Lidando com imprevistos – Aprendiz de Mestre

Tranquilos Aprendizes de Mestre? Hoje falaremos sobre imprevistos que mudam a direção de uma campanha. Tais imprevistos são aquilo que os jogadores estão acostumados a fazer para destruir horas e horas de planejamento e preparo dos mestres.

Há duas opções para lidar com isso. A primeira é se preparar antecipadamente e cortar ou diminuir quaisquer dessas possibilidades. A outra é abraçar as decisões dos jogadores e ver no que vai dar, descobrindo a história juntamente com eles.

 

Seguindo a trilha do trem

Ao escolher esse caminho, o narrador precisará se preparar muito mais. Visto que terá que pensar e preparar cada curso de ação possível. Ou então, criar contingências para quando os jogadores levarem seus personagens a lugares não pensados previamente.

Por exemplo, os jogadores podem levar seus personagens para uma sala no fundo da masmorra que você não preparou nada. Você pode simplesmente dizer que não tem nada lá mesmo e pronto.

Entretanto, essa solução nem sempre será possível ou coerente. Dizer que um comerciante ou chefe da guilda não está em seu local de trabalho pode funcionar uma vez, mas não várias vezes. E, embora esse recurso permite, se bem aplicado, dar tempo para que o narrador se prepare adequadamente para a próxima sessão, ela também gera certa frustração aos jogadores. Dando a sensação de que eles não estão livres no mundo e estão seguindo um roteiro.

O que, isoladamente, não tem problema. Entretanto, se houver outras situações em sua campanha que levem a esse entendimento, pode ser que seus jogadores se sintam coadjuvantes e não protagonistas do jogo. Por isso, use com moderação.

 

A arte do improviso

Outra possibilidade é você ser bom em improviso e conseguir pensar em perigos, armadilhas, monstros e NPCs quando seus jogadores forem para lugares não previstos. O que pode ser muito comum se você for esse tipo de narrador.

A questão aqui é que, além de você depender muito de sua criatividade e conhecimento do sistema que esteja narrando, muitas coisas podem não se encaixar com o que está ocorrendo na sessão. Isso pode, muitas vezes, gerar uma sensação estranha de que seu mundo não possui coesão. Em casos mais acentuados, a percepção de seus jogadores é de que a campanha não anda ou não possui um objetivo claro.

Entretanto, há um forma de misturar as duas opções acima e que, na prática, é a forma que a maioria dos narradores conduzem suas mesas. Por isso, vamos ver…

 

Uma forma misturada

Seja em maior ou menor grau, todos os narradores que conheço narram mesclando um preparo prévio e aberturas simples nessa preparação para encaixar certos elementos de improviso. A questão é não transparecer que aquilo foi um imprevisto e, para demonstrar isso não vejo melhor maneira do que citar um exemplo dentre tantos que eu já vivi e narrei.

Começarei com o mais recente e que, por ventura, ontem mesmo teve um grande desfecho. O sistema usado é Old Dragon 2 e nele os itens mágicos são muito raros e quase nunca estarão à venda. Entretanto, no cenário de Elfrin a capital Recchá tem tudo que pode existir no mundo. E como os jogadores queriam itens básicos, como armas e escudos +1 e outras coisas simples, eu permiti que eles viajassem do condado que administram e fossem até a capital.

Porém, no dia da sessão eu não tinha preparado tudo o que eu precisava para a viagem e resolvi rolar um encontro aleatório fácil para o nível deles (embora nada seja fácil em OD2). O monstro “escolhido” foi um cubo gelatinoso e, na noite anterior à viagem, eu rolei um dado para ver qual personagem seria atacado pelo cubo enquanto dormia.

Minha intenção era preencher o tempo da sessão e deixar claro que a saída de todos os personagens principais do condado para irem à capital, geraria uma brecha na segurança da vila. Assim, como previ, o personagem sorteado conseguiu ligar facilmente com o cubo, porém ficou paranoico e chamou todos os outros para lhe ajudar na investigação de como um cubo gelatinoso conseguiu chegar aos seus aposentos.

Grandes consequências para pequenas investigações

A investigação chegou aos porões semiinundados do castelo e a descoberta de mais um cubo. Com a decisão majoritária do grupo em investigar os tuneis alagados e descobrir a origem dos cubos, visto que alguns ainda pensavam ser alguma obra de algum mago rival.

Com o auxílio de magia descobriram um templo dedicado a um deus antigo em formato de polvo. O templo estava abandonado e alagado, porém ainda possuía armadilhas e coisas do tipo. em várias partes eu nada mais tinha feito do que circulado a área para designar armadilhas ou tesouros. Assim, surgiu uma região com água barrenta e com pouca luminosidade o que fez que os jogadores avançassem poucos metros numa sessão inteira.

Em outro momento um bauzinho permitiu trazer um tesouro dedicado ao deus antigo e que ativava uma uma armadilha de soterramento.

Tudo improvisado! Mas tudo também pensado anteriormente. Bem como a saída da masmorra que os levou a outra parte do mapa onde há uma neblina permanente. Ali o grupo tentou se teleportar, porém eu narrei que eles conseguiram ir até uma vila (que era o que eles queriam), porém não à vila onde residiam.

Os jogadores não perceberam meus vários improvisos. Não porquê sou fenomenal, mas sim porque eu havia engatilhado certas informações e poderia gerenciá-las conforme a necessidade.

Assim, unindo aleatoriedade, preparação e algumas anotações, obtive um grupo de jogadores felizes mesmo com seus personagens em maus lençóis.

*

 

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Espadas e RPG – Aprendiz de Mestre

Espadas e RPG – Aprendiz de Mestre. Ao longo da História, lendas envolvem espadas tanto na cultura ocidental quanto oriental, e Excalibur, talvez seja a mais famosa. A Espada na pedra do Rei Arthur.

Já os orientais têm toda uma filosofia de vida ao redor das artes marciais com espadas, e as espadas de Masamune têm uma sólida reputação de qualidade e beleza superiores. Ele é considerado o responsável por trazer perfeição à arte do “nie”, onde cristais martensíticos são incorporados em uma matriz de perlita que se acredita se assemelhar a estrelas no céu noturno.

Mesmo heróis em busca de redenção ou metidos em política, podem morrer, lutando contra maldições, alguns seguindo o ditado de “vive-se pela espada, morre-se pela espada…”

Espadas e RPG — podem ser…

  1. Uma versão repaginada com sabres de luz (lightsabers) , manuseados como uma espada, em franquias como Star Wars.
  2. Um enigma: que faz esta espada presa nesta pedra?
  3. Uma filosofia como o kendo japonês.
  4. Uma busca por uma espada mágica.
  5. Um instrumento que precisa ser usado e reparado, mantido.

Todavia, Espadas como centro de uma aventura?

Vejamos.

  1. O livro Musashi, que conta a biografia (romanceada) do maior espadachim da história japonesa, Myamoto Musahi. Quem era o maior espadachim de todos os tempos?
  2. O anime Samurai X, também uma versão romanceada de um dos maiores artista marciais com espada que já viveu;
  3. Já citamos os cavaleiros Jedi de Star Wars, e sua nêmesis, os Sith, todos com sabres de luz;
  4. A lenda de Rei Arthur e os cavaleiros da távola redonda;
  5. Os cavaleiros das Cruzadas;
  6. Apesar do nome de “Os Três Mosqueteiros”, o fato é que Athos, Porthos, e Aramis, além de D’artagnan, eram todos grandes espadachins da ficção.

