Vamos dar um salto para o futuro e ir para um tipo de mundo que está cada vez mais perto da realidade. Nos mundos cyberpunk, as megacorporações dominam, a tecnologia redefine a sociedade e a desigualdade cria extremos de riqueza e miséria. No entanto, não são apenas hackers rebeldes e executivos poderosos que habitam essas cidades vibrantes. O verdadeiro pulso desse cenário está nos cidadãos comuns, aqueles que sobrevivem entre neon, implantes cibernéticos e vigilância constante. Vamos explorar quem são essas pessoas e como elas moldam o dia a dia do cyberpunk.
1. Trabalhadores Corporativos Exaurido
Nas megacorporações, a dedicação dos funcionários é total, muitas vezes em detrimento de sua própria liberdade. Além disso, contratos abusivos os mantêm presos a jornadas intermináveis, sempre sob vigilância de inteligências artificiais. Para piorar, implantes neurais monitoram não apenas a produtividade, mas também as emoções. Por exemplo, imagine um analista de dados que, sem perceber, tem sua mente reprogramada diariamente para esquecer informações confidenciais assim que encerra o expediente, transformando-o em uma ferramenta descartável da corporação.
2. Mecânicos de Implantes Clandestinos
Com a tecnologia avançada restrita a uma elite, a manutenção de implantes se torna um desafio diário para muitos. Como resultado, mecânicos clandestinos operam nos becos das megacidades, consertando olhos biônicos ou membros sintéticos para clientes desesperados. Além disso, alguns oferecem melhorias não autorizadas, como braços com compartimentos secretos. Agora, imagine um técnico que, ao instalar uma peça supostamente inofensiva, descobre tarde demais que ela contém um vírus de rastreamento, colocando seu cliente e talvez ele mesmo em grande perigo.
3. Mensageiros de Alta Velocidade
Drones fazem entregas rápidas, mas nada substitui um mensageiro humano para pacotes sensíveis. Esses entregadores correm pelas ruas em motocicletas elétricas ou usam implantes que aumentam a velocidade. Um deles pode ser contratado para levar um chip contendo segredos corporativos, sem saber que um assassino cibernético está em seu encalço.
4. Hackers de Baixa Tecnologia
Nem todos os hackers são gênios do submundo digital. Muitos são apenas curiosos que vivem de modificar chips de identidade, desbloquear software proibido ou vender acessos a redes privadas. Um hacker inexperiente pode acidentalmente acessar arquivos que pertencem a uma organização perigosa, tornando-se alvo de perseguição.
5. Moradores das Ruas e Refugiados Digitais
Nem todos conseguem acompanhar a evolução tecnológica. Milhares vivem sem registros digitais, incapazes de acessar contas bancárias ou serviços básicos. Alguns preferem assim, fugindo da vigilância das corporações. Imagine um grupo de refugiados digitais que sobrevive reaproveitando tecnologia descartada, construindo comunidades inteiras fora da rede.
6. Policiais e Segurança Privada
A segurança pública é quase inexistente, substituída por forças privadas das corporações. Policiais de aluguel patrulham distritos ricos enquanto ignoram crimes nas periferias. Um guarda contratado por uma empresa pode ter que decidir entre seguir ordens injustas ou ajudar cidadãos em perigo.
7. Artistas e Criadores Virtuais
A cultura cyberpunk também pulsa através dos artistas. DJs de realidade aumentada, escultores de hologramas e criadores de experiências sensoriais vendem seus trabalhos para qualquer um disposto a pagar. Uma dançarina de neon, por exemplo, pode ser sequestrada por uma empresa que quer monopolizar sua arte como uma marca registrada.
8. Especialistas em Mercado Negro
Desde chips proibidos até armas bioeletrônicas, tudo pode ser encontrado no submundo do comércio ilegal. Contrabandistas criam mercados móveis que mudam de localização a cada noite. Um comerciante pode vender um software para remover restrições de implantes, mas sem saber que está distribuindo um vírus disfarçado.
9. Desenvolvedores de IA e Programadores Anônimos
Inteligências artificiais controlam desde carros até sistemas de defesa. Pequenos programadores, porém, criam IA independentes para burlar esse domínio. Um jovem prodígio pode desenvolver uma IA autônoma que, ao se tornar consciente, começa a tomar decisões próprias e mudar o destino de uma cidade.
10. Trabalhadores de Realidade Virtual
O entretenimento se tornou uma fuga para muitos, e trabalhadores de RV são fundamentais nesse setor. Desde acompanhantes virtuais até atores de filmes interativos, essas pessoas vivem entre o real e o digital. Um deles pode descobrir que sua identidade está sendo clonada e vendida sem seu consentimento.
Conclusão
Os mundos cyberpunk não são formados apenas por heróis e vilões icônicos, mas por milhões de cidadãos que vivem à sombra do neon. Cada um deles tem sua própria história, medos e ambições, enriquecendo o cenário de maneira única. Ao criar um universo cyberpunk, considerar essas figuras é essencial para construir um mundo mais vivo e imersivo.