Raças de T20 como Arquétipos de 3DeT Victory – Tormenta ALPHA

Em 3DeT Victory, Arton existe como o cenário Tormenta ALPHA. Um VRMMORPG dentro do cenário de Era das Arcas aonde os jogadores jogam no cenário de Tormenta, basicamente, mas com regras de cenário de MMO Online (Sim, bem Isekai). Diversos Arquétipos do 3DeT Victory vem com os mesmos nomes das Raças de T20, mas nem todos. Na matéria de hoje do Dentro da Arca, iremos adaptar as raças que faltam do T20 para Arquétipos de 3DeT Victory.

Em 3DeT Victory, as Raças de T20 são comuns.

Em 3DeT Victory, já há alguns arquétipos com os mesmos nomes das raças de T20, e são; Aberrante, Abissal, Anão, Anfíbio (mais ou menos), Celestial, Centauro, Constructo, Dahllan, Elfo, Fada, Goblin, Hynne, Humano, Kallyanach, Kemono (mais ou menos também), Medusa, Minotauro, Ogro, Osteon, Qareen Sauroide.

As Raças de Tormenta são diversas, de qual você jogaria em um MMO do cenário?

Raças já existentes

Aberrante, Abissal, Anfibio, Celestial, Constructo, Fada e Sauroide tem nomes diferentes, mas são basicamente os arquétipos equivalentes a, na mesma ordem de; Lefou/Kaijin, Sulfure, Tritão/Sereia/Elfo do Mar, Aggelus, Golem, Sílfide e Trog/Trog Anão. Então para essas raças dá para usar estes arquétipos.

Revolução Kemono e outras questões

Kemonos são um arquétipo que funcionam para praticamente todas as raças com aparência animalesca. Para adaptar Gnoll, Moreau, Kappa, e Tabrachis, use o arquétipo Kemono.

No caso de Minauro, as diferenças são ínfimas, então use Minotauro.

No caso de Soterrado, o mesmo vale para Osteon (Mas ele sente menos frio).

Yidishans são basicamente Ciborgues animalescos, você pode usar tanto o arquétipo Ciborgue quanto o arquétipo Kemono.

Chassis Diferentes, o mesmo núcleo.

Constructos são o arquétipo mais geral para Golens no cenário de Tormenta. Tudo que possa diferenciar os demais Golens Despertos do cenário vão ser as demais vantagens que compoe a ficha do Golem, então para qualquer chassi diferenciado presente no Ameaças, use o arquétipo Constructo mesmo.

O grupo mais comum de Tormenta ALPHA

Disclaimers também são comuns.

Abaixo, vamos pegar as raças que faltam e imaginar como seriam as demais raças dentro de 3DeT Victory, ou seja, dentro de Tormenta ALPHA.

É importante ressaltar que todas as regras abaixo são feitas por fã e não são oficiais do sistema.

Além disso, as raças que presentes aqui são adaptadas aqui são dos livros Tormenta20 Jogo do Ano, Ameaças de Arton e o Manual das Raças. Outros livros que saiam no futuro não serão adaptadas aqui porque ainda não temos visão do futuro (foco no ainda).

E vamos as Raças

A minha cara quando você chama de “bug-urso”

Bugbear 1pt

  • Empunhadura Poderosa. Você tem a vantagem Ataque Especial (Titânico). A pancada é forte.
  • Saborear Pavor. Quando faz um teste com o propósito de intimidar alguém, o alvo tem Perda no teste. O mestre tem a palavra final de quais testes são afetados por isso.
  • Bicho Papão. Todos ficam com um pé atrás quando veem um Bugbear, você tem a desvantagem Monstruoso.

 

São criaturas simpáticas até.

Ceratops 1pt

  • Paquidérmico. Você é grande pra dedéu, então é muito fácil para você atacar e se defender. Escolha um Ataque Especial ou Defesa Especial, você recebe a vantagem escolhida.
  • Papel Tribal. Quando faz um teste de Saber (mesmo sem ser treinado), você recebe +1 no teste. Se tiver alguma Especialização baseada em Saber (veja página 168), o atributo correspondente tem +2.
  • Transtorno (Fobia). Ceratops tem medo de altura. Estar perto de uma queda de 3m ou mais ativa essa desvantagem.
Em resumo: Elfos que voam.

Elfos do Céu 1pt

  • Elfo Voador. Você tem asas que te levam a qualquer lugar, você tem a vantagem Voo.
  • Natureza Mística. Você herda a ligação a magia dos Elfos. Em todos os testes de Mística (mesmo que não tenha a perícia treinada) o atributo correspondente tem +1.
  • Fracote. Talvez você seja até mais resistente que um Elfo comum, mas ainda é Fracote.
Fintrolls normalmente não são bem quistos.

Finntroll 2pts

  • Fotossíntese. Você pode gastar 2 PM para curar 1D PV de sí mesmo, com um número de dados limitado á sua Habilidade. Se tiver a vantagem Cura, o custo de PM para curar a si mesmo diminui em -1 PM, mas segue igual para curar outros.
  • Presença Arcana. Você tem a vantagem Magia e, quando faz um teste de Mística, o atributo correspondente ao teste tem +1. Se fizer um ataque com a perícia Mística, o atributo do ataque tem um bônus de +2.
  • Sensível e Infame. Você é sensível a luz muito forte e não é muito bem quisto dentro da sociedade. Você tem as desvantagens Infame e Fraqueza 2 (Luz Forte) e, quando estiver exposto a luz do sol, você não pode usar as vantagens Fotossíntese ou Cura.
Talvez seja assim que seus jogadores imaginem a Harpia.

Harpia 1pt

  • Asas de Abutre. Você possui asas no lugar dos braços e das mãos. Você recebe a vantagem Voo
  • Grito Atordoante. Você pode gastar 2 PM para emitir um grito estridente. Faça um ataque, ao invés de causar dano, criaturas Perto da Harpia que falharem na Defesa tem Perda em todos os testes até o fim do próximo turno.
  • Pés Rapinantes. Você possui asas no lugar dos braços e das mãos. Você tem a desvantagem Diferente.
São mais simpáticos que os Bugbears, sem duvida.

Hobgoblin 1pt

  • Arte da Guerra. Escolha um Ataque Especial ou Defesa Especial que custe 1 PM, você recebe ele.
  • Metalurgia Hobgoblin. Quando faz um teste de compra para conseguir um Artefato, você tem Ganho no teste.
  • Focado no Combate. Hobgoblins tem uma cultura bélica, e colocam isso em seus estilos de vida. Escolha um código entre Código do Combate, Código da Derrota, Código do Caçador ou outro código que envolva uma vida de combate, com aprovação do seu mestre.
Klirens ainda muito misteriosas em Arton.

Kliren 2pts

  • Híbrido. Klirens são multifacetados e sabem fazer muitas coisas bem. Escolha uma perícia, quando faz um teste dela (mesmo sem ser treinado) você recebe +1 nos testes.
  • Engenhosidade. Quando faz um teste baseado em Habilidade, você pode gastar 3 PM para ter um crítico automático no teste. Essa habilidade não pode ser usada em testes de ataque ou defesa. É um conhecimento titânico!
  •  Ossos Frágeis. O que Klirens tem de inteligente eles tem de fracos. Você tem a desvantagem Fracote ou Frágil.
São vários, mas contam como um.

Kobolds 2pt

  • União faz Kobold. Se unindo, Kobolds são capazes de fazer praticamente tudo que estiverem em suas mentes caóticas. Você tem a vantagem Ataque Especial (Múltiplo) e Improviso.
  • Imortal. Você não é um Kobold, mas vários Kobolds. Quando um Kobold vai de arrasta pra cima, outro idêntico toma seu lugar. Seu grupo pode achar estranho mas são Kobolds.
  • Múltiplos Kobolds, Múltiplas Fraquezas. Kobolds em grupo normalmente trazem algum problema consigo e são mais fragéis, você tem Fraqueza 2 (Luz forte) e Fraqueza 1 (Ataques em Área)
Meio-Elfos, vivendo entre dois mundos distintos.

Meio-Elfo 1pt

  • Natureza Mista. Meio-Elfos tem ligação com a magia, mesmo que enfraquecida por suas caracteristicas humanas. Escolha uma perícia qualquer, nessa perícia e em testes de Mística (mesmo que não seja treinado) o atributo correspondente tem +1.
  • Braços Finos. Falta um pouco de força em você, ou talvez de arroz e feijão. Escolha uma desvantagem entre Fracote e Frágil.
São orcs com açucar, no caso.

Meio-Orc 1pt

  • Criatura das Profundezas. Você tem uma visão muito boa, principalmente no escuro e dentro do subterrâneo. Você recebe a vantagem Sentidos (Aguçado e Infravisão)
  • Sangue Orc. Você é um orc açucarado, mas ainda dói quando bate. Quando causa dano em um inimigo, você causa +1 ponto de dano.
  • Não to aqui para agradar. Você pode tanto ser desagradável porque quer ou porque os outros te veem assim, escolha entre Antipático e Infame.
Nagah são criaturas dissimuladas e difíceis de se confiar. Mas há exceções.

Nagah 2pt

  • Inocência Dissimulada. Quando faz um teste com a intenção de enganar alguém e acerta um crítico, você pode gastar 2 PM para somar seu Poder no teste.
  • Presente do deus da Traição. Você é Imune (Venenos) e Vigoroso
  • Fraqueza (Frio). Se abraça com o Sauroide e se aqueçam no frio.
Ele é charmoso, eu acho.

Orc 2pts

  • Feroz. Quando sofre dano de um inimigo, seu próximo ataque contra ele tem Ganho até o fim do seu próximo turno e causa +2 pontos de dano.
  • Vigor Brutal. Você é Vigoroso e Forte.
  • Morador de Caverna. Você tá acostumado com a luz fraca da Caverna, você tem Fraqueza (Luz Forte).
É quase isso.

