Resenha – Fallout RPG

Prepare-se para uma imersão completa no universo pós-apocalíptico de Fallout com o Fallout RPG! Este livro, que adapta magistralmente o icônico mundo dos videogames para as mesas de RPG, está agora disponível em português graças a uma campanha de financiamento coletivo no Catarse, apoiada pela RetroPunk Publicações.

A qualidade gráfica deste livro é simplesmente deslumbrante. Combinando ilustrações originais em estilo aquarela com artes diretamente dos jogos, cada página transporta os jogadores para as paisagens devastadas e cheias de história do universo Fallout. A atenção aos detalhes visuais não apenas enriquece a experiência de leitura, mas também serve como uma poderosa ferramenta de inspiração para mestres e jogadores.

A adaptação do universo de Fallout para o RPG de mesa é feita com maestria. Todos os elementos que os fãs amam – desde as facções icônicas até as criaturas mutantes – estão presentes, permitindo que os jogadores vivenciem suas próprias aventuras no desolado mundo pós-guerra nuclear. O livro oferece uma riqueza de informações que capturam a essência dos jogos originais, proporcionando uma experiência autêntica e envolvente.

O sistema de regras utiliza o aclamado sistema 2d20 da Modiphius, adaptado para refletir as mecânicas únicas de Fallout. Este sistema equilibra perfeitamente a narrativa e a ação, permitindo que os jogadores sintam a tensão de cada confronto e a importância de cada decisão. A flexibilidade do 2d20 permite combinações criativas de atributos e habilidades, incentivando abordagens inovadoras para os desafios apresentados.

Uma das grandes vantagens do Fallout RPG é sua capacidade de oferecer uma experiência diferenciada em relação a outros RPGs. A possibilidade de personalizar equipamentos e armas de forma detalhada adiciona uma camada extra de profundidade ao jogo, permitindo que cada personagem seja único e adaptado ao estilo de jogo do participante. Além disso, a ambientação rica e cheia de nuances de Fallout proporciona histórias envolventes e inesquecíveis.

Embora o foco principal do livro seja a região da Commonwealth (cenário de Fallout 4), alguns jogadores podem sentir falta de informações mais detalhadas sobre outras áreas icônicas da franquia. No entanto, essa abordagem permite uma exploração mais profunda desse cenário específico, garantindo uma experiência rica e detalhada para os aventureiros.

Não perca a oportunidade de trazer o mundo de Fallout para sua mesa de jogo! Com a versão em português disponível através do financiamento coletivo no Catarse, esta é a chance perfeita para mergulhar de cabeça nesse universo fascinante e viver suas próprias histórias no deserto nuclear.

Visite o Catarse da RetroPunk e compre já seu exemplar via financiamento coletivo para jogar seu próximo RPG de futuro pós-apocalítico: CATARSE DE FALLOUT RPG. A Retropunk Publicações ainda disponibilizou o Guia Rápido do jogo, totalmente gratuito e em português, para você saber mais sobre o sistema 2d20 e utilizar personagens prontos em uma aventura introdutória. Obtenha o material através da loja da editora clicando aqui!

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Wilderfeast, O RPG que Você Deveria Jogar

Wilderfeast é a nova sensação do momento que abriu sua pré venda, e nesta resenha iremos trazer os motivos pelos quais você deveria jogar.

Afinal, o que é o tal Banquete Selvagem?

Wilderfeast é um RPG que nos apresenta um mundo selvagem chamado Terra Una, repleto de criaturas gigantescas conhecidas como monstros. Esses seres são tão naturais quanto os animais do nosso mundo e refletem seus comportamentos. As criaturas são o foco do jogo, determinando o tom da aventura tanto narrativamente quanto mecanicamente. Se em nosso mundo a morte em massa de abelhas causaria um desastre ecológico na polinização de plantas que alimentam os humanos, imagine o impacto se essas abelhas tivessem seis metros de altura. É aí que entra o trabalho dos jogadores, que assumem o papel de personagens intitulados Ferais, responsáveis por garantir a harmonia da natureza.

 

Ferais e o Papel dos Jogadores

A Terra Una, além de ser um mundo vasto e selvagem, também carrega um tom pós-apocalíptico. Nele os povoados se reúnem em pequenas comunidades rurais, vivendo em certa harmonia com a natureza e os monstros. No entanto, ameaças baseadas na ganância ressurgem em um mundo que já viveu ciclos de destruição em massa. Somente os Ferais conseguem enfrentar essas ameaças, em especial, o Frenesi e o Cartel.

Os Ferais eram humanos que adquiriram a habilidade de consumir monstros em frenesi, absorvendo não apenas a doença, mas também características dessas criaturas. Isso aprimora seus corpos, dando-lhes mais força para enfrentar novas ameaças. Vale destacar que os Ferais não caçam monstros por esporte, mas por necessidade. Um monstro em frenesi desequilibra o meio ambiente e pode potencialmente destruí-lo. Essa devoção e sacrifício pela natureza são a base da filosofia Feral.

