Faith Battle – Resenha

Tranquilos pessoal? Hoje falarei sobre o cardgame Faith Battle, cardgame de temática bíblica criado por Lucas Bird e distribuído pela Lion Editora.  O jogo está em financiamento coletivo com sua primeira expansão, Gênesis.

Componentes

O jogo possui 53 cartas, 5 dados e 1 campo de jogo. Os dados funcionam como marcadores para os ataques e defesas dos heróis. O campo é separado por três zonas, a primeira delas é a Zona da Sabedoria e é onde as cartas de sabedorias são jogadas. Tais cartas são o equivalente das cartas de terreno de Magic ou do mana de Hearthstone e outros jogos.

Depois há a Zona de Preparação, onde as cartas em geral são jogadas. Do lado desta zona, ficam a pilha de cartas de sabedoria, das cartas em geral e do Mar do Esquecimento, que é o equivalente ao cemitério da maioria dos outros cardgames. Por fim, há a Zona de Batalha que é autoexplicativo.

 

Cartas

As cartas são divididas em seis categorias: Heróis, Artefatos, Lendárias, Milagres, Pecados e Sabedoria.

Sabedoria, como explicado acima, funciona como a moeda com a qual se paga as cartas a serem jogadas. Tendo a mesma função de terrenos, energia ou mana de outros jogos. Milagres são os feitiços do jogo e podem ser jogados a qualquer tempo desde que se tenha Sabedoria suficiente. Pecados também são feitiços mas funcionam como armadilhas (o que fica bem temático) e são ativadas pela ocorrência de algum gatilho.

Heróis são os lacaios do jogador, sendo a maneira básica de tirar fé do adversário. Artefatos são equipamentos e ficam atrelados aos heróis, só podendo serem equipados na Zona de Preparação. E Lendárias são alguns heróis com habilidades melhoradas e que precisam ter seu custo pago novamente.

 

Tipos de jogo

Os modos de jogo são 1 contra 1 padrão e versão extreme. Este modo não pode conter nenhuma cópia das cartas. Tem o Multijogador, onde jogam de 3 a 6 jogadores todos contra todos. E o Cooperativo, onde jogam de 4 a 8 jogadores divididos em duas equipes podendo jogar qualquer carta em conjunto a de seus companheiros. Há, também, o modo Bible Challenger onde o desafio é encontrar versículos bíblicos antes do tempo ou de seu adversário.

 

Jogando

O jogo inicia com cada jogador tendo 15 pontos de fé (que equivale à vida), 5 cartas na mão e uma de sabedoria em campo. é possível realizar a troca da mão por duas vezes. Os jogadores decidem quem inicia jogando, podendo-se utilizar do par ou impar, jokenpô ou pelo maior número dentre a jogada de 2 dados. Quem começar não compra uma carta na primeira rodada.

O jogo dura 10 rodadas e a cada rodada se acresce uma carta de sabedoria no campo. Se, ao findar da 10ª rodada os jogadores ainda tiverem pontos de fé, farão uma rodada extra e aquele que tiver mais pontos de fé vence. Se houver empate os jogadores jogarão turnos extras até um deles perca algum ponto de fé.

A fé se perde pelo ataque de heróis, pelos feitiços (milagres e pecados) ou por acordo no modo de desafio do Bible Challenger.

Os heróis devem ser jogados na zona de preparação e depois os levando à zona de batalha e escolhendo quem irá atacar, se um herói adversário ou o oponente. O defensor pode escolher se defender ou não e, daí, pode-se jogar os feitiços. Pode-se jogar um feitiço após o outro desde que se consiga pagar seus custos. A resolução dessas eventuais pilhas de feitiços ocorre a partir da última jogada até a primeira.

Heróis que se enfrentam comparam seus valores de ataque e defesa e aqueles que possuírem o maior valor ganha e o perdedor vai para o Mar do Esquecimento.

 

 

*

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A Lenda do Dragão de Fogo – Guia de Criação de Personagem

A Lenda do Dragão de Fogo, também conhecido como Karyu Densetsu, é um nacional de criado por Thiago Rosa e Nina Bichara sobre “animes e manga Seinen de Porrada”. Mas muito mais do que isso ele também e um rpg sobre amizade, liberdade, busca de ser o mais forte e de gritar o nome do seu poderzinho enquanto você é irado.

“A arma mais poderosa na Terra é a alma humana em chamas” – Ferdinand Foch

Sobre o que é o jogo?

Nesse jogo jogamos com personagens chamados protagonistas, os herois da historia, devido ao fato do jogo emular mangas e anime Seinen que são voltados para um publico mais adolescente e adulto, o jogo tende a ser rápido mas com histórias profundas, lógico que as regras do livro permitem também jogar aqueles shonen padrão como Naruto, Cavaleiros do Zodiaco, Dragon Ball entre outros.

O jogo utiliza apenas dois tipos de dados o d6 e o d10. No geral você vai rolar uma pilha de dados de acordo com o valor do atributo que você quer jogar, somar um ou outro bônus que pode variar de +1,+2 ou +3 e ver se passou a dificuldade ou o narrador também faz um contra-teste.

Criando o personagem

Como dito acima no jogo você vai interpretar um protagonista, aquele que será o centro das histórias da mesa, o livro da um resumo de como criar um personagem em KD.

A inspiração para o conceito do Sergião Caminhões é muito clara, você pensou outra coisa?

1 – Defina o seu Conceito;

A primeira coisa a se fazer e definir um conceito, uma frase aonde define como e seu personagem, quando alguém olha para ele o que vê? Portanto, um conceito pode ser uma frase descrevendo sua aparência ou até mesmo uma característica que seu personagem faz ou é. Você pode utilizar o conceito em jogo para adicionar o que chamamos de dado de sincronização (d10) e uma jogada sua, se o conceito fizer sentido na cena.

Exemplo: Vamos montar um personagem aqui, pensando no conceito vamos criar um caminhoneiro lutador casca grossa bem ao estilo “Falcão, campeão dos campeões”.

Vamos chamar ele de Sergio Oliveira, mas conhecido como “Sergião Caminhões”, seu conceito vai ser “Coração Caminhoneiro”.

2 – Registre sua Aura (1)

Dizemos que a Aura seria como se fosse o “nível” do personagem, pessoas comuns do Cotidiano possuem Aura 0, mas os protagonistas não são pessoas comuns, eles conseguem controlar elementos da natureza, saltar mais de dois metros, correr a velocidades absurdas, a Aura também é utilizada para calculo de diversas coisas, ou seja, quanto maior a sua Aura, mais forte você é.

Exemplo: Sergião além de ser um caminhoneiro descobriu nas artes marciais uma forma de se tornar mais forte, antes de ser um caminhoneiro, Sergião era um grande lutador, como protagonista da historia ele esta acima de um humano comum, tendo Aura 1, anotamos na ficha isso.

Se ao invés de um caminhão, fosse um carro tunado, Sergião poderia muito bem ser um Guerreiro das Estradas.

3 – Escolha seu caminho

Portanto, seu personagem possui um objetivo, algo para se desenvolver, isso vai se refletir no seu caminho, os caminhos são muitos e no livro a uma lista deles, cada caminho possui 3 eventos que, quando encaixados na narrativa do jogo, você pode marca-los e isso pode gerar Karma (a EXP do jogo) quando chegar ao final da sessão. Além disso, todo caminho tem uma Reviravolta, algo que você pode fazer também que faz com que você possa trocar para outro Caminho e também gera Karma, um protagonista deve escolher apenas um caminho a seguir.