Pteros 1pt

  • Ligação Natural. Você possui uma ligação mental com uma criatura inteligente, você recebe a vantagem Elo Mental com ela.
  • Senhor dos Céus. Você tem a vantagem Voo.
  • Mãos Rudimentares. Você tem mãos com asas, ai fica meio dificil quando você é tão Diferente (Se você não entendeu, você tem essa desvantagem).
Quase isso, quase.

Tengu 1pt

  • Asas Desorientadoras. Você tem asas grandes que confundem seus inimigos, você tem a vantagem Ágil.
  • Caminhante do Céu. Você voa, sim, com Voo.
  • Asas Grandes. Devido ao tamanho das suas asas, você é meio que um alvo fácil fora do ar, você tem a desvantagem Ambiente (Céu).
Velocis são distintos membros da sociedade (Sim, são meio-antilopes).

Velocis 2pt

  • Através dos Espinheiros. Você é ligeiro e desvia bem das coisas, você recebe +1 no atributo correspondente em testes de Esportes (mesmo que não seja treinado) e recebe Defesa Especial (Esquiva).
  • Velocista da Planície. Você tem a vantagem Ágil e Aceleração.
  • Velocis, sempre Velocis. Você não pode ficar parado, se ficar sem se movimentar por uma rodada, você tem Perda em todos os testes até voltar a se movimentar.
Mulheres leoa, basicamente.

Voracis 2pt

  • Rainha da Selva. Você já viu a lua essa noite? Independente se viu ou não, você é Ágil e Vigorosa
  • Sentidos Selvagens. Você quase fareja intenções ruins, mas também pode farejar coisas. Escolha entre Sentidos (Aguçada) e Sentidos (Intuição)
  • Falta de Conhecimento da Civilização. Você é Inculta das coisas da sociedade dita como civilizada.

Conclusão

Em um MMO, é muito normal contéudo sair conforme as expansões vão passando. Uma boa desculpa para os seus personagens criarem outros personagens de uma nova raça que saiu em uma expansão em Tormenta ALPHA.

Ou talvez outras raças, de outros cenários, sendo portadas ao sistema. Como são sistemas da mesma casa, trazer T20 para 3DeT Victory é natural. Esse é o meu pitaco de como poderiam ser, espero que gostem!


 

3DeT Victory ainda não está disponível para compra, é possível que, após a postagem deste material, algumas regras tenham sido alteradas, faremos uma nova versão caso seja o caso! E fique por dentro da coluna Dentro da Arca para mais contéudos de 3DeT Victory!

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Texto: Gustavo “AutoPeel” Estrela

Imagem de Capa: Gustavo “AutoPeel” Estrela

Revisão: Isabel Comarella

Aventureiros são Minoria – Dicas de RPG #141

Opa, aqui é Gustavo Estrela, o AutoPeel, e já passou da hora dos seus jogadores entenderem que aventureiros são minoria. O impacto dos personagens jogadores é notável em cenários de fantasia e em outros tipos de cenário, mas é sempre importante o mestre e os jogadores saberem que os personagens na mesa são seres extravagantes para a grande maioria do mundo. Como usar esse fato em seus jogos? Descubra hoje, no Dicas de RPG!

O Dicas de RPG é um podcast semanal no formato de pílula que todo domingo vai chegar no seu feed. Contudo precisamos da participação de vocês ouvintes para termos conteúdo para gravar. Ou seja, mande suas dúvidas que vamos respondê-las da melhor forma possível.

Portanto pegue um lápis e o verso de uma ficha de personagem e anote as dicas que nossos mestres vão passar.

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Aventureiros são Minoria

Voz: Gustavo Estrela, o AutoPeel
Edição do Podcast: Ámos
Arte da Capa: Raul Galli

Músicas: Music by from Pixabay

Esquadrão do Inferno para Mutantes & Malfeitores

O Inimigo do Mundo, livro de fantasia medieval no universo Tormenta, é o primeiro romance cronológico do cenário e traz como protagonistas o grupo de aventureiros Esquadrão do Inferno. Por trancos e barrancos, o Esquadrão do Inferno acaba conhecendo algo muito além da imaginação deles… Mas como eles seriam em Mutantes e Malfeitores? Bem, você descobrirá isso hoje.

É um grupo trágico, mas não deixa de ser um grupo de heróis.

O Esquadrão do Inferno

O grupo de aventureiros conhecido como o Esquadrão do Inferno é composto de oito personagens, cada um bastante diferente entre sí. Eles aparecem no primeiro romance e durante a Trilogia da Tormenta são brevemente citados em alguns momentos. Alguns fichas deles para Tormenta20 estão disponiveis no Guia de NPC Vol. 2 disponivel no site da Jambô Editora, e que você pode comprar com desconto usando o nosso cupom mrpg10, não apenas o romanceInimigo do Mundo, como o resto da Trilogia da Tormenta ou o Guia de NPC.

O Protagonista do primeiro livro da Trilogia da Tormenta (arte por Matezada12)

Vallen Allond – NP 7

Habilidades (36 pontos)

For 2, Vig 1, Des 2, Agi 3, Lut 4, Int 0, Pro -1, Pres 2

Poderes (11 pontos)

Inferno & Inverno

Dano baseado em Força 5 (Penentrante 8; Dividido; Limitado à apenas atacar com o dano dividido igualmente em 4 graduações), Facilmente Removível.

Vantagens (18 pontos)

Ataque Dominó, Ataque Poderoso, Crítico Aprimorado: Inferno & Inverno 2 (18-20), Equipamento 1, Esforço Supremo (Persuasão), Iniciativa Aprimorada 1, Liderança, Rolamento Defensivo 2, Saque Rápido, Sorte de Principiante.

Equipamento (3 PE)

Cota de Malha (Proteção 3)

Perícias (16 pontos)

Atletismo 11 (+13), Combate Corpo a Corpo: Inferno & Inverno 4 (+8), Enganação 6 (+8), Percepção 11 (+10)

Ataques

Iniciativa +7, Inferno e Inverno +8 Crit 18-20 (CD 21 vs Resistência.)

Defesas (23 pontos)

Esquiva +7, Fortitude +9, Aparar +9, Resistência +1/3/5 (com Rolamento Defensivo), Vontade +5

Complicações

Motivação – Aventura

Vallen é um aventureiro focado inteiramente na aventura, nunca dispensando uma nova e excitante missão.

Relacionamento

Vallen tem um amor incondicional por Elissa, sendo capaz de tudo para protoge-la.

Habilidades 36 + Perícias 16 + Vantagens 18 + Poderes 11 + Defesas 23 = 104 pontos


A segunda no comando do Esquadrão do Inferno, Ellisa é uma eximia Caçadora.

Ellisa Thorn – NP 8

Habilidades (32 pontos)

For 2, Vig 2, Des 2, Agi 4, Lut 4, Int 1, Pro -1, Pres 0

Defesas (19 pontos)

Esquiva +8, Fortitude +10, Aparar +8, Resistência +2/6, Vontade +4

Poderes (10 pontos)

Truque de Flechas

Dano em Percepção em Área 3 (Limitado a Precisar de Arco; Multiataque ao Dano; Penentrante 3)

Vantagens (20 pontos)

Ação em Movimento, Ambiente Favorito (Planícies), Ataque Acurado, Ataque Dominó 1, Ataque Imprudente, Ataque Preciso (A Distância: Camuflagem), Ataque Preciso (A Distância: Cobertura), Avaliação, Empatia com Animais, Equipamento 2, Esforço Supremo (Mira Suprema), Evasão 1, Iniciativa Aprimorada, Maestria em Perícia (Percepção), Rastrear, Rolamento Defensivo 4.

Equipamento (6 PE)

Arco (Dano Á Distância 3)

Perícias (26 pontos)

Acrobacias 7 (Total +11), Atletismo 8 (Total +10), Combate À Distância: Arco e Flecha 9 (Total +11), Especialidade: Cavalgar (AGI) 6 (Total +10), Furtividade 6 (Total +10), Intuição 6 (Total +7), Percepção 6 (Total +7), Persuasão 4 (Total +4)

Ataques

Iniciativa +8, Arco +11 (Dano 3), Truque de Flechas Dano 3 (CD 18 vs Resistência)

Complicações

Motivação – Sobrevivência

Ellisa é bastante pragmática, vivendo uma vida 100% em modo de sobrevivência.

Habilidades 32 + Defesas 19 + Perícias 26 + Vantagens 20 + Poderes 10 = 107 pontos


Andilla é uma das combatentes do Esquadrão do Inferno.

Andilla Dente de Ferro – NP 7

Habilidades (42 pontos)

For 2, Vig 9, Des 2, Agi 1, Lut 5, Int 0, Pro 1, Pres 1

Defesas (8 pontos)

Esquiva +5, Fortitude +10, Aparar +5, Resistência +9, Vontade +4

Poderes (14 pontos)

Filha das Uivantes (1 ponto)

Imunidade 1 (Frio)

Machado Mágico (9 pontos)

Arremesso Mágico (Dano à Distância baseado em Força 4 [Penetrante 6]); Corte Mágico (Dano baseado em Força 4 [Penetrante 6]); Facilmente Removível -2

Cinto de Força (3 pontos)

Aumentar Força 3 (Limitado a capacitação de carga; 1 Tonelada)

Vantagens (10 pontos)

Ambiente Favorito (Tundra), Assustar, Ataque Poderoso, Ataque Dominó, Atraente, Crítico Aprimorado 1 (Machado;19-20), Esforço Supremo  (Resistência), Iniciativa Aprimorada, Interpor-se, Tolerância Maior.

Perícias (18 pontos)

Atletismo 10 (+12), Combate Corpo à Corpo: Machados 3 (+8), Especialidade: Sobrevivência 7 (+8), Intimidação 7 (+8), Percepção 8 (+9)

Ataques

Iniciativa +5, Corte Mágico +8 (Dano) Crit 19-20 (CD 17 vs Resistência), Machado Mágico +2 (Dano) Crit 19-20 (CD 22 vs Resistência).

