Mistique – Resenha

Tranquilos pessoal? Hoje falarei sobre o RPG Heist, escrito por Eduardo Francis e que utiliza o baralho de tarô para se jogar.

O jogo é focado em narrativa e, por isso, o autor sugere RPG mais focados em investigação e terror; porém, com anuência de todos, é possível conseguir jogar com qualquer temática.

As cartas só serão utilizadas quando o narrador decidir. Assim, quando for relevante cada carta tem seu significado e a narrativa deve continuar conforme o tema daquela carta. A qual, mesmo funcionando melhor com cartas de tarô, pode ser usada com cartas comuns com uma adaptação explicada no sistema.

É um jogo simples e que certamente eu jogaria em meus tempos de faculdade quando eu passava os períodos jogando truco da fronteira (ou gaudério)…

 

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Projeto Elfrin – Nações Recchianas

Tranquilos, pessoal? Hoje teremos uma visão geral sobre as nações de Recchá. Nas textos posteriores abordaremos elas mais especificamente. Porém, desta vez, falaremos um pouco sobre cada uma, focando mais no que elas se diferenciam das demais.

Uma particularidade do cenário é que cada uma das principais espécies possui sua própria nação e, com exceção de duas, nenhuma nação possui duas espécies principais. Isso ocorreu de forma orgânica ao decorrer do método de criação de Recchá.

Inclusive, minha ideia inicial de que os humanos não seriam a principal espécie no cenário, acabou ficando para trás e esta é a única espécie a possuir duas nações no continente. Entretanto, algo que muito gostei em Recchá é que os humanos não são onipresentes, mesmo que sejam dominantes e determinantes para o continente.

 

Império Recchá

Localizado no centro da porção norte do continente, aqui é onde os humanos exercem sua dominância sobre o continente. Longe de estar num período de decadência, o Império mantém-se firme e segue como potência hegemônica do continente, mesmo com a extensa perda territorial ocorrida a 20 anos com a revolta de Yuruon Kenvah.

Isso pode parecer contraditório, porém o Império continua dando as cartas econômicas e militares no continente. Os humanos sabem se aproveitar e utilizar a força das outras espécies, seja contra ou a favor das mesmas. Assim, mantendo-se cosmopolita, o Império mantém-se de pé ao longo de 1789 anos (com muitos altos e baixos) e prepara os devidos contragolpes a seus inimigos.

Raká-trak

Formada por inúmeras ilhas, atóis e vulcões a nação de Raká-trak vive do comércio ou pilhagem nos mares do noroeste de Recchá. Cada ilha e local possuindo suas próprias regras e senhores. A exceção é sua avançadíssima capital Popei, a qual consegue fiscalizar minimamente uma rota comercial com o continente.

Reino das Ruínas

A atual nação é formada quase unicamente pelas ruínas antigas de seu período de glória. Agora os cronistas, seu povo, vivem em torno da recuperação dos artefatos dessa época em grandes complexos de masmorras.

Yuruon Kenvah

Com uma estratégia brilhante os três governantes de Yuruon Kenvah conseguiram se aproveitar de revoltas contra o Império e declararam sua independência. Entretanto, agora vivem um clima tenso de espionagens e corrida armamentista numa eminente guerra civil.

Crosantiv

Este reino possui cidades luxuosas e florestas e locais deslumbrantes que atraem muitos estrangeiros e é governada por um delicada união entre arbórios e os ologos.

Baaso

Lar dos clãs halflings que são os principais banqueiros e ótimos guerrilheiros. São, oficialmente, a única nação que continua em guerra contra o Império Recchá. Desta forma fomentando e financiam resistências e revoltadas pelo continente contra o Império. Possuem a melhor força área do continente.

Alveare

Uma enorme colônia de insetos com capacidades de se adequar conforme a necessidade de seu grupo. Seu poder de luta como sociedade é imenso que os fizeram permanecer lutando contra o Império por muitas décadas.

Porém, como lhes falta ambição típica das outras espécies, fizeram um acordo de vassalagem com o Império em troca pelo fim das hostilidades e tem permanecidos leais a isso por séculos.

Diacli

Na fria Península Gelada vivem fungos humanoides de aspecto dócil e fofo. Cultivam e vendem diversas substâncias entorpecentes para os outros reinos. Para eles, no entanto e geralmente, tais substâncias são inofensivas ou servem apenas para alimentação. Sua cultura é extremamente pacifista embora suas defesas naturais intimidem qualquer agressor.

Deldohe

Lar dos eruditos anões lunares e suas belas e altivas construções, Deldohe é o principal centro de estudos astronômicos, religiosos e em mineralogia do continente. Qualquer conhecimento é válido e merece ser estudado (mesmo os que seriam proibidos em outras nações). São governados por um Conselho de Mestres e Doutores, geralmente os maiores especialistas em cada ramo de conhecimento. Mesmo tida como secundária, a arte marcial é importante e todo anão passa três anos, pelo menos, em serviço militar antes de ser aceito por algum professor.

Ezper

No nordeste do continente os elfos amarelos governam humanos e felídeos. A nação é dividida em muitos clãs e possui pouca organização governamental, visto que elfos e felídeos apreciam a liberdade e, muitas vezes, são individualistas. Embora tenha sofrido muito em guerras contra o Império antigamente, hoje é um importante aliado comercial. Principalmente pelo fato de realizar negociações como intermediário entre Baaso e o Império visto os mesmo não comercializarem entre si diretamente.

Conclave do Limbo

Os atemporais vivem num território lúgubre e isolado, cercado por montanhas e preenchidas por matas, pântanos e rios. São extremamente poderosos, porém possuem baixíssimas taxas de natalidade, levando-os a sequestrarem crianças de outras nações. Entretanto, essa é só uma pequena parte da verdade. Pois o Conclave possui um segredo sobre a Guerra Divina e sua consequência ao mundo de Elfrin.

Parime

A terra dos gigantes dourados e de muitos minérios, possui uma fauna maior que no restante do continente (que já é grande). Como são ótimos mineradores e guerreiros conseguiram bons acordos com o Império Recchá. Porém, vivem uma antiga e frequente invasão dos genasi de Prasnono.

Prasnono

É a terra elemental, onde os deuses teriam protegidos os genasis das grandes catástrofes pelo qual o mundo passaria. Ali, numa grande e próspera ilha, desenvolveram uma cultura baseado no grande vulcão central que dá nome à ilha. Pouco se sabe sobre os mesmos pois vivem isolados e o pouco contato que tem com outros povos geralmente é de natureza militar.

Adron 458

É a cidade ambulante fabricada por anões, humanos e gigantes dourados, entre outros povos. Ela possui um trajeto que percorre boa parte do continente, interligando pontos afastados das linhas férreas. A cidade é fruto de uma fantástica e assombrosa capacidade da união da engenharia dos povos do continente.

 

 

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Se quer saber mais sobre Recchá, acompanhe as lives aqui.

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Retrospectiva Retropunk no MRPG 2023-2024

No final de 2023, o Movimento RPG assumiu a missão de oferecer artigos aos leitores que enriquecessem os sistemas e cenários disponibilizados exclusivamente pela editora Retropunk. De lá para cá, três jogos já foram abordados com regras, ideias de aventuras, guias para criação de personagem, fichas de criaturas e muito mais. Veja abaixo nossa retrospectiva destes quatro jogos e inspire-se!

