O Cavaleiro Branco – A Era do Abismo: Crônicas do Éden – Quimera de Aventuras

A Era do Abismo é o nome do projeto do nosso querido amigo e parceiro Bernardo Stamato, publicado pela Editora Pendragon.

O Torneio dos Campeões, o primeiro livro do projeto, já ganhou uma Resenha aqui no Movimento RPG, e você pode adquirir o seu livro bem AQUI

Crônicas do Éden é o segundo volume do projeto, e traz uma antologia que expande e enriquece o vasto e fantástico mundo criado pelo Stamato de maneira genial!

Como as informações sobre o autor e sobre esse mundo fantástico já estão na Quimera de Aventuras – O Torneio dos Campeões, vou me limitar a falar apenas sobre os contos aqui!

O Cavaleiro Branco – Sinopse

Um grupo é contratado para investigar estranhos acontecimentos em uma vila costeira. Para tanto, viajam de barco pelos oceanos, até que são emboscados por criaturas marinhas que dão um bom trabalho!

Após o grupo se livrar das criaturas, chegam até a citada cidade para investigar o que aconteceu, e se deparam com um mal que nunca haviam enfrentado antes!

Minha Opinião Pessoal (contém spoilers)

Stamato acertou na mosca com esse conto, que traz não apenas aventura e bastante ação, como também momentos de investigação e adrenalina.

A dinâmica do grupo formado para a missão também é um charme à parte, já que não são aliados de grandes datas e nem mesmo conhecidos, estando ali apenas por serem pagos e para cumprir a missão. Isso dá um clima bem diferente do tradicional “grupo onde todos são amigos e juram se proteger e se ajudar”, afinal, o quão confiáveis são esses aventureiros?

Outro ponto assertivo e que deve servir de inspiração a muitas pessoas que desejam narrar, é usar ferramentas básicas de forma ameaçadora! Os inimigos escolhidos para o desafio, assim como os moldes da estranha praga que aflige a vila, são elementos que, a meu ver, transformam o corriqueiro e cotidiano em algo totalmente novo e, quiçá, assustador!

Quimera de Aventuras

Nesta sessão a revista entra na Quimera e colocamos algumas ideias de uso para aventuras de RPG. Entretanto fique ciente que para isto, teremos que dar alguns spoilers da obra. Leia por sua conta em risco.

Um Grupo Inusitado

Esqueça os backgrounds de formação de equipe, estratégias de combate, laços afetivos e vínculos de amizade. Cada um dos membros do grupo foi simplesmente contratado pelas habilidades a oferecer, e eles não se conheciam e nunca trabalharam juntos.

Com isso, explore a dinâmica de como se enxergam, como desconhecer uns aos outros pode interferir no combate, crie situações onde a dúvida da índole possa surgir e recheie com alguns combates sem que possam planejar a melhor estratégia, e deixe o circo pegar fogo!

Emboscada em Alto Mar

O grupo precisa chegar até algum determinado lugar e precisam enfrentar uma travessia marítima. Embosque o grupo com um bando de Sahuagins

Fácil – coloque apenas um Sahuagin para cada membro do grupo, e mais um para ameaçar a tripulação indefesa do navio.

Médio – Coloque dois Sahuagins para cada membro do grupo, e alguns a mais para ameaçar a tripulação.

Difícil – Coloque Sahuagins poderosos liderando o grupo de ataque, que conta com pelo menos 4 Sahuagins para cada membro do grupo. Os demais irão atacar e matar os tripulantes caso o grupo não haja rápido.

Essa ideia é ótima para uma aventura One-Shot ou introdutória a novas pessoas.

A Praga Extraplanar

Uma estranha praga em forma de fungos fluorescentes está ameaçando o lugar.

Sua origem é extraplanar e desconhecida, os seus efeitos são rápidos e mortais. O grupo precisa ter cautela ao investigar.

Para cada contato físico com os fungos (toque direto), faça um teste de Resistência à Veneno (origem mágica) de dificuldade alta. estar na presença dos fungos respirando seu pólen requer um teste de dificuldade baixa a cada 15 minutos.

Falhar no teste faz a vítima ser possuída pelo fungo, passando a se esquecer de quem é, e seu corpo se torna adubo para o fungo até ser totalmente consumido e se tornar fungo também.

A fonte da contaminação estará no centro de seu raio de expansão, na forma de um enorme cogumelo roxo fluorescente, que precisa ser queimado para ser eliminado. Quando suas raízes forem totalmente destruídas, os demais fungos perdem poder e morrem.


É isso, espero que vocês tenham gostado e que tenham ficado interessados pela obra,  Crônicas do Éden tem contos incríveis e é uma expansão mais que bem-vinda e merecida do mundo apresentado no Torneio dos Campeões. Continuem acompanhando para conhecer os outros contos!

Soul Reaver – Biblioteca Arkanita

Esta semana, a iniciativa da Biblioteca Arkanita apresenta o netbook Soul Reaver, de Daniel “Doutrina Man” Andrade, descrevendo a incrível trilogia dos jogos de vampiros e revenantes que fez muito sucesso nos anos 90 (Blood Omen 1, Blood Omen 2, Soul Reaver). Embora aborde especificamente os vampiros deste universo, o autor fez com que eles sejam compatíveis com o sistema Daemon, talvez até integrando aos já conhecidos Vampiros Mitológicos.

Conteúdo do netbook

A adaptação de Soul Reaver apresenta as seguintes informações:

  • História e Locais Relevantes de Nosgoth, descrevendo os Pilares de Nosgoth, figuras de grande relevância, o surgimento do poderoso vampiro Kain e os eventos envolvendo Raziel.
  • Kits Sarafan, incluindo Guardas, Guardas Glyphs, Padres & Freiras, Cavaleiros, e Cavaleiros Glyph.
  • Aprimoramento Vampiros, com um resumo dos seis clãs vampíricos dos Dumahim, Melchahim, Zephonim, Rahabim, Turelim e Razielim. Inclui também uma ficha de um vampiro típico de cada clã.

Você pode baixar este netbook aqui mesmo na Biblioteca Arkanita. Clique aqui para iniciar o download do netbook. E continue acompanhando as postagens semanais da Biblioteca Arkanita para outros grandes netbooks como Soul Reaver!

Você pode também nos ajudar a movimentar o RPG fazendo parte do nosso Patronato. Mas se não puder, tudo bem! Venha fazer parte da nossa comunidade, começando pelo YouTube por exemplo.

Ragnarök para 3D&T

Esta adaptação do game Ragnarök para 3D&T foi feita originalmente no blog Elf’s Lair. Cinco artigos compõem esta matéria completa, clique em cada título para visitar o artigo com o material completo. Para outros posts da Megaliga Tokyo Defender, clique aqui.

Parte I – Regras e Classes Primárias

Não vou me perder muito com descrições longas, fichas desnecessárias ou regras alternativas sem sentido. Nossa intenção não é trazer a mecânica do jogo para a mesa, mas usar a própria mecânica do 3D&T para simular as classes, itens e monstros de Rune-Midgard. Caso alguma regra faça falta ou seja mesmo muito interessante, aí sim iremos adaptá-la.

Vamos começar nossa adaptação trazendo kits as classes primárias (1-1) do jogo: Aprendiz, Arqueiro, Espadachim, Gatuno, Mago, Mercador, Noviço e Super Aprendiz.

Regras

Morte: Personagens de Ragnarök são muito resistentes à morte. Caso um jogador seja reduzido a 0 PVs, considere-o Muito Fraco. Se receber um novo ataque, ficará Inconsciente, depois ficará Quase Morto e então morrerá se receber mais algum ataque.

Munição Limitada: Todos os personagens de Ragnarök possuem, naturalmente, a desvantagem Munição Limitada sem receber nenhum ponto por isso.

Capacidade de Carga: A capacidade de carga dos personagens é menor que o normal. Eles podem carregar nas costas 20kg por cada ponto de Força que possuam. Personagens com F 0  podem carregar até 10 Kg.

Kits de Classes

Sobre kits no 3D&T Alpha: Um jogador não paga nada para adquirir um kit, mas deve cumprir as exigências que ele pede. Ao escolher um kit, o jogador pode escolher gratuitamente um de seus poderes e pode comprar cada poder adicional por 10 PEs. Ao deixar para trás um kit e adotar outro, o jogador perde os poderes que comprou, mas recebe de volta os pontos que gastou, podendo comprar assim novos poderes no novo kit que escolheu. Esse sistema de kits permite que o jogador possua quantos kits quiser, mas o 2º kit custa 1 ponto, o 3º custa 2 pontos e assim em diante.