 

O Frenesi e a Destruição Expansionista do Cartel

Não se sabe ao certo se o Frenesi é uma doença, maldição, mutação ou uma combinação desses fatores. O que se sabe é que ele não tem cura, e a única forma de desacelerar seu contágio é matando a criatura afetada. Sua origem também é incerta, mas uma coisa é clara, esse mal antigo retornou após o Cartel iniciar seu projeto de reconstrução das megalópoles e grandes centros urbanos, há muito tempo extintos.

Tudo começou quando exploradores humanos encontraram a cidade-nave Arka, perdida no tempo. Junto com ela, descobriram uma forma de se tornarem gigantes. Ao fazerem isso, assinaram uma carta declarando a criação de um poder soberano acima das leis dos clãs e dos reis, dedicado ao avanço do comércio e da ciência. Assim, iniciaram o projeto de transformar Arka no centro tecnológico e urbano do mundo.

No entanto, a expansão dos gigantes do Cartel começou a afetar o ecossistema da Terra Una. A destruição de habitats de monstros importantes para a cadeia alimentar e o desmatamento de florestas para a construção de cidades, baseadas na tecnologia perdida da nave Arka, geraram um desequilíbrio ambiental. Agora, os Ferais precisam combater o Frenesi, que afeta diversas regiões, ao mesmo tempo que lidam com os problemas causados pelo Cartel.

 

A Mecânica e a Estrutura de Jogo.

Wilderfeast utiliza um sistema de rolagem de testes simples, direto e divertido. Os personagens possuem Estilos e Habilidades, e os testes são feitos com dados de seis faces (d6). Resultados de 5 e 6 são considerados sucessos. A quantidade de dados a ser rolada é igual ao número que o Feral possui no estilo utilizado. As habilidades acrescentam seu valor diretamente no resultado do dado ou no dado de ação. Com um sucesso, o jogador rola o dado de ação para medir o grau de sucesso e quanto maior o valor, melhor o resultado da ação. O dado utilizado na ação depende de como o jogador escolheu realizar o teste: como humano, “Segurando a Onda”, ou como monstro, “Virando o Bicho”.

O Lado Humano e o Lado Bicho

Ao fazer um teste, o jogador deve escolher antes da rolagem, se vai agir como humano controlando seus instintos, ou se vai ceder ao seu lado monstruoso. No primeiro caso, os dados de estilos permanecem inalterados, e o dado de ação é um d8. Já no segundo, o jogador remove um d6 da pilha de rolagem e usa um d20 como dado de ação. Isso reduz as chances de sucesso, mas aumenta potencialmente o grau de sucesso. Apenas um sucesso é necessário para realizar a ação, mas sucessos extras permitem ativar traços ou habilidades dos Ferais.

 

A Estrutura de uma Aventura

As aventuras de Wilderfeast são estruturadas em quatro fases. A primeira é a fase livre, que foca na interação do grupo com o mundo. Em seguida, vem a fase de trilha, onde os jogadores rastreiam o monstro pelas áreas do mapa enquanto exploram sua biodiversidade. A terceira fase é a caçada, que concentra-se no combate contra o monstro. Por fim, mas não menos importante, temos o banquete, momento em que o grupo reúne os materiais coletados na fase de trilha com a carne obtida na caça para preparar um banquete. Esse ritual homenageia o sacrifício da criatura e estabelece o vínculo entre o grupo e a natureza.

É importante destacar que as regras do jogo e sua estrutura focam totalmente nas criaturas desse mundo e em como elas interagem com ele. Cada caçada reflete a vitalidade do mundo e o impacto que humanos, monstros e gigantes têm naquela sociedade. Sem dúvida, esse é o ponto alto de Wilderfeast.

 

Por fim

Um jogo perfeito para iniciantes e crianças, a introdução e sua temática junto das regras garante um jogo simples e divertido.
A pré venda de Wilderfeast ja esta disponivel no site da CapyCat, so entrar na Loja CapyCat e garantir o seu! Quer jogar Wilderfeast e outros RPGs de Mesa e não tem amigos para jogar? Considere entrar na comunidade de discord da CapyCatGames onde temos mesas e conteúdos homebrew feito pelos membros.

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Monstros e Monstrofia com Mythic: Emulador de Mestre de Jogo

Se você sempre quis experimentar RPG mas nunca teve um mestre para guiar a aventura, o Mythic: Emulador de Mestre de Jogo é a solução perfeita – veja em nossa resenha mais informações sobre Mythic clicando aqui. Criar monstros nunca foi tão instigante quanto com o Mythic: Emulador de Mestre de Jogo. Esse sistema, que permite mestrar sem um mestre fixo, é também uma ferramenta incrível para a criação de criaturas inusitadas, variantes aterrorizantes de monstros clássicos ou até mesmo horrores que vão além de simples entidades, alcançando eventos, ambientes e sensações. Explorando o conceito de monstrofia – o estudo das monstruosidades em seu sentido mais amplo – o Mythic pode transformar qualquer campanha de RPG em uma experiência cheia de surpresas e terrores inesperados.

No Mythic, os monstros podem surgir organicamente, sem a necessidade de criação prévia. As tabelas e as perguntas guiadas permitem que, a qualquer momento, uma nova criatura tome forma. Imagine que seu grupo está atravessando um pântano e você pergunta ao sistema se há perigo. Uma resposta afirmativa pode vir com uma reviravolta, e um monstro não apenas aparece, mas tem uma caraterística inusitada: talvez seja feito de lama viva e se regenere ao tocar a água. A monstrofia se manifesta aqui ao expandirmos o conceito de monstros para muito além do comum.