Porém, e uma leva de exemplos de Espadas e RPGs?

Aí é covardia. Desde “Dungeon and Dragons”, que as espadas de todos os tipos e subtipos são separadas e estudadas. Temos como exemplos:

  1. Espada curta;
  2. Espada;
  3. Espada longa;
  4. Espada bastarda;
  5. Espada de 2 mãos;
  6. Espada Vorpal;
  7. Khopesh, a espada foice egípcia;
  8. Cimitarras, originárias da Pérsia e adotadas por árabes e turcos;
  9. Katana japonesas;
  10. Rapieira.

E outras… Em RPGs como o D&D, Bárbaros da Lemúria, Tormenta, Symbaroum, 7 mar, Heróis e Hordas, The Heroe’s Journey

Mas quais as partes de uma espada?

Depende do tipo, mas cabo (onde você segura), lâmina (com a qual você corta), que pode ter um ou 2 gumes de corte, a guarda da mão ( para evitar que outra lâmina escorregue até a sua mão num combate), e o pomo (um contrapeso em relação a lâmina.)

As espadas japonesas, as katanas, são classicamente manuseada com as 2 mãos. A mão esquerda atrás ajuda com a força principal do golpe e segura a maior parte do peso. A mão direita conduz o movimento  ao alvo escolhido.

Espadas famosas da ficção

  1. Espada Justiceira, com o olho de Thundera — “Thunder, Thunder, Thundercats! Hoooo!”

    Espada justiceira

  2. Espada de Greyskull — “Pelos poderes de Greyskull! Eu tenho a força!”
  3. A já citada Excalibur. A pedra na espada. (Ou seria o contrário?)
  4. A espada Estrela e a espada Força.

Como eram os golpes em uma batalha entre cavaleiros medievais?

1. VISÃO DE CAMPO E DISTÂNCIA

2. GUARDA E SWING

3. IMPULSO CRUZADO

4. GOLPE COM O CABO

5. PUXÃO COM O CABO

(Leia mais em: https://super.abril.com.br/mundo-estranho/como-eram-os-golpes-em-uma-batalha-entre-cavaleiros-medievais/)

Mas então, que espada você prefere?

Uma clássica espada inglesa oferecida pela dama do lago, ou uma japonesa já forjada e reforjada? Espada curta ou longa? Ou você gosta de guerreiros selvagens, como um certo bárbaro da cimeria da Cultura pop?

Espada de Syenite

Mas e como seu personagem veio a ter este equipamento? É uma herança de família? Ele mesmo forjou? Sabe, em Piratas do Caribe, uma espada é feita sob encomenda para um Comodoro…

E se seu personagem tiver uma espada falante, com vontade própria e viva? Entretanto, como fazer se a espada for amaldiçoada? Ou seu personagem tiver renascido como uma espada mágica? (Dá um olhada num anime da Netflix, hehe.)

Espada – renascido como uma espada

Se preferir, também falamos em outro post sobre escudos. E só clicar em Escudos e RPG.

Se preferir nos ouvir falando sobre este e outros temas, olha o podcast do dicas de RPG.

Até breve, e lembremos do enigma do aço:

“Um homem pode trair, mas nisto (toca na espada), nisto, você pode confiar, jovem Conan…”

 

Espada selvagem de Conan. Por último, mas não menos importante, se você gosta do que apresentamos no MRPG, não se esqueça de apoiar pelo PicPay, PIX ou também no Catarse. E com isso, torne-se um Patrono do Movimento RPG e tenha benefícios exclusivos! Ou então, apoie nossa revista digital, a Aetherica através deste link!

Companheiros animais – Aprendiz de Mestre

Tranquilos Aprendizes de Mestre? Hoje falaremos sobre pets e companheiros animais em geral. Tais companhias tendem a ficarem relegados a momentos específicos de interações ou a seus bônus numéricos.

Porém, em algumas histórias os animais desempenham papéis importantes. Um bom exemplo é a pantera negra de Drizzt. Será que os companheiros animais (e de outros tipos) possuem espaços adequados em nossas mesas ou são pinhas de números que fazem os turnos de combate serem mais longos?

 

Companheiros não tão presentes

Embora tenhamos algumas visões gerais na maioria dos sistemas de RPG, cada um aborda a questão de companheiros animais de uma forma distinta, mesmo que parecidas. Em D&D poucas são as raças e classes que possuem alguma interação ou possibilidade mecânica junto a animais e outras criaturas não sencientes.

A maioria das opções transformou os animais em seres espirituais para que, assim, interajam em segurança com o mundo. Uma das poucas exceções são os familiares que mesmo sendo reais e interagindo com o mundo podem ser invocados novamente se morrem ou sumirem. Então, embora sejam seres de carne e osso que acompanham os heróis, são quase como manifestações espirituais ou mágicas das habilidades de classe dos heróis.

Já em Old Dragon 2, os animais são mais parecidos com os RPGs clássicos (afinal essa é a ideia de OD2!). Rangers podem ter um companheiro animal no final de sua carreira e se ele morrer só conseguem outro animal com sorte ao passar dos níveis. Ou seja, é necessário muito cuidado em como utilizar seu animal.

Já para os xamãs, seus animais o acompanham desde o início e são a manifestação física de seus poderes místicos, sendo muito menos punitivo perdê-lo. Assim, a pouco espaço para animais em Old Dragon 2.

Em Savage Worlds Edição Aventura eles também ocupam pouco espaço. Apenas dois poderes (Elo animal e Senhor das Feras) se dedicam a trazer os animais para o “campo de batalha”. Já em Pathfinder para Savage Worlds há um pouquinho (bem pouco mesmo) mais de atenção para os animais.

 

Sistemas pet friendly

Em Pathfinder 2 há mais opções de utilização para animais e criaturas semelhantes. Como nas versões 3.0 e 3.5 de D&D, aqui magos tem familiares, druidas e rangers podem já começar com seus companheiros animais e fortalecê-los conforme progridem nas classes.

Embora sejam mais poderosos que a maioria dos outros sistemas, tais companheiros ainda são mais fracos que os personagens e servem muito mais para atividades secundárias e de apoio. É temerário por seus animais em combate direto contra os inimigos. Facilmente eles poderão morrer. Embora haja habilidades e poderes suficientes para mantê-los vivos ou trazê-los de volta.

Vários tipos de animais (e até plantas) podem ser companheiros animais ou familiares. Pode-se ter até mesmo um raptor contigo. Talvez por eu ter começado a jogar RPG com D&D 3.5 (e 3D&T) eu me sinta mais familiarizado com esse tipo de uso de animais.

Em Tormenta 20, houve uma grande simplificação, mas sem fazer os companheiros perderem sua importância. Embora a decisão sobre qual espécie de animal seja usada não seja nada mais do que uma “skin“, ela ajuda a categorizar todos os animais ou criaturas mágicas em alguns tipos de parceiros conforme a função que desempenham: adepto, ajudante, assassino, atirador, combatente, destruidor, fortão, guardião, magivocador, médico, perseguidor e vigilante.