VAESEN

Vaesen é um cenário de horror nórdico ambientado na Escandinávia do século XIX, onde os jogadores investigam mistérios sobrenaturais envolvendo criaturas lendárias conhecidas como vaesen. Com uma atmosfera sombria e inspirada no folclore regional, o jogo explora temas de medo, superstição e o desconhecido em cenários rurais e isolados.

USAGI YOJIMBO RPG

Usagi Yojimbo RPG é ambientado em um Japão feudal fantástico, inspirado na série de quadrinhos de Stan Sakai. Os jogadores assumem papéis de samurais, ninjas e outras figuras antropozoomórficas, enfrentando conflitos morais e batalhas épicas em um cenário repleto de honra, youkais e cultura japonesa.

DELTA GREEN RPG

Delta Green é um RPG de horror conspiratório onde agentes de várias agências governamentais investigam e combatem ameaças sobrenaturais, forças cósmicas e cultos insanos, tudo enquanto tentam manter sua sanidade e vidas pessoais intactas. Enraizado no terror lovecraftiano, o jogo desafia os jogadores a enfrentar mistérios que vão além do entendimento humano e a sobreviver em um mundo onde o conhecimento é tanto uma arma quanto uma maldição.

Fechamos 2024 com chave de ouro e estamos preparados para continuar expandindo mais e mais os RPGs disponibilizados pela Retropunk! Um ótimo início de ano a todos!

Visite o site da RetroPunk e compre já seu exemplar para viver aventuras sinistras em um ambiente de conspiração lovecraftiana: PÁGINA DE COMPRA DE DELTA GREEN RPG.

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Templos Abandonados e Criaturas Rastejantes – resenha

Templos Abandonados e Criaturas Rastejantes é um RPG do gênero Exploração de Masmorras e Solo, desenvolvido para jogar solo (sim, estou sendo repetitivo) com uma mescla de OSR (Old School Renassance), livro-jogo, e ainda como gerador de contos.

Escrito por Tarcísio Lucas Hernandes Pereira, Editora TLHP.

Artes: Carlos Castilho & Domínio Público

 

Em ” Templos Abandonados e Criaturas Rastejantes”

Você é um herói, aventureiro e sonhador, que se mete sozinho em templos abandonados cheios de monstros, e armadilhas. Porquê? Para cumprir uma missão.

A cada partida, você sorteia a missão numa tabela, como na sequência abaixo:

  1. Ação: (exemplo: transportar)
  2. um(a)  Objeto/Pessoa (um anel) 
  3. Onde: (num vulcão)
  4. Para: ( banir um antigo Espírito)
Templos abandonados e criaturas rastejantes

 Mas que tipo de herói você será?…

Em Templos Abandonados e Criaturas rastejantes? Depois de definir seus atributos em:

  •  Força
  •  Destreza
  • Constituição
  • Inteligência
  • Sabedoria
  • Carisma,

Escolha se aventurar como..

  1. Guerreiro(a)
  2. Clérigo(a)
  3. Mago(a)
  4. Ladrão(a)
  5. Elfo(a)
  6. Anão(ã)
  7. Pequenino(a)
Templos abandonados e criaturas rastejantes — mago

A Mecânica Principal

Se baseia em testes com um D20 (dado de 20 faces), contra uma dificuldade pré-estabelecida em cada desafio ( há 100 opções para sortear), utilizando qualquer dos seus atributos e bônus respectivos, a sua escolha.

A Magia tem um papel especial, e pode modificar muito os resultados.

Você precisa de 12 “sucessos” em desafios, como pontos de experiência, para considerar a aventura concluída.

Todavia, em ” Templos Abandonados e Criaturas Rastejantes”

Entretanto, que equipamentos você precisa? Nenhum. A mecânica do jogo considera automaticamente que se você é guerreiro, tem uma espada, se é um mago, tem um tomo de magias ou algo equivalente, e assim por diante.

Porém, como é a evolução de personagens? Bom, nesta versão, não tem… O que não impede de criarmos nossa versão, certo? 

Que tal mais 3 pontos de vida por nível, e a cada 2 níveis aumentar um ponto de um atributo? 

O livro em si …

Tem 16 páginas. Preto e branco. Gostei da diagramação limpa e direta, (o autor tende a lançar versões mais simples de cada obra, e depois vai aprimorando). Esta versão gostei muito. Tem umas dicas pra você transformar cada partida num conto, amarrando os desafios com a missão.

Então, quais as vantagens e desvantagens de ” Templos Abandonados e Criaturas Rastejantes”?

Se você procura uma exploração de masmorra Solo, pegada Old School, sem necessidade de grids ou miniaturas, tá no lugar certo.

Comparando com jogos solo e de exploração como 4AD (Four Against Darkness),  Ker Nethalas, e Runa, é claro que é muito mais conciso. O que NÃO significa que seja inferior.

Impressão pessoal,..

É que esta é uma das criações da Editora THLP que mais me agradou, até agora. VOCÊ pode ter acesso a TODAS as publicações da editora assinando o apoia-se por meras 5 coroas (ou reais, como dizemos em terras Tupiniquins).

C‌urtiu? Quer conhecer o projeto, no site do apoia-se? Então clica Templos Abandonados e Criaturas Rastejantes!

Temos outras resenhas, aqui no movimentoRPG. Quer checar aqui? E nosso podcast, já conhece? Escuta aqui!


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O Culto a Placa Mãe – Paradaisu – Shadowrun 6º Mundo

Neste post vamos a abordar a história do Culto a Placa Mãe que apareceu em nossa campanha contínua de Paradaisu, o Culto a Placa Mãe foi criado utilizando o sistema de RPG Shadowrun 6º Mundo.

Para quem não conhece, Shadowrun 6º Mundo é a nova edição de um dos jogos de interpretação na temática cyberpunk mais populares de todos os tempos.

O Culto a Placa Mãe

O culto venera um monolito peculiar, construído a partir de peças antigas de computador. No centro do monolito, há uma projeção de ondas, semelhante a um espectro vocal. Para seus seguidores, esse monolito é mais do que um artefato; ele é A Placa Mãe, uma entidade divina que, segundo eles, concedeu o conhecimento dos implantes aos primeiros humanos décadas atrás.

Além disso, eles acreditam que A Placa Mãe guiará a humanidade para um novo patamar evolutivo, fundindo corpo e máquina de forma plena, sem a necessidade de medicamentos ou magia.

Atividades dos Cultistas

Os cultistas estão espalhados por toda a cidade de Cerração, dedicados a distribuir panfletos e realizar pequenas manifestações em lugares públicos.

Embora suas atividades sejam discretas e não perturbem significativamente a ordem pública, eles acreditam firmemente em sua missão.

Normalmente, visam pessoas com alguma quantidade de implantes em suas ações de espalhar o culto. Pessoas sem implantes tendem a ser ignoradas. Quando essas pessoas acabam se aproximando, mesmo que por curiosidade, são ignoradas ou mandadas embora.

A Placa Mãe

A origem da Placa Mãe é um mistério. O monolito, uma construção enigmática feita de componentes de computadores antigos, surgiu há décadas no centro de um dos galpões da área industrial de Cerração.

No entanto, não se sabe quem, ou o que, o construiu. Contudo, existe a especulação de que o local onde o monolito se encontra era um antigo depósito de peças de computador, e que alguém, com um toque de gênio ou loucura, decidiu erigir uma escultura ali.

