Atahualpa Diaz, também conhecido como o “Noite Perdida” , é um Personagem da nossa campanha de Lobisomem O Apocalipse na Twitch, Mar de Mortos. Se você está acompanhando os episódios pelo YouTube, saiba que o texto contém alguns spoilers.
Os elementos apresentados aqui podem ser usados por mestres que queiram incorporá-los nas suas próprias campanhas ou apenas serem lidos como inspiração para suas próprias criações.
Noite Perdida
Atahualpa Diaz teve um desenvolvimento um tanto atípico para um Lobisomem (se é que podemos dizer que há um jeito ‘típico’ para virar um Lobisomem). Nativo de Tarapacá, norte do Chile, acabou no centro de um conflito entre Lobisomens e Vampiros na sua região. Antes mesmo de sua primeira transformação, acabou submetido a uma influente Vampira através do sangue. Embora sua natureza Garou, mesmo adormecida, conseguisse protegê-lo do Laço de Sangue, o doce e prazeroso sabor da vitae vampírica era um vício do qual não conseguia se livrar.
Pouco tempo após sua primeira transformação, Atahualpa foi resgatado por sua tribo, que destruiu a Vampira que mantinha sua adicção. Por conta disso, foi batizado como “Noite Perdida” (originalmente “Noche Perdida“, como prefere ser chamado).
Mesmo após sua transformação, Noite Perdida não conseguiu se livrar do vício. Depois de repetidamente procurar outros vampiros para beber seu sangue, acabou descoberto por seus companheiros Garou e fugiu para o Brasil.
Como Interpretar Noite Perdida
Noite Perdida não tenta evitar seu vício em vitae, mas sente muito remorso de ter que manter isso em segredo de seus companheiros. Isso se traduz em fortes tendências autodestrutivas, como assumir riscos desnecessariamente, não medir direito as consequências do que faz, coisas assim.
Noite Perdida também é um péssimo Theurge. Ele não sabe lidar com Espíritos, não entende nada sobre o mundo deles, como se organizam, etc. Mesmo assim, ele finge que sabe o que está fazendo e confia em seu carisma para se safar de situações onde isso é necessário.
Mote
“A gente vai levando, com certeza. Não precisamos compartilhar tudo com todo mundo o tempo todo. Todo mundo tem seus segredos, afinal. Mas estamos aqui pelo bem de Gaia, cachai?”
Frase
“A gente vai lá, wéon, faz o serviço, Gaia fica feliz, depois só chelear.”
Sebastian, também conhecido como o Negociador sem Rosto, é um NPC da nossa campanha de Kult na Twitch, Leipzig 1992. Se você está acompanhando os episódios pelo YouTube, saiba que o texto contém alguns spoilers.
Os elementos apresentados aqui podem ser usados por mestras que queiram incorporá-los nas suas próprias campanhas ou apenas serem lidos como inspiração para suas próprias criações.
Sebastian Schmidt
Sebastian foi um empresário alemão de sucesso. Herdeiro de um milionário americano, seu pai lhe ensinou valores muito caros à sociedade empresarial americana, como alta competitividade, maximização de lucros e estratégias agressivas para consolidação no mercado.
Tamanha ganância pelo poder o atraiu quase que naturalmente ao culto de Thaumiel. Certa noite, depois do expediente em sua empresa, um desconhecido apareceu em seu escritório sem ser convidado. Levando um vinho caro e um sorriso como presente, ele ofereceu a Sebastian a oportunidade de tornar-se uma entidade extremamente poderosa. Um poder que nem seu dinheiro ou status eram capazes de comprar. Porém, como sempre, havia um preço.
Sim, é uma metáfora sobre o Capitalismo.
A Reunificação da Alemanha
Com a reunificação da Alemanha e a destruição da hierarquia do Partido Socialista Unificado, A influência de Thaumiel e seu culto precisava mudar. Outras formas de exercer o poder precisavam existir. A missão de Sebastian era investir em uma grande empresa privada e reestruturar a hierarquia, esmagando o povo e colocando os verdadeiros poderosos acima deles.
Aproveitando-se da alta taxa de desemprego que surgiu da massiva desindustrialização no leste da Alemanha, agora unificada, não foi difícil para Sebastian contratar funcionários desesperados por um salário risível, fortalecendo assim os princípios de Thaumiel.
Naturalmente, isso fez com que o empresário entrasse em rota de colisão com Teophania, já que esmagar a personalidade e o desejo dos cidadãos os torna menos suscetíveis às teias de Tiphareth (pelo menos na visão de Teophania).
