Plot Twist – Dicas de RPG #72

O que é um Plot Twist?
Plot twist é uma reviravolta inesperada no enredo de um filme ou série, que muda completamente o resultado final de uma história ficcional.
Os finais inesperados na trama são elaborados propositalmente para surpreender o público, que ao assistir imagina possíveis resultados óbvios para a história.

E por que ele é importante no RPG?

Quando você narra por muito tempo para um mesmo grupo, da mesma forma que você começa a ver padrões na forma como os jogadores da sua mesa se comportam, eles também vão começar a perceber padrões na sua narrativa e nas suas aventuras e isso pode ser um pouco frustrante, tanto para você como mestre como para os seus jogadores. Quando as coisas chegam nesse ponto é hora de uma reviravolta na trama. E se isso for bem feito, pode trazer de volta aquela emoção das primeiras aventuras e surpreender até mesmo o jogador mais calejado.

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O Dicas de RPG é um podcast semanal no formato de pílula que todo domingo vai chegar no seu feed. Contudo precisamos da participação de vocês ouvintes para termos conteúdo para gravar. Ou seja mande suas dúvidas que vamos responde-las da melhor forma possível.

Portanto pegue um lápis e o verso de uma ficha de personagem e anote as dicas que nossos mestres vão passar.

Tema: plot twist, reviravolta , aventura ,dica de mestre.

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Voz:Eric Ellison
Edição do Podcast: Senhor A.
Arte da Capa: Raul Galli.

Músicas:

Music by Pixabay

O Culto à Tiamat: Parte 5 Fim – Continente de Deva

Muitas vitórias, talvez algumas derrotas. Mas em todos os casos pudemos ver que cada máscara era guardada por uma fera tão perigosa, ambiciosa e mortífera quanto o maior medo de cada um. Ainda posso lembrar dos gritos de medo de cada aventureiro que ousou tremer suas pernas diante dos dragões. Também posso lembrar dos brados e tilintares de cada homem e espada, o som das explosões de cada arcano ou divino. Eu lembro de cada batalha como se tivesse presenciado todas. 

Sangue Escarlate, Ódio e Morte


Hoje. Excepcionalmente, falaremos da fera mais ambiciosa de todas, encerrando esse ciclo dracônico e dramático que pareceu não ter fim. Stella, Gerald, Tee Motius, Rylai, Escanor e Nin Guém. Seis. Um sexteto peculiar. Uma druida, um patrulheiro, um bruxo, uma maga, um guerreiro divino e algo peculiar cuja função não consigo entender, a não ser o seu grande poderio destrutivo. Heróis, não, mercenários… também não. Ambiciosos foram convocados para lidar com algo perigoso, em um continente longíquo.

Todos esses mencionados foram chamados por Alexstrasza, para subir as montanhas de Deméter em Andrômeda e receber uma missão. Alguns foram pelo dinheiro, outros pela curiosidade, mas todos queriam a glória, mesmo que ela signifique algo diferente para cada um deles. No topo das montanhas, eles receberam as informações de que um dragão vermelho cuja ambição fora tão grande que cada parte do seu ser estava corrompida com a escuridão de cada noite. E, que com aliados, poderia se tornar algo muito mais perigoso.

Este é o Escarlate Negro, como gosto de chamar. Uma fera de tamanho inimaginável, com poderes que nenhum outro dragão vermelho poderia ter, graças aos seus pactos com o medo, o terror, as trevas. Um ser com adoradores que receberam nossos heróis com tiros e mais batalhas em meio a escuridão. Stella, uma estrela tentava brilhar o suficiente assim como Escanor e seus raios divinos. Entretanto, Nin Guém parecia abraçar a ausência de luz que o ambiente para o qual foram enviados tinha, assim aumentando ainda mais suas chances de destruição. 

Tee Motius e Rylai foram mais diretos, tentaram com todas as suas forças eliminar aqueles mais distantes, enquanto inimigos e mais inimigos chegavam quase surpreendendo-os. A recepção estava bem calorosa, mas o som já anunciava que invasores chegavam no covil. Por pouco, não haviam gasto todos os recursos, pois digo que seria necessário, naquele ambiente. 

Depois de um tempo, conseguiram vencer, de fato, o primeiro combate e só aí, então, prosseguiram para o interior de uma caverna. Se nossos heróis não tivessem visão no escuro ou alguma forma de poder enxergar nele, não poderiam ver nada além de trevas, ouvir o som das gotas de água pingando, quase como uma contagem dos segundos. 

Aquela equipe, em algum momento, já esteve ali. Pode-se dizer que não era a primeira vez que a Renegados estava pisando naquelas terras. Mas seriam, talvez, a última, seja para o bem ou para o mal.

Não demorou muito para que começassem a avistar algumas criaturas. Na verdade, nem sequer passaram-se minutos. Era tudo muito esclarecido, mesmo em um local tão escuro e sem vida. Servos de uma dragão capaz de ver a si próprio como uma possível entidade, receberam nossos amigos aos tiros. Disparos mágicos, mais combate. E ao mesmo tempo, o som de asas batendo, um longo e poderoso corpo se movendo até que tudo foi confirmado por um rugido tão alto que estremeceu as estruturas do local.

Era ele, exatamente ele, a fera que estava prestes a combater os membros da guilda mais uma vez. Em mais um combate, em mais uma noite fria. A batalha fora feroz. Desde magias de cura a invocar demônios. Desde o gelo arcano ao calor do poder divino. Escanor era quem estava na linha de frente. Era ele quem aguentava todos os sopros, todas as garras, era ele quem ficava de pé. Enquanto Nin Guém e Gerald ficavam mais afastados, lidando com os cultistas do Escarlate, simultaneamente a Tee Motius e Rylai que atiravam contra a fera imensa. Stella, por sua vez, tinha uma das funções mais difíceis que poderia imaginar. Manter todas as pessoas de pé, curando, auxiliando, dando todo o seu poder para que Escano pudesse ferir aquela criatura com sua arma.

Não há como mentir, alguns caíram. Outros se distraíram, mas no fim das contas, o dragão caiu. Ele caiu com tudo e todos que o representavam, mas ao preço da vida de Gerald. Stella, sem reservas, precisava de tempo para poder fazer seu amigo retornar ao mundo dos vivos e, confesso, que quase não aconteceu. Mas sob os lamentos, súplicas, orações e auxílio de cada um, ela conseguiu com que as estrelas de Monoceros abençoasse seu ser, dando a pequena sátiro, o poder de trazer Gerald na forma de Elfo, novamente. E, sem saber para onde a alma daquele amigo iria reencarnar, em que cidade, reino ou continente, ela apenas sorriu sabendo que mais uma vez pôde ajudar. Deixando até seus amigos verem o seu rosto, retirando sua máscara, deixando eles verem que se tratava de um jovem sátiro, um rapaz.



Este texto foi escrito pela Guilda Renegados um servidor do Discord onde você pode se tornar membro e ter um universo de diversão a seu dispor! Para entrar no servidor é só clicar Aqui!

Uma Aventura no Universo Sandman

Essa é uma aventura feita para 4 a 6 personagens feitos com 12 Pontos. Como boa parte da aventura se passa dentro do Mundo dos Sonhos, praticamente qualquer tipo de personagem pode se encaixar sem grandes problemas.

“O amor não faz parte do mundo dos sonhos. O amor reforça o desejo, e desejo é sempre cruel”.

Sinopse da Aventura: Os personagens jogadores são envolvidos no meio do conflito dos Perpétuos. O novo estratagema de Desejo para minar a influência de seu irmão e humilhá-lo envolve enviar seus agentes para dentro dos sonhos dos mortais e corromper os sonhos com desejos que não podem ser realizados, causando decepção e frustração entre os mortais. Sem poder se envolver diretamente em conflito com seu irmão, Morpheus contata os personagens jogadores.

Uma vez que tenham aceitado a missão, os personagens serão enviados para dentro do sonho de pessoas afetadas pelos agentes do desejo,em busca de rastros ou pistas para entender melhor o que está acontecendo.

Infelizmente, o plano de Desejo possuía uma falha, já que o aumento de sua influência dessa maneira levou ao desequilíbrio entre ele e Desespero, tornando sua irmã tão poderosa que ele pode até mesmo consumir Sonho e Desejo de uma vez por todas.

OBS: Para aqueles familiarizados apenas com a série apresentada na Netflix, essa aventura leva em consideração que alguns dos personagens apresentados aqui são as versões dos quadrinhos.

Cena 1

“As pessoas na cidade parecem finas como papel na névoa. Eles acreditam que estão dançando a música de suas vidas… Mas eu acho que, como as marionetes, cada um de nós é puxado por cordas invisíveis, até que a noite chega e somos presos”.

Em uma noite como qualquer outra, Desejo dos Perpétuos envia alguns de seus agentes para dentro dos sonhos de alguns mortais, semeando os sonhos com todos os tipos de desejos, desde os mais comuns, como fama, dinheiro e romance até outros mais absurdos e anti-naturais. A frustração por acordar com a sensação de que os desejos não podem ser realizados levou muitas pessoas à loucura, mergulhando a cidade onde os personagens jogadores estão em uma onda de caos e violência. As autoridades estão fazendo o possível para conter os saques e os crimes, mas pouco a pouco, estão perdendo espaço.

Envolvendo os personagens: A aventura começa quando os personagens jogadores são contatados por Morpheus que explica o que está acontecendo e pede para que eles viagem para dentro do Sonhar e do sonho de pessoas específicas para tentar chegar à origem do problema. O mestre pode rolar esse encontro individualmente com cada personagem ou todos de uma vez.

Cena 2

Depois de investigar e sobreviver ao caos e loucura que se espalhou pela cidade conforme as pessoas acordam de seus sonhos e são tomadas pelo desejo, os personagens acabam descobrindo que essa invasão do mundo do Sonhar pelo Desejo começou através de pessoas que foram prejudicadas por Lorde Morpheus. Seus anseios e desejos eram mais fortes e consistentes que o das demais. Cada uma dessas pessoas em especial, está sonhando um mundo onde seus desejos mais profundos são realizados, e graças aos poderes de Desejo do Perpétuos, eles nem mesmo percebem que estão sonhando. Cabe aos jogadores confrontá-los com a realidade e enfrentá-los em um mundo criado por eles. 

Quando eles veem o mundo sonhado por eles em perigo, cada um pode reagir de uma maneira.

 

NPC’s Importantes

 

Richard Madoc

Um escritor que passava por um bloqueio criativo acabou mantendo cativa a musa Calíope, esperando obter o seu  favor. Richard foi castigado por Morpheus a ter um fluxo interminável de ideias que o deixaram à beira da loucura. A pedido de Calíope, o castigo terminou, mas desde então, ele ficou incapaz de ter novas ideias, tornando-o uma das primeiras vítimas de Desejo. Ele deseja voltar a ser um grande escritor, poeta e diretor, deseja fama e sucesso, maior do que a que ele experimentou quando mantinha a musa sobre seu poder.

