Symbaroum – Resenha

Symbaroum é o nome do novo jogo de RPG que chegará em versão brasileira pela Tria Editora. Originalmente lançado na Suécia, ganhando depois uma versão americana e agora enfim chegando ao Brasil, Symbaroum traz um sistema que é ao mesmo tempo familiar e novo, assim como um cenário que parece familiar em vários pontos, e totalmente inédito em vários outros.

Symbaroum – O Jogo

Criado originalmente por Mattias Johnsson Haake e Mattias Lilja e lançado na Suíça em 2016 pela Free League Publishing, o jogo traz um mundo de fantasia medieval sombria, com nuances mais realistas que os típicos cenários aventureiros.

Com relativo sucesso na Europa, ganhou uma tradução para os Estados Unidos, o que fez o sucesso do jogo ser ainda maior, e o colocando em papel de destaque no mundo dos RPGs.

A Versão Brasileira

Com tradução de Bruno Mares e Calvin Semião, diagramação de Renê Ricardo e revisão de Carlos Vloet, a Tria Editora traz uma novíssima edição toda retrabalhada e com altíssima qualidade gráfica. Embora o jogo tenha recebido um financiamento coletivo anterior pela Pensamento Coletivo, o trabalho feito pela Tria Editora aqui começou do 0 e não tem relação nenhuma com esse projeto anterior.

O Módulo Básico do jogo tem a previsão de lançamento para Agosto de 2023. Sua pré-venda está aberta no site da Tria Editora, disponível tanto em versão física quanto em versão digital PDF, e também com um mapa em tecido Oxford com 60 x 75cm. Adquira o seu clicando AQUI.

Symbaroum – Resenha

Bom, mas então, o que podemos encontrar nesse livro? Symbaroum  é dividido em 4 grandes núcleos, que por sua vez se dividem em capítulos menores. Para não ficar extenso demais, vamos nos ater à resenha das divisões maiores e o seu conteúdo.

Livro 1: O Mundo de Symbaroum

Todo jogo de RPG tem seu cenário, com suas tramas cheias de profundidade, disputas políticas, divindades, grandes inimigos que ameaçam o mundo e tudo mais. Brilhantemente, o livro já começa te inserindo nesse mundo, e explicando detalhadamente do que se trata o jogo.

Ao longo de seus seis capítulos, somos apresentados ao mundo fantástico que serve de palco para Symbaroum (e aqui eu pretendo não dar muitos spoilers sobre isso, pois é um material muito legal), suas regiões principais, os pontos mais importantes da história até o momento do jogo, as raças e divisões políticas e muito mais.

Um livro inteiro dedicado à lore, geografias, mapas e descrições que não deixará nem o mais detalhista dos jogadores decepcionado, com certeza!

Livro 2: Guia do Jogador

O segundo livro é o material de regras para jogadores propriamente dito. Ao longo de seus dez capítulos, todo o material necessário para a criação de personagens está disponível! Da escolha do nome ais menores detalhes e peculiaridades possíveis para as personagens, tudo está muito bem descrito e, acima de tudo, ilustrado!

Explicação sobre os atributos e habilidades, além das listas e tabelas de magias e equipamentos, tudo que os jogadores precisam para se aventurar em Symbaroum está aqui!

Livro 3: Guia do Mestre de Jogo

E se os jogadores tem um livro só seu, claro que não seria diferente para aqueles que desejam se aventurar mestrando ou narrando Symbaroum, e é nesse capítulo que está todo esse material.

Com um total de seis capítulos, o livro traz o grosso das regras e mecânicas do jogo, suas propostas de resolução de conflitos, além de material sobre como criar e conduzir histórias em Symbaroum.

Esse livro também conta com um capítulo bestiário que traz algumas ameaças já prontas para uso. Um trabalho completo que vai deixar confortável para narrar até aquela pessoa que nunca teve contato com RPG na vida antes!

Aventura: A Terra Prometida

A cereja do bolo desse jogo, certamente, é o adendo de uma aventura totalmente pronta e desenhadinha pra você imergir e entender muito mais como funcionam o mundo e as mecânicas de Symbaroum, e é um material perfeito para quem nunca jogou RPG ou deseja se aventurar em um novo sistema/cenário.

Essa aventura te pega pela mão e te conduz pelos meandros do livro, finalizando de forma a deixar tudo muito bem explicado e a mesa toda preparada para aventuras ainda mais elaboradas e de alto nível.

Minha Opinião Pessoal

Agora vem aquele momento de falar o que eu, particularmente, achei do material e de tudo mais.

