Santa Cruz – Biblioteca Arkanita

Esta semana, a iniciativa da Biblioteca Arkanita apresenta o netbook Santa Cruz, feito pela talentosa escritora Leona Wolf, cujo nickname nos antigos fóruns da Daemon era Hallowone, chegando a criar uma página no Facebook com este nome para discutir suas obras (clique aqui para saber mais sobre as outras contribuições dela para o Sistema Daemon). Este netbook é na verdade um panorama para o que a autora chamou de “horror barroco colonial”, cujo cenário é o próprio Brasil em sua época colonial. No entanto, as 127 páginas desta grande obra são apenas parte de tudo o que a autora criou, e no site PerSe é possível comprar a versão impressa desta obra, com quase o dobro de páginas (202 páginas, no total) com muito conteúdo extra – clique aqui para comprar.

Conteúdo do netbook

O suplemento gratuito apresenta as seguintes informações:

  • Introdução, História do Brasil Colonial e descrição da sociedade colonial, tudo para inserir os jogadores no clima do Brasil colonial segundo o cenário de Arkanun/Trevas.
  • Regras para criação de personagens da época, com Perícias e Aprimoramentos adequados à tecnologia e cultura coloniais.
  • Uma imensa lista de Perfis de personagem das origens europeia, ameríndia e africana, com descrições de tribos indígenas, questões ligadas à escravidão tanto de ameríndios como de africanos na época e de grupamentos de resistência como a Tamuya e os Quilombos.
  • Regras ligadas a evolução, testes, combate desarmado, doenças e envelhecimento.
  • Bestiário apenas com criaturas reais como gaviões, cachorros do mato, cães de caça, capivaras, harpias, jacarés e muitos outros.
  • Bestiário de criaturas sobrenaturais que os personagens podem encontrar em suas campanhas, incluindo metamorfos como MetamorfosAnhangásCucasIarasSacisCurupirasJudeus ErrantesCaruanasYauaretêsMuaris (ou Lobisomens Amaldiçoados), e muitas, muitas outras criaturas em uma listagem que ocupa 17 páginas.
  • Descrição de possíveis cenários para aventuras.
  • Regras diferenciadas para Poderes da Fé para Sacerdotes Yorubas.

Em vez de ser apenas um suplemento para Arkanun/Trevas, Santa Cruz atua na verdade como seu próprio Módulo Básico, oferecendo um cenário totalmente diferente da Europa Medieval de Arkanun e do Ocidente Contemporâneo de Trevas. Leona Wolf inovou ao apresentar o Brasil Barroco Colonial como cenário para campanhas usando o Sistema Daemon e o cenário de Arkanun/Trevas para oferecer sua visão geográfica sobre o Brasil em outra época.

O livro completo, que pode ser comprado no PerSe e possui 202 páginas, oferece muito mais informações, como o uso da Magia da época colonial (com Rituais muito ligados à época), Sociedades Secretas especialmente formadas por ameríndios e africanos (destaque para a Casa do Jaguar e para a Ordem de Imale), a descrição do mundo feérico de Pindorama, e a possibilidade de jogar com as seguintes criaturas sobrenaturais: Povos FeraIcamiabasKupendiepesJurupariApariçõesMortos VivosAmaldiçoados, e Anjos e Demônios.

Você pode baixar este netbook aqui mesmo na Biblioteca Arkanita. Clique aqui para iniciar o download. E continue acompanhando as postagens semanais da Biblioteca Arkanita para outros grandes netbooks como Santa Cruz!

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Matilha – Conceitos de Lobisomem: o Apocalipse

Matilha (do original Pack, que seria mais Alcateia na verdade…) é a junção ou grupo de Garous, abençoados por um Totem em comum, e que se unem em prol de um objetivo maior.
Muito diferente dos clássicos grupos de RPG medieval, as Matilhas são ao mesmo tempo uma ferramenta narrativa e uma forma de socialização da Sociedade Garou.

 

A MATILHA

Enquanto Tribo, Raça e Augúrio são determinações do nascimento, a Matilha é uma determinação da vivência.
Uma Matilha é uma união forte, poderosa, e acima de tudo, opcional.
Mesmo que eventos intrínsecos levem Garous a se unirem, essas “uniões momentâneas” não são de fato consideradas a criação de uma Matilha, e sim apenas um grupo.
Uma Matilha é para a Sociedade Garou como a família que acolheu e aceitou Garous como irmãos/irmãs e extensões de si.
Uma Matilha é coesa, harmônica, confiável, funcional.
Formar uma Matilha não é simplesmente juntar os personagens e pronto, está formada.
É uma ótima oportunidade para fortalecer laços, criar vínculos, explorar pontos fracos e fortes e focar na narrativa individual de cada pessoa jogando.