Se Teophania representa os prazeres fáceis e rasos do mudo capitalista, O Negociador Sem Rosto representa o moedor de carne que engole e destrói o cidadão comum. Sua presença distorce a região ao seu redor, fazendo os mais sensíveis e suscetíveis comportarem-se de maneiras bizarras. Engolir pregos até morrer, pregar o próprio braço em um móvel de madeira, enterrar-se no cimento ou outras formas estranhas e criativas de automutilação. Isso é a força do inferno esmagando a vontade das pessoas através da presença de Sebastian.
O Negociador Sem Rosto dificilmente será um aliado dos personagens, já que sua simples presença distorce demais o comportamento de todos à sua volta, mas pode ser uma porta de entrada para personagens que estejam buscando poder a qualquer custo se unirem ao culto de Thaumiel. (Ei, que tipo de campanha você está jogando?)
Ficha de NPC
Combate [3], Influência [5], Magia [5]
Habilidades: Corpo robusto (Todo Dano provocado por armas de fogo e armas perfurantes é reduzido em -2), Forma monstruosa (Os seres humanos que veem a verdadeira forma da criatura devem Manter o Sangue-frio para não entrar em pânico), Ilegível (Este ser é insondável e não pode ser lido de forma alguma), Soberano (Capangas e servos são fanáticos e destemidos sempre que estiverem nas proximidades do líder. Eles podem receber +2 Ferimentos adicionais antes de serem nocauteados), Tecelão de Pactos (Sebastian pode selar pactos com humanos em nome de Thaumiel).
Movimentos de Combate: Paralisar com arma de fogo (Agir Sob Pressão para recuperar a mobilidade), Olhar Vazio induzindo ao terror (Manter o Sangue-frio para não entrar em pânico), Preparar-se.
Movimentos de Influência: Influenciar a sociedade (diretamente ou por meio de instituições sob seu controle), Arruinar sistematicamente a vida de alguém, Fazer uma oferta irresistível, Exigir obediência por meio de ameaça real de consequências terríveis, Recrutar assassinos profissionais ou mercenários.
Movimentos de Magia: Abrir portal permanente para outra dimensão, Criar um purgatório, Manipular o espaço-tempo, Tortura mental (-5 Estabilidade), Influenciar pessoas a se sacrificarem (Manter o Sangue Frio para evitar se automutilar).
Ataques: Jogo sujo [1] (acerta o olho, virilha ou garganta – temporariamente atordoando a vítima), Colocar contra a parede [1] (a vítima precisa Agir Sob Pressão para libertar-se), Faca na garganta [0/2] (você controla o alvo, a vítima recebe 2 Danos se falhar em Agir Sob Pressão para libertar-se), Estripar (Ferimento Crítico), Apontar & atirar [3/1]
Ferimentos: 8
Movimentos de Dano: Ignora ferimentos, Derruba qualquer coisa que carregue em suas mãos, Numa ira incontrolável, rasga aspectos do ambiente ao redor (via Manipular a Ilusão), Escapa por obstáculos, Fica atordoado, Morre.
Por fim
Kult é um dos meus jogos favoritos de todos os tempos. Se você chegou aqui sem saber do que se trata, confira nossos posts sobre o jogo e acmopanhe nossa campanha na Twitch e no YouTube.
Não esqueça de conferir também nosso material de City of Mist.
Lana Fenren é um personagem criado por Taleessa, para compor a Guilda dos Guardiões do Movimento RPG, nossa campanha recorrente que utiliza o D&D 5ª Edição como sistema.
Lana Fenren
A família Fenren sempre teve uma fama um tanto quanto ruim, há gerações sobrevive de furtos, roubos e os mais diversos golpes, e não é à toa que vivem em contínuos altos e baixos. Foi nesse ambiente que Lana Fenren cresceu e sobreviveu, seguindo os passos de seus pais como ladinos. Lana e sua família vivem às margens de uma pequena vila movimentada pelo comércio. Lana herdou a mais pura malícia da família, sendo a mais talentosa dos 5 filhos e a mais nova deles, no entanto, sempre teve o sentimento de não pertencer àquele lugar, mesmo tendo pais tão afetuosos. Lana não tinha pensamentos parecidos com o de sua família, tão pouco tinha semelhanças físicas com eles, eles pareciam se contentar com as emoções de pequenas aventuras, que rendiam muitas vezes tão pouco. Lana pensava grande, Lana queria uma vida mais confortável para ela e para a família. Quando questionava a família a respeito, sempre recebia a mesma resposta “Você é um presente dos deuses a nós, não podemos correr o risco de perdê-la”.