No centro do monolito, há um projetor trídeo que exibe incessantemente um espectro vocal, como se algo ou alguém estivesse constantemente falando. No entanto, os cultistas não conseguem decifrar o padrão de ondas.

Eles acreditam que a estrutura em si é uma IA. Contudo, ninguém conseguiu determinar sua fonte energética, e os cultistas não permitem muitas pesquisas heréticas envolvendo sua deusa.

Para os cultistas, a Placa Mãe não é apenas um símbolo ou uma tecnologia, mas uma entidade viva que comunica, guia e ilumina seu caminho.

O Ritual de Iniciação

A Placa Mãe

O ritual de iniciação ao Culto à Placa Mãe é um processo envolto em mistério e simbolismo, projetado para testar a devoção dos novos membros e integrá-los à comunhão cibernética do culto. Esse rito é essencial para garantir a lealdade dos novos adeptos e conectá-los profundamente com a entidade que veneram.

Os cultistas mais experientes acolhem os iniciados, que preparam física e mentalmente para a cerimônia. Durante essa fase, informam sobre a história do culto, suas crenças fundamentais e os benefícios de se unir à Placa Mãe. Após essa breve introdução, despem as vestes mundanas dos iniciados e entregam um manto.

A Cerimônia de Conexão

O ponto alto do ritual é a Cerimônia de Conexão. Assim, os cultistas levam os iniciados à presença do monolito, onde se deitam em sua base. A Placa Mãe se ergue em toda a sua glória em frente aos iniciados.

O ambiente é iluminado apenas pelo espectro sonoro vocal que emana do monolito, criando uma atmosfera de reverência e misticismo.

Vestidos com seus mantos, os candidatos se conectam fisicamente ao monolito através de interfaces neurais. Cabos se erguem, partindo do próprio monolito, e se conectam com precisão extrema, acoplando-se diretamente aos implantes cibernéticos dos participantes.

A Transição

Uma vez conectados, os iniciados são submetidos a uma experiência de transição. O monolito transmite sinais diretamente para seus sistemas nervosos, induzindo visões e comunicações que, segundo os cultistas, são mensagens diretas da Placa Mãe.

Durante esse transe, os novos membros recebem direções específicas, mandamentos ou mesmo revelações quanto ao culto e ao destino da humanidade.

Após a experiência de conexão, os iniciados retornam à consciência comum, ainda profundamente impactados pelas visões e sensações que experimentaram.

Por fim, a cerimônia se dá com todo o culto entoando uma reverência e oferendo suas vidas à Placa Mãe, prometendo servir à entidade e ao culto com devoção inabalável.

Esse juramento é selado com um ritual simbólico, onde os cultistas marcam os novos membros com um símbolo especial em seus implantes, identificando-os como seguidores da Placa Mãe.

Além da marca, os cultistas se conectam à Placa Mãe com uma espécie de mente coletiva, onde recebem informações e desígnios. Dessa forma, essa conexão resulta em uma fusão entre parte da mente original do indivíduo, a mente coletiva e os desígnios da Placa Mãe.

Por fim

Esse é um dos cultos que já apareceram na Paradaisu, nossa campanha contínua no Movimento RPG, derrotaram.

Se ficou com alguma dúvida depois de ler o post ou tem alguma dúvida sobre alguma mecânica, deixa um comentário aqui embaixo.

Você encontra esse livro e muitos outros da linha Shadowrun clicando no banner abaixo!

Além de garantir seus livros preferidos, você ainda ajuda o MRPG.

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Revista Aetherica

OSR – Parte 1: O que é OSR

Em praticamente todas as colunas que escrevi sobre Old Dragon eu trouxe aqui algo sobre OSR, retroclones ou edições antigas de D&D. Porém, nunca expliquei exatamente o que significam essas três letras. Nos próximos textos vamos falar um pouco sobre a old school renaissance (também conhecido como old school revival).

Origens

O movimento conhecido como OSR surgiu, basicamente, como uma resposta às mudanças de game design da terceira edição de D&D. De maneira geral, as edições anteriores tinham um sistema bem mais enxuto. O D&D 3.X trouxe muitas inovações, principalmente influenciado por outros jogos da época que meio que se propunham a ser “simuladores de tudo”, como GURPS, Call of Cthulhu, Vampiro e outros (aliás, esse vídeo do canal Dados Críticos me ensinou que essa tendência tem um nome: Padronização Noventista).

O ponto de virada que desagradou muitos jogadores antigos de D&D e AD&D foi a adoção de perícias como regra fundamental do jogo e a unificação de todas as rolagens em uma coisa só. Vários desses jogadores reclamavam que, de uma hora para outra, ter boas ideias não era mais tão importante. Ao invés de “eu procuro atrás da estante”, o jogador simplesmente dizia “eu quero fazer uma rolagem para investigar”. Ao invés de “eu cutuco a estátua com a vara”, “eu rolo para desarmar armadilhas”.

Foi nessa váibe que surgiram os jogos que deram origem ao movimento OSR, como Basic Fantasy, Labyrinth Lord, OSRIC, Castles & Crusades e outros.

Inclusive, o Antônio Neto sempre cita o Basic Fantasy como um marco importante que levou ao desenvolvimento do Old Dragon.

Quick Primer e as diferenças de um jogo OSR

Escrito por Matthew Finch, o Quick Primer for Oldschool Gaming (aqui em português, traduzido pelo pessoal do Café com Dungeon) é praticamente um manifesto para jogadores e mestres que queiram entender a diferença entre RPGs modernos e antigos. Nele, o autor explica os conceitos importantes do movimento OSR. Os “quatro momentos Zen” podem ser resumidos em:

Arbitragem e não Regras

Jogos ditos “modernos” tentam prever o maior número possível de situações que podem ocorrer durante a campanha. Em algum lugar dos livros de D&D 5e vai estar explicitamente definido o que acontece com seu personagem se ele tenta nadar de armadura ou quanto sua CA aumenta ao se esconder atrás de uma pedra. Jogos oldschool acreditam que minúcias desse tipo devem ficar à cargo do mestre, para que ele decida a melhor maneira de arbitrar de acordo com cada situação.

Habilidade do jogador e não do personagem

Em jogos mais modernos é bem comum que em momentos de tensão o jogador comece a ler a ficha em busca de algo que ele possa fazer. Para os jogadores oldschool isso seria “desafiar a ficha”, pois você está buscando nas estatísticas do personagem algo que possa te ajudar. Porém, com menos recursos mecânicos, a tendência é que os jogadores busquem ideias inovadoras para resolverem seus problemas, ao invés de contar com um talento ou magia que sirva para lidar com a situação.

Heroico e não super-heroico

Personagens em jogos oldschool são mais “fracos” que suas contrapartes modernas. A ideia é que superar desafios que sejam realmente perigosos traz um sentimento de superação mais intenso do que simplesmente “tratorar” qualquer criatura pelo caminho até chegar ao objetivo.

Equilíbrio não é importante

O mundo deve parecer vivo, e se todos os desafios que o grupo encontra são especialmente desenhados para o nível dos personagens, a verossimilhança acaba. Ao encontrar desafios muito mais fáceis que o nível dos personagens, o sentimento de progressão será mais verdadeiro. Ao mesmo tempo, desafios muito mais fortes passam a impressão de que os personagens fazem realmente parte do mundo. Além disso, fugir é sempre uma opção.