As Tabelas de Eventos Aleatórios são perfeitas para criar variantes inesperadas de monstros já conhecidos. Um simples vampiro pode se tornar algo nunca visto antes quando um evento inesperado o faz assumir novas propriedades. E se a criatura não tivesse uma forma definida, mudando constantemente entre várias aparências para confundir suas vítimas? Ou se fosse um vampiro que se alimenta de lembranças em vez de sangue? O Mythic permite que você experimente sem limites, trazendo monstrofia para dentro da narrativa de forma natural e imprevisível.

Mas monstrofia não se limita apenas a criaturas. Usando o Mythic, você pode criar ambientes monstruosos que desafiam a lógica e testam a sanidade dos personagens. Uma floresta onde cada árvore murmura segredos sobre os pecados dos viajantes? Um corredor que se estende infinitamente, mas que pode ser atravessado em segundos se a decisão errada for tomada? A ferramenta não apenas ajuda a elaborar essas ideias, mas as torna orgânicas dentro da sua campanha.

Além de monstros e cenários, o Mythic também permite que a própria atmosfera da aventura se torne uma entidade monstruosa. A sensação de estar sendo observado, mesmo quando não há nada ao redor. O peso emocional de um lugar onde algo terrível aconteceu, tornando cada rolagem de dados carregada de tensão. Combinando o sistema do Mythic com a monstrofia, a campanha ganha um elemento de horror dinâmico, onde o medo não vem apenas dos monstros, mas também do desconhecido.

Criar um monstro no Mythic pode ser um processo interativo e narrativo. Você pode começar perguntando sobre suas características básicas: ele é uma criatura solitária ou faz parte de um grupo? Ele tem uma motivação própria, ou simplesmente segue seu instinto? Ao longo do jogo, novas perguntas podem adicionar camadas de complexidade – o que o torna vulnerável? Ele tem alguma conexão inesperada com um personagem? Em pouco tempo, uma simples criatura pode se transformar em uma figura central da campanha.

Para mestres que querem desafiar seus jogadores de forma inesperada, usar o Mythic para incorporar a monstrofia é uma estratégia brilhante. As tabelas podem ser usadas para determinar não apenas monstros e eventos, mas também os impactos psicológicos que eles causam. Uma criatura que se alimenta de arrependimentos pode forçar os jogadores a confrontarem seus piores erros. Um portal vivo que sussurra promessas tentadoras pode transformar um simples trajeto em um dilema moral. A criatividade se expande quando a narrativa se desenvolve espontaneamente.

Seja em um jogo de terror, fantasia ou ficção científica, a monstrofia aplicada ao Mythic: Emulador de Mestre de Jogo abre portas para experiências imersivas e memoráveis. Com monstros surgindo organicamente, ambientes se tornando ameaças palpáveis e eventos assumindo um papel quase consciente, sua campanha nunca mais será previsível. Use o Mythic para criar aquilo que sua imaginação nem sabia que era possível, e deixe que a monstrofia guie seus jogadores para o desconhecido!

Visite o Catarse da RetroPunk e compre já seu exemplar via financiamento coletivo para jogar seu RPG Solo sem os desafios de depender de um mestre de jogo: CATARSE DE MYTHIC: EMULADOR DE MESTRE DE JOGO.

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Amnésia – Resenha

Tranquilos pessoal? Hoje falarei sobre o RPG Amnésia, escrito por Chikago para a revista Aetherica.

A proposta do jogo é muito simples e é para duas pessoas. Uma será o narrador e a outra o jogador, o qual está numa missão importante, mas que aos poucos está perdendo sua memória.

Para fazer o personagem responda Quem ele é, Quem está atrás dele e Qual sua missão. As respostas devem preencher todas as três linhas, pois isso influencia na mecânica do jogo.

Quando o personagem quiser fazer algo, deve rolar 1d6 e conseguir um 4 (ou 3 se for um especialista) ou mais para ter sucesso. Independente do resultado, cada ação faz com que uma palavra das respostas seja rasgada até que toda informação suma da mente do personagem.

Assim, há uma corrida entre a missão do personagem, seus inimigos e sua perda de memória. Afinal, a grande vencedora acabará sendo a AMNÉSIA.

 

*

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Guardiões do Limbo – Preview – RPG – Resenha

Guardiões do Limbo – Fast-Play é uma versão resumida do RPG Guardiões do Limbo, sonhos e pesadelos,  RPG nacional que iniciou o financiamento coletivo pelo Catarse em 27/02/2025. Desenvolvido para narrativas em um mundo fictício e sobrenatural.  Escrito por Samuel C Oliveira, lançado  pela Editora New Order, que também nos trouxe 7º Mar, Alien, Night’s Black Agents, entre outros RPGs.

 Guardiões do Limbo, Fast-Play

Ficha técnica 

Escrito por: Samuel C Oliveira

  • Páginas: 30 (livro completo? 86 páginas!)
  • Editora New Order
  • Miolo P&B

… Se passa em uma casa…

Guardiões do Limbo — cenário

 

…num mundo que se parece com o nosso, mas não é.