Foi então aos seus 15 anos que Lana conheceu um sujeito vindo de longe, de traços estranhos, de palavras mais estranhas ainda, tudo parecia ter saído de um grande livro de aventureiros irreais. Porém, quando tudo ao menos pareceu um pouco mais realista, lá estavam eles embarcando para quem sabe onde?
Como interpretar Lana Fenren
Lana nunca foi uma pessoa de muitas palavras, alguns a consideravam tímida, ela preferia dizer que escolhe as palavras com cuidado. Porém nem sempre. Ela sempre busca chamar a mínima atenção possível, mas o tom de seu cabelo, um tanto quanto diferente, torna isso um pouco difícil. Os anos ao lado do irmão, um bardo falador, talvez a tenha deixado mais solta, mas ainda prefere que os holofotes estejam nos outros.
Mote
Eu não sou um presente dos deuses, vou trilhar meu próprio caminho e construir meu próprio destino.
Frase
“Você não está preparado para saber o que eu estou pensando”
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Atenção as Regras da Casa e Processos de Criação:
Os personagens foram criados utilizando os 27 pontos do livro do jogador, seguindo a tabela do livro. Entretanto conforme votação dos patronos liberamos talentos extras nos seguintes níveis: 1 e 5. Os dados de vida foram definidos como: 1º nível = dado inteiro; A partir deste, em níveis pares pega-se metade do dado e níveis ímpares seria metade +1.
Alladyn Cyrus é um personagem criado por Filipe Fontes, para compor a Guilda dos Guardiões do Movimento RPG, nossa campanha recorrente que utiliza o D&D 5ª Edição como sistema.
Alladyn Cyrus
Alladyn Cyrus cresceu órfão numa pequena vila costeira e foi criado por um velho monge que se chamava Mr. Cyrus. Em boa parte da sua vida ele viveu isolado na pequena cabana de Mr. Cyrus, que o tratava como um filho. No entanto, quando Alladyn tinha 15 anos, seu velho cuidador adoeceu. No leito de sua morte, Mr. Cryus contou a All – apelido como chamava o menino – sobre o seu pai. Alladyn não tinha mãe, pois nasceu de um pacto que seu pai, o lendário Bardo Katra, fez com um diabo. Os termos desse contrato, ninguém sabe, apenas de que ele seria pai de um Tiferino que viveria entre os humanos.
Após saber sobre sua verdadeira paternidade e depois da morte de Mr. Cyrus, Alladyn ficou obcecado por descobrir mais sobre o seu pai e começou a viajar o mundo em busca de informações. Não demorou até resolver seguir os passos de seu pai e também se tornar um bardo. Descobriu sobre os inúmeros filhos que seu pai teve e decidiu tentar encontrá-los. A maioria de seus esforços foi sem sucesso. Até o dia que encontrou sua meia irmã, Lana, vivendo com pais adotivos.
Como interpretar Alladyn Cyrus
Alladyn é um golpista por natureza. Suas prioridades são sempre os seus objetivos, mas ele não hesitará em dar um golpe em alguém pra conseguir o que quer. Ele sempre dá nome falsos quando conhece uma pessoa nova e se possível tentará sempre usar um disfarce para não revelar sua aparência verdadeira. Como Tiferino entre humanos e por ser órfão, sofreu na infância por causa de sua aparência, apesar de um charlatão e golpista, ele procura aquilo que nunca teve, uma boa família. E considera sua meia-irmã, Lana, a coisa mais importante que tem no momento.
Mote
Se divertir e enganar o maior número de pessoas possíveis!
Frase
“Tudo que eu faço dá errado no começo, mas no final dá certo!”
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Atenção as Regras da Casa e Processos de Criação:
Os personagens foram criados utilizando os 27 pontos do livro do jogador, seguindo a tabela do livro. Entretanto conforme votação dos patronos liberamos talentos extras nos seguintes níveis: 1 e 5. Os dados de vida foram definidos como: 1º nível = dado inteiro; A partir deste, em níveis pares pega-se metade do dado e níveis ímpares seria metade +1.
Este escrito faz parte de um série de pergaminhos da biblioteca urcêsca, os quais trazem relatos referentes as minhas experiências com RPG na educação. Seja ensino, aprendizado, propostas ou testes. Narrarei toda a Jornada, desde o Condado até Mordor e futuras perspectivas. Talvez tais dizeres posso agregar mais uma ferramenta aos mestres, ideias aos aprendizes ou simplesmente entretê-lo caro leitor. Então sem mais delongas, agracie-se!