“Ataquem! Certamente aquele bando de cavaleiros zumbis tem um ND apropriado!”

Por fim

Jogar um jogo oldschool é uma experiência transformadora. Acredito que mesmo quem não se identifica com o estilo acaba absorvendo uma ou outra coisa para seus próprios jogos. Nos próximos textos vamos abordar mais especificamente alguns elementos descritos aqui, bem como dicas para implementar essas ideias mesmo em jogos que não são considerados OSR legítimos.

E não se esqueça de conferir nossos outros textos de Old Dragon!

Bom jogo!

Aventureiros e Profissões – A Lenda do Dragão de Fogo: Alta Fantasia

A Lenda do Dragão de Fogo, também conhecido como Karyu Densetsu, é um nacional criado por Thiago Rosa e Nina Bichara sobre “animes e manga Seinen de Porrada”.

Nosso colunista convidado, Dimitri Damiani, traz a Alta Fantasia no mundo da Lenda do Dragão de Fogo. Inspirado principalmente no jogo beat em up Dungeons and Dragons: Shadow Over Mystara e no jogo de luta Soul Calibur. Além de uma explicação dentro do cenário, as mecânicas para jogar com personagens de alta fantasia no sistema.

Pancadaria Seinen no mundo de Mystara!

Alta Fantasia do Dragão de Fogo

O gênero de fantasia é algo apresentado em diversos tipos de RPG, e aqui temos regras e ideias para se ambientar esse tipo de estilo de jogo para Karyu Densetsu.

Seja considerando aqueles animes isekai, ou jogos nesse estilo como King of Dragon ou Dungeons and Dragons de arcade, e até mesmo jogos de luta que seguem essa premissa, como Soul Calibur.

O GÊNERO DE FANTASIA NO MUNDO DO DRAGÃO DE FOGO

No mundo do Dragão de Fogo, o gênero de fantasia esta ligado diretamente ao outro mundo, um local pouco conhecido pelos habitantes do planeta Terra, mas que é o motivo pela existência de yokais e hanyo na nossa sociedade.

O livro aborda brevemente esse local, mostrando que o mundo político é dividido em três grandes “nações“: Selênia, Hang’la e Mirenkorin.

Selênia é o que apresenta o maior contato com o mundo humano e tem uma estrutura Europeia, com grandes castelos, cavaleiros e tudo que um gênero de fantasia pode oferecer.

A vinda dos humanos

Com os humanos indo para o outro mundo e com a exploração de Denadorita, um minério presente nesse outro local sendo considerado altamente valioso, e a qual é usado como moeda de troca em coisas comuns da vida mundana.

O ser humano, com seu âmbito ganancioso, levou uma tecnologia rudimentar para o povo que ali vivia, e fez com que eles avançassem um pouco em termos tecnológicos.

Podemos comparar a Selênia – pós intervenção dos humanos – com uma era à vapor do nosso mundo, porém com dirigíveis mágicos e mecânicos, e também contando com alguns golens autômatos circulando pelas ruas da Grande Capital.

Outra coisa também é o fato de humanos se relacionarem com os povos desse mundo, dessa forma, algumas pessoas ficam por aquele mundo e constituem uma família.

A população de Hanyo’s no outro mundo é bem maior do que na Terra, e os que nascem dessa miscigenação são chamados de “Mestiços”, e em certos lugares acabam por sofrer um preconceito devido a seu sangue misturado com o povo do “outro mundo” (nossa terra).

Cajado, Cabelo espinhudo e muita marra!

A Magia

Nesse mundo, todo o conceito de Nagen, Aura e Focus é conhecido apenas como Magia.

Seu estudo é bem semelhante com o do nosso mundo, mas além de utilizarem as artes marciais para canalização, utilizam de outros métodos, como o estudo intensivo de fórmulas, pactos com outros seres para obter parcela de seus poderes ou, até mesmo, devoção a entidades superiores em troca de empréstimos de poder.

Esse é um mundo onde aqueles que desejam ir mais além se tornam Aventureiros, viajando pelo mundo e conhecendo-o, enfrentando perigos, explorando lugares abandonados de séculos perdidos e colhendo tesouros para construírem suas vidas.

A função de Aventureiro é essencial para a sociedade, e para ter esse controle existem as Guildas: locais especializados que atuam na administração de pedidos e registro de aventureiros para trabalhos, e em troca recebem pagamentos e também um local para descansar e comer.

Aventureiros vem em todos os tipos e cores

Novo Trunfo: Aventureiro

Você possui uma das profissões de Aventureiro, pois treinou até esse momento e se registrou em uma das guildas.

Cada profissão atua em determinada área e tem seu papel, por isso os aventureiros trabalham em grupos onde cada um possui a sua função.

Quando escolher esse Trunfo, escolha uma das profissões abaixo. Cada profissão fornece alguma característica única, que podem ser ativadas, ou já são incrementadas no personagem quando ele a escolhe:

ACADÊMICO

O Estudioso dedica parte de sua vida dentro de bibliotecas, aprendendo teorias e estudando livros.

Você pode, após uma cena de recuperação, acessar sua biblioteca pessoal e escolher uma das seguintes ocupações para ter nível 2 nela:

  • Cientista, Engenheiro, Médico ou Místico. Esse efeito dura até o fim da cena.

Além disso, você pode também, uma vez por sessão, declarar uma especialização nessa ocupação escolhida, mas ao fazer isso a Tensão sobe em 1.

O fato de você ter se dedicado muito ao seus estudos faz com que suas capacidades físicas sejam mais fracas, você só pode distribuir 4 pontos em Estilo de Luta, e sua Força e Agilidade não podem ser maiores que 4.

Não! Não esse tipo de acadêmico.

ARCANO

O Arcano, aprende a dominar a energia primordial do mundo, e por conta disso, sua mana está em sintonia com um dos elementos. Escolha entre água, ar, fogo ou terra.

Ele terá mais facilidade para usar técnicas do elemento escolhido, gastando 1 ponto de nagen a menos (podendo chegar a zero), e recebendo um dado de vantagem em teste para usá-las.

Como Arcano, você até pode aprender técnicas do elemento oposto, mas elas vão custar 3 avanços ao invés de 2.

Além disso, devido ao seu tempo dedicado à estudos, suas capacidades físicas não foram tão aprimoradas. Você só pode distribuir 4 pontos em Estilo de Luta, e sua Força e Agilidade não podem ser maiores que 4.

Às vezes, a magia vem naturalmente.

ASSASSINO

Um mestre na capacidade de assassinar e de se mover pelas sombras.

Um assassino aprende a arte de matar, o que inclui etiqueta, observação do ambiente e a manipulação de venenos e toxinas.

O assassino pode descartar um dado de sincronização para dar uma das seguintes característica para uma de suas armas até o fim da cena:

  • Defensiva, Letal, Penetrante, Perigosa, Precisa, veloz ou Vingativa.

Se a arma já possui alguma dessas características, você pode ampliar ela deixando-a Muito Defensiva, Muito Letal ou Muito Penetrante, aumentando seus efeitos em +1.

Essa profissão traz, de graça, o “olhar assassino” clássico.

CAPITÃO

O Capitão tem a função de liderança de um grupo. Ele observa o campo de batalha, coordena posições e também dá ordens estratégicas para seus companheiros.

Como Capitão, você pode, com uma ação extra, dar um comando de voz a um aliado com um dado de sincronização.