Mais especificamente, grande parte da ação se dá no quarto de uma criança.

Suas principais diferenças são a existência de forças sobrenaturais, uma mistura de Toy Story com videogames como Little Nightmares. 

Além disso, o “Limbo” do título se refere a um lugar no quarto infantil.

As artes internas (P&B), a diagramação, e fonte imitam um livro de estórias infantil, com uma pitada de terror. Só não gostei da “fonte” escolhida para o texto. Achei um pouco cansativa depois de um tempo.

Guardiões do Limbo

…E você pode ser, em Guardiões do Limbo…

… uma pelúcia ou brinquedo de criança, talvez forte, ou fujão, por exemplo. Neste caso:

  1. Gumbe, o Elefante Balofo
  2. Frank, o Leão Remendado
  3. Trix, a Ratazana Bicho de Máquinas
  4. Kadabra, a Coruja dos Sonhos

O livro traz uma aventura pronta, que pode ser utilizada para introduzir os jogadores neste cenário, como uma missão curta, ou como parte do início de uma saga maior.  Ao mesmo tempo, os jogadores podem ser…

… Defensores do Limbo…

…contra as forças malignas de Kabral, o Terror dos Sonhos, com monstruosas versões de brinquedos infantis, enquanto os personagens jogadores são pelúcias fofas.

…Nas terras de sonhos, pois …

… Os horripilantes, e outros lacaios… tentarão tomar o quarto. O objetivo é defender a criança (Even) contra monstruosidades de pesadelo, utilizando dados de 6 faces, doravante chamados de D6, uma vez que 

Guardiões do Limbo

… A mecânica principal de Guardiões do Limbo…

Guardiões do Limbo

Se baseia em D6, com máximo de 3 dados e resultados que variam entre:

  • Falha (já era, playboy!) e ainda tem uma consequência
  • Empate (acho que foi, mas epa!…) sucesso, mas também tem uma consequência
  • Sucesso (Uhuuuuuu!) vitória e ainda ganha um ponto de esperança.

De acordo com o tipo de ação.

… Te conduz num conto de fadas de pesadelo infantil..

…para proteger uma criança das forças ocultas que estão do “outro lado” do escuro do quarto, ou da noite, espreitando seu sono…

… Utilizando esperança, perícias, ou itens…

…Pois os equipamentos aqui podem ter muita importância como instrumento narrativo. A proposta é que você tem um equipamento (ou item), uma perícia, e esperança, de acordo com a necessidade da situação e o fluxo compartilhado de narração.

… Então, quais as vantagens de “Guardiões do Limbo — Fast-Play”?

Se você procura uma aventura em que bichos de pelúcia aprontam durante a noite, enquanto os humanos dormem, e tentar salvar uma única menina de seus pesadelos noturnos, veio ao lugar certo.

O que poderia dar errado?

Creio que está num ótimo balanço quanto ao custo benefício no financiamento coletivo.

E olha as metas extras!

Guardiões do Limbo — metas extras

Tudo muito fofo, mas e as…

… Desvantagens?

Na balança, eu achei o foco narrativo muito mais pesado que o estratégico. Nada errado nisso, é a proposta do livro e do sistema. Prometem falar de evolução de personagens no livro definitivo, mas aqui não tem. Minha

…Impressão pessoal…

… É que se você gosta de Little Nightmares, (videogame), Toy Story (animação)e mesmo Coraline (animação+ livro infantil ) vai ficar muito satisfeito.

Terror narrativo no quarto de dormir, enquanto uma criança sonha, você precisa defende-la, sem permitir que ela acorde. Com brinquedos que vão usar mais o cérebro e a imaginação do que rolagens de dados. Numa narrativa compartilhada com o mestre.

C‌urtiu? Quer conhecer este e outros RPGs? Tem no site da Editora New Order. E o financiamento coletivo do livro completo, de 80 páginas? Então clica em Guardiões do Limbo. O Fast-Play de Guardiões do Limbo está lá te esperando!

A campanha de financiamento coletivo de Guardiões do Limbo vai até as 23:59 do dia 7 de Abril. E na primeira semana…

Guardiões do Limbo

O material terá uma versão em formato digital (PDF).

E defenda os doces sonhos de uma criança…

E que tal conhecer a Editora New Order?

Temos outras resenhas, aqui no movimentoRPG. Quer checar aqui? E nosso podcast, já conhece? Escuta aqui!


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Ascoleth – Suplemento de RPG – resenha

Ascoleth suplemento de RPG é um kit de ferramentas, sem regras, desenvolvido para mestres criarem uma cidade de fantasia científica. Trazido a nós pela Editora Caramelo Jogos.

 Ascoleth …

Ficha técnica 

Escrito por:

Tobias Tarnvik-Laesker (Autor) –

Felix Dester Hultgren (Autor)

Glynn Seal (Layout):

Carlos Castilho (Ilustração da capa e artes interiores):

Patrik Ollsson (Ilustração):

Stor-Thomas (Ilustrador):

  • Formato: A5 (14,8 x 21,0 cm)
  • Quantidade de Páginas Miolo: 32 Páginas
  • Cores
  • Papel: Offset 90g
  • Acabamento: Grampo
  • Capa

Formato: A5 (14,8 x 21,0 cm) Cores

Editora: Rabid Halfling Press.