A Matilha Tornado, por filhotedeleao no DeviantArt

TOTEM DA MATILHA

Em termos de regras, quem de fato faz a junção da Matilha é o Totem.
O Totem é um poderoso Espírito, seja ele animal, elemental ou força primordial que guia, aconselha e protege a Matilha.
O Antecedente Totem pode ser usado tanto para personagens de forma individual, quanto para toda a Matilha.
Para pontuar o Totem da Matilha os pontos de todos os personagens no Antecedente são somados e utilizados para determinar o nível de poder do Totem da Matilha.
Vale lembrar que, assim como dogmas que precisam ser cumpridos referentes ao Totem da Tribo, os dogmas referentes ao Totem da Matilha também devem ser seguidos por todos os personagens que fazem parte dela.
Um Totem será tão poderoso quanto o investimento em pontos que a Matilha fizer nele (e abordaremos os Espíritos um pouco mais à frente por aqui).

Uma Matilha à caça

MAIS DO QUE MIL, SOMOS UM

Entre as vantagens de ser uma Matilha, podemos colocar o fato de como as personagens se encontram no mundo.
O cenário de Lobisomem: o Apocalipse apresenta muitas formas de quebrar e fragilizar ao extremo as personagens de jogadores em geral.
Subitamente as personagens veem seus mundos mudar por completo, perdem a ligação com o “mundo humano”, se encontram com seu lado espiritual, e são jogados em uma batalha que até então desconheciam.
E como se isso tudo não bastasse, ainda se veem enfrentando preconceitos de Tribos, Augúrios, Raças e até mesmo particularidades de sua prévia vida humana/lupina.
Dessa forma, a Matilha se torna a “família” de fato.
Esse nível de aceitação, cumplicidade e parceria supera os “vínculos afetivos” do mundo humano ou que previamente poderiam ter sido estabelecidos.

 

DIFERENTES, MAS NEM TANTO

Embora muitas pessoas pensem que o que forma uma matilha funcional sejam as diferenças, a prática é muito diferente disso.
O que muitas vezes forma uma Matilha funcional e assertiva, são a capacidade de aceitar as diferenças, a humildade de reconhecer os pontos fortes e a confiança de que o restante da Matilha estará lá para cumprir seu papel.
Muitas vezes as matilhas são formadas por Garous de diferentes Augúrios, de forma que suas funções e seus papéis sejam bem definidos e delimitados.
Mas nada impede que uma Matilha de um único Augúrio exista e se fortaleça.
Ao fim, o que pode ser notado é que muitas vezes uma Matilha é formada mais por personagens que se assemelham e se completam, que por personagens que “tapam buracos com suas diferenças”.

Uma Matilha no game Werewolf The Apocalypse – Earthblood

Espero que esse texto tenha te ajudado a entender a ideia das Matilhas, e já que você está por aqui, que tal acompanhar a primeira parte da nossa jogatina de Kult: Divindade Perdida? Ou então dar uma conferida no artigo do Diemis Kist sobre Shadowrun que tá muito bacana!

 

Gigantes Mitológicos – Biblioteca Arkanita

Esta semana, a iniciativa da Biblioteca Arkanita apresenta o netbook Gigantes Mitológicos, feito em parceria por Henrique “Morcego” Santos e por Péricles “Thieface” Vinicius. Este netbook busca revelar diversas raças de gigantes ao redor do mundo, com menções a diversas culturas de todos os continentes. Este netbook é um dos primeiros feitos em parceria na época do primeiro Fórum Daemon.

Conteúdo do netbook

O suplemento apresenta as seguintes informações:

  • Regras para interação entre personagens de tamanhos diferentes com relação a testes, disputas, combate e capacidades físicas afetando os Atributos, assim como o Aprimoramento Cresce-Míngua, que permite a um Gigante assumir o tamanho de um ser humano mediano.
  • Diversas raças gigantes, incluindo Curiguerês, Gibborim (com as tribos Anakim, Awwim, Emim, Horim, Rephaim e Zamzummim), Gigas, Korybantes, Kotan-Nukur, Kyclopes, Quinametzin Huetlacame, e os Trolls.
  • Poderes de Gigante, alguns deles para qualquer uma das raças citadas, outros como capacidades especiais apenas para uma raça específica (como o Ig aos Curiguerês, Olhar aos Kyclopes etc.).
  • Uma boa lista de RituaisItens Mágicos para campanhas envolvendo gigantes.
  • Antagonistas e Coadjuvantes para campanhas com gigantes, incluindo kits como Cavaleiro de OgrosMatador de GigantesPlentyn Newid, membros da Sociedade Secreta das Icamiabas, gigantes Spriggan e membros da Yeled Sufa.
  • Uma grande lista de Gigantes Notáveis, com 5 páginas repletas de personagens da mitologia, literatura e cultura pop.