Cada função dão bônus próprios e, assim, é muito mais fácil saber o que cada animal parceiro pode fazer. Não havendo necessidade de fichas e mais fichas para controlar (o que há nos outros sistemas) agilizando os combates. E mesmo assim mantém a interação com seus pets parceiros.

 

Pets ou companheiros fora das regras

A despeito de como cada sistema trata os companheiros, é possível que mestre e jogadores entrem em acordo sobre o uso de animais dentro do grupo. Nada impede que pequenos animais acompanhem o grupo, especialmente se houverem personagens ligados à natureza como druidas e rangers. Ou então que alguns personagens tratem bem um animal e esse decida seguí-los. Quem já não afagou um caramelo na rua e esse passou a te seguir?

A solução pode ser simples e ser tratada apenas como roleplay. Ou, então, pode envolver uma ou mais rolagens de dados. Geralmente serão usadas perícias como Adestrar Animais. Porém, se o mestre quiser e o sistema não possuir essa perícia  poderá ser usado Diplomacia ou seu equivalente.

Finalizando é necessário dizer que não queremos matar animais então muitas vezes manteremos eles fora de combate. Porém, os jogadores que gostam de utilizar criaturas como ajudantes e parceiros devem estar cientes que os animais são mais fracos e poderão ser visados pelos inimigos. E se morrerem, tentem fazer com que seu retorno não seja banal. Nem que os companheiros e familiares reclamem de ficarem sendo expostos ao perigo, dando pequenos resmungos e xingamentos (mesmo que eles não falem). Assim, os animais serão mais que meros blocos de estatísticas e colocarão mais cor às suas campanhas.

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Papa Francisco e RPG – Aprendiz de Mestre

Papa Francisco e RPG. Nascido Jorge Mario Bergoglio (Buenos Aires, 17 de dezembro de 1936 – Vaticano, 21 de abril de 2025). Vamos homenagear sua memória com nosso hobby favorito!

Foi o 266.º Papa da Igreja Católica, Bispo de Roma e Soberano da Cidade do Vaticano de 13 de março de 2013 até a data da sua morte (hoje, 21 de Abril de 2025).

Nascido em Buenos Aires, Argentina, o Papa Francisco ao longo de sua vida pública, se destacou por sua humildade, ênfase na misericórdia de Deus, visibilidade internacional como papa, preocupação com os pobres e compromisso com o diálogo inter-religioso. Ele é creditado por ter uma abordagem menos formal que seus antecessores.

O nome escolhido do Papa, “Francisco” não foi por acaso

A Ordem de jesuítas, prega uma vida mais humilde e de pobreza. Escolheu residir na casa de hóspedes, e não no palácio papal do Palácio Apostólico.

Seu papado deu ênfase ao combate de abusos sexuais por membros do clero católico, tornando obrigatórias as denúncias e responsabilizando quem as omite.[8]

 

Papa Francisco

O jovem Jorge Mario (quarto menino em pé, na terceira fileira) no tempo em que estudava no Colégio Salesiano de Buenos Aires.

Seguiu carreira ascendente na hierarquia da Igreja Católica, iniciando como:

  1. Noviço
  2. Ordenação presbiteral em 1969
  3. Mestre de Noviços em 1973
  4. Superior provincial dos Jesuítas em 1973
  5. Episcopado como bispo auxilar de Buenos Aires em 1992
  6. 1997, foi nomeado arcebispo coadjutor de Buenos Aires
  7. arcebispo metropolitano de Buenos Aires no dia 28 de fevereiro de 1998.
  8. Cardeal no Consistório Ordinário Público de 2001, ocorrido em 21 de fevereiro de 2001, presidido pelo Papa João Paulo II, recebendo o título de cardeal-presbítero de São Roberto Belarmino.
  9. O cardeal Bergoglio foi eleito Papa em 13 de março de 2013, no segundo dia do conclave, escolhendo o nome de Francisco. Ele é o primeiro jesuíta a ser eleito Papa, o primeiro Papa do continente americano, do Hemisfério Sul e o primeiro não europeu investido como bispo de Roma em mais de 1 200 anos, desde Papa Gregório III.

Ficaram famosas imagens de Inteligência Artificial com o papa de skate …

Papa de Skate

 

Papa Francisco e RPG para o sistema Solo 10 (Editora 101 games).

Papa Francisco:

CORPO 3 (Saude 8); ESPÍRITO 7 (Postura 15); MENTE 6 (Vontade 13)

PERÍCIAS: Conhecimento, Idiomas, Manipulação.

EQUIPAMENTO: Bastão, Manto, kit de estudos, lanternas, mapa, roupas de trabalho e roupas de qualidade,  e serviços contratados de guarda e guarda treinado, tocha e tomo. Claro, veículo papal, o papamóvel. Artefato de poder: amuleto de proteção e Símbolo de proteção

papamóvel

QUALIDADES:

Alma iluminada, aparência inofensiva, chefe de organização (qual mesmo?), defensor, fé verdadeira, poliglota, perseverante

FEITIÇOS:

  1. Afastar espírito/entidade
  2. Comandar entidade
  3. Curar doença
  4. Curar ferimento
  5. Destruir desmorto
  6. Fortalecer arma/armadura
  7. Línguas

Claro, há outras opções de poderes e construção de personagens. Dá uma olhada no site da Editora 101 Games, e se gostar de algo, tem nosso Cupom de desconto, MRPG10.

Papa Francisco e RPG para criação de aventuras

Papa Francisco 

  1. Semente de Aventura 1: A Busca pela Relíquia Perdida. O Papa Francisco, antes de sua passagem, confiou aos heróis uma missão secreta para encontrar uma relíquia sagrada perdida. A relíquia tem o poder de trazer paz e harmonia ao mundo.
  2. Semente de Aventura 2: A Proteção do Vaticano. Com o falecimento do Papa Francisco, o Vaticano está vulnerável a ameaças internas e externas. Os heróis deve proteger o Vaticano e garantir a segurança dos cardeais e outros líderes da Igreja.
  3. Semente de Aventura 3: A Jornada da Fé. O Papa Francisco, em seu último desejo, pediu aos heróis que empreendessem uma jornada para espalhar a mensagem de amor e compaixão pelo mundo. O grupo deve viajar para diferentes terras e culturas, compartilhando a palavra divina e ajudando aqueles necessitados.
  4. Semente de Aventura 4: O Legado do Papa Francisco. O grupo é encarregado de cumprir o legado do Papa Francisco, que inclui resolver um mistério antigo relacionado à Igreja. O heróis devem investigar e resolver o mistério para honrar a memória do Papa.

Essas sementes de aventura oferecem oportunidades em especial para o Clérigo demonstrar sua fé, compaixão e habilidades, enquanto homenageia o Papa Francisco.

Quer mais inspiração? Dá uma olhada no nosso anão clérigo para a aventura “o tolo que roubou a alvorada“, para Old Dragon, pela Editora Buro.

O céu pode esperar…

…e talvez tenha esperado demais. Sabe, já é meu terceiro texto sobre grandes personalidades que partiram, e você pode checar nossos textos sobre Maguila e Silvio Santos

Se continuar assim, talvez criemos uma coluna chamada obituários e RPG. (Eu não resisti a esta piada, desculpem).