Para jogar Ragnarök, surgiro a seguinte mecânica: quando for adotar uma das classes primárias (exceto o kit de Super Aprendiz) o jogador deve largar o kit de Aprendiz e seus talentos. Mas quando for adotar classes secundárias, o mesmo permanece com a classe primária e seus talentos (e, claro, paga a mais pela secundária). O mesmo vale para transclasses. Os kits de classes secundárias poderão ser encontrados na 3ª parte dessa adaptação e os de transclasses na 5ª parte.

Um dos requisítos dos kits de classes primárias é de o personagem ter 9 pontos, para incentivar os jogadores a usar o kit de Aprendiz enquanto evoluem o personagem. Como regra opcional, o mestre pode ignorar esse requisito e permitir que os jogadores escolham esses kits com personagens feitos com 5 pontos (ou seja, personagens pré-construídos).

Outra opção é permitir que os jogadores conquistem os kits por meio de uma missão (quest), como acontece no MMORPG. No site da Level Up ensina as missões que são feitas para conseguir as classes (na página da classe em “como se tornar um”). O mestre pode usar essas descrições para criar suas próprias missões no jogo.

Aprendiz

Papel de Combate: Atacante.

Exigências: 5 pontos de personagem.

  • Recuperação Espantosa de PVs: O aprendiz ainda possui todo o vigor da juventude, por isso pode se curar mais rápido que os demais. Ele recupera normalmente 1 PV por hora e em repouso ele recupera a cada hora uma quantidade de PVs igual aos seus pontos em Resistência.
  • Fingir de Morto: Muitas vezes um aprendiz ainda não tem força e garra suficiente para vencer um inimigo de uma só vez, então eles podem se fingir de morto. Se fingir de morto exige um teste bem-sucedido de H+3 (que moleza). Um personagem que esteja se fingindo de morto é prontamente ignorado por seus inimigos.
    Inimigos precisam ser bem sucedidos em um teste de H-1 para descubrir que o personagem está apenas fingindo. Inimigos com Faro Aguçado ou Infravisão fazem um teste normal de Habilidade. Inimigos com a especialização Diagnóstico (existente nas perícias Medicina ou Animais) podem fazer esse teste com H+2. Inimigos com Ver o Invisível não necessitam de testes (portanto, não podem ser enganados).
  • Primeiros-Socorros: Quando se está começando em um mundo de aventuras, uma das primeiras regras é saber prestar primeiros-socorros. O aprendiz pode gastar 1 PM e curar 1 PV. Ele pode, no máximo, gastar 3 PMs por turno (e assim, curar 3 PVs). Um aprendiz só pode usar essa técnica em si mesmo.
Arqueiro

Papel de Combate: Atacante.

Exigências: 9 pontos de personagem, PdF 2. 

Especial: No Ragnarök, um arqueiro deve comprar flechas ou aprender uma técnica que o ensine a fabricar novas flechas. Como regra opcional, o mestre poderia assumir que apenas personagens com H 2 ou mais são capazes de fabricar flechas.

  • Chuva de Flechas: O arqueiro pode lançar mais de uma flecha (PdF) de uma única vez. Ele gasta 1 PM por disparo (incluíndo o primeiro) e pode atacar um número de vezes máximo igual à sua Habilidade.
  • Rajada de Flechas: Gastando 2 PMs e se concentrando ileso durante um turno,o arqueiro pode atacar no próximo turno com PdF dobrado.
  • Olhos de Águia: O arqueiro recebe Visão Aguçada e o alcance normal do seu PdF é dobrado.
Espadachim

Papel de Combate: Atacante ou Tanque.

Exigências: 9 pontos de personagem, F 2.

  • Golpe Fulminante: O espadachim pode gastar 2 PMs e receber um bônus de F +3. 
  • Recuperação Espantosa de PVs: O espadachim recupera, normalmente, 1 PV por hora e em repouso ele recupera a cada hora uma quantidade de PVs igual aos seus pontos em Resistência.
  • Provocar: O espadachim pode provocar seu oponente caso o mesmo falhe em um teste de R+1. O alvo sofre um redutor de FD -1 e os mesmos efeitos da desvantagem Fúria, atacando apenas quem o provocou. O efeito dura até o final do combate ou caso o usuário seja reduzido a 0 PVs.
  • Vigor: O espadachim pode gastar 1 PM e receber um bônus de FD+2 até o final do turno.

Clique aqui para ver o primeiro artigo completo, que ainda tem os kits Gatuno, Mago, Mercador, Noviço e Super Aprendiz.

Parte II – Monstros, MVPs e Pets

Sobre os monstros, não temos como adaptar aqui todos os quinhentos trilhões de monstros do jogo, por isso vamos adaptar só os mais comuns e dar diretrizes para que você mesmo adapte quais quiser. Então vamos começar a festa!

Algumas Definições

Antes de mais nada, temos que definir alguns detalhes para trabalhar melhor na hora de adaptar os monstros. Fiquem tranquilos, não é nada complicado.

Tipos de Criaturas

No 3D&T os seres são divididos em humanos, semi-humanos, humanoides, youkai (que inclui mortos-vivos) e construtos. Já em Ragnarök a divisão é diferente: bruto, amorfo, inseto, demônio, peixe, planta, morto-vivo, humanoide, dragão e anjo.

É importante definir quais categorias usar antes do jogo começar, em função dos jogadores poderem comprar vantagens como Inimigo e itens especiais com Flagelo. Cada grupo de jogo pode montar a diversão que parecer mais interessante e justa, desde que não haja menos de 5 categorias (e é bom a quantidade não passar 7 ou 8).

Como sugestão, podem usar a seguinte divisão:

  • Humanos (incluindo semi-humanos);
  • Humanoides (como orcs, ogros, goblins, centauros etc.);
  • Animais (bruto, peixe e dragão);
  • Jardim (insetos e plantas);
  • Youkai (demônios, anjos e mortos-vivos);
  • Construtos.

Os monstros do jogo que estão presentes na categoria “amorfos” podem ser realocados. Alguns deles seriam construtos, outros seriam youkais e alguns seriam humanoides (como os goblins). Fica a encargo do mestre enquadrá-los em outras categorias.

Tipos de Dano

No 3D&T existem sete tipos de dano: corte, perfuração, esmagamento, fogo, frio, elétrico, químico e sônico. No Ragnarök isso é chamado de “propriedades” e existem nos tipos: normal, água, terra, fogo, vento, veneno, sagrado, sombrio, fantasma e morto-vivo. Da mesma forma como as categorías de inimigos, é importante definir os tipos de dano. Embora nós prefiramos usar o sistema do 3D&T, não existe nenhum problema em usar o do MMORPG.

Uma sugestão para englobar o sistema de propriedades do jogo online dentro dos tipos de dano é essa:

  • Corte, Perfuração e Esmagamento (propriedade Normal);
  • Frio (propriedades Água e Sombrio);
  • Fogo (propriedades Fogo e Morto-Vivo);
  • Sônico (propriedades Vento e Fantasma);
  • Químico (propriedades Terra e Veneno);
  • Elétrico (Sagrado e magia branca, fazendo com que magias de cura causem dano ao invés de curar).
MVPs

Alguns monstros muito raros e poderosos em Ragnarök são chamados de MVP. Na verdade MVP (Most Valuable Player) é o termo dado a quem os vence, mas acabou se tornando sinônimo dessas criaturas. Criaturas MVP são criaturas únicas, que aparecem de tempos em tempos em alguns lugares específicos.

MVPs são construídos igual a qualquer outra criatura, mas não dividem seu nível pela metade (mas ainda recebem os pontos extras). Ou seja, são feitos com uma quantidade de pontos igual seu nível no jogo +4.

MVPs são imunes ao medo (como a magia Pânico, entre outras) e recebem +2 em testes contra sono, paralisia, petrificação e venenos (naturais ou mágicos). Todos recebem Ver o Invisível (dos Sentidos Especiais).