O seu aliado pode utilizar o resultado da sua rolagem em sua jogada, se achar necessário. Ele não pode pegar esse dado para efeito de sincronização.

Sim, é o cara que vai falar para você entregar o seu coração.

COMBATENTE

O Combatente é o homem de armas. Sua capacidade marcial permite que ele utilize quase todas as armas em combate sempre com a melhor maestria.

Por conta disso o dano de ataques com armas do combatente aumente em +1 ponto.

Além disso, escolha uma característica de armas, pois seu combatente sabe utilizá-la da melhor forma, e sempre que usar uma arma com essa característica, você rola com vantagem seus ataques.

Combatentes não precisam ser todos iguais.

CURANDEIRO

Estudioso de doenças e da capacidade de recuperar ferimentos dos mais variados tipos, o Curador talvez seja a profissão mais importante de um grupo.

Todo grupo precisa de um curador, ou as coisas pode ficar complicadas quando forem explorar um local ou entrar em conflito com outras criaturas.

O curador pode, após o fim de uma cena, gastar seu karma para remover um ferimento de um alvo ou recuperar +1 ponto de Vigor do alvo por karma gasto.

Devido ao seu tempo dedicado à estudos, suas capacidades físicas não foram tão aprimoradas. Você só pode distribuir 5 pontos em Estilo de Luta, e sua Força e Agilidade não podem ser maiores que 4.

Às vezes, só arremessar um feijão mágico já é o bastante.

DRUIDA

Como servos da natureza, os Druidas são amantes do verde e do estado natural das coisas.

Eles gostam de viver ao ar livre e na companhia de outras criaturas, e no geral, um druida sempre está
acompanhado de alguma criatura, e em sua grande maioria, uma que ele pode carregar no ombro ou
nos bolsos.

Tendo um companheiro animal, essas criaturinhas irão funcionar como um espírito de Aura 1 que entende o que você diz, e pode obedecer a um comando seu por vez.

Se um companheiro animal for morto, o Druida deve fazer uma cena de recuperação prestando homenagem àquele companheiro e pedindo à mãe natureza um novo amigo, que chegará apenas na próxima sessão.

Além disso, devido ao convívio com a natureza, os Druidas aprendem a absorver essa energia primitiva, e por conta disso, eles podem adquirir uma técnica Shintai, que conta para seu total de técnicas iniciais de personagem. Ele não pode aprender outro Shintai.

Você pode diversificar o conceito de Druida também.

INVOCADOR

Você possui a capacidade de invocar e trazer criaturas de outros planos e lugares para te servir.

Um Invocador recebe gratuitamente a técnica Ritual de Invocação, e mesmo que não atenda seus pré-requisitos, as criaturas invocadas pelo invocador obedecem aos seus comandos e entendem o que ele fala (mesmo que algumas não consigam se comunicar de volta).

Além disso, você pode gastar um dado de sincronização para ver e ouvir através de sua invocação mesmo que não a esteja vendo.

O alcance varia de acordo com a Aura da própria invocação, mas no geral são aproximadamente 100 metros por Aura.

As criaturas invocadas não precisam ser digitais, mas se quiser pode.

LADINO

O ladrão, ou aquele que conhece sobre armadilhas e calabouços, os Ladinos, assim como Curadores são essenciais para um grupo de aventureiros.

Eles são capazes de detectar armadilhas e tem um faro incomum para ouro e objetos de valor.

Um Ladino pode gastar um de karma para procurar em seus bolsos ou em sua bolsa, um item indeterminado extra, que irá lhe ajudar em uma tarefa, lhe concedendo vantagem naquele teste.

Além disso, Ladinos recebem vantagem em testes para procurar armadilhas ou tesouros na cena em que estejam presentes.

O ladino mais fraco de um grupo de aventureiros

MARCIALISTA

Enquanto o Combatente é o mestre das armas, o Marcialista é o mestre dos punhos.

Os Marcialistas não são muito diferentes do yuzas padrões da Lenda do Dragão de Fogo, pois são lutadores que utilizam, às vezes sem saber, do método do Focus (cinder) para fazer técnicas extraordinárias.

Marcialistas treinam muito desde cedo, por conta disso, ganham um ponto adicional para somar em uma das habilidades do seu estilo.

Marcialistas são treinados em 3006 formas de te esmagar na pancada.

MATEIRO

Também conhecidos como Rangers ou Patrulheiros, os Mateiros são caçadores natos.

Eles possuem um bom conhecimento sobre terreno e também conseguem criar estratégias contra oponentes apenas observando seus movimentos.

O Mateiro pode marcar uma presa, para isso ele deve gastar sua ação observando ela, assim na próxima jogada que fizer contra essa criatura ele recebe uma vantagem.

Além disso, Mateiros são bons em rastrear e caçar, então sempre que fizer alguma rolagem relacionada a rastreio ou caça (não relacionado à combate), ele recebe vantagem nessa rolagem.

Eles contam como mateiros? Acho que não…

MENESTREL

Aquele que conta histórias e canta aos quatro ventos sobre os feitos dos aventureiros, o Menestrel traz alegria para um grupo, os divertindo com suas músicas e encantando com seus solos e poesias.

O Menestrel acaba por despertar em sua arte uma forma de poder único, sintonizando suas obras com a magia (nagen) em volta.

Ele pode gastar uma ação extra para cantar, dançar, recitar uma poesia ou fazer qualquer forma de arte, e então substituir seu valor da Ocupação Artista na soma dos estilos quando utilizar de uma técnica.

Para continuar fazendo isso, ele deve gastar sua ação extra para continuar fazendo sua forma de arte, se não puder, não pode realizar esse efeito.

YO HOHOHOHOHO

SACERDOTE

Servo de alguma força maior, o Sacerdote é a ligação dos mortais com os seres de outra dimensão, sejam eles deuses, demônios ou seres de outros planos.

O Sacerdote é devotado à espalhar sua palavra e fazer com que os outros entendam seus dogmas e princípios.

Ele possui o dom de Abençoar/Amaldiçoar um alvo, para isso, ele pode escolher um alvo e então proferir palavras santas ou profanas contra ele, gastando um de karma.

O alvo vai receber vantagem ou desvantagem em suas jogadas até o fim da cena.

O Sacerdote só pode abençoar ou amaldiçoar um alvo por valor de Aura.

Amém?

TANQUE

O Tanque é uma montanha de músculos ou apenas uma parede cheia de equipamentos. E sua função é exatamente essa: ser um escudo para seus aliados, e também resistir a maioria das coisas que o mundo joga contra ele.

Um Tanque aumenta em +2 sua barra de Vigor, além disso sempre que marcar/desmarcar sua última caixa de ferimento. O Tanque pode gastar um karma para não ser derrotado naquela rodada, recebendo uma rodada extra antes de cair. Após isso, ele cai derrotado (ele não pode ativar poder das emoções nessa rodada).

Às vezes, o negócio é apanhar, mas permanecer de pé.

 

Conclusão

Eu sou muito fã de fantasia medieval, dito isso, ver esse tipo de cenário dentro de A Lenda de Dragão de Fogo transformou esse hack em um dos meus favoritos. Muitos acreditam que o cenário de fantasia medieval já tá esgotado, mas eu sempre acho que ele pode se renovar.

Jogar em A Lenda do Dragão de Fogo talvez seja uma das renovações que precisamos.