Richard Madoc

F0, H1, R0, A0, PdF0; 1 PVs e 1 PM

Desvantagens: Insano (megalomaníaco), Segredo (Vergonhoso).

Perícias: ciências proibidas, escrita e atuação.

 

Hippolyta “Lyta” Hall

Antigamente chamada de Fúria, Lyta Hall é uma super-heroína aposentada que acabou se casando com seu colega Hector Hall, que veio a falecer algum tempo depois.

Tendo perdido seu marido uma vez, Lyta Hall encontrou um pouco de alento e felicidade ao descobrir que seu marido ainda estava vivo no Sonhar. Lá dentro, eles conceberam uma criança e foram felizes pelo tempo que esse sonho durou. Infelizmente,  teve que ver seu marido (ou pelo menos o fantasma dele) ser banido por Morpheus, após este ter retornado ao Sonhar. E como se perder seu marido uma segunda vez não fosse sofrimento suficiente, Morpheus disse que um dia viria buscar a criança concebida dentro do Sonhar. 

Desesperadamente ansiando ter seu marido de volta e temendo pelo seu filho, Hippolyta foi uma vítima fácil e foi facilmente envolvida no esquema de Desejo que lhe ofereceu tudo aquilo que ela queria naquele momento. Quando os personagens jogadores invadirem seu sonho, ela irá tratá-los como uma ameaça. Caso mencionem que foram enviados por Morpheus, ela se tornará ainda mais violenta, por acredita que os personagens jogadores foram enviados para levar seu filho.

 

Hippolyta “Lyta” Hall, 30N

F6(esmagamento), H4, R6, A4, PdF0; 30 PVs, 30 PMs.

Kits: Guerreira (armadura completa, ataque contínuo, crítico automático). 

Vantagens: Adaptador, Aliado (Hector Hall),  Ataque Especial (F, III; poderoso), Ataque Múltiplo, Energia Extra.

Desvantagens: Código de Honra dos Heróis, Insano (fantasia), Protegido (Daniel Hall, seu filho).

Perícias: Esportes, direito, grego e primeiros socorros. 

Armadura Completa. Quando sofre um acerto crítico, Hippolyta pode fazer um teste de A. Se for bem-sucedida, sofre apenas dano normal.

Ataque Contínuo. Se reduzir um inimigo a 0 PVs com um ataque corpo a corpo, Hippolyta pode imediatamente fazer um outro ataque contra outro oponente que esteja ao alcance. Ela pode usar esse poder até não conseguir derrubar um inimigo ou até derrubar um número de inimigos igual à sua F, o que vier primeiro.

Crítico Automático. Hippolyta, pode gastar 2 PMs em vez de 1 PE para comprar um acerto crítico automático em seu ataque, por até H vezes ao dia.

 

Hector Hall

Filho de um casal de heróis da Era de Ouro e ele próprio um herói e membro fundador da Corporação Infinito, ao lado de seu par romântico Lyta, Hector encontrou um trágico fim quando foi possuído por uma entidade maligna que o fez enfrentar seus antigos colegas equipe. Embora a entendidade tenha sido derrotada, Hector não sobreviveu a batalha.

Entretanto, assim como outros heróis,  ele conseguiria enganar a morte: sua consciência havia sido lançada no Sonhar, onde foi descoberta por Brute e Glob, ex-servos de Morpheus, o Sandman. Deixados soltos após a prisão de Morpheus durante a primeira metade do século 20, Brute e Glob começaram a recrutar mortais como “mestres dos sonhos” substitutos, a quem eles esperavam usar como meio de criar seu próprio reino dos sonhos. Hector era um desses peões, e ele adotou a identidade fantasiada de Sandman, anteriormente usada pelo ex-mestre de Brute e Glob, Dr. Garrett Sanford, que se matou depois de perder sua sanidade.

Em sua nova persona, Hector só conseguia sair da “dimensão dos sonhos” por uma hora por dia. Ele aproveitou cada vez mais esse tempo para visitar Lyta em seus sonhos. Ele contou a Lyta sobre seu novo papel e a pediu em casamento. Ela concordou, e os dois partiram para o Sonhar. Sem o conhecimento de ambos, a “dimensão dos sonhos” não era nada mais do que um universo de bolso dentro da mente de Jed Walker, a quem Brute e Glob haviam aprisionado. Lá dentro, Hector e Lyta começaram lentamente a perder o contato com a realidade, e a gravidez de Lyta parou completamente por quase dois anos. Quando Lyta começou a se afastar, Hector ficou mais obcecado com seu papel como Sandman e se transformou em um super-herói extravagante que lutou batalhas sem sentido contra os vilões fracos da dimensão.

Hector Hall, Sandman, 17N

F2 (esmagamento), H3, R4, A3, PdF0; 20 PVs e 20PMs.

Kit: Humano Uniformizado (destino e esconderijo secreto).

Vantagens: Equipamento (veja abaixo), Voo. 

Desvantagens: Morto; Código de Honra dos Heróis, Prisão (maldição apresentada no Manual da Magia, pág. 96).

Perícia: Ciência e  Investigação.

Cartuchos de Areia

PdF2, Ataque Especial (amplo, paralisante), Magia Irresistível III, Implemento (Sono).

Custo: 10  pontos de Equipamento.

Apito Hipno Sônico

Implemento (Banimento e Criatura Mágica Suprema).

Custo: 5 Pontos de Equipamento

Destino. Dizem que o destino sorri para aqueles que seguem seu coração…E o herói uniformizado é definitivamente um desses! Você sempre ganha 1 Ponto de Destino, mesmo que sua pontuação não permita isso. Se você já ganhar PDs naturalmente, você ganha 1 PD extra.

Esconderijo Secreto. Você possui um esconderijo em uma caverna, mansão, arranha-céu, satélite ou mesmo no meio do ártico. Este esconderijo é secreto e quase impossível de ser encontrado (mas você sempre pode retornar a ele com facilidade). Lá, você guarda seu equipamento e pode descansar e se recuperar para dar continuidade ao combate contra os supervilões. Entre a aparelhagem de seu esconderijo secreto, você conta com uma enfermaria devidamente equipada, que é a diferença entre vida e morte. Descansando em seu esconderijo secreto, você recebe todos os benefícios da vantagem Regeneração (Manual 3D&T Alpha, pág. 37). Além disso, seu esconderijo secreto também funciona como uma Arena (Manual 3D&T Alpha, pág. 30).

 

John Dee, Dr. Destino

Quando sua mãe morreu, John Dee fugiu do asilo, recuperou o Rubi dos Sonhos, e usou-o para fazer pessoas comuns cometerem um genocídio. Desta vez, ele usava o Rubi sem os circuitos do Materioptikon, que permitia usar os sonhos secretos de suas vítimas. Geralmente esses sonhos são uma reflexão do que há de pior nas pessoas. Ele foi detido neste ponto por Sandman, que escapou do confinamento. John Dee usou todo o poder do Rubi contra o Lorde dos Sonhos, e a joia foi destruída. Imediatamente toda a energia acumulada no rubi passou para Sandman. Morpheus usou seus poderes para consertar os estragos feitos por Dee (exceto os assassinatos) e devolveu-lhe a faculdade de sonhar.

Entretanto, a mente de Dee já estava irreversivelmente insana, e ele continuou louco, e com o rosto desfigurado. Dee percebeu que o uso contínuo do Materioptikon deixou energias residuais em seu corpo, de modo que ele ainda podia usar seus poderes de manipulação dos sonhos.

 

John Dee, o Dr. Destino, 30N

F3, H5, R5, A3, PdF0; 25PVs, 75 PMs.

Kits: Ilusionista (dano ilusório, enganar os olhos, mestre das ilusões, tecelão da realidade).

Vantagens: Elementalista (espírito), Magia Elemental e Negra, Magia Irresistível III, Pontos de Magia Extras x5, Telepatia.

Desvantagens: Fetiche (Materioptikon), Insano (fantasia, megalomaníaco e homicida) , Má Fama, Monstruoso.

Perícias: Crime e Manipulação.

Dano Ilusório. Você pode lançar magias que causam dano, ainda que não seja dano real. Em regras, você pode lançar qualquer magia que conheça e provoque dano pelo custo normal em PMs (em vez do dobro devido à Restrição de Poder), mas seu dano será apenas ilusório (assim como na magia Ilusão Total).

Enganar os Olhos. Suas ilusões são tão perfeitas que iludem até aqueles que normalmente não seriam enganados por elas. Vítimas recebem R–2 para negar o efeito de magias ilusórias lançadas por você, ou R–1 caso possuam Sentidos Especiais ou algum poder que lhes permita reconhecer ilusões.

Mestre das Ilusões. Você recebe as magias Ilusão, Ilusão Avançada, Ilusão Total,Imagem Turva, Invisibilidade e Luz. Além disso, pode lançar essas magias por metade do seu custo normal em PMs. Esta habilidade é cumulativa com outras que reduzam o custo de magias, com um custo mínimo de 1 PM por efeito mágico.

Tecelão da Realidade. Suas ilusões ultrapassam os limites do que as mentes comuns são capazes de perceber. Antes de lançar uma das magias do poder Mestre das Ilusões, faça um teste Médio de Arte. Se for bem-sucedido, você pode conjurar uma segunda magia dentre aquelas no mesmo turno, pelo dobro do custo em PMs.

 

Cena 3

Após despertar os personagens de seus devaneios, os personagens descobrem que tem que ir até o Limiar e confrontar Desejo e exigir que ele liberte os outros que ainda sonham de seus próprios devaneios.

Diz-se que a fortaleza é a única coisa a se ver no “reino crepuscular” de Desejo. É uma estátua de proporções inimagináveis representando o próprio Desejo, com o interior mobiliado como quartos e salas comuns, embora com design luxuoso e arrojado. O desejo é o único habitante do reino e, claro, Desejo vive no coração. Sua galeria também está situada no Limiar.

Obviamente, o encontro com Desejo não pode se desenrolar como um encontro combativo, já que ele é uma criatura com poderes que vão bem além daqueles que os personagens possuem nesse momento. Durante o encontro desejo tentar convencer os personagens de que foram manipulados o tempo todo por Sonho para “limpar a sujeira” deixada por ele nos últimos tempos. Ele(a), não deixará de enfatizar o quanto Sonho foi descuidado por ter sido capturado e os problemas provocados pela sua ausência, e que talvez ele devesse ceder espaço para ele e que isso seria melhor para todos os envolvidos.

Enquanto Desejo desenvolve seu monólogo, o Limiar começa a ruir. Sem entender exatamente o que está acontecendo, Desejo é contado por sua irmã gêmea Desespero que explica que a partir daquele momento é poderosa como nunca foi antes e que todo esse poder está saindo do controle. Se continuar é o fim do Sonho e Desejo, só haverá Desespero, Destino, Delírio e Morte.

 

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O Terror Elétrico

A inteligência move grandes mentes de uma forma tão peculiar e minimalista que meros mortais podem ser incapazes de entender os grandes planos provenientes destas. Hoje, contarei a história de quando um colosso defendeu veemente seu território em Andrômeda. Venho contar sobre o Terror Elétrico, seu nome? Thelarius. Um dragão azul tão poderoso e sagaz que foi capaz de evitar invasões com simples armadilhas, mágicas ou não. 