Eles também são imunes a ataques vorpais. Mas caso recebam um e falhem em seu teste de Armadura, eles recebem o valor da FA dobrado. A maioria dos MVPs podem invocar outros monstros para o ajudarem nas batalhas. Eles podem invocar 1d6 monstros iguais aos descritos nas suas fichas do MMORPG, ou como regra alternativa, monstros feitos com 1/4 (um quarto) da sua pontuação.

Se os jogadores (quando evoluírem muito) conseguirem vencer um MVP, além das recompensas normais por vencer um inimigo tão forte, dê-lhes a vantagem Boa Fama.

Animais de Estimação

Também chamados de mascotes ou pets, animais de estimação são comuns no mundo de Ragnarök. Eles sempre andam ao lado de seus donos e os ajudam a enfrentar os inimigos que forem.

Clique aqui para ver o segundo artigo completo, que ainda tem regras para construção de monstros, um pequeno bestiário, a captura e o despertar de Pets.

Parte III – Classes Secundárias

Só pra avisar ao fãs mais hardcore que possam aparecer; estou usando os nomes em português, de acordo com a tradução oficial da Level Up. Outra coisa que pode ser interessante dizer: estamos adaptando Ragnarök para o 3D&T e não o contrário, por isso os kits só tem três talentos, diferente do MMORPG, onde as classes têm uma dezena de habilidades. Mas não se preocupe, muitos talentos englobam mais de uma habilidade do jogo, para o kit ficar o mais fiel possível do jogo sem fugir das regras básicas do sistema de RPG usado. Esse mesmo aviso vale para todas as outras partes dessa adaptação.

Não se esqueça que para adotar esses kits, é interessante que o jogador continue com o kit anterior (que é exigido pelo kit de classe secundária). Como o kit de classe secundária será um segundo kit, ele custa 10 PEs.

Alguns kits (como Templário e Arruaceiro) têm muitos talentos, enquanto outros têm menos. O fato é que muitas habilidades das classes no jogo possuem, no 3D&T, vantagens ou magias com resultados semelhantes. Essa também é uma explicação para o fato de boa parte dos talentos de algumas classes (bardos, odaliscas, bruxos etc.) serem listas de magias adicionais. Olhando friamente parece ser menos interessante que talentos com efeitos diferenciados, mas muitas vezes uma lista de magias vale mais que qualquer habilidade.

O bardo pode usar seu instrumento musical tanto para desferir golpes de curto alcance (Força) como atirar flechas em golpes de longo alcance (Poder de Fogo). Em compensação, a Odalisca usa seu chicote (PdF) e não precisa gastar flechas.

Mas é isso, vamos ao que importa:

Caçador

Papel de Combate: Atacante.

Exigências: 15 pontos de personagem, kit Arqueiro, PdF 4.

Sobre as Armadilhas: O caçador é capaz de implantar armadilhas (desde que tenha um dos poderes de armadilhas descritos a baixo). Ele gasta um turno preparando uma armadilha em um local do campo de batalha. Ela é ativada quando alguém pisar nela, seja um inimigo, um aliado ou o próprio caçador (alguém que tenha visto o caçador a armando recebe +1 em testes de esquiva. O próprio caçador recebe +2, caso pise nela sem querer). Para um personagem desativar uma armadilha, é necessário ser bem sucedido em um teste Difícil. Esse teste tem dificuldade Média se for feito por um personagem Caçador ou por um personagem que tenha a especialização Armadilha (das perícias Crime, Investigação, Máquinas e Sobrevivência). Personagens que sejam caçadores e que tenham a especialização podem desarmar armadilhas com um teste Fácil. Sobre custos de montagem e efeitos de armadilhas, consulte os poderes a baixo:

  • Armadilha de Ataque: Esse tipo de armadilha ataca com FA = H + 1d6 + PMs gastos, sendo que o caçador deve gastar pelo menos 1 PM em sua montagem. Armadilhas construídas por personagens que tenham a especialização Armadilha têm um bônus de +1 na FA. Armadilhas de dano energético consomem 1 PM a mais em sua criação.
  • Armadilha Paralisante: Com custos e FA semelhantes à Armadilha de Ataque. Mas se a FA da armadilha vencer a FD da vítima, ela não recebe dano, mas deve ser bem sucedida em um teste de Resistência ou ficará paralisada e indefesa, incapaz de se mover, esquivar, falar ou usar magia. A vítima ficará paralisada por dois turnos e mais um turno para cada PM extra (não contabilizado pela FA) gasto na confecção da armadilha. Armadilhas construídas por personagens que tenham a especialização Armadilha têm um bônus de +1 na FA
  • Armadilha Cegante: Funciona exatamente igual à Armadilha Paralisante (em custos, duração e bônus), mas, ao invés de paralisar, a vítima ficará cega (consulte a página 41 do Manual Alpha para mais detalhes sobre cegueira).
  • Armadilha Sonífera: Funciona exatamente igual à Armadilha Paralisante (em custos e bônus), mas, ao invés de paralisar, a vítima desmaiará por 15 minutos (e por mais 15 minutos adicionais para cada PM extra gasto na confecção). Uma criatura inconsciente desperta automaticamente se sofrer qualquer dano.
  • Armadilha Venenosa: Tem uma FA igual à Armadilha de Ataque, mas custa 2 PMs a mais do que os gastos para somar a FA. Caso a vítima receba dano, a vítima também ficará envenenada, perdendo 2 PVs por turno até curar-se (com magia ou antídoto) ou morrer. Armadilhas construídas por personagens que tenham a especialização Armadilha têm um bônus de +1 na FA.
  • Armadilha Explosiva: Tem uma FA igual à Armadilha de Ataque, mas custa 2 PMs a mais do que os gastos para somar a FA. Todos que estiverem em uma área de 1 m² da armadilha sofrerão dano (com direito a esquiva). A área de alcance aumenta em 1 m² a mais para cada PM extra gasto.
  • Armadilha Extenuante: Funciona exatamente igual à Armadilha de Ataque, mas drena PMs ao invés de danificar PVs.
  • Flagelo das Feras: O caçador recebe a vantagem Inimigo, mas valendo para monstros que pertençam tanto ao tipo Animal quanto Jardim (os tipos de criaturas foram discutidos na 2ª parte da adaptação).
  • Falcão: O caçador recebe um falcão como aliado. O falcão automaticamente ataca o mesmo alvo que o caçador, mas este pode gastar uma “ação” (um turno é uma “ação” e um “movimento”) para comandar que o falcão ataque outro alvo. Um falcão é uma criatura com F 0, H 3, R 2, A 0, PdF 0, Aceleração e Vôo. Seu primeiro ataque é um ataque surpreso; ou seja, seu alvo é considerado um alvo indefeso (FD = Armadura). A cada novo ataque, o falcão faz um teste de H +1 para tentar um novo ataque surpreso. Caso ele falhe em um teste, não poderá tentar novos ataques surpresas contra esse alvo. Um falcão sempre tenta usar esquiva ao ser atacado (com o seu bônus de Aceleração, claro).
Bardo

Papel de Combate: Baluarte ou Dominante.

Exigências: 15 pontos de personagem, kit Arqueiro, Magia Elemental.

Especial: Este kit só pode ser adquirido por personagens de sexo masculino. Eles usam instrumentos musicais como armas, mas (inacreditavelmente) continuam atirando flechas com os mesmos. O instrumento também pode ser usado para desferir dano por Força, portanto, sem a necessidade de trocar de armas para isto.

  • Flecha Melódica: O bardo pode atacar com PdF como se tivesse Ataque Especial II: acerta 3 inimigos com FA+2 gastando 4 PMs.
  • Lições de Música: Bardos aprendem, através da música, a controlar o ar e a manipular espiritualmente os outros. Este talento concede os efeitos da vantagem Elementalista para Ar  e Espírito.
  • Magias Adicionais #1: Acordar, Ataque Vibratório, Aumento de Dano, Ataque Vorpal, Barreira de Vento e Bomba Aérea.
  • Magias Adicionais #2: Bomba de Vento, Comando de Khalmyr, Desmaio, Flecha de Vento, Fúria Guerreira e Impulso.
  • Magias Adicionais #3: Inferno de Gelo, Marcha da Batalha, Marcha da Coragem, Nevoeiro de Hyninn e Ondas de Vento.
Odalisca

Papel de Combate: Baluarte ou Dominante.