Gigantes Mitológicos oferece uma criatura diferenciada para campanhas de Arkanun e Trevas, com uma abordagem especial sobre os antigos gigantes filhos dos anjos que causaram o Dilúvio bíblico, e que causou a fundação da Yeled Sufa, de antigos bruxos pagãos cananeus.

Você pode baixar este netbook aqui mesmo na Biblioteca Arkanita. Clique aqui para iniciar o download. E continue acompanhando as postagens semanais da Biblioteca Arkanita para outros grandes netbooks como Gigantes Mitológicos!

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Vantagens Lúdicas para 3D&T

Este artigo sobre Vantagens Lúdicas para 3D&T foi publicado originalmente no blog Dioverse, clique aqui para acessar o conteúdo completo. Para ver outros artigos da iniciativa da Megaliga Tokyo Defender, clique aqui.

Uma coisa que eu sei é que RPGista ama dados de todas as faces e cores, então vamos brincar com eles?

No Manual do Aventureiro, temos a opção de acrescentar um Dado de 6 faces (D6) a mais nas jogadas de FA e FD no Defensores Alpha, inclusive com um novo nível de acerto crítico. Muitos não receberam lá bem a ideia e algumas pessoas simplesmente ignoraram. Eu abracei com minha alma. Esta pequena regra abre toda uma possibilidade de acrescentar dezenas de possibilidades de jogadas e variações, inclusive a chance de ter variantes inteiras do jogo.

O que eu quero propor abaixo são vantagens que usam estes dados variantes e combinações de dois dados para dar uma cor a mais ao jogo. Não recomendo abraçar estas vantagens alternativas todas de uma vez ou despejá-las em jogos que já estão andando – os resultados podem ser avassaladores. Eu também não sou a melhor pessoa de estatísticas, ou seja, estas regras possuem muito poucos ou nenhum teste, mas podem dar muita variedade e diversão ao jogo.

Para este material vamos chamar o Dado original do jogo de Dado base e o dado extra da regra alternativa do Manual do Defensor de Dado Heroico, tudo que eu for me referir eu falarei desta forma.

VANTAGENS LÚDICAS

Todas as vantagens apresentadas a seguir lidam com variantes do D6 usado nos jogos de Defensores de Tóquio 3E Alpha. Elas lidam basicamente com FA e combate, mas caso forem ser utilizadas em outros testes, aconselho muito piamente usar as regras de teste contra dificuldade do Manual do Defensor. O termo Lúdico vem baseado nos jogos de tabuleiro normais, porque aqui basicamente vamos mexer com a parte mecânica do jogo.

BASE ALTERNATIVA (1 ponto)

Seu personagem faz testes de FA de uma forma diferente de outros. Seja qual for o motivo, ele não usa D6 para determinar sua FA nem mesmo sua FD; caso use testes contra dificuldade para perícias, esta vantagem também afeta suas testagens. Escolha um dado entre D4, D8 e D10: a partir de agora, ele substitui o dado base original em todos os seus testes.

DADO HEROICO (1 ponto)

Esta vantagem pode ser escolhida apenas por personagens que tenham ultrapassado os 10 pontos em sua evolução ou sejam criados com 10 pontos ou mais. Para todo teste de FA e FD, acrescente um segundo D6 para testes. Este dado soma normalmente com o dado base e é chamado de Dado Heroico. Acertos críticos mudam quando se escolhe esta vantagem: qualquer valor 6 no Dado Heroico é um crítico; caso os dois dados rolem 6, temos um Ataque Devastador que vai aumentar em 1 o multiplicador de dano, triplicando no lugar de duplicar o dano do ataque. O mestre pode também determinar que esta vantagem vale para todos da mesa e seus NPCs. Isso é valido em jogos com pontuações muito altas; neste quesito, esta vantagem não pode ser escolhida.

No post original, você ainda tem acesso a outras vantagens lúdicas como Heroico Alternativo, variantes para Ataque Especial, Aceleração e Ataque Múltiplo Potente.

Este artigo sobre Vantagens Lúdicas para 3D&T foi publicado originalmente no blog Dioverse, clique aqui para acessar o conteúdo completo. Para ver outros artigos da iniciativa da Megaliga Tokyo Defender, clique aqui.

Animalismo – Disciplinas de Vampiro: A Máscara

Bem-vindos à nova série de posts sobre Vampiro: A Máscara. Vamos destrinchar um pouco das disciplinas, começando pela mais subestimada de todas: O poder sobre os animais.

Background

Como dito anteriormente, Animalismo costuma ser uma disciplina muito subestimada pelos jogadores. Controlar animais parece pouco se comparado à mais impressionante Metamorfose. Criar garras ou se transformar em lobo parecem, à primeira vista, mais atrativos que falar com passarinhos, mas Animalismo tem muitas outras funções, como o controle da própria Besta. Por isso, encaixa nos ideais de auto-perfeição dos Tzimisce. Gangrel já têm uma relação mais próxima com a própria natureza, praticando muito o “curtir a onda” do frenesi, e o Animalismo é uma extensão natural dessas práticas, enquanto Ravnos e Nosferatu vêem no controle dos animais uma ótima ferramenta para coletar informações.

Você também pode usar Animalismo para simplesmente
pregar peças nos seus colegas de coterie. Por que não?

Poderes (V5)

Em termos de regras, vamos falar sobre a edição mais recente. Muita coisa mudou na forma como o sistema aborda as disciplinas. Praticamente todas têm opções diferentes de poderes nos vários níveis. Várias disciplinas foram combinadas, alguns poderes exclusivos de clã foram incorporados em outras disciplinas e por aí vai. Vamos ver então como ficou o Animalismo.

Como o jogo ainda não foi lançado oficialmente em português, os nomes dos poderes estão em inglês.

Nível 1

Os jogadores antigos vão sentir falta de conversar com animais já nesse nível, mas ao invés disso eles podem ter uma espécie de animal carniçal (Blood Famulus) que é mais suscetível aos outros poderes de Animalismo. Ao invés disso, também é possível optar por sentir a Besta (Sense the Beast), já iniciando o caminho do auto aperfeiçoamento através da disciplina, uma faceta que só aparecia em níveis mais altos nas edições anteriores.

“Quem é a corujinha fofa do papai? Quem é essa coisinha sangrenta?”

Nível 2

Neste nível é possível invocar e se comunicar com animais (agora um único poder – Feral Whispers). Falar com animais sempre depende do nível de inteligência da criatura (e do narrador interpretar bem isso), mas muitas vezes eles só conseguem comunicar ideias muito diferentes daquelas vivenciadas por um ser humano. Muitos animais vivenciam cheiros e sons de uma maneira muito mais rica que nós seres humanos, e saber decodificar essas informações é essencial para fazer um bom uso dessa disciplina.

A HQ oficial de Vampiro, Winter’s Teeth, trouxe em seu terceiro número o poder Atavism, capaz de impor a um animal um estado semelhante ao frenesi, reduzindo sua mentalidade aos instintos mais básicos (lutar ou correr).

Nível 3

Neste nível de animalismo é possível optar por nutrir-se de sangue animal de maneira mais eficiente (Animal Succulence) ou acalmar a Besta de outra criatura (Quell the Beast). O primeiro poder é útil para vampiros que têm dificuldade de viver entre os mortais ou que preferem tentar manter uma Humanidade elevada. O segundo poder pode ser útil para se alimentar quando utilizado em mortais, mas também serve para diminuir a letalidade de um adversário prestes a entrar em frenesi ou mesmo para acalmar colegas de coterie mais explosivos.

Usuários de Ofuscação também têm acesso ao poder Unliving Hive, permitindo estender os poderes de Animalismo a enxames de insetos e criaturas rastejantes. É possível inclusive fazer de um enxame um Famulus usando o nível 1 da disciplina e até esconder os insetos dentro do próprio corpo!

Típico churrasco Gangrel.

Nível 4

O poder mais clássico e significativo da disciplina está aqui. Subsume the Spirit permite transferir a mente para o corpo de um animal. Enquanto está no corpo do animal, o corpo do vampiro fica em torpor e, se estiver em um lugar seguro, o vampiro pode inclusive permanecer no corpo do animal durante o dia. Essa disciplina também é muito útil para fins investigativos, uma vez que o vampiro tem acesso aos sentidos refinados do animal.

Nível 5

Aquela imagem impressionante do vampiro comandando verdadeiras matilhas de lobos é alcançável com Animal Dominion. Com uma dificuldade alta, é possível até fazer com que os animais traiam seus próprios instintos, lutando até a morte contra outra criatura, por exemplo.

No lado do controle da Besta temos Drawing Out the Beast, que permite que o vampiro “transfira” seu frenesi para outro alvo. É possível inclusive transferir o frenesi para um mortal (o que deve gerar cenas muito peculiares se for um frenesi de fome).

Por fim

As disciplinas em Vampiro dependem muito da criatividade do usuário para serem realmente eficientes. Citamos aqui alguns dos usos mais comuns, mas fique à vontade para comentar abaixo os usos criativos que você já tenha feito ou presenciado. E não se esqueça de checar o texto do Gustavo Demon sobre Kult e o Contrato do Horror.

Bom jogo a todos!

Arqueiro Acrobata Entalado – Falhas Críticas #48

O grupo estava preso a dias dentro de uma prisão do reino. Quando Tobias, o Bardo, teve a excelente ideia de fazer truques arcanos e fazer com que o guarda se aproximasse das barras da cela e Kall, o ladino, aproveitou a chance para pegar o molho de chaves que abria a sela.

O grupo então começou a sua fuga da masmorra, e o observador Thinkerbel, o Arqueiro Acrobata, lembrou o grupo que ele tinha visto uma saída de ar em um determinado corredor, então os aventureiros correram até este lugar.

Tobias foi o primeiro a tentar passar pela estreita passagem, fez um teste com toda sua acrobacia 0 e conseguiu passar, seguido por Kall e Bárbara, a Barbara. Botina como estava a armadura ficou por último enquanto removia a mesma. O Arqueiro Acrobata querendo mostrar sua habilidade foi passar pelo lugar e … . Desesperado e entalado, Thinkerbel usou um Hero Point para rolar novamente e… . Com isso ao se debater para passar derrubou Botina que caiu com sua armadura fazendo barulho e alertando os guardas de todo o lugar.

Suplicando pela ajuda de Bárbara, Thinkerbel falava: “PUXA, PUXA…”. A poderosa bárbara puxou com toda sua força e… .

Botina não teve culpa desta vez galera, mas…


Tenha sua Falha Crítica Publicada

Mande suas histórias de Falhas Críticas para nosso e-mail contato@movimentorpg.com.br. As melhores histórias vão ser eternizadas pelos ilustradores do Estúdio Tanuki e você vai poder ver aqui no site do Movimento RPG.


Arqueiro Acrobata Entalado

Texto de: Pedro Colares.
Adaptação: Douglas Quadros.
Revisão de: Raul Galli.
Arte de: Estúdio Tanuki.

Veja todas as tirinhas no nosso instagram ou diretamente no site.

Se você gostou da ilustração, ajude o ilustrador.

 

Se você gostou do texto, ajude o redator. Chave Pix: 41a05435-fa8d-4e13-b7fd-78fae8eaa918

Arquivos de Bel Kalaa – Biblioteca Arkanita

Esta semana, a iniciativa da Biblioteca Arkanita apresenta o netbook Arquivos de Bel Kalaa, feito por Bernard Coutinho, conhecido nos antigos fóruns da Daemon como Lord Maihelkash. Nesta versão 2.3, Bernard concentra em inacreditáveis 607 páginas as informações para uma campanha completa de dark fantasy.

Este netbook é dedicado a descrever todo o plano físico de Ark-a-nun, aquele imediatamente abaixo da Terra, lar de seres que se corromperam em um mundo em estágio avançado de degeneração e corrupção pela magia e pela veneração a deuses-monstro de locais ainda mais atemorizantes.

História de Ark-a-nun

Em quase 60 páginas, a história do plano de Ark-a-nun é tratada em minúcia, descrevendo todos os eventos que ocorreram no plano nos últimos milênios. As interações entre personagens lendários do próprio plano com seres de poder incomensurável vindos de outros locais da chamada Orbe do Grande Coyote, como é chamada a Orbe que contém Ark-a-nun e a Terra entre outras áreas.

Conteúdo do netbook

O suplemento apresenta informação em volume colossal, incluindo:

  • Entre as diversas raças de Ark-a-nun, são descritos os Ark-a-nosAnzilluAkrabusArkerontesZsne’MulAnansisDactiloiDjinniDraganosImpsNaguais, o Povo Serpente, os ProfundosSernezsSe’Irim e as Sombras.
  • A geografia de Ark-a-nun é descrita com uma infinidade de detalhes em cada reino e região incluindo também os idiomas falados, Estigmas e Máculas regionais em 220 páginas de um tratado geopolítico admirável.
  • Kits de habitantes de Ark-a-nun, como o Assassino de Magos, Detetive de EnankaMitlchimalli e muitos outros
  • As principais sociedades secretas de Ark-a-nun como a Escola dos Mares Arkanos, a Irmandade do Signo Amarelo, a Irmandade Bel-Kalaa, a Ordem de Aeeriton, a Ordem dos Ventos Mardukiana, a Ordem de Coacalco, o Templo de Mitras, a Ordem das Chamas Primordiais, a Sociedade Negra de Shazu e o Templo de Tiamat.
  • Diversos Aprimoramentos especiais para o cenário de Ark-a-nun, especialmente aqueles para influência de capacidades mágicas.
  • Características que influenciam na estrutura física, mental e espiritual de cada habitante de Ark-a-nun, chamadas MáculasEstigmas.
  • Uma grande lista de Poderes Arkanitas, possuídos apenas por raças de Ark-a-nun.
  • Novas PeríciasManobras de Combate para habitantes de Ark-a-nun.
  • Relíquias de Ark-a-nun, que podem ser utilizadas como elementos de interesse em campanhas envolvendo este plano.
  • Uma interessante listagem de Alfabetos Místicos para inspirar seus pergaminhos de magia.
  • Um Bestiário com aproximadamente 10 páginas de criaturas de todos os portes e naturezas em Ark-a-nun.

A cada nova versão, Bernard adiciona mais e mais informações a um netbook que não é nada menos que impressionante pelo volume de informação.

Você pode baixar este netbook aqui mesmo na Biblioteca Arkanita. Clique aqui para iniciar o download. E continue acompanhando as postagens semanais da Biblioteca Arkanita para outros grandes netbooks como Arquivos de Bel Kalaa!

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Vamos Falar Sobre Gatilhos? – Off-Topic #22

Saudações, Rpgista! Vocês já se preocuparou com Gatilhos durante as sessões ou narrativas?
Recentemente aqui no Movimento RPG começamos uma mesa de Kult – Divindade Perdida, com narração do Raull Galli, e um dos pontos que necessitamos debater antes de começar foi justamente sobre os possíveis gatilhos.

Esse debate fez parte do “Contrato do Horror”, que o Gustavo “Demon” explicou melhor AQUI.

 

O QUE SÃO GATILHOS?

Gatilhos são menções, atos, referências ou abordagens que “despertam” algum tipo de lembrança ou sensação, geralmente de forma negativa.
Lá no primeiro Off-Topic, falando sobre o Bleeding, mencionei sobre uma narrativa em que o tema Estupro foi abordado, e como isso gerou um Gatilho e um Bleeding que, por fim, acabaram sendo positivos.
E já comentei bastante sobre Bleeding aqui nos Off-Topics, e até lá no Podcast Dicas de RPG.
A grande questão é que nem sempre abordar ou trazer à tona algum elemento de Gatilho pode ser benéfico ou produtivo para as pessoas presentes.
Todos nós, enquanto seres humanos, temos nossas lembranças e momentos ruins, que preferimos esquecer.
Não raras vezes, nosso próprio subconsciente nos impede de acessar tais memórias para preservar nossa sanidade sentimental e psicológica.
E não existe uma fórmula do tipo “Gatilhos são assim e assado”.
Cada pessoa tem seu Gatilho, seus temas que prefere não abordar, suas limitações, e isso é normal!

Kult – Divindade Perdida, um RPG cujas regras tem alerta sobre Gatilhos

ESTABELECENDO GATILHOS

O ideal é que, antes de iniciar uma sessão, ou de começar uma narrativa com novas pessoas, seja feito um bate-papo para que os limites e pontos frágeis sejam estabelecidos.
Não é nenhum demérito deixar claros assuntos, temas ou cenas que te deixam desconfortável de alguma forma.
O intuito do RPG é sempre o de divertir e alegrar, e convenhamos que ficar flertando com gatilhos não é nada divertido, né?
Reúna todas as pessoas que vão jogar, dê uma ideia do cenário e do tom de narrativa, estabeleça os principais elementos que serão abordados durante a jogatina.
E não se esqueça de pedir à todas as pessoas que vão jogar para que definam seus limites, assuntos e temas que devem ser evitados, e qualquer tipo de conteúdo que seja “desagradável” ao bom andamento da jogatina.

 

FUGINDO DE GATILHOS

Existem gatilhos que são inesperados.
Muitas vezes nós não sabemos que algum elemento ou cena podem nos fazer mal de alguma forma, e isso é normal.
O autoconhecimento é um processo constante, e muitas vezes é quando estamos submetidos à determinado evento ou fator que conseguimos de fato perceber o que nos faz mal ou não.
Se durante uma sessão algum ponto causar o mal estar, não se reprima: deixe bem claro que o ponto é incômodo, e se possível o por que desse incômodo.
Como eu disse antes, não é nenhum demérito estabelecermos esses pontos.
Evitar gatilhos em momento algum deturpa ou impede um bom desenrolar narrativo ou de jogo.
Precisamos prestar atenção nas pessoas ao nosso redor que estão jogando conosco, seja presencial ou online, para que tudo caminhe da melhor forma possível, e principalmente, de forma divertida.