Bom, confesso que a primeira reação foi aquela velha e boa torcida de nariz e o pensamento preconceituoso de “ah, lá vem mais um clone genérico de D20 com fantasia medieval” (e sim, me julguem, mas eu já peguei ranço de D&D e semelhantes kkkkkkkkk). Reação essa que foi posta bem de lado já dando uma boa olhada em todo o material (apenas olhar, sem ler).

O livro é ricamente ilustrado, e praticamente todas as páginas do livro tem algum tipo de ilustração. Seja uma textura estilizada, um fundo de cor diferente ou uma imagem de página completa, o trabalho artístico desse livro é praticamente surreal de tão bem-feito e bonito!

Começando a ler, fiquei realmente satisfeito de começar pela explanação completa do cenário, sua história, seus mapas e suas figuras importantes. Isso me fez entender melhor a proposta do jogo, e quando cheguei na parte das regras, o preconceito já tinha vindo todo por terra e eu estava realmente curioso pra saber como eles fariam essa mecânica funcionar de fato!

O fato o jogo usar o tradicional conjunto de dados do D20 System com base (os tradicionais d4, d6, d8, d10, d12 e d20), a mecânica de jogo vai bem além disso, e uma uma metodologia bem única pra resolução de conflitos. O fato de você ter de tirar um número MENOR que o valor de desafio, por sí só, já quebra quase toda a dinâmica estabelecida pelos sistemas que se baseiam no D20 (o que eu, particularmente, achei sensacional).

Não bastasse tudo isso, o visual medieval gótico do jogo lembra um pouco o teor de obras que misturam a fantasia em um mundo que se baseia mais no realismo, como Game of Thrones: os elementos fantásticos estão lá, mas os eventos mundanos ainda são os mais importantes.

A estética diferenciada, a mecânica inovadora e o trabalho de tradução impecável da Tria Editora tornaram esse jogo, pra mim, um must buy absoluto.

 

Mas não deixe de continuar acompanhando aqui o MRPG! Afinal de contas eu não parei aqui, e tem muita coisa bacana ainda esse ano por vir! Teremos Mar de Mortos em sua terceira temporada, juntamente com Sombras do Passado, nossa mesa de Império de Jade com Marcela Alban e Bernardo Stamato! Tem os textos da Liga das Trevas, os materiais da Teikoku Toshokan, os perigos da Área de Tormenta e muito mais!

 

Entrevista com Mago dos Dados – Dados de RPG Artesanais

O Entrevistado

O Mago dos Dados vem há um ano fazendo dados e outros artigos de RPG de maneira artesanal. Abriu um financiamento no Catarse para apoiar alguns de seus projetos, e hoje concederam uma entrevista para o Movimento RPG.

O Mago dos Dados é gerenciado por Tamires e Bruno, um casal de Dice Makers brasileiros , que iniciou o projeto, quem fala comigo na entrevista é a Tamires.

Entrevista

Tamires – O Mago dos Dados

Cara, falta 3 dias (Na época da entrevista) para acabar o Catarse, e ai?

É! Faltam 3 dias, a gente ta correndo agora pra bater a meta de 40.000 que é a meta dos anéis de condição e estamos mandando mensagem pra galera que falou que ia comprar depois do dia 30, a gente tá lá ativando todo mundo. Falta mais ou menos menos de 4400 para bater essa meta.

 

Eu fui uma das pessoas que falou que ia apoiar depois do dia 30, mas já apoiei e agora to animado. Porque eu lembro que quando vi o Catarse de vocês eu achei bastante interessante porque sempre que eu compartilhava com meus amigos, o pessoal do meu grupo de RPG que eu mestro, sobre dado artesanal era sempre coisa de fora. Ai quando eu vi uns dados bonitos e tals, achei que era de fora mas era brasileiro. E é muito engraçado porque tem pouco brasileiro fazendo isso, então eu queria saber; Quando que deu na telha tipo “Pô, vamos fazer dado de RPG”?

Olha, foi muito engraçado, acho que eu tava fuçando na timeline do Instagram e ai apareceu um dado artesanal, maravilhoso. Ai eu falei; “Meu Deus eu preciso disso”. Eu mostrei pro meu marido, e eu sempre fui do lado de artesanato e ele mais do lado empreendedor da coisa, então ele me falou; “Porque a gente não faz?”

Começamos a ver sobre, pesquisar material no Brasil. Como eu trabalho em uma empresa química já ajudou porque tem coisa com resina, consegui bater um papo com o pessoal de como funcionava e tal.

Então começamos a fazer teste e descobrimos que no Brasil falta muita matéria-prima, o básico tem que é a resina e algumas cores, mas você vai comparar com o pessoal lá de fora, alguns efeitos que eles fazem, a gente fica quebrando a cabeça, fazendo teste, mudando matéria-prima, faz coisa mirabolante de virar molde para fazer o efeito que lá eles fazem só de colocar. E ai começou a dar certo.