Exemplo: Sergião anda por esse Brasil a fora em busca de novos desafios, ele trabalha transportando carga mas gosta das aventuras que vive nas nossas BR, escolhemos o caminho da Aventura para ele, anotamos na ficha os eventos do caminho (Agir sem pensar ; Correr Perigo Sem Motivo e Reclamar sobre uma situação chata), também anotamos a sua reviravolta (Parar de se aventurar).

4 – Escolha seus 3 laços

O protagonista possui relacionamentos, esses relacionamentos são refletidos em laços, eles podem ser com outras pessoas, com algum objeto precioso, com um grupo de pessoas ou com um ideal, você começa com 3 laços mas pode adquirir mais com o passar do jogo. Nem todo relacionamento precisa ser bom, as vezes aquele rival pode ser um relacionamento de ódio seu. Quando você interagir com seu laço, pode marca-lo na ficha, esse laço marcado pode se tornar fonte de dados de sincronização ou karma.

Exemplo: Para o laço de Sergião criamos três, o primeiro e a empresa no qual ele trabalha fazendo entregas, resolvemos colocar o nome de empresa XYZ Transportes, colocamos também com laço Matilde, sua esposa que mesmo que não veja ela muito sempre pensa nela, e por ultimo Antenor seu amigo de viagem e que sempre esta com ele em suas confusões. Antenor pode ser também um personagem da mesa ou um npc, ficando a escolha dos membros da mesa isso.

Sergião e Antenor no final da campanha.

5 – Distribua 18 pontos entre seus atributos

Aqui e a parte mecânica do jogo, ao todo são 6 atributos cada um trabalhando na sua área, cada ponto em um atributo vai simbolizar a quantidade de dados que você vai jogar, os atributos vão de 1 a 5 (sendo o valor 6 conseguido apenas através de um trunfo especifico). Nessa parte distribua como você imagina seu personagem, se ele é um ninja veloz, provavelmente vai ter mais Agilidade, se é um motoqueiro brutamonte, invista em força, ai vai do gosto do jogador.

Exemplo: Resolvemos fazer a seguinte distribuição de pontos para Sergião: Força 5, Agilidade 2, Vontade 2, Razão 2, Instinto 3, Presença 4. Sergião e um cara forte mas não e tão rápido e também tem carisma, sabe chegar chegando, esses valores também irão valer para outras coisas na ficha

6 – Distribua 6 pontos entre as ocupações

As ocupações seriam algo como se fosse as perícias em algum outro jogo, são coisas que seu personagem sabe fazer além de chutar bundas de inimigos, tais coisas como dançar balé, pilotar motos, discursar bem, cuidar das pessoas, acabam por entrar nas dez ocupações presentes no jogo. Você pode distribuir 1,2 ou 3 pontos em uma delas, sendo 1 considerado aprendiz, 2 proficiente e 3 mestre. Um detalhe importante e que você pode também gastar um ponto adicional se tiver uma ocupação proficiente (2) para adquirir uma especialização nela, que é um campo menor de atuação mas que você sabe tão bem que quando esse campo de atualização aparece em cena e você for fazer um teste nele pode trocar um dado normal (d6) por um dado de sincronização (d10) na rolagem.

Exemplo: Resolvemos fazer a seguinte distribuição de ocupação para Sergião: Atleta 1, Piloto 3, Engenheiro 1, Vigilante 1. Sergião sabe se mover e correr bem. É um otimo piloto usando seu caminhão com maestria e também sabe consertar alguma coisa do caminhão se precisar. Como é um caminhoneiro, esta sempre atendo a estrada.

Se você olhar bem, você encontra o arquétipo do Sergião em qualquer jogo de luta.

7 – Distribua 6 pontos entre as habilidades do seu estilo de luta;

Do mesmo jeito que as ocupações vão de 0 a 3, o estilos de luta também, aqui divididos em seis tipos: Agarrão, Bloqueio, Combo, Evasão, Golpe e Projétil. Distribuir os pontos vai dizer muito como seu personagem luta, ele é bom em Agarrar seus oponentes? Consegue da golpes rápidos com Combo? Ou enche a tela com bolas de energia com Projétil?, você pode também criar um nome para seu estilo de luta, ou então pegar algum que exista e tentar emular com os pontos que tem.

Exemplo: Resolvemos fazer a seguinte distribuição de Estilo de Luta para Sergião: Agarrão 3, Golpe 1, Bloqueio 1, Evasão 1. Sergião é um mestre no agarrão, seu combate é feito de perto do alvo, seu estilo de luta único faz com que ele se aproxime do alvo e então execute agarramentos mortais.

8 – Escolha dois Trunfos

O protagonista também deve escolher dois trunfos, trunfos são habilidades especiais que podem ajuda-lo ou torna-lo algo único, existem trunfos com Ciborgue que muda coisa na sua ficha ou como o Hanyo que permite pegar técnica especificas. Também a trunfos que permite conseguir armas ou até mesmo formar laços com seus inimigos, escolha dois deles que se adeque a ideia do seu personagem.

Exemplo: Sergião sabe dar o melhor dele quando o mundo esta contra ele. Além disso pelo fato de sempre fazer entregas de qualquer coisa (já que o caminhão e seu), sergião conheceu gente importante pelo Brasil a fora e quem sabe ajudou e muito eles, por conta disso escolhemos os trunfos Amigos Importantes e Volta por Cima.

Hora dos toques finais antes do Round 1

9 – Escolha 6 Técnicas;

Aqui vem a cereja do bolo de Karyu Densetsu; As técnicas, poderes especiais que cada personagem possui, o livro apresenta uma lista longa de técnicas (aproximadamente cem) e aqui que você vai montar o seu protagonista do jeito que você quer, lembrando que algumas técnicas possuem pré-requisitos que devem ser atendidos.
Um detalhe importante e que todo estilo de luta possui uma coisa chamada Ougi, uma técnica chave daquele estilo, aqui você vai escolher uma de suas técnicas para ter um Ougi e anotar ele na sua ficha.

É como se fosse uma habilidade especial da própria técnica, além disso todas elas também tem um efeito de sincronização, que é quando você zerar a sincronização da técnica “pagando” seu custo com os dados de sincronização rolados e também o seu custo de Nagen, que se for maior que seu limiar de canalização (já explicado mais a frente), reduz o excedente do seu vigor.
E possível também pegar menos técnicas para poder escolher upgrades para as outras técnicas que possui, ampliando assim o leque de possibilidade.

Exemplo: Resolvemos escolher as seguintes técnicas para Sergião: Imobilização, Pilão Atômico, Queda Distante, Bloqueio Agressivo, Punho Gravitacional. Sergião é um mestre nos agarrões, por isso no seu repertorio mais técnicas de agarrão, mas logico que ele também tem um poderoso soco que pode decidir um combate.

10 – Calcule o Valor final dos atributos derivados;

Por fim , existem quatros atributos derivados a ser calculados, o primeiro é a sua Barra de Vigor, o valor de sua energia fisica, mental e espiritual, que vai se gastando com o passar de um combate ou de ações que vai fazendo, seu valor e igual a Aura + Vontade + Força.

Depois temos o Limiar de Canalização, um indicador de quanto de Nagen você consegue usar sem ficar cansado, toda vez que você usaa alguma técnica, você gasta nagen, se gastar mais nagen que seu limiar de canalização, o que passar do limiar e reduzido de seu vigor, o seu valor e igual a Aura + 2

Temos também o Limiar de Defesa, o qual complicado e acertar o personagem (Semelhante a Defesa ou CA de outros sistemas), toda vez que algo passar o Limiar de Defesa, o protagonista perde um ponto de vigor, seu valor é igual a Aura + Agilidade + Razão ou Instinto (o que for maior) + Evasão.

E por ultimo temos o Limiar de Proteção, a ultima linha de defesa do personagem, qualquer dano que passar o limiar de proteção do protagonista faz com que ele fique ferido, marcando uma caixa de ferimento, seu valor é igual a Aura + Força + Bloqueio

Exemplo: Calculando os valores de Sergião temos: Vigor 8, Limiar de Canalização 3, Limiar de Defesa 7, Liminar de Proteção 7


Sergio Oliveira / Aura 1

Conceito: Coração de Caminhão

Caminho: Aventura

Laços: Empresa XYZ Transportes; Matilde, sua esposa ; Antenor, parceiro de Viagem

Atributos

Força 5, Agilidade 2, Vontade 2, Razão 2, Instinto 3, Presença 4

Atributos Derivados: Vigor 8, Limiar de Canalização 3, Limiar de Defesa 7, Liminar de Proteção 7

Ocupações

Atleta 1, Piloto 3, Engenheiro 1, Vigilante 1

Estilo de Luta

Agarrão 3, Golpe 1, Bloqueio 1, Evasão 1

Trunfos: Amigos Importantes, Volta por Cima

Técnicas

Imobilização

Tipo: Agarrão

Efeito: Se acertar, faça uma disputa de Força (Atletismo) contra Força (Atletismo) do alvo. Se você vencer a disputa, o alvo não pode se afastar de você até o começo do seu próximo turno. E sofre dano igual à sua Força.

Ougi: Você ganha uma vantagem na disputa de força

Sincronização: Some sua Aura no dano

Nagen: 2

Pilão Atômico  

Tipo: Agarrão

Efeito: Você agarra o oponente, levanta-o do chão, vira de cabeça para baixo e o enterra no chão com violência. Machuca pacas: o dano é Força + 2. Uma vítima perde 2 pontos de Vigor em vez de 1.

Sincronização: Some sua Aura no dano.

Nagen: 3

Queda Distante

Tipo: Agarrão

Efeito: A vítima sofre dano igual à Força, é afastada um passo de distância e sofre uma desvantagem na sua próxima jogada.

Sincronização: A vítima é afastada 2 passos de distância.

Nagen: 2

Bloqueio Agressivo

Tipo: Bloqueio

Efeito: Como uma reação após ser atingido com um Golpe ou Combo desarmado, o yuza causa ao atacante dano igual à sua Força.

Sincronização: Some sua Aura no dano.

Nagen: 3

Punho Gravitacional

Tipo: Golpe / Terra

Efeito: O dano é igual à Força + Vontade + Aura, e a vítima é arremessada para a distância próxima pelo impacto.

Sincronização: Multiplique Aura por dois antes de calcular o dano.

Nagen: 5

Conclusão

Por ultimo que tal montar uma historia bacana com seu personagem e pensar em um desenho irado?

No demais a criação de personagem de KD segue essa linha e fazendo isso ai você estará pronto para desbravar o mundo do dragão de fogo em busca do mais forte..

Bom dados de sincronização para todos!


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Se você gostou dessa postagem e quer ver mais contéudo de A Lenda do Dragão de Fogo aqui no Movimento RPG, compartilhe essa postagem com seus amigos!

Texto: Dimitri Damiani

Revisão: Gustavo “AutoPeel” Estrela

Guia para Adaptar Ameaças de D&D5e para SkyfallRPG

Este artigo apresenta um Guia para Adaptar Ameaças de D&D5e para SkyfallRPG para você que deseja jogar uma aventura oficial ou ate mesmo usar um monstro de D&D5e para sua mesa de SkyfallRPG. Este guia também funciona para as novas criaturas do D&D2024.

 

Passo a Passo.

Para o nosso guia, usaremos a ficha de um Dragão das Cavernas, presente no Tome of Beasts Volume 1 de Dungeons and Dragons 5e. Consideraremos que a ficha representa uma Ameaça Complexa, que é o padrão para as ameaças em Skyfall. A adaptação de Ameaças Chefões é abordada em Guia para Adaptar Chefões/Boss de D&D5e para SkyfallRPG

Ficha Dragão das Cavernas 5e

 

1- Definindo os Pontos de Vida

A primeira coisa que precisamos saber é que, em Skyfall, as personagens e consequentemente as criaturas são ligeiramente mais fortes do que em D&D devido a diversos fatores. Isso se reflete em seus pontos de vida e na definição da RD. Os pontos de vida das criaturas serão o máximo indicado pelos dados da ficha. Por exemplo, um dragão com 52 PVs (7d8 + 21) pontos de vida teria um total de 77 pontos de vida (7×8 + 21 = 77).

2- Redução de Dano

Para a redução de dano, utilizaremos a seguinte lógica, baseada no objetivo da ameaça. Lembre-se de que não há um RD definido para cada ND, ele deve ser um fator que agrava a dificuldade, e não o elemento determinante. De toda forma, grupos de níveis mais altos terão mais facilidade em enfrentar ameaças com RD mais elevado.

  • RD 1-2: Para ameaças que você deseja que tenham pouca resistência, ideal para criaturas que aparecem em grupo ou do tipo flanqueador ou atirador.
  • RD 3-4: Para ameaças que você deseja que tenham uma resistência adequada para criaturas em menor número, que sejam utilizadas como linha de frente ou que funcionem em pequenos grupos. Ideal para ameaças do tipo bruto, cavalaria ou sentinelas.
  • RD 4-5: Para ameaças que você deseja que tenham muita resistência e que precisem sobreviver muitos rounds por conta própria. Criaturas do tipo líder, defensor ou chefes se beneficiam bastante dessa redução de dano.
  • RD 6-7+: Para chefões que são um verdadeiro perigo e que contam com poucos ou nenhum aliado por perto durante o combate final. Ideal para vilões de campanhas ou ameaças de nível global. Use essa quantidade de redução de dano com sabedoria, pois até mesmo grupos veteranos podem ter dificuldade em enfrentar essas ameaças.

Definimos que nosso dragão será uma criatura levemente resistente, como descrito no livro, portanto, sua Redução de Dano será 3.

 

3- Atributos e Proteções

Em seguida, iremos definir os atributos e, depois, as proteções correspondentes. Para isso, basta utilizar o modificador do atributo da ficha em 5e como o valor do atributo na ficha em Skyfall. Os valores dos atributos ficam assim: FOR: +4, DES: +1, CON: +3, INT: -1, SAB: 0, CAR: +1.

Para as proteções, usaremos a fórmula base apresentada no livro: 10 + Valor do Atributo + Bônus de Proficiência, caso seja treinado nessa proteção. A pergunta que surge é como determinar quais e quantas proteções são treinadas. Para isso, utilizaremos o valor do Bônus de Proficiência da ficha de D&D, que, no caso do dragão, é +2. Treinaremos esse número nos atributos mais altos da criatura, que são FOR e CON. Portanto, as proteções ficam assim: FOR*: 16 | DES: 11 | CON*: 15 | INT: 9 | SAB: 10 | CAR: 11.

Nesta etapa, você, como narrador, tem uma escolha a fazer. Note que a proteção correspondente à CA de D&D ficou menor, geralmente em Skyfall, os ataques acertam a proteção de DES, que ficou 11 enquanto na ficha de D&D os ataques eram contra o valor 16. A recomendação é adicionar a habilidade passiva “Armadura Natural” com a soma necessária na proteção de DES para que fique equivalente ao valor de D&D. Isso será apresentado na ficha ao final do artigo. Caso não ache necessário, você pode aumentar o valor da redução de dano ou deixar sem alterações.

 

4- Informações

Agora, iremos adaptar as informações de movimentação, perícias e imunidades com os termos correspondentes. D&D utiliza a medida de comprimento em pés (ft), enquanto Skyfall utiliza metros(m). A conversão é simples: cada 5ft equivalem a 1,5m.

As informações adaptadas ficam assim:

  • Movimento: 9m (6q) Deslocamento terrestre, 6m (4q) Deslocamento na água e 6m (4q) Deslocamento de voo.
  • Imunidades: Veneno, Envenenado
  • Perícias: Percepção +4, Furtividade +3
  • Idiomas: Dracônico

 

5- Habilidades Passivas

Por fim, iremos agora adaptar as habilidades passivas e ações ativas acrescentando a habilidade do tipo sentinela ficando assim:

  • Mortalha da Escuridão: O dragão das cavernas naturalmente suprime a luz perto dele. Luz brilhante a 4,5m (3q) do dragão se torna luz fraca, e luz fraca a 4,5m se torna escuridão não mágica.
  • Sentinela (Reação) Quando uma criatura entrar ou se mover dentro de sua área de ameaça, o sentinela pode usar sua reação para fazer um ataque contra ela. Se acertar, reduz a movimentação da criatura a 0 m até o final do turno.
  • Perfurador Mágico: O dragão das cavernas pode cavar através de terra e pedra não trabalhadas e não mágicas. Ao fazer isso, o dragão pode escolher se deixa o material pelo qual ele se move sem ser perturbado ou deixa um túnel de 1,5m de diâmetro em seu rastro.
  • Armadura Natural: O corpo do dragão possui uma resistencia natural, acrescentando +5 em sua Proteção de DES (Já contabilizado na ficha)

6- Ações

  • Morder(Ataque Corpo a Corpo)
    Ataque: +6 vs DES| Alcance: 1,5 m (1q)
    Alvo: uma criatura.
    Acerto: 1d10 + 4 perfurante + 1d6 veneno
  • Hálito Venenoso (Recarga) (Ataque Mágico)
    Ataque: +5 vs CON | Alcance: Pessoal
    Alvo: criaturas dentro de um cone de 4,5m (3q)
    Acerto: 4d6 pontos de dano de veneno e a criatura fica envenenada até o final do seu próximo turno.
    Erro: metade do dano e não aplica efeito.

 

Ficha Detalhada

Proficiência +2

Dragão das Cavernas ND 2

Pontos de Vida

77

RD

3

Valor

+4

+1

+3

-1

0

1

Atributos

FOR

DES

CON

INT

SAB

CAR

Proteção

16

16

15

9

10

11

 

 

Informações

  • Movimento 9m(6q) Deslocamento terrestre, 6m(4q) Deslocamento na terra e 6m(4q) Deslocamento de voo.

  • Resistências

  • Imunidades Veneno, Envenenado

  • Vulnerabilidades

  • Pericias Percepção +4, Furtividade +3

  • Idioma Dracônico

Habilidade Passiva

Sentinela. Quando uma criatura entrar ou se mover dentro de sua área de ameaça, o sentinela pode usar sua reação para fazer um ataque contra ela. Se acertar, reduz a movimentação da criatura a 0 m até o final do turno.

Armadura Natural. O corpo do dragão possui uma resistencia natural, acrescentando +5 em sua Proteção de DES (Já contabilizado na ficha)

Mortalha da Escuridão. O dragão das cavernas naturalmente suprime a luz perto dele. Luz brilhante a 4,5m (3q) do dragão se torna luz fraca, e luz fraca a 4,5m se torna escuridão não mágica.

Perfurador Mágico. O dragão das cavernas pode cavar através de terra e pedra não trabalhadas e não mágicas. Ao fazer isso, o dragão pode escolher se deixa o material pelo qual ele se move sem ser perturbado ou deixa um túnel de 1,5m de diâmetro em seu rastro.

 

Ações

Morder( Corpo a Corpo )

Ataque: +6 vs DES| Alcance: 1,5 m (1q) 
Alvo: uma criatura.
Acerto: 1d10 + 4 perfurante + 1d6 veneno

Hálito Venenoso (Recarga) (Ataque Mágico)

Ataque: +5 vs CON | Alcance: Pessoal 
Alvo: criaturas dentro de um cone de 4,5m (3q)
Acerto: 4d6 pontos de dano de veneno e a criatura fica envenenada até o final do seu próximo turno.
Erro: metade do dano e não aplica efeito.

 

 

 

 

Por Fim

Este foi nosso guia para adaptar criaturas da 5e para o sistema de SkyfallRPG desenvolvido e distribuído pela CapyCatGames
Quer jogar SkyfallRPG e outros RPGs de Mesa e não tem amigos para jogar? Considere entrar na comunidade de discord da CapyCatGames onde temos mesas e conteúdos feito pelos membros.

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Videogame de papel RPG – resenha

‏Videogame de papel, é um RPG que pode ser solo, cooperativo, ou tradicional, inspirado nos jogos de videogame tipo “beat them up”, (como Final Fight, Streets of Rage, e Tartarugas Ninja!) foi lançado pela Editora Cantina dos Jogos.  Criador: Gilson Rocha.

 

Em Videogame de papel …

 

Você pode ser um lutador desde o clássico guerreiro humano, até um mago elfo. O livro tem 36 páginas (apenas 23 de regras), tamanho 14 x 20 cm, facilitando a impressão para quem prefere material físico.

Financiado com sucesso pelo catarse, e com um lindo upgrade: quem apoiou o material de PDF, recebeu o livro físico, e com frete grátis ( Cantina dos Jogos, seria muito cedo para pedir vocês em casamento?…)

O livro traz 4 opções de ancestralidade (humano, elfo, anão, e orc), e 4 opções de ocupação ( guerreiro, clérigo, ladino, mago).

O Universo de Videogame de Papel …

 

Traz as opções clássicas de um cenário de fantasia medieval, mas NÃO se restringe a isso.

Tem muito mais.

Evolução de personagens, tabelas para criação de aventuras, conteúdos de salas, nomes de personagens, tanto jogadores, quanto do mestre, ambientação, itens, monstros com poderes especiais, de lacaios, até os “chefes finais”

Quer arma e armadura? Toma!

O livro em si …

te inspira a adaptar para muitos cenários, e fui praticamente induzido a associar a tartarugas ninjas, e pouco tempo depois a adaptar para jogo de combate de naves espaciais. O livro veio em papel couchê e uma capa praticamente de cartolina.

Porque será que pensei em tartarugas ninja?

Por falar em combate, …

é um esquema “rápido e caceteiro“, como dizemos aqui na Bahia.

Emulando bem os “beat them up” dos videogames, você joga ‏apenas 2 dados. Dados de 8 faces(D8) e de 6 faces(D6) pra distância curta, e demais distâncias (média e longa) D6 e D6. Um resultado 5 ou mais é sucesso.

E aí já é bordoada nos inimigos, e os “empurrando” para trás.

Se falhar

Acumula estresse e “recua ” no grid de combate, e assim como nos videogames, ficar acuado não é bom não, meu senhor. 

Também ativa as “reações” de alguns adversários mais casca grossa.

Inimigos comuns, 2 pontos de vida, e os difíceis, subchefe e chefes, têm mais resistência, progressivamente.

 

Mas como é a evolução de personagens?

Apenas 2 dados para quaisquer testes, sendo que você vai mudando de D6 para D8, e depois para o dado de 10 faces (D10), aumentando sua chance de sucesso, nas diversas “distâncias” de combate (curto, médio e longo).

Então, quais as vantagens de Videogame de Papel?

Se você quer tirar a criançada das telas, mas usando temas e ambientações familiares, ou mesmo se desafiar a uma experiência rápida e divertida, não vai se decepcionar:

  1. As regras se combinam para um combate rápido e de resolução curta, mas ainda assim variada.
  2. Você pode fazer tudo com material reciclável. Exceto talvez os dados, mas até aí tem aplicativos que simulam.
  3. Você pode utilizar miniaturas e usar dados de mais faces para melhorar o controle de pontos de vida de rivais mais resistentes.
  4.  Fácil adaptação para diversos cenários, como animes ou videogames.

Tudo muito fofo, mas e as…

Desvantagens?

Se você não ler tudo com calma, pode acontecer de …

  1. Esquecer alguns detalhes importantes, como recuperar um pouco de estresse após cada combate
  2. Às vezes a aleatoriedade pesa um pouco mais do que deveria, e aí ter lembrado de que tem a poção de cura faz diferença
  3. Achei falhas mínimas no livro físico, como a lista de opções de equipamentos aparentemente só estar na ficha de personagem, e o mesmo ocorrer com o significado (em termos de regras/rolagem de dados) de sucesso simples, duplo ou absoluto, (também só aparecerem na ficha de personagem, no fim do livro).  Já a minha…

Impressão pessoal,

Enquanto apoiador, é que valeu muito a espera.

Como se não bastasse o upgrade de PDF para físico, com frete grátis, a Editora Cantina dos Jogos, também me respondeu alguns questionamentos por e-mail (como a opção de em vez de usar D6 somente, usar outros dados multifacetados para manter um ritmo mais rápido), adaptação para tartarugas ninja, porcentagens de resultados de dados…

Foram muito solícitos.

Assim, achei o material  direto, simples e bem-feito, todavia com mais “recheio” do que pareceu a primeira vista.

Se te recomendo o “vídeogame de papel” ?

Com certeza. ‌Pode baixar de graça o PDF, no site do projeto no catarse, clica aqui!

A Editora Cantina dos Jogos também já financiou mais um projeto de sucesso, o RPG 3X4, no catarse. Quer conferir? Clica aqui!

Temos outras resenhas, aqui no movimentoRPG. Quer checar aqui? E nosso podcast, já conhece? Escuta aqui!


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Ducado Verona – Resenha

Ducado Verona é um RPG Tupiniquim, desenvolvido por P.J. Acácio, com a incrível premissa de poder ser jogado solo ou em grupo! Viaje para a Terra do Verão e se envolva em intrigas políticas, batalhas épicas e muitas aventuras em uma terra rica de belas paisagens e muitos mistérios!

Já se preparou para essa incrível aventura?

Ducado Verona – O Jogo

Ducado Verona é um jogo desenhado para ser simples e intuitivo, mas ao mesmo tempo desafiador, estimulando a criatividade e a imaginação dos jogadores enquanto exploram um mundo de fantasia medieval.

Em Verona, você viverá experiências diversas em uma peregrinação repleta de magia e intriga. As regras dinâmicas e de fácil compreensão, acompanhadas de dezenas de tabelas úteis, permitem que você jogue sozinho ou em grupo, com ou sem narrador. O jogo inclui ferramentas completas para a criação de personagens, adversários, locais e eventos, dando vida a um mundo vibrante e cheio de conflitos.

Esses detalhes fazem de Ducado Verona uma excelente ponto de entrada para novos jogadores de RPG, graças à sua simplicidade e acessibilidade. Ao mesmo tempo, oferece um suporte robusto para veteranos, com ideias narrativas em um cenário completamente novo a ser descoberto. As mecânicas de saúde, fome e sono sustentam a natureza exploratória do jogo, onde comer e dormir são tão importantes quanto conquistar ouro e glória.

O jogo também inclui regras detalhadas para a criação de mapas, permitindo que os jogadores desbravem regiões e pontos de interesse em várias regiões. Cada grupo pode construir um mundo único ao seu redor, garantindo que nenhuma partida seja igual à anterior. A variedade de cenários e situações torna cada aventura em Ducado Verona uma experiência singular.

Ducado Verona é mais do que um jogo de aventura: é uma jornada para ser vivida intensamente. Se você busca um RPG que combina simplicidade com profundidade, explorando a magia e a intriga de um mundo medieval, Ducado Verona é a escolha perfeita. Prepare-se para criar histórias inesquecíveis e mergulhar em um universo repleto de mistérios e desafios!

P. J. Acácio – O Autor

Ducado Verona é um RPG cativante, idealizado e escrito por P.J. Acácio, também conhecido como Ratoruja. Autor de jogos como “Soul Tail“, “Velhas Histórias ao Redor dos Vaga-lumes” e “Guia de Viagem para Vagabundos“, Acácio se une à Editora Caleidoscópio — responsável por títulos como “As Chaves da Torre” e “Dossiê das Singularidades” — para trazer esta obra-prima aos fãs de RPG.

Ducado Verona – Resenha

Por incrível que pareça, Ducado Verona não é um livro imenso de centenas de páginas, na verdade não chegando a bater as 100 páginas! E mesmo assim o livro é muito rico em materiais e detalhes para serem usados em campanhas e cenários, com inúmeras tabelas e guias de construções!

Confira o que você vai encontrar no interior do livro!

Capítulo 1 – O Jogo

O maior capítulo do livro, e onde estão praticamente todas as ferramentas necessárias para se jogar Ducado Verona! Nesse capítulo estão explicadas as regras do jogo, além de trazer as tabelas de arquétipos de personagens, tramas de enredo, sugestões de história e background e muito mais. É um material tão bom que pode ser aplicado em vários outros jogos!

Esse capítulo também traz as tabelas de equipamentos, de localidades, regras de como criar e desenvolver uma cidade ou cenário, alguns NPC’s e antagonistas, tabela de criaturas e encontros e todo o material referente à magias!

É um material vasto e válido não apenas para o mundo de Ducado Verona, e que pode ser usado como guia e referência em outros estilos de jogos e sistemas.

Capítulo 2 – O Mundo de Verona

Agora que o sistema e todas as suas regras já foram apresentados, é hora de dar palco ao cenário, e esse capítulo é um show à parte nesse quesito. Aqui estão as informações sobre o cenário como um todo, além de pontuar e explanar com mais detalhes as localidades mais importantes desse mundo, e suas figuras ilustres.

O capítulo também traz uma série de tabelas para a elaboração de tramas e encontros sociais nos diversos locais do Mundo de Verona, facilitando e muito a vida de quem quer se aventurar por um RPG pela primeira vez, além de ser uma excelente ferramenta de suporte a quem já tem mais experiência e busca mudar um pouco os ares da narrativa.

Capítulo 3 – Viagem e Exploração

Um capítulo voltado ao desenvolvimento e crescimento da exploração dentro das mecânicas de jogo. Pensando novamente como um carro de entrada, o jogo traz tabelas de criação de cidades, povoados, masmorras e locais abertos para desenvolver e ajudar a compreender como funcionam as jornadas e a exploração no mundo.

Capítulo 4 – Regras Avançadas Opcionais

Nem todas as regras são para iniciantes no RPG, e esse capítulo cuida de ajudar a deixar o jogo um pouco mais complexo!

Esse capítulo trata de como lidar com as debilidades, como cansaço e envenenamento, além de falar mais sobre defesa e aprimoramentos. São regras opcionais que ajudam a dar mais veracidade e desafio ao jogo, e que podem ou não ser usadas, de acordo com a preferência de cada jogatina!

Capítulo 5 – Aventura Pronta “O Fardo da Caravana”

Sim, é isso mesmo! Você não entendeu errado! Além de toda a riqueza de detalhes e tabelas que o jogo trouxe até aqui, ainda tem de presente uma aventura completinha com início, meio e fim para te ajudar a entender mais sobre o Mundo de Verona, o jogo e suas mecânicas!

É sua primeira vez jogando ou mestrando RPG? Então pegue essa aventura e divirta-se muito, pegando as manhas de como jogar e use como degrau para, em seguida, dar sequência às suas próprias aventuras!

Essa aventura já vem com todas as cenas detalhadas, além das fichas de adversários e até mesmo personagens prontos para você simplesmente pegar e jogar, sem rodeios e demoras!

Ao final do capítulo, o livro traz também a fica de personagem em branco, para você criar e desenvolver seus próprios personagens e NPC’s futuramente!

Minha Opinião Pessoal

É incrível pensar em como Ducado Verona conseguiu, em tão poucas páginas, sem mais completo que muitos jogos e suas mais de 400 páginas por aí! O design é simples, objetivo, dinâmico e muito útil tanto para iniciantes quanto veteranos do mundo dos RPGs!

Mesmo que eu ache o mercado de jogos de fantasia medieval já um tanto saturado, Ducado Verona veio como um refresco e uma brisa de “bons velhos tempos”, que me pega pela nostalgia de volta a tempos mais simples e menos complexos, de se reunir com amigos pra criar uma história divertida e empolgante!

Já pensando como mestre veterano, o jogo veio como uma ótima ferramenta de acelerar e dinamizar a criação de histórias, com suas tabelas prontas e dinâmicas que otimizam o tempo e a energia necessárias para planejar uma história. E é surreal pensar em como tanta informação coube em tão poucas páginas!

Eu sinceramente estou maravilhado com esse jogo, e já o coloquei aqui no alto da minha lista de jogos preferidos! E você, já deu uma chance ao Ducado Verona? Pretende dar essa chance? Manda aí nos comentários a sua opinião!

Mas não deixe de continuar acompanhando aqui o MRPG! Afinal de contas eu não parei aqui, e tem muita coisa bacana ainda esse ano por vir! Tem os textos da Liga das Trevas, os materiais da Teikoku Toshokan, os perigos da Área de Tormenta e muito mais!

Novas Cartilhas para Usagi Yojimbo RPG

Você viu recentemente nossa resenha sobre o incrível Usagi Yojimbo RPG, à venda pela RetroPunk. Se não viu nossa resenha, clique aqui para ler e entender um pouco mais sobre essa novidade antes de conhecer três novas Cartilhas criadas para aventuras mais diferentes!

Você já tem uma grande amplitude de Cartilhas no cenário de Usagi Yojimbo RPG. Caso não saiba, Cartilhas são como as classes, kits ou arquétipos de outros jogos de RPG. Ainda assim, sempre há a oportunidade de criar novas Cartilhas para oportunidades que possam aparecer em aventuras no Japão Feudal. Recentemente apresentamos a Cartilha Yahata no Ryu e usamos o Guerreiro Demoníaco/Onimusha para as Tartarugas Ninja, agora a descrição de Guerreiro Demoníaco será completa e você ainda conhecerá os Mercadores e os Capangas!

Capanga (Kobun)

O Capanga é um leal subordinado que segue as ordens de um líder mais poderoso. Eles são conhecidos por sua obediência inquestionável e disposição para enfrentar perigos em nome de seu mestre. Capangas geralmente servem como os músculos ou executores em um grupo, lidando com tarefas físicas e combates. Embora muitas vezes vistos como dispensáveis, sua lealdade e coragem podem ser decisivos em conflitos e missões.
Classe Social: Criminoso

Você começa o jogo com uma das armas a seguir: tanto (adaga), shakuhachi (flauta), kiseru (cachimbo de ferro), keibo (porrete curto) ou kyoketsu shogi (corda com um gancho laminado).

Movimento Único: Dairokkan

Você tem um senso de perigo.

Movimento de Ataque: Kikotsu

Você luta de acordo com os princípios da milícia comum.

 

Guerreiro Demoníaco (Onimusha)

O Guerreiro Demoníaco é um ninja com habilidades em feitiçaria, mesclando combate furtivo com artes místicas. Eles são mestres em conjurar magias sombrias para confundir, iludir ou destruir seus inimigos. Onimusha operam nas sombras, usando sua magia para manipular o ambiente e criar ilusões assustadoras. Sua combinação de habilidades marciais e místicas os torna adversários formidáveis e imprevisíveis no campo de batalha.
Classe Social: Ninja

Você começa o jogo com nove shuriken (lâminas de arremesso) e um dos seguintes: bo (cajado), kama (foice), kunai (faca), kusarigama, ninja to (espada) ou nunchaku (mangual de madeira).

Movimento Único: Majutsu

Você tem uma capacidade limitada de praticar magia.

Movimento de Ataque: Ninjitsu

Você ataca de surpresa.

 

Mercador (Shōnin)

O Mercador é um mestre em negociações e comércio, sempre em busca de oportunidades lucrativas. Eles possuem um vasto conhecimento sobre produtos, preços e rotas comerciais, utilizando essa expertise para obter vantagens. Shōnin são carismáticos e persuasivos, capazes de manipular conversas e acordos a seu favor. Além de suas habilidades comerciais, eles muitas vezes têm contatos influentes e informações valiosas que podem ser cruciais em aventuras.
Classe Social: Plebeu

Você começa o jogo com uma das armas a seguir: jo (cajado de uma mão), tanto (adaga), gunsen (leque de guerra), kiseru (cachimbo de ferro), shakuhachi (flauta) e hankyu (arco).

Movimento Único: Risco

Você confia na aleatoriedade.

Movimento de Ataque: Ranto

A etiqueta de combate é para heróis e pessoas mortas. Você não é nenhum dos dois.

Visite o site da RetroPunk e compre já seu exemplar para viver grandes aventuras em um Japão Feudal como um aventureiro antropozoomórfico: PÁGINA DE COMPRA DE USAGI YOJIMBO RPG.

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7 Baladas – Guia de Criação de Personagem

Tranquilos pessoal? Hoje faremos mais uma versão do Cysgod. Agora será para o RPG 7 Baladas, o qual é escrito por Jonas Picholaro e produzido pela Nozes Game Studio, utilizando o Sistema Nefastus. Sendo um RPG de faroeste, Cysgod estará quase em casa, visto ele ser um arqueiro/ranger de “nascimento”.

Origem, Cultura e Arquétipo

Cysgod é um caçador e a origem e cultura que mais condizem com isso é ele ser um nativo norte-americano do povo Cheyennes. Assim, recebe +1 em Fortitude, +1 em Corpo ou Agilidade (escolhemos este), proficiência num tipo de arma e em caça, conhecimentos locais da natureza e sobrevivência.

Entre as opções de arquétipos, Audaz, Cativante, Diligente, Solerte e Valente, escolhemos Diligente que dá +1 em Agilidade, Defesa e Reflexos.

Já dentre as profissões nem há como não escolher Caçador, pois é uma das definições básicas do Cysgod. Assim, ele recebe Atirar, Furtividade, Montaria, Percepção e Sobrevivência.

 

Atributos

São quatro atributos básicos: Corpo, Agilidade, Astúcia e Presença; que podem ser determinados por rolagem de 3d6 e seus valores serem comparados a uma tabela para determinar atributos de -3 a +3. Para nosso caso usaremos a segunda opção e gastar os 4 pontos nos quatro atributos. Presença nunca foi o forte de Cysgod e não receberá ponto algum. esse ponto extra irá para Corpo, já que Agilidade possui os bônus por origem e arquétipo e não podemos ultrapassar 3 na criação do personagem.

Em seguida temos os atributos derivados.

Para aguentarmos ferimentos e pancadas teremos os atributos Saúde e Vigor. Para Saúde jogaremos 3d6 e descartamos o valor mais baixo. Eu consegui os valores 5, 2 e 6; me dando 11, que somados ao Corpo chegam ao valor de 13 de Saúde. Depois jogaremos 1d6 e somaremos ao Corpo para determinarmos o Vigor do personagem. Tiro um 4 no dado, que somado ao 2 do Corpo me dá um Vigor 6. Permitindo, assim, que Cysgod sobreviva a alguns ferimentos antes de cair.

Stress é a resistência mental do personagem e, como Saúde, se chegar a 0 p personagem passa a sofrer dano diretamente em seu Vigor. Joga-se 3d6, elimina-se o menor valor e soma ao atributo Astúcia. Assim, consegui 6, 1 e 4 nos 3 dados e tenho 11 como valor para Stress.

Todo personagem começa com +2 em Proficiência. Entretanto, pode-se rolar 1d6 e conseguir um bônus de +1 (3 a 6 no d6) ou perder 1 de bônus (tirando 1 no dado). Como as probabilidades são favoráveis, rolei um dado e consegui 1!!! Ou seja, acabei perdendo um bônus e ficando somente com 1 em Proficiência.

Defesa é igual a Agilidade + proteção + outros bônus quaisquer. Contabilizaremos esse atributo somente ao final. Deslocamento é 5 + Agilidade. Determinação é o resultado de 1d6, o qual consegui 3. A Moralidade de todos iniciam em 0, podendo ficar negativa ou positiva conforme as ações dos personagens.

Para as Salvaguardas têm-se 4 pontos para distribuir, além dos atributos. Distribuiremos 1 ponto em Fortitude e Iniciativa, 2 em Vontade e nada em Reflexos. Salvaguarda. Escolhe-se uma salvaguarda para somar sua proficiência, que será Iniciativa. Assim, teremos, junto com os bônus por origem e arquétipo, Fortitude 4, Reflexos 4, Vontade 2 e Iniciativa 3.

 

Demais características

Todo personagem possui um talento por sua profissão e outro a sua escolha (ou sorteio). Quanto à profissão o talento Escoteiro é o mais adequado, pois dá vantagem em testes de Sobrevivência. Já para o segundo talento seria bom algo marcial, por isso escolheremos Tiro Rápido, pois permite dar mais tiros e causar mais dano.

Como Cysgod tem sua personalidade definida escolheremos Corajoso como sua Virtude e Irrefletido (Impulsivo) como Vício. Para motivação rolei 1d12 e caiu 11, ou seja, eu devo muito dinheiro a alguém. Mais tarde pensaremos melhor sobre isso.

Embora o uso de perícias seja facultativo, entendo que o jogo ganha com seu uso. Além do mais já temos algumas perícias e podemos escolher mais duas. Escolheremos Briga e Acrobacia, para fortalecer o lado bélico do personagem.

 

Equipamentos

Começamos com 3d6x10 doláres (no caso do Cysgod conseguimos 80 dólares), equipamento inicial de caçador e uma roupa comum de caçador. Iniciaremos gastando 10 dólares para comprar um corselete de couro e aumentar nossa defesa em 2, chegando a 6.

Atacaremos à distância com um rifle acompanhado de luneta e um arco, gastando 68 nesse conjunto. Sobrou apenas 2 dólares. O que condiz com a motivação do personagem em pagar suas dívidas, já que para conseguir caçar e manter suas munições precisa gastar mais dinheiro do que consegue pagar. Estando num ciclo interminável de endividamento e quitação de dívidas. Por isso que Cysgod aceita participar de grupos diversos como um batedor, guia ou patrulheiro. Recebendo pelo serviço e quitando suas dívidas constantes.

 

Ficha

Cysgod, nativo, Cheyenne. Diligente.

Atributos: Corpo 2, Agilidade 3, Astúcia 1, Presença 0.

Atributos Secundários: Vigor 6, Saúde 13, Stress 11, Proficiência 1, Defesa 6, Deslocamento 8, Determinação 3, Moralidade 0, Fortitude 4, Reflexos 4, Vontade 2, Iniciativa 3. Carga 12.

Talento: Escoteiro, Tiro Rápido          Proficiências: Armas à Distância, Caçar, Conhecimento Local

Perícias: Acrobacia, Atirar, Briga, Furtividade, Montaria, Percepção, Sobrevivência

Equipamentos: roupas de caçador, corselete de couro, equipamento básico de caçador, rifle (luneta) e arco.

Ataques: Arco dano 1d6+3, Rifle dano 2d8+2, Ataque desarmado dano 4 (Corpo + 1 + Briga).

 

*

Leia mais textos sobre os produtos da Nozes Games Studio, clicando no link.

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Runa RPG – resenha

‎Runa RPG, é um RPG solo, inspirado nos jogos de videogame tipo souls (Dark Souls, Bloodborne, Elden Ring), foi criado pelo premiado Spencer Campbell‏, também conhecido como Gila RPGs, artes de Edward Yorke, Charlie Ferguson-Avery, trazido ao Brasil pela Editora IndieVisivel Press.

Em Runa RPG…

Você é um Marcado, um imortal condenado a nunca morrer e vagar por domínios até conquistar as Runas de cada um destes locais. São artefatos que você precisa para conectar ao seu ser, e é claro, estão em poder dos lordes runicos, criaturas indizivelmente más, cruéis, e que vão querer te destruir.

Runa foi financiado com sucesso pelo catarse, e teve várias metas batidas.

O Universo de Runa RPG…

É um local chamado de Obron. Que foi destruído e fragmentado em domínios, áreas semelhantes a ilhas ou arquipélagos. Cheio de ruínas de sua antiga glória, os poucos locais seguros para você são chamados de Sigilos. São seus pontos de renascimento, em caso de morte do seu personagem, mas é claro, os inimigos locais também “renascerao” com você.  Até onde joguei, achei belo, melancólico, e imersivo. Muito evocativo da série Souls, com descrições de itens e inimigos para passar o clima de isolamento, e contar um pouco da estória de cada domínio.

O livro em si …

Tem 92 páginas em papel couchê, sendo cerca de 73 páginas as regras em si, com itens, exemplos de adversários e evolução de personagem, e o restante já é um domínio para ser explorado. Gostei da diagramação limpa e clara, com exemplos, e o combate é o coração do jogo.

Toda a exploração se alterna entre desbravar pontos de um mapa em “point crawler” e combate, até chegar ao chefe de cada domínio, derrota-lo, e capturar sua Runa.

Falando em combate, …

Em Runa RPG, isso é um jogo de tabuleiro. O campo de batalha é um grid de combate de 4×4, com alguns  locais com obstruções, onde você coloca os oponentes numa posição pre-estabelecida, assim como seu personagem.

E aí, o pau quebra. Nada de rolar iniciativa. Para todos os efeitos, você e seus oponentes agem ao mesmo tempo. Isso quer dizer que mesmo que você os destrua numa muralha de chamas impressionante, eles ainda podem te derrubar enquanto estão sendo incinerados.

Mas como são as classes de personagens ?

Ah, meu caro Marcado, essa é uma característica interessante. Não há classes de personagem.

O que define suas habilidades são as armas e equipamentos que você usa, então você pode usar de um clássico escudo com espada, ou um machado de guerra que pode ser usada com uma ou 2 mãos, ou mesmo lançar feitiços como bolas de fogo. E você pode muda-las entre uma batalha e outra.

A passagem do tempo em Obron.

Sim, o tempo passa. Há locais que são diferentes durante o dia e a noite, e a exploração em point crawler leva isso em consideração. Por enquanto joguei apenas o domínio da Costa Cruel, mas percebi que há eventos com “tempo” para serem completados em outros domínios.

Então, quais as vantagens de Runa RPG?

Se você queria uma experiência de RPG/Tabuleiro de jogos Soul, (da série Dark Souls),você encontrou. Talvez, melhor que o original.