 


Rylai Crystal Maiden; Escanor, O Sol; Gerald Varella; Kaminari Kei; Yennefer Siannodel; Ali Baba, O Bruxo da Terra e Tee Motius, O Corruptor. Um grupo corajoso que aceitou a missão de um antigo conhecido… Asmael.

Tudo começou enquanto ainda estavam no salão da Guilda Renegados, em mais um dia comum de aventureiro que espera por sua aventura. Ou pelo menos eles esperavam que fosse mais um dia comum. Enquanto conversavam, não souberam o que de fato ocorria, exceto pelo fato de Escanor sentir o ápice ao meio dia e nesse mesmo momento algo inesperado ocorrer. 

O espaço próximo a mesa em que estavam começou a se corromper, não… a se rasgar. A dilatação de espaço tempo parecia ser tão fraca e ao mesmo tempo tão poderosa que a energia liberada ficava instável. Os olhos da equipe recém formada foram diretamente voltados para Escanor que guiou-os ao centro do salão. Mas um pouco antes de chegarem de frente ao rasgo espacial formado ali, observaram um vulto o atravessar velozmente e colidir com a parede que outrora sustentava o quadro de missões. 

Rapidamente, Tee Motius, Yennefer e Gerald identificaram o corpo residindo no chão, tão ferido quanto a alma de uma mãe ao ver seu filho dilacerado bem diante de seus olhos. Escanor estava assustado pois sabia de onde aquele tal portal havia se originado, da Terra do Sol Nascente. Um semi-plano… o mesmo semi-plano onde tudo começou. 

 Rylai, porém, não havia entendido logo de cara o que estava acontecendo. Sua mente processava cada informação até que no estalo de um raio, seu cérebro entendeu que a coisa que estava dentro do portal não poderia vir para a guilda. 

Simultaneamente, todos que foram até o corpo daquela criatura que se mostrou ser uma raposa e ainda Escanor, observaram o interior da porta dimensional. Uma cidade inteira havia sido derrubada, seus olhos não podiam acreditar em tamanha destruição, principalmente por se tratar da Cidade do Sol, onde um grande espírito residia protegendo o semi-plano. 

Naquele local, um lugar de luz, havia o terror dos raios… aquela equipe então, se aproximou rapidamente do portal para entender o que estava acontecendo, visualizar então a queda do grande sol Suryan, um dragão de gema que era enviado para proteger aquele lugar, enviado pelo próprio deus sol. Ele não estava bem, não estava nada bem. 

Entre rugidos e garras, Suryan usou seu último suspiro para transformar seu corpo em energia e então proteger todos aqueles que estavam sob seu domínio. Dessa forma, espalhando cada criatura pelo plano material, para que enfim, pudesse aceitar a derrota que custou sua vida. 

Entendendo de fato o que era. Rylai imediatamente começou a conjurar algo que pudesse dissipar aquela energia e fechar o portal. Então… um imensurável teor elétrico começou a surgir… de dentro do campo de batalha recém visto aquele terror parecia estar energizando o próprio corpo ao ponto de afetar estaticamente a estrutura do corpo de cada aventureiro, e no instante seguinte, liberou seu sopro elétrico que por poucos segundos não atingiu os aventureiros. Esse foi o momento em que Asmael surge, agilizando a magia de Rylai.

“Temos um problema…” – foi o que ele disse.

A raposa, por sua vez, era ninguém menos que Salazar. Uma criatura que outrora já havia interagido com parte dos integrantes. Mas que em seus últimos suspiros liberou algumas palavras de socorro.

“Vocês lidaram com uma pequena parte do poder de Tiamat, outrora.  No dia em que desestabilizaram as forças desse ‘aspecto’, acordaram os seus comandados, também. Cinco poderosos dragões que protegiam as máscaras que um dia seriam usadas para trazer de volta, aquilo que nunca deveria ter existido. A rainha dragão.” – essas palavras foram tão serenas que assustaram, pois o semblante de preocupação de Asmael era tão grande, quase como no dia em que derrotaram seu irmão. Mas não havia acabado por aí, ele continuou.

Preciso que vocês recuperem a máscara azul, ela não será nada fácil. Estar com o dragão mais inteligente que encontrarão.” – O grupo não tinha escolha, o que poderiam dizer? Que não iriam? Infelizmente para alguns aquilo já havia ficado bem pessoal e não poderia passar impune como vinha acontecendo até agora. No meio dessa conversa, Gordon chega dizendo que cuidaria do amigo do grupo, era o mínimo que dava e podia fazer diante de tal situação. 

 “Estão prontos? Irei levá-los até um local próximo.” – disse Asmael segundos antes de teletransportar a equipe em direção ao porto de Chronos. 

Uma terra seca e sem vida…

Chronos é uma região de Andrômeda em que muitos viajantes dizem estar amaldiçoada pelos demônios e pelas criaturas nefastas que se encontram por aí. Não há vida e apenas uma cidade pôde progredir e se proteger, rodeada de montanhas e vales. Mas esse não é o ponto, eles não estavam ali para conhecerem o lugar, pois no extremo norte da região, em uma área rochosa, aquelas pessoas visualizaram uma grande nuvem de tempestade se aproximando cada vez mais e crescendo, crescendo…

“Deixo vocês aqui, para se prepararem.” – E então desapareceu. 

Ali Baba instantâneamente deslocou todos os seus aliados para dentro de sua lâmpada mágica e, invisível, Jasmine estava a carregar eles com segurança até começarem a subir por um caminho longo e tortuoso, repleto de rochas e afins. Estavam preparados para qualquer combate, era o que pensavam. Pois em algum momento sentiram que Jamine não estava mais ali e a lâmpada jazia sobre a areia quente de uma espécie de vale. 

Todos saíram com a benção do bruxo e notaram não haver nada além de areia e rochas, até que a Coruja do Livro de Teemo desbrava o ar e encontra uma caixa, dando chance para que Rylai encontrasse uma máscara de dragão azul. Um objeto muito bem lustrado e de aspecto aterrorizante parecia conversar com aquela que mais inteligente seria dentre os que ali residiam.

Rylai sentir-se compelido a por aquele objeto em sua face, e quando o fez, os deuses jogaram cara ou coroa para ver quem sairia vivo. 

Entregando-se totalmente sem tentar resistir depois de pôr o objeto em sua face, a maga de gelo se tornou uma inimiga em potencial para todos que estavam ali, para poder inundar cada um deles em uma rajada de gelo que tomou proporções impensáveis até o momento. Yennefer e Gerald estavam prestes a cair no primeiro ataque, Escanor não podia subir aos céus ainda e Ali Baba se preparava para o combate assim como Tee Motius. 

A luta contra uma aliada era mortal, pois eles não queriam tirar a vida dela, mas o cristal de gelo não pensava o mesmo de seus companheiros. Estava inundada do poder de Tiamat que quase proporcionou-lhe a morte de dois dos maiores amigos que Crystal possuía. Aquele combate demorou horas, todos estavam ficando cansados, Rylai Crystal Maiden parecia estar fraca ao ponto de quase não poder usar mais magias, a esperança no olhar de Ali Baba, Tee Motius e mais ainda dos outros que estavam quase em um beijo profundo com a morte era tão grande e parecia ser a única coisa que os faziam permanecer de pé. 

E foi em um único ataque, que esse semblante enlargueceu-se sobre a face de cada um ao ver que os olhos brilhantes da dragão de gelo e eletricidade haviam se apagado. – “Conseguimos!” – alguém disse enquanto se recobrava. 

Pouco a pouco se reerguiam, mas o que não esperavam era que aquele olhar ainda tinha mais uma etapa. Crystal Maiden estava com o poder da cabeça azul de Tiamat auxiliando no combate e a cabeça mais inteligente não seria derrotada a este nível. Foi quando ela levantou-se novamente conjurando mais uma vez os seus poderes absurdos para golpear cada um dos membros e retornar ao combate feroz que por pouco não levou à morte. Isso graças a centelha de bondade que jazia na alma e corpo da maga de gelo, que nesse último momento decidiu tomar posse do que é seu e resistir. Voltando a si própria.

Entretanto, aquela era apenas a primeira armadilha, a primeira batalha. Tantas outras viriam e poderiam até mesmo fazer cada um deles sucumbir novamente. Pois então, sem sucesso algum, Gerald recorre ao seu poder multiversal e encontra um portal para o qual Rylai e Ali Baba poderiam, também, recorrer em outro momento. E aqui meus amigos… se encerrou em uma humilhante derrota, a primeira tentativa de conseguir alguma máscara. Não foi a verde, tampouco a negra, a primeira máscara foi a azul e o fracasso foi tão grandioso que nenhuma criatura ousaria contar para alguém, mas eles seguiam ordens, então tiveram que relatar a vergonha estampada em suas faces. 

O final de tudo contado antes do término…

Semanas depois, um grande problema assolou o ser de Asmael, que dessa vez não estava sozinho e o que era mais preocupante, ele simplesmente chegou voando em um grande dragão. Asmael vinha com seus cabelos neve e seu semblante atormentado para a guilda Renegados, e com ele um dragão de dezenas de metros reluzindo e refletindo toda a luz que vinha até seu corpo como a prata mais polida que ele poderia ver em qualquer lugar do mundo. Suas asas assustaram muitos na cidade da Guilda, principalmente aqueles que perderam algo ou alguém por conta da raça draconica. Gordon, Meira e Zenna já se preparavam para lutar contra aquela fera caso fosse um ataque. Principalmente porque haviam muitos novatos ali, eles não seriam capazes de combater duas criaturas como aquelas que estavam lá!

Luke, Leon Dragonheart, Juan e Café no Bule eram alguns dos mais novos na guilda quando a dupla de anjo e dragão pousou bem no quintal da Renegados. Os olhos de muitos ali, pela primeira vez vislumbram o poder de um dragão de prata que agora estava diminuindo de tamanho até que tomasse a forma de um humanoide muito parecido com um drow. 

A nova pessoa já era conhecida dos muitos aventureiros que estavam ali Veezer Froid. Um dragão de prata que dormia no vale das Rochas com sua ninhada de draconatos por mais de décadas. Aquela dupla então passou a missão simples, enquanto os mais novos precisariam impedir que o exército do dragão azul chegasse perto do civil, os mais velhos deveriam pegar a máscara que ainda faltava. Foi tudo muito rápido, sem espaço para debates e em poucos instantes os grupos já estavam divididos e indo para a batalha.

Mais uma vez no covil do azul, do terror. Muitos estavam com receio, Café no Bule estava tremendo como só, enquanto Juan bradavam o nome de sua organização, a Renegados. Enquanto a multidão de draconatos azuis, dentre outros, vinha correndo, Leon que antes tinha pouco menos de dois metros estava crescendo como uma grande montanha ficando ainda maior, agora como um gigante poderoso que em um único golpe varreu uma dezena de inimigos. O tilintar da espada de Juan fora tão alto que os inimigos má medrosos tremeram e suas cabeças rolaram como uma esfera qualquer.

