Escrevendo para o MovimentoRPG

Escrevendo para o movimentoRPG. Como tudo começou…

Olá jogadores e mestres, não necessariamente nesta ordem.

Tudo começou com um convite. Alguém que nunca me viu mais gordo, e portanto, não me conheceu pessoalmente, me fez um convite.

Respondi ao pedido para contribuir com produção de conteúdo para RPG, que apareceu num dos grupos de whatsapp, para o MovimentoRPG.

Eram bastante amplas as opções de contribuição, desde edição de vídeo e imagem, a gravação de material e cobertura de eventos, ilustrações, participar de mesas de RPG, streaming.

Segui com o que já vinha ensaiando, como escritor amador. Decidi contribuir com textos. E fui pesquisar o que havia no site. O movimentoRPG já aparecia no meu feed de vez em quando, mas nunca havia me chamado muito a atenção, por estar no meio de muitos outros meios de promoção do hobby.

Daí para cair na armadilha, foi um pulo…

A proposta era de fazer um teste, produzindo um texto para avaliação, e depois deste batismo de fogo,  aprendendo a postar conteúdo. Eu vi como uma oportunidade de testar minhas capacidades e receber críticas.

Me disse o Douglas: “Produza numa meta confortável, que não te impeça de jogar e curtir RPG, nem perder noites. Nem fins de semana …”

Era psicologia reversa. Escrevendo para o movimentoRPG…

E eu caí como um pato. Depois de ver o meu texto com uma linda capa, diagramado, revisado, a medida que fui dominando a plataforma de escrita, (e testando a paciência da revisora Isabel Comarella a níveis abissais), fui produzindo cada vez mais rápido, e vendo a abrangência de possibilidades do MovimentoRPG. Aventuras, idéias, resenhas, colunas

Sem falar nos podcasts.

Eu me apaixonei perdidamente pela produção de textos (que alguém além de mim mesmo está lendo, coitados, que os deuses salvem suas almas).

Poderia ser um relacionamento abusivo, mas…

O MovimentoRPG dá total liberdade…

Para escrever sobre qualquer sistema, qualquer cenário desde Candela Obscura a D&D. Desde o primeiro texto. Sem nenhuma pressão para ganhar “likes”, mas claro, elogiando os produtores de conteúdo que conseguem. Isso junto com MUITA paciência, pois minha transição de um dinossauro analógico para produtor de conteúdo digital está sendo bem lenta (já pensei em desistir, no início), mas evoluindo de maneira firme.

Liberdade, anarquia, caos.

Apesar de eu apreciar, e muito, a oportunidade, senti que precisávamos de mais alguma orientação, e de fato vi alguns deslizes de membros novatos, inclusive meus. Por vezes, algumas perguntas não me eram respondidas, ou demoravam um pouco. Claro, retribuí a tolerância com que fui recebido, entendendo que fazemos um trabalho voluntário, e que as coisas entrariam no lugar, com o tempo. São muitas pessoas contribuindo ao mesmo tempo, e precisa organizar quem faz o quê e quando.

O Dinossauro (eu) renascendo, e amadurecendo

Apesar de minhas dificuldades iniciais com o domínio de tecnologia, tenho tido progresso, e percebo melhora nos meus textos.  Se você espera que lendo o que eu escrevo, vai aprender a ganhar “likes “, acho que vou te decepcionar. Mas talvez possa melhorar o que você cria primeiro para si mesmo, e depois para os outros.

Em parte lendo outros colaboradores, e graças as críticas e revisões, a prática parece estar fazendo efeito.

Sinto melhora tanto em termos de tempo de produção, quanto de qualidade, e parece que estou em desenvolvimento de um  estilo…

Assim como o MovimentoRPG

Percebo uma maturidade ocorrendo aqui. Ajuste de prazos, foco em ajudar MAIS os parceiros que aceitam o movimentoRPG, mas sem nenhum impedimento para escrever ou trazer obras menos conhecidas, ou iniciantes. Ambiente seguro e acolhedor com outros membros. E mesmo assim, mantendo a essência, como me foi dito na primeira entrevista:

Produzir, espalhar e desmistificar RPG

Não é ganhar likes, nem aprovação, nem fazer propaganda (embora as vezes o façamos). Nem ganhar dinheiro, embora se isso acontecer, será ótimo. E isso me leva a considerar, junto com a maturidade, os …

Planos para o futuro de “Escrevendo para o movimento RPG”.

Meus planos e os do MovimentoRPG parecem estar entrelaçados. De lançamento de financiamento coletivo para um projeto, a participação de podcasts com maior e melhor qualidade e abrangência (sem nenhum demérito ao que já foi feito até agora) até produção de ilustrações, creio que minha relação com o movimentoRPG tende a se estreitar. Pois apesar de NÃO conseguir absorver tudo o que os colaboradores fazem, da proposta inicial de escrever textos, já estou em resenhas, escrevendo para uma coluna, escrevi roteiro para podcast, gravei podcast, indiquei um conhecido para lançar um RPG pelo movimentoRPG…

E as conversas já me fazem pensar em mais. Enquanto alguns produtores de conteúdo e escritores possam padecer de “bloqueio criativo“, eu sofro por falta de tempo para organizar tudo que está surgindo de forma caótica, mas que quando escrevo, organizo, começa a tomar forma de maneira organizada.

Como este texto.

Eu não sei quando minhas aventuras com o movimentoRPG vão acabar. Mas acho que não tão cedo, e capaz de uma nova geração de minha família também entrar em breve, contribuindo com ilustrações, revisões, dublagens,…

Que esse amor com o movimentoRPG seja eterno enquanto dure, e que siga pelas gerações vindouras…

Até breve, mestres e jogadores. Nós nos veremos, espero que mais cedo do que você imagina

Texto escrito para revista Aetherica, mas com pequenas adaptações para esta coluna. Abraço! 


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O Despertar de Galakrond – Quimera de Aventuras

E aí pessoal, tranquilos? Hoje vamos a mais uma Quimera de Aventuras utilizando o jogo Hearthstone (jogo de cartas da Blizzard ao estilo Magic, que utiliza como base o universo de Warcraft). Despontar dos Dragões é a primeira mini aventura do jogo que veio com um conjunto próprio de cartas lançadas em separado à expansão a que pertence.

Nela temos o grande final dos planos vilanescos de  Raffam com o acordar de Galakrond, um dragão primordial. Para impedir isso a Liga dos Exploradores se unirá ao aspectos dracônicos.