Logo, se iniciará um novo conclave, para definir quem será o próximo pontífice.

E posso interpretar o próprio Papa Francisco?

Como Mestre, imagina você interpretando o pontífice e passando uma missão para os jogadores, ou como um mentor de um deles? Acho que seria uma sessão memorável.

Por enquanto é isso, Aprendiz de Mestre. Até a próxima. Papa Francisco, descanse em paz (ou não, pois o Papa Argentino afirmou em entrevista que “Deus é brasileiro“… 🙂 🙂

Utilizei dados do Wikipedia para esta matéria/biografia.

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Montaria – Aprendiz de Mestre

Tranquilos Aprendizes de Mestre? Hoje falaremos sobre montarias no RPG.

Sabemos que alguns sistemas facilitam a conquista, manutenção e interação dos personagens com animais e criaturas assemelhadas que cumprem as funções de companheiros, familiares ou montarias. Enquanto outros sistemas isso é muito difícil ou tornam tais criaturas como meros blocos de estatísticas.

 

Introdução

Talvez esse seja o mais fácil e o mais esquecido de todas as opções. Mesmo vivendo em mundos fantásticos e repletos de várias as montarias se limitam a cavalos e burros para puxarem carroças. As parcas exceções são classes ou talentos que destinam o personagem a possuir bônus em combate com algum tipo de animal, geralmente cavalo.

Isso é algo que muito difere de alguns tipos de jogos de RPG, onde montarias tendem a ser cosméticos bem caros de se comprar. E isso é muito estranho!

Talvez uma das poucas criaturas que jogadores e mestres olhem com carinhos para se tornar uma montaria seja os dragões. Porém isso é muito difícil e raramente ocorre de algum personagem conseguir conquistar a confiança ou o domínio sobre um dragão ao ponto de tê-lo como montaria.

Uma alternativa é fazer o que fiz com meu personagem Cysgod, ele já possuía uma dragonesa como montaria. O que rendeu poucas cenas com ela, mas que foram épicas. Entretanto, como era uma característica de classe, sempre que eu migrava o personagem para outro sistema acabava ficando sem minha montaria. E quando migramos o sistema oficial da Guilda de D&D para Savage Worlds eu optei por abrir mão dela, mantendo-a como uma aliada para fins da história.

 

Problemas

A quase totalidade de montarias possuem um problema em comum: masmorras!

Exceto por certas classes e habilidades em sistemas específicos, como o ginete de Namalkah do Tormenta RPG, as montarias sempre terão que ficar fora da exploração de masmorras ou de trafegarem livremente por cidades. Desta forma, montarias que não consigam se defender ficam vulneráveis e geram preocupações aos personagens e jogadores. Desestimulando, assim, que haja apego e que se escolham montarias em geral.

Já montarias muito exóticas tendem a não ser aceitas em cidades, entretanto, tais montarias são, em regra, mais fortes e podem sobreviver fora de uma cidade enquanto aguardam seus donos/parceiros. Entretanto tais montarias, em sua quase totalidade, só são adquiridas pelo sistema, quase nunca por roleplay ou porquê foram domadas ou conquistadas em jogo.

Assim, uma possível solução para o problema da masmorra é mencionar aos jogadores que há uma área segura um pouco antes deles entrarem no local. Assim, os personagens poderão soltar seus cavalos ou qualquer outra montaria que possuam para que possam ficar soltos naquela região. E, talvez, com sorte, poderão recuperar seus animais quando saírem da masmorra. Os jogadores também poderão criar zonas seguras com algumas magias específicas, ajudando o trabalho do mestre.

Já para a obtenção de montarias diferentes é necessário personagens que possuam uma boa habilidade com animais e que desejem “conversar” com alguns encontros aleatórios ao invés de só matarem e pilharem. Alguns testes de empatia com animais e boas descrições podem facilitar tais interações. Porém deixe que os dados determinem isso.

 

Opções diferentes de montaria

Para finalizar, deixarei algumas sugestões de montarias diferentes. Como base utilizei os livros básicos de monstros de D&D 5.0, PF2, SWADE, OD2 e T20.

Neste ponto devo elogiar o livro de T20 por ter uma divisão só para as montarias e já elencar várias opções, abrindo muito o leque para diversificar as montarias do jogo.

Aquáticos (golfinhos, tubarões, baleias): dificilmente serão utilizados em campanhas que não foquem quase que inteiramente em aventuras marítimas. Talvez por isso haja pouca variedade disponível de opções e elas são, basicamente, animais comuns ou maiores que as deste mundo. As formas de contato são similares a animais a que estamos acostumados, tirando exceto os tubarões. O mais difícil é conquistá-los e treiná-los se seu personagem não tiver como respirar na água por tempo suficiente.

Aéreos (águia gigante, grifos, dragões (de todos os tipos), pégaso, roca): aqui talvez seja o grupo mais popular e não tão estranho quando falamos sobre montarias. Temos desde animais que precisam ser treinados desde o nascimento até os dragões que podem aceitar parcerias com criaturas as quais julguem ser proveitosa sua relação. A depender do cenário as águias gigantes e pégasos são animais especiais ou criaturas sencientes.

Para aqueles que se comportem como animais, basta alimento e um bom treinamento para servirem de montaria. Entretanto ao contrário de cavalos e cachorros, criaturas adultas muito dificilmente aceitarão serem domesticados.

Já para as criaturas sencientes como os dragões, se faz necessário a elaboração de pactos como se fossem criaturas humanoides. Isso realmente podem envolver arcos inteiros de uma história.

Terrestres

Invertebrados gigantes: besouros, aranhas ou qualquer outro invertebrado precisão de muita comida e conceitos básicos e simples para servirem de montaria. Necessitam de menor tempo de treinamento, mas também permanecem com seus instintos, apenas diminuindo sua agressividade.

Animais grandes em geral e dinossauros: aqui poderemos tratar, com raras exceções, como se todos fossem animais domesticáveis comparados a cavalos selvagens. Embora no mundo real montar em ursos ou leões seja praticamente impossível, em mundos de fantasia tais limitações deveriam ser desconsideradas e qualquer animal (incluindo dinossauros) que tenham uma anatomia que permitam ser montados (nada de montar em estegossauros) deveriam ser tratados como “grandes cavalos diferentes”.

Montarias mortas-vivas: na sua quase totalidade serão montarias invocadas por necromantes e similares. Então serão muito leais a seus invocadores, mas somente a eles. Podem também serem conquistados por alguma tarefa específica, porém está geralmente será maligna ou de caráter duvidoso.

Bulette, cocatriz, mantícora, quimera e pantera deslocadora: aqui a coisa realmente fica interessante e complicada. Treinar tais criaturas só é possível com espécimes jovens e por treinadores muito capacitados para que a criatura não fira seu montador por acidente. Selas especiais também deverão ser fabricadas e muito trabalho deverá ser feito para se consiga aproveitar todo o potencial de tais criaturas. A recompensa será o uso surpreendente de “cavaleiro” e as habilidades diferentes das montarias.