Edição Caramelo Jogos:

  • Raquel Vasconcelos (Tradução)
  • Fernanda Baldez (Diagramação)
  • Rook Tradução (Revisão) — Equipe Rook

… Se passa em um tempo indefinido, ou no fim dos tempos…

Ascoleth – A última grande cidade

…numa cidade que na verdade é formada por outras cidades, chamadas aqui de distritos, sendo que 3 deles já vem bem definidos, e outros você pode criar por meio de tabelas.

Mas venha. Serei seu guia nesta cidade viva e em eterna mudança. 

As artes internas (coloridas), a diagramação, a tradução, e as adaptações achei muito harmoniosas.

A última grande Cidade em Números…

Foi lançada como pré-venda no catarse. Teve 70 apoiadores, num total de 2587 reais em 15/05/2023.

 

…E você pode ter, em Ascoleth…

… No mínimo 3 distritos:

  1. Praecinktum magitek
  2. Conurbação dos Rejeitados
  3. Burgo Necrosiano

…para o seu grupo de jogadores/heróis explorar lugares e conhecer pessoas, com seus pontos de interesse e facções dominantes. E ainda…

… Encontros memoráveis…

…com:

  • magos,
  • negociantes,
  • mutantes,
  • vampiros,
  • carniçais,
  • mutantes,
  • forasteiros,
  • desempregados…

Entre muitas outras opções, pois em…

… Ascoleth, a última grande cidade…

Ascoleth

Arquitetura, vestuário, população e “governo’ variam muito de um distrito para outro. As tabelas são muito variadas, então o cenário agnóstico tem muita rejogabilidade. Há tabelas para:

  • Rumores
  • Encontros
  • Facções
  • Contexto
  • Geradoras de distritos
  • Geradoras de Aventuras

… Utilizando tabelas, dados e criatividade…

… Pode-se contar estórias compartilhadas com os jogadores num ambiente estranho e visceral. Há avisos de linguagem grosseira e descrição de cenas fortes.

… Então, quais as vantagens de “Ascoleth “?

Se você procura um cenário ou ambientação que com algumas tabelas se torna diferente a cada vez que você joga, multisistema, por um preço super camarada, aqui está. Também gostei da leitura, em si. Muito agradável.

… Desvantagens?

Não é um cenário para sensíveis, na minha opinião. Achei alguns temas e descrições “pesados “. Sim, eu já havia sido avisado…

Impressão pessoal…

… É que a Editora Caramelo Jogos cumpre a promessa de material interessante por um preço acessível. Com aventuras que compartilham a narração entre mestre e jogadores.

C‌urtiu? Quer conhecer este e outros RPGs? No site da Editora Caramelo Jogos? Então clica em Ascoleth

E deixe-se conduzir pela cidade do fim dos tempos, do fim dos dias, entre o fim deste universo e o início do próximo!

E que tal conhecer a Editora Caramelo Jogos?

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OSR – Parte 3: Criatividade

Continuando nossa série sobre a old school renaissance, hoje vamos falar um pouco sobre um aspecto fundamental de qualquer partida de RPG: a criatividade.

Personagem X Jogador

Um dos fundamentos do movimento OSR é a ideia de que as perícias, introduzidas no D&D na terceira edição, engessam a maneira de jogar.Se você já jogou um RPG que possui perícias como mecânica, certamente já deve ter ouvido algo como “posso rolar investigação para encontrar algo?” ou “quero rolar Persuasão pra convencer esse cara”. Além disso, D&D 3.X tinha muitas perícias! Quem se lembra do infame “Usar Corda”?

Quando os primeiros jogos OSR começaram a aparecer, remover as perícias foi uma decisão lógica. A ideia era remover os “botões” da ficha e fazer o jogador usar a própria cabeça para resolver seus problemas.

Vale lembrar que essa distinção entre “jogador” e “personagem” não é tão importante para os jogos OSR. Isso quer dizer que é esperado que o mestre crie situações que desafiem o jogador, não necessariamente a ficha de personagem. Então não adianta ter Carisma 17 na ficha se o jogador não souber o que falar!

“Eu afrouxo a fivela da minha armadura”
“Pera, quê?!”

Recursos

Como proceder, então? A ideia é que o jogador tente usar sua própria inteligência. Então, nos casos citados anteriormente, por exemplo:

“posso rolar investigação para encontrar algo?” Bom, em Old Dragon (e na maioria dos jogos OSR) não existe uma perícia chamada “investigação”. Ao mesmo tempo, testes de atributo, embora existam, são meio que um tabu pra muita gente da comunidade (falaremos disso no futuro).

Dentro da ideia dos jogos OSR, uma cena como essa deveria ser algo como.

“Quero investigar a sala, mestre.”

“Certo, o que você quer investigar? Há uma cama com um dossel rasgado, um baú velho, um armário, uma cômoda e um tapete e uma janela que dá para os jardins do palácio.”

“Uhm… acho que o baú seria um lugar óbvio demais. Vou começar arrancando o tapete do chão pra ver se tem algum alçapão.”