Além disso, meu pai ele pinta muito, então a gente comprou uma impressora 3D e, quando tem que por coisa dentro, a gente imprime e dá para ele pintar um por um para colocar dentro, ele adora e fica maravilhoso.

E ai a gente começou a subir o nível, tem alguns outros brasileiros que fazem dado e a gente troca figurinha e troca ideia com outros dice makers e não só com eles, mas também com quem faz miniatura, com quem faz ilustração, etc…

Porque a gente começou fazendo não só para vender, mas também para dar como recompensa, dar de presente e tals. Então pra quem apoiar, na caixa não vai vir só os dados como também voucher de desconto de parceiros, de ilustrador, de miniatura, de camiseta.

A gente entende que um ajuda o outro e assim todo mundo vai junto na comunidade. A gente tinha bastante medo no começo, a gente ficava se perguntando; “Será que vai vender?”, “Será que alguém vai pagar por um conjunto de dados desse?”.

 

E é surreal, né? Porque parece que quando você está começando a planejar, as coisas parecem que são de outro mundo, e querendo ou não o RPG é um hobby caro, os livros são meio caros, mas comprar dado é um nicho dentro do nicho e a gente vive em um país subdesenvolvido e tudo mais. É difícil imaginar essas coisas. Mas quando eu vi eu achei muito daora porque vocês estavam fazendo algo que eu via pouca gente fazendo e que faltava no nosso meio.
E quando vocês venderam o primeiro, foi aquela euforia, como foi?

Então, a gente foi lá, postou, e quando vendeu o primeiro, eu não me aguentava. Ai a gente começou a planejar o que mais a gente consegue fazer de diferente. Então a gente pesquisa muito no Pinterest e no Instagram que tipo de efeito dá pra fazer. Nem tudo dá certo, eu até fiz um reels mostrando quantos dados deram errado até chegar no efeito certo. É muito difícil as vezes.

O próximo que a gente quer fazer e que a gente ta quebrando bastante a cabeça é um que tem o olho de Sauron no meio e ele se mexe, mas olha, quem comprar no catarse vão ser os primeiros que vão poder comprar quando der certo.

 

Ai, minha carteira, hahahaha. Porque eu já to vendo que eu vou querer um desse, já vi fotos de alguns parecido e são muito legais!

Então, reações desse tipo são o que motiva a gente, porque a comunidade abraçou a gente demais. E o pessoal do RPG é muito criativo, então vem cada ideia louca que a gente tenta fazer e dá certo.

E eles defendem muito a gente, eles compartilham com amigos.

Até teve uma historia muito legal de uma pessoa que pediu a outra em casamento. Colocou a aliança dentro do dado do d20. Ela fez um conjunto inteiro de 8 dados e no d20 maior tinha a aliança e ela pediu o namorado em casamento. Foi muito legal!

 

Eu acho muito maneiro coisas assim. E tipo, eu conheci vocês um pouco antes do catarse e vi que vocês tem bastante dado diferente mesmo, principalmente os squishy que você pode apertar, e que eu vou usar muito para tacar nos meus jogadores. Mas eu vi também que vocês começaram a vender outras coisas como grímorios de bolso e outros que são escudos do mestre.

Então, sim! A gente começou a vender um escudo que ele é mais ou menos do tamanho de uma folha sulfite, mas ele se desdobra e se modula para a maneira que o mestre precisar. Então tem as caixinhas que o mestre pode colocar como uma pratilheira, pode colar coisa com imã, tem imã escondido dentro da madeira para grudar coisa. Se precisar de espaço pode tirar para colocar outras peças. É exatamente para cada um usar do jeito que quiser.

Assim que todo mundo receber, a gente vai colocar alguns deles pra vender a parte, porque muita gente gostou do projeto do Escudo. Nós fizemos varios testes para deixar modular, cobrimos com veludo para não machucar os dados, fizemos aberturas para caber os dados dentro.

E começamos a fazer com logos personalizados com os sistemas que o pessoal mais joga, como Cthulu, Vampiro a Mascará, Dungeons & Dragons.

Ai disso começou a vir gente procurando a gente pedindo coisa personalizada e começamos a adaptar pela demanda que as pessoas traziam.

Como a Torre de Dados, que uma pessoa nos procurou pedindo e a gente adicionou ao Catarse.

A parte criativa parte muito também da comunidade e a gente só poe a mão na massa.

 

Uma das coisas que eu mais gosto é que vocês não fazem só dado mas também acessórios para mestre, como Escudo, torre, etc…

A gente enxerga que o Mestre/Narrador é o coração da mesa, ele que incentiva, que chama, que planeja, então a gente vê que tem que dar um carinho a mais. E isso foi ideia do Bruno de fazer um escudo para os mestres puderem usar.