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Escudos e RPG – Aprendiz de Mestre

Escudos e RPG – Aprendiz de Mestre. Nada como um bom escudo no seu RPG, seja com majestosos castelos, e belas ilustrações, de um lado, talvez com parte da fauna local, e tabelas úteis para o narrador, do outro. Sem falar nos escudos que seus personagens jogadores usam para proteção dentro do jogo. (Percebeu o metagame?)

Mesmo heróis metidos em política, podem morrer, lutando contra maldições, num mundo aberto, talvez em glorioso combate, mas citando um famoso super-herói dos quadrinhos, quando indagado porque trabalhava sozinho a maior parte do tempo…

” Eu prefiro o meu escudo. Aliados podem trair…”

Escudo — Capitão América

Enquanto seu equipamento está sempre com você… Até a morte. Apesar de espadas (como Excalibur) e lanças (como a famosa Lança do Destino), serem mais vistosas como armas mágicas, até mesmo na cultura oriental (vide a filosofia dos samurai), escudos tendem a ser … Menosprezados. São “armas ” defensivas. Entretanto…

  1. Pelo menos um super-herói famoso tem um escudo como marca registrada. De um material fictício chamado de vibranium. Resistente até ao também fictício adamantium. 
  2. Uma série de anime da Netflix, tem por nome “The Rising of the Shield Hero”, ou algo como ” O levante do Herói do Escudo”. Adivinha a arma do protagonista?
Escudo — Rising of the Shield Hero
  1. Uma famosa agência de contra espionagem fictícia, também se chama SHIELD (Ou “escudo“, em inglês)
  2. Frequentemente, o bárbaro mais famoso da cultura pop, Conan, nos quadrinhos, utiliza escudos para degolar ou incapacitar adversários com o bom e velho golpe atordoante na cabeça.
  3. Em RPGs medievais, há classes de guerreiro mais “tanks” , que funcionam como esponjas de dano, absorvendo os ataques dos inimigos para que os outros possam agir. Costumam ser especialista em escudos. Ou, vendo de outra forma, são “escudos humanos”. 
  4. Classes mágicas de RPG usam muito feitiços de “escudos” disso e daquilo. Sem falar nas magias clericais, como “escudo da fé“, ou equivalente.
Escudo abençoado

Todavia, Escudos e RPGs como centro de uma mesa/aventura?

Escudo, Vaesen, Blacktroopers, Aventuras na era hiboriana, For the Quest

Vejamos. Se você chega numa convenção de RPG, a primeira coisa que vai chamar sua atenção é o Escudo do Mestre, montado sobre a mesa. Em seguida, você vai olhar, mapas, dados e tudo mais. Mas o que mais vai atrair jogadores, afora o mestre estar fantasiado, é o escudo montado na mesa de jogo. Pois as ilustrações já entregam a temática. Fantasia medieval? Terror cósmico? Mesmo alguns jogos de tabuleiro, de exploração de masmorras, têm um Escudo do Mestre.

Escudo Vaesen

A temática de uma jornada em busca de uma espada mágica não é novidade. Mas mudemos então para a busca por um escudo, seja literal ou figurado, como abaixo:

O Escudo Perdido de um Herói

Um herói lendário perdeu seu escudo em uma batalha épica. O escudo, que é um artefato poderoso, foi roubado por vilões que planejam usá-lo para espalhar dor e sofrimento.

 O Escudo Mágico que Protege a Vila

-Uma vila pacífica é protegida por um escudo mágico que a mantém segura de criaturas. No entanto, o escudo começa a enfraquecer e os jogadores devem encontrar o motivo e restaurar o escudo antes que a vila seja atacada.

O Torneio do Escudo

– Um torneio é realizado para determinar quem é o mais digno de portar um escudo lendário. Os jogadores devem competir contra outros guerreiros para vencer o torneio e ganhar o direito de portar o escudo.

Porém, Escudos e RPGs…

Aventuras na Era Hiboriana – escudo

Há obras em que a questão da defesa é mais importante do que o ataque.

Curtindo as idéias? Falemos de anime: um dos grandes Cavaleiros do Zodíaco, Shiriu de Dragão, tem o escudo mais forte. E outro cavaleiro, o Cavaleiro de Andrômeda, tem a melhor defesa.

Shiriu de Dragão – escudo

Em 300, (de esparta, quadrinhos e filme) os espartanos têm a lança e o escudo como base da falange. Sem uma parede de escudos, a unidade quebra. Manobras com escudos se mantém de desde a antiga Roma, até as tropas de choque atuais.

Exemplos: escudos balísticos e escudos anti tumulto, com formações ofensivas: 

Escudos – formação em linha
  1. Em linha
  2. Em cunha
  3. Escalão a direita
  4. Escalão a esquerda

Defensivas :

  1. Guarda alta
  2. Guarda alta emassada
  3. Escudos acima da cabeça
  4. Escudos ao alto
  5. Guarda baixa
  6. Guarda baixa emassada

E formações de apoio:

  1. Apoio complementar
  2. Apoio lateral
  3. Apoio cerrado
  4. Apoio central

E o que acontece quando a lança mais forte encontra o escudo inquebrável? …

Exemplos de RPGs com belos escudos do Mestre?

Claro, vamos lá:

  1. Aventuras na Era Hiboriana, da Editora 101 games
  2. For the Quest, também é jogo de tabuleiro, da  Editora 101 games

    Escudo For the Quest

  3. Vaesen, no Brasil pela Editora Retropunk
  4. Black Troopers, com um belo escudo cartonado amarelo e preto. Beeemm old School. Pela Editora  Nozes.
  5. Tagmar estará entre nós em breve. Pela Editora Nozes.  Com um lindo escudo…
Escudo Tagmar

 

Escudo Black Trooper

Finalmente, pegue seu escudo e prepare-se para a aventura…

Concluindo, a clássica espada mágica esperando ser retirada da pedra é, já, lugar comum. Mas se vamos defender realmente alguém, inclusive a nós mesmos, de uma chuva de flechas, é muito mais fácil com um escudo, do que com uma lança ou lâmina, concorda?

Ah, o que um simples equipamento como um escudo pode fazer?…

Ser usado como panela, claro, vide o anime Dungeon Meshi! Além de servir para carregar alguém ferido, como mesa improvisada, ser arremessado contra um inimigo e até para se defender de ataques em combate, quem diria?

Escudo Dungeon Meshi

Espera, mas que raio de post é esse que não fala de regras para escudos? Ora, clica em regras avançadas para equipamentos. Aqui mesmo do Movimento RPG.

Por enquanto é isso, escudeiro. Há boatos de uma aventura vindo por aí, “o Oásis da Escudeiras de Luna”. Guardem minhas palavras, com todos os escudos que tiverem …

Se preferir nos ouvir falando sobre este e outros temas, olha o podcast do dicas de RPG.

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Dinossauros e RPG – Aprendiz de Mestre

Dinossauros e RPG – Aprendiz de Mestre. Nada como gigantescos lagartos no seu RPG, seja como majestosos dragões alados e cuspidores de fogo, ou como montarias, talvez como parte da fauna local. Ora, a franquia “Parque dos Dinossauros” (Jurassic Park) que o diga!

Mesmo heróis em busca de redenção ou metidos em política, podem morrer, lutando contra maldições, talvez em glorioso combate, seja contra, ou cavalgando répteis gigantes de pele escamosa e fria.  