Mas ninguém esperava que café no bule teria a carta na manga. Com seus pouco menos de um metro de altura ele tomou posse de seu alaúde e de sua paleta. Os deuses pararam tudo para assistir o que aquele grande grupo estava disposto a fazer para acabar com a tirania do dragão azul sobre aquela parte de Chronos. Em um poderoso solo, um som metalizado começou a tomar proporções grandes o suficiente para cobrir seus aliados com energia poderosa que estava intervindo diretamente na vida de cada um, com uma grande ajuda acompanhada de uma poderosa benção dada ao bardo do conhecimento que, não só isso, disparava a cada vez três rajas de poder místico imprevisível.

A espada de Juan dançava nas gargantas de cada inimigo assim como os braços de Leon empurrava cada draconato para trás, agindo, de fato, como uma muralha impenetrável. Talvez mais poderosa do que os muros de Troupax em Deva. 

Enquanto isso, aquela equipe que outrora fora derrotada levou consigo reforço. Loureiro, o santo e Kaminari Kei corriam em companhia dos demais para poder ajudá-los junto de Arlong. A equipe agora era formada por estes citados e também Rylai, Ali Baba e Yennefer. Heróis corajosos que passaram por um túnel estreito e molhado.

O que não sabiam era que aquele dragão estava preparado para a batalha e sem a ajuda de Veezer que não podia entrar ali, muito estava perdido. Foi quando uma corrente elétrica brilhou diante deles e a maioria foi atingida por um sopro elétrico ocasionando na queda instantânea de Arlong e Loureiro. 

“Acham mesmo que vão conseguir? Já derrotei vocês com uma única armadilha, não é mesmo Rylai. Você lembra, quando aceitou o poder da rainha e se tornou forte?” – e como ela poderia não lembrar, foi tão vívido. Mas dessa vez ela estava preparada e o combate iniciou. Todos os heróis estavam dando o seu máximo, o dragão voava e se aproximava de todos para dar sua grande baforada. Os draconatos vinham correndo e eram impedidos pelo dedilhado de Cafe no Bule, Leon e Juan. 

A batalha levou muito tempo, o que não foi bom, pois um ritual havia se iniciado e todos no grupo iriam se dar mal, muito mal. Ou pelo menos Ali Baba que sentiu o poder da proibição cobrir o seu corpo totalmente. Nos instantes finais, a luta era pela própria vida, mais uma vez. Mas agora tinham todo o grupo focado e Loureiro mantinham todos de pé com o poder de Akadh, impedindo que os corpos fossem se tornar uma pilha de mortos. Arlongo ousou atirar uma flecha certeira que logo atingiu o dragão, agora adormecido nas profundezas do mar. 

Simultaneamente os três mais novos conseguiram derrotar os draconatos e a máscara foi encontrada pelos veteranos no fundo das águas do terror elétrico. Finalmente, saindo vitoriosos, puderam retornar para a guilda com uma grande história para contar. 


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O Culto à Tiamat: Parte 2 – Continente de Deva

Uma Sombra Venenosa


A sede por conhecimento, por poder e mais ainda por todo o prazer de obter ambos simultaneamente pode fazer as mentes, mas não somente elas, e sim um conjunto de psique e corpo, sucumbir aos tratados, acordos e pactos mais obscuros com as entidades mais obscuras que poderiam ser encontradas nesse vasto Multiverso.

Rylai Crystal Maiden, Kaminari Kei, Gerald Varela, Guardiã Stella e Lince Negro foram consumidos por toda a sensação dessa ganância, dessa obstinação ao saber, quando aceitaram firmar não um, mas dois contratos. Dois pactos. Talvez, os pactos de vossas vidas. Após aceitarem uma perigosa missão de Lorde Antony, essa equipe conseguiu fazer com que o mesmo revelasse um grande segredo que talvez devesse permanecer assim. Assinando um pacto que não permite vazamentos dessa informação por causa de uma maldição, os aventureiros descobrem que Lorde Antony é líder de um antigo grupo chamado… Shadow.

Responsáveis por autuar vários golpes de estado, além de inúmeros assassinatos e afins, o grupo Shadow é tão poderoso e ao mesmo tempo desconhecido que pouquíssimas são as suas menções em livros ou jornais. Antony revelou estar atrás de um poderoso artefato resguardado nas profundezas do Reino Perdido, residente na Floresta Sombria.

A função do grupo era justamente tomar esse artefato. Mas o que não esperavam era que aquele que o protegia era um poderoso dragão ancião verde. Um ser de dezenas de metros capaz de envenenar não somente corpo, contudo até a alma.

 

Corajosos o suficiente para desbravar as matas corrompidas, o grupo foi alertado por Stella que sentia uma grande energia infernal daquele terreno vegetativo e… foi quando ao relembrar de seus estudos, Rylai conta que outrora ali foi lar de um grande culto de Yuan-tis que faziam parte da adoração a Asmodeus. O mesmo grupo que atacou os vários locais próximos à região há cerca de 100 anos atrás. Quase simultaneamente uma ave de olhar duvidoso, penetrante e sufocante parecia acompanhar os corajosos, Gerald avistou aquele ser alegando não ser natural, uma vez que seus conhecimentos da natureza são quase iguais aos de Stella, embora mais profundos que os da guardiã.

Embora tantos avisos, a equipe de alguma forma ainda foi atingida por uma espécie de criatura extraordinariamente estranha. Um esquilo maior do que um humanoide de 1,80 de altura surgiu em meio a tantas árvores combatendo cada um dos aventureiros. Aquilo parecia uma luta sem fim, algo como uma tortura ao ponto de pensarem que não seriam capazes… parece que no fim, alguém sempre manipula tudo e todos.

Aquela luta se demonstrou uma ilusão e os heróis estavam destruindo a mata ao seu redor, como se suas mentes fossem brinquedos nas mãos de alguém mais poderoso. E talvez fosse. Mas o importante é que  prosseguiram… até serem parados por aquela mesma ave que outrora parecia gargalhar ao ver tamanha desgraça. Bem o mal, ela foi quem abriu os caminhos até o local… a entrada de uma caverna que por fim iria resultar em uma espécie de lugar subterrâneo, moradia de antigos adoradores.

Aquele foi o início de um grande final. O que de fato poderia ser tão importante a ponto de estar tão escondido assim? Eles não sabiam e o desejo de conhecer cada vez mais aquilo estava descrito no peito de cada um. Foi quando arriscaram suas sombras de vida e batalharam corajosamente com transformações e alterações climáticas. Bestas e gelo nunca foram tão usadas naquele momento quanto a própria cura das estrelas sobre o espírito batalhador de cada um.

Lince Negro estava distante, mirava cada vez mais nervoso por não saber até onde iria toda aquela loucura, mas ao mesmo tempo querer estar ali, como quem quisesse gravar seu nome na história. Gerald outrora trazia para o campo de batalha seus dons extra-planares. O horizonte por onde ele foi andarilho nunca esteve tão presente quanto naquele instante. Um combate atrás do outro até que…

Estavam há poucos metros do artefato, uma máscara… a luz sobre ela, porém, criava uma sombra de dúvida e talvez incertezas. Aquela equipe estava prestes a lidar com mais inimigos e dentre eles uma poderosa maga. Alguém estupidamente poderoso o suficiente para impedir o progresso da Renegados por um bom período de tempo, o suficiente para que seus companheiros planta e gladiadores pudessem enfraquecer os desafiantes. Contudo, não foram capazes. Não poderiam impedir os bravos mercenários. Não sozinhos… Mas o pior é que não estavam.

Mais uma vez… assolados pelas sombras, pelo terror, pelo veneno mental e físico, aqueles aventureiros se viram na obrigação de derrotar um grande dragão verde ancião. Essa cor de dragão é tão mentirosa e manipuladora, que não há quem saia vivo, pois ele é capaz de colecionar vítimas como escravas. Todavia, nada estava de fato perdido, então os heróis continuaram a lutar, lançando seus mais poderosos feitiços e ataques até que… As estrelas, por um breve momento, pararam de brilhar. Lince e Gerald haviam sido derrubados. Este segundo, que por sua vez era um dos membros mais valiosos para a guardiã das estrelas, foi engolido pela fera impiedosa… aquilo, no entanto, desencadeou uma onda de ódio e ira nas três aventureiras que haviam restado. Kaminari Kei, que pouco antes havia incapacitado a maga foi quem começou a agir. A monge extraiu do seu mais profundo ser e adoração, o poder da morte que recairia sobre aquele imenso verde.. seus ataques, embora guiados pelo ódio, estavam de certa forma inseguros enquanto Rylai invocou as forças arcanas para manipular os elementos, trazendo a tona um valente elemental do ar enquanto as estrelas, ou melhor, Stella, vibraram em uma metamorfose ambulante que lhe transformou em um imenso gorila, embora difícil manter aquela concentração, ela ainda continuou a tentar.

Todo o grupo restante estava disposto a salvar ambos os feridos, mas outrora o corpo de Lince se tornou um morto-vivo. Algo nefasto… algo que despertou ainda mais ódio na druida que agora estava dando o máximo de si, mantendo todos de pé… já que suas duas transformações não haviam sido suficiente.

Por muito mais tempo aquele combate durou, até que finalmente, tentando fugir, o dragão fora abatido e sua “honra” manchada com seu próprio sangue. Mas não parou por aí… Kaminari Kei viu-se coagida a por aquele grande artefato em sua face. Despertando mais um outro combate. Agora, com aquilo tomando conta de sua mente, Kaminari estava a lutar contra seus aliados, o que não foi uma boa ideia, já que ela quase foi abatida, limpando sua mente e readmitindo o controle de seu corpo no fim do embate.

Irados, aqueles que sobreviveram salvaram Gerald do estômago do dragão. Mais ainda, puderam sair dali com vida, antes que uma horda de Yuan-tis chegasse. Sobre a máscara? Estavam raivosos o suficiente para decidir que não iriam ajudar Antony. Entregaram-na, Lara e Gordon que selaram em uma dimensão alternativa… um outro plano. Assim, assinando o contrato de inimizade com as sombras… com a Shadow.


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O Culto à Tiamat: Parte 1 – Continente de Deva

A Rainha Dragonesa

Já imaginou que o mal pode estar espreitando em cada canto? Só não no escuro do seu quarto, muito menos no humor bêbado de um assassino em uma taverna. Jamais poderiam ser imaginados e, manipulado, por pessoas que nunca nem mesmo conhecemos. Mas, você deve estar se perguntando “quem é Tiamat?” ou “como seu culto ganhou poder?”.

Bom… Sentem-se, pois a história vai começar.