A gente fez uma versão do Mago, mas também desenvolvemos com outras capas. E ele é feito de couro, com fivela, tem uns 7 kg o escudo, mas ele facilita bastante para colocar as coisas dentro.

No próximo a gente planeja fazer um suporte que cruza o escudo para que o mestre possa carregar de maneira mais fácil e levar como uma algibeira. E queremos montar também uma mochilinha para deixar mais organizado ainda, por mapa com grid. Mas isso vai vir apenas no próximo apoio. Porque pra levar e jogar na casa de um amigo precisa ser bonito para usar de decoração e ter aquele impacto na mesa e algo prático para levar com mais facilidade.

 

Uma coisa que me deixou bastante curioso disso tudo; No momento que vocês abriram o Catarse tá acontecendo muitos apoios de outros sistemas de RPG, o FATE acabou de acabar, mas começou o da Coleção Arton, Aburei RPG, A.I.L.A e de outros sistemas. Não são exatamente concorrentes diretos de vocês, mas rolou algum tipo de conversa com alguns dessas editoras? O Aburei por exemplo é independente, mas a Coleção Arton é da Jambô Editora que é maior e vocês já fizeram alguns baseados em sistemas existentes, mas chegou a ter alguma conversa com editoras para fazer algo do tipo?

Então, algumas editoras procuram a gente para fazer lançamentos, mas a gente não foi muito atrás. Até não época perguntaram se a gente ia abrir o Catarse agora porque ia sair a Coleção Arton de Tormenta, mas a gente já tava programado e já tinhamos falado com a comunidade e a gente tem uma conversa muito aberta com eles.

Então perguntamos o que eles queriam e eles preferiram o Catarse e perguntamos o que eles queriam que tivesse e montamos em cima do que foi pedido. A gente inicialmente ia produzir em Março, mas vendo os prazos não daria para produzir tudo, então conversando a gente chegou para abrir em Maio, que é bem quando a gente faz um ano de Mago dos Dados. Então juntou muita coisa; Ia ser em Maio, foi o que a gente combinou, é o mês do Nerds que tinha muita coisa saindo, então fechou em Maio mesmo.

 

Vocês trabalham em trio, você, seu marido e seu pai, mas o Catarse deu muito certo e teve bastante retorno. Há algum planejamento de expansão do négocio?

Então, com 6 ou 8 meses de Mago, a gente começou a sentir necessidade. A demanda começou a ficar muito grande, tinha gente que pedia dado mais complexo e que a gente precisava de mão de obra. A parte mais crítica é a parte de lixar o dado, começamos a procurar gente que tenha essa noção e delicadeza, porque se lixar errado acabou o dado. Começamos a procurar, mas é muito dificil. No Catarse percebemos que podiamos usar para investir nisso, então nós queremos comprar maquinario para acelerar o processo e chamar alguém para lixar com o máquinario.

Mas temos varios planos para o que dá pra fazer conforme o Catarse dá certo, com máquinas para polimento, para lixamento, etc…

E com o máquinario que faz isso, a gente consegue ganhar tempo para não ter que parar e ativamente fazer essa partes.

 

Sobre planos futuros; Quando toda a campanha tiver acabado, tudo entregue, o ultimo envio for feito, quais são os planos futuros?

A gente quer voltar com a lojinha porque tem bastante demanda de dados especificos. Quando a gente começar a desafogar os pedidos a gente vai começar a pensar em uma segunda edição, conversar com os nossos parceiros que são maravilhosos e topam nossas ideias e entram no que a gente quer fazer.

 

Esse é um modelo que vocês querem continuar seguindo? Tipo, de tempos em tempos abrir um Catarse com novas coisas?

Sim, ou com variações com o que a gente já trouxe, mas deixar 6 meses para interagir com o povo e para testar novas coisas.

Estamos conversando também com desenvolvedores de jogos que trouxeram jogos de fora e que vão abrir um financiamento também e que chamou a gente para fazer os dados deles. E são dados bastante diferentes.

 

Vocês já estão vendendo dados bem diferentes que são os dados de poção, né?

Sim! E nesse quebramos a cabeça, contratamos uma pessoa e passamos algumas referências para ela nos ajudar a fazer. Teve umas 17 versões dele e ai enfim a gente conseguiu, moldamos e conseguimos fazer. A gente comemorou tanto!

E é algo muito diferente porque não tem nada parecido no Brasil, ele faz barulhinho, tem um líquido dentro. É muito legal.

 

E qual a relação de vocês com o RPG em sí? Como começaram a jogar, o que jogam?