Dinossauros no RPG — podem ser…

  1. Uma surpresa para os jogadores e seus personagens, se você não deu nenhuma “dica” sobre o que iria se tratar a ambientação ou cenário.
  2. Um enigma: que ovos gigantescos são estes? Que criatura os teria posto?
  3. Uma chance para o cientista ou estudioso do grupo fornecer pistas importantes sobre os gigantescos répteis
  4. Uma quebra da expectativa, de acordo com o comportamento dos gigantescos animais. Carnívoros? Territoriais? Herbívoros? Anfíbios?

Todavia, Dinossauros como centro de uma aventura?

Dinossauros – Jurassic Park

Vejamos o filme “Jurassic Park“, que iniciou uma famosa franquia. De filmes, videogames, brinquedos, parque de diversões.

Não é surpresa que terá dinossauros. Mas como os répteis agem? Amigáveis? Inamistosos? São voadores? E qual o objetivo dos personagens jogadores? Sugestões:

  1. Estudar os Dinossauros.
  2. Capturar os répteis.
  3. Proteger os animais de um perigo como um tsunami ou um meteoro em direção ao seu habitat.
  4. Desvendar o mistério de barcos afundando em determinada área.
  5. Lutar contra algo descomunal, como o Godzilla.
  6. E se durante a visita de turistas ao parque, algo provocar uma fuga em massa dos bichos?

Porém, e uma leva mais variada de Dinossauros e RPG?

Em Conan, o Bárbaro, pelo menos nas Histórias em quadrinhos, nosso herói pensa nos dinossauros como “dragões”.

Há obras em que a manipulação genética pode gerar híbridos monstruosos, muito distantes do que acreditamos que o dinossauros eram.

Lembre-se de dinossauros aquáticos, criando lendas como o “Monstro do Lago Ness” , e até tramas investigativas como arquivos X. Imagine cultos a dinossauros…

Curtindo as idéias? Não dá pra fugir dos clássicos dragões e seu bafo flamejante. Porém não precisa ser só e sempre isso.

Exemplos de Dinossauros Herbívoros–

Claro, vamos lá:

  1. Braquiossauro –Dinossauro de pescoço comprido que podia atingir 35 metros de comprimento e 23 toneladas. Não tinha dentes, mas mastigava pedras para cortar as plantas.
  2. Estegossauro. Dinossauro quadrúpede com placas ao longo da costa. Essas placas não estavam presas ao esqueleto.
  3. Triceratops –Dinossauro com chifres e um grande folho na cabeça.
  4. Sauropodomorpha – Grupo de dinossauros herbívoros com pescoço longo que se tornaram os maiores animais que já existiram.

E carnívoros?…

  1. Tiranossauro Rex: Um dos maiores dinossauros carnívoros terrestres, com dentes enormes e braços curtos. Era o maior predador da América do Norte no Cretáceo superior.

    Dinossauro — Tiranossauro Rex

  2. Velociraptor: Um predador carnívoro muito inteligente que costumava caçar em bando. Era muito rápido e viveu na mesma época que o Tiranossauro Rex.
  3. Espinossauro: O maior carnívoro da África.
  4. Giganotossauro: Um enorme predador da pré-história.
  5. Carnotauro: Um dos dinossauros carnívoros mais rápidos que já existiu.
  6. Alossauro: Um grande dinossauro carnívoro.
  7. Therizinosauro: O “Wolverine dos dinossauros”, com enormes garras afiadas.

Dinossauros e RPG — sugestões de livros? 

Ora, vejamos…

  1. Checa o apoia-se da Editora TLHP
  2. As 7 baladas do Oeste Jurássico, nacional, pela Editora Nozes Game Studio 
  3. Cartapacio de monstros, também da Editora Nozes, está quase chegando, um bestiário com dinossauros e outros monstros.

    Cartapacio – bestiário

  4. GURPS DINOSAURS — pela Steve Jackson Games
  5. Dinossauros — o mundo perdido no OPRPG — (Overpower RPG, segunda edição).
  6. Dinotopiaaqui mesmo no movimento RPG. Aproveita o netbook gratuito.
  7. Caddilacs & Dinosaurs — adaptação do videogame para RPG, mais uma vez aqui no movimento RPG! Checa nossa Biblioteca Arkanita!
  8. Checa o Pinterest. Vais ter umas inspirações…

Entretanto, homens-dinossauros? Homens-lagartos?

Veja, a idéia de híbridos entre seres humanos e lagartos como monstros não é nova. Muitos RPGs já tem algo assim, desde os clássicos de exploração de masmorra, muitas vezes como massa de manobra para algum dragão malvado.

Mesmo RPGs de fantasia urbana, como Lobisomem, o Apocalipse, tem seus MOKOLE, os transmorfos homens-lagartos. Com poderes ligados a memórias ancestrais reptilianas, descendentes dos Reis-lagartos pré-históricos…

Mokole

Como dizia o ditado, cuidado com lágrimas de crocodilos

Pois são predadores…

Como as glândulas salivares e lacrimais ficam próximas, quando o crocodilo mastiga, a pressão sobre elas aumenta, fazendo com que as lágrimas escorram”.

Concluindo, dinossauros podem ser fontes de aventuras de exploração, lutas, terror, e mesmo pesquisa. Se você planeja aventuras com viagens no tempo, uma passadinha nos períodos triassico, jurássico e cretáceo.

Ah, o que um simples mosquito preso em ambar poderia nos trazer como amostra de DNA?…

Se preferir nos ouvir falando sobre este e outros temas, olha o podcast do dicas de RPG.

Até breve, e fique atento com pegadas e movimentos nas árvores. Nunca se sabe o que pode estar espreitando…

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Bênçãos e Maldições – Aprendiz de Mestre

Tranquilos Aprendizes de Mestre? Hoje abordaremos como implementar bênçãos e maldições em seus jogos. Algo que não se destina somente a jogos com temáticas mais focadas em terror ou com relação direto ao divino ou ao diabólico.

 

Para que servem bênçãos e maldições?

Bênçãos e maldições podem ser grandes auxiliadores na trama de uma campanha. Um personagem correndo atrás da solução de uma maldição que sofreu no início da campanha, ou até mesmo antes, é um motivador e tanto para que a história sempre esteja seguindo em frente.

O mesmo pode ser dito para um personagem que deseje receber uma benção de uma ordem (clerical ou não), governante ou da pessoa amada. Ela buscará isso acreditando que sua vida melhorará; e isso é uma motivação que pode ser facilmente associada a uma grande aventura ou campanha.

Além de motivação, bênçãos e maldições servem para colorir acontecimentos de campanha. Pense num personagem que quase morreu ou, então, que vencem um bruxo ou clérigo que estava no meio de um ritual profano. Isso deixou marcas e, talvez, o personagem não consiga mais descansar por causa de pesadelos horríveis. Ou então a maldição afetou qualquer cura que não seja natural. São várias possibilidades, veremos agora alguns…

Tipos de bênçãos

As bênçãos podem ser pequenos bônus com armas ou em perícias ou qualquer algo do gênero. Importante lembrar que essas bênçãos não precisam ser algo vindo das regras. Elas vêm, na verdade, do próprio mestre e, por isso, estão além das regras. Embora, devam seguir a lógica e os bônus esperados para o sistema que está sendo usado.