Quimera de Aventuras

Agradando os Dragões

Em seu mundo os dragões podem não ser governantes de alguns aspectos como são os de Warcraft. Entretanto, continuam sendo seres poderosos que precisam ser convencidos e agradados para ajudarem meros mortais bípedes. Assim, cabe aos aventureiros ir até o covil de uma ou mais dessas criaturas poderosas para barganhar com as mesmas para que elas ajudem a combater um mal maior.

Alguns poderão ser convencidos por ótimas explicações sobre o mal que está acordando e toda destruição e domínio que um dragão ancestral fará. Outros pedirão ouro ou algum outro tesouro. Talvez dragões mais combativos, como os vermelhos, só se convençam após uma boa briga com os aventureiros (uma luta até a metade dos pontos de vida).

O importante aqui é consegui a maior quantidade de apoios possíveis. Visto que os dragões, além de poderosos, também possuem aliados que poderão ajudá-los.

 

Guarda-costas

Talvez os personagens dos jogadores não sejam tão poderosos para estarem na linha de frente. Porém, os vilões tem seus planos para eliminarem a Liga dos Exploradores e alguns governantes locais. O grupo, assim, atuará como uma proteção a mais para personagens importantes e que definirão a história do mundo.

Entretanto, personagens jogadores não podem ser meros coadjuvantes e eles precisarão atuar fortemente na proteção dos NPCs importantes. Seja os protegendo enquanto eles pesquisam algo, seja abrindo caminho em meio a hordas inimigas. Pode ser que precisem distrair os vilões ou atacar o próprio Galakrond para distraí-lo enquanto uma arma mortal é carregada ou ritual é preparado.

O importante aqui é que mesmo que os aventureiros não sejam tão fortes como outros personagens é que eles sejam definidores do destino do mundo.

 

Cuidando dos civis

Aqui a aventura é para níveis mais baixos. O grupo precisa retirar os civis que estão no caminho do desastre e da grande luta. Pessoas doentes, feridas, ou meramente multidões de pessoas precisam ser protegidas e deslocadas até um lugar seguro. O interessante é começarem a retirada muito tempo antes, tendo que convencer os moradores mais incrédulos e relutantes e, depois, ainda cuidar daqueles que ficaram para trás e estão no meio do combate.

Até pode ser interessante que, num momento de sorte um dos personagens jogadores tenha a oportunidade de dar o golpe fatal em Galakrond ou um dos vilões que o despertou. Se tornando um heroi de enorme renome.

*

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Gênese Zero #34 – Cidadãos Comuns Cyberpunk

Vamos dar um salto para o futuro e ir para um tipo de mundo que está cada vez mais perto da realidade. Nos mundos cyberpunk, as megacorporações dominam, a tecnologia redefine a sociedade e a desigualdade cria extremos de riqueza e miséria. No entanto, não são apenas hackers rebeldes e executivos poderosos que habitam essas cidades vibrantes. O verdadeiro pulso desse cenário está nos cidadãos comuns, aqueles que sobrevivem entre neon, implantes cibernéticos e vigilância constante. Vamos explorar quem são essas pessoas e como elas moldam o dia a dia do cyberpunk.

1. Trabalhadores Corporativos Exaurido

Nas megacorporações, a dedicação dos funcionários é total, muitas vezes em detrimento de sua própria liberdade. Além disso, contratos abusivos os mantêm presos a jornadas intermináveis, sempre sob vigilância de inteligências artificiais. Para piorar, implantes neurais monitoram não apenas a produtividade, mas também as emoções. Por exemplo, imagine um analista de dados que, sem perceber, tem sua mente reprogramada diariamente para esquecer informações confidenciais assim que encerra o expediente, transformando-o em uma ferramenta descartável da corporação.

2. Mecânicos de Implantes Clandestinos

Com a tecnologia avançada restrita a uma elite, a manutenção de implantes se torna um desafio diário para muitos. Como resultado, mecânicos clandestinos operam nos becos das megacidades, consertando olhos biônicos ou membros sintéticos para clientes desesperados. Além disso, alguns oferecem melhorias não autorizadas, como braços com compartimentos secretos. Agora, imagine um técnico que, ao instalar uma peça supostamente inofensiva, descobre tarde demais que ela contém um vírus de rastreamento, colocando seu cliente e talvez ele mesmo em grande perigo.

3. Mensageiros de Alta Velocidade

Drones fazem entregas rápidas, mas nada substitui um mensageiro humano para pacotes sensíveis. Esses entregadores correm pelas ruas em motocicletas elétricas ou usam implantes que aumentam a velocidade. Um deles pode ser contratado para levar um chip contendo segredos corporativos, sem saber que um assassino cibernético está em seu encalço.

4. Hackers de Baixa Tecnologia

Nem todos os hackers são gênios do submundo digital. Muitos são apenas curiosos que vivem de modificar chips de identidade, desbloquear software proibido ou vender acessos a redes privadas. Um hacker inexperiente pode acidentalmente acessar arquivos que pertencem a uma organização perigosa, tornando-se alvo de perseguição.

5. Moradores das Ruas e Refugiados Digitais

Nem todos conseguem acompanhar a evolução tecnológica. Milhares vivem sem registros digitais, incapazes de acessar contas bancárias ou serviços básicos. Alguns preferem assim, fugindo da vigilância das corporações. Imagine um grupo de refugiados digitais que sobrevive reaproveitando tecnologia descartada, construindo comunidades inteiras fora da rede.

6. Policiais e Segurança Privada

A segurança pública é quase inexistente, substituída por forças privadas das corporações. Policiais de aluguel patrulham distritos ricos enquanto ignoram crimes nas periferias. Um guarda contratado por uma empresa pode ter que decidir entre seguir ordens injustas ou ajudar cidadãos em perigo.

7. Artistas e Criadores Virtuais

A cultura cyberpunk também pulsa através dos artistas. DJs de realidade aumentada, escultores de hologramas e criadores de experiências sensoriais vendem seus trabalhos para qualquer um disposto a pagar. Uma dançarina de neon, por exemplo, pode ser sequestrada por uma empresa que quer monopolizar sua arte como uma marca registrada.

8. Especialistas em Mercado Negro

Desde chips proibidos até armas bioeletrônicas, tudo pode ser encontrado no submundo do comércio ilegal. Contrabandistas criam mercados móveis que mudam de localização a cada noite. Um comerciante pode vender um software para remover restrições de implantes, mas sem saber que está distribuindo um vírus disfarçado.

9. Desenvolvedores de IA e Programadores Anônimos

Inteligências artificiais controlam desde carros até sistemas de defesa. Pequenos programadores, porém, criam IA independentes para burlar esse domínio. Um jovem prodígio pode desenvolver uma IA autônoma que, ao se tornar consciente, começa a tomar decisões próprias e mudar o destino de uma cidade.

10. Trabalhadores de Realidade Virtual

O entretenimento se tornou uma fuga para muitos, e trabalhadores de RV são fundamentais nesse setor. Desde acompanhantes virtuais até atores de filmes interativos, essas pessoas vivem entre o real e o digital. Um deles pode descobrir que sua identidade está sendo clonada e vendida sem seu consentimento.

Conclusão

Os mundos cyberpunk não são formados apenas por heróis e vilões icônicos, mas por milhões de cidadãos que vivem à sombra do neon. Cada um deles tem sua própria história, medos e ambições, enriquecendo o cenário de maneira única. Ao criar um universo cyberpunk, considerar essas figuras é essencial para construir um mundo mais vivo e imersivo.

PARA MAIS CONTEUDO DO MESTRE BROTHER BLUE

Animes e RPG – Aprendiz de Mestre

Animes e RPG. Tudo a ver. Sabe, os animes de maior sucesso tendem a seguir uma “fórmula”. Perseverança, Amizade, e Vitória.

Há até mesmo personagens que voltam a vida. 

Venha, Aprendiz de Mestre! Eleve o cosmo no seu coração!

Animes e RPG — Exemplos de Animes de sucesso!

Comecemos pelos anime “Shonen” — para jovens garotos.

Seguindo a fórmula: Perseverança, Amizade e Vitória! Da velha guarda…

  1. Cavaleiros do Zodíaco! — Me dê sua força Pegasu
  2. Dragon Ball –– em busca das 7 esferas do dragão!
  3. PokémonTemos que pegar! Vai Pikachu! 
  4. Naruto! —  Cai fora, sábio tarado!

Outros tipos de Anime — Shojo (jovens garotas), Seinem (mais adulto e investigativo, como Death Note), Isekai (o personagem chega num outro mundo, habitualmente de fantasia), Slice of Life (parte da vida cotidiana).

Porém, e uma leva mais recente de Animes?

Ah, o que é antigo mas é obsoleto chamamos de arcaico. Enquanto isso, o que é antigo, mas continua bom, ótimo ou excelente, chamamos de tradicional. Animes mais recentes, que seguem a fórmula.Como por exemplo:


  1. Demon Slayer! — Respiração da água! Sétima forma! 
  2. Rise of the Shield Hero — eu odeio todos!
  3. Renascido como uma EspadaTemos que pegar os cristais para ganhar novas habilidades 
  4. Academia de Heróis –– Vou ser o maior herói de todos! 

Mas o título é Animes e RPG — CADÊ A ASSOCIAÇÃO?

Opa, chegamos na hora exata. Agora vem o melhor com 2 exemplos fortes que associam muito RPG de fantasia medieval e Anime:

  1. Dungeon Meshi — é preciso caçar e cozinhar os monstros para sobreviver na masmorra. Eu quero provar todos os monstros! — com classes de personagens e magia!
  2. Goblin Killer — O matador de Goblins– Você é um goblin? — com uma equipe de exploradores de masmorras que levam os goblins muito a sério. E já tem RPG, embora inédito no Brasil…
Goblin Slayer

 

Entretanto, Animes e RPG. Chega de enrolação e me passa os RPGs!

Opa, certamente. Prepara que lá vem pedrada.

Super Shonen Show
  1. Super Shonen Show — Editora Universo Simulado. Vai um Fastplay
  2. E que tal Aprimoramentos de Anime – Biblioteca Arkanita? aqui mesmo do movimentoRPG!
  3. Ainda tem nossa Retrospectiva da Biblioteca Arkanita de 2024. Só clicar!
  4. Son Goku Dragon Ball Clássico – 3DeT Victory – NPCS.

  5. Ora pois, o sistema 3DeT Victory da Editora Jambo, se encaixa muito bem para animes!

  6. Death note para 3DeT!

  7. Pancadaria estilo jogos de luta & Anime? — Fight! Ao encontro do mais forte! — checa o grupo de whatsapp RPG Solo Brasil! 
  8. Videogame de Papel! Pela Editora Cantina dos Jogos — qualquer anime de luta adapta fácil.

Animes e RPGs — aventuras?

Todavia, nem só de pancadaria vivem os animes.

Uma trama séria como Death Note, também tem seu espaço aqui no movimentoRPG.

Ou não tão séria, como a Lenda do Dragão de Fogo,   alta fantasia, e Bleach, com uma adaptação para o império de jade.

Como dizia o grande Mestre Ancião em Cavaleiros do Zodíaco…

É fácil quebrar pedras, mas para isso os homens usam marretas, e não os punhos… Seu treinamento vai encerrar quando você conseguir inverter o fluxo da cachoeira com as mãos…” 

Concluindo, antes de você me desafiar para vermos quem de nós tem o maior poder de luta, o maior combo de RPG, ou treinou mais duramente para salvar a Terra nos últimos 30 dias, existem diversos tipos de anime, para todos os gostos, de terror a comédias, passando por dramas, e é claro, ação e ficção científica e tem RPG e adaptações pra tudo isso. Eu sei que não abordei todos os animes.

(Perdão pelo meu fracasso, mestre. Farei melhor da próxima vez… Voltando ao treinamento! Ah!)

Ah, nada como uma maratona de Anime depois de uma semana tensa de trabalho ou escola. E espero ter te mostrado que além de assistir, dá pra jogar RPG com colegas! 

Se preferir nos ouvir falando sobre este e outros temas, olha o podcast do dicas de RPG.

Até breve, guerreiro! KAME – KAME – HAAAAA!! Até o próximo torneio de artes marciais, quer dizer, POST sobre RPG. 

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Classe Variante: O Mafioso – Área de Tormenta

Na Dragão Brasil 211 e na quinta prévia do conjunto de suplementos Deuses & Heróis, recebemos uma espiada de como vai funcionar as classes variantes no jogo. No caso da Dragão Brasil veio a variante que era classe o Miragem, no Deuses & Heróis chegaram mais variantes e prévias de variantes a se desenvolver. No Área de Tormenta de hoje, o criador de Homebrews Altair trouxe uma homebrew dessa mecânica de variante: O Mafioso. O texto abaixo vem do material do PDF dele que vocês podem encontrar o Discord.

Não precisam ser exatamente assim, mas se quiser, podem.

O Mafioso (Variante do Nobre)

“Alguém precisa fazer o trabalho sujo…”

A Companhia dos Irmãos, o Clã da Lótus, a Yakuza e muitas outras organizações criminosas fazem parte do cotidiano artoniano. Seja em suas brigas internas ou envolvendo as forças do “bem”, eles são como uma família, que através dos seus meios sórdidos, obtém prestígio e aquilo que qualquer um precisa.

Sendo infames pela natureza do seu trabalho, ou devido ao seu prestígio sendo caçados pelos seus rivais, os mafiosos empregam uma força de elite para lhes manter seguros: capangas.

Também usufruem de contatos que lhe fornecem tudo que o reinado pode considerar proibido, como venenos, armas de fogo e pólvora. Favores entre mafiosos e figuras de autoridade também são frequentes, seja para obter algum favor, audiência ou qualquer outra coisa que o mafioso julgue necessário em troca de seus serviços. O maior exemplo sendo cartas de corso que os permitem utilizar armas de fogo dentro das dependências do reinado.

O Guarda-Costas pode ser meio bruto às vezes.

Seus serviços normalmente serão o de “limpar a sujeira” da sociedade. Desse modo, existem mafiosos puramente malignos, como os traficantes e proxenetas de má índole, que forçam mulheres para realizar seu trabalho. Esses, são a escória que é “limpa” pelos mafiosos de boa índole, que é o que você é aqui.

Características de Classe

Pontos de Vida. Um mafioso começa com 12 pontos de vida + Constituição e ganha 3 PV + Constituição por nível.
Pontos de Mana. Como o nobre básico.
Perícias. Enganação (Car) ou Intimidação (Car), Vontade (Sab), mais 6 a sua escolha entre Adestramento (Car), Atuação (Car), Conhecimento (Int), Diplomacia (Car), Enganação (Car), Fortitude (Con), Guerra (Int), Iniciativa (Des), Intimidação (Car), Intuição (Sab), Investigação (Int), Jogatina (Car), Ladinagem (Des), Luta (For), Nobreza (Int), Ofício (Int), Percepção (Sab), Pilotagem (Des), Pontaria (Des) e Reflexos (Des).
Proficiências. Armas de Fogo e Marciais.

Habilidades de Classe

Capangas. Você pode gastar uma ação completa e 2 PM para chamar uma quantidade de capangas igual ao seu Carisma, que surgem em pontos desocupados em alcance curto. Você pode gastar uma ação de movimento para fazer os capangas andarem (deslocamento 9m) ou uma ação padrão para fazê-los causar dano a criaturas em alcance curto (1d6 + Des pontos de dano de perfuração cada). Além disso, para cada capanga adjacente, você recebe +1 na Defesa. Os capangas têm Força e Destreza iguais a sua Inteligência, Defesa 12 + Des, 1 PV e falham automaticamente em qualquer teste de resistência ou oposto. Os capangas não agem sem receber uma ordem. Usos criativos para capangas fora de combate ficam a critério do mestre. Você só pode chamar novos capangas se todos os que estão em campo morrerem ou forem dispensados.

Um mafioso não sai sem seus capangas.

Espólio. Como o nobre básico.
Orgulho. Como o nobre básico.

Poder de Mafioso

A partir do 2º nível, você recebe essa habilidade como o nobre básico, mas você não pode escolher os poderes Armadura Brilhante, Grito Tirânico e Presença Majestosa. Porém, pode escolher os poderes exclusivos da lista abaixo.

  • Braço Direito. Seu guarda-costas se torna um parceiro mestre de um tipo a sua escolha entre ajudante, combatente, fortão ou guardião. Pré-requisito: 16º nível de mafioso.
  • Companheiro Animal. Você recebe um companheiro animal (veja Tormenta20, p. 62). Pré-requisitos: Car 1, treinado em Adestramento.
  • Família. Seus irmãos recebem +1 dado de dano do mesmo tipo em seus ataques e você recebe uma ação adicional para comandá-los. Pré-requisitos: Irmãos, 12º nível de mafioso.
Irmãos não quebram seu coração, normalmente.
  • Irmãos. Escolha um de seus capangas, ele passa a ter um valor de PVs igual a metade dos seus + Car e mantém-se sempre com você, não contando no seu limite de capangas. Se seu irmão morrer, você pode treinar um novo gastando T$ 100 e um dia. Você pode pegar este poder outras vezes para ter mais irmãos, mas apenas uma vez por patamar.
  • Mercenários. Seus capangas e guarda-costas dispõem de um equipamento melhorado, aumentando o dano dos seus ataques em um passo e a Defesa base para 16. Pré-requisito: 8º nível de mafioso.
  • Mestre do Submundo. Você pode emitir cartas de corso falsificadas (autoridades tem –10 em testes de para perceber a fraude), tem +5 em testes para Interrogar e tem acesso a itens e serviços proibidos (como armas de fogo e venenos).

Poderes de Nível

Ninguém espera o ataque de capangas Osteons

Abrir Fogo. No 2º nível, ao comandar seus capangas para atacar, você pode fazer isso com uma ação completa e gastar 2 PM, por capanga, para que ele cause dano a toda criatura dentro do alcance dele.

Miliciano. No 3º nível, você passa a receber dinheiro de seus “trabalhos” de proteção e favores. Uma vez por aventura, você recebe um número de Tibares de ouro igual a duas vezes seu valor de Carisma — exceto aumentos temporários. O uso desta habilidade é condicionado a sua relação com sua milícia e a onde você está. Por exemplo, um mafioso viajando pelos ermos, isolado da civilização, dificilmente teria como receber dinheiro.

Gritar Ordens. Como o nobre básico.

Guarda-Costas. No 5º nível, um de seus capangas se torna um guarda-costas, não ocupando seu limite de capangas. Ele não possui PVs, invés disso, possui um valor de Cargas de Proteção igual ao seu Carisma. Uma vez por rodada, quando uma criatura tentar machucá-lo, você pode gastar uma dessas cargas e 3 PM para, caso a criatura acerte, você reduzir o dano sofrido pela metade, ou se falhar, sofrer 2d12 + Int pontos de dano do seu guarda-costas. Se zerar as cargas do seu guarda-costas, deve atribuir esse cargo a um outro capanga gastando T$ 500 no treinamento e uma semana de preparação.

O Poderoso Chefão. O dano causado pelos seus capangas e guarda-costas aumenta em um passo. Além disso, sempre que sofrer dano, você pode sacrificar seu guarda-costas ou um de seus capangas para reduzir este dano pela metade.

Conclusão

O Altair mandou essa classe variante do Discord da Jambô e eu achei muito legal. Mafiosos são surpreendentemente comum no mundo de Arton, como a Companhia dos Irmãos. Espero que vocês gostem como eu gostei!


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Texto:
Kelveny “Altair” Robson Santana Silva
Revisão: Gustavo “AutoPeel” Estrela e Raquel Naiane.

Chico Bento e a Goiabeira Maraviósa – Quimera de Aventuras

Neste Quimera de Aventuras, vamos falar de Chico Bento e a Goiabeira Maraviósa, filme baseado nos quadrinhos do personagem Chico Bento do Mauricio de Sousa. Produzido pela Biônica Filmes, coprodução da Maurício de Sousa Produções e a Paris Entretenimento. Dirigido por Fernando Fraiha e com roteiro de Elena Altherman e Raul Chequer.

Sobre o Filme

Chico Bento vive uma vida tranquila na Vila Abobrinha. Rodeado de amigos e com suas goiabeiras que, por acaso, estão na propriedade do Nho Lau. Quando a construção de uma estrada ameaça a sua goiabeira favorita. Chico Bento e seus amigos se mobilizam para impedir que a estrada destrua o que eles mais amam.

Nossa Visão sobre o Filme (Pode conter spoilers!)

Chico Bento e a Goiabeira Maraviósa é um filme apelão. Em sua introdução, ele já insere o instrumental do tema do Chico Bento. Que tocava nos desenhos do personagem e que, particularmente, me deixa muito feliz de terem usado e pelo carinho com o personagem.

Antes de falar sobre o filme, queria agradecer ao coletivo Janela Aberta pela oportunidade de ver e debater esse filme no Cine Marquise, foi uma grande brecha para expor esse filme não apenas para materiais didáticos em escolas, como também em canais de conhecimento sobre RPG e cultura pop, como o Movimento RPG.

O filme trata com muito carinho o material original e a base das origens do Chico Bento, esse menino que ama as coisas naturais de sua terra, que é de certa forma preguiçoso, mas ainda muito inteligente e sagaz para resolver os problemas que tem.

O longa aborda tudo que acontece ao redor com muita leveza, mesmo se tratando de um tema bem pesado inclusive. Da tranquilidade da fazendo do interior sendo invadida por um progresso que não necessariamente é desejado naquelas terras.

Chico Bento e a Goiabeira Maraviósa é um filme que sabe que mensagem queria passar, e tem muito carinho envolvido nele. Sem dúvidas, especialmente pra quem gosta de Turma da Mônica, é um filme muito necessário.

Quimera de Aventuras

Nessa seção, vamos dar ideias para mesas usando o filme como referência!

Cenários e Sistemas

Sistemas mais narrativistas talvez sejam as melhores pedidas para narrar uma aventura baseada em Chico Bento. Mas talvez seja interessante colocar dois sistemas muito bons para a temática: Kids on Bikes e, mesmo não se tratando sempre de algo sobrenatural, Arquivos Paranormais para investigar problemas da região da pequena Vila Abobrinha.

Em uma mesa de Chico Bento, a historia principal pode ser a mesma do filme, dos personagens tentando impedir que uma estrada atravesse a cidade e chegue nas coisas que eles amam. Mas para as demais mesas, você pode encontrar um almanaque de historias do Chico Bento. Também de outros personagens da Turma da Mônica e fazer pequenas aventuras baseadas neles.

Histórias de eventos sobrenaturais na roça, embates entre a vida simples do campo e a loucura da cidade tentando se infiltrar, tudo isso pode servir de plano de fundo para uma aventura inspirada no Chico Bento.

Conclusão

Chico Bento e a Goiabeira Maraviósa é um filme cheio de amor e coração. Leve, adorável, vale a pena demais ver, tanto para quem já era fã do personagem e dos quadrinhos, quanto para quem tem filhos, sobrinhos e netos pequenos para conhecerem mais do personagem.


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Texto: Gustavo “AutoPeel” Estrela
Montagem da Capa
: Isabel Comarella
Revisão: Raquel Naiane

STOP – Singa Jogos

STOP é um clássico da infância de muitos de nós, agora revivido em um jogo de cartas da Singa. Vem comigo que eu te conto se ele vale à pena.

Número de jogadores: 2-8 jogadores
Tempo: 15 minutos
Mecânicas: Ação Cronometrada, Perguntas e Respostas, Toma Essa
Editora: Singa Jogos

Componentes (jogo base): 

  • 19 cartas de perguntas
  • 19 cartas de letras
  • 16 cartas de STOP
  • 01 carta Singa
  • Folheto de regras

Como funciona

Esta é uma versão muito gostosa do STOP, feito para manter a adrenalina, mas ser amigável com grupos diversos. O primeiro jogador abre uma letra e uma categoria. Ele terá alguns segundos para dizer uma palavra que se enquadre nesses critérios, então passará ao próximo que também deve dizer uma palavra.

O tempo de resposta é de 5 segundos, se você não souber o que responder, os demais jogadores podem levantar a mão para indicar que sabem. Nesse caso ele poderá responder e você levará um ponto negativo.

Outra possibilidade é, caso ninguém tenha levantado a mão, você pedir STOP. Nesse caso você abre um novo desafio da carta STOP e, caso consiga responder corretamente, a rodada encerra e ninguém leva pontos. Caso não consiga, o jogador leva um ponto negativo.

O grupo decide quantas rodadas o jogo terá e ganha aquele com menos pontos negativos.

Análise do jogo

Esta é uma versão de STOP que foca na resposta de categorias e letras. É interessante porque a adrenalina de responder rápido está presente, porém com uma característica muito interessante: você tem mais chances de equilibrar o jogo.

Eu, particularmente, sempre tive categorias que ia mal, como “Carros” e “tem na cozinha”. Isso fazia com que, a cada rodada, ficasse mais evidente que eu não ganharia. Mas nesse formato uma categoria que a pessoa não saiba, não irá impactar em TODA rodada, porque ela muda sempre. Também é engenhoso como a carta STOP funciona.

É, de fato, uma versão muito gostosa de STOP. A Singa Jogos é focada em jogos familiares, com opções para crianças de diversas idades. Até a embalagem é pensada para facilitar para os pequenos. Aqui ela é de plástico e fechada com ziplock. Pode ser molhada e amassada a vontade, sem risco para a embalagem ou para as cartas. É uma editora para ficarmos de olho.

Gostou, então já sabe!