Hoje em dia tá dificil conseguir tempo para jogar porque eu trabalho e faço MBA. Mas a gente se conheceu jovem, em uma biblioteca, jogando RPG. Ele todo metaleiro com sobretudo e eu com cabelo curtinho pontudo pintado de vermelho, jogando Vampiro, a gente se olhou e ai eu descobri que ele era o meu vizinho.

A gente virou amigo, eu mestrava Lobisomem, e ele jogava Vampiro, D&D e 3D&T.

A gente ia em um Encontro Internacional de RPG que eu fui pra ir mestrar Lobisomem. Hoje é mais comum ter mulher mestrando, mas na época todo mundo estranhou “Você mestra lobisomem?”.

Gostava de jogar também Mago a Ascensão e Changeling.

 

Para finalizar a entrevista, O que vocês esperam pro futuro e se vocês tem algum recado para o pessoal que apoiou ou está apoiando?

Cara, a gente tem muito a agradecer. Porque a comunidade abraçou muito a gente e abraçou muito a gente. Se não fosse eles a gente não estaria nem aqui.

O pessoal que divulga, que incentiva, a gente tem só a agradecer do fundo do coração, porque a comunidade é demais.

Quando a gente sobe os videos e coloca isso no fim, é porque não dá pra traduzir em palavras em como é isso. Só dá mais gás e vontade de fazer coisa diferente e apostar e pegar pra fazer algo especifico para as pessoas, a gente gosta muito desse carinho que é reciproco.

E é muito legal também porque é tudo muito transparente, quando surge alguma dificuldaded com a resina ou algo do tipo a gente diz o que aconteceu, manda foto, vídeo e a pessoa recebe muito bem. A gente envolve o cliente desde o inicio e cria junto.

O Mago não é só duas pessoas, é a comunidade inteira. O Catarse deu certo por causa de todo mundo que participou e que divulga o nosso trabalho.

O que a gente espera é virar referência e quando alguém pensar em algo sobre RPG ter a gente em mente e pensar em parcerias com editoras para seguir o trabalho.

Uma coisa que sempre vem em mente é um cara que gatinha dele veio a falecer, e ele era muito pegado a gatinha. Ele chamou a gente falando que tinha pelinhos do gato e perguntou se a gente podia fazer algo com aquilo. A gente aceitou e fizemos o set com o pelinho dentro, fizemos umas patinhas do lado de fora.

E algo que ele não sabia é que a gente fez uma miniatura da gatinha com pintura e enviamos para ele sem ele saber.

Dai quando enviamos ele tava trabalhando, enviamos pro trabalho dele e ele enviou audio chorando e agradecendo.

Essa sensação, essas historias gostosas e fazer parte delas é algo que até arrepia e para a gente é muito bom falar disso e fazer parte disso.

As pessoas voltam com esse carinho. Nesse um ano não tivemos problema (E esperamos que continue assim), porque as pessoas nos ajudam demais.

Nós só temos a agradecer.

Conclusão

O mais legal dessa entrevista inteira foi o carinho que o casal do Mago dos Dados fala do projeto deles.

Algo artesanal assim, principalmente de brasileiros, é algo que sempre me deixa muito bobo com o trabalho sendo feito. Espero que você que tenha lido tenha gostado da entrevista e se sinta inspirado a ajudar com os produtores de artigos de RPG nacionais, como eu fiquei.

Caso se interesse em ajudar, o Catarse termina no dia 04/06, e você pode ver em Página do Catarse

 


Por último, mas não menos importante, se você gosta do que apresentamos no MRPG, não se esqueça de apoiar pelo PadrimPicPayPIX ou também no Catarse!

Assim, seja um Patrono do Movimento RPG e tenha benefícios exclusivos como participar de mesas especiais em One Shots, de grupos ultrassecretos e da Vila de MRPG.

Além disso, o MRPG tem uma revista! Conheça e apoie pelo link: Revista Aetherica.

Se liga na Área de Tormenta, o espaço especial dedicado apenas à Tormenta20 e o que remete a ele! E acompanhe também as outras sessões!

Texto: Gustavo “AutoPeel” Estrela

Revisão: Isabel Comarella

Arte da Capa: Juaum Artwork

Qual o melhor PBTA, OSR ou D20 séries?

Isso é um teste. Não um teste para saber se vocês sabem a resposta, mas o meu teste para poder fazer parte do MRPG. E me pediram para escolher qualquer tema, então por que “Qual o melhor PBTA, OSR ou D20 séries?”. Simples, porque essa foi a ultima discussão que me meti dentro da comunidade RPGista, e vocês sabem como a galera adora discutir sobre qual é o melhor tipo de RPG, é como aquelas competições infantis de quem cospe mais longe ou quem tem o pé maior (Eu disse pé viu).