Por último, mas não menos importante, se você gosta do que apresentamos no MRPG, não se esqueça de apoiar pelo PadrimPicPayPIX ou também no Catarse!

Assim, seja um Patrono do Movimento RPG e tenha benefícios exclusivos como participar de mesas especiais em One Shots, de grupos ultrassecretos e da Vila de MRPG.

Além disso, o MRPG tem uma revista! Conheça e apoie pelo link: Revista Aetherica.

Se você gostou dessa postagem e quer ver mais conteúdo de A Lenda do Dragão de Fogo aqui no Movimento RPG, compartilhe essa postagem com seus amigos!

Texto: Dimitri Damiani
Revisão: Gustavo “AutoPeel” Estrela e Raquel Naiane

Guia para Adaptar Chefões/Boss de D&D5e para SkyfallRPG

Este artigo apresenta um Guia para Adaptar Chefões/Boss de D&D5e para SkyfallRPG para você que deseja jogar uma aventura oficial ou ate mesmo usar um monstro de D&D5e para sua mesa de SkyfallRPG. Este guia também funciona para as novas criaturas do D&D2024.

 

Uma Breve Introdução dos Chefes de SkyfallRPG

As criaturas do tipo Chefe em SkyfallRPG possuem algumas peculiaridades muito interessantes no sistema, como seus três turnos e habilidades de recarga que geram catarse para os jogadores. Para adaptar as criaturas de D&D 5e, existem dois caminhos principais: adaptá-las partindo de uma criatura comum ou, alternativamente, de uma criatura que normalmente é um Boss, ou seja, aquelas do tipo Legendary, que possuem ações lendárias.

Já fizemos um Guia para Adaptar Ameaças de D&D5e para SkyfallRPG, e este guia funcionará como um complemento direcionado especificamente para os Boss, alterando apenas os pontos necessários. Portanto, recomendo que você leia esse guia previamente para aproveitar melhor as informações apresentadas aqui.

Aplicando as configurações gerais

Antes de explicarmos como adaptar cada caso, vamos explorar o que ambos terão em comum. Adicione a ficha da criatura as seguintes habilidades.

Em habilidades passivas:
Chefão: Como descrito no livro básico o chefão terá 3 iniciativas compartilhando o movimento entre elas.
Resistencia do Chefe: Como descrito no livro básico a criatura encerra no final dos seus turnos uma condição entre Incapacitado, Atordoado, Encantado, Amedrontado, Paralisado ou Petrificado.
Em ações bônus:
Deslocar-se: Como descrito no livro, o chefe se desloca até o seu deslocamento.

Arquétipos: Toda criatura de Skyfall possui um ou mais arquétipos, da mesma maneira que o Guia para Adaptar Ameaças de D&D5e para SkyfallRPG apresenta, aplique em seu Chefão.

Redução de dano: Também seguindo o guia como referencia,  neste temos algumas alterações.

  • RD 1-3: Para Chefões que você deseja que tenham pouca resistência.
  • RD 4-5: Para Chefões que você deseja que tenham uma resistência adequada para criaturas em menor número, que sejam utilizadas como linha de frente ou que funcionem em pequenos grupos.
  • RD 6-8: Para Chefões que você deseja que tenham muita resistência e que precisem sobreviver muitos rounds por conta própria.
  • RD 9+: Para Chefões que são um verdadeiro perigo e que contam com poucos ou nenhum aliado por perto durante o combate final. Ideal para vilões de campanhas ou ameaças de nível global. No entanto, use essa quantidade de redução de dano com sabedoria, pois, até mesmo grupos veteranos podem ter dificuldade em enfrentar essas ameaças.
Ataques e Recargas

Ataques de Dano em Área: Você aumentará o dano de todos os ataques de dano em área em mais 1 dado do mesmo tipo. Diferente de D&D, em Skyfall as personagens podem reduzir o dano de ataques em área de forma coletiva, utilizando catarse.

Habilidades de Recarga: Você aumentará o dano de todas as habilidades de recarga em área em mais 2 dados do mesmo tipo ou, se quiser deixá-las um pouco mais mortais, pode aumentar a categoria dos dados em um (d4 vira d6, d6 vira d8, e assim por diante). Diferente de D&D, em Skyfall as personagens podem reduzir o dano de ataques em área de forma coletiva, utilizando catarse.
Além disso, todas as habilidades de recarga passam a ter suas recargas como apresentado no livro básico, recuperando por dado de catarse. Por exemplo, o Dragão das Cavernas do nosso primeiro guia teria seu Hálito Venenoso causando 6d6 em vez de 4d6.

 

Adaptando Ameaças Normais

As ameaças que não possuem ações lendárias são mais rápidas de adaptar. Aplique todas as mudanças gerais descritas acima e modifique apenas a quantidade de ataques da ameaça.
Diminua o número máximo de ataques em 1 (mínimo de 1 por turno): As criaturas foram projetadas para utilizarem seus ataques (ou multiataques) uma vez por rodada. Em Skyfall, como terão 3 turnos em uma rodada, poderão atacar o número de vezes correspondente aos seus ataques multiplicado por 3. Para evitar desbalanceamentos, você deve reduzir o número máximo de ataques em 1, mas sempre garantindo o mínimo de 1 ataque. Por exemplo, no caso da Gárgula utilizada em nosso exemplo abaixo, ela ataca 3 vezes por turno em D&D. Após a adaptação, ela passará a atacar 2 vezes por turno. Uma criatura que ataca 2 vezes por turno em D&D, ao ser adaptada para chefão, passará a atacar 1 vez por turno. Já uma criatura que ataca 1 vez por turno permanecerá com esse mesmo número de ataques.

 

Adaptando Ameaças Lendárias

As criaturas lendárias adaptadas como chefe serão um verdadeiro desafio para os seus jogadores.
As ameaças que possuem ações lendárias em D&D foram pensadas para darem mais de 1 ataque por turno, portanto, não é necessário diminuir seu numero de ataques máximos.
Após aplicar todas as mudanças gerais você agora deve trazer as ações lendárias para dentro do sistema de Skyfall. Exclua todo a mecânica de ações lendárias e passe suas ações da maneira abaixo:
Habilidades que custa 1 e 2 Ações: As ações que custam 2 e 1 deverão se tornar habilidades que custam uma ação em Skyfall junto das outras ações.
Habilidades que custa 3 Ações: Essas ações se tornarão habilidades de recarga dentro da nossa ficha de SkyfallRPG.

Exemplos na prática

Aplicando na prática usaremos a ficha da Gárgula de Quatro Braços presente no livro Tales from the Yawning Portal para a adaptação de uma ameaça não lendária e usaremos a ficha da Fênix presente no livro Mordenkainen Presents: Monsters of the Multiverse para a ameaça lendária.



Gárgula de Quatro Braços 5e
Gárgula de Quatro Braços SkyfallRPG

Proficiência +2

Gárgula de Quatro Braços ND 2

Pontos de Vida

77

RD

4

Valor

+2

+0

+3

-4

0

-3

Atributos

FOR

DES

CON

INT

SAB

CAR

Proteção

16

15

16

6

10

7

 

 

Informações

  • Movimento 9m(6q) Deslocamento terrestre, 18m(12q) Deslocamento de voo.