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Personagens que voltam à vida – Aprendiz de Mestre

Tranquilos Aprendizes de Mestre? Na última vez abordamos a morte de personagens. Desta vez falaremos quando essas mortes não se tornam permanentes e os personagens voltam à vida.

Isso pode parecer um pouco estranho para alguns (ou para a maioria) porém muitas vezes a morte permanente de um personagem pode não ser o melhor para a história e para a diversão do grupo. Entretanto, trazer por trazer não faz sentido e pode ser um tiro pela culatra. É importante que faça sentido para a história e para o mundo de jogo.

Vamos ver algumas maneiras de fazer isso.

 

Jeito clássico: procurar um clérigo para ressuscitar o personagem

Muitas vezes o grupo é muito unido e fará questão que todos os personagens estejam juntos até o final da história. Logicamente que não é qualquer grupo que consegue pagar por uma ressurreição ou, então, fazer as missões necessárias para isso.

Porém, a realização de missões pressupõe que o jogador terá que fazer um novo personagem ou que não jogue por algum tempo. O que, ao meu ver, não faz sentido para que o personagem falecido seja ressuscitado.

Já a primeira pode tornar a ressurreição algo banal. E este foi o problema que enfrentei numa de minhas campanhas recentes. Os personagens estavam com elevados prêmios por suas cabeças após terem traído o Império humano. Desta forma, mesmo que fugissem eles seriam encontrados e, mesmo assim, teriam que sempre estarem fugindo.

Desta maneira o grupo preferiu encarar seus inimigos e resolver a questão de vez. Porém, os embates eram mortais e um ou dois personagens caiam a cada combate. Entretanto, o grupo era muito rico e possuía meios para pagar um clérigo para ressuscitarem seus companheiros. Além disso, não havia razão para que não existissem clérigos disponíveis para isso numa das maiores cidades do continente.

Assim, a ressurreição se tornou quase um descanso longo mais demorado e custoso. E isso eu não consegui resolver até que este arco da história estivesse resolvido. Por isso e, também por se tornar algo meramente mecânico e com poucos efeitos sistêmicos (jogávamos D&D 5.0) eu realmente não apreciei e desaconselho esta maneira. O melhor é que haja consequências para os personagens e isso nos leva a…

Intervenções

Alguma entidade, seja um deus, um patrono ou outra criatura poderosa, pode querer que um ou mais personagens não morram e, por isso, impeça que a passagem para o mundo dos mortos se concretize de vez.

Essa é uma explicação fácil e até um pouco preguiçosa para classes como clérigos, bruxos e paladinos. porém se torna algo difícil e complicado para outros classes, como ladino. E mesmo que a história permita que um patrono ache melhor ressuscitar o ladino do grupo porque este ajuda seu “afilhado”, é algo que fica um pouco forçado.

Exceto se houver algum plano por trás disso. Pode ser que aquela entidade ou divindade queira provocar ou prejudicar outro deus. Desta forma, mexer com o destino dos mortais se torna importante e tem consequências nos planos divinos e, até mesmo, no balanço de poderes dos seres cósmicos. Ou então ajude alguma entidade a se tornar um deus…?

Uma variação é se quem ressuscitou o paladino do grupo não seja seu bondoso deus; mas sim, uma divindade rival que quer corromper o paladino e torná-lo seu algoz de estimação… Ou seja, o intuito aqui é a corrupção dos personagens e fazê-los agirem contrariamente a seus contratantes, princípios ou planos.

Porém, nem todos que não morrem podem estar realmente vivos. Alguns se tornarão…

 

Mortos-vivos

Na mesa gêmea da que mencionei acima, teve, logo no início da campanha (penso que era no nível 4), uma armadilha mortal que ceifou a vida de dois personagens dos jogadores e mais um poderoso aliado NPC. O grupo fugiu e conseguiu com esforço se reunir para lamber as feridas e chorar pelos mortos.

Os sobreviventes adotaram uma postura soturna e vivenciaram o luto mencionado no texto sobre a morte de personagens. Porém, se eu seguisse da maneira que ficou a campanha, a missão falharia e não haveria mais sentido para jogar aquela campanha específica. Assim, perguntei aos jogadores se queriam que seus personagens voltassem à vida, porém com efeitos de morto e, até mesmo, alterando suas espécies.

Todos aceitaram e se tornaram mortos vivos aleatórios como dhampirs e outros similares. E aí houve um incremento importante na história da campanha. Os personagens e jogadores cuidavam para não sucumbirem a nova condição dos personagens falecidos. E todos buscavam não cederem às suas versões sombrias. A morte tinha tocado o grupo de maneira permanente e foi muito mais impactante trazer dois personagens de volta do que fazer novos.

E assim a campanha ganhou novas ramificações de sua história. Agora eles precisavam cumprirem suas missões mundanas, mas também se livrarem da influência advinda do patrono do bruxo do grupo. Visto que a entidade que impediu que eles fossem mortos de vez era o …

diabrete do bruxo.

Embora isso possa parecer estranho, o diabrete já vinha brilhando e conduzindo o grupo nas batalhas ao longo de três níveis (o que o azar e sorte nos dados não faz?!). Tinha uma personalidade marcada e interagia com o grupo de maneira ativa. Assim, eu “o promovi” de pet/familiar a uma entidade que buscava poder através da corrupção que causava no grupo que acompanhava “seu bruxo”.

E por fim o diabrete conseguiu cumprir parte do que planejava e virou inimigo na história de outros personagens que chegariam ao grupo no próximo arco da campanha. Além de mudar um pouco a lore do cenário e dar muitas camadas a mais para a história e alguns personagens. Ou seja, só houve vantagens.

*

 

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Legend of Legaia – Quimera de Aventuras

Legend of Legaia é um RPG clássico lançado para o PlayStation em 1998 pela desenvolvedora Taito, sendo um dos mais aclamados jogos de seu gênero na época. Com uma história envolvente, um sistema de combate inovador e um mundo repleto de mistérios e fantasias, o jogo conquistou uma legião de fãs, que até hoje relembram com carinho a experiência proporcionada por essa obra. Venha conhecer e explorar o universo de Legend of Legaia, suas mecânicas de jogo e como ele pode ser aproveitado em diferentes contextos de RPG de mesa, além de discutir sua importância histórica no mundo dos videogames.