Mas e sobre a pergunta? Bom, vamos a ela: Obviamente que a resposta é: Depende do que você mais gosta, não existe certo ou errado em termos de RPG, o certo mesmo é reunir uma galera e marcar uma mesa para jogar, claro, uma galera que tenha gostos parecidos e que curtam o tema e o sistema. Entretanto como saber sem jogar? Impossível não é? Não tem nada pior do que o velho: Não comi e não gostei.

Mas claro, entender melhor o que a galera gosta em cada um também é uma forma de poder decidir, contudo nada é melhor do que uma experiência em primeira mão, portanto achei interessante detalhar os argumentos que discutimos previamente.

Argumentos

A primeira questão é sobre publico: Acreditamos que os mais jovem tem menos tempo e menos contato social, precisando de um jogo mais rápido e direto, como menos tempo de presset e uma curva de aprendizado mais rápida, afinal, eles tem suas mídias sociais, a escola, cursos, esporte, videogame, series de streaming, gibis/mangas, o que não falta é atividades para tomar o tempo deles.

Enquanto jogadores mais velhos vão querer algo com menos “botões” (testes que automatizam as ações dos jogadores), dando mais importância a experiência dos jogadores.

Além disso, as tecnologias tanto aproximam pessoas quanto as afastam, e não é mais tão comum a galera se reunir após a escola, porque não tem nada melhor para fazer e a sessão da tarde da TV só tem reprises.
E olhando esse aspecto, sistemas com livros recheados de regras de 200 a 600 páginas passam a ser menos adequados, mas não necessariamente menos atrativos, já que a maioria dos sistemas com melhor marketing como o DnD, são desse tipo, e acabam caindo nas graças dos jovens justamente por conta da questão da marca.

Do mesmo jeito que eles se sentem muito melhor dizendo que foram ao Mequi do que foram ao sanduiche da esquina (que pode inclusive ser muito melhor em termo de qualidade). Essa é uma questão inerente ao capitalismo e impossível de ser ignorada.

A segunda questão é sobre a temática e sobre o detalhamento de armas, habilidades, raças, vantagens e magias, que podem ser ter mais ou menos opções, e serem mais ou menos detalhados.

Os Três Candidatos

Voltando aos 3 tipos de sistemas citados: Os PBTAs são para os jogadores algo mais simples, rápido de aprender e atende bem tanto a iniciantes como jogadores avançados, como um dinamismo maior, opções de evolução muitas vezes na própria ficha evitando consultas constantes ao livro, movimentos que aceleram a curva de aprendizado e ótimas chances para aprender jogando até mesmo participar do RPG de forma colaborativa. Porem é menos detalhados nos critérios de escolhas de habilidades, magias, armas e etc.

Os OSR são mais simples também, tendo geralmente um presset relativamente rápido, evitam os botões e são melhores para jogadores mais experientes, mas tem como nível de fatalidade e a competitividade da sobrevivência seu maior atrativo.

Por ultimo os D20 séries são os mais complexos, com uma curva de aprendizado mais lenta, exigem muito mais tempo e dedicação dos jogadores e um maior presset antes do jogo, mas em compensação são os mais detalhados em termos de armas, habilidades, regras e magias, e por isso podem parecer mais realistas, o que se torna um dos seus maiores atrativos.

Por Fim

Espero que essa pequena analise seja útil principalmente para quem está iniciando no mundo do RPG ou para quem gostaria de conhecer novos tipos de sistemas.

Space Dragon – Guia de Criação de Mundos

Uma das coisas mais legais de campanhas de ficção científica vintage é a possibilidade de explorar planetas estranhos com lógica duvidosa. Uma das coisas mais legais dos RPGs oldschool são as tabelas de coisas aleatórias. Space Dragon conseguiu unir essas duas coisas de um jeito bem legal. Vamos falar um pouco sobre isso.

Flutuando em uma lata de estanho

As regras para criação de planetas começam na página 193. São várias tabelas que podem dar uma grande variedade de resultados. Vamos passar por cada uma delas enquanto criamos um planeta de exemplo.

T11-5: Superfícies

A primeira tabela descreve aspectos bem gerais, incluindo descrições da fauna, flora e temperatura padrão, porém, fauna e flora também podem ser jogadas separadamente depois. Vamos usar as duas: a desta tabela será uma visão geral do planeta, enquanto a próxima será a região específica onde a tripulação irá pousar.

Rolamos 4 no nosso d10. Isso nos dá um planeta com superfície vulcânica, com répteis habitando o lugar, líquens como opção de alimentação padrão para estas criaturas e temperatura altíssima.

Outro método para criar mundos alienígenas legais é tentar descrever qualquer ilustração do Roger Dean.