Gatilhos existem, e falar sobre eles está tudo bem!

COMO IDENTIFICAR GATILHOS?

Identificar os gatilhos é mais simples do que parece.
Sabe a sensação ao ver uma cena de um filme que causa desconforto?
Aquela sensação de choque ou perturbação que estragam a experiência de assistir a um filme?
Esse é um claro sinal do Gatilho!
Toda e qualquer situação, tema, cena, narrativa, uso de palavras ou termos que cause uma sensação de mal-estar e desconforto, que te tire da sua situação de tranquilidade, é um Gatilho.
Como esses Gatilhos variam de pessoa a pessoa, e alguns nós nem sabemos que temos, cabe a cada um de nós também prestar atenção a esses pequenos detalhes.
Nos causa incômodo, devemos deixar isso claro!
Para algumas pessoas são assuntos que envolvam políticas, para outras são os ligado à algum tipo de crime, e muitas não gostam de violência por exemplo.
O mais importante é identificar a sensação de desconforto. Ela surgiu, sinal vermelho!

 

VIDA LONGA À DIVERSÃO

Agora que os Gatilhos estão “na mente”, e que já temos a noção que precisamos prestar atenção neles, vamos colocar isso em prática.
Reúna-se com as pessoas que vão jogar com você, estabeleça os limites, verifique os pontos.
Defina sinais para notar gatilhos durante a sessão, ou sinais para parar.
Preservem sua diversão!
E já que falamos de Kult, conheça lá mais sobre o jogo AQUI, e confira também o que saiu na Liga das Trevas essa semana, que tá bem legal!

Dons – Conceitos de Lobisomem: O Apocalipse

Dons são os poderes sobrenaturais que os Garous são capazes de usar.
Enquanto Vampiros podem fazer uso das Disciplinas e os Magos possuem suas Esferas para usar seus talentos sobrenaturais, os Garous aprendem seus talentos diretamente dos Espíritos e os chamam de Dons.
Os Dons variam de acordo com a categoria e tipo de Espírito que os ensina, mas podem rivalizar facilmente com outras habilidades do Mundo das Trevas.

DONS – PRESENTES DE GAIA

Como Garous são seres híbridos entre o Físico e o Espiritual, nada mais coerente que seus talentos e habilidades viessem diretamente de sua herança espiritual.
Sua harmonização com os Espíritos os permitem aprender o que chamam de Dons, habilidades que ultrapassam as capacidades comuns do mundo físico.
Ensinados pelos mais diversos Espíritos, os Dons variam nas mais diversas formas.
A critério de regras, os Dons são divididos em 3 categorias: Raça, Augúrio e Tribo.
Essa divisão é mais para ajudar a direcionar a narrativa e foco de conhecimento e afinidade espiritual, para “categorizar” quais habilidades e ensinamentos mais se assemelham aos ideais.
Isso é uma regra mais comum para a criação de personagem, e pode ser facilmente alterada durante as narrativas, já que dos Dons são ensinados, e não herdados.
Outra divisão dos Dons se dão quanto a seu nível de poder. Variando de 1 a 5, os Dons são limitados pelo Posto do Garou.
Um Garou iniciante (Posto 1) está limitado a aprender Dons de Nível 1, mesmo que possa aprender Dons que não sejam de sua Raça, Augúrio ou Tribo durante a narrativa.

O APRENDIZADO DOS DONS

Os Dons são habilidades e poderes que são, literalmente, ensinados pelos Espíritos.
É possível sediar toda uma história em torno de aprender um novo Dom específico, que pode ser essencial para alguma missão ou feito heroico.
Cada tipo de Dom está condicionado ao tipo de Espírito que o ensina, e por isso mesmo podem ser tão variados.
Enquanto Espíritos ligados à Weaver ensinam Dons que podem afetar a tecnologia e equipamentos humanos, Espíritos ligados à Wyld por exemplo podem conceder habilidades de manipular elementos da natureza ou até outros Espíritos.
Uma forma interessante de lidar com isso é fazer uso da jornada de aprendizado.
Para aprender o Dom, primeiro é necessário descobrir o tipo de Espírito capaz de ensiná-lo (o que por si só já pode ser um grande desafio).
Espírito encontrado, é necessário convencê-lo a ensinar essa habilidade. Espíritos tem vontade própria e visões de mundo que diferem dos Garous, e nem sempre estão dispostos ou aptos à ajudar.
E uma vez convencido a ensinar a habilidade, é necessário que o Garou aprenda. E se tem uma coisa que nem sempre é fácil, é dominar um novo poder ou uma nova habilidade.
Todo Dom pode requer tempo, estudo e prática para ser aprendido. Algumas vezes isso pode mudar, mas é sempre interessante explorar a jornada d aprendizado, principalmente para Dons de níves mais elevados.

