Os Pilares de Melkart – Quimera de Aventuras

Conquistadores de terras imensas. Relíquias ocultas sob impérios caídos. Deuses cheios de caprichos interferindo na vida humana. Jornadas épicas com destinos incertos. Uma vida dura sob sol e chuva, em busca da própria sobrevivência.

Não, não se trata de um mundo fictício. “Os Pilares de Melkart” traz cinco histórias fantásticas originais, onde você irá acompanhar Balthazar de Tiro, um pirat… Digo, um comerciante destemido, singrando o Mar Egeu, entre outros, acompanhado do jovem Lísias, “um heleno com alma de poeta”, como a própria autora, Ana Lúcia Merege o descreve, em uma jornada cheia de aventuras, perigos e vingança.

Como já é de praxe da estrutura do quadro Quimera de Aventuras, aqui você irá encontrar uma Resenha (Sem Spoiler) desta magnífica obra, além de alguns Ganchos de Aventura (Com Spoiler) para utilizar elementos do livro em seus jogos de RPG.

Os Pilares de Melkart

Desviando o máximo de dar spoilers, “Os Pilares de Melkart” é dividido em cinco contos que podem ser lidos separadamente, mas que juntos, apresentam algumas das mais épicas jornadas de Balthazar e Lísias.

O primeiro conto que carrega o nome do livro apresenta o pirata fenício Balthazar, alto, forte e de cachos negros, sobrevivente da invasão de Tiro em 332 a. C. pelo temido conquistador, rei e comandante militar Alexandre Magno. Junto de Lísias, um jovem loiro e mais franzino carregado de cultura clássica, Balthazar enfrenta seu rival através de mar e terra, para pôr as mãos na clepsidra, ou relógio de água, de Thoth, o deus egípcio da magia e de todos os ramos de sabedoria e das artes, a quem se atribuía a invenção da escrita hieroglífica.

Ainda me contendo, os demais contos originais, “O Ouro de Tartessos”, “Lísias ou Lisístrata”, “O Ouro de Tartessos”, “Em Busca do Rei” e “Os Touros de Creta”, discorrem a partir da interferência da clepsidra na vida de Balthazar e Lísias, movendo-os para diversos locais e eventos na Antiguidade, desde tempestades, piratas, monstros do mar até grandes cidades e locais mitológicos como o túnel de Mino.

Quimera de Aventuras

Seguindo a orientação da Quimera de Aventuras, esse é o momento em que elementos do livro serão convertidos em propostas de aventuras. Reforço aqui o Alerta de Spoilers!!!! Talvez se você não tenha lido, vale a pena esperar um pouco para voltar a este post, já aproveite para apoiar o financiamento coletivo clicando aqui!.

A Clepsidra de Thoth

Este artefato místico tem um potencial imensurável dentro de uma narrativa de RPG e é descrito pela própria autora como: “Um vaso redondo, feito de uma estranha liga de metal, dentro do qual havia outro recipiente com um orifício; o diâmetro deste podia ser regulado por um dreno, permitindo o escoamento de mais ou de menos água.”

Segundo a lenda, este artefato foi criado por Thoth, o deus responsável pela magia, sabedoria, escrita, astronomia, matemática, medição do tempo, entre outros elementos, além de estar associado a Lua, uma vez que o ciclo lunar determinava vários elementos da vida civil e religiosa do povo egípcio.

Para usá-lo, o personagem precisa abrir o dreno do artefato e pronunciar as palavras:

“Ó, Thoth, mestre de toda magia… Descose o manto da noite e do dia… Que hoje o que sou eu não mais o seja… E que o passado ou o futuro eu veja!”

Fazendo isso e mantendo a concentração em um evento, local e/ou data histórica, o personagem e todos os que ele estiver tocando irão ser enviados em uma viagem temporal correspondente à concentração do usuário.

A Clepsidra de Thoth pode ser usada como uma recompensa de uma longa jornada por aventureiros que querem, principalmente, mudar elementos do seu próprio passado como salvar uma cidade da destruição ou impedir que seu amor seja morto.