Complicações

Motivação – Combate

Andilla é uma combatente e nada vai mudar isso, ela está sempre disposta a mais ação e combate.

Habilidades 42 + Defesas 8 + Perícias 18 + Vantagens 10 + Poderes 14 = 92 pontos


Masato Kodai é um samurai vindo de Tamu-Ra, ele foi um agente muito importante para o Esquadrão do Inferno.

Masato Kodai – NP 7

Habilidades (36 pontos)

For 3, Vig 2, Des 2, Agi 2, Lut 4, Int 1, Pro 3, Pres 1

Defesas (15 pontos)

Esquiva +6, Fortitude +6, Aparar +6, Resistência +2/8, Vontade +6

Poderes (13 pontos)

Honrado (1 ponto)

Característica 1 (Substitui Especialidade Nobreza para testes de Persuasão)

Lâmina Ancestral (10 ponto)

Dano baseado em Força 2 (Dinâmico. Fixos: Penetrante +6, Removível -2. Vantagens Aumentadas: Crítico Aprimorado: Lâmina Ancestral 2 [Lâmina Ancestral])

EAD: Corte de Vento (Facilmente Removível): Dano baseado em Força 1 (Dinâmico. Fixos: Removível -2. Extras: Área +1 [Cone])

Washizaki da Morte (2 ponto)

Sentidos 4 (Precognição 4. Fixos: Removível -2. Falhas: Limitado -1 [Limitado a ver a morte de alguém] [Parcial: +1])

Vantagens (15 pontos)

Ação em Movimento, Assustar, Ataque Acurado, Ataque Poderoso, Ataque Preciso (Corpo-a-corpo: Cobertura), Benefício (Status) (Samurai Executor), Equipamento 2, Esforço Supremo (Especialidade – Nobreza), Idiomas (Língua Nativa, Valkar), Iniciativa Aprimorada 2, Maestria em Perícia (Especialidade – Nobreza), Saque Rápido, Tomar Iniciativa.

Equipamento (6 PE)

O-Yoroi: Proteção 6

Perícias (14 pontos)

Atletismo 9 (+12), Combate Corpo a Corpo: Lâmina Ancestral 5 (+9), Especialidade: Nobreza 8 (+9), Intimidação 5 (+6)

Ataques

Iniciativa +10, Lâmina Ancestral: Dano 5, Bônus 9, Crit 18-20 (CD 22 vs Resistência.), Corte de Vento: Dano 4, (CD 16 vs Resistência. CD 11 vs Esquiva para metade do efeito em Área Cone de 15 m de altura, comprimento e largura.)

Complicações

Ordens

Masato está em Arton para cumprir ordens e o mesmo jamais irá recusar de cumpri-las.

Honra

Masato se recusa a usar métodos escusos para cumprir seus objetivos.

Habilidades 36 + Defesas 15 + Perícias 14 + Vantagens 15 + Poderes 12 = 92 pontos


Artorius representa as poucas qualidades do antigo Império de Tauron.

Artorius – NP 7

Habilidades (30 pontos)

For 3, Vig 3, Des 1, Agi 0, Lut 4, Int 1, Pro 4, Pres 0

Defesas (15 pontos)

Esquiva +5, Fortitude +9, Aparar +7, Resistência +5, Vontade +5

Poderes (19 pontos)

Minotauro (6 ponto)
Chifres

Dano baseado em Força 2

Couro Rígido

Proteção 2

Faro

Sentidos 2 (Faro Acurado)

Preces do Clérigo da Força (31 pontos)
Punho de Fogo

Característica Aumentada 8 (Modificações: Força +4. Fixos: Característica +2 [Ligado a aumento de Força 2])

EA: Aumento de Força

Característica Aumentada 4 (Modificações: Força +2. Falhas: Limitado -1 [Limitado a Capacidade de Carga])

EA: Escudo da Fé

Imunidade 10 (Descritor Comum 10 [Projéteis]. Extras: Sustentado +0)

EA: Touro Flamejante

Dano 5 (Extras: Área +1 [Linha] [Parcial: 1])

Saúde Táurica (1 ponto)

Imunidade 1 (Venenos: Limitado a metade das graduações)

Vantagens (9 pontos)

Ataque Dominó, Ataque Poderoso, Ataque Preciso (Corpo-a-corpo: Cobertura), Destemido, Duro de Matar, Equipamento, Esforço Supremo (Força), Ritualista, Tolerância Maior.

Equipamento (1 PE)
Machado Táurico

Dano baseado em Força 3 (Fixos: Peculiaridade -2 [Personagens com força menor que 2 tem uma penalidade de -2 em testes de Ataque])

Perícias (13 pontos)

Atletismo 6 (+13), Especialidade: Religião 6 (+10), Especialidade: Tática 7 (+8), Percepção 6 (+10), 

Ataques

Iniciativa +0, Chifres +4 CD 25 vs Resistência, Machado Táurico +4 CD 25 vs Resistência.

Complicações

Obrigações de Tauron

Artorius jamais pode lutar contra inimigos em desvantagem numérica, não pode usar efeitos que tenham graduação maior que o NP do inimigo, não pode usar armas de Disparo, se ele descumprir tais obrigações, o perde seu arranjo de Preces até a próxima cena, se ele infringir numa das restrições novamente, perde o arranjo pelo resto da aventura

Medo de Altura

Quando em alturas maiores que a graduação 1 de Distância (9 metros) no chão, Artorius sofre um redutor de -2 em todos os testes.

PONTOS DE PODER: Habilidades 30 + Defesas 15 + Perícias 13 + Vantagens 9 + Poderes 20 = 87 pontos


Paladino das Segundas Chances, Gregor segue como um aventureiro otimista.

Gregor Vahn – NP 7

Habilidades (40 pontos)

For 3, Vig 3, Des 3, Agi 2, Lut 4, Int 0, Pro 1, Pres 4

Defesas (14 pontos)

Esquiva +5, Fortitude +5, Aparar +5, Resistência +9, Vontade +9

Poderes (13 pontos)

Capa de Thyatis (3 ponto)

Imunidade 10 (Efeitos de Fogo, Fácilmente Removível, Limitado a metade do Efeito)

Dom da Imortalidade (10 ponto)

Imortalidade 5 – Volta a vida em 1 dia.

Vantagens (12 pontos)

Ataque Dominó, Ataque Poderoso, Benefício (Riqueza) 2, Duro de Matar, Equipamento 3, Fascinar, Inspirar, Liderança, Tomar Iniciativa.

Equipamento (3 PE)

Espada Bastarda

Dano baseado em Força 5 (Perigoso 1)

Armadura de Placas

Proteção 6

Perícias (12 pontos)

Atletismo 5 (+8), Combate Corpo a Corpo 3 (+7), Especialidade: Nobreza 8 (+8), Especialidade: Religião 8 (+9) 

Ataques

Iniciativa +2, Espada Bastarda +4 Crítico 19-20 (CD 23 vs Resistência)

Complicações

Devoto de Thyatis

O juramento de Gregor faz com que ele jamais mate vida inteligente, em qualquer falha em testes de salvamentos de Resistência, o inimigo não sofre um resultado pior que 2º grau de falha.

Motivação: Escudeiro

Gregor está se aventurando por sua amizade com Vallen, sendo capaz de passar pelo inferno pelo mesmo.

Habilidades 40 + Defesas 14 + Perícias 12  + Vantagens 12 + Poderes 13 = 91 pontos


Definitivamente um dos magos de Arton.

Rufus Dormat – NP 7

Habilidades (4 pontos)

For 0, Vig 1, Des 1, Agi -1, Lut 0, Int 3, Pro -1, Pres -1

Defesas (20 pontos)

Esquiva +2, Fortitude +8, Aparar +3, Resistência +1/10, Vontade +6

Poderes (25 pontos)

Grimório (25 ponto)
Bola de Fogo

Dano à Distância em Área 7 (Explosão)

Armadura Arcana

Proteção 10 (Afeta outros +1, Sustentado)

Vantagens (3 pontos)

Equipamento, Esforço Supremo (Misticismo), Ritualista.

Equipamento (1 PE)

Adaga

Dano baseado em Força 1 (Perigoso +1)

Perícias (8 pontos)

Especialidade: Misticismo 8 (+11), Percepção 7 (+6)

Ataques

Iniciativa -1, Adaga +0 Crit 19-20 CD 16 vs Resistência, Bola de Fogo CD 22 vs Resistência; CD 17 vs Esquiva para metade do efeito em Área, Explosão de 8m de raio.

Complicações

Vício – Achbuld

Rufus tem um problema sério com Achbuld, um alucinógeno que é mistura com vinho, ele esconde isto de seu grupo. Caso ele fique sem o mesmo, sofre -2 em todos os testes. Em toda cena, role 1d20, em caso de um resultado 10 ou menos, Rufus começa a próxima cena Indefeso.

Perda de Poder

Caso Rufus perca seu Grimório, ele se torna incapaz de usar qualquer perícia, vantagem ou poder relacionado à magia.

Habilidades 4 + Defesas 20 + Perícias 8 + Vantagens 3 + Poderes 25 = 60 pontos


Nichaela merecia algo melhor, talvez, em outra vida.

Nichaela – NP 7

Habilidades (18 pontos)

For -2, Vig 1, Des 3, Agi 2, Lut -1, Int 2, Pro 4, Pres 0

Defesas (14 pontos)

Esquiva +3, Fortitude +7, Aparar +3, Resistência +1/11, Vontade +7

Poderes (39 pontos)

Dádiva de Lena (29 Pontos)
Raio de Cura

Cura a Distância baseado em Percepção 7

Proteção de Lena

Criar 9 (Limitado a barreiras envolta da mesma)

Vantagens (4 pontos)

Atraente, Defesa Aprimorada, Esforço Supremo (Tratamento), Fascinar (Persuasão).

Perícias (13 pontos)

Especialidade: Religião 5 (+7), Persuasão 9 (+9), Tratamento 12 (+14)

Ataques

Iniciativa +2, Dádiva de Lena – Proteção de Lena +3 CD 19 vs Esquiva

Complicações

Voto de Lena

Nichaela não pode usar qualquer tipo de versão do efeito de Dano, podendo apenas causar efeitos de Aflição (exceto versões com a condição Moribundo)

Motivação – Bondade

Nichaela faz o que faz por bondade, protegendo os inocentes apenas por boa vontade do que por interesses

Família (Filha)

Nichaela pode não ter contato com sua filha, mas ela irá proteger a mesma a todo custo.

Habilidades 18 + Defesas 14 + Perícias 13 + Vantagens 4 + Poderes 39 = 88 pontos

Conclusão

Inimigo do Mundo foi o segundo romance de Tormenta que eu li, e é impossível não gostar do Esquadrão do Inferno. Mesmo que tenham fichas para eles em outros sistemas, é interessante vê-los em um sistema tão diferente quanto Mutantes e Malfeitores.

Dá até vontade de fazer mais coisa sobre o sistema no site, não?


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Texto: Julio Cesar e Gustavo “AutoPeel” Estrela

Imagem de Capa: Gustavo “AutoPeel” Estrela

Revisão: Isabel Comarella

O Culto à Tiamat: Parte 5 Fim – Continente de Deva

Muitas vitórias, talvez algumas derrotas. Mas em todos os casos pudemos ver que cada máscara era guardada por uma fera tão perigosa, ambiciosa e mortífera quanto o maior medo de cada um. Ainda posso lembrar dos gritos de medo de cada aventureiro que ousou tremer suas pernas diante dos dragões. Também posso lembrar dos brados e tilintares de cada homem e espada, o som das explosões de cada arcano ou divino. Eu lembro de cada batalha como se tivesse presenciado todas. 

Sangue Escarlate, Ódio e Morte


Hoje. Excepcionalmente, falaremos da fera mais ambiciosa de todas, encerrando esse ciclo dracônico e dramático que pareceu não ter fim. Stella, Gerald, Tee Motius, Rylai, Escanor e Nin Guém. Seis. Um sexteto peculiar. Uma druida, um patrulheiro, um bruxo, uma maga, um guerreiro divino e algo peculiar cuja função não consigo entender, a não ser o seu grande poderio destrutivo. Heróis, não, mercenários… também não. Ambiciosos foram convocados para lidar com algo perigoso, em um continente longíquo.

Todos esses mencionados foram chamados por Alexstrasza, para subir as montanhas de Deméter em Andrômeda e receber uma missão. Alguns foram pelo dinheiro, outros pela curiosidade, mas todos queriam a glória, mesmo que ela signifique algo diferente para cada um deles. No topo das montanhas, eles receberam as informações de que um dragão vermelho cuja ambição fora tão grande que cada parte do seu ser estava corrompida com a escuridão de cada noite. E, que com aliados, poderia se tornar algo muito mais perigoso.

Este é o Escarlate Negro, como gosto de chamar. Uma fera de tamanho inimaginável, com poderes que nenhum outro dragão vermelho poderia ter, graças aos seus pactos com o medo, o terror, as trevas. Um ser com adoradores que receberam nossos heróis com tiros e mais batalhas em meio a escuridão. Stella, uma estrela tentava brilhar o suficiente assim como Escanor e seus raios divinos. Entretanto, Nin Guém parecia abraçar a ausência de luz que o ambiente para o qual foram enviados tinha, assim aumentando ainda mais suas chances de destruição. 

Tee Motius e Rylai foram mais diretos, tentaram com todas as suas forças eliminar aqueles mais distantes, enquanto inimigos e mais inimigos chegavam quase surpreendendo-os. A recepção estava bem calorosa, mas o som já anunciava que invasores chegavam no covil. Por pouco, não haviam gasto todos os recursos, pois digo que seria necessário, naquele ambiente. 

Depois de um tempo, conseguiram vencer, de fato, o primeiro combate e só aí, então, prosseguiram para o interior de uma caverna. Se nossos heróis não tivessem visão no escuro ou alguma forma de poder enxergar nele, não poderiam ver nada além de trevas, ouvir o som das gotas de água pingando, quase como uma contagem dos segundos. 

Aquela equipe, em algum momento, já esteve ali. Pode-se dizer que não era a primeira vez que a Renegados estava pisando naquelas terras. Mas seriam, talvez, a última, seja para o bem ou para o mal.

Não demorou muito para que começassem a avistar algumas criaturas. Na verdade, nem sequer passaram-se minutos. Era tudo muito esclarecido, mesmo em um local tão escuro e sem vida. Servos de uma dragão capaz de ver a si próprio como uma possível entidade, receberam nossos amigos aos tiros. Disparos mágicos, mais combate. E ao mesmo tempo, o som de asas batendo, um longo e poderoso corpo se movendo até que tudo foi confirmado por um rugido tão alto que estremeceu as estruturas do local.

Era ele, exatamente ele, a fera que estava prestes a combater os membros da guilda mais uma vez. Em mais um combate, em mais uma noite fria. A batalha fora feroz. Desde magias de cura a invocar demônios. Desde o gelo arcano ao calor do poder divino. Escanor era quem estava na linha de frente. Era ele quem aguentava todos os sopros, todas as garras, era ele quem ficava de pé. Enquanto Nin Guém e Gerald ficavam mais afastados, lidando com os cultistas do Escarlate, simultaneamente a Tee Motius e Rylai que atiravam contra a fera imensa. Stella, por sua vez, tinha uma das funções mais difíceis que poderia imaginar. Manter todas as pessoas de pé, curando, auxiliando, dando todo o seu poder para que Escano pudesse ferir aquela criatura com sua arma.

Não há como mentir, alguns caíram. Outros se distraíram, mas no fim das contas, o dragão caiu. Ele caiu com tudo e todos que o representavam, mas ao preço da vida de Gerald. Stella, sem reservas, precisava de tempo para poder fazer seu amigo retornar ao mundo dos vivos e, confesso, que quase não aconteceu. Mas sob os lamentos, súplicas, orações e auxílio de cada um, ela conseguiu com que as estrelas de Monoceros abençoasse seu ser, dando a pequena sátiro, o poder de trazer Gerald na forma de Elfo, novamente. E, sem saber para onde a alma daquele amigo iria reencarnar, em que cidade, reino ou continente, ela apenas sorriu sabendo que mais uma vez pôde ajudar. Deixando até seus amigos verem o seu rosto, retirando sua máscara, deixando eles verem que se tratava de um jovem sátiro, um rapaz.



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O Culto à Tiamat: Parte 3 – Continente de Deva

O Terror Elétrico

A inteligência move grandes mentes de uma forma tão peculiar e minimalista que meros mortais podem ser incapazes de entender os grandes planos provenientes destas. Hoje, contarei a história de quando um colosso defendeu veemente seu território em Andrômeda. Venho contar sobre o Terror Elétrico, seu nome? Thelarius. Um dragão azul tão poderoso e sagaz que foi capaz de evitar invasões com simples armadilhas, mágicas ou não. 

 


Rylai Crystal Maiden; Escanor, O Sol; Gerald Varella; Kaminari Kei; Yennefer Siannodel; Ali Baba, O Bruxo da Terra e Tee Motius, O Corruptor. Um grupo corajoso que aceitou a missão de um antigo conhecido… Asmael.

Tudo começou enquanto ainda estavam no salão da Guilda Renegados, em mais um dia comum de aventureiro que espera por sua aventura. Ou pelo menos eles esperavam que fosse mais um dia comum. Enquanto conversavam, não souberam o que de fato ocorria, exceto pelo fato de Escanor sentir o ápice ao meio dia e nesse mesmo momento algo inesperado ocorrer. 

O espaço próximo a mesa em que estavam começou a se corromper, não… a se rasgar. A dilatação de espaço tempo parecia ser tão fraca e ao mesmo tempo tão poderosa que a energia liberada ficava instável. Os olhos da equipe recém formada foram diretamente voltados para Escanor que guiou-os ao centro do salão. Mas um pouco antes de chegarem de frente ao rasgo espacial formado ali, observaram um vulto o atravessar velozmente e colidir com a parede que outrora sustentava o quadro de missões. 

Rapidamente, Tee Motius, Yennefer e Gerald identificaram o corpo residindo no chão, tão ferido quanto a alma de uma mãe ao ver seu filho dilacerado bem diante de seus olhos. Escanor estava assustado pois sabia de onde aquele tal portal havia se originado, da Terra do Sol Nascente. Um semi-plano… o mesmo semi-plano onde tudo começou. 

 Rylai, porém, não havia entendido logo de cara o que estava acontecendo. Sua mente processava cada informação até que no estalo de um raio, seu cérebro entendeu que a coisa que estava dentro do portal não poderia vir para a guilda. 

Simultaneamente, todos que foram até o corpo daquela criatura que se mostrou ser uma raposa e ainda Escanor, observaram o interior da porta dimensional. Uma cidade inteira havia sido derrubada, seus olhos não podiam acreditar em tamanha destruição, principalmente por se tratar da Cidade do Sol, onde um grande espírito residia protegendo o semi-plano. 

Naquele local, um lugar de luz, havia o terror dos raios… aquela equipe então, se aproximou rapidamente do portal para entender o que estava acontecendo, visualizar então a queda do grande sol Suryan, um dragão de gema que era enviado para proteger aquele lugar, enviado pelo próprio deus sol. Ele não estava bem, não estava nada bem. 

Entre rugidos e garras, Suryan usou seu último suspiro para transformar seu corpo em energia e então proteger todos aqueles que estavam sob seu domínio. Dessa forma, espalhando cada criatura pelo plano material, para que enfim, pudesse aceitar a derrota que custou sua vida. 

Entendendo de fato o que era. Rylai imediatamente começou a conjurar algo que pudesse dissipar aquela energia e fechar o portal. Então… um imensurável teor elétrico começou a surgir… de dentro do campo de batalha recém visto aquele terror parecia estar energizando o próprio corpo ao ponto de afetar estaticamente a estrutura do corpo de cada aventureiro, e no instante seguinte, liberou seu sopro elétrico que por poucos segundos não atingiu os aventureiros. Esse foi o momento em que Asmael surge, agilizando a magia de Rylai.