Exigências: 15 pontos de personagem, kit Arqueiro, Magia Elemental.

Especial: Este kit só pode ser adquirido por personagens de sexo feminino. Sua arma deixa de ser o arco e passa a ser um chicote (PdF, corte), sem sofrer nenhuma penalidade, mesmo sem possuir a vantagem Adaptador. Mas ela não pode mais atacar com arco e flecha (ou receberá penalidade por troca de tipo de dano).

  • Estilingue: A Odalisca pode atacar com PdF como se tivesse Ataque Especial II: Acerta 3 inimigos com FA+2 gastando 4 PMs.
  • Lições de Dança: Odaliscas aprendem, através da música, a controlar o ar e a manipular espiritualmente os outros. Este talento concede os efeitos da vantagem Elementalista para Água  e Espírito.
  • Magias Adicionais #1: Acordar, Amor Incontestável de Raviollius, Aumento de Dano, Barreira de Vento, Canto da Sereia e Comando de Khalmyr.
  • Magias Adicionais #2: Desmaio, Fúria Guerreira, Impulso, Inferno de Gelo, Lâmina d’Água e Marcha da Batalha.
  • Magias Adicionais #3: Marcha da Coragem, Nevasca, Nevoeiro de Sszzaas, Ondas de Vento e Sono.

Clique aqui para ver o terceiro artigo completo, que ainda tem os kits Cavaleiro, Templário, Mercenário, Arruaceiro, Bruxo, Sábio, Ferreiro, Alquimista, Sacerdote e Monge.

Parte IV – Armas, Chapéus e Cartas

Peço desculpas a quem está pensando que vai encontrar aqui tabelas de armas e itens, mas uma verdade sobre o 3D&T é que ele não tem e nunca terá tabelas de armas. Também não adaptei chapéus e cartas de forma individual. Isso seria muito trabalhoso e desnecessário. Mas também não precisa ficar chateado: leia as descrições, entenda a mecânica e deixe que o roleplay (a interpretação) cuide do resto. Que fica a cargo da aventura preparada e pelo roleplay dos jogadores decidir se um chapéu é de papai noel ou de faraó, ou se uma carta tem um desenho de um poring ou de uma iguana gigante da nova guiné. Vem cá, tem coisa mais divertida que decidir e descobrir isso na interpretação e deixar regras de lado?

Armas e Itens de Batalha

O jogo possui uma grande diversidade de itens e têm algumas funcionalidades bacanas para eles. Vamos abordar aqui algumas dessas aplicações.

Informações importantes

Em termos de jogo qualquer item pode ser usado por qualquer jogador, não importa o nível. Como regra alternativa, o mestre pode proibir o uso de itens por personagens com menos de o triplo (ou só o dobro mesmo) de pontos. Assim, um item feito com 3 pontos não pode ser usado por personagens que tenham menos de 9 pontos.Uma arma também pode ser usada por qualquer classe. Mas, caso o mestre queira ser mais hardcore e dar restrições de classes, tudo bem. Uma dica nesse caso é permitir que personagens usem armas não permitidas por sua classe (kit de personagem) com um redutor de F ou PdF -1, semelhante ao redutor por uso de tipo de dano diferente. Da mesma forma, um personagem com a vantagem Adaptador poderia usar qualquer tipo de arma sem redutor algum.

Adaptando armas e armaduras

O 3D&T tem uma mecânica bem simples para trabalhar com armas e armaduras, por isso nem dá pra prometer muita coisa. Outro fato é que, embora o jogo tenha milhões de armas, não tem também porque ficar adaptando uma por uma. Caso haja alguma arma ou escudo interessante, com poderes legais e um nome imponente e o jogador (ou o mestre) quiser adaptá-lo, seria da seguinte maneira: a regra básica para adaptar um item é observar o nível dele. Esse nível será igual à quantidade de pontos que ele é feito.

Determinada a quantidade de pontos, basta construi-la com os bônus e poderes (e maldições) apresentados no Manual Alpha e também no Manual da Magia (um poder que seria muito usado é o Flagelo).

Lembre-se que toda arma mágica de 3D&T pode ter o tipo de dano (tanto físico como de energia) que o jogador quiser (escolhido na hora da compra), mas só um único tipo de dano. Então, uma espada com dano de Fogo pode até ser usada para cortar cordas ou madeira, mas não dará bônus contra inimigos com fraqueza contra dano de Corte.

Refinando

Primeiramente, apenas itens mágico podem ser refinados. Itens “normais”, sem poderes, bônus ou maldições, não podem. Sobre os itens mágicos, qualquer um pode ser refinado (armas, escudos ou armaduras – nada que querer refinar um anel) a menos que o mestre julgue que um item tenha um papel importante na história, afinal, quando se refina um item, ele corre o risco de quebrar.

Refinar um item aumenta apenas seu Bônus Mágico (F/PdF ou A). Para refinar, o personagem deve coletar minérios (fracon, oridecon etc) em forma de PEs. A quantidade é igual a metade do bônus mágico que irá se refinar. Só se pode refinar um bônus de cada vez, mesmo que se tenha PEs para refinar mais vezes. Após refinar (e rolar o dado), pode-se refinar outra vez (e fazer uma nova rolagem).

Sempre que mandar refinar um item, o jogador rola um dado. Tirando de 1 a 4, a refinação é um sucesso. Tirando 5 ou 6, o item se quebra e é perdido, juntamente com os PEs usados na refinação.

Slots

A quantidade de slots (espaço para fixar cartas) de um item é bem randômica. Sempre que comprar ou achar um item, o jogador deve rolar um dado e conferir o resultado:

  • 1 ou 2: O item não tem slots.
  • 3 ou 4: O item tem um slot.
  • 5: O item tem dois slots.
  • 6: O item tem três slots.

Uma vez que o dado foi rolado e a quantidade de slots foi determinada, nada pode ser feito. Slots não podem ser fabricados ou implementados de nenhuma maneira. Se for útil para a campanha, o mestre pode proibir que algum item importante tenha slots.

Clique aqui para ver o quarto artigo completo, que ainda tem informações sobre flechas, poções, iguarias, geradores, chapéus e cartas.

Parte V – Transclasses

Para começar, uma mudança (drástica) na mecânica de como surge um transclasse. No MMORPG, um personagem deve atingir o nível 100 e então renasce, como se fosse um personagem novo. Isso ia ficar bem cansativo de se fazer em uma mesa de RPG, além do que ia fazer uma salada nas campanhas e histórias até então. Já pensou seu herói tendo que perder todos os pontos, vantagens e perícias?

Sendo assim, no 3D&T, um personagem pode se tornar transclasse quando for feito com 25 pontos de personagem. Além disso, ele deverá pagar 2 pontos para adotar o kit, já que ele ainda tem o kit de Classe Primária (que foi de graça) e o kit de Classe Secundária (que custou 1 ponto, por ser um kit extra).

Também fiz uma coisa meio drástica. Não fiz lista de magias para kits com habilidades essencialmente mágicas (menestrel, odalisca, arquimago,  professor).

Bem, agora chega de papo, vamos aos kits mais apelativos já criados pro 3D&T:

Atirador de Elite

Papel de Combate: Atacante.

Exigências: 25 pontos de personagem, kit Caçador, PdF 6.

  • Tiro Preciso: Sempre que a flecha do atirador de elite matar um oponente (acabar com seus PVs) ela o trespassa e atinge outro alvo. Se esse com o dano, ela o trespassa e atinge outro, até que um alvo não morra. A flecha, claro, voa em linha reta, portanto não atingirá alvos que estejam fora da reta do tiro disparado pelo atirador de elite.
  • Caminho do Vento: O atirador de elite gasta 2 PMs no início do combate. Ele e seus aliados receberão um bônus de +1 na iniciativa e em testes de esquiva até o fim do combate.
  • Visão Real: Sempre que for fazer um ataque, o atirador de elite pode gastar 2 PMs extras conseguirá um acerto crítico na FA tirando 5 ou 6 no dado. Esse bônus não é cumulativo com outras habilidades que concedam o mesmo tipo de bônus, como Ataque Especial: Perigoso.
  • Falcão de Elite: O falcão do atirador de elite recebe Ataque Múltiplo e F+1 e A+1. Esse talento só pode ser comprado por personagens que já tenham comprado o talento “Falcão”, do caçador.
Menestrel

Papel de Combate: Baluarte ou Dominante.

Exigências: 25 pontos de personagem, kit Bardo, PdF5.

Especial: Este kit só pode ser adquirido por personagens de sexo masculino. Assim como o bardo, ele usa instrumentos musicais como arma, podendo atirar flechas (PdF) com o mesmo.

  • Bênção Protetora: Ao custo de 3 PMs, o menestrel pode ativar uma barreira de proteção que irá durar 3 turnos. Essa barreira impossibilita a aproximação de qualquer um, seja inimigo ou aliado, em um raio de 2 metros do menestrel. Por isso, ele não pode receber dano por Força, apenas por PdF ou magia (exceto magia que necessite tocar o alvo).
  • Vulcão de Flechas: O menestrel recebe a vantagem Tiro Múltiplo, mas o limite de tiros por turno é igual ao dobro de sua Habilidade.
  • Controle de Marionete: O menestrel paga 6 PMs e lança seu poder a um aliado. Esse aliado recebe os benefícios da vantagem Parceiro, com a diferença de que só funciona com características do menestrel (e o menestrel não recebe nenhum benefício). O aliado nunca recebe mais de 5 pontos em uma característica. Esse poder dura 3 turnos.
  • Bis: O menestrel pode usar mais uma vez a última magia conjurada. Ele paga metade dos pontos gastos (arredondado para cima). Não se pode usar um “bis” duas vezes seguidas.
Cigana

Papel de Combate: Baluarte ou Dominante.

Exigências: 25 pontos de personagem, kit Odalisca, PdF 5.

Especial: Este kit só pode ser adquirido por personagens de sexo feminino. Assim como a odalisca, ela usa chicotes (PdF) como arma.

  • Bênção Protetora: Ao custo de 3 PMs, a cigana pode ativar uma barreira de proteção que irá durar 3 turnos. Essa barreira impossibilita a aproximação de qualquer um, seja inimigo ou aliado, em um raio de 2 metros da cigana. Por isso, ela não pode receber dano por Força, apenas por PdF ou magia (exceto magia que necessite tocar o alvo).
  • Vulcão de Chibatadas: A cigana recebe a vantagem Tiro Múltiplo, mas o limite de tiros (ataque com o chicote) por turno é igual ao dobro de sua Habilidade.
  • Controle de Marionete: A cigana paga 6 PMs e lança seu poder a um aliado. Esse aliado recebe os benefícios da vantagem Parceiro, com a diferença de que só funciona com características da cigana (e ela não recebe nenhum benefício). O aliado nunca recebe mais de 5 pontos em uma característica. Esse poder dura 3 turnos.
  • Bis: A cigana pode usar mais uma vez a última magia conjurada. Ela paga metade dos pontos gastos (arredondado para cima). Não se pode usar um “bis” duas vezes seguidas.

Clique aqui para ver o terceiro artigo completo, que ainda tem os kits Lorde, Paladino, Algoz, Desordeiro, Arquimago, Professor, Mestre-Ferreiro, Criador, Sumo-Sacerdote e Mestre.

Esta adaptação do game Ragnarök para 3D&T foi feita originalmente no blog Elf’s Lair. Cinco artigos compõem esta matéria completa, clique em cada título para visitar o artigo com o material completo. Para outros posts da Megaliga Tokyo Defender, clique aqui.

Prelúdio – Vampiros do Oriente

Zhang Ziyi olha para lua e imagina que hoje será uma noite auspiciosa. Ela então termina de vestir a roupa cerimonial que usará nessa importante noite.

Ela roga a Buda que os debates sobre as ações a serem tomadas contra os kin-jin terminem. Seu Wu, o Trovão Vitorioso, participou de mais de uma guerra das sombras e, graças a Buda, saiu intacto delas.

A invasão de duas capitais da China bem na cara do Quincunx, juntamente com as hordas de Kin-jin que invadiram a costa chinesa e seus Príncipes da Bambu, acabaram com toda a tolerância do Quincunx.

Zhang coloca a sua espada e vai caminhando para o grande salão onde ocorrem os debates. Ela lembra que a última guerra das sombras ocorreu no mês passado e forçou as facções rivais a um acordo.

Os Justos Cruzados Repressores de Estrangeiros defendiam uma cruzada no território dos Kin-jins. Eles chamam de “O Plano das Cinzas”. Seu líder, um Mandarim dos Grou Resplandecentes chamado Hao Wie-Liang, é um astuto político.

Do outro lado, Os Harmoniosos Remendadores das Barreiras Rompidas pregam que os Kuei-jin deveriam se preocupar com o que está acontecendo aqui na China, pois se não conseguem manter seu território, o que dirá uma invasão. Seus líderes são a deliciosamente escandalosa, Jiejie Li e o Tigre-demônio Chiu Bao.

Ao chegar no salão, Zhang percebe que o Ancestral está no seu trono aguardando os dois lados começarem. Então, Jiejie toma a frente e começa.

Vestida com uma kimono de seda na cor verde, usando adornos de madeira em volta do seu belo pescoço  e um colar com 3 pedras de jade, sua voz aveludada e ouvida por todo o salão

— Honoráveis mestres.

Faz uma reverência profunda para o Ancestral.

— Depois de muito pensar, me aconselhar e consultar o horóscopo, percebi que hoje é uma noite auspiciosa. Portanto, colocaremos um ponto final a esse debate.

Ela olha diretamente para Hao e continua.

— Irmão, todos sabemos e concordamos que temos que tomar uma ação contra a praga kin-jin, mas não concordamos qual a forma. Faz uma pausa e continua. Temos Kin-jin em nossos territórios viciando o nosso povo em ópio. Duas das nossas capitais foram tomadas. Todavia, um ataque no território deles é uma opção.

Ela circula no meio do salão atraindo a atenção de todos. É de conhecimento comum que Jiejie é uma estrategista ímpar e sabiam que ela poderia, realmente, ter uma solução.

— Senhores, por que não fazemos os dois? Vamos colocar em prática o Plano da serpente de duas presas. A primeira presa começará uma ofensiva na cidade de Los Angeles, e lá criará um ponto de partida. A segunda presa atacará as bases kin-jin aqui e exterminará de uma vez essa praga do nosso território.

Olha para o Ancestral Ch’ang e os demais mandarins. Ao olhar para Hao, fala.

— O que vc acha, mandarim Hao?

Ela não espera a resposta, volta para seu assento ao lado de Chiu Bao.

Muito pensativo, Hao olha para os seus conselheiros e levanta.

— Ancestral Ch’ang, eu concordo com Jiejie. Contudo, proponho criar uma comissão para planejar todas as ações.

Ch’ang olha para Jiejie, esperando a sua resposta.

Ela balança a cabeça afirmativamente.

Hao sabe que se ficassem debatendo nunca iria ter guerra. o Plano da serpente de duas presas seria uma meia vitória, que é melhor que nada.

Então, o Ancestral Ch’ang levanta se e proclama.

— Está decidido. Quincunx vai à guerra. Que seja criada a comissão Extraordinária de Retificação das Fronteiras, com a Ancestral Jiejie, como Líder. Que os Deuses nos ajudem.

Todos se levantaram e gritaram os seus gritos de guerra.

Após passar a histeria da sessão, eu fui convocada ao escritório da Ancestral Jiejie.

Ao chegar, faço uma reverência para ela.

— Zhang, vc me serviu bem no passado. O futuro nos reserva coisas grandiosas, mas sei que essa nomeação me trouxe um inimigo poderoso.

— O mandarim Hao Wie-Liang? — Eu antecipo.

Ela olha para mim com atenção.

— Exatamente. Por isso quero você e seu wu em uma cidade especifica.

Ela se levanta e vai para um mapa da costa oeste dos EUA que estava na parede. Ela me chama para olhar.

— Seu wu vai para essa cidade com a missão de toma-la para mim.

Eu olho para mapa, percebo que é uma cidade costeira e pergunto.

— Por que essa cidade em especifico? O que ela tem de especial?

Ela se afasta e vai até a janela.

— Feng shui. Hao quer começar o ataque através de Los Angeles. Ele tem razão, tomar essa cidade seria excelente para nós, estrategicamente e financeiramente falando. Entretanto, o horoscopo e o feng shui mandam tomar essa cidade, chamada Roanoke.

Eu me sento no tatame e um criado me serve um chá. Então ela continua.

— Tem um problema: nossos espiões nos reportaram que a cidade é território de kin-jin e Chi’n ta. Portanto, vocês teriam que ter o máximo cuidado lá. Vocês terão um ano para tomar a cidade.

Eu levanto uma sobrancelha na menção do prazo.

— Um ano, Mandarim? Só o meu wu irá atuar?

Um leve sorriso

— Sim, algum problema para o Trovão Vitorioso?

— Nenhum, Mandarim.

— Obviamente, vou mandar um suporte. Vocês terão dinheiro, mas não muito. Vocês terão o apoio de um grupo pequeno de dhampir, que já estão indo para lá providenciar um refúgio seguro.

Ela abre uma gaveta, pega uma pasta e me entrega.

— Aí tem um dossiê com os Kin-jin e Ch’n ta mais famosos. Faça os seus preparativos, vocês partem em uma semana.

— Mandarim, gostaria de fazer um pedido. — Ela faz uma reverencia profunda e fica na postura. — Quando o Trovão Vitorioso retornar e entregar a sua cidade, eu acho que seria uma recompensa apropriada se nos fosse entregue um ninho de dragão.

A Mandarim olha para a kuei jin e estava quase reprimindo-a pela a insolência do pedido, quando percebe que a luz artificial da sala criou um arco íris por causa da pequena fonte que tinha atrás. Então, percebeu que o pedido deveria ser atendido.

— Seu pedido é razoável. Se conseguir o que lhe mandei, um ninho de dragão lhe será entregue. Entretanto, não ouse falhar, se não você vai desejar que os Reis Yama lhe peguem primeiro.

Desfaço a postura, me levanto, chego na porta e olho para ela.

— Voltarei vitoriosa como sempre. — E saio.

A invasão estava prevista para começar no ano novo de 1998. O Trovão Vitorioso chegou à cidade alvo em maio de 1997.

Prelúdio – Vampiros do Oriente

Autor: Michel Freire.
Padronização e arte da Capa: Raul Galli.

Para mais posts de Mundo das Trevas você pode acessar nossa página da Liga das Trevas, para isso é só clicar aqui!

A Lenda de Ruff Ghanor Vol.01 – O Garoto Cabra – Quimera de Aventuras

Um monastério. Uma vila. Uma horda de goblinoides. Um escolhido amaldiçoado. Um dragão. É muito provável que você já tenha visto uma aventura de RPG medieval fantástica com, pelo menos, três desses elementos. São mais clichês do que as referências a Senhor dos Anéis, mas a verdade é que clichês existem, pois quando bem utilizados, oferecem histórias incríveis!

A Lenda de Ruff Ghanor, Volume I – O Garoto Cabra, escrito por Leonel Caldela e publicado pelo selo Nerdbooks do site Jovem Nerd, trás esses e muitos outros clichês que nós já vimos em incontáveis épicos medievais, mas acomodados em uma narrativa que, na minha opinião, é incrível!

Como já é de praxe da estrutura do quadro Quimera de Aventuras, aqui você irá encontrar uma Resenha (Sem Spoiler) desta magnífica obra, além de alguns Ganchos de Aventura (Com Spoiler) para utilizar elementos do livro em seus jogos de RPG.

O Garoto Cabra

No primeiro volume desta saga, acompanhamos o início da história de Ruff, um garoto selvagem e brigão, que é salvo por membros do monastério de São Arnaldo.

Diferente de narrativas mais maçantes, onde a história de uma criança pode se estender por grande parte do livro, Leonel não perde tempo com os anos juvenis de Ruff, nos levando para os pontos mais relevantes de sua infância no monastério e resumindo o resto de seu amadurecimento com textos tão agradáveis de ler quanto assistir uma paisagem mudar enquanto o filme resume longas viagens de aventureiros.

Esse dinamismo pode ser visto durante o livro todo. A narrativa é direta e concisa, sem rodeios e meandros. Já tendo como referência os Nerdcasts de RPG e a consultoria dos criadores das Crônicas de Ghanor, Leonel parece saber muito bem a história que deseja contar, além das “mil e umas” feitas referências ao material original.

Contudo, mesmo não sendo uma das obras mais condizentes com o comportamento do autor, uma vez que ele mesmo já escreveu livros com dezenas de personagens e sub-narrativas, diria ser uma das melhores. Apelidado de “Bernard Cornwell brasileiro”, Leonel segue mantendo seu realismo bruto e doloroso, mesmo na presença de magia e milagres.

Mesmo sendo o primeiro livro, você já encontrará muitas deturpações da clássica “Jornada do Herói”, além de outras reviravoltas que podem deixá-lo boquiaberto. No entanto, a obra sofre das clássicas pautas abordadas.

Se você já está enjoado de todos esses elementos clichês do medievo fantástico, é provável que o livro seja pouco surpreendente, principalmente se for abordado com cinismo por parte do leitor, mas reforço que Leonel se dedica para, dentro das limitações de uma obra apoiada em um material pré-existente, trazer uma trama inesperada e impactante.

Quimera de Aventuras

Seguindo a orientação da Quimera de Aventuras, esse é o momento em que elementos do livro serão convertidos em propostas de aventuras. Reforço aqui o Alerta de Spoilers.

A Caridade de São Arnaldo

Toda a construção lógica de algumas religiões em Ghanor é inspirada no catolicismo, principalmente quando o assunto remete a existência da beatificação e santificação dos humanoides. Uma ideia que se deu início de uma experiência envolvendo arroz e um amigo do Azaghal, um dos autores do cenário original.

Assim surgiu São Arnaldo, um santo padroeiro dos humildes, pobres e miseráveis. Um santo que prega o cuidado, a cura e o carinho para com os necessitados. Um santo disposto a sofrer as dores do próximo e demonstrar piedade diante do sofrimento.

Pensando em colocar os jogadores para fazer algo diferente de caçar um monstro ou invadir uma masmorra, os aventureiros poderiam ser abordados por clérigos de São Arnaldo, para ajudarem-nos a conseguir comida, distribuir cobertores, arranjar lã para costurar roupas ou, até mesmo, braços extras para alimentar uma população vítima de uma doença. Pode ser menos épico, mas pode ter certeza de que os aventureiros irão salvar muito mais vidas cuidando dos necessitados, do que matando ogros nas florestas.

O Anão e o Inferno

Thondin é o maior dos ferreiros que já existiu em Ghanor. Segundo ele, após centenas de anos de prática, se tornou capaz de ouvir o metal e moldá-lo com trabalho manual e magia como nenhum outro anão, alcançando a imortalidade e a perfeição da prática metalúrgica.

Tudo isso resultou no seu exílio, no interior de uma cadeia de montanhas com cavernas que dessem até a fronteira com o próprio Inferno. Qualquer um que deseje alcançar seus serviços precisa vencer provações terríveis propostas pelos demônios, além de ter que lidar com a própria teimosia absurda do anão que deseja, acima de tudo, que alguém aprenda suas técnicas absurdas para que ele possa morrer (algo feito por Ruff neste livro).

Apesar dos exageros de Thondin, o narrador pode mexer seus pauzinhos para que um grupo de aventureiros possa alcançar o anão e, de alguma forma (uma barganha ou um favor), convencê-lo a forjar uma arma, armadura ou ferramenta que possa derrotar um grande vilão ou revelar um grande segredo.

Calabouços e Dragões

Ghanor é um mundo onde dragões se tornaram tiranos para que o mundo sobrevivesse ao apocalipse. Na época em que o livro se passa, muitos desses tiranos já foram mortos por outras monstruosidades ou humanoides que, com o passar dos séculos, já não se lembravam mais da necessidade dos dragões.

A queda de Zamir é apenas a vitória sobre o último destes dragões. Contudo, muitos outros existiram no passado e os aventureiros podem ter sido seus algozes. Os jogadores podem viver seu próprio trajeto de busca pela libertação da tirania de um dragão até a vitória sobre a poderosa besta invocada por demônios para guardar o mundo.


Por último, mas não menos importante, se você gosta do que apresentamos no MRPG, não se esqueça de apoiar pelo Padrim, PicPay, PIX ou também no Catarse!