O Mago Bate à Porta
Já possuía a experiência de jogar e mestrar RPG, cursando início da graduação de Licenciatura em física, estava adentrando o fantástico mundo dos eventos acadêmicos. Tive a possibilidade de participar do VI Encontro Estadual de Ensino de Física nas longínquas terras de Porto Alegre em meados de 2015. Lá, sábios mestres antigos estavam ministrando um culto para que estudiosos pudessem aprender a utilizar a antiga arte do RPG nos coliseus sanguinários conhecidos como salas de aula. Esses sábios eram conhecidos como Diego Sabka e Alexsandro Pereira. Trovadores de alto poder carismáticos devotos da utilização de novas práticas mais lúdicas no ensino.
A Proposta
Sua proposta era simples, mas geniosa! Usar o Role Playing Game como uma ferramenta de ensino. Mas como fazer isso? Como inserir aqueles seres infames do alunado no conteúdo por meio do RPG? E é bem isso mesmo, inserir eles, inserir em um mundo imaginário baseado no real. Os sábios trouxeram e testaram em nós um cenário de Revolução Industrial. Tal ambiente fora disposto na Inglaterra, durante a segunda metade do século XVIII. Ó! Que cenário rico de eventos, fenômenos e relações, bárbara escolha.
O Jogo
Os sábios incumbiram a nós de formar os personagens condizentes com era estabelecida baseado em nas funções de cada um. Algo similar as classes dos sistemas mais tradicionais. Alguns eram Patrões, outros mecânicos, jornalistas, operários e por aí vai. Enfim, vivemos um RPG puramente focado no Role Play, sem dados e in live. Se não estiverem todos de acordo, a história não evoluía, puramente cooperativo, mas com suas mudanças e evoluções.
Evoluções estas que podem ser percebidas nos mais variados e abstratos fenômenos e detalhes. A organização da recente profissão de operários, greves e acordos com patrões, culminando até nos primeiros sindicatos desses profissionais. Bem como o aperfeiçoamento de mecânicos gerando consequentemente o aperfeiçoamento da tecnologia, o que possibilitou surgimento das interações de engenheiros. A mostra do imenso poder político da imprensa, ainda mais em uma época na qual gazetas diárias são a principal fonte de informação geral da população.
O avanço da história causada pelo progresso de ações dos personagens é guiado, pelos mestres sábios. Eles apenas fazem questionamentos, simples questões que não passam de três frases por intervenção. Isso para que interferissem o mínimo possível nos acontecimentos ali representados por uma guilda de estudantes aspirantes a mestres.
As Percepções
Os grãos da ampulheta escorriam rapidamente pela sílica antes aquecida e limitava o tempo que tínhamos. Devido a isso os sábios optaram por fazer uma aventura com passagem acelerada da linha temporal afim de ainda poder analisar em conjunto o exercício recém realizado. Muito se foi feito ali, mas já era hora de sentarmos ao redor da fogueira e prosear sobre tudo que acabamos de viver. Em meio a prosa, pensamos, concluímos e demos ideias para que os próprios sábios alterassem seus métodos dentro de suas vertentes na educação.
Em meio ao exercício já ficara claro que as áreas a serem estudadas eram história e relações sócio-políticas. Informação que não obtivemos antes do jogo e esse foi o primeiro ponto destacado. Não é preciso alertar sobre tudo o que será vivido, nós perceberemos aos participar, de forma orgânica e em um pensamento próximo do real, compartilhando áreas, até pode-se dizer que seja multidisciplinar, não está claramente separado como as gavetas de um empoeirado arquiva da velha biblioteca élfica que muitas vezes a educação comum nos leva a crer.
A Alquimia
Naturalmente surgiu a possibilidade de agregar mais áreas de conhecimento nessa forma e mesmo cenário de estudo. O exemplo citado foram as próprias ciências naturais, contemplando física, química e biologia no funcionamento das rústicas máquinas térmicas movidas a vapor pressurizado extremamente presentes no cenário.
Outra questão levantada fora a necessidade de instruir os alunos sobre classes as quais iriam jogar previamente para que possam se localizar no jogo. Contudo, isso não ocorreu conosco pelo pequeno arco solar que nos era disposto e por serem todos graduandos ou mestrandos. Estes considerava-se já possuir tais conhecimentos. Indicamos a possibilidade de que as escolhas de funções serem lançadas à sorte. Assim e com um acompanhamento próximo buscar evitar conflitos que podem ocorrer devido a falta de maturidade de certos aprendizes. Isso é compreensivo já que o quarto ponto ressaltado foi que devido a flexibilidade da ferramenta ara vários objetos de estudo e ensino, é possível utilizar com diversas faixas etárias e séries graduais.
