Nos dias 20 e 21 de março, jogadores de todo o país defenderão suas cidades no campeonato sul-americano de VTES no LACKEY, provando mais uma vez que eternas são as batalhas pelas veias abertas da América Latina!
As inscrições podem ser feitas até quarta-feira (17/03/2021) e custam 20 reais, que devem ser depositados por Pix ou depósito em conta da Caixa Econômica Federal, e os interessados devem se informar com o organizador do evento, Desso Alastor, pelo whatsapp (11)96118-7923.
O evento já possui participantes inscritos de diversos estados brasileiros e conta com o apoio da Conclave para a (extraordinariamente generosa) premiação.
Todos os inscritos receberão 1 booster da Conclave (montado com cartas dos baralhos que já existem em português da coleção do Sabá) e um kit de cartas promocionais (que contém Montano, Lord Tremere, Dracon e diversas outras cartas muito poderosas).
Os finalistas vão receber um kit anthology em português (quando este estiver disponível). Esse kit vem com muitas cartas extremamente desejadas por diversos decks, como Anarquista Convertido, Tábuas de Ashur, Peão de Enkil, Carlton Van Wik e Liquidação.
O campeão leva para casa nada menos que 5 (!!) decks da v5 traduzidos pela Conclave! Estes decks (que representam os clãs Ventrue, Toreador, Tremere, Malkavian e Nosferatu) são os últimos produtos a serem lançados pela Black Chantry Productions.
As partidas serão transmitidas no Twitch e as partidas em que eu estiver presente serão gravadas e posteriormente lançadas no canal VTES and other struggles.
Nesse primeiro post da série de VTES – Vampire: The Eternal Struggle, você poderá saciar sua sede de sangue, ou atiçá-la. Tudo isso, acompanhando o desenvolvimento de seitas vampíricas nas de noites de Washington, ao mesmo tempo que percebe o desenrolar de uma partida de um card game muito intrigante.
Certa noite, em Washington…
Marcus Vitel contemplou a cidade da sacada de sua cobertura. Imaginou-a em chamas, pensando nos confrontos vindouros e no fim do mundo. Isso já se tornara seu costume. Washington pertencia a ele. Sascha Vykos, Francisco Domingo de Polônia e os outros abutres iriam queimar no inferno.
Seus agentes haviam negociado cuidadosamente com a Camarilla local. Os poucos que suspeitavam de sua verdadeira linhagem haviam sido comprados, ou silenciados. Quando um de seus peões sugeriu aos Brujah que os Toreador estavam acumulando influência demais, e, que ao mesmo tempo, tinham abraçado grande quantidade de neófitos, não foi preciso muito esforço para que o estratagema fosse iniciado.
Os anciões Brujah, que haviam sido feridos em mais de uma ocasião pelo empreendedorismo dos jovens Toreadores, instruíram suas crias a pressionarem a primigênie. Assim, teriam mais possibilidades de criar regras mais restritivas para limitar a influência dos Toreadores. Haviam vampiros em excesso na cidade. Isso colocava a todos em risco.
Para garantir que seriam ouvidos, os Brujah incentivaram suas crias mais descartáveis a se rebelarem contra a tirania dos anciões. Eles atacaram uma das muitas empresas de fachada que lavava dinheiro para a Camarilla, como um ato simbólico. Incautos de que os Malkavianos, que também estavam invejosos da influência dos Toreadores, haviam fortalecido a segurança da empresa com tecnologia de ponta e que agora haviam gravações mostrando um grupo de jovens neófitos utilizando de seus dons de sangue para destruir diversos escritórios, levantando mesas, gabinetes de arquivos e computadores e partindo-os com as mãos nuas.
Isso era toda a evidência que Vitel precisava para iniciar seu plano. Quando ele reuniu o conselho, mostrou o vídeo e disse que os clãs haviam se estendido demais e tornando-se muito desleixados em suas atividades. Os neófitos Brujah seriam exemplarmente punidos, é claro. Mais ainda, para garantir que todos os clãs entendessem a seriedade da primeira tradição, todos os clãs pagariam um quinhão de seus recursos para cada vampiro de sua linhagem na cidade.
Protestos aconteceram, como era de se esperar. Mas protestar raramente resultava em alguma mudança na sociedade vampírica. Os Brujah dariam fim em uns poucos e problemáticos membros que jamais teriam a oportunidade de se explicar. Os Toreador, que possuíam muito mais membros que todos os outros clãs, seriam prejudicados o suficiente para não poderem se defender quando outro dos peões de Vitel estivessem prontos para o próximo passo de seu plano.
Com os recursos dos clãs drenados, ele clamaria pelas velhas alianças de seu clã e seus aliados na Europa. Os Lasombra eram conhecidos por seu pragmatismo e Vitel se via como o ápice da maestria dos guardiões. É claro que o Clã queria Washington para o Sabá. É claro que tomar uma das antigas fortalezas da Camarilla traria grande prestígio e infâmia para quem orquestrava a operação. Mas Vitel não era uma raspa de caixão de sangue fraco. Ele sabia que sua posição era cobiçada e que ele dificilmente teria mais apoio na seita do que algumas das estrelas em ascensão na cruzada pelos Estados Unidos. Se ele não fosse reinar no trono de Washington, ninguém mais iria.
Na mesma noite, em um universo paralelo….
Felipe, Marcela, Pedro e Ana jogam uma complicada partida de VTES – Vampire: The Eternal Struggle…
Felipe, jogando com um baralho de votos Lasombra, vira sua carta e diz “Marcus Vitel gostaria de convocar um Levante Anarquista.”
Neste momento, algumas sobrancelhas se levantam. A carta diz: “Se o referendo for bem-sucedido, cada matusalém (jogador) queima 1 de recurso para cada servo que controla.”
Todos os jogadores vão ser feridos por essa carta. Alguns mais do que outros. Marcela, jogando com os Toreador, começa a contabilizar suas perdas. Ela tem sete vampiros na mesa e isso vai deixá-la com poucos recursos. A sorte não está do seu lado, pois ela não tem poder político o suficiente para parar essa ação, visto que os Lasombra controlam mais títulos e, por conta disso, possuem mais votos. Pensando numa estratégia, Marcela se dirige ao jogador Pedro, que controla os Brujah, e diz “Se você votar contra este referendo, eu não vou te atacar nos próximos dois turnos.”
Pedro considera a proposição cuidadosamente. Ele não possui vampiros o suficiente para se defender de todos os ataques de Marcela, mas possui votos para empatar a votação. Ele se dirige a Felipe e diz “Se você me garantir que não vai destruir Marcela nesse turno, eu vou votar a favor desse referendo, mesmo que ele me cause dano.”
Felipe avalia suas opções cuidadosamente. Em sua mão está a carta que permitiria que Vitel desviasse e agisse novamente. Ele poderia acabar com os recursos de Marcela nesse turno, mas isso faria com que Pedro nunca mais confiasse nele, e ele poderia precisar dos votos dos Brujah no futuro. Felipe sorri e diz “Temos um acordo.” Sabendo que os Toreador têm seus dias contados, conclui: “Termino meu turno”.
No outro lado da mesa, Ana, jogando com os Malkavianos franze o cenho e se pergunta se valeu mesmo a pena bloquear algumas ações que teriam ferido Felipe em troca da garantia de que não seria um alvo direto das ações políticas do jogador Lasombra pelas próximas rodadas. “Devia ter escolhido meus termos mais cuidadosamente”, pensa ela. Enquanto isso, calcula se terá tempo suficiente para trazer seu vampiro mais poderoso para o jogo para contestar o poder político da mesa.
Continua…
Ficou interessado?
Em meu próximo post, irei te explicar mais sobre VTES – Vampire: The Eternal Struggle, contando a sua história, dando dicas de jogo e de como adquirir seu deck.