USANDO OS DONS

Cada Dom é uma habilidade, técnica ou poder diferente.
Alguns Dons podem ser ativados através da Fúria, outros são abastecidos com Gnose, e outros necessitam do empenho da Força de Vontade.
Alguns Dons necessitam de um preparo ou de um tempo de ativação, como o Dom Garras Afiadas, que requer 1 turno para afiar as garras e aumentar o dano, e pode ser usado na forma Crinos.
O Dom que um Garou usa dita muito sobre quem e como ele é, dado a afinidade necessária com cada tipo diferente de Espírito para o aprendizado.
Diferentemente dos Fetiches, que são abastecidos com o poder dos Espíritos, os Dons são abastecidos com os atributos do Garou que o utiliza, e estão limitados à quanto esse Garou pode investir para serem usados.

 

DONS X OUTRAS HABILIDADES

Invariavelmente, esse questionamento apareceria: qual é mais forte? Dons de Garous ou alguma outra habilidade do Mundo das Trevas?
Minha humilde opinião? Não existe um mais forte.
Todos os poderes do Mundo das Trevas são, de certa forma, equilibrados.
Tudo vai depender muito da habilidade e inteligência de quem usa cada poder.
Vamos pegar por exemplo o personagem Noturno, dos X-Men.
Enquanto nos quadrinhos seu poder é mais explorado na sua versatilidade para furtividade e invasão, nos games vemos ela mais sendo usada para o combate.
Nas animações vemos pouco uso da habilidade de teleporte do mutante em combate, mas no filme X-Men 2, temos uma variação totalmente diferente do uso do seu poder.
E é o mesmíssimo poder, variando apenas a forma como ele está sendo utilizado.
Levando isso em consideração, o mesmo Dom pode ser fútil nas mãos de um Garou, e uma arma mortal nas mãos de outro, de acordo com a forma como é usado.

Os Dons são uma ferramenta narrativa excelente para aprofundar backgrounds, conduzir narrativas, gerar conhecimento sobre o cenário e familiarizar jogadores iniciantes no sistema!
Faça um bom uso dos Dons e dos Espíritos, e uma narrativa simples pode se tornar uma campanha épica!
Se quiser ver mais sobre as Disciplinas e os Vampiros que eu comentei, dá uma olhada no artigo do Raul Galli  sobre Criação de Personagens. E se quiser variar um pouco a jogatina e conhecer outro cenário, que tal conhecer o Castelo Falkenstein? Por acaso eu fiz uma resenha do livro que você pode conferir aqui!

Flechas Não São Removíveis – Falhas Críticas #47

Um grupo de jovens cavaleiros inexperientes acompanhava o Rei Henry I numa campanha militar pelo sul da Normandia. O objetivo era enfrentar o Conde Vilaum, que havia instaurado seu reinado de poder na porção continental, antes domínio dos britânicos. E nesta campanha altamente realista, Botina estava presente.

Durante um cerco à Torre do Conde, o grupo estava sendo alvejado por flechas dos rebeldes. Botina, em um momento de heroísmo, levanta seu escudo e corre em direção à muralha, pedindo cobertura para seus aliados.

E com a tremenda sorte que acompanha os malucos, Botina só foi atingido por uma flecha dos inimigos, levou um dano baixo e continuou lutando. Contudo, quando chegou novamente na vez do guerreiro, o jogador anunciou: Mestre, Eu retiro a flecha da minha barriga!

O narrador incrédulo e tentando ser uma boa pessoa, sem pedir qualquer teste de inteligência, pergunta: Você tem certeza ABSOLUTA desta ação?

O jogador então com um sorriso no rosto, responde: Tenho sim! 

O mestre então começa a narrar que a ação de Botina fez com que a hemorragia aumentasse. Ele começa a sentir muita dor e recebe mais dano… O jogador ansioso, então, interrompe o mestre e fala.

Ah, não acredito que eu fiz isso! Vou colocar A FLECHA DE VOLTA NA BARRIGA!

  E com isso, Botina descobriu que flechas não são facilmente removíveis.

E Botina não jogou mais campanhas realistas..


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Flechas Não São Removíveis

Texto de: Raphael Villela
Adaptação: Douglas Quadros.
Revisão de: Raul Galli.
Arte de: Estúdio Tanuki.

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