As Referências
Apontamos referências da cultura pop que poderiam ser relacionadas para facilitar o entendimento dos aprendizes, ou indicar e até mostrar a eles. Sem dúvida nenhuma o icônico filme “Tempos Modernos” de 1936, dirigido pelo gênio mudo Charlie Chaplin foi o mais indicado e comentado para ser repoduzido em sala de aula. Muitas vezes utilizado dentro da educação formal, exatamente para ilustrar essa época de uma forma um tanto cômica. Colegas citaram várias outras obras de temática SteamPunk, incluindo literaturas áudio visuais e escritas.
A Continuação
Se dependesse de nossa guilda, brevemente formada, e de nossos mestres sábios, as conversas perdurariam numerosas luas, contudo o evento precisava encerrar. Ali finalizamos com algumas citações e pensamentos interrompidos. Tentamos trocar endereços de corujas mensageiras, mas infelizmente não foi o suficiente. Perdi o contato tanto dos sábios quanto dos demais colegas daquele curso, mas os ensinamentos levei comigo. Eventualmente, modifiquei metodologias, adicionei conteúdos, criei cenários e os apliquei. Preparei e planejei alguns, mas não foram botados a prova…. Ainda!
Este escrito é apenas introdutório, um prólogo de aventuras que trarei aqui no Movimento RPG. Logo teremos mais composições referentes a jornada que percorri e percorro utilizando essa bela magia capaz de ensinar por meio do RPG. A Educação é um dúbio de ciência e arte, então acredito que podemos considere-la uma área de magia. Se quiser um pouco de spoiler dessa série basta escutar o Dicas de RPG #30
Até a Próxima Viventes!
Mais Vale uma Pedra na Mão do que duas nos Rins! Bebam Água e Doem Sangue!
Shakan Duster é um personagem criado por Alexandre Gomes, o Senhor A., para compor a Guilda dos Guardiões do Movimento RPG, nossa campanha recorrente que utiliza o D&D 5ª Edição como sistema.
Shakan Duster
Ao completar 16 anos, seu pai, em uma conversa de “homem para homem“, lhe contou sobre seus antepassados, guerreiros, treinados diretamente com os antigos guardiões. E que o último desta linhagem havia sido seu avô, que aportou já em idade avançada nesta vila, decidido a não mais seguir com as batalhas. Com seu barco, chegou então até a Vila de MRPG para começar uma nova vida, onde se firmou como pescador.
Shakan ao saber disso tudo, foi atrás de sua herança, de conhecimento sobre seus antepassados e para sua supressa teve total apoio do seu pai.
Na região das antigas moradas de seus antepassados, encontrou um anão velho que dizia ser um amigo de seu bisavô e do seu avô. Ele prometeu treina-lo, se ele prometesse não usar suas habilidades para o mal. E assim foi. Morou com ele dos 17 aos 34 anos, onde aprendeu muito sobre as artes de combate. E após todo o árduo treinamento, o anão entregou a Shakan itens de seu ancestral para que o guerreiro continuasse honrando-os em batalha. E hoje morando na Vila de MRPG, vive para terminar os dias ao lado de seu pai, porém seu sangue guerreiro sempre clama por aventuras…
Como interpretar Shakan Duster
Shakan é um guerreiro experiente em treinamento, mas ainda não em batalhas, porém sempre que pode tomar a frente das aventuras. Protetor dos amigos e irado com os inimigos.
Se preciso for, da sua espada e escudo aos companheiros, mas não a misericórdia a seus inimigos, pelo menos da boca para fora.
Mote
Minha honra é minha vida, não serei grande se não me pôr a prova.
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Os personagens foram criados utilizando os 27 pontos do livro do jogador, seguindo a tabela do livro. Entretanto conforme votação dos patronos liberamos talentos extras nos seguintes níveis: 1 e 5. Os dados de vida foram definidos como: 1º nível = dado inteiro; A partir deste, em níveis pares pega-se metade do dado e níveis ímpares seria metade +1.
Duncarin Rumnaheim é um personagem criado por Raul Galli para compor a Guilda dos Guardiões do Movimento RPG, nossa campanha recorrente que utiliza o D&D 5ª Edição como sistema.
