima saga…

Ruthlessness is mercy upon ourselves.

Se estiver jogando em T20 ou A Lenda de Ghanor RPG, use a ficha do Avatar de Oceano no vindoura (na época deste texto) Deuses de Arton. Se for em 3DeT, use a seguinte ficha;

Poseidon, o deus dos mares 77Ka

Arquétipo: Anfíbio
P6; H4; R7; PA 6, PM 40, PV 60
Perícias: Animais Marinhos (Especialização), Natação (Especialização), Influência, Luta, Mística, Percepção, Saber, Sobrevivência.
Vantagens: Aceleração, +Ação III, Acumulador, Ágil, Ajudante II (Tempestade – Familiar, Lutador), Alcance I, Arena (Água), Artefato Arma XXIII (Tridente de Poseidon 230 XP), Ataque Especial VI (Espiritual, Investida, Múltiplo, Penetrante, Poderoso, Titânico), Brutal (Derrota), Forte, Golpe Final, Imortal, Imune III (Abiótico, Anfíbio, Doenças, Resiliente), Magia, +Mana II, Sentido I (Radar), +Vida III, Vigoroso.
Desvantagens: Ambiente (Água), Antipático, Código da Derrota, Fúria, Infame, Transtorno (Paranoia), Utensílio (Tridente).
Técnicas: Dobrar Elemento (Água), Raio Místico, Praga, Super-Movimento, Absorver Mana, Arena de Batalha, Desprezo, Golpe Púrpura, Invocar Elemental, Megalon, Pisão do Titã, Poeira Glacial, Sabedoria dos Ermos, Movimento Divino: Perfurar o Oceano.

Tridente de Poseidon (Artefato Arma 230 XP)
  • Acurado 20 XP
  • Auspicioso 150 XP (Grimório XV – Veja as técnicas de Poseidon)
  • Flagelo (deuses) 10 XP
  • Vorpal 50 XP

DIEEEE!

Nova Técnica – Movimento Divino: Perfurar o Oceano

Requisito. Escala Kami, Anfíbio, Magia, Mística, Golpe Final, Arena (Água), Ambiente (Água).
Alcance. Perto
Custo. 25 PM
Duração. Instantâneo

Você perfura o oceano contra um alvo, afundando ele no mais profundo mar. Faça um Golpe Final contra o alvo, ele sofre o dano e é afundado metros abaixo do mar, e quanto mais dano o alvo receber, mais ele é afundado.

Para cada 5 pontos de dano que o alvo receber, ele deve gastar um movimento para reemergir do Oceano, enquanto estiver dentro do mar.

Conclusão

A Saga do Oceano talvez seja a minha saga favorita de EPIC. Storm, por si só, já me deixa animadaço e eu sou apaixonado por Ruthlessness. Além disso, essa é a primeira aparição de Poseidon no musical. Ouçam as musicas e façam seus personagens enfrentarem a Tempestade!


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Texto: Gustavo “AutoPeel” Estrela
Montagem da Capa
: Isabel Comarella
Revisão: Raquel Naiane

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