“Temos um problema…” – foi o que ele disse.

A raposa, por sua vez, era ninguém menos que Salazar. Uma criatura que outrora já havia interagido com parte dos integrantes. Mas que em seus últimos suspiros liberou algumas palavras de socorro.

“Vocês lidaram com uma pequena parte do poder de Tiamat, outrora.  No dia em que desestabilizaram as forças desse ‘aspecto’, acordaram os seus comandados, também. Cinco poderosos dragões que protegiam as máscaras que um dia seriam usadas para trazer de volta, aquilo que nunca deveria ter existido. A rainha dragão.” – essas palavras foram tão serenas que assustaram, pois o semblante de preocupação de Asmael era tão grande, quase como no dia em que derrotaram seu irmão. Mas não havia acabado por aí, ele continuou.

Preciso que vocês recuperem a máscara azul, ela não será nada fácil. Estar com o dragão mais inteligente que encontrarão.” – O grupo não tinha escolha, o que poderiam dizer? Que não iriam? Infelizmente para alguns aquilo já havia ficado bem pessoal e não poderia passar impune como vinha acontecendo até agora. No meio dessa conversa, Gordon chega dizendo que cuidaria do amigo do grupo, era o mínimo que dava e podia fazer diante de tal situação. 

 “Estão prontos? Irei levá-los até um local próximo.” – disse Asmael segundos antes de teletransportar a equipe em direção ao porto de Chronos. 

Uma terra seca e sem vida…

Chronos é uma região de Andrômeda em que muitos viajantes dizem estar amaldiçoada pelos demônios e pelas criaturas nefastas que se encontram por aí. Não há vida e apenas uma cidade pôde progredir e se proteger, rodeada de montanhas e vales. Mas esse não é o ponto, eles não estavam ali para conhecerem o lugar, pois no extremo norte da região, em uma área rochosa, aquelas pessoas visualizaram uma grande nuvem de tempestade se aproximando cada vez mais e crescendo, crescendo…

“Deixo vocês aqui, para se prepararem.” – E então desapareceu. 

Ali Baba instantâneamente deslocou todos os seus aliados para dentro de sua lâmpada mágica e, invisível, Jasmine estava a carregar eles com segurança até começarem a subir por um caminho longo e tortuoso, repleto de rochas e afins. Estavam preparados para qualquer combate, era o que pensavam. Pois em algum momento sentiram que Jamine não estava mais ali e a lâmpada jazia sobre a areia quente de uma espécie de vale. 

Todos saíram com a benção do bruxo e notaram não haver nada além de areia e rochas, até que a Coruja do Livro de Teemo desbrava o ar e encontra uma caixa, dando chance para que Rylai encontrasse uma máscara de dragão azul. Um objeto muito bem lustrado e de aspecto aterrorizante parecia conversar com aquela que mais inteligente seria dentre os que ali residiam.

Rylai sentir-se compelido a por aquele objeto em sua face, e quando o fez, os deuses jogaram cara ou coroa para ver quem sairia vivo. 

Entregando-se totalmente sem tentar resistir depois de pôr o objeto em sua face, a maga de gelo se tornou uma inimiga em potencial para todos que estavam ali, para poder inundar cada um deles em uma rajada de gelo que tomou proporções impensáveis até o momento. Yennefer e Gerald estavam prestes a cair no primeiro ataque, Escanor não podia subir aos céus ainda e Ali Baba se preparava para o combate assim como Tee Motius. 

A luta contra uma aliada era mortal, pois eles não queriam tirar a vida dela, mas o cristal de gelo não pensava o mesmo de seus companheiros. Estava inundada do poder de Tiamat que quase proporcionou-lhe a morte de dois dos maiores amigos que Crystal possuía. Aquele combate demorou horas, todos estavam ficando cansados, Rylai Crystal Maiden parecia estar fraca ao ponto de quase não poder usar mais magias, a esperança no olhar de Ali Baba, Tee Motius e mais ainda dos outros que estavam quase em um beijo profundo com a morte era tão grande e parecia ser a única coisa que os faziam permanecer de pé. 

E foi em um único ataque, que esse semblante enlargueceu-se sobre a face de cada um ao ver que os olhos brilhantes da dragão de gelo e eletricidade haviam se apagado. – “Conseguimos!” – alguém disse enquanto se recobrava. 

Pouco a pouco se reerguiam, mas o que não esperavam era que aquele olhar ainda tinha mais uma etapa. Crystal Maiden estava com o poder da cabeça azul de Tiamat auxiliando no combate e a cabeça mais inteligente não seria derrotada a este nível. Foi quando ela levantou-se novamente conjurando mais uma vez os seus poderes absurdos para golpear cada um dos membros e retornar ao combate feroz que por pouco não levou à morte. Isso graças a centelha de bondade que jazia na alma e corpo da maga de gelo, que nesse último momento decidiu tomar posse do que é seu e resistir. Voltando a si própria.

Entretanto, aquela era apenas a primeira armadilha, a primeira batalha. Tantas outras viriam e poderiam até mesmo fazer cada um deles sucumbir novamente. Pois então, sem sucesso algum, Gerald recorre ao seu poder multiversal e encontra um portal para o qual Rylai e Ali Baba poderiam, também, recorrer em outro momento. E aqui meus amigos… se encerrou em uma humilhante derrota, a primeira tentativa de conseguir alguma máscara. Não foi a verde, tampouco a negra, a primeira máscara foi a azul e o fracasso foi tão grandioso que nenhuma criatura ousaria contar para alguém, mas eles seguiam ordens, então tiveram que relatar a vergonha estampada em suas faces. 

O final de tudo contado antes do término…

Semanas depois, um grande problema assolou o ser de Asmael, que dessa vez não estava sozinho e o que era mais preocupante, ele simplesmente chegou voando em um grande dragão. Asmael vinha com seus cabelos neve e seu semblante atormentado para a guilda Renegados, e com ele um dragão de dezenas de metros reluzindo e refletindo toda a luz que vinha até seu corpo como a prata mais polida que ele poderia ver em qualquer lugar do mundo. Suas asas assustaram muitos na cidade da Guilda, principalmente aqueles que perderam algo ou alguém por conta da raça draconica. Gordon, Meira e Zenna já se preparavam para lutar contra aquela fera caso fosse um ataque. Principalmente porque haviam muitos novatos ali, eles não seriam capazes de combater duas criaturas como aquelas que estavam lá!

Luke, Leon Dragonheart, Juan e Café no Bule eram alguns dos mais novos na guilda quando a dupla de anjo e dragão pousou bem no quintal da Renegados. Os olhos de muitos ali, pela primeira vez vislumbram o poder de um dragão de prata que agora estava diminuindo de tamanho até que tomasse a forma de um humanoide muito parecido com um drow. 

A nova pessoa já era conhecida dos muitos aventureiros que estavam ali Veezer Froid. Um dragão de prata que dormia no vale das Rochas com sua ninhada de draconatos por mais de décadas. Aquela dupla então passou a missão simples, enquanto os mais novos precisariam impedir que o exército do dragão azul chegasse perto do civil, os mais velhos deveriam pegar a máscara que ainda faltava. Foi tudo muito rápido, sem espaço para debates e em poucos instantes os grupos já estavam divididos e indo para a batalha.

Mais uma vez no covil do azul, do terror. Muitos estavam com receio, Café no Bule estava tremendo como só, enquanto Juan bradavam o nome de sua organização, a Renegados. Enquanto a multidão de draconatos azuis, dentre outros, vinha correndo, Leon que antes tinha pouco menos de dois metros estava crescendo como uma grande montanha ficando ainda maior, agora como um gigante poderoso que em um único golpe varreu uma dezena de inimigos. O tilintar da espada de Juan fora tão alto que os inimigos má medrosos tremeram e suas cabeças rolaram como uma esfera qualquer.

Mas ninguém esperava que café no bule teria a carta na manga. Com seus pouco menos de um metro de altura ele tomou posse de seu alaúde e de sua paleta. Os deuses pararam tudo para assistir o que aquele grande grupo estava disposto a fazer para acabar com a tirania do dragão azul sobre aquela parte de Chronos. Em um poderoso solo, um som metalizado começou a tomar proporções grandes o suficiente para cobrir seus aliados com energia poderosa que estava intervindo diretamente na vida de cada um, com uma grande ajuda acompanhada de uma poderosa benção dada ao bardo do conhecimento que, não só isso, disparava a cada vez três rajas de poder místico imprevisível.

A espada de Juan dançava nas gargantas de cada inimigo assim como os braços de Leon empurrava cada draconato para trás, agindo, de fato, como uma muralha impenetrável. Talvez mais poderosa do que os muros de Troupax em Deva. 

Enquanto isso, aquela equipe que outrora fora derrotada levou consigo reforço. Loureiro, o santo e Kaminari Kei corriam em companhia dos demais para poder ajudá-los junto de Arlong. A equipe agora era formada por estes citados e também Rylai, Ali Baba e Yennefer. Heróis corajosos que passaram por um túnel estreito e molhado.

O que não sabiam era que aquele dragão estava preparado para a batalha e sem a ajuda de Veezer que não podia entrar ali, muito estava perdido. Foi quando uma corrente elétrica brilhou diante deles e a maioria foi atingida por um sopro elétrico ocasionando na queda instantânea de Arlong e Loureiro. 

“Acham mesmo que vão conseguir? Já derrotei vocês com uma única armadilha, não é mesmo Rylai. Você lembra, quando aceitou o poder da rainha e se tornou forte?” – e como ela poderia não lembrar, foi tão vívido. Mas dessa vez ela estava preparada e o combate iniciou. Todos os heróis estavam dando o seu máximo, o dragão voava e se aproximava de todos para dar sua grande baforada. Os draconatos vinham correndo e eram impedidos pelo dedilhado de Cafe no Bule, Leon e Juan. 