  1. As artes e regras se combinam para te convidar a fazer tudo você mesmo. As ilustrações parecem feitas como rabiscos de caneta, te chamando a fazer a mesma coisa.
  2. Mistura de RPG (caminhos diferentes a sua escolha, descrições curtas, mas efetivas, de locais e equipamentos) e jogo de tabuleiro, com um grid de combate e uso de apenas 2 dados de 6 faces.(D6, para os íntimos, meu dado preferido, tão acessível!).
  3. Você pode utilizar miniaturas e fazer cartas e ilustrações de miniaturas, para aumentar a imersão
  4.  Rejogabilidade — o mesmo domínio pode ser experimentado mais de uma vez com equipamentos diferentes, resultando numa experiência diferente.
  5. Muita estratégia, e com apenas 2 D6.
  6. A organização do domínio está excelente, com as fichas dos inimigos exatamente onde você os encontra, as batalhas no grid bem explicadas, não precisa ir pra lá e pra cá olhando tabelas.
  7. Você pode atrair um novato para mestrar para você, pois está tudo ali bem explicado, locais, inimigos, armas, eu cheguei a adaptar para 2 pessoas, comigo mestrando. As possibilidades de combate aumentaram de forma exponencial!

Tudo muito lindo, mas e as…

Desvantagens?

O livro base, com um domínio, é uma relação custo benefício ótima, mas é como você ter um console de videogame com apenas 1 jogo. Ou seja:

  1. Logo, você vai querer outros domínios. Apesar da rejogabilidade, a parte de exploração vai já ser conhecida. Só o combate mudará.
  2. Na adaptação que fiz para 2 pessoas, ficaram muitas rolagens de dado, o que tornou o combate mais lento (os inimigos tem Inteligência artificial, agem diferente a cada turno).
  3. Apesar da temática bem “faça você mesmo”, acho a opção de uns mapas mais elaborados, ou umas minis 2D para representar os monstros e o próprio jogador seriam bem vindas para aumentar a imersão. Claro, você pode utilizar material de outros jogos. Dito isso, minha…

Impressão pessoal,

Enquanto apoiador, é que valeu a espera. Eu estava com uma pequena mágoa da editora indie visível pelo atraso, mas eles compensaram com um pedido de desculpas por e-mail e as palavras mágicas: frete grátis.

Creio que foram “vítimas” do próprio sucesso, pois em seguida fizeram vários financiamentos coletivos muito bem aceitos pelo público, e ficaram assoberbados de trabalho.

Mas achei o material bem traduzido e diagramado.

E financiaram  Ironsworn e Starforged pelo catarse, já com metas batidas em apenas 2 dias, encerrado com muito sucesso em 18/07/2024

Bem, é isso. Até breve, Marcado. Te desejo sucesso, e que os Lordes Runicos tremam de medo a cada vez que você chegar em um novo domínio…

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Cangaço Trevoso – Ideia de Aventura

Tranquilos pessoal? Cangaço Trevoso é um rpg escrito por Leandro Abrahão e publicado pela Craftando Jogos. O jogo mistura folclore nordestino, um clima sombrio, a violência do cangaço e a estética do cordel. E vamos focar neste tema para as sugestões de aventuras.

 

Guerra de Canudos

Seu bando pode estar buscando a redenção se juntando a Antonio Conselheiro. Porém, parece que os pecados acompanham o bando e a Guerra dos Canudos tem início. Pela experiência do bando, eles são designados para atacar os suprimentos das forças republicanas brasileiras. Para isso, o bando deverá localizar as fontes de suprimentos do exército republicano brasileiro e escolher a melhor forma de atacá-los antes que cheguem à comunidade de Canudos.

 

Migração

A população sertaneja está saindo de suas casas e rumando à capital em busca de alguma condição de vida. Porém, bandidos estão roubando o pouco que essas famílias possuem. Há alguns relatos que coisas piores estão sendo cometidas e os coronéis locais não desperdiçarão seus recursos para lidar com problemas de meros migrantes. Caberá a bandos desordeiros escolherem se querem salvar ou oprimir ainda mais a população já sofrida.

 

O passado sempre volta

O bando se aposentou (sugerimos que estejam em torno do nível 5) porém seus problemas não. Um bando formado por parentes de antigas vítimas os encontra e deseja obter vingança. Porém, atualmente, o bando aposentado possui famílias, negócios e apreço por alguma comunidade que não sobreviverão sem eles. O que pode servir, também, para sequestro e chantagem do bando vingativo.

 

Golpe de poder

Um coronel está oprimindo o povo de maneira intensa. A crueldade é tanta que um padre recorre ao seu bando para eliminarem o tirano. Porém, o sacerdote faz isso escondido da igreja para não gerar atritos entre esta e os donos do poder no Sertão. Assim, em troca do perdão por todos seus pecados o bando deverá enfrentar um poderoso coronel com fortes e bem armados capangas para livrar o povo, pelo menos até o surgimento de outro coronel.

 

Leia mais textos sobre os produtos da Craftando, clicando no link.

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WilderFeast – Resenha

Você, aventureiro cansado de sua rotina de matar monstros, por que não para um pouco e relaxa, aproveitando um pouco de sua caça? Afie suas facas e prepare suas panelas, pois agora irei apresentá-los a WilderFeast.

Familiar, porém diferente

Alguns familiarizados com a franquia “Monster Hunter™” terão uma surpresa agradável quando se aventurarem neste mundo. WilderFeast tem seu foco narrativo em os jogadores manterem e restaurarem a harmonia da natureza da Terra Única, seja caçando monstros em frenesi ou reabilitando criaturas feridas. Afinal, os deveres de um Wilder vão muito além de caçar criaturas: sua conexão com a natureza exige que a preservem, já que a Terra Única é vulnerável.

Um conglomerado chamado “The Charter” se expande do centro do supercontinente, usando tecnologia para saquear. Eles acabam espalhando o frenesi, uma doença sobrenatural que assola a Terra Única, a qual, ao infectar uma criatura faz com que ela adote um comportamento agressivo, impondo medo à população. Com isso, acabam contratando os serviços dos Wilders, criando um ciclo vicioso que eles desejam quebrar.

Wilders e seus deveres

Wilders são seres que anteriormente foram humanos, mas ao consumir carne de criaturas infectadas com frenesi, passaram por mutações únicas e permanentes em seus corpos, manifestando uma característica física e alguma habilidade do animal que consumiram. Afinal, agora também possuem frenesi correndo pelas suas veias, mesmo que contido. Assim, se tornam aos olhos da população bestas selvagens. Mas não é bem assim: Wilders andam na linha que separa homem e fera. Abandonando sua vida anterior e carregando alguns sabores e lembranças da sua terra natal, abraçam sua nova vida e os deveres que a acompanham.

Proteger, preservar e curar são as bases dos seus deveres, mas não se resumem a isso. Afinal, manter o equilíbrio delicado da fauna e flora dessas terras não é um dever fácil. Apesar de serem agora animais doentes, eles ainda fazem parte do ecossistema deste mundo, então saber quando interferir é primordial para evitar que o ciclo da vida entre em desarmonia. Mas fazer nada pode ser tão prejudicial quanto interferir. Na sua jornada como Wilder, não será incomum encontrar monstros órfãos e machucados, deixados para trás por seus pais que podem não estar mais neste mundo. Sabendo que, se deixados para trás, serão mortos, cuidar deles é também um dos deveres primordiais dos Wilders. Afinal, se continuar desse jeito, não demorará para que as criaturas belas e únicas deste mundo entrem em extinção.

Conclusão

Um sistema sobre natureza, culinária e preservação, essa combinação já garante diversas horas de diversão para você e seu grupo. Aos interessados no sistema, a CapyCat Games irá traduzir e trazê-lo para o Brasil. Ainda não temos a data de lançamento, mas estará disponível a partir do dia 18/07 para pré-venda no Catarse.


WilderFeast – Resenha

Autor: Detona
Revisor: Ricardo Kruchinski
Adaptação do Post: Douglas Quadros.

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