Fênix

Balthazar e Lísias sobrevivem do comércio marítimo e, na maioria das vezes, também contam com a pirataria como fonte de renda. Embarcados no Fênix, uma embarcação que já sobreviveu as piores tempestades e a terríveis abordagens, os dois contam com uma tripulação dura, carrancuda, mas eficiente.

Um grupo de jovens aventureiros, buscando glória, riquezas ou até mesmo uma fuga de uma vida terrível, seria muito bem-vindo na tripulação do Fênix, desde que esteja disposto a correr todos os riscos que o intrépido capitão Balthazar costuma atrair em suas jornadas pelo Mar Egeu.

Alterando a História

As motivações de Balthazar se envolver nas viagens temporais são várias, mas entre elas, o desejo de vingança e da salvação de Tiro da investida de Alexandre Magno é uma das mais fortes.

Com isso, o livro trás uma proposta muito interessante para suas mesas de RPG. Independente de haver viagem no tempo ou não, trazer seus jogadores para períodos históricos diversos como a queda de Cartago na Terceira Guerra Púnica e fazê-los, não apenas vivenciar, mas alterar grandes eventos históricos, como a proposta da vingança de Balthazar, pode gerar incontáveis ideias para aventuras.

Imagine seu grupo lutando pela proteção dos povos ameríndios e dando um destino completamente novo para as Américas. Defendendo as muralhas da China contra as expansões mongóis. Interferindo nas Grandes Cruzadas.

Na Terra proposta pelo livro, não existem apenas artefatos, mas uma pitada de toque divino que pode tornar tudo isso possível, misturando a fantasia da narrativa com verdadeiras experiências históricas.


Por fim espero que você tenha gostado das ideias apresentadas neste post, se você leu o livro e teve alguma outra ideia, manda pra gente ai nos comentários. E não se esquece de apoiar o financiamento coletivo clicando aqui!

Carta Para Lanna – Crônicas da Tormenta Vol 03 – Quimera de Aventuras

Apesar de não estar estreando o Quimera de Aventuras, vou utilizar está resenha do conto Carta para Lanna de JM Trevisan, para explicar o que diabos é esta tal Quimera de Aventuras. Bom nesta série de postagens que vamos fazer aqui no MRPG, vamos burlar as regras fazer resenhas de materiais que não necessariamente são RPGs, entretendo a ideia é mostrar que de qualquer obra, é possível fazer algo relacionado ao nosso tão querido passatempo. Sendo assim, fique tranquilo que após a resenha, vamos ter uma sessão com ideias de aventuras, personagens, missões e até mesmo campanhas, baseadas na obra em questão.

Fique agora com a resenha do conto escrito para o Crônicas da Tormenta Vol 03.

Carta Para Lanna

Este conto escrito por JM Trevisan é bastante curto, tendo 1 página e meia de informações. Contudo não pense que por conta disso ele é menos emocionante. Em poucas palavras o conto te apresenta e te faz ter empatia por um personagem. Temas bastante complexos são abordados de forma que só são percebidos após uma leitura atenta, que com toda a certeza do mundo vai ser feita. O motivo da minha certeza é o final do conto, mas não vou acabar com a surpresa, fique tranquilo.

Pelo tamanho diminuto deste conto, qualquer informação mais aprofundada seria um spoiler, por este motivo está resenha será curta. Mas fique bastante tranquilo, recomendamos fortemente a leitura deste, assim como vários outros contos desta obra épica que foi o Crônicas da Tormenta Vol 3.

Quimera de Aventuras

Nesta sessão o conto entra na Quimera e colocamos algumas ideias de uso para aventuras de RPG. Entretanto fique ciente que para isto, teremos que dar alguns spoilers da obra. Leia por sua conta em risco.

Lanna Perdoa Kedrya

Lanna perdoa sua amada e resolve contratar aventureiros para irem até o local da batalha. A intensão da missão é saber se Kedrya sobreviveu e entregar uma carta explicando que Lanna entende seus motivos. Narradores um pouco mais sádicos podem fazer com que Lanna acompanhe os aventureiros, e ai diversos desfechos podem ser feitos.

  • Lanna morre na viagem e os aventureiros precisam lidar com uma Kedrya em busca de Justiça.
  • Lanna encontra Kedrya morta e se revela uma feiticeira poderosa que perde o controle de seus poderes virando um problema.