Duncarin Rumnaheim
Duncarin iniciou cedo sua vida na igreja de Helm. Ético e diligente desde jovem, serviu no exército anão como clérigo e cervejeiro durante a Guerra dos Desiludidos. Foi durante essa guerra que viveu o evento mais traumático de sua vida, responsável por separar Duncarin de seus irmãos, Dunlivin e Dunroamin. Duncarin, junto com outros soldados, foi encarregado de recuperar um artefato. Ao saber sobre um destacamento inimigo dirigindo-se a um vilarejo inocente, Duncarin resolveu seguir com o plano original e não voltar para defender as pessoas. Por conta dessa decisão, a vila foi invadida e a esposa de Dunroamin foi morta.
Duncarin jurou nunca mais botar as obrigações de uma nação ou reino acima da vida de pessoas inocentes. Após a guerra, por ordem da igreja de Helm, mudou-se para a vila de MRPG, onde vive trabalhando no templo ao lado de Marceluanor.
Como interpretar Duncarin
Duncarin é respeitoso e educado. Ele tem uma forte tendência a confiar nos outros e sempre tenta ser uma espécie de suporte emocional para as pessoas ao seu redor. Helm é uma fonte de sabedoria, e é importante confiar nos desígnios dele. Às vezes, Duncarin gosta de soltar uma piada ou trocadilho, mas sempre
com o intuito de levantar a moral dos seus companheiros, nunca de caçoar ou humilhar. Em batalha, prefere
sempre proteger seus companheiros e, muitas vezes, põe a segurança deles acima da sua própria.
Mote
É impossível corrigir os erros do passado, mas é possível espalhar o bem. O mundo está cheio de pessoas ruins, então é fundamental demonstrar que a luz e a bondade ainda têm lugar no mundo.
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Atenção as Regras da Casa e Processos de Criação:
Os personagens foram criados utilizando os 27 pontos do livro do jogador, seguindo a tabela do livro. Entretanto conforme votação dos patronos liberamos talentos extras nos seguintes níveis: 1 e 5. Os dados de vida foram definidos como: 1º nível = dado inteiro; A partir deste, em níveis pares pega-se metade do dado e níveis impares seria metade +1.
Rocha é um personagem criado por Douglas Quadros para a One Shot dos Patronos: Caçada de Sangue do Movimento RPG, o sistema utilizado foi Vampiro: A Máscara Edição de 20 anos. Para saber como montar sua ficha neste sistema acesse nosso texto de explicação Clicando Aqui!
Rocha
Pedro Paulo da Silveira nasceu no interior da São Paulo na década de 60, viveu na roça tempo suficiente para adorar o mato e suas facilidades, pegar sua espingarda e caçar a janta era seu dia a dia. Um caçador nato, podia rastrear por horas a fio até encontrar o Javali que deixou as fezes próximas a trilha.
E foi em uma destas caçadas que ele foi abraçado, estava caçando a noite, movimentava-se com velocidade na floresta escura, conhecia as trilhas como a palma de sua mão, quando avistou o javali ao longe preparou sua arma e neste momento ouviu nas suas costas alguém falando… “Vai servir”.
Quando acordou novamente estava na casa de sua família, sem saber como havia chego lá e o pior, algo entrou na residência também e dilacerou seus pais e irmãos, mas de alguma forma… O poupou. Mais tarde Pedro descobriu que ele mesmo havia feito aquela atrocidade, seus poderes de sangue afloraram muito rápido e por dias a fio acreditou ter se tornado um lobisomem, garras, olhos para enxergar no escuro e o corpo completamente peludo o ajudaram a se confundir.
Seu mentor Raimundo contou a verdade para ele uma semana depois do acontecido na fazenda. Ele havia passado pelo ritual de iniciação dos Gangrel e agora fazia parte do clã dos caçadores. Entrar na fazenda e matar a sua própria família foi necessário para sobreviver tendo em vista que o sangue dos animais não fora suficiente. O excesso de pelo no corpo e a mania de se coçar foram consequência por ter sucumbido a besta interior, e ele deveria se cuidar para que aquilo não mais acontecesse. Contudo o que mais assustou Pedro foi o fato de não sentir qualquer tristeza pelo ocorrido em sua família, era como se os sentimentos não fizessem mais parte de sua alma.
Nos dias atuais, Rocha, como foi apelidado por seu mentor pela sua dureza corporal e por não se abalar por nada, foi enviado para Florianópolis. A cidade está sendo tomada novamente pela Camarilla e Raimundo como um dos poucos Gangrel que ainda fazem parte da organização, quer que Rocha ajude a tomar o lugar para garantir que o nome do clã suba no conceito do Príncipe Trevor.