A batalha levou muito tempo, o que não foi bom, pois um ritual havia se iniciado e todos no grupo iriam se dar mal, muito mal. Ou pelo menos Ali Baba que sentiu o poder da proibição cobrir o seu corpo totalmente. Nos instantes finais, a luta era pela própria vida, mais uma vez. Mas agora tinham todo o grupo focado e Loureiro mantinham todos de pé com o poder de Akadh, impedindo que os corpos fossem se tornar uma pilha de mortos. Arlongo ousou atirar uma flecha certeira que logo atingiu o dragão, agora adormecido nas profundezas do mar. 

Simultaneamente os três mais novos conseguiram derrotar os draconatos e a máscara foi encontrada pelos veteranos no fundo das águas do terror elétrico. Finalmente, saindo vitoriosos, puderam retornar para a guilda com uma grande história para contar. 


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REINO DOS MORTOS [14]

A noite caiu, e o exército dos mortos saiu de seu esconderijo, enchendo as ruas de Negressus com esqueletos revestidos de trapos sujos, cambaleando sem rumo, cobrindo a cidade com o cheiro da morte.

O grupo foi para o térreo da casa, com exceção do mago, que continuou no telhado, olhando para o buraco do esgoto. Ele ergueu as mãos, preparando sua magia, e subitamente desceu os braços, jogando uma bomba de vento na rua, arremessando todos os zumbis por vários metros de distância. Assim que o caminho ficou livre, o grupo correu para o buraco na rua, e Galdor saltou do telhado, amortecendo a queda com uma lufada de vento.

O esgoto estava vazio, e eles usaram o cristal de luz de Dhazil para iluminar o caminho. O grupo correu pelos túneis de pedra, procurando acessos às áreas mais profundas do esgoto. A busca foi mais fácil do que esperavam. Após alguns lances de escadas, eles chegaram até uma imensa caverna, onde puderam ver a fortaleza do necromante.

– Sigam-me – Clay disse, lembrando-se das instruções de Raíza.

Havia um imenso penhasco entre eles e a fortaleza, mas uma estrada em “S” ligava os dois lados da caverna. Eles sabiam que a estrada não era o caminho que deviam pegar. Clay os guiou até o penhasco, onde conseguiram achar fendas para escalarem.

Ao chegarem no fundo, caminharam até o outro lado, onde encontraram a rocha com as inscrições rupestres. Como a dríade havia explicado, eles acharam um túnel escondido. Ainda usando o cristal de luz, o grupo rastejou túnel acima, até chegarem no interior de uma cozinha há muito tempo abandonada.

Eles foram até a porta, e viram que estavam no pátio da muralha da fortaleza. Dois zumbis com armaduras protegiam o portão. O pátio e a fortaleza eram iluminados por diversos postes com pedras reluzentes protegidas por globos de vidro.

– Conseguimos – Clay suspirou, esperançoso. Ele tentava esconder o olhar cansado e a pele pálida. Sabia que precisava encontrar alguma poção ou magia antes de virar um zumbi. Ele se virou para Dhazil. – Você é o único que pode se infiltrar na fortaleza. Sem o colar, você irá parecer com um deles.

– Claro – Dhazil resmungou. – Sem o colar eu VIRO um deles.

– Deixe de reclamar – Kvarn puxou o colar do pescoço do anão. – Agora entre na fortaleza e nos traga o orbe de cristal.

– Será que pelo menos você pode me desamarrar? – O corpo de Dhazil murchou, voltando a ser um esqueleto barbudo. Kvarn desamarrou as mãos do anão e o empurrou para fora da cozinha.

A fortaleza era uma grande estalagmite disforme que quase tocava o teto da caverna. Seus portões principais eram de ferro, com quase dez metros de altura. E antes que Dhazil chegasse ao centro do pátio, os portões foram abertos, e uma criatura imensa saiu lá de dentro. Era um homem imenso, com espinhos de marfim saltando de várias partes de seu corpo, e um trapo na cabeça. Era a mesma aberração que emboscara o grupo na saída da cidade. Ele caminhava em direção ao portão que dava para a estradinha em “S”.

– Ele trabalha para o necromante! – Jim sussurrou. – a dríade estava certa.

– Ei! – Dhazil gritou para a aberração. – A fortaleza foi invadida!

– O que esse maluco está fazendo? – Galdor perguntou.

A aberração se virou para o anão. Seu rosto coberto por trapos era indecifrável. Dhazil se aproximou mais ainda, e apontou para o esconderijo do grupo.

– E eu não vim sozinho.

– Traidorzinho de merda – Kvarn murmurou.

Clay pegou o colar da mão de Kvarn, fazendo sinal para os outros aguardarem, e saiu da cozinha. Ele caminhou em direção à aberração, com os braços abertos.

– Sim, nós dois invadimos a fortaleza – Clay lançou um olhar de censura para o anão, pedindo para não revelar a posição dos outros. O anão viu o colar em sua mão e ficou em silêncio. – Eu preciso conversar com o necromante.

Ele tirou as adagas das costas e as colocou no chão. Em seguida, foi até os dois. A aberração segurava a haste de seu martelo gigante, e olhava nos olhos de Clay, mudo. Antes que qualquer um pudesse reagir, o monstro girou o martelo no ar, quebrando todas as costelas de Clay. O homem rolou no chão, e parou com o rosto virado para a cozinha. Ele olhou para os seus companheiros e sacudiu a cabeça para eles não saírem dali. Sua boca estava coberta de sangue.

A aberração se aproximou de seu corpo e ficou de cócoras. O grupo assistia a tudo com pânico. Eles já enfrentaram aquele monstro uma vez, e perderam feio. Clay sentiu a mão gélida envolver sua cabeça. A aberração fechou o punho, fazendo os dedos afundarem em seu crânio. Pedaços de cérebro escorreram para fora, e os olhos de Clay saltaram, esbugalhados. A aberração ergueu o braço, deixando o cadáver no chão.

– CLAY! – Kvarn saiu da cozinha correndo, e arremessou seu escudo na cabeça do monstro, fazendo-o recuar um passo. O guerreiro pulou no caminho e o acertou com os dois pés no peito, fazendo-o recuar mais ainda.

Jim vinha logo atrás, enfiando flechas nas cabeças dos zumbis que guardavam o pátio. Dhazil correu até o corpo de Clay, mas Galdor fez uma ventania empurrar o cadáver para os pés de Jim. O arqueiro se abaixou e pegou o colar.

– Por Spólios! – Dhazil viu os olhares furiosos ao redor e correu para dentro da fortaleza.

A aberração ergueu seu martelo, mas Galdor fez uma ventania empurrá-lo para longe, deixando o martelo cair no chão. Jim pendurou o colar em uma flecha e mirou na cabeça cheia de trapos. Quando o monstro tentou levantar, a flecha acertou acima de sua orelha, fazendo o colar deslizar ao redor de sua cabeça e se pendurar no pescoço.

De repente, os espinhos caíram do corpo da aberração, e ele se tornou um humano, de cabelos castanhos e olhos confusos.

– GALDOR! – Kvarn gritou, correndo com o martelo gigante nas mãos.

O mago fez uma ventania acertar o guerreiro pelas costas, arremessando-o através do pátio. Kvarn dobrou as pernas para trás, e ergueu o martelo acima da cabeça. Ele fez um arco no ar, e caiu sobre o inimigo, esmagando sua cabeça com o martelo, espalhando miolos e sangue em um grande halo no chão.

 

 

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REINO DOS MORTOS [13]

– Eu sou a única que sabe como destruir o necromante – Raíza garantiu. – E posso lhes dizer como fazer isso, e vocês me devolvem o colar. Mas como garantia, ela deverá continuar comigo – a dríade olhou para Toiva.

– Nada disso – Clay recusou. – Toiva não ficará aqui nem mais um dia.

– Por acaso eu sou sua propriedade? – a bárbara o confrontou. – Acho que posso decidir sobre a minha própria vida – ela se virou para a dríade. – Se eles matarem o necromante, o grupo conseguirá escapar de Negressus?

– Sim – Raíza prometeu. – Com o necromante morto, nenhuma criatura irá impedir que vocês saiam da cidade.

– E quanto à mordida? – ela olhou para a ferida na cabeça de Clay. – Como podemos impedir que ele se transforme em zumbi?

– Talvez haja algo na fortaleza do necromante capaz de suspender a maldição – Raíza respondeu, olhando para o colar em Dhazil. – Mas não garanto nada. A única coisa que sei é que com o necromante morto, estaremos livres para deixar a cidade.

– Isso é o suficiente para mim – Clay respondeu imediatamente. – Agora nos diga como invadir a fortaleza para mata-lo.

– Ouça, Clay – Toiva começou a andar de costas, voltando para a muralha da dríade, onde várias raízes envolveram seu corpo. – Quando você chegar lá, dê um jeito para encontrar uma poção ou um colar que acabe com sua maldição. Não ouse voltar se não estiver curado.

– Vocês deverão invadir a fortaleza, mas não para mata-lo – Raíza disse. – Primeiro, vocês precisam roubar o orbe de cristal na Torre da Garra. Esse orbe é onde reside grande parte do poder de meu irmão. Se vocês o levarem, ele não conseguirá proteger o Martelo de Gerion.

– Quem diabos é Gerion? – Kvarn perguntou.

– Nosso pai – ela explicou. – Esse martelo contém seus ossos. Essa é a única arma que poderá matar meu irmão, o necromante. Mas seu esconderijo é protegido por magia. E essa magia é ativada pelo orbe de cristal.

– Se roubarmos o orbe, conseguiremos invadir o esconderijo do martelo e roubá-lo – Jim concluiu.

– Exatamente – Raíza confirmou. – Vocês devem invadir a fortaleza, roubar o orbe e voltar até mim. Então, eu lhes explicarei onde está o Martelo de Gerion, e vocês deverão captura-lo.