“Você tira o tapete e revela um chão de madeira. Parece gasto em vários pontos, mas em um específico as tábuas estão novas.”

“Ahá! Vou tentar mover a tábua nova,”

“A tábua está pregada no chão, não é um alçapão e não se move tão facilmente.”

“Parece que a duquesa realmente não queria que encontrassem essa caixa. Ei, guerreiro, me ajuda aqui!”

E assim a situação toda se resolve sem nenhum dado ser rolado. O ponto aqui é que o jogador teve seu intelecto desafiado junto com o personagem. Se ele tivesse só procurado no baú, na cômoda e ido embora, jamais teriam achado a caixa de jóias da duquesa e a aventura tomaria um rumo diferente.

“Há! A duquesa se acha esperta, mas nós somos mais espertos!”

Combate

Uma das coisas que às vezes alguns jogadores que começaram agora no OSR não se tocam é que, embora as opções de combate dos personagens pareça limitada à princípio (especialmente pra quem vem de jogos mais pesados como Tormenta, D&D e Pathfinder), a mesma lógica se aplica aqui. Não adianta procurar na ficha aquele talento específico ou aquela habilidade que vai te salvar. Use a cabeça!

Você não precisa ter um poderzinho anotado na ficha pra te dizer que você pode jogar areia nos olhos do oponente. Um dos pontos mais fortes do Old Dragon e de outros sistemas OSR é que eles são simples o suficiente para o mestre conseguir improvisar as regras necessárias no calor do momento. É o princípio “Arbitragem e não Regras” que conversamos no primeiro texto dessa série.

E isso foi só um exemplo, pois os combates não acontecem no vácuo. Usar o ambiente a seu favor é imprescindível. Aproveitando a descrição da sala acima, se um combate começar, ideias como juntar o tapete pra jogar sobre o adversário, derrubar o armário e subir na cama são táticas que podem ajudar muito. Da mesma maneira, cabe ao mestre incorporar essas ideias na narração e arbitrá-las de acordo.

O LB2 tem regras específicas para manobras de combate, mas o mestre também pode improvisar conforme achar necessário. Jogos OSR permitem tudo isso.

Por Fim

Jogar um jogo oldschool é uma experiência transformadora. Acredito que mesmo quem não se identifica com o estilo pode encontrar inspiração nesses estilos de campanha para seus próprios jogos. Aliás, o livro básico de Old Dragon 2 pode ser adquirido clicando aqui.

E não se esqueça de conferir nossos outros textos de Old Dragon!

Bom jogo!

A Bandeira do Elefante e da Arara – Resenha

Tranquilos pessoal? Hoje falaremos sobre um RPG nacional muito famoso, porém que muitos querem jogar, mas quase ninguém jogou. Estou falando de ABEA, ou A Bandeira do Elefante e da Arara, que foi, inicialmente, publicado pela DEVIR e agora será publicado pela AVEC.

O jogo é uma adaptação do livro de fantasia de mesmo nome escrito pelo Christopher Kastensmidt e que foi premiado e finalista em alguns dos mais importantes prêmios literários internacionais. O RPG se foca nos primeiros 150 anos do Brasil, entre 1500 e 1650 e pode ser considerada de baixa fantasia.

 

O Brasil e seus Participantes

Aqui os jogadores são chamados de participantes. E neste capítulo temos explicações gerais sobre o que é o RPG e, logo depois, as regras para criação de personagem. Depois como se resolve as batalhas (combate) e as regras de magia, que aqui podem ser Graças Divinas, Poderes de Fôlego e Poderes de Ifá.

Primeiro devemos saber o que são habilidades e façanhas. A primeira são capacidades e conhecimentos que podem ser adquiridos e que possuem três níveis: Aprendiz, Praticante e Mestre. Ou seja, habilidades são outro nome para o que alguns outros sistemas chama de perícias.

Já façanhas são os testes e as dificuldades para se fazer algo. Possuem quatro estágios: fácil (dificuldade/valor) 12, intermediário 15, difícil 18 e lendária 21.

Depois tem-se a criação propriamente dita. Aqui se define o histórico do personagem, suas habilidades, características e seus bens iniciais. No histórico você pode escolher se o personagem será de alguma nação europeia, de alguma tribo nativa ou etnia africana.

 

Cysgod

Para exemplificar a criação farei meu personagem da Guilda, o elfo ranger Cysgod. Como aqui não existem raças jogáveis diferentes de humanos, Cysgod deixará de ser um elfo para se tornar um humano da Espanha. Nas habilidades deve-se escolher uma como Mestre, duas como Praticante, um idioma nato e mais seis habilidades como Aprendiz.

Assim, dentre as várias habilidades das categorias gerais, silvestres, de armas, de artes marciais, militares e navais, sociais, artesanatos, artes, instrumentos musicais, ofícios, acadêmicos, línguas e magia e milagres, Cysgod escolhe as seguintes:

  • Mestre: Arquearia
  • Praticante: Armas de corte, Acrobacia
  • Aprendiz: Espanhol, Tupi, Fauna Silvestre, Rastreamento, Marcenaria, Carpintaria, Fabricação de Flechas

Nas características vamos escolher duas boas e uma ruim. Dentre as várias opções ficaremos com: Amante da Natureza, Destemido e Impulsivo.