Como interpretar Rocha
Rocha continua sendo o caçador que sempre foi, mas agora possui garras que cortam metal, uma pele dura como pedra e olhos que enxergam no escuro, sem contar a habilidade de conversar com animais. Todas estas ferramentas transformaram aquele caçador de animais em um predador no topo da cadeia alimentar. E Rocha sabe disso, por este motivo, a soberba e o orgulho não são algo que o caçador faz questão de esconder.
O predador não costuma mostrar sentimentos como pena, medo, amizade, tristeza ou felicidade, e não é como se ele escondesse estes sentimentos, ele simplesmente não os sente. Também não costuma ser muito comunicativo, o pouco que fala é para evitar que algum companheiro faça uma merda.
Mote
Eu sou o caçador, e o que meu senhor ou meu general me pedir para caçar ele vai receber, vivo ou morto. Alvo dado é alvo entregue, falhar não é uma opção.
Frase
“Eles me disseram que você deve morrer, esse é seu destino, o meu é me alimentar de você!
Pica-Gelo é um personagem criado por Douglas Quadros para a One Shot dos Patronos: Caçada de Sangue do Movimento RPG, o sistema utilizado foi Vampiro: A Máscara Edição de 20 anos. Para saber como montar sua ficha neste sistema acesse nosso texto de explicação Clicando Aqui!
Pica-Gelo
Jefferson Oliveira dos Santos, ou pelo menos esta foi a identidade que estava na carteira do quarto escuro que ele acordou. No cadáver de uma jovem completamente sem sangue estava cravado um pica-gelo. Por algum motivo o recém desperto pegou aquele artefato e o guardou em seu bolso. Vozes na sua cabeça diziam que ele deveria evitar a luz do sol, e também não deveria mostrar seus dons para os mortais, nestas primeiras noites Jefferson quase perdeu completamente a sanidade, até que fez a paz com suas vozes e agora conversa com elas com tranquilidade.
Essas vozes o levaram a Camarilla de São Paulo, e o fizeram se associar à organização para continuar sobrevivendo. Sua eficiência em investigar e matar criaturas o deram status dentro da seita. E em uma destas investigações encontrou um vampiro que diziam ter a pele de diamante, não pareceu pois seu pica-gelo furou aquela pele como se fosse manteiga.
O apelido de Pica-Gelo não tem mistério, esta é a arma que ele usa para se alimentar ou destruir seus inimigos. Ninguém sabe ao certo a origem deste artefato, mas de alguma forma ele consegue dar dano agravado as suas vítimas.
Pica-Gelo foi para Florianópolis a pedido do Príncipe Trevor pessoalmente, aparentemente ele precisa de ajuda para acabar com o restante do Sabá na cidade.
Como interpretar Pica-Gelo
Pica-Gelo é um psicopata, dissimulado, excelente em esconder suas verdadeiras emoções e com uma lábia extrema. Consegue ler os demais como se estivesse ouvindo os próprios pensamentos. Quando não está mentindo suas emoções é uma criatura fria e extremamente calculista, que não dá um ponto fora da linha.
Gosta de fazer suas vítimas sangrarem por horas até que realmente se alimenta delas, o abraço só tem graça quando é doloroso para a vítima. O sangue da pré-morte (como ele chama) é o mais saboroso.
Sua arma, seu pica-gelo é seu amuleto de sorte, por algum motivo esta arma já matou criaturas que não deveriam morrer de forma natural, então ela deve ser importante, o psicopata pode ser visto diversas vezes limpando seu amuleto e o observando com olhos vidrados, quase com um fascínio.
Diversas vezes pode ser encontrado falando sozinho com as vozes na sua cabeça.
Mote
Eu não sou um assassino, sou apenas um agente do destino, as vozes me dizem o que o destino quer que seja feito e eu sou o executor.
Frase
“Eles me disseram que você deve morrer, esse é seu destino, o meu é me alimentar de você!
Então você quer construir um personagem de Kult, certo? Rastejar pelos recônditos mais obscuros da mente humana, trilhar o horror e o desconhecido, tentar sobreviver com a mente não muito danificada e, quem sabe, se divertir um pouco no processo? Então bora lá.