Tiamat é a rainha e mãe dos dragões cromáticos, aqueles que são definidos por cores como azul, vermelho, verde, negro e branco. É uma deusa dragão com cinco cabeças que está aprisionada na primeira camada dos 9 infernos, Avernus, o primeiro círculo do inferno, local que outrora já foi seu domínio… Seu poder, porém, não foi totalmente esquecido, os Draconatos de cores e outras raças de descendência dracônica pairam pelas terras de Deva, Andrômeda e de todo o mundo articulando o caos em nome de sua mãe.
Entretanto, algo estava errado. Em uma aventura cotidiana à Cidade do Pilar, Kaminari Key; Rylai, Crystal Maiden; Ali Babá; Gerald Varela e Ysgramor Prizrak tinham como objetivo de recuperar um simples cristal no semi-plano da Terra do Sol Nascente e levá-lo para o Bosque Dourado, no plano material, em Deva. Tudo parecia estar indo dentro dos conforme, mas foi no exato momento em que tocaram a pedra preciosa de luz rosa cada vez mais forte que a caverna coberta por runas em vermelho começou a liberar uma energia psíquica poderosa o suficiente para poder alterar a posição do grupo.

 A confusão, a incerteza, o medo, a ira e o desejo de ir embora cobriram todo o ser de cada aventureiro presente naquele local cavernoso. Eles sentiram a energia maligna que flui pelos nove infernos invadir aquele semi-plano feérico, mas sentiram também ela entrar na mente de cada um deles, como uma agulha perfurando a pele de uma cobaia no covil de um mago das trevas. O terror pairava sobre eles até o instante em que foram direcionados a um local desconhecido.

Lá não havia árvores, não havia água, muito menos civilização. Não havia nada além de areia, um castelo… Um estrondo de cinco rugidos de dragões ecoando um após o outro… A incerteza acentuada deu lugar para apenas um sentimento quando viram, o que de fato havia despertado. O som de um grande monumento se quebrando deu espaço para uma criatura de dezenas de comprimento e cinco cabeças tampando a luz do sol sobre a cabeça do grupo.

Essa era… Tiamat? Como assim? Estava presa em outro plano. Não, essa não foi Tiamat, entretanto, era parte de seu poder que olhando para a pequena equipe posou, com o intuito de devorar cada um deles, e começar os planos de tirania. Assustados com tamanho poder e cansados depois de tantas lutas no que parecia ser um pedaço da agrestia das fadas, aquela equipe tentou convencer através da lábia, que não era interessante um combate ali, pois depois de um grande esforço por parte do bruxo Ali Babá, de fato conseguiram. Fugiram, deixando a solta… o que hoje foi identificado como uma pequena parte do poder de Tiamat que tomou consciência e de fato, espalhou.


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Roubo em Vera Luiza – Uma Aventura Junina

Quem não ama uma Festa Junina não é mesmo? Pipoca, Quentão, Pinhão, Quadrilha, Pamonha, Pescaria, Brincadeiras, Casamento de Jeca, Trajes Remendados e muita Alegria. Mas pare um pouco para pensar…. E se toda essas brincadeiras, casamento, trajes, tudo que é levado pela interpretação pitoresca da festividade fosse real? Real mesmo, como se a cobra que passasse pela quadrilha tivesse só esperando p abocanhar um desavisado; como se a senhorita Rosinha realmente fosse se casar numa festa com comidas de quermesse feita pela comunidade de uma pequena vila de pessoas humildes que andam com roupas remendadas e monocelhas. A ideia que trago hoje é exatamente essa! uma trama desenvolvida na festa de uma pequena vila do interior que bom, podemos batiza-la de Vera Luiza quem sabe?

A ideia é simples, uma OneShot sem sistema definido, contudo eu gosto muito de usar para essa o sistema que cito muito por aqui chamado Laser e Sentimentos. Mecanicamente será um desafio para descobrirem que realizou o roubo e se vão entregar ou não a pessao ou “Coroné”. Este ladrão será sorteado aleatoriamente e só ele e o mestre saberão quem é.

Ó o Túnel

O grupo está a se divertir na festa junina da vila, então se passa em junho né. O Coroné Rubens chega com cinco capangas enquanto as pessoas estão finalizando a montagem de suas barracas, toma o palco e começa a discursar.

“Eu sô o sujeito mais poderozu dessas bandas, disso vós suncê já tão calejadu de sabe! Don Isaque disse que pra casa com sua sobrinha, Rosa, tinha que encontrar um crusifixo que foi de sua falecida mãe e trazer logo aqui para o casamento. Pois bem, encontrei e dei pra meu filho Afonso para que ele pudesse casa cum ela. No caminho pra cá, próximo ao açude de seu Timótio um energúmeno derrubou meu fio por trás e roubou o tal do crucifixo. A cada trinta minutos eu vou voltá aqui, se não entregari o jaguara que roubou de meu fio a chance de sê feliz eu vou tomar um favor de cada uma até aparecer. Se depois de 2 horas e meia não aparecê eu vou é manda passare fogo em todos us homi que tivé aqui e daí ninguém vai pude casa com dona Rosa. Esteji avisadus!”

Anavan Tur

A cada meia hora um dos capangas ficava para ver o que ia ficando, por último vinha o Coroné. O desafio é resolver o problema ou dar cabo dos capangas e do Rubens antes do fim do tempo. Como os capagangas ficam por ali, eles serão mecanicamente os olhos do Coroné e do Mestre. Eles vão saber o que fizeram, mas não os resultados que conseguiram ou as conclusões em que chegaram. É uma festa junina, então todos os elementos, estão presentes. Barracas, comidas, quadrilha e o próprio casamento. O Favor que Rubens irá  cobrar é que todos já fizeram um acordo por um favor com ele. Aleatoriamente ele cobrará o favor de cada um dos personagens dos jogadores que está descrito nas fichas que estarão em anexo.

Olha a Cobra

Como estão a abrir as barracas e a única informação do roubo é que foi próximo ao açude do seu Timótio é justo ir verificar com ele primeiro. Ele cuida da pescaria, levando um tanque com os lambaris de seu açude. Um dos lambaris que os personagens podem pescar possui preso em sua boca pois não conseguiu engolir por completo um pingente. Esse pingente é uma imagem de nossa senhora que atrás tem gravada o nome Juvenal Antah. Bom, aí já se passou a meia hora e o Coroné veio dar uma bizoiada.

Juvenal é o filho caçula de seu Edvaldo, ele está com sus dois filhos mais novos cuidando do tiro ao alvo. Cuidado! As espingardas são de chumbinho, logo podem ricochetear em alguém. Se querem que ele diga algo, convençam ele de alguma forma. Dizem que ele não recusa desafio, principalmente nos tiros. Vençam ele e descubram que ele estava no roubo. Dizer quem é ele não diz, apenas indica que a nova paquera do Jonas sabe quem pode ser. Seria muito risco dizer quem é. Juntamente com essa descoberta chega o Coroné Rubens e deixa mais um capanga.

É Mentira

Jonas está a cuidar da barraca com aquele tradicional pilha de latas a serem derrubadas com bolas de meias. Se estão coladas ou não depende da honestidade de Jonas e do Mestre hehe. Ele pode ser convencido pelo dinheiro, apostas ou ser levado na conversa. Por outro lado, isso ficará bem a cargo do narrador. Logo depois de convencerem ele a muito custo, já que o pai da dama não sabe, Jonas diz que sua paquera é a senhorita Ferônia, filha de dona Leidi.

A barraca da família de Leidi é a do jogo das argolas e venda de bolos de milho e cenoura. Afinal não podemos ter uma festa junina sem bolo de milho. De começo vocês já percebem que a barraca é meia lotada de rapazes, devido a exuberante beleza da filha única e da mãe viúva. Logo, serão mais de um desafios: Ser atendido com calma para conversar e convence-la a dar a informação desejada. É bem fácil convencer que ela conte. Senhorita Ferônia viu todo o roubo e não contou porque achou que era brincadeira e deixou pra lá. Ela banaliza e conta sem culpa ou remorso algum quem roubou o crucifixo.

Agora que já temos o culpado, cabe a decisão de deseixo aos jogadores. A raiva e indignação gerada pelos favores cobrados podem agravar a situação para todos os lados. Passaram por quase todos os artifícios da festa junina, ainda falta o casamento e aquadrilha para comemorar!

Feras – Metamorfos de Lobisomem O Apocalipse

Feras, o nome coletivo pelo qual são conhecidas as demais raças metamórficas de Lobisomem O Apocalipse.

Embora os Garou sejam a base e tema principal do cenário, desde a 3° Edição que as Feras tem maior participação e influência dentro do cenário como um todo.

Aliadas? Inimigas? Lendas? Qual a verdade por trás das Feras?

Lendas dos Garous

As Lendas Garous sobreviventes (ou deturpadas) colocam a Sociedade Garou como a suprema criação de Gaia em sua defesa.

Algumas delas contam sobre outros seres metamórficos, há muito extintos na Guerra da Fúria. A esses seres, as lendas Garous deram o nome de Feras.

Algumas lendas dizem que as Feras traíram Gaia se unindo ou protegendo os humanos, e por isso foram atacadas pelos Garous. Outras lendas, mais próximas da possível verdade, dizem que os lobos mais velhos ficaram com ciúmes e invejas da atenção que as Feras recebiam de Gaia, e por isso as extinguiram para terem Gaia apenas para si.

O ponto de convergência de todas essas lendas é a extinção das Feras, junto das tribos caídas dos Garous.

Mas… Será mesmo que as Feras foram extintas? Ou apenas buscaram abrigo e refúgio longe do alcance dos Garous?

Seriam as lendas sobre as Feras verdadeiras? Ou apenas Lendas para dar lição a jovens Garous?

Mitos, sussurros, histórias para inspirar ou amedrontar. Em raríssimos casos, histórias para lembrar o peso da culpa que os Garous carregam pelos erros que cometeram.

Nos tempos de hoje, com o Apocalipse batendo às portas do mundo, as Feras ainda continuam, para a Sociedade Garou, sendo apenas um mito a ser lembrado, uma história a ser contada.

Mas até quando as Lendas permanecerão nas sombras? E quando se revelarem, qual será sua postura diante dos Garous?

Feras, as Raças Metamórficas que habitam o Mundo das Trevas

As Feras

Criadas por Gaia em tempos remotos, tão antigos quanto os da criança dos Garous, as raças metamórficas existiam em suas mais variadas formas, e com as mais variadas funções, e foram chamadas de Feras.

Seu trabalho coletivo como um todo era o responsável pela ordem, desenvolvimento, segurança, expansão e continuidade da Criação.

Antes da Weaver enlouquecer, antes da Wyrm se corromper, o mundo era um lugar muito diferente.
Espíritos harmonizavam com a Criação, as Feras e os Garous viviam lado a lado como irmãos e aliados. Mas tudo mudou.

A Weaver enlouqueceu e sua teia de loucura se expandiu além do imaginável.

A Wyrm se corrompeu e seu véu de destruição ganhou proporções catastróficas.

Os Garou foram pegos no redemoinho de loucura e corrupção e chacinaram as Feras e os Humanos.

Houve a Guerra da Fúria, houve o Impergium, e o Apocalipse se aproxima cada dia mais.

As Feras restantes buscaram abrigo e se esconderam em locais afastados dos olhos dos Garous. América do Sul, África e Oceania se tornaram os principais pontos de refúgio das Feras.

Camufladas e escondidas da Sociedade Garou, vivendo seus próprios dramas e conflitos, e também com sua própria visão do mundo e do Apocalipse vindouro, as Feras são quase um cenário à parte dentro de Lobisomem o Apocalipse.

A Sociedade das Feras

A cada raça metamórfica diferente, fora dada uma função na Criação.

Sejam as Feras ligadas diretamente à Gaia, ou então ligadas de alguma forma à Tríade, sua participação e suas funções mudaram ao longo da história.

Embora algumas Feras não mais existam, nem mesmo em relatos e Lendas, as ainda existentes mantém seus cargos e suas funções enquanto podem.

Ajabasão as Feras Hiena. Outrora considerados como a Décima Tribo dos Bastets, hoje os Ajaba são reconhecidos como uma raça própria. Se situam na África.

Ananasias Feras Aranha se dividem entre aqueles que acreditam serem crias de Gaia, e os que acreditam serem crias da Weaver. Estão em todos os lugares.

Bastet são as Feras Felinas, e se dividem em oito tribos diferentes ao redor do mundo.

Coraxas Feras Corvo se concentram nas regiões mais gélidas, onde observam a tudo e a todos.

Gurahlas Feras Urso, capazes de controlar sua Fúria para aprimorar suas capacidades físicas e resistência.

Mokoléas Feras Répteis são tão antigas quanto os dinossauros, e são as guardiãs da memória d

A vasta sociedade das Feras

e Gaia.

Nagahas Feras Serpentes agem como juízes, juris e executores de outras Feras corrompidas.

Nuwishaas Feras Coiote são as mais “próximas” dos Garous, mas nem por isso suas amigas.

Ratkinas Feras Rato que se escondem nos esgotos e subterrâneos das cidades, enlouqueceram após se exilarem na Umbra. O que farão agora que estão de volta?

Rokeaas Feras Tubarão, guardiãs das águas e dos mares.

Kitsuneas Feras Raposa que habitam as terras do oriente e integram os Hengeyokai.

As Feras Perdidas

Embora algumas Feras ainda possam eventualmente cruzar o caminho dos Garous (ou ter seus caminhos cruzados por eles), o fato é que muitas dessas raças não existem mais.

Extintos devido à ação dos Garous, as Feras Perdidas hoje são uma mácula na história das Feras, e uma constante lembrança do quão perigosos os Garous podem ser.

O gene Parente, no entanto, ainda pode ser encontrado. Muito comum que Parentes de Feras Perdidas sejam protegidos a muito custo, na esperança de que possam trazer de volta os metamorfos.

As Feras Perdidas

Apis – as Fera Touro que originaram lendas como do Minotauro de Creta.

Camazotz – as Feras Morcego que agiam como os ouvidos e mensageiros de Gaia.

Grondr – as Feras Javali que encarregadas de purificar Gaia de venenos e toxinas.

Khara – uma tribo Bastet de Feras Tigres Dentes de Sabre, que acredita-se ter sido extinta na época dos dinossauros.

Okuma – uma tribo de Gurahls que na verdade eram Feras Panda que habitavam o leste asiático.

Ao – as Feras Tartaruga, outrora consideradas como uma das tribos dos Mokolé.

Usando as Feras em Jogo

Usar as Feras em jogo é quase o mesmo que usar os Garous.

As mecânicas de Fúria, Gnose e Força de Vontade são as mesmas.

As regras para mudanças de formas, raças e augúrios possuem algumas leves diferenças, mas em caso de dúvidas, aplique as mesmas regras do livro básico.

Todas as mudanças e ajustes de mecânicas para cada Fera estão no Guia do Jogador de Lobisomem o Apocalipse.

As regras oficiais mais recentes estão no suplemento Changing Breeds (ainda sem tradução oficial no Brasil).

Nos próximos textos trarei materiais e informações mais detalhadas sobre cada uma das Feras diferentes, assim como os ajustes mecânicos para o uso de cada uma delas em jogo.

Conteúdo do livro Changing Breeds, sem tradução no Brasil

Então é isso, Rpgista!

Espero que tenha gostado de conhecer as Feras, e espero que acompanhe a Liga das Trevas pra não perder as oportunidades!

Te convido também a conhecer a Área de Tormenta, nosso novo espaço para Tormenta20, que inclusive receber um material fresquinho sobre as Divindades de Arton, confira lá!

Um grande abraço, e até a próxima!

Infiltrados nos Nazi [Aventura para Laser e Sentimentos]

Esta é a primeira postagem do Mate do Bardo de alguns plots e aventuras para sistemas simples. A pedida de hoje é uma aventura rápida, feita para OneShoot utilizando o sistema Laser e Sentimentos em uma trama de intrigas e soldados infiltrados tanto no meio dos Nazi como dos Fascistas. Vale ressaltar que mesmo a aventura ser contextualizada em um período real, com locais reais, as distâncias e os acontecimentos se modificam movido pela necessidade do narrador.

Parâmetros Iniciais

Cada jogador irá montar um Personagem com seu número de atributo, já previsto no sistema; uma fraqueza; um vício e um profissão com uma nova história. Lembrando que nesse sistema trabalhamos com apenas um dado d6. Também que quanto maior o número do atributo de personagem, mais forte e menos inteligente ele será, quanto mais baixo o valor, mais inteligente e fisicamente fraco ele será.
A fraqueza será algo que o mestre pode brincar e inserir na história quando quiser a fim de instaurar uma revira volta ou apenas forçar ação de outros personagens ou até mesmo só adicionar uma pitada de adrenalina. Por exemplo: o personagem Paulie tem como fraqueza algo similar à Narcolepsia em que cai em sonolência profunda a qualquer momento; enquanto estava dirigindo o veículo do grupo, Paulie apagou e o veículo fica desgovernado, forçando outros personagens a agirem.

O vício é algo presente que o personagem tentará lutar com uma rolagem de dado para ação intelectual para resistir. Por exemplo um soldado alcoólatra encontrou whisky, um médico viciado em analgésicos que ao sedar um paciente tanta resistir para não se dopar também e ficar fora de combate.
Uma nova história, já que a anterior, de início de vida do personagem, motivações e graduações é interessante que os outros jogadores e nem mesmo o mestre saiba, pois isso pode alterar o final ou o desenrolar da trama. A nova história é de momentos iniciais de contextualização em diante. Lembrando que como nessa aventura possivelmente terá combates consideramos uma vida base para os personagens de 4 pontos, contudo se tiver número atributo de 5 passa a ser 5 sua vida e atributo 2 passa a ser 3 sua vida.

Contextualização

Cada um dos personagens é um agente recrutado aliado e infiltrado no meio dos exércitos do Eixo durante o ano de 1945, próximo ao fim da II Guerra Mundial. Esses agentes podem assumir diversos nomes nacionalidades e funções, podendo ser tanto militares como civis. Antes de iniciar a narrativa é importante para que os jogadores descrevam uns para os outros os seus personagens. Com nome, nacionalidade, idioma que falam, profissão, se militar a patente, a descrição física também. Afinal eles saberão que são infiltrados e precisaram se ajudar para manter seus disfarces. Suas base é um acampamento localizado na beira de um penhasco de cerca de 120m, estando a 10 dias de viagem no mínimo do objetivo.

Missão Vs. Missão

A missão dada ao seu pelotão é de ir em uma base do eixo, localizada ao sul destruir documentos que firam para trás depois de um ataque. A missão dos infiltrados é recuperar para os aliados essas mesmas informações. O desafio é chegar antes de seu pelotão para encontrar, recuperar e proteger essas informações. Isso tudo antes dos soldados aliados chegarem antes e descubram o que está contido nessas informações ou as destruam por ignorância.

A base se localiza a cerca de 10 dias andando ao sul. O Grupo de incursão é deve ser formado por 10 pessoas, tendo acesso a 3 veículos. Para completar o grupo utilizam-se soldados genéricos nazistas ou fascistas de atributo 3 afim de não estragar os disfarces. Contudo se derem a volta para descer o monte com os veículos acrescentam-se 4 dias de percurso à conta. Ou podem pensar em estratégias no mínimo engenhosas para descer com os veículos pelo penhasco em segurança. Até mesmo podem ter um dia de decida em escalada.

Aventura

No decorrer da descida do monte cada dia de percurso exige 2 rolagens de testes de inteligência dos motoristas. Cabe ressaltar que se não houver um infiltrado de patente alta eles deverão sair na surdina. A descida é o terreno mais perigos exigindo 2 rolagens. Se houver erros o mestre deve adicionar situações como deslizamento da pista, quebra de ponte, minas terrestres, defeitos mecânicos, as possibilidades são diversas. Já, ao chegar a planície são apenas uma rolagem por cada dia de trajeto.

Lembrando que pelo sistema, se o jogador rolar o número de seu atributo ele tem a escolha de fazer uma pergunta ao mestre de sim ou não, que deve ser respondida com sinceridade ou narrar sua cena como bem entender. Podendo adicionar mais veículos, aliados, aeronaves, armamentos e o que der na telha por meio do Momento Laser e Sentimento. 

Além das interferências devido aos dados negativos, digamos assim. Temos previsto duas situações para gerar adrenalina caso os deuses dos dados ajudem os jogadores. Depois de 3 dias do monte um posto de controle do eixo sem registro dessa incursão que colocará a missão e os disfarces em dúvida. Mais ao sul, quando estiverem a apenas uma dia do objetivo, um grupo composto por 5 batedores aliados estão dispostos a parar esse pelotão do eixo em que estão nossos jogadores.

Arco Final

O arco final se passa na base em questão, uma pizzaria de fachada que só militares de patente pelo menos de sargento saberia, demais teriam que procurar bem nos prédios. Apesar disso a pizzaria é um dos poucos prédios que as janelas não está quebrada e a porta arrombada. entrada para a base fica em uma das três portas de trás do balcão, uma leva para cozinha e a outra para a gerência da pizzaria. Nessa porta há um escada, ao descer uma porta parecida de cofre, com maçaneta roldana, mas está destrancada. Dentro tudo revirado, muita coisa destruída e alguns corpos de soldados tanto aliados como nazista/fascista.

A informação está numa sala mais adentro da base, em uma pequena sala cheia de livros arquivos e rolos de filme. Entretanto, porta da sala é disfarçada como uma estante de livro que curiosamente já está movida dando passagem. Dentro há um soldado morto segurando um rolo de filme em uma lata com uma etiqueta de numeração 04.08.41 que bate com a descrição da informação que precisam recuperar.

A Informação

Se um dos personagens quiser abrir a lata e colocar contra a luz verá algo impressionante. À primeira vista é apenas a oficialização de algumas pessoas e captura de outras. Contudo percebe-se que eles fazem parte disso. Ao passo que o filme mostra captura de várias militares, civis e governantes e sendo trocados por sósias que trabalham para o lado oposto, como infiltrados. Da mesma forma acontece sendo registrado esse feito tanto pelo eixo como pelos aliados.