Assim, seja um Patrono do Movimento RPG e tenha benefícios exclusivos como participar de mesas especiais em One Shots, de grupos ultrassecretos e da Vila de MRPG.

Além disso, o MRPG tem uma revista! Conheça e apoie pelo link: Revista Aetherica.

Híbridos – Biblioteca Arkanita

Esta semana, a iniciativa da Biblioteca Arkanita apresenta o netbook Híbridos, de Rodrigo “Lamazuus” Vaz Linn, um dos mais admiráveis autores do cenário Arkanun/Trevas. Este netbook descreve alguns dos possíveis híbridos do cenário de Arkanun/Trevas.

Conteúdo do netbook

O imenso e impressionante suplemento apresenta as seguintes informações:

  • Filhos de Anjos, incluindo as variantes Nephalins, Serah-Fayens e Mabiaks.
  • Filhos de Demônios, incluindo os Meio-Demônios, Kanates, Infernyuns e Sonubus.
  • Filhos de Vampiros, incluindo os já conhecidos Daiphiri e Sckahais.

Você pode baixar este netbook aqui mesmo na Biblioteca Arkanita. Clique aqui para iniciar o download do netbook. E continue acompanhando as postagens semanais da Biblioteca Arkanita para outros grandes netbooks como Híbridos!

Você pode também nos ajudar a movimentar o RPG fazendo parte do nosso Patronato. Mas se não puder, tudo bem! Venha fazer parte da nossa comunidade, começando pelo YouTube por exemplo.

Rokea – Feras de Lobisomem O Apocalipse

Rokea, os metamorfos tubarão do Mundo das Trevas, considerados os primeiros metamorfos a surgirem, guardiões dos mares e das águas de Gaia.

Qual papel desempenham no Apocalipse que se aproxima? Qual sua relação com os Garous e demais raças metamórficas? Que mistérios e segredos essa raça guarda e protege?

Talvez a mais inusitada de todas as raças metamórficas, sem sombra de dúvidas são fontes de inspiração de histórias muito boas, além de encaixarem em muitas lendas reais, principalmente brasileiras.

Rokea

Os Rokea afirmam ser a primeira das raças metamórficas, já que o Mar existia antes da terra firme aparecer em Gaia e os tubarões são anteriores a todos os predadores nascidos na terra. São efetivamente imortais, já que não podem morrer naturalmente. Uma vez que atingem a idade adulta, seu processo de envelhecimento para. A única maneira de um Rokea morrer é através de uma morte não natural.

Eles tendem a se reunir em pequenos grupos chamados Slews, semelhantes em propósito e comportamento às matilhas Garou. Os Caerns Rokea são lugares sagrados submarinos chamados de Grotto.

Se comunicam por meio de sinais elétricos chamados Sending. Eles podem receber esses sinais em todas as formas, mas não podem enviar mensagens nas formas Glabro ou Hominídeo. Eles também não podem entrar de lado na Umbra sem o uso de Dons, e têm grandes quantidades de Fúria guardadas em seus sistemas – e, ao contrário da maioria dos metamorfos, são incapazes de cair em um frenesi raposa. A palavra deles para frenesi é Kunmind.

São constantemente compelidos a se mover e têm dificuldade em ficar parados, mesmo em terra firme. A maioria é notoriamente xenofóbica e muito poucos saem da água. Suas relações com as outras raças metamórficas são tensas na melhor das hipóteses, com uma exceção: eles se aliaram aos Mokolé, a quem consideram mais próximo deles entre todos os metamorfos.

Sociedade Rokea

Hominídeos Rokea são incrivelmente raros. A maioria dos Rokea despreza os humanos e nunca consideraria procriar com eles. Além disso, para que um Hominídeo Rokea seja concebido, um verdadeiro Rokea tem que acasalar com um Kadugo, um parente humano de Rokea. Mesmo assim, a criança pode ser apenas um humano normal ou outro Kadugo.

Quase todos os Rokea nascem de tubarões. Um acasalamento entre um Rokea e um tubarão normal sempre produzirá descendentes Rokea. Das muitas espécies de tubarão do mundo, o Rokea se reproduz com cerca de 20%, escolhendo as espécies maiores e mais mortais como seus companheiros, geralmente tubarões-brancos, tubarões-tigre, tubarões-martelo, tubarões azuis, tubarões-raposa, tubarões-galha-preta e tubarões-touro.

Não existem Rokeas Impuros, já que não sentem vontade de acasalar um com o outro e, como tal, nunca os produzem.

As Formas Rokea

Os Rokea possuem cinco formas assim como os Garous:

Long Fins – As formas hominídeas da maioria dos Rokea, em particular os nascidos de tubarão, geralmente não são esteticamente agradáveis. Muitos são corcundas; seus rostos são muitas vezes tortos e apresentam narizes tortos, mandíbulas deformadas, olhos fundos, lábios leporinos e testas salientes.

Glabrus (Round Back) –  A forma Glabro, geralmente conhecida apenas por Rokea que vivem em terra  (os homens-tubarão que vivem no oceano têm pouco uso para isso). O Rokea perde todos os pelos do corpo e fica ainda mais feio do que sua forma hominídea. Ele ou ela dobra sua massa muscular e as costas se alargam à medida que a barbatana dorsal começa a se formar.

Gladius (Standing Jaws) – É a forma Crinos dos  homens-tubarão, uma forma de tubarão bípede de três metros, combinando o poder de um tubarão com a versatilidade de uma forma humana. Esta forma incita Delírio parcial em humanos.

Chasmus (Fighting Jaws) –  É um pesadelo pré-histórico que incita o delírio completo em humanos. O Rokea se transforma em uma versão gigante de sua forma de raça, semelhante à forma Hispo dos Garous.

Squamus (Swimming Jaws) – É a forma base da maioria dos Rokea, e esta forma é indistinguível de um tubarão normal.

Imagem do Livro da Raça Rokea
Augúrios Rokea

Os Augúrios dos Rokea, assim como acontece com os Garous, também é definido no momento do seu nascimento.

Brightwater (Águas Claras)-  nascidos durante dias claros ou luas cheias. Brightwaters são semelhantes aos Garou Ahroun e são guerreiros e heróis. No entanto, eles muitas vezes desejam estar perto da superfície do mar. Fúria Inicial 5.

Dimwater (Águas Turvas) –  nascidos durante dias nublados ou à noite sob qualquer fase da lua, exceto Cheia ou Nova. A maioria dos Rokea está sob este auspício. Eles são os juízes e líderes da raça Rokea e criam os poucos fetiches que os Rokea usam. Fúria Inicial 4.

Darkwater (Águas Escuras) – Chamados de “loucos” por seus pares, os Darkwaters nascem sob eclipses ou a Lua Nova. Eles são curiosos, inovadores, brilhantes e ousados. Gostam de mergulhar nas profundezas geladas do mar ou caminhar em terra para descobrir novos segredos. Fúria Inicial 3.

Depois de despertarem como seres inteligentes, os jovens Rokea realizam uma jornada conhecida como A Longa Natação, onde começam a explorar o oceano, conversando com quaisquer espíritos, homens-tubarão ou outras entidades que encontram e, eventualmente, encontram um Grotto onde um Rokea ou Espírito os ensina a mudar de forma. A partir deste momento, o jovem tubarão deixa de envelhecer e só pode morrer por violência, doença, veneno ou outros danos não relacionados à idade.

Mitologias e Crenças

Os Rokea protegem o Mar e tudo que há nele, e estão familiarizados com uma variação submarina da Tríade: Kun (a Wyld), que é responsável pelos peixes e mamíferos marinhos; C’et (a Weaver), rainha de todos os habitantes do oceano com conchas, e Qyrl (a Wyrm), criadora de lulas, polvos, chocos, lesmas, caracóis e outras criaturas marinhas desossadas. Rokea se consideram filhos de Kun.

Os Slews seguem os Totens assim como as matilhas de Garou. Os favoritos incluem Caranguejo, Golfinho, Furacão, Arraia e, claro, o próprio Tubarão. Um pequeno número de Rokea também serve Qyrl, no entanto, tal vínculo com a deusa da corrupção é considerado uma abominação pela maioria dos homens-tubarão, e aqueles que a seguem são caçados com pouca piedade.

São uma raça simples e honesta; raramente mentem ou manipulam e acham difícil perceber as manipulações dos outros.