T11-6: Atmosfera

A atmosfera pode ser ou não respirável e gerar efeitos colaterais prejudiciais para uma população despreparada, principalmente se eles foram obrigados a fazer um pouso forçado. É importante lembrar que, mesmo se rolarmos aqui uma atmosfera imprópria,  precisamos encontrar uma justificativa para a presença das criaturas que já estão no nosso planeta, como bolsões de ar respirável, cavernas habitáveis ou algo assim.

Com resultado 1 em 1d10, tivemos a sorte (ou melhor: os jogadores tiveram) de ter uma atmosfera padrão, com ar respirável. Também não precisamos nos desdobrar para conseguir explicar resultados muito bizarros ou discrepantes, que sempre pode ser complicado se estivermos fazendo isso no meio da sessão.

T11-7: Fauna

A tabela T11-5 nos deu uma visão geral do nosso planeta, mas aqui vamos conseguir algo mais específico para a região onde a nave dos jogadores pousou. Isso pode ajudar a trazer diversidade para o planeta, principalmente se você caprichar na descrição.

Dessa vez, os dados nos trolam, e com resultado 1 em 1d6, temos um maravilhoso grupo de mamíferos terrestres! Em um planeta vulcânico extremamente quente! Bom… no nosso planeta, camelos e jerboas são exemplos de mamíferos que conseguem tolerar boas quantidades de calor. Então, teremos aqui um grupo de ratinhos parecidos com jerboas que são implacavelmente caçados pelos lagartos grandões que dominam o lugar.

T11-8: Flora

A flora padrão do planeta são líquens, mas, como definido anteriormente, vamos usar essa tabela para tentar conseguir alguma diversidade para nosso planeta, com biomas diferenciados para a região onde o grupo de personagens se encontra. Novamente, capriche na descrição.

E, claro, os dados nos trolam novamente com um 6. Flora predominante inexistente. Já definimos que os lagartões caçam os ratinhos, mas os ratinhos comem o quê? Vamos usar nossa criatividade e poder de mestre para botar mais um passo nessa cadeia alimentar: Há vários insetos que se alimentam dos líquens que crescem na superfície rochosa do nosso planeta vulcânico. Esses insetos vão servir de alimento para nossos ratinhos e ajudar a dar uma diversidade para esse ecossistema bizarro.

Até agora, nosso planeta é praticamente um cenário de tokusatsu.

T11-9: Sociedade

A cereja do bolo: aqui definimos os habitantes inteligentes que nossos aventureiros espaciais vão encontrar. A tabela não nos dá raças ou espécies humanoides, apenas a forma básica de organização social. Podemos escolher uma raça alienígena que combina com as características do planeta que criamos até agora.

Naturalmente, homens-lagarto combinam bem com o cenário. Então, os repto-sapiens da página 220 serão nossa raça básica. Claro que poderíamos usar qualquer outra ou até inventar uma. Com 1 em 1d8, descobrimos que eles se organizam em uma monarquia. Teremos um grande rei-lagarto no centro da sociedade. Essa é a parte mais legal de inventar, e possivelmente é onde os PJs mais vão gastar seu tempo.

Nosso planeta terá uma monarquia religiosa, onde um sacerdote serve de porta voz para um lagarto gigante que serve como rei. O lagarto gigante possui mente e vontade próprias, mas se comunica apenas com o sacerdote.

Os outros homens e mulheres-lagarto trabalham cultivando líquen e criando répteis e outros animais que servem como a base do sustento da sociedade. Eles conseguem minerar e forjar metal, mas a base de sua tecnologia é a rocha vulcânica, que aprenderam a moldar em grandes estruturas.

Nome e Descrição

O livro sugere um nome pseudocientífico baseado na nossa rolagem: HL-41161. Por outro lado, os homens-lagarto que habitam o lugar certamente possuem língua própria e nomes mais naturais para as coisas que estão ao seu redor. Esse ponto se resume a aparar as arestas usando seu poder de mestre e preencher os detalhes que faltam. Você também pode usar o que foi sorteado até aqui para criar uma tabela de encontros aleatórios. Algumas sugestões que estão no livro básico: aranha gigante, crocossauro (com alguma mudança de descrição para adaptar ao ambiente rochoso), dragão venusiano, formigácida, gigantossauro, homem-lagarto (para grupos de bandidos errantes), lagarto do deserto e monstro de lava.

Vocês finalmente chegam ao planeta HL-41161, também conhecido como Planeta Arktar por seus habitantes. Segundo o computador de bordo, o rei Arktar é um lagarto-gigante centenário que só se comunica com seu sacerdote, Okdar. Mesmo assim, a população confia nos religiosos e segue sua vida em paz. O ambiente vulcânico é hostil, por isso a maioria dos repto-sapiens vive em cavernas, onde constroem incríveis cidades usando rocha vulcânica, que aprenderam a trabalhar enquanto ainda está quente, criando uma arquitetura única. Eles sobem à superfície apenas para trabalhar em suas fazendas durante a noite, quando o clima é mais ameno. Eles criam grandes lagartos para tração animal, bem como mamíferos menores e insetos para servir de comida. 

Fun fact: eu uso o rolador de dados do Google enquanto escrevo esses tutoriais.
Fiz a mesma coisa no Guia de Criação de Personagens.

Por fim

Criar mundos únicos para Space Dragon parece desafiador a princípio, mas é mais simples e divertido do que parece. Algumas referências científicas sem dúvida podem ajudar, mas não precisa ser uma grande preocupação, já que a maior referência são aqueles ficções científicas meio galhofentas dos anos 50 e 60. Se você leu até aqui e ainda não sabe do que estamos falando, veja a página oficial ou nossa resenha.

Bom jogo a todos!

Space Dragon – Resenha

Space Dragon, escrito por Igor Moreno e publicado pela Buró, é um jogo-irmão de Old Dragon, no sentido que ambos compartilham o sistema de regras e têm um forte apelo oldschool. Mais do que isso: Space Dragon traz um sabor retrofuturista muito interessante, trazendo à mente referências como Flash Gordon, Space Ghost e até Herculóides!

D&D Old Dragon no Espaço

A ideia de pegar um cenário de fantasia e jogar pro espaço não é nova. AD&D teve Spelljammer, Pathfinder teve seu Starfinder e até Tormenta teve sua versão de exploração espacial no suplemento Mundo dos Deuses, onde os planos divinos formam um sistema planetário (mais tarde meio que oficializado na campanha da Twitch Guilda do Macaco).

O grande diferencial do Space Dragon, contudo, é justamente unir esse apelo retrofuturista (mais especificamente, essa sub-estética do retrofuturismo conhecida como Raygun Gothic) com um sistema simples e elegante como o de Old Dragon, que desafia mais para a criatividade e esperteza dos jogadores do que as fichas de seus personagens.

Capacetes redondos e armas de raio que fazem “bzíum” fazem parte do clima.

Sistema

Quem está familiarizado com Old Dragon não vai se surpreender muito. O sistema de regras é baseado em Old Dragon e traz para o Space a essência OSR. O básico do sistema d20 continua funcionando normalmente aqui: para atacar, você rola 1d20, soma alguns modificadores e precisa vencer a defesa do adversário.

Atacar? E as outras coisas? Bom, quem está familiarizado com sistemas OSR já sabe que não existem muitas outras coisas nas regras além disso, mas isso não é um defeito: é uma característica. Para fazer qualquer outra coisa, você simplesmente descreve o que seu personagem vai tentar. Quer se esconder do alienígena? Nada de “eu rolo furtividade”. É mais para “tem alguma pedra ou máquina por perto que eu possa usar para me esconder?”. Em geral, esse diálogo entre jogador e mestre é suficiente para avançar a história. Se você precisa mesmo fazer uma rolagem, jogue 1d20 e tente tirar um número menor que seu atributo.

Classes

As principais classes do Old Dragon (e do D&D clássico) estão representadas aqui: Cosmonauta (Guerreiro), Gatuno (Ladino), Cientista (Clérigo) e Mentálico (Mago). Cosmonautas e Gatunos funcionam de um jeito muito parecido com suas contrapartes medievais. Mentálicos possuem certa flexibilidade se comparado com os Magos, já que seu limite diário de magia não é representado pelos famosos círculos de magia, e sim pelo Alcance Mental, que funciona mais ou menos como PMs de RPGs eletrônicos. Cientistas, por sua vez, não usam magia como os clérigos, mas fazem inventos, que requerem um pouco mais de tempo. Contudo, possuem uma habilidade análoga ao famoso Expulsar Mortos-vivos dos clérigos chamada Desativar Robôs (mas precisam construir um invento chamado Disruptor Positrônico antes).

Além disso, há também regras para naves, veículos e combates espaciais. Não podia faltar.

Se você quer fazer alguma coisa em Space Dragon, descreva. Os dados não vão salvar você.

Cenário

O cenário em Space Dragon não é profundamente descrito, mas sim sugerido através das raças, criaturas e outros elementos apresentados. A ideia é que o mestre construa seus próprios planetas, sociedades, guildas, missões e etc. No melhor espírito oldschool, temos tabelas para gerar planetas e relíquias tecnológicas aleatoriamente – algo muito divertido!

As raças disponíveis para os jogadores são apenas três: Humano, Androide e Mutante. Mutