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O jogador faltou! O que eu faço?

O jogador faltou!

Todo mestre/narrador do nosso querido jogo de imaginação já se deparou com dilemas para os quais não tinha preparo. Um desses é a ausência de um dos jogadores no dia marcado.

Os motivos que podem levar o jogador a faltar são vários, como imprevistos com o trabalho ou a família. (Sem contar aqueles que faltam por terem desistido de joga na última hora, mas divago…) Porém o que é certo: a depender de como o grupo conduz seu RPG pode causar algum transtorno. Para evitar isso existem alguns métodos que se pode rapidamente aplicar.

Quem é o jogador que faltou?

Um elemento que não costumo reparar quando mestres/narradores comentam sobre ausências de jogadores é sobre como o jogador faltoso é. Assim a personalidade dele, como ele costuma jogar afeta diretamente a forma de se lidar com sua ausência.

Jogadores que são muito ativos com seus personagens, constantemente dando suas opiniões, interagindo com NPC/PnJ e outros personagens jogadores, criarão um vácuo na narrativa da história. Por outro lado jogadores que contribuem interagindo com o cenário, observando, mexendo em objetos, analisando locais, farão falta de uma forma diferente, na qualidade da riqueza de detalhes do mundo.

E o personagem do jogador que faltou?

Entendendo a personalidade do jogador que faltou na mesa ficará muito mais fácil escolher o que fazer com seu personagem. A mesa sentirá mais segurança para seguir sua jornada no dia, sabendo que, apesar da falta do jogador ausente, ele foi tratado da melhor forma possível diante do imprevisto.

Os outros jogadores podem simplesmente ignorar o personagem de jogadores introvertidos, como se ele não estivesse ali. Claro, isso reduz a imersão, mas é uma solução rápida válida. Ainda uma variação do “ignorem a existência do piloto Jack” é que ele está com o grupo, mas está quieto (e no mundo real sua ficha está sendo controlada pelo mestre/narrador).

Em grupos mais experientes e que se conhecem a médio e longo prazos, outra alternativa é deixar que outro jogador interprete o personagem. Pessoas que se conhecem há muito tempo sabem como seus amigos pensam, ou em geral agiriam em determinadas situações. Por exemplo um jogador afoito que sempre corre atrás de perigo não irá evitar o poço escuro que o capanga do vilão saltou momentos antes. Então um outro jogador que conhece o ausente pode chegar a conclusões que não seriam estranhas.

“Mataram meu personagem quando eu não fui jogar!”

Um problema que nessas duas décadas e meia de RPG já vi acontecer algumas vezes é um personagem morrer na ausência de seu jogador. Mestre, saiba que isso pode causar transtorno, e seu jogador pode interpretar a situação como uma intrusão ou quebra de confiança. Não permita que sua mesa vire uma batalha de cabo de guerra pela sobrevivência dos personagens jogadores.

A morte de personagens é um tópico sensível que já foi abordado diversas vezes na nossa comunidade (e que um dia irei escrever também). Basta entender que é frustrante não estar presente, e não ser responsável, pela morte do seu personagem. Por isso sinceramente recomendo que a morte de um personagem de jogador ausente só ocorra em situações muito específicas: quando todo o resto do grupo morrerá junto ou é sabido que o esse jogo de RPG terá seu (triste) fim ali.

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