Bens iniciais: bolsa, arco e flecha, faca, cantil.       Resistência: 10        Defesa passiva: 0      Defesa ativa: 2

 

Narrando o Brasil de 1576

Esta é, talvez, a principal parte do livro. Há muito texto explicando sobre os povos, tribos e nações que compunham o Brasil Colonial. Logicamente com um foco nos assentamentos portugueses e tupis. Há também textos sobre as medidas, viagens e bens no geral.

Depois tem o capítulo do Narrador, com as funções a ele pertinente, principalmente como conduzir as aventuras. Regras para comércio e, principalmente, 32 páginas com várias criaturas da fauna e folclore brasileiros categorizados em seres encantados, animais comuns e gigantescos e bichos reis e rainhas.

Depois há itens especiais e lendários, uma aventura introdutória e os apêndices com a cronologia do Brasil entre 1500 a 1650, personagens pré-criados e como usar o ABEA em sala de aula.

Assim, embora esteja num hiato de mais ou menos cinco anos, este é um jogo que está no hall de jogos tipicamente brasileiros e com mais um ou dois títulos formem um seleto e, infelizmente, parco pódio de RPGs com temática brasileira.

 

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Mais complexidade com Mythic: Emulador de Mestre de Jogo

Se você sempre quis experimentar RPG mas nunca teve um mestre para guiar a aventura, o Mythic Game Master Emulator 2ª Edição é a solução perfeita – veja em nossa resenha mais informações sobre Mythic clicando aqui. Esse sistema inovador permite que você jogue sem um mestre, seja sozinho ou em grupo, criando histórias cheias de reviravoltas imprevisíveis. Apesar da aparente complexidade inicial, o Mythic torna a criação de histórias acessível e dinâmica, permitindo que qualquer jogador mergulhe em mundos de fantasia, mistério ou superaventuras sem precisar de um mestre tradicional.

O coração do Mythic está nas perguntas. Cada ação ou evento começa com uma questão que é respondida pelo sistema através de tabelas e rolagens de dados. Por exemplo, imagine que você está jogando uma aventura de fantasia medieval e quer saber se um dragão está guardando a entrada de uma caverna. Você rola os dados e consulta a Tabela de Destino. O resultado pode indicar que sim, mas com uma reviravolta: o dragão está dormindo. A partir disso, a narrativa se desenvolve organicamente, sem a complexidade de planejar tudo com antecedência.

Outro aspecto marcante é o Nível de Caos, que mede o quão imprevisível o mundo da história se torna. Em um cenário cyberpunk, você pode começar explorando uma cidade controlada por corporações. Se o Nível de Caos aumentar, uma simples tentativa de invadir uma torre pode escalar para uma perseguição com drones assassinos. A complexidade do sistema se adapta ao ritmo da história, tornando cada partida única e dinâmica.

As Tabelas de Eventos Aleatórios também são ferramentas poderosas para criar surpresas. Imagine um cenário de horror moderno, onde um grupo de investigadores explora uma mansão assombrada. Ao rolar na tabela, surge um evento inesperado: “Um aliado se volta contra você.” O que era um jogo cooperativo pode rapidamente virar um drama cheio de tensão. A complexidade da narrativa se expande à medida que novos elementos entram em cena, mantendo o jogo sempre imprevisível.

O sistema é extremamente adaptável a qualquer gênero. Em um jogo de super-heróis, você pode usar o Mythic para decidir se o vilão rouba o cristal de energia antes que os heróis possam reagir. Com uma simples rolagem, o sistema coloca os jogadores em situações que desafiam sua criatividade e estratégia. A aparente complexidade inicial logo se torna um aliado, permitindo que você construa histórias únicas sem esforço excessivo.

Para começar, você só precisa de um conjunto de dados, papel, lápis e o livro do Mythic. O jogo inicia com a criação de personagens e um cenário básico. Depois, as perguntas e eventos guiam o desenrolar da história. Não há necessidade de preparar tudo com antecedência; o Mythic foi projetado para improvisação, ideal para quem não tem muito tempo para planejar sessões e quer evitar a complexidade de sistemas mais rígidos.

Embora o sistema seja fácil de aprender, pode ser desafiador para iniciantes equilibrar as muitas ferramentas disponíveis. O segredo está em começar com um cenário simples e usar apenas as tabelas essenciais. Aos poucos, você pode incluir mais elementos, como Modificadores de Caos e Tabelas de Detalhes. Dessa forma, a complexidade do Mythic se ajusta ao seu nível de conforto, garantindo que a experiência seja envolvente sem ser esmagadora.

O Mythic Game Master Emulator 2ª Edição é uma porta de entrada fantástica para o mundo do RPG. Ele oferece uma experiência que mistura planejamento, criatividade e surpresa em doses equilibradas. Se você sempre quis criar histórias épicas, mas nunca teve um mestre ou um grupo fixo, esse sistema é o que você precisa para começar a jogar hoje mesmo!