Usando Rokeas em Jogo

Não é nada difícil ou impossível colocar Rokeas no Brasil pra jogar, dado o grande número de espécies de tubarões que temos nas nossas águas.

Vale destacar também o grande número de lendas e mitos que fazem parte da cultura brasileira relacionados às águas, sejam elas do mar ou dos rios. Não é nada impossível vincular lendas como Iara e Boto sendo Rokeas avistados por humanos.

E considerando que eles são imortais, muitos podem estar vivos desde os tempos em que os primeiros seres deram seus passos para fora da água, e com isso viram e participaram de muita coisa ao longo da história, só usar a imaginação!

Se quiser maiores informações sobre a presença e comportamento dos tubarões presentes no Brasil pra elaborar suas histórias, vale dar uma conferida nos sites Ambiente Brasil, Info Escola e Fio Cruz.

E se quiser mais dicas de como usar, só acompanhar as sessões de Mar de Mortos na Twitch do Movimento RPG!

Alojamento dos Cultistas – Falhas Críticas #88

O grupo precisava  entrar dentro do alojamento dos cultistas, para tirar um artefato que o Grande Paladino Maligno Ovi Lão estava em posse. Contudo os aventureiros possuíam a pessoa perfeita para o trabalho, Kall, o ladino do grupo, neste momento da aventura já era o mestre na arte da ladinagem.

Com o peito estufado, Kall declamou: “É a minha hora de brilhar, vou sozinho seus pé de chumbo”.

E para o espanto de todos, o ladino realmente foi impecável na sua empreitada. Acessou o alojamento por uma saída de ar na parte de cima do templo, o qual escalou de forma silenciosa e rápida, assim evitando os guardas da entrada. Caminhou entre as salas do templo furtivamente e escondendo-se nas sombras ou no teto quando alguma ronda passava. Abriu a porta do alojamento do Ovi Lão de forma extremamente furtiva e pegou o artefato sem fazer qualquer barulho.

Entretanto, Kall estava de frente para o grande vilão da campanha, que estava dormido de forma tranquila em sua armadura de metal forjado no sangue e lagrimas dos inimigos. O ladino poderia acabar tudo com um ataque de misericórdia.

Kall saca sua adaga e…. O ladinho havia esquecido que sua adaga possuía uma chama mágica que acendia assim que saísse da bainha, quando a sacou, o Paladino Maligno Ovi acordou e bom… Os demais aventureiros ainda estão procurando vestígios do corpo de Kall.

* = Falha Crítica ou 1 no dado.


Tenha sua Falha Crítica Publicada

Mande suas histórias de Falhas Críticas para nosso e-mail contato@movimentorpg.com.br. As melhores histórias vão ser eternizadas pelos ilustradores do Estúdio Tanuki e você vai poder ver aqui no site do Movimento RPG.


Alojamento dos Cultistas

Texto de: Iury Kroff.
Adaptação de: Douglas Quadros.
Arte de: Estúdio Tanuki.

Veja todas as tirinhas no nosso instagram ou diretamente no site.

Se você gostou da ilustração, ajude o ilustrador.

Degraus – A Sétima Chave – Quimera de Aventuras

Degraus é um dos contos presentes em A Sétima Chave, livro organizado por Cristina Pezel e que conta com a participação de outros escritores: Ana Lúcia Merege, Bernando Stamato, Diogo Andrade, João Paulo Silveira e Liége Báccaro Toledo.

O livro aborda contos de heróis com destinos interligados no mundo de Thalamh, um mundo medieval fantástico com uma mágia exclusiva, porém, muito poderosa para aquele que a domina, seja por acaso,  por mérito ou por um dom latente.

Como todas as histórias e personagens presentes na obra são muito carismáticos e possuem um grande apelo emocional, esta Quimera de Aventuras irá abordar independentemente cada um deles, não por ordem de preferência, mas por ordem de como as ideias foram surgindo, vamos lá.

Degraus

Escrito pela propria Cristina Pezel, este conto abre o livro e narra a historia de Tahni Alldar, um menino órfão de 9 anos que sobrevive nas ruas próximas a Nefeg realizando pequenos furtos. Logo no início ele encontra Jhaib, um monge de vestes esverdeadas que ao fazer o menino devolver o fruto de seu último furto o convence a seguir rumo ao templo que residia, apresentando a Tahni a oportunidade de aprender uma profissão e assim passar a se cuidar de maneira um pouco mais honesta, uma proposta irrecusável, pois agora o menino teria um lar.

No templo o garotinho encontra um grande amigo, Banjin, que na época era um pequeno acólito apenas e depois de um pouco mais de um ano, em uma cena bastante sensível, Tahni descobre sua magia interior, seu missão e decide seguir com Jhaib para seu destino, as Ruínas do Templo de Doigh.

E é lá onde ocorre o clímax da aventura. Como não vou dar nenhum spoiler sobre esse conto tão gostoso de se ler, agora vamos para a Quimera de Aventuras.

Quimera de Aventuras

Nesta sessão o conto entra na Quimera e colocamos algumas ideias de uso para aventuras de RPG. Entretanto fique ciente que para isto, possivelmente haverá alguns spoilers da obra. Leia por sua conta e risco.

Escadaria do Templo de Doigh

Quando chegam ao templo, Tahni e Jhaib encontram um bando de mercenários saqueando pedras preciosas incrustradas nos muros exteriores e acabam sendo pegos. Ao serem confrontados pela ira e ganância dos mercenários o monge parte para a batalha, protegendo o menino que tem como destino o interior de Doigh e que acaba, por infortúnio, descobrindo a imensidão de seu poder.

E agora, Narradores? Como utilizar esse conto?

  • Qual seria o melhor destino para o monge? O que isso afetaria a vida do menino?
  • Se Tahni descobre realmente a extensão de seu poder, ele consegue cumprir seu destino ou passa a ser um tirano?
  • E o destino em jogo? Como trabalhar uma aventura com “escolhidos”? Diluir o protagonismo entre jogadores ou trabalhar em cima de apenas um prometido?
  • Você já criou um jogo onde todos os jogadores são crianças, talvez orfãos lutando para sobreviver?
  • Como você coloca Presságios em jogo? Como algo mais rígido ou o destino é a soma de vários acasos?

É isso, espero que vocês tenham gostado e que tenham ficado interessados pela obra,  A Sétima Chave é um livro incrivel que vai com certeza proporcionar muitos sentimentos a quem o saborear, recomendo demais! Gostou das idéias? Mande seu comentário e não perca a oportunidade de acompanhar outras aventuras no mundo de Thalamh.

Infernun – Biblioteca Arkanita

Esta semana, a iniciativa da Biblioteca Arkanita apresenta o netbook Infernun, de Bernard “Lord Maihelkash” Coutinho, um dos mais admiráveis autores do cenário Arkanun/Trevas. Este netbook de inacreditáveis 411 páginas apresenta o plano decadente de Infernun, onde vivem as piores criaturas ainda sobreviventes no cenário.

Conteúdo do netbook

O imenso e impressionante suplemento apresenta as seguintes informações:

  • História e conceitos do plano de Infernun.
  • A descrição das Sete Fortalezas, os únicos redutos de sobreviventes, com as regras de sociedade para cada uma. Também apresenta o Izumo, a versão oriental de Infernun.
  • Regras para criação de personagem, com a descrição das raças de criaturas que podem ser usados como PCs e NPCs.
  • Descrição das principais ordens infernitas.
  • Lista de Aprimoramentos para aventuras envolvendo monstros e cultistas dos seres de Infernun.
  • Descrição dos Poderes Demoníacos exclusivos dos seres nativos de Infernun.
  • Os incríveis Poderes Qliphoticos, a versão corrompida dos titânicos Poderes Sephiróticos.
  • Lista de Fraquezas para os nativos de Infernun.
  • Explicação sobre a Corrupção e seus efeitos sobre o corpo, a mente e a alma de seres nativos ou tocados por Infernun.
  • Bestiário com monstros que ainda perambulam pelo plano decadente de Infernun.
  • Os assombrosos Artefatos criados em Infernun.

Você pode baixar este netbook aqui mesmo na Biblioteca Arkanita. Clique aqui para iniciar o download do netbook. E continue acompanhando as postagens semanais da Biblioteca Arkanita para outros grandes netbooks como Infernun!

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