Legend of Legaia

Legend of Legaia não é apenas um jogo de combate; ele é uma viagem profunda ao coração das histórias épicas de fantasia. O jogo possui uma narrativa envolvente, cheia de reviravoltas e personagens bem desenvolvidos. A jogabilidade, combinada com a história, mantém o jogador imerso no mundo de Legaia, ao mesmo tempo em que desafia a lógica e a habilidade do jogador.

O design dos personagens é simplista mas eficiente, com cada um deles possuindo habilidades únicas que podem ser aprimoradas com o tempo. As batalhas não se resumem a simplesmente ganhar e passar de fase: elas exigem raciocínio e estratégia, especialmente quando se trata de enfrentar os chefões do jogo, que são sempre um grande desafio.

A trilha sonora de Legend of Legaia é outra característica a ser elogiada, já que ela complementa a atmosfera do jogo, aumentando ainda mais a imersão do jogador. Cada área e cada batalha é acompanhada por músicas que variam de momentos de tranquilidade a intensos momentos de tensão.

Em termos de narrativa, Legend of Legaia não oferece uma história revolucionária, mas ela é contada de forma eficaz e traz com ela o suficiente de mistério e reviravoltas para manter os jogadores engajados durante toda a campanha. Como qualquer bom RPG, as escolhas dos personagens, bem como a exploração de um mundo riquíssimo em detalhes, são fatores fundamentais para o sucesso da obra.

A Trama

A história de Legend of Legaia acontece em um mundo de fantasia chamado, como o nome do jogo indica, Legaia. O mundo de Legaia está sendo destruído por uma terrível maldição chamada Mist (névoa ou nevoeiro), que espalha a destruição por toda parte. Para reverter a situação, os heróis, inicialmente um grupo de jovens aventureiros – Vahn, Gala e Noa –, precisa combater a Mist e procurar por RaSerus, criaturas mágicas que têm o poder de restaurar a paz e a vida ao mundo.

No decorrer da história, os personagens enfrentam uma série de inimigos e descobrem os mistérios por trás da origem da Mist e sua conexão com forças muito mais antigas e poderosas do que eles imaginavam. A busca por respostas e a tentativa de restaurar a harmonia no mundo tornam-se as principais motivações dos protagonistas.

Combate e Mecânicas

O sistema de combate de Legend of Legaia é uma das características mais inovadoras e marcantes do jogo. Ele introduz o conceito de Input de Comandos Digitais (ou Tactical Battle System), que exige que o jogador insira uma sequência de comandos (direções nos controles) durante as batalhas, formando combinações que permitem o uso de poderosos ataques. Esse sistema se diferencia de outros RPGs da época, como Final Fantasy VII ou Chrono Trigger, oferecendo um nível maior de interatividade nas batalhas.

Em vez de simplesmente selecionar os ataques de um menu, o jogador deve construir suas ações em tempo real durante as batalhas. Isso cria um sistema de luta que envolve estratégia e pensamento rápido. Esse “sistema de combos” é central para o sucesso nas batalhas e é crucial para desbloquear poderosos ataques, chamados de Arts, que são essenciais para derrotar os inimigos mais poderosos do jogo.

Além disso, Legend of Legaia também apresenta um sistema de evolução de personagens baseado em pontos de experiência, que permitem aos personagens melhorar suas habilidades e aprender novas técnicas à medida que avançam.

Quimera de Aventuras

Nesta sessão a obra entra na Quimera e colocamos algumas ideias de uso para aventuras de RPG.

Entretanto fique ciente que para isto, teremos que dar alguns spoilers da obra. Leia por sua conta em risco.

O universo e os temas de Legend of Legaia podem ser aproveitados em diversos estilos de RPG, desde fantasia medieval clássica até ambientações futuristas e cyberpunk.

Fantasia Medieval (D&D, OSR, T20)

Legend of Legaia possui um cenário rico em mitologia, criaturas mágicas e uma ameaça sobrenatural (o Mist). Essas características o tornam perfeito para adaptações em RPGs de fantasia medieval, onde a magia e os deuses podem desempenhar papéis centrais.

    1. A Névoa Corruptora – Uma névoa mágica cobre o reino, transformando animais e humanos em monstros. Apenas artefatos ancestrais podem dissipar essa névoa, e os aventureiros precisam encontrar e ativar essas relíquias.
    2. Os Guerreiros das Artes Antigas – Uma ordem de guerreiros desenvolveu um estilo de luta baseado em combinações de ataques (inspirado no sistema de combos de Legend of Legaia). Os jogadores fazem parte dessa ordem e devem enfrentar uma ameaça esquecida.
    3. As Criaturas Serus – Criaturas místicas podem ser incorporadas ao sistema como “companheiros espirituais” que concedem poderes a seus donos, funcionando como uma nova forma de magia ou até substituindo as classes conjuradoras.
    4. O Reino do Último Guardião – Um antigo protetor dorme em ruínas escondidas, e sua energia é a única capaz de conter o avanço do caos. Os jogadores devem descobrir como despertá-lo.
    5. Alquimia de Névoa – A Mist não é apenas uma ameaça, mas também um recurso. Algumas facções aprenderam a usá-la para criar armas e feitiços poderosos. Os jogadores podem decidir se tentam destruir ou controlar esse poder.
Horror Moderno (Storyteller, Ordem Paranormal)

A ideia da Mist como uma força corrompedora que transforma seres vivos em monstros encaixa-se bem no horror moderno, onde os personagens são investigadores tentando entender uma ameaça incompreensível.

    1. A Cidade Submersa na Névoa – Uma cidade isolada começa a ser envolta por uma neblina densa. Relatos de pessoas desaparecendo e criaturas humanoides surgem. Os jogadores, como investigadores, devem descobrir a causa e conter a ameaça.
    2. A Seita do Seru Negro – Um culto obscuro venera entidades chamadas Serus, acreditando que elas podem conceder poderes divinos. O que ninguém sabe é que essas entidades estão corrompendo seus devotos.
    3. A Fábrica Proibida – Uma corporação secreta desenvolve um experimento capaz de modificar o DNA humano, transformando vítimas em criaturas monstruosas. Os jogadores descobrem essa conspiração e precisam decidir como lidar com ela.
    4. A Maldição do Vilarejo – Um pequeno vilarejo sofreu uma infestação de criaturas sombrias que surgem de dentro da névoa. Os habitantes sobreviventes falam sobre um ritual realizado décadas atrás.
    5. Os Combatentes do Desconhecido – Uma organização secreta treina agentes com habilidades de combate baseadas em combinações e técnicas especiais (inspiradas no sistema de batalha do jogo). Eles caçam entidades que emergem da névoa.
Cyberpunk (Shadowrun, Cyberpunk)

No futuro distópico, a Mist pode ser reinterpretada como uma tecnologia perigosa: uma IA autônoma, um vírus de nanotecnologia ou uma rede neural fora de controle.