Resolução

Aqui seguimos para pontos de vista diferentes. Agora os jogadores podem se revelar agentes triplos infiltrados no programa de infiltrados e tentar destruir as informação tentando ajudar o eixo. Também podem tentar vender as informações posteriormente. Mas se seguirem a ideia de apenas recuperar as informações, ao sair da cidade um contato estará esperando por eles. A missão estará cumprida e esses soldados voltarão ao seus disfarces pois podem ser utilizados novamente pelos aliados durante a guerra.

Missão Vepar – Competição de Contos e Textos #02

Na Torre do Mago, todo mês ocorrem diversos eventos com premiações. No mês de novembro de 2021, realizamos o aguardado evento “COMPETIÇÃO DE CONTOS E TEXTOS”, pelo qual, seguindo determinadas regras, o participante poderia postar uma história, um gancho narrativo, uma experiência e, até mesmo, uma fanfic de sua mesa de RPG favorita e disputar o primeiro lugar por meio de votação do público do servidor.

As três melhores publicações serão postadas aqui para vocês. Em uma primeira oportunidade trouxemos o conto intitulado Refúgio de Ignis (Raquel Naiane). 

Nesta oportunidade trazemos a Fanfic Missão Vepar, da autora Grazi Silva. Conto baseado na mesa de RPG chamada Igreja Silenciosa, do servidor da Torre do Mago.

Missão Vepar

O grupo se encarou quando chegaram à frente das portas do grande armazém, no qual, segundo suas fontes, um carregamento da Igreja Silenciosa estava para sair e em um dos caixotes estaria um livro que conteria rituais importantes e informações valiosas sobre seu atual líder, Magnus von Volpe. Em razão disso, ali estavam eles, para mais uma missão.

Antes que qualquer um dos cinco pudesse falar algo, ouviram um barulho vindo por trás. Como um só, o grupo se virou sacando suas armas, Lucius empunhava um revolver, quem olhasse de perto poderia ver pequenas marcas que, em contato com a pele do portador, acrescentava uma pequena luz vermelha à arma; Hely segurava uma bengala que há muito foi tomada de um ocultista da Igreja Silenciosa, depois de muitos estudos ela conseguiu descobrir alguns dos seus funcionamentos, não que isso não tenha cobrado seu preço; Ace tinha em suas mãos quatro cartas de baralho, mas não eram cartas normais, suas bordas pareciam mais afiadas e, quem o conhecia, sabia que elas se multiplicariam em um ataque emanando grande energia mística; Merlia desembainhou sua espada, que antes era rodeada por uma nevoa preta, agora brilhava em uma luz celestial. Ao seu lado, Eliza equipou sua marreta modificada, que brilhava em uma luz laranja, entretanto, o que mais chamava atenção eram as presas que saíram de sua boca, junto com as veias negras que saltavam ao redor dos seus olhos.

Tendo sua visão aprimorada, foi Eliza quem reconheceu a origem do barulho, ao ver seu antigo inimigo e agora colega, Patrick Scott saindo das sombras. Abaixou, então, sua marreta e recolheu suas presas, colocando uma mão ao redor do braço de Merlia, alertando o grupo:

– Está tudo bem gente, é só o filhote de Paimon.

– Que recepção calorosa que eu recebo depois de um tempo sem nos vermos. – Patrick falou brincando, enquanto recebia um abraço acalorado de Lucius e acenos dos outros da equipe.

– Você nos assustou – Hely disse indo em direção aos dois homens – O que está fazendo aqui?

Enquanto os três trocavam amenidades, Merlia, Ace e Eliza olhavam suspeitos ao redor, antes de se voltarem novamente para o armazém tentando ver se chamaram a atenção de alguém ali dentro.

– Paimon me guiou até aqui, ele sentiu que aconteceria algo perigoso e eu deveria intervir – Patrick falou mais baixo enquanto eles se aproximavam do trio que estava próximo ao armazém – Eu deveria ter suspeitado que encontraria vocês aqui. Afinal, sempre que tem algum problema vocês estão envolvidos, é incrível, a DCAP não cansa de ferrar a vida de vocês.

Ele pôde sentir, mais do que ver, o grupo todo revirando os olhos na mesma hora, o que levou um sorriso ao seu rosto. Por mais que o começo com eles tenha sido espinhoso, depois de uma missão perigosa em que se ajudaram mutuamente, acabaram criando um vínculo, mesmo tendo suas diferenças, conseguiram perceber que tinha um objetivo em comum: ajudar aqueles que não poderiam lutar por si mesmos.

Ele olhou mais atentamente para seus companheiros, notando suas posturas e aparências. Ace tinha uma cicatriz que começava em cima de sua sobrancelha esquerda e descia até seu maxilar, Patrick se lembrava quando o vampiro o arranhou com sua garra, o grupo ficou preocupado, pensando se aquilo custaria sua visão, mas após uma noite de descanso, se surpreenderam quando Ace apareceu com uma cicatriz no local e um olho metálico que irradiava uma aura divina. Merlia e Eliza pareciam mais próximas do que nunca, foi uma grande surpresa para a equipe quando perceberam que elas estavam juntas, fato este que arrancou sorrisos dos mais velhos. As duas eram as mais novas e já tinham passado por muita coisa, mereciam alguma felicidade.

Quando descobriram que Eliza havia se transformado em vampira, todos ficaram receosos, especialmente por ela estar sempre muito próxima da mais nova. No entanto, Merlia foi a primeira a defender sua amada, sendo visível por todos que Maya, o alter ego dela, as defenderia caso fosse necessário. Foi por esses motivos que os demais decidiram não fazer nada, mesmo ficando atentos aos atos da vampira.

Além disso, aos poucos todos puderam notar pequenas mudanças em Merlia, especialmente Patrick, pois Paimon não se sentia à vontade perto dela, mais tarde vieram a descobrir que ela tinha sido escolhida por anjos. “Uma vampira e uma serva de um anjo, com certeza um casal interessante” Ele pensou.

Os dois últimos, Lucius e Hely eram os que ele mais tinha intimidade, especialmente Lucius, tornaram-se amigos improváveis, mas conseguiam se entender. Hely tinha uma aura escura ao seu redor, Patrick conseguia enxergar isso com a ajuda de Paimon, pois sua alma parecia atrelada com a bengala, a qual parecia manejar muito bem. Hely possuía em seus olhos um cansaço que não deveria existir em alguém tão jovem.

Lucius, ao seu lado, guardava o revólver que havia sacado momentos antes e Patrick pôde ver que as marcas do revólver, na verdade, vinham da mão de Lucius, tendo a certeza que, para conseguir tais marcas, ele tinha feito um ritual de sangue perigosíssimo, mas nos olhos do antigo detetive Patrick só conseguia ver determinação.

Quando eles se juntaram, Lucius de repente ficou parado e seus olhos ficaram totalmente brancos, os outros olharam em sua direção esperando a confirmação para poderem avançar, quanto mais tempo ele demorava, mais seus colegas iam ficando temerosos, eles conseguiram perceber que pequenas linhas brancas iam descendo pelo rosto do homem conforme o esforço dele aumentava. Após alguns minutos de espera, Lucius retomou a consciência, seus olhos voltaram ao normal, olhando alarmado para os outros.

– Com certeza o local é esse, pude sentir mais perto cinco presenças leves e uma realmente maligna, mais para o fundo parece ter algo que irradia certa energia, suspeito que seja o livro que procuramos – Ele disse já pensando em possíveis movimentos que o grupo poderia fazer.

– Que livro? – Patrick questiona um pouco perdido, vendo que os outros o ignoram ele tenta de novo – Que livro? Aliás, o que vocês estão fazendo aqui?

– Como você disse, em uma missão da DCAP, não é óbvio? – Merlia fala revirando os olhos, a cada dia ela estava mais parecida com a personalidade da Maya.

– Podemos cuidar dos seguranças aqui da frente, enquanto você desaparece e pega o livro, que tal? – Hely, que também ignora Patrick, dirigindo-se para Merlia.

Eliza, por um momento reluta, não gostando da ideia, mas o casal se entreolha e parece se entender, mesmo sem dizer uma palavra. A ruiva desiste de argumentar, seus ombros caem em decepção, mas só acena para a namorada.

– Claro, provavelmente serei rápida, Lucius não conseguiu sentir nenhuma aura mágica por lá, os guardas devem estar todos aqui na entrada, quando eu terminar, venho ajudar vocês. – Merlia diz chegando perto de Eliza, mas olhando para os outros.

Todos acenam com a cabeça, um pouco preocupados, mas sabendo que seria a melhor opção, pois a mais nova já mostrou que conseguia se virar muito bem, caso precisasse se proteger. Merlia, aproxima-se, então, de sua namorada e encosta seus lábios contra os dela, as duas ficam, por um breve momento, com as testas juntas se olhando. Merlia é a primeira a se afastar, pegando um véu de sua mochila e colocando-o em sua cabeça. Ao fazer isso, pronuncia algumas palavras angelicais, cobrindo totalmente a face e desaparecendo completamente, nem mesmo Paimon consegue sentir sua aura, é como se ela simplesmente nunca estivesse ali.

Pouco antes dela cobrir todo seu rosto, Patrick consegue enxergar pequenas gotas de sangue escorrendo, ele olha assustado para os outros, mas o grupo, até mesmo Eliza, parece achar algo normal.

– Vamos lá, quanto mais rápido a gente começar, mais rápido vamos terminar. – Lucius diz abrindo a porta devagar – Eles estão um pouco mais adiante, acho que podemos entrar sem problema nenhum.

Ele mal termina de falar quando uma luz vermelha começa a piscar, alertando a sua entrada, em uníssono todos olham para ele, que parece envergonhado, mas não perdem tempo e entram no armazém com suas armas a postos. Antes dos inimigos começarem o ataque, o grupo consegue encontrar cobertura em algumas caixas e pilares do local.

Eliza é a que está mais fundo no armazém, atrás de um grande pilar. E, um pouco mais atrás, está Ace. Do outro lado, Lucius já tenta ter uma boa visão dos inimigos, com Hely ao seu lado, segurando com mais esforço a bengala que começa a dar à sua portadora uma aura mágica. Patrick consegue encontrar um pilar mais próximo à entrada e esconder-se, pegando sua adaga.

Como alertado por Lucius, cinco pessoas aparecem, porém não são pessoas comuns. Dois deles tem sinais macabros na testa, como se fosse feito por uma faca sem corte. Não muito longe deles, o grupo se assusta ao ver duas mulheres, cujos olhos parecem terem sido arrancados, deixando apenas dois buracos negros, mas que estranhamente conseguem focar exatamente no lugar que Lucius e Hely estão.

A quinta e última pessoa a aparecer é uma criança com, aparentemente, sete anos, seu sorriso é largo, mostrando seus dentes pontiagudos, seu olhar mostra uma maldade que não pode existir em alguém tão jovem.

A criança ergue a mão e uma energia negra vai em direção ao pilar que Patrick está escondido, ao sentir algumas partes do concreto se despedaçarem e caírem ao seu lado, ele se abaixa. Ao mesmo tempo, uma das mulheres dá um passo na direção das caixas que Hely e Lucius se posicionaram, enquanto entoa algumas palavras e o casal consegue ver um círculo aparecendo ao seu redor, no chão.

