Enfim está entre nós a tão aguardada 5° Edição de Lobisomem O Apocalipse! Não sei vocês, mas eu queria demais esse livro, e ele finalmente está entre nós!
Mas afinal, o livro é bom? Vale a pena? Mudou muita coisa? Let’s vamos analisar algumas das primeiras impressões que tive ao passear por essa belezura!
Reboot? Sequência? Novo Mundo?
Seja sua visão hoje ultrapassada da tecnologia, o modo pejorativo como algumas culturas foram representadas ou mesmo o total apagamento dos maiores biomas naturais do mundo no seu cenário original, o fato é que o material que tínhamos foi construído para um mundo que, hoje, já não existe mais.
Além disso, foram anos e mais anos de lores acumuladas, suplementos lançados, retcons embaraçosos e muitas tomadas de decisões ruins, o cenário ficou confuso e pouco convidativo para novas pessoas que desejassem ingressar no jogo.
Bom, pelo menos em primeira análise, esses problemas foram resolvidos. Essa 5º Edição traz um reboot total do cenário, reiniciando tudo do zero! Muitos elementos ainda são familiares e semelhantes ao material antigo, entretanto há muita coisa nova, muita mudança na forma como o cenário funciona e sua relação físico/espiritual também foi toda retrabalhada.
Vislumbres desse novo cenário podem ser vistas no game Werewolf The Apocalipse: Eatrhblood, que parece ter servido como um grande laboratório para os desenvolvedores do jogo de mesa. Tanto na parte estética quanto nas mecânicas funcionais, muito do jogo está retratado no game e vice-versa, o que pode ajudar a ter uam imersão ainda maior com o jogo!
A Nova Estética
O visual punk-gótico característico da visão dos anos 90 foi substituída por uma visão mais “digital-gótica” talvez? Não sei bem definir, mas o tom selvagem e bruto, misturado ao estilo neon e brilhante característico da alta e evoluída tecnologia digital trazem um contraste que representa bem o novo desafio do cenário: como manter viva a chama da natureza selvagem em um mundo que está cada vez mais mergulhado e condenado a uma estrutura digital e tecnológica?
Mesmo grandes figuras como Weaver, Wyrm e Wyld tiveram suas representações gráficas e simbologias mitológicas totalmente refeitas para se encaixar nessa nova visão de mundo apocalíptico digital.
Novas Velhas Tribos
Algumas tribos foram abandonadas, outras novas tribos surgiram, algumas apenas tiveram alterações em seus nomes. Outras tribos mudaram suas afiliações, e até mesmo mudaram de lados!
Há muitas outras mudanças pontuais também nas lores, mas ainda não li tanto para poder enumerá-las aqui de forma apropriada, então isso fica pro próximo texto!
Mitologia
Muito da lore base se manteve, como os conceitos de Gaia, Luna, Wyrm, Wyld, Weaver, as divisões tribais, os Augúrios (que ainda se mantém os mesmos) e até mesmo os Dons.
Entretanto, tudo está atualizado para tempos modernos, e de certa forma bem mais críveis e ameaçadores. Há muita familiaridade com obras contemporâneas, como Deuses Americanos e Sandman, na forma de representar as figuras divinas e suas ameaças em forma física.
A relação com a Umbra também parece toda refeita e retrabalhada, inclusive com o que me pareceu até ser uma “Umbra Digital”, se não me engano! Preciso ler melhor pra entender, mas a ideia me empolgou bastante!
Veredicto
Visualmente o livro é muito bonito, bem trabalhado, com ótimas ilustrações e uma diagramação bem fluida. Já o material de jogo parece estar bem interessante, e todas as mudanças que pude ver até então me são bem atraentes e convidativas!
Sem sombra de dúvidas, vale cada centavo do investimento e muitas horas de jogatina com a turma!
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