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Nômades RPG – Resenha

Tranquilos pessoal? Hoje começaremos a falar de RPGs nacionais não tão famosos. Para este post começarei com um RPG narrativo que me lembra muito um seriado antigo que eu via em minha adolescência: Sliders. O RPG Nômades Primordial foi publicado pela Água Viva através de financiamento coletivo e é a segunda versão do jogo.

Neste livro tem-se a divisão em seis partes, além da parte “zero” que explana sobre a tarefa de contar histórias, especialmente em grupo num RPG. E trás uma contextualização de como Nômades faz isso; pois aqui todos são jogadores e narradores.

Realidades de infinitos mundos

O primeiro capítulo, ou intervalo, como é aqui chamado, aborda o cenário e algumas características narrativas do que é ser um nômade, um dos viajantes entre as realidades. E essas realidades são incontáveis, não se pode ter certeza de sua quantidade pois elas podem ter o mesmo número do que todas as probabilidades de como um evento possa ocorrer.

Também apresenta o inimigo que unifica tudo entre as realidades contra seus viajantes. O Vazio distorce a razão, corrompe a alma e intoxica o espírito. Ele não se manifesta diretamente, o que o torna quase impossível de se conhecer ou vencer. Há, também, uma breve explicação sobre a Cidade e Locais de Poder.

 

Regras

O segundo intervalo explica as regras básicas para o uso da lógica, contexto e a criação de cenas, episódios (formato série!), temporadas e NPCs. Não explicarei as regras, porém neste capítulo consta o desenvolvimento de uma cena, como uso de palavras-chaves (também visto em Chaves da Torre).

A narrativa é combinada entre os jogadores-narradores e deve-se traçar as metas e objetivos para as cenas e episódios. E cada um narra uma parte da cena e sempre que for necessário uma pergunta se algum personagem consegue ou não realizar algo, deve-se utilizar cartas. A resposta das cartas sempre será sim ou não.

 

Situações

Será necessário o senso comum do grupo para definir se algo é Trivial, Lógico, Ilógico ou Impossível. E conforme as respostas forem gerando novas perguntas as cenas e a narrativa será construída. Com ações e suas consequências gerando cada vez mais situações para perguntas e respostas e assim por diante.

Situações Triviais não necessitam de carta para serem determinadas. Entretanto as demais precisam, sendo que uma carta será sacada para algo Lógico, duas para Ilógico e três para Impossível (o que pode ser bem subjetivo conforme as regras de cada universo). Se qualquer uma das cartas for de um naipe vermelho a resposta será não. Se todas forem pretos, a resposta é sim.

A intensidade da resposta é determinada pelo valor da última carta sacada. Quanto maior o valor, mais intensa. O ás é o valor mais baixo, sendo algo leve ou um mero detalhe e fácil de ser contornado ou ignorado. Já um K será algo realmente importante e até impeditivo ao grupo, como uma porta reforçada e com câmeras de vigilância.

Nos combates as cartas de figura (J, Q, K) são consideradas críticas e causarão algum efeito bônus, além de aumentar a força do ataque em 5. Embora narrativo as regras de Nômades impõem pensamento coletivo e estratégico.

 

Recursos

O grupo conta com equipamentos, artefatos (que podem ser determinados através de tabelas), além de alguns talentos, tanto básicos como aprimorados. Outro recurso são os pontos de Destino, com os quais o grupo pode ignorar uma carta sacada e sacar outra no lugar. Entretanto o grupo todo tem, por episódio, somente 3 pontos de Destino, que podem ser alterados por artefatos ou outras coisas.

Outros recursos para os personagens são a própria narrativa e as coisas estranhas que lhes ocorrem. Tudo pode se tornar um mecanismo para continuar a história. Inclusive a morte de um ou mais personagens. Tudo pode apenas ser alguma versão da realidade que os personagens tiveram contato. O que pode acontecer, inclusive, com a nossa, quebrando a quarta parede.

Criatividade é, portanto, o maior recurso do jogo. Porém, se o grupo ficar travado em algum ponto, o melhor é deixar o luxo seguir e contar uma boa história, do jeito que dê para contar.

No terceiro intervalo há um exemplo de temporada com delimitação dos episódios.

 

Personagens

O quarto intervalo explica a criação de personagens. E já começamos pela parte difícil, que é dar nome ao personagem! Depois escolhe-se um Conflito, que será o motivador do nômade. Em sliders, o protagonista só queria voltar para sua realidade. Mesmo que isso o fizesse abdicar de outras realidades que eram, aparentemente, melhores que a sua própria.

Depois descreve-se o personagem com algum adjetivo como forte, ágil ou inteligente. O Tipo, que será a profissão ou ocupação dele e a Especialidade, como saber atirar, ser um ótimo vendedor e coisas do tipo. No início ninguém possui Talentos e Força 5 por estarem desarmados. Proteção é 0 e Vida é 20.

Os personagens poderão começar com 0 em Foco, tornando o jogo mais mortal ou, então, terem 3 a 5 de foco e serem como protagonistas de filmes e seriados. Define-se a relação entre os membros do grupo e como descobriram-se nômades. Bem como Verdades, Pistas, Pertences, Aliados e Inimigos que possam aparecer na formação conjunta da história.

Os demais capítulos explicam como explorando o estranho e outras situações de jogo. Além de uma extensa lista com várias tabelas.

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