Ace, aproveitando a distração, joga quatro cartas no homem mais próximo, ao chegar perto do alvo, as cartas se multiplicam, emanando forte energia mística, fazendo cortes profundos em seu corpo, uma das cartas chega a cortar gravemente o rosto. O inimigo, em uma tentativa de se proteger, corta sua mão e recita umas palavras, fazendo seu corpo ensanguentado desaparecer. O segundo homem, vendo que o seu colega desapareceu, olha na direção de Ace e vai correndo ao seu encontro depois de também fazer um corte em sua mão. Ele, porém, não percebeu Eliza, a qual vê a oportunidade e se joga, conseguindo tirar um pedaço do ombro do inimigo com suas presas, agora a mostra.

Sem pensar duas vezes, Hely ergue sua bengala e uma fumaça surge da sua ponta e vai em direção a boca da mulher sem olhos, impedindo-a de invocar qualquer ritual. Mas o movimento foi em vão, pois o círculo desconhecido ao redor deles continuava e uma mancha de sangue começa a aparecer na blusa de Hely por usar a bengala.

Patrick consegue finalmente se concentrar para fazer um ritual, fazendo surgir, do chão, duas figuras demoníacas: a primeira parece um cachorro grande com três cabeças, partes da sua carne está faltando e no seu lugar é possível ver um fogo infernal, a outra possui a forma de uma aranha gigante, energia maligna emana de tais figuras. A segunda mulher sem olhos, dispara um feixe de energia em direção à Lucius, causando um corte em seu braço esquerdo, ele levanta seu revolver, as marcas se acendem quando alimentadas com o sangue da mão dele, que atira na mulher e a atinge no peito.

A criança dá um sorriso vendo as criaturas infernais surgirem e antes dela fazer qualquer movimento, uma figura se aproxima lentamente do fundo, sua aura preenche toda a sala, causando arrepios em todos, especialmente em Hely que reconhece o demônio que enfrentou em sua primeira missão, Vepar.

– Olha quem temos aqui, achei que você já teria sido morta, junto com aqueles seus amiguinhos – Vepar fala com um sorriso debochado.

– Pelo o que eu me lembro, foi você que quase foi morta e controlada por uma simples adolescente – Hely responde, arrependendo-se imediatamente, quando percebe a expressão de Vepar fechando e lançando sobre ela uma luz verde. A médica tenta se esquivar, mas se vê presa pelo círculo ao seu redor, quando a luz verde a atinge, ela sente uma parte de sua barriga começar a doer, ao erguer sua blusa ela vê sua pele enegrecida, já formando pus.

A criança ri e se volta para as criaturas, ela lança um feixe de luz no cão, deixando-os atordoados. Do outro lado, a mulher com fumaça na boca, percebendo que não conseguirá se livrar por meios normais, pega sua adaga, cortando-se e indo em direção a Hely.

Ace, vendo que Eliza atingiu o homem, pega sua faca e corta o pescoço dele, com suas forças finais, o homem leva sua mão no pescoço de Eliza, a queimando gravemente, Eliza, então, desprende-se do homem com as mãos na garganta. Com raiva, Eliza enfia as presas no ocultista semimorto, sugando seu sangue e se curando no processo, finalizando-o.

Hely abaixa sua camisa, tentando ignorar a dor e mais uma vez levanta a bengala na direção da mulher que está vindo em sua direção, a fumaça que estava só amordaçando-a começa a descer por sua garganta, queimando seus órgãos internos, a mulher sem olhos cai de joelhos.

Patrick, bastante ferido pela invocação de suas criaturas, ao fundo, esconde-se no pilar e começa a procurar em seu livro algum exorcismo potente para combater Vepar, enquanto isso, seu cachorro continua atordoado, mas seus olhos começam a brilhar de raiva, a aranha vai em direção a criança, fincando suas garras nela.

A mulher atingida por Lucius, ergue suas mãos e o corte feito em Lucius, começa a abrir, sendo possível ver os músculos sob a pele, fazendo o sangue escorrer por seu braço, ela abre um sorriso de deleite. Porém, mesmo dominado pela dor, Lucius consegue levantar seu braço direito e acertar uma bala diretamente na cabeça, matando-a.

Os olhos de Vepar ainda brilham de ódio, enquanto ela caminha lentamente em direção de Hely, mexendo as mãos e fazendo com que a região enegrecida sob a blusa aumente.

A criança, mesmo sendo empalada pelas garras da aranha, lança seu último feixe de energia, atingindo Patrick do lado direito, após isso, seu corpo fica mole nas garras da aranha que engole a pequena cabeça do que um dia foi uma criança.

A mulher sem olhos, sabendo do pouco tempo de vida que lhe resta e em última tentativa de ajudar sua mãe, esfaqueia-se no pescoço e todos conseguem ver seu sangue indo magicamente na direção de Vepar, fortalecendo-a. Vepar simplesmente levanta os braços e todos os corpos mortos evaporam, fazendo o sangue desaparecer. Quando o corpo que estava sendo drenado por Eliza desaparece, ela se vira em direção ao ser poderoso na sala e dá um passo, mas a mão de Ace a impede, ele olha nos olhos da vampira e tenta lhe acalmar, falando algumas palavras, especialmente o nome de Merlia, fazendo a mulher tomar controle das suas ações, lançando um aceno de agradecimento.

Com a ocultista morta, o casal se livra do círculo que os prendia no lugar, eles se aproximam do meio do salão, percebendo que Patrick estava procurando algum ritual, Ace e Eliza também notam e vão na direção do ser demoníaco. Sentindo a mensagem de Patrick em suas mentes, o grupo entende o recado e todos se cortam, fazendo o sangue começar a pingar no chão. Eles começam a circular Vepar, que se diverte com a tentativa dos mortais acreditando que podem vence-la.

Tudo acontece rápido e em uníssono: Ace joga novamente suas cartas que se multiplicam formando um redemoinho de danos; Eliza lança sua marreta que acerta a cabeça da mulher; Hely utiliza seu sangue para formar várias lâminas, lançando-as em direção de Vepar. Lucius pronúncia seu nome, paralisando-a no lugar e coloca uma bala totalmente vermelha em sua arma, atirando-a na cabeça do demônio; o cachorro infernal avança e suas três cabeças mordem o corpo infernal, enquanto a aranha avança e espeta suas garras nas laterais da cabeça.

Vepar começa a rir da tentativa dos tolos, ela abre a boca para falar algo quando começa a sentir uma ardência em sua cabeça, no mesmo local que a bala está alojada, um brilho começa a preencher seus olhos. Ela vê, então, todos dando um passo para trás, sente os animais infernais a soltarem e sorrisos surgirem nos rostos do grupo, ela começa a escutar a voz do homem soando cada vez mais alta. Quando olha seus pés, se vê dentro de um círculo que começa a brilhar e a asfixiar, ela sente seu receptáculo caindo no chão, ficando só com sua verdadeira forma, mas sem poder se mexer, todos começam a falar o mesmo ritual e ela começa a sentir o fogo infernal a consumindo.

Enquanto a maior parte do grupo ficou encarregada de se livrar dos guardas, Merlia se esgueirou para o fundo, seu trabalho era simples, afinal tinha apenas que pegar o objeto, mas ao entrar no lugar, percebeu que seria um pouco mais complicado que isso. Três homens armados estavam guardando uma caixa especial. Ela notou que nenhuma aura magica saia deles, sendo o provável motivo de Lucius achar que não tinha ninguém guardando o local.

Pensando consigo mesma, ela admitiu que todos foram muito ingênuos achando que não teria ninguém. Olhando ao redor, ela vê caixas por todos os lados, escondendo-se atrás de uma delas, Merlia pega uma pedra do chão e atira para outro lado, quando percebeu que os guardas foram verificar o barulho, sai de seu esconderijo, mas infelizmente, o véu dos anjos só a esconderia se ela não estivesse tocando em nada. Indo o mais rápido possível em direção a caixa, ela abre, revelando um livro que com certeza era o que procurava, ela consegue sentir a energia que emanava do objeto.

– Parada aí, quem é você?  Mãos para cima! – Um dos guardas gritou, ela se virou para trás com as mãos erguidas e viu os três guardas apontando as armas para ela.

– Vocês vão acreditar se eu disser que sou entregadora de pizza? – Ela diz sorrindo sem graça, mas ao ver que o primeiro guarda iria puxar o gatilho ela se atira atrás da caixa ao lado. O guarda atira nela, a acertando de raspão na sua coxa esquerda.

A jovem fala uma série de palavras mágicas que fazem um círculo de proteção aparecer ao seu redor, o segundo guarda também atira, mas acaba acertando a caixa ao lado, o último guarda se move para o outro lado, tentando ter uma visão melhor. O primeiro guarda vai em direção a caixa e a fecha, mas ele não tem tempo de desviar, sentindo algo se aproximar. O segundo guarda vê seu colega fechar a caixa e um espectro chegar por trás dele com uma espada, cortando a cabeça dele fora, ao ver isso, atira em direção ao espectro, mas ele já não estava mais lá. O guarda que tinha tomado posição, vê a alma da inimiga voltar ao corpo e toda a sua postura mudar, um sorriso arrogante preenche o rosto da jovem quando ela se levanta, ele não hesita em atirar, mas alguma coisa faz sua bala se desviar no último minuto.

Todos escutam ela entoar mais algumas palavras e sua espada se iluminar, ela se coloca em posição e os dois homens com medo se entreolham, atirando na direção dela, uma das balas é desviada e acaba atingindo um deles, mas a outra finalmente passa e a atinge no braço esquerdo. Ela olha para o guarda mais próximo e enfia a espada em sua barriga, rasgando-o até o pescoço, o outro homem fica em choque vendo a jovem matar sem problema nenhum dois dos seus companheiros e recua, derrubando a caixa com o livro.

Nesse momento um homem ensanguentado aparece e vê a cena diante dele. O homem parece em choque e triste por ter saído de uma briga e caído em outra, mas se prepara para atacar e usa o sangue ao redor de seu corpo para fazer um ritual. Entretanto, antes que ele possa ter a chance, sente seu corpo ficando paralisado. Ele olha assustado e só encontra os olhos de Maya, que se vira indo em direção ao guarda restante. O homem que estava caído no chão se atrapalha um pouco com a mulher vindo para cima dele, ele recupera sua arma e atira em sua barriga, mas ela apenas coloca uma mão no machucado e com a outra o decepa. Vira-se, então, lentamente para o ocultista que tinha paralisado, sentindo suas forças indo embora, ela passa rapidamente a espada na sua cabeça, fazendo-a rolar no chão. Maya vai cambaleando na direção do livro, ela pega e acaba tropeçando, não conseguindo aguentar seu corpo e se escora na parede, sentando ao lado do corpo sem cabeça.

Ela tira seu celular do bolso e manda uma mensagem para sua namorada, torcendo para que todos estivessem bem.

Autora: Grazi Silva
Revisão e Arte da capa: Oblitae

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