Se isso não ocorrer é fácil deixar os personagens muito poderosos. como exemplo falarei da segunda campanha que mestrei até os níveis mais altos (terminou além do 20º nível) em Tormenta RPG: dei ao bárbaro o poder de se transformar em qualquer besta até o nível dele (isso condizia muito com o histórico do personagem). No começo isso estava bem, até que ele começou estudar todas as bestas de Tormenta e usava isso em momentos críticos.

Os outros personagens também tinham seus poderes e, por isso, a mesa não estava tão desbalanceada. Porém, isso transformou a mesa numa corrida armamentista em que eu sempre tinha que colocar monstros mais fortes (e que eu falhava com frequência).

Por isso, o que sugiro é sempre por pequenos bônus condizentes com o histórico. Por exemplo, eu poderia ter escolhido junto ao jogador cinco bestas com ND abaixo do dele para que ele pudesse se transformar e por algum ônus cada vez que ele utilizava o poder.

Lógico que o nível de poder em TRPG é absurdo e para quase todos os outros sistemas é necessário ser muito mais comedido. Simples bônus de +1 ou o uso gratuito de alguma magia de nível baixo ou de uma habilidade típica da classe é algo que já funcionaria satisfatoriamente.

 

Formas de maldições

Agora, as maldições são algo que o mestre pode usar de criatividade. Desde que não impeça o jogador de agir com seu personagem da maneira que se espera, tipo impedir um ladino de ficar furtivo, o mestre pode se soltar neste ponto.

Contudo, o foco deve ser sempre em levar a história para frente ou como consequência de alguma ação. Tipo, numa outra campanha em Arton, alguns personagens foram um pouco desrespeitosos com uma divindade. Logicamente que isso teria consequências, brandas, mas teria.

Para um deles fiz com que ficasse cego sempre que o personagem presenciasse o por ou o nascer do sol. Algo que não o tornaria inútil nem prejudicaria ele fortemente, mas que gerou boas risadas com situações dele pedindo para alguém segurar a mão dele.

E, como toda maldição, deve ter um jeito de ser retirada. Pode ser algo simples como uma oferenda ou até uma missão completa. Ou até uma campanha inteira, pois pode ser que o personagem precise descobrir um jeito de sumir com seus pesadelos.

Finalizando, para maldições pense em situações que criem pequenos problemas, sejam eles trágicos ou cômicos, e que impulsionem a história para frente.

*

 

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Revista Aetherica

Por fim, dedique menos de 5 minutos e vote nos produtos do Movimento que estão concorrendo no Prêmio Ludopedia: Cabala dos Carniceiros, O Tolo que roubou a Alvorada, e O Dragão de Tricô.

Armadilhas e RPG – Aprendiz de Mestre

Armadilhas e RPG – Aprendiz de Mestre. Eu gosto de RPG, de exploração de masmorras, e dentro dessas, armadilhas mortais…

Mesmo heróis em busca de redenção podem morrer não em glorioso combate, mas numa armadilha fria e impessoal.

Armadilhas no RPG — podem ser…

  1. Uma surpresa potencialmente fatal (aquele “ufa” após o teste para escapar, hehehe!)
  2. Um enigma (Qual das 3 alavancas devo girar? O que são estes símbolos acima delas?)
  3. Uma chance para o ladino do grupo brilhar (Rola aí, teste para desarmar armadilha…)
  4. Uma quebra da monotonia dos combates. (Como assim há goblins dos 2 lados do corredor com bestas e uma gosma pegajosa prende nossos pés até o calcanhar?).

Todavia, Armadilhas como centro de uma aventura?

Vejamos o filme homônimo, “A Armadilha“, de M. Night Shyamalan. O que vou colocar abaixo não é spoiler, já estava nos trailers de anúncios.

Armadilha

Imagine um show para 20.000 pessoas, num estádio. Entretanto, tudo isso para capturar um único serial killer, que está neste show, dentre as duas dezenas de milhares de indivíduos, na platéia.

Que tal uma aventura para capturar esse único criminoso, e ao mesmo tempo manter a segurança do público, sem levantar pânico? Te soou desafiador?

Sou muito fã de Shyamalan. Mesmo quando ele erra, também faz alguns acertos.

Porém, e uma leva mais variada de Armadilhas e RPG?

Armadilha pedra rolando Indiana Jones

Pensando numa sala, temos 4 paredes. Podem haver dardos envenenados, disparados ao pisar numa parte específica do chão. 

O teto pode descer e esmagar os aventureiros.

Armadilhas ao se abrir ou fechar portas. 

Arapuca ao conseguir levantar a tampa da arca ou baú. Sim, há um monstro muito conhecido que adora se disfarçar de baú, hehehe.

Armadilhas de gás, de pedras gigantes descendo um corredor, de água enchendo uma sala fechada até afogar os heróis….

Curtindo as idéias? Não dá pra resolver tudo na base do machado afundando no crânio de um orc (feliz, ou infelizmente).

E quando a própria masmorra é uma armadilha gigante? 

Acha que ninguém pensou nisso, Mestre?

O Cubo, é um filme muito interessante, em que os protagonistas acordam dentro do que parece ser uma série infinita de salas interligadas. Mas as salas possuem armadilhas. Sentiu a pressão? Assiste o filme, e bota seus jogadores nessa de acordar numa sala desconhecida.

O cubo — armadilha

Mesmo filmes de terror como “jigsaw”  (Jogos Mortais) se baseiam em personagens escapando de armadilhas engenhosas, dolorosas e interligadas. Tem bastante gore, mas o que me atrai é como cada armadilha se interliga com outra, e isso também vai ocorrendo entre os filmes da franquia.

Armadilha — jogos mortais

Armadilhas e RPG — sugestões de livros? 

Hum, sim…

  1. 20 armadilhas em uma cidade abandonada — editora TLHP — Exemplos: Espelhos do Engano – Um salão de espelhos distorce a visão e pode esconder armadilhas letais.–  Portas Enganosas – Algumas portas são apenas pinturas, enquanto outras levam a armadilhas mortais. Checa o apoia-se da Editora TLHP
  2. Dá uma olhadinha também no Pinterest.
  3. O guia completo de armadilhas de Meus Pergaminhos –“Este pequeno suplemento traz uma série de informações e regras que tratam de armadilhas, além de exemplos de armadilhas. Sua base são as regras presentes no Livro do Mestre de D&D da 5ª Edição, as regras presentes no Guia de Xanathar para Todas as Coisas, além de diversos suplementos sobre o tema.”
  4. Game Master’s Guide To Traps, Puzzles & Dungeons 5E – PTBR (IA)  ( ou “Armadilhas quebra cabeças e masmorras) 

Entretanto, personagens não jogadores também podem representar uma armadilha.

Opa, certamente. Prepara que lá vem a “mulher-fatal”.

  1. Aquela doce criança pedindo ajuda na beira do caminho pode estar levando os heróis a uma emboscada de bandidos.
  2. A “mulher de branco” pedindo carona na estrada a noite. Totalmente sozinha.. nada suspeito…
  3. O mago antisocial que pede uma flor rara, mas que na hora de ser entregue, revela que quer testar seus efeitos nos heróis contratados. 
  4. E que tal uma armadilha do amor? Uma poção do amor discretamente adicionada na bebida de um dos heróis, fazendo-a se apaixonar por, digamos, uma cabra?
  5. Armadilhas que roubam os equipamentos, teleportando a espada mágica, o livro de feitiços, e o escudo, deixando os heróis só com a roupa do corpo e suas mentes aguçadas?