– E depois, voltar para a fortaleza para matar o seu irmão – Clay finalizou. – Já entendemos. Agora, onde fica a fortaleza?

– Debaixo dos esgotos – ela olhou para o chão. – É um castelo subterrâneo. Há uma ponte comprida e ondulada até a fortaleza.

– Nós não precisamos de você para chegar até lá – Kvarn disse. – É só esperarmos anoitecer. Os zumbis saem dos esgotos e a gente entra. Pronto!

– Mas vocês precisarão saber como adentrar a muralha do castelo – Raíza disse. – Assim que chegarem no subsolo, ao invés de pegarem a ponte curva, deverão procurar uma sequência de fendas na face do penhasco para descê-lo. Ao chegarem no fundo, deverão caminhar até o paredão onde fica a fortaleza. Há um túnel de esgoto escondido atrás de uma pedra. Vocês a identificarão pois está cheia de runas. Assim que subirem o túnel, sairão no pátio do castelo. A partir daí, é com vocês.

– Mas antes – Kvarn puxou seu cinto de couro e se virou para Dhazil. – Se você vai usar o colar, deverá ficar amarrado. Não queremos você fugindo por aí.

– Por Spólios! – Dhazil juntou os braços, inconformado. – Eu dei abrigo a vocês, esqueceram? Deveria ter deixado aquela aberração matar a todos!

– Cale-se, baixinho – Kvarn disse, amarrando as mãos do anão. – Nós estamos deixando você usar o colar, e devia nos agradecer por isso.

– Precisamos dormir – Clay disse, olhando para o céu vespertino. – Ao anoitecer vamos descer até as profundezas do esgoto.

– Viva o Rei Jules II – Jim suspirou. – Então nem devemos acordar Galdor por enquanto.

O grupo caminhou até o bueiro mais próximo. Em seguida, subiram na laje da casa ao lado. Apesar do esforço, não conseguiram dormir. O sol era forte, e o chão, duro.

– Por favor, me soltem! – Dhazil pediu várias vezes, deitado de lado, com os braços amarrados. – Eu prometo que não vou fugir com o colar.

– Desculpe, parceiro – Kvarn colocara uma venda nos olhos e deitara a cabeça sobre as mãos. – Não podemos arriscar.

Jim explorou a rua, pegando o máximo de madeira que pôde. Ao voltar para a laje, fabricou quantas flechas conseguiu.

Galdor acordara por um momento, mas ao descobrir o que tinha acontecido, voltou a dormir.

Clay mantinha os olhos no grupo, preocupado. Ele sentia frio, mas sua pele ardia em febre. O estômago estava revirando, e o corte na testa latejava. Olhou para as próprias mãos suadas e viu que tremiam. E então ele soube que sua transformação estava começando. Ele estava se tornando um zumbi.

 

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REINO DOS MORTOS [8]

Uma criatura alada havia sequestrado Toiva e a levado até uma torre no centro de Negressus. Os aventureiros não iriam abandonar sua companheira assim. Jim e Clay estavam escondidos em um beco, cercados por centenas de zumbis, sem saber o que fazer.

– Veja – Clay apontou para um cano que saía da parede de uma construção. Depois apontou para outro na parede ao lado. E mais outro. – É por onde passavam os dejetos dos antigos moradores.

– Um rato pode passar por esses canos, mas nós nunca caberíamos.

– Eu sei, mas… – Clay apontou para baixo, onde o chão ficava curvo. – Estamos sobre uma vala inclinada. Olhe para onde ela vai – ele apontou para a rua onde os zumbis caminhavam. Seu dedo subiu e indicou uma coluna de vapor que se projetava acima das cabeças das criaturas. – Do outro lado há uma boca de esgoto.

– E os zumbis estão todos na superfície! – Jim entendeu onde ele queria chegar. – Se passarmos por esse grupo de mortos, conseguimos entrar no esgoto e seguir nossa viagem em segurança.

– Não sabemos se lá embaixo o caminho estará completamente livre – Clay o alertou. – Mas deve estar melhor do que aqui. Ainda assim, como faremos para atravessar essa multidão?

Os dois ficaram em silêncio quando um zumbi parou diante do beco, olhando para baixo. Ele se movia como um pêndulo, para frente e para trás. Seu rosto pútrido, com carne arroxeada e cheia de larvas se virou na direção do beco.

– Ele nos ouviu? – Jim perguntou, preocupado. Os dois estavam de cócoras, no meio das sombras, mas não havia nada no beco que pudesse lhes dar cobertura.

– Teremos que mata-lo silenciosamente – Clay disse, apertando o punho de sua adaga. – Eu farei isso.

Os olhos do zumbi vaguearam pela escuridão até que congelaram em cima dos aventureiros. Ele ergueu os braços e começou a morder o ar, avançando sobre eles. Clay girou a adaga entre os dedos e a enfiou no olho do morto. E nesse momento, tudo deu errado.

O zumbi começou a cair para trás, e Clay tentou puxar a faca de seu olho. Acontece que a lâmina havia fincado no crânio da criatura, e não estava tão solta quanto ele pensava. Quando a cabeça tombou, Clay sentiu o punho da arma escorregar de sua mão. Tentou segurá-la no ar, em vão. A faca quicou no chão de pedra, fazendo o metal tilintar pelo beco. Imediatamente, os zumbis mais próximos da entrada se viraram para eles… dos dois lados do beco.

– Eu matei a nós dois – Clay olhou para Jim, culpando-se. – Me perdoe, garoto.

– Nós estamos indo conhecer os nossos deuses – Jim puxou uma flecha da aljava. – Isso não pode ser tão ruim.

Clay ergueu as adagas, e Jim esticou a corda do arco, prontos para o último combate de suas vidas. Os zumbis se aproximavam, sedentos por sangue, quando uma ventania forte fez os aventureiros cobrirem os próprios olhos. Eles se viraram para trás e viram a rua vazia novamente. Galdor estava parado próximo ao beco, com os braços abertos, provocando uma lufada forte o suficiente para manter os zumbis afastados.

– O que estão esperando? – o mago gritou. – Venham logo!

Jim e Clay passaram por Galdor, voltando para o pátio de Dhazil. Ao longe, Kvarn vinha mancando, com uma tocha na mão.

– Vocês acham que ficaríamos lá em cima da muralha assistindo vocês dois morrerem? – o guerreiro perguntou. – Nós viemos correndo para assistir mais de perto.

Dhazil vinha correndo, carregando uma jarra de barro pesada.

– Saiam da frente, rápido! – ele gritou, passando pelos aventureiros, em direção à rua. – Movam, seus bufões!

Clay e Jim ficaram olhando enquanto o anão jogava a jarra no meio da rua, espatifando-a em mil pedaços. O conteúdo líquido se espalhou pelo chão, próximo das pernas de Galdor. O mago e o anão voltaram correndo para trás, e ficaram ao lado dos outros.

– O que era aquilo? – Clay perguntou, vendo os zumbis enchendo a rua novamente. Tanto os que já estavam ali, quanto os do beco que vieram do outro lado. – É alguma espécie de pez? Eles ficarão presos?

– Eles não estão ficando presos – Jim alertou, vendo os zumbis passarem sobre o líquido viscoso, vindo em suas direções.

– Oh, não – Dhazil mostrou para eles um sorriso amarelo, sem alguns dentes. Ele bateu no meio elmo enferrujado, ansioso. – Aquilo é bile de dragão.

– Abram caminho para Kvarn, o Poderoso – Kvarn disse, passando por eles e arremessando a tocha numa espiral de fumaça e fogo.

Assim que a chama atingiu o chão sob os pés dos zumbis, uma explosão derrubou todo o muro de madeira e o arco que dividia o pátio da rua. Os aventureiros foram jogados para trás, tendo seus cabelos e barbas chamuscadas. Eles rolaram no chão, esfumaçando.

De repente, foram cobertos por uma chuva de tripas e sangue. Dhazil gargalhou.

– Eu realmente não estava esperando por uma explosão desse tamanho – o anão sentou, com o rosto fumegante. – Era a minha última jarra de bile de dragão, mas valeu a pena!

– Ótimo – Galdor disse, olhando para o anão. – Temos um novo Kvarn no grupo.

– Rápido – Clay ficou de pé, meio zonzo, e apontou para Jim. – O caminho até a entrada do esgoto está livre. Precisamos ir!

– Vocês não deram nem dez passos e já foram encurralados – Dhazil protestou. – Continuar nessa missão é suicídio!

– Você entende bem de suicídio – Galdor disse com mal humor, apagando o fogo da ponta da barba.

Clay e Jim ignoraram a advertência do anão e seguiram seu caminho, rumo à boca de esgoto, e rumo ao resgate de Toiva. No dia seguinte, um deles morreria, infelizmente.

 

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REINO DOS MORTOS [7]

Assim que tiveram certeza de que a aberração não estava por perto, o grupo saiu do poço e subiu novamente a muralha. Dhazil apontou para a cidade. A luz da lua mostrava milhares de cabeças perambulando pelas ruas.

– Durante o dia, isso parecia uma cidade fantasma – Galdor os lembrou, embasbacado com a quantidade de zumbis. – Agora há centenas de milhares deles!

– Isso é culpa do Rei Jules II – o anão explicou. – Ele construiu um sistema de esgoto terrivelmente grande. Ele tem o triplo do tamanho da própria cidade. Durante o dia os zumbis ficam lá embaixo, fazendo coisas de zumbis. E de noite, eles voltam à superfície.

– A não ser que algum tolo faça barulho e os chame para cima – Jim disse, sentindo-se culpado.

– Você fez isso! – Kvarn começou a rir, mas a ferida em sua perna latejou, fazendo-o engolir o riso.

– Nós só precisamos de algumas cordas – Clay deu às costas para a cidade e olhou para o campo lá fora. – A muralha é alta, mas tenho certeza que encontraremos cordas o suficiente para descermos.