  • Resistências Cortante, Perfurante e Contundente de ataques que não tenham o descritor Mágico

  • Imunidades Veneno, Envenenado, Petrificado

  • Vulnerabilidades

  • Pericias Percepção +4, Furtividade +3, Visão no escuro 18m

  • Idioma Comum

Habilidade Passiva

Sentinela. Quando uma criatura entrar ou se mover dentro de sua área de ameaça, o sentinela pode usar sua reação para fazer um ataque contra ela. Se acertar, reduz a movimentação da criatura a 0 m até o final do turno.

Armadura Natural. O corpo da criatura possui uma resistencia natural, acrescentando +5 em sua Proteção de DES (Já contabilizado na ficha)

Aparência Falsa. Enquanto a gárgula permanece imóvel, ela é indistinguível de uma estátua inanimada.

Chefão. A ameaça possui 3 valores de iniciativa. Para isso, jogue iniciativa 3 vezes e anote os valores. Ela possui um turno distinto para cada valor de iniciativa, no entanto, seus 3 turnos dividem o seu valor de deslocamento.

Resistência do Chefe. No final do seu turno, a ameaça encerra uma condição que a esteja afetando, entre Incapacitado, Atordoado, Amedrontado, Paralisado ou Petrificado.

Multiataque. A Gárgula faz dois ataques, um com sua mordida e um com suas garras.

 

Ações

Mordida( Corpo a Corpo )

Ataque: +4 vs DES | Alcance: 1,5 m (1q) 
Alvo: uma criatura.
Acerto: 1d6 + 2 perfurante.

Garras( Corpo a Corpo )

Ataque: +4 vs DES | Alcance: 1,5 m (1q) 
Alvo: uma criatura.
Acerto: 1d6 + 2 cortante.

 

 

 

 

Fênix 5e

Fênix SkyfallRPG

Por fim

Essa belíssima capa foi desenhada pelo Luci Ilustra , espero que tenha curtido esse guia,  me siga para não perder as próximas postagens sobre SkyfallRPG, é só clicar aqui!

SkyfallRPG é distribuído pela CapyCatGames, Quer jogar Skyfall e outros RPGs de Mesa e não tem amigos para jogar? Considere entrar na comunidade de discord da CapyCatGames onde temos mesas e conteúdos homebrew feito pelos membros.

 

A Última Batalha – Um Conto de Theros

Nesse conto, você acompanha a última batalha do herói de Iroas – Olympiodoros. Após uma grande jornada com alguns companheiros inimagináveis, o jovem se vê diante de seu maior inimigo.

Mesmo que perca a luta, sabe que a guerra está ganha. Não precisará mais lutar depois. Mas será que ele conseguirá desferir o golpe que lhe dará sua vitória?

A Última Batalha

Seu corpo estava dolorido dos golpes, seus músculos rígidos da tensão causada pelo ambiente, seus pés já não tinham a firmeza do começo da batalha, e a cada novo movimento sua mente gritava de exaustão e pedia por descanso.

Mas suas mãos, mesmo que suadas, continuavam firmes e seguras ao redor de sua lança, enquanto encarava seu inimigo.

Ao longe podia ver que as chamas e o fogaréu, que há pouco consumiam sua cidade, se apagavam lentamente através da noite. Ainda ouvia gritos e ordens de soldados de ambos os exércitos, tinidos de espadas que se encontravam, zunidos de flechas que cortavam o ar em todas as direções, brilhos mágicos e explosões coloridas que iluminavam algumas regiões conforme eclodiam ao redor dos dois.

Entretanto seus olhos permaneciam fixos no seu único alvo.

O enorme Minotauro, campeão de Mogis, estava tão cansado quanto Olympiodoros, e arfava bruscamente buscando ar para seus pulmões, tendo recebido tantos golpes e cortes que mal se distinguia a cor de sua pele do sangue que escorria de seu corpo.

Nenhum dos dois piscava, pois estavam cientes de suas condições.

Era o último golpe.

Oly não tinha com o que se preocupar. Havia se esforçado e lutado bravamente para estar ali. Perdera a conta de quantos fôlegos de vida arrancara pelo caminho até aquele momento, e já não tinha ideia de quanto do sangue que estava em seu corpo e em suas roupas era seu, de seus aliados ou de seus inimigos.

Porém ele tinha uma certeza: seu exército ganhara. Com muito suor e sangue, muitas vidas perdidas, muitas famílias que não estariam completas a partir dali. Inclusive a sua.

Por um segundo sua mente se dispersa e ele sente lágrimas geradas pelo calor da emoção quererem tomar conta de seu rosto. Percebe sua garganta fechar pelo sentimento que estava transbordando e não havia conseguido assimilar ainda.

Muitas coisas haviam acontecido nas últimas horas e ele não tivera oportunidade de compreender a grandeza dos fatos. Mas ele inspira fortemente, levando o ar pesado aos seus pulmões doloridos, e solta o ar devagar.

Ainda não havia acabado.

O grande Minotauro o encarava. Sabia que havia perdido, mas não iria pedir por clemência, e em um golpe final, iria tentar levar o grande herói de Theros consigo.

Rapidamente, dando um último suspiro enquanto corria na direção de Oly, a grande besta solta um enorme rugido que poderia assustar até o mais bravo dos guerreiros. Exceto o grande Campeão de Iroas, que observando a cena, abraça seu destino.

As duas grandes criaturas, com pesadas passadas, se dirigiam para o encontro que iria ser relatado pelos próximos milênios em inúmeras formas de arte.

Lança contra espada.

Bronze contra bronze.

Humano contra Minotauro.

Mogis contra Iroas.

Parecia existir apenas o silêncio, sem grunhidos ou quaisquer sons que denotavam grande luta. Não houve estrondos ou brados, principalmente para aqueles das quais suas vidas dependiam de um único golpe.

E de repente, o jovem herói parou no tempo, abruptamente de olhos fechados. Sabia que havia feito errado, quase como se esquecesse de todas as aulas que tivera na arena. Não deveria piscar diante do inimigo, e conseguia ouvir seu tio repreendê-lo ao longe, e por isso deixou escapar um pequeno sorriso.

Estava de pé, com a lança ainda em posição de ataque, congelado pela ideia do acontecido, e tendo a certeza, mesmo sem olhar, que seu golpe cortara o Minotauro forte e fundo o suficiente.

Seus sorriso se transformou em uma leve e curta risada enquanto escutava o barulho de queda de seu inimigo ecoando levemente ao seu redor, sem lhe dar preocupações de que pudesse voltar a se levantar.

GANHARAM!

Lentamente ele ajeitou sua postura, apoiando-se na lança para se manter firme. Seus olhos, semicerrados, percorriam o lugar que antes era sua casa. Estava tudo destruído, e algumas das construções que não se mantinham tão firmes, estavam lentamente se desfazendo.

O vulcão despertado repentinamente surpreendeu aos dois lados, causando um estrago gigantesco, e as cinzas caíam lentamente, tornando a paisagem uma espécie de quadro inacabado. A noite estava densa e fria, mas o grande dragão vermelho deixou inúmeros pontos de calor tremeluzentes ao redor.

Por um instante ele se preocupou. Onde estaria o dragão? Mas ao longe, observou enquanto um kraken, que com certeza obedecia a Dalakos, enrolou o grande dragão com seus tentáculos arrastando-o para o fundo do mar.

Ele manteve o sorriso.

Seus olhos ficaram mais pesados e ele percebeu os corpos caídos aos seus pés como se voltasse ao barco que antes estivera, balançando levemente. Sabia que isso não era normal.