Estes dois são apenas alguns dos possíveis desfechos para esta ideia de aventura, use com sabedoria e lembre-se que no RPG, não existe vencedores, jogue junto com seus jogadores e não contra eles.

Lanna Fica Doente

Os jogadores são contratados por Lanna novamente, mas desta vez é para dizer para Kedrya que ela está muito doente e gostaria de ver uma última vez sua amada. O desfecho desta história pode ser que Lanna estivesse fingindo para trazer Kedrya de volta ou até mesmo (caso seu grupo seja meio conspiracionista), que seja algum tipo de tática dos puristas para tirar esta importante General (porque não) de combate.


Por fim espero que você tenha gostado das ideias apresentadas neste post, se você leu o conto e teve alguma outra ideia, manda pra gente ai nos comentários. Já aproveita e conta sua opinião sobre a obra em si, também se surpreendeu pelo plot twist?

Labirinto do Limiar – Quimera de Aventuras

Existem muitas lendas sobre masmorras e cavernas com incalculáveis túneis e salões subterrâneos, talvez até mesmo infinitos. E, se houver uma conexão entre essas lendas? E se houver uma conexão entre essas masmorras e cavernas infinitas? Existem entradas para o Labirinto do Limiar em diversas localidades que não deveriam se conectar. Ainda assim, seus túneis e salões podem levar seus exploradores para os mais diversos cantos de lugares tão distintos que podem ser considerados mundos diferentes. Ou talvez possam não levar a lugar nenhum. Afinal, muitas dessas lendas também incluem jornadas sem retorno, não é mesmo?

História

O Labirinto do Limiar não tem uma história, apenas teorias e todas absurdas. Alguns dizem que, no passado, havia apenas um único mundo que se fragmentou, e o Labirinto é o que sobrou da conexão original. Há quem diga que entidades do passado construíram o Labirinto com fins diplomáticos, mas desistiram do projeto ao perceberem que seria impossível administrar sua imensidão. Há até mesmo quem diga que o Labirinto é uma espécie de portal em proporções titânicas. Qualquer uma dessas hipóteses é absurda demais para ser realidade, evidentemente.

Arquitetura

Os exploradores relataram que os ambientes através do Labirinto podem ser extremamente variados, mas há um sutil padrão. O Labirinto pode ser vagamente dividido em quatro níveis, sendo o primeiro no topo e o quarto na base. O primeiro é chamado de Masmorra e é feito de tijolos de pedra polida, como se tivesse sido erguido por exímios engenheiros. O segundo é chamado de Templo e é feito dos mesmos tijolos, porém tem um padrão menos labiríntico e salões mais amplos. O terceiro nível é chamado de Covil e é feito de pedra bruta, mais parecendo uma caverna colossal. O quarto nível é chamado de Oblívio e simplesmente não tem padrão nenhum, cada explorador que retornou de lá relatou uma história completamente diferente e sempre absurda.

Locais de Destaque

As principais entradas para o Labirinto do Limiar são encontradas em Turak, Ethos, Ryunaram, Malpetrim, Águas Profundas e Absalom. Existem localidades específicas dentro dos incalculáveis túneis, como a cidade Libra do Labirinto, o território ao mesmo tempo mais seguro e inusitado, o Santuário dos Sussurros, uma área em que tudo o que é dito ecoa como murmúrios, e as Prisões do Pavor, territórios onde os pesadelos reinam e que nenhum explorador deveria sequer chegar perto.

Exploração

A configuração de corredores e salões do Labirinto parece mudar de tempos em tempos e/ou para cada explorador, tornando impossível criarem um mapa único. Cada explorador ou grupo de exploradores criam os próprios mapas, que podem ser mais importantes do que armas e mantimentos. Ao que tudo indica, sempre há uma saída do Labirinto a um dia de viagem de qualquer ponto em que o explorador se encontre. Até agora, ninguém compreende a lógica — ou ausência de lógica — do Labirinto, mas há alguns exploradores que prestam serviços de escolta para quem quiser pagar.

 

O Labirinto do Limiar é a mega masmorra usada como cenário das aventuras da Távola do Dragão, streamando aos sábados, 15h na Twitch!

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