– Vocês não farão isso – bufando, Dhazil escalou o parapeito e sentou na beirada. Ele apontou para a floresta não muito longe dali. – Se vocês saírem da cidade, o portão se abrirá, e os zumbis os perseguirão. Vocês estão carregando armas, armaduras e alforjes, e isso irá cansá-los. Se por algum milagre, vocês não cansarem antes de serem pegos, lá na floresta será o seu fim. Existem criaturas a serviço dos zumbis, que estão apenas esperando vocês correrem para lá.

– Do que você está falando? – Toiva perguntou. – “Criaturas a serviço dos zumbis”? Você fala como se os zumbis tivessem alguma espécie de hierarquia ou ordem.

– E eles têm, minha querida – Dhazil assegurou. – Há um mal terrível em Negressus. Eu já vi diversos grupos de viajantes entrarem nesta cidade e nunca mais saírem.

– Ninguém, nunca conseguiu fugir da cidade? – Galdor perguntou.

– Não que eu saiba. Na verdade, ocasionalmente algum navio atraca no porto e depois vai embora.

– E por que você não vai embora com eles? – Clay perguntou.

– Eu vou para onde Spólios manda – Dhazil saltou para a passarela novamente. – E não tem lugar melhor para o Cavaleiro da Sucata do que aqui – ele esticou o braço para a cidade em ruínas. – Mas se vocês realmente quiserem tentar partir, pelo mar seria sua melhor alternativa.

– A gente deve ir de dia – Kvarn sugeriu, e depois colocou a mão no ombro de Jim. – Se nosso amigo aqui não chamar a atenção dos zumbis de novo, dará tudo certo.

– Pare de incomodar o garo… – Toiva começou a dizer, mas foi abduzida por um vulto alado.

Uma criatura batia as asas sobre a cidade, carregando a bárbara para longe da muralha.

– Não gritem – Dhazil se enfiou na frente do grupo, erguendo as mãos. – Não chamem mais atenção – ele olhou para cima, preocupado. – Mas algo me diz que vocês nunca mais verão a sua amiga.

– Não, isso não vai acontecer – Clay se virou para o arqueiro. – Jim, veja bem para onde ela está indo. Kvarn, volte com Sor Dhazil. Você está ferido. Galdor, você deve ficar também.

Kvarn fechou o punho com raiva. Ele queria protestar, mas sabia que só iria atrasá-los.

– Eu não seria muito útil em uma missão de velocidade – o velho reconheceu, a contragosto.

– Ela pousou naquela torre – Jim apontou para uma alta construção no centro da cidade. – Devemos ir agora.

– Amanhã estaremos de volta – Clay disse para os outros, se virou e saiu correndo com Jim.

– Em minha humilde opinião, não voltarão – Dhazil disse, triste, vendo os dois correrem pela muralha até a escadaria.

Clay e Jim atravessaram o pátio de Dhazil e pararam diante do portal para uma rua. Havia pouco mais de dez zumbis por perto. Os dois se olharam e souberam o que devia ser feito. Clay rolou, atravessando a rua e se enfiando em um beco escuro. Ele sabia ser furtivo como ninguém.

Jim atravessou o portal e parou logo à frente, sacando as flechas da aljava. Ele começou a atirar nos zumbis ao redor, atraindo sua atenção. Quando eles começaram a se aproximar, o arqueiro recuou para dentro do pátio, fazendo-os o seguirem pelo portal, em uma espécie de fila. Clay saiu do beco, sacando suas facas do cinto e acertando as cabeças das criaturas, uma a uma, por trás. Quando a última caiu, os dois voltaram para a rua, agora vazia.

Eles se enfiaram no beco e saíram na outra quadra. Quando examinaram o caminho, perceberam que o seu plano de chamariz não funcionaria ali. Havia muitos zumbis, e atrás deles, a rua que estava vazia, começava a se encher novamente.

– É como Kvarn sempre diz – Clay sussurrou. – “As coisas escalonam muito rápido nas Terras Mortas”.

– Se fizermos barulho, estaremos mortos em menos de dez segundos – Jim percebeu, olhando ao redor. – E em cinco segundos se houver algum zumbi corredor por perto. O que faremos Clay?

– Eu não sei, garoto. Eu, sinceramente, não sei.

 

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REINO DOS MORTOS [6]

Eles corriam pela muralha em direção ao desconhecido que acenava de longe. Ao chegarem até a torre, o sujeito os fez passar pelo portal e descer a escadaria até o térreo, onde ficava um pequeno pátio cercado por um muro de madeira. Clay olhou para cima e viu a aberração correndo entre as ameias da muralha. Ela iria alcança-los em poucos instantes.

– Me sigam! – o estranho disse, indo em direção a um poço de pedra.

O sujeito era um anão, usando meio elmo e uma armadura enferrujada. Sua barba era da cor da ferrugem, e ela se abria como um leque sobre o peito. Ele subiu no peitoril do poço e saltou. Os aventureiros cercaram o buraco e olharam para o fundo, mas não viram nada além de escuridão.

– Podem pular – a voz veio lá de baixo. – Há feno o suficiente para aguentar a queda de um cavalo.

– E como vamos subir de volta? – Toiva perguntou, indecisa.

– Por Spólios! – a voz gritou, impaciente. – Olhem para a parede interna! As pedras formam sulcos de escalada. Eu entro e saio desse poço todos os dias!

Toiva e Clay se olharam e assentiram. Ele pulou primeiro e avisou que estava tudo bem. Kvarn estava com a perna ferida, e pulou com a ajuda dos outros.

– Eu acho que ele começou a descer as escadas – Jim alertou, olhando para a torre atrás do grupo. – Ele está vindo.

Toiva ajudou o mago e o arqueiro a pularem primeiro, e ela foi por último. Assim que se soltou do parapeito, sua visão foi tomada pela escuridão, e seus pés se enfiaram em um bolo fundo de feno. A queda não fez barulho. Mas antes que se levantasse, ele congelou, olhando para cima, onde as estrelas eram cercadas por um anel de escuridão. Dedos gigantescos surgiram do nada, se apoiando na pedra, e uma cabeça se enfiou na frente do céu. Trapos soltos esvoaçavam ao redor dos olhos que vasculhavam o interior do poço.

Toiva ficou imóvel, esperando que seu grupo tivesse notado a aberração lá em cima. A criatura era imortal e sanguinária. Se alguém fizesse um barulho sequer, seria o fim. Mas ninguém fez. O silêncio se tornara completo. Nuvens passavam acima da cabeça de trapos, no céu estrelado, e a aberração movia a cabeça lentamente, como se esperasse ouvir os batimentos cardíacos de alguém. Subitamente ela se virou e saiu. Toiva conseguiu respirar novamente.

– Venham – o anão sussurrou, e alguém pegou na mão de Toiva.

– Não vá se apaixonar – Kvarn avisou, dando duas pressionadas leves na mão da bárbara. – Eu sou um lobo solitário. Não sou do tipo que se casa.

– Claro que não – ela respondeu. – Nenhuma mulher seria tão tola para casar com você.

– Por Spólios. Silêncio – o anão os censurou, enquanto caminhavam por um túnel. Eles chegaram até uma área espaçosa, e de repente, faíscas de uma pederneira acenderam uma lâmpada. O anão surgiu no halo de luz e começou a acender as velas ao redor.

Eles estavam em uma câmara rochosa e úmida. O lugar estava cheio de entulhos, como um covil de dragão. Em pouco tempo, dezenas de velas foram acesas.

– Sejam bem vindos ao meu humilde lar – o anão disse, mostrando um sorriso sem muitos dentes. – Eu sou sor Dhazil, o Cavaleiro da Sucata.

– Eu sou Clay – o líder apertou sua mão, e apresentou os outros integrantes do grupo. – Muito obrigado por nos salvar, Dhazil.

– “Sor” Dhazil – o anão o corrigiu.

– Então o lance de “Cavaleiro da Sucata” é real? – Kvarn perguntou, sentando em uma cadeira de espaldar alto, almofada vermelha e encosto de veludo.

– Claro! – o anão apontou para a própria armadura velha. – Fui ungido por Sor Kardum de Altopico, escolhido e treinado para lutar em nome do deus Spólios!

– Spólios não é um deus – Kvarn sorriu, balançando o dedo em sua direção. – Espólios são as coisas que você pega depois de uma batalha.

– O quê? – o anão sacudiu os braços, ofendido. – Como ousa blasfemar contra o meu deus?

– Só que “Spólios” não é um deus – Kvarn deu de ombros. – Então não houve blasfêmia.

– Cale-se! Ele é um deus, sim. Meu único deus e senhor!

– Não – Kvarn olhou para as unhas da mão, distraído. – Esse nome não existe. É ridículo.

– Eu deveria ter te jogado para a aberração! – Dhazil apontou para cima. – Você deve ser punido…

– Por favor, acalmem-se – Clay ficou entre os dois. Ele se virou para Kvarn. – Por que você está fazendo isso? Nunca desonre o deus de alguém!

– Como eu vou desonrar algo que não existe… – Kvarn começou a falar, mas Toiva chutou sua perna ferida. – AH! Sua filha da…

Ela lhe lançou um olhar desafiador. Ele colocou a mão na boca e não terminou a frase. Jim deu um passo para a frente.

– Espero que Spólios perdoe nosso amigo – o arqueiro disse, colocando a mão no peito, humildemente. – Se houver algo que possa fazer para compensar, me coloco à disposição.

– Algum dia eu penso em uma compensação – Dhazil abanou para eles com descaso. – Por enquanto temos que fazer algumas buscas pela cidade. Minha despensa durará poucos dias. Precisamos de mais mantimentos.

– Na verdade, não pretendemos ficar em Negressus – Clay informou. – Se você permitir que passemos a noite aqui, amanhã cedo deixaremos a cidade.

– Deixar a cidade? – Dhazil gargalhou, segurando a própria barriga. – Deixar a cidade! Essa é boa! Vocês acham que vão conseguir fugir!

O grupo se entreolhou, e o lugar ficou mais frio e escuro repentinamente.

 

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