Armadilhas e RPGs — aventuras?

Enfim, nem só de pancadaria vivem os heróis. Simplesmente dizer ao mestre que está procurando armadilhas atentamente o tempo todo não vai dar.

Armadilhas dão uma forma de variar os desafios e testar muitas vezes a sagacidade dos jogadores, e não somente das personagens. Como evitar? Fique atento a descrição da sala. Há cadáveres espalhados por ali, ou amontoados num canto específico? Há sangue seco no local, mas sem corpos? Cheiro de fuligem? Cinzas? Cheiro de decomposição, mas sem cadáveres a vista?

Uma deliciosa masmorra cheia de armadilhas, ou mesmo uma competição contra outra equipe de heróis para desarmar uma arapuca são variações interessantes do tema.

Eu gosto de armadilhas vivas. Flores carnívoras, ou venenosas, calabouços com serpentes ou crocodilos, ou ainda uma masmorra que na verdade escorre ácido porque é uma criatura gigantesca, e o ácido é seu “suco digestivo”. Os heróis estão dentro do tubo digestivo da criatura…

Como dizia o ditado, laranja na beira da estrada, provavelmente está estragada

Um tesouro a céu aberto, totalmente visível, sem guardas, só pode ter uma armadilha”. Ou ser a armadilha…

Concluindo, antes de você me desafiar para vermos o que é mais interessante, combates táticos ou armadilhas engenhosas. Pense no seu grupo de jogadores. Talvez desafiar seus cérebros, e não o poder de ataque dos personagens na ficha seja uma variação bem-vinda no esquema de explorar, matar, acumular tesouros e evoluir.

Ah, nada como uma sessão de RPG adentrando uma masmorra antiga, cheias de tesouros e cadáveres de heróis que tentaram antes, presos em estacas, fossos e amontoados em cantos de salas, como um aviso aos recém-chegados do que os aguarda nos túneis escuros.

Se preferir nos ouvir falando sobre este e outros temas, olha o podcast do dicas de RPG.

Até breve, e cuidados com as armadilhas. 

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Braziliando seu RPG – Aprendiz de Mestre

Tranquilos Aprendizes de Mestre? Aproveitarei esta Semana do RPG Nacional aqui no Movimento para falar em como trazer elementos locais para seu RPG, especialmente brasileiros. Existem alguns RPGs e sistemas que trazem uma brasilidade ou se passam no Brasil. Embora sejam poucos, tais RPGs conseguem honrar a temática brasileira.

Entretanto, o que desejo falar aqui é como aproximar os elementos brasileiros ao RPG.

 

O Brasil é multicultural

Embora tal afirmação pareça óbvia e até um pouco desnecessária, vejo que muitas pensar em Saci Pererê e Boitatá quando falamos de elementos brasileiros de RPG. Porém, o Brasil possui MUITO MAIS para ser falado. Desde grandes e intensas metrópoles que não vivem só sob as sombras da violências, mas são ricas e coloridas de vida e personagens. Até os cantos mais remotos em cidades de todos os tamanhos e quase todos os climas (a neve é muito esporádica).

Podemos falar do Sertão sem termos que falar da seca. Do Rio Grande do Sul sem falar de cavalos ou de imigração europeia, de São Paulo sem trânsito e outros tantos exemplos. Embora estereótipos existam por um motivo, não precisamos ficar presos a eles. Especialmente àqueles que importamos dos estrangeiros (não adianta nos ofendermos se eles acham que temos macacos no meio de todas nossas cidades se só falamos de indígenas e floresta quando trazemos o Brasil ao nosso RPG).

Vejam bem! Não estou desmerecendo ou dizendo que não devemos valorizar nossos povos nativos. É algo tão bacana que tenho um continente inteiro em meu cenário só para povos nativo americanos em muitas de suas diversas culturas.

O que quero trazer aqui é que podemos colocar o Brasil em nosso RPG sem termos que usar estereótipos nem monstros e criaturas de nossos mitos. Podemos fazer mais…

O que fazer então?

Em RPGs contemporâneos ou levemente futuristas conseguimos trazer elementos das nossas cidades ao que narramos ou jogamos sem muita dificuldade. Há gente que prefira jogar Vampiro em Nova Orleães, porém tem gente que gosta de ver uma carnificina em Floripa ou, então, um Cyberpunk numa cidade paulista não muito longe da capital.

Para exemplificar (pois sei que não conseguirei definir isso de forma satisfatória se assim não o fizer) utilizarei nossa campanha de Shadowrun aqui no Movimento. Shadowrun é o típico sistema cyberpunk, entretanto eles não se focam somente em uma cidade ou região dos EUA, mas tratam, mesmo que brevemente, de todo o mundo.

No caso do Brasil, houve um cataclisma envolvendo dragões e aqui se tornou o país Amazônia. Onde os recursos naturais são geridos e protegidos por dragões (essa é minha tentativa de explicar tudo de uma forma ultra mega resumida). Desta forma, companhias governam os recursos disponíveis e o abismo social é gigantesco bem como as evoluções tecnológicas. Ou seja, tem-se todos os elementos cyberpunk, mas passando-se no Brasil, ou melhor, Amazônia.

Desta maneira, na nossa campanha, os runners se aventuram por Cerração, uma cidade localizada numa enorme ilha no litoral paulista. Aqui, embora exista toda miríade fantástica do sistema de Shadowrun, também existe xamãs, indígenas lutando com arcos e espadas em meio a humanos aprimorados. Bem como um povo afrodescendente controlando algumas regiões da cidade, principalmente o porto. Não mirabolante, mas que trazem uma leve brasilidade ao tema cyberpunk.

 

E Medieval?

Porém, algo mais difícil para nós é conseguirmos trazer nossa cultura à temática medieval. Isso decorre de não termos aqui, castelos medievais e histórias desse período. A colonização europeia nas Américas se deu logo depois do fim da Idade Média e isso foi determinante para nós.

Porém, é possível transformar o clássico medieval para uma visão cultural nossa. O mais fácil é colocar uma “skin” brasileira ao se mudar um nome ou por uma imagem ou referência brasileira. Como ter um grupo de piratas que vestem vermelho e preto como o Flamento. Ou uma Guilda de Mineradores que se nomeam como Mineradores das Minas Gerais.

A questão é trazer a cultura para esses grupos. Os Mineradores podem adorar comer pão de queijo ou então fazer um outro alimento parecido que nos remeta a isso. Muitas vezes, também, podemos fazer com que personagens do jogo sejam inspirados ou até iguais a pessoas que conhecemos. Utilizando seus maneirismos e reforce seus regionalismos. Transformando uma pessoa, lugar ou organização em algo que fique na cara, ou não, que é inspirado em algo do Brasil.

Sei que não sou um especialista, porém, minha intenção foi trazer uma luz a este tema. E instigar a grande criatividade que a maioria de nós tem, mesmo que não perceba.

*

 

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Revista Aetherica

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