Conceito e Arquétipo
Não muito diferente de qualquer outro jogo, o primeiro passo é ter uma ideia do que fazer. Trocar uma ideia com a Mestra é importante para ter um direcionamento sobre a história. Vou usar como exemplo para este guia o próprio cenário da nossa campanha na Twitch, Leipzig 1989. Resumindo bastante: os personagens são cidadãos da Alemanha Oriental e devem ter alguma ligação com a Escola de Música.
Quero jogar com uma artista descendente de imigrantes. Nesse momento, meu lado nerd de história me faria mergulhar de cabeça em coisas como a Ocupação Alemã na Namíbia e o Genocídio dos povos Herero e Nama, mas vamos deixar a empolgação de lado por enquanto.
Folheando o livro, encontramos o Arquétipo Artista. Vamos ficar com ele, mas lembre que não precisamos ser tão literais. Poderíamos considerar outras opções como Fragmentado, Ocultista ou até Golpista.
O Arquétipo é uma espécie de “classe de personagem” em Kult, e vai ajudar a direcionar nossas escolhas. A partir daqui, todo o necessário para construir nossa personagem pode ser facilmente consultado em uma página dupla.
Ocupação e Segredo Sombrio
A ocupação é simplesmente a profissão da personagem, e podemos escrever qualquer coisa. Nossa descendente de Herero será uma pintora inspirada em Performancee Action Painting. Por ser necessário uma ligação com a escola de música Gertrude Förstel, poderíamos ter decidido que ela seria musicista, mas vamos com uma abordagem menos direta. Ela é pintora, mas tem uma proximidade com os alunos e professores da escola.
Vendo as nossas opções de Segredo Sombrio, seria fácil escolher algo como Herdeiro e ligar isso a alguma religião africana esquecida, mas seria um tanto… estereotipado demais, não? Ao invés disso, vamos seguir a tradição Faustiana e ir de Pacto com Forças Obscuras. Nossa personagem queria ser uma artista famosa e conhecida, e por isso apelou para uma ajuda sobrenatural.
Além de história, gosto muito de arte contemporânea, então aqui está Janine Antoni usando o próprio cabelo como pincel.
Vantagens, Desvantagens e Atributos
Temos duas desvantagens e três vantagens para escolher. Como desvantagens, pegamos Depressão e Vítima da Paixão, pois podem render momentos interpretativos bacanas. Aliás, vale dizer que algumas desvantagens em Kult exigem rolagens no começo da história ou da sessão, e podem render Reservas à mestra. Você realmente não vai querer pegar duas desvantagens assim. Ouça o que eu digo.
Como vantagens, vamos de Notório e Observador, pois podem ser úteis em diversos momentos. Notório também faz sentido com nosso Segredo Sombrio. Como terceira vantagem, Inspiração Proibida pode render momentos bem legais também e cabe totalmente no conceito da personagem.
Para os atributos temos valores fixos. Podemos distribuir os passivos como Força de Vontade +2, Reflexos +1 e Fortitude +0. Nossa artista é razoavelmente ágil e desenvolveu uma mente resiliente, pois cada vez que ela se olha no espelho lembra que precisa aguentar o pacto que fez em troca de sucesso. Para os ativos, vamos botar os maiores em Alma, Carisma e Intuição, importantes para rolar nossas vantagens, e os menores em Sangue Frio e Violência. Ela se desespera fácil e não tem um ímpeto tão agressivo dentro de si.
Relações e Etapas Finais
Precisamos escolher um nome. Ondiri Vogel. Vogel é um sobrenome de origem alemã, e me sinto tentado a explicar isso no background, mas não é o objetivo deste guia. Por enquanto.
Relações são uma ótima ideia e podem ajudar bastante o mestre a criar e conduzir a história. Primeiro, vamos criar um aluno da escola por quem Ondiri é apaixonada e colocar nele o +2. Também será o gatilho da desvantagem Vítima da Paixão. Vamos chamá-lo de Hilbert. Nosso +1 pode ser Mirjan, uma amiga também descendente de estrangeiros. Por fim, o +0 será Sandra, uma professora da Gertrude Förstel. Esse mesmo processo se repete estabelecendo relações entre os personagens.
Agora só falta uma descrição e um background e ponto!
Sério, fique muito tentado a pesquisar ainda mais sobre o contexto histórico e desenvolver o background dessa personagem, mas ia levar muito mais tempo pra terminar esse texto e o Douglas ia me matar.
Por fim
Sempre vale lembrar que em jogos adultos como Kult é importante ter uma boa sessão zero e conversar sobre o Contrato do Horror. E já que estamos falando de horror, confira também a resenha de Simulacrum Umbra.