    1. O Vírus Seru – Uma megacorporação desenvolveu um vírus cibernético que modifica o corpo humano, criando “Serus cibernéticos”. Agora, ele se espalha como uma epidemia.
    2. A IA na Névoa – Uma inteligência artificial começou a se manifestar como um nevoeiro digital, sequestrando consciências humanas. Os jogadores devem detê-la.
    3. Os Gladiadores da Mist – Lutas clandestinas utilizam lutadores com implantes que aumentam seus reflexos, mas corrompem suas mentes com o tempo.
    4. A Revolta dos Pós-Humanos – Um novo grupo de híbridos humanos e máquinas surge, afirmando que são a próxima evolução. Mas seu verdadeiro objetivo é obscurecido pela névoa.
    5. A Cidade Oculta – Uma metrópole secreta emerge do nada, cercada por uma névoa impenetrável. O que há lá dentro?


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Texto e capa: Eduardo Filhote

Gênese Zero #33 – Cidadãos Comuns Medievais

Após os devidos concertos, vamos nessa ano de 2025, entrar em minúcias do processo de criação de mundo que podem ser importantes para nichos específicos de RPG e fantasia literária, começaremos com o medieval. Quando se constrói um mundo medieval é comum focar em grandes heróis, vilões ou eventos épicos. No entanto, os cidadãos comuns desempenham um papel vital, conferindo realismo e profundidade ao cenário. Essas pessoas vivem no dia a dia do seu mundo e ajudam a contar histórias que vão além das aventuras tradicionais. Neste artigo, exploraremos 10 tipos de cidadãos que podem enriquecer sua criação e trazer mais vida às cidades, vilas e reinos.

1. Os Artesãos e Mestres de Ofícios

Artesãos são a espinha dorsal da economia local. Imagine um ferreiro que não apenas forja armas, mas também cria peças personalizadas para eventos históricos ou deuses locais. Um carpinteiro pode esculpir móveis únicos, transmitindo histórias e tradições culturais por meio de sua arte. Expanda essa ideia ao incluir disputas entre artesãos rivais ou mestres buscando aprendizes dignos de herdar seus segredos.

2. Os Mercadores e Feirantes

Mercadores não apenas vendem bens, mas também trazem histórias de terras distantes. Um feirante itinerante pode não só vender produtos exóticos, mas também espalhar boatos que afetam a trama. Considere mercados vibrantes onde mercadores travam negociações acirradas, enfrentam bandos de ladrões ou até organizam festivais para atrair novos clientes, transformando esses personagens em centros dinâmicos de interação.

3. Os Acadêmicos e Bibliotecários

Mentes curiosas como estudiosos preservam o conhecimento do mundo e oferecem novas perspectivas aos jogadores. Uma bibliotecária poderia guardar um mapa antigo com segredos sobre uma civilização esquecida, enquanto um acadêmico poderia ser obcecado por desvendar enigmas sobrenaturais. Adicione complexidade criando disputas acadêmicas ou projetos de pesquisa com consequências inesperadas.

4. Os Camponeses e Fazendeiros

Embora pareçam simples, camponeses são fundamentais para a sobrevivência de qualquer reino. Um agricultor pode cultivar uma planta rara usada em rituais mágicos, ou um criador de gado pode enfrentar um predador lendário que aterroriza a região. Desenvolva histórias onde fazendas se tornam campos de batalha ou onde a inovação agrícola revoluciona a economia local, incentivando os personagens a se envolverem diretamente com a vida rural.

5. Os Artistas e Trovadores

Artistas não apenas entretêm, mas também refletem e moldam a cultura. Um escultor pode estar criando uma estátua para um governante corrupto, enquanto um trovador pode espalhar histórias falsas para proteger um aliado. Explore as nuances da arte como ferramenta de protesto, manipulação ou registro histórico, colocando esses personagens em situações que desafiem suas lealdades e criatividade.

6. Os Guardas e Milicianos

Guardas defendem o povo, mas também enfrentam dilemas éticos e desafios internos. Imagine uma guarnição dividida entre proteger um líder injusto ou apoiar uma rebelião crescente. Detalhe suas personalidades e motivações, desde o recruta idealista até o veterano cínico, e mostre como suas decisões moldam a segurança e a estabilidade de uma comunidade inteira.

7. Os Curandeiros e Alquimistas

Curandeiros são figuras centrais em comunidades, mas podem ter suas próprias agendas. Um alquimista pode buscar ingredientes raros, como escamas de dragão, enquanto um curandeiro pode enfrentar dilemas morais ao tratar vilões ou inimigos. Amplie suas histórias explorando os impactos sociais de suas habilidades e o papel que desempenham na sobrevivência de uma sociedade.

8. Os Sacerdotes e Xamãs

Religiosos conectam o povo aos deuses ou espíritos, mas também enfrentam desafios que testam sua fé. Um sacerdote pode ser um político habilidoso, manipulando eventos para fortalecer sua ordem, enquanto um xamã pode lutar contra forças espirituais que ameaçam a harmonia da tribo. Crie conflitos entre crenças ou rituais que os jogadores possam explorar.

9. Os Navegadores e Exploradores

Esses cidadãos comuns conhecem mapas e segredos do mundo que podem ser cruciais. Um navegador pode guiar os jogadores por mares tempestuosos ou abrir caminhos em florestas inexploradas, enfrentando mistérios e perigos. Detalhe suas motivações, como a busca por glória, a descoberta de novas rotas comerciais ou a fuga de um passado sombrio.

10. Os Ladrões e Trapaceiros

Personagens que vivem à margem da lei oferecem oportunidades narrativas únicas. Um ladrão pode roubar um item essencial, obrigando os jogadores a rastreá-lo, ou pode se tornar um aliado inesperado em situações críticas. Desenvolva suas histórias com nuances, mostrando como as circunstâncias moldaram sua ética e sua visão do mundo.

Conclusão

Os cidadãos comuns do seu mundo não são apenas pano de fundo; eles são a alma da narrativa. Ao desenvolver suas histórias, personalidades e conflitos, você cria um cenário mais rico e imersivo. Esses personagens conectam os jogadores ao mundo, oferecendo oportunidades para desafios, alianças e momentos emocionantes. Afinal, um mundo bem construído é aquele em que até mesmo as vidas mais simples carregam histórias extraordinárias.

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