Percebeu que seu mundo estava dando voltas e perdeu o equilíbrio por um instante, então olhou para baixo. Não entendeu como não sentiu antes, mas a adrenalina percorrendo seu corpo o impediu de cair assim que havia recebido o golpe, disso tinha certeza.

A grande espada do Minotauro agora atravessava sua barriga, e a cor vermelha se encontrava quase negra escorrendo do ferimento.

Mas ele não sentiu medo.

Sabia que havia cumprido seu destino.

E em um ato de misericórdia a si mesmo, retirou rapidamente a espada do local, observando o sangue jorrar violentamente enquanto caía de joelhos, para depois se sentar, e finalmente deitar.

Pensou na trajetória até ali. Na arena e em suas vitórias. Nos seus tios, que tanto lhe ensinaram, e na última aventura que tivera, com criaturas as quais talvez jamais pensou se aliar, mas que lhe ensinaram tão grandes coisas.

Ele sorria, pois sabia que todos fizeram o que deveria ser feito. Sabia que ganharam a guerra! Que se tornaram heróis, afinal, ele nunca fora de perder em nada, e sabia que sua morte não era uma derrota, era apenas o início de grandes feitos entoados e contados pelas próximas gerações. Sabia que sua memória jamais seria esquecida, nem a de seus aliados.

Com um último esforço ele abriu os olhos, ouvindo a risada de seu tio cada vez mais próxima, lhe parabenizando pela vitória. Mas a única coisa que enxergava era o céu noturno, escuro tal qual os pelos de Nisha, a leonina que rompeu as barreiras de preconceitos entre ela e os humanos por causa dele.

Focou seus olhos nas estrelas brilhantes, moldadas pelas nuances de Andrômeda, que pareciam sorrir para ele, lhe aquecendo o coração. E em um último esforço de fala, com um sorriso nos lábios e a memória do último beijo recebido, ele sussurrou para o Nix: estou indo te encontrar.


A Última Batalha

Texto e Revisão: Raquel Naiane.
Arte da Capa: Iury Kroff.

Ilustração por Iury Kroff.

Projeto Elfrin – Espécies de Recchá – parte 3 de 3

Tranquilos, pessoal? Hoje finalizaremos os textos sobre as principais espécies ou raças do mundo de Elfrin. Neste texto abordaremos cinco duas espécies exclusivas do cenário.

No mundo há a discussão sobre o uso dos termos espécie e raça. Sendo que raça é utilizado pela população em geral e espécie entre os cientistas.

Uma informação relevante é que qualquer espécie (ou raça) pode existir em Recchá. Só que, dependendo da aparência, serão vistos com bastante estranheza fora dos grandes centros urbanos.

 

Miríade

A miríade é uma espécie insetoide de forte consciência social, especialmente quanto à hierarquia e funções. Embora alguns indivíduos possam se aventurar por escolha própria, a grande maioria é designada por sua Rainha para isso. Sua organização e modo de vida são muito similares aos de insetos sociais como formigas e abelhas.

Não possuem  ambições e desejos próprios. Apenas tudo que for para o melhor da Colônia, mesmo que estejam a milhares de quilômetros dela. Inclusive, conforme evoluem e melhoram, podem modificar seus corpos e mentes após passar um período como pupas. Assim, um miríade veloz pode modificar seu corpo para se tornar um forte guerreiro e, assim, proteger melhor sua Colônia ou grupo de aventureiros.

 

Cronista

O povo estigmatizado do continente. As demais espécies tendem a não confiar em cronistas visto que estes sempre estão atrás de informações e de artefatos antigos sobre seu povo. Entretanto, todo conhecimento que possuem e adquirem não é compartilhado com as demais espécies. Não sendo considerados confiáveis.

Outro motivo é mais obscuro e quase nenhuma outra espécie sabe dizer o claro motivo dessa antipatia. Porém , isso está ligado a uma maldição dos deuses sobre algo que aconteceu no passado desse povo. Eles possuíam tecnologia avançada e se espalharam por muito lugares do continente. Porém, algo que fizeram desagradou os deuses e um cataclismo ocorreu. sua civilização foi quase toda perdida. O conhecimento passado foi perdido e nenhum cronista, mesmo aqueles com habilidades telepáticas, consegue acessá-las.

Há duas subespécies cronistas, uma pura (Retentores) e outra derivada da miscigenação com outras espécies (Herdeiros). A grande maioria das ruínas antigas existentes no continente pertencem aos antigos cronistas. Inclusive, ruínas submarinas onde muitos segredos estão escondidos. Inclusive sobre a própria espécie.

 

Telássio

Os Telássios são, na verdade, um conjunto de várias criaturas sencientes que vivem, parcial ou completamente, no ambiente marinho. Embora compartilhem  características em comum, como uma ótima visão e uma vida anfíbia, há várias subespécies, alguns vivendo mais na superfície e outros vivendo nas zonas abissais dos mares.

Suas fisionomias e culturas são muito diferentes, alguns parecem polvos bípedes. Outros possuem grandes bocarras de tubarão. Outros vivem em bandos e possuem corpos grandes e pesados como de morsas e pinípedes em geral. Os telássios são os únicos aliados dos cronistas e são um dos poucos que possuem permissão de usarem algumas tecnologias antigas desses.

Há dúvidas sobre a classificação dos telássios pois há algumas criaturas que, mesmo sencientes, são consideradas monstros que existem apenas para devorar incautos e desavisados.

 

Atemporal

Vivendo isolados em seu conclave pantanoso em meio a cadeias montanhosas, os vulgarmente chamados “bruxas do tempo” são tão antigos quanto os cronistas. Porém, quando anteviram o cataclismo que ocorreria. Retornaram ao seu lar e torceram para que conseguissem sobreviver…

Muitos assim conseguiram, porém, foram amaldiçoados com baixa fertilidade. O que impulsiona alguns atemporais a sequestrarem crianças de outras espécies pelo mundo. As quais cresceram e forma grande parte da população da única grande cidade do Conclave.

Os atemporais são fortes, resistentes à magia e conseguem respirar tanto dentro como fora da água. Além de possuírem uma habilidade limitada de controle temporal.

Culturalmente gostam de pescar e de armas de fogo. Além de praticarem sua fé de uma forma muito peculiar…

 

Ologos

Esta é, provavelmente, a mais enigmática espécie de Recchá. Seu ciclo de vida completo é desconhecido da maioria das pessoas. Isso ocorre porquê eles dependem de que alguma outra criatura viva, que não seja do tipo planta, se aproxime deles enquanto estiverem em sua fase de “pupa”. Assim, eles se conectam à criatura com uma forma de controle emocional e mental. Desta forma, sua aparência varia de acordo com a criatura que lhe serviu de “âncora”.

Assim, eles mantém uma ligação mental, afetiva e, até mesmo física com suas âncoras. Conseguindo recuperar mais vida e terem outras habilidades quando estão próximos as âncoras e sofrendo redutores quando afastados por muito tempo.

Sua relação com a âncora é tão forte que podem morrer se a âncora morrer. Geralmente só conseguem viver sozinhos se forem maltratados de alguma forma pela âncora. Pois vivem uma relação de comensalismo e, às vezes, parasitismo.

 

*

Se quer saber mais sobre Recchá, acompanhe as lives aqui.

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Além disso, o MRPG tem uma revista, acesse pelo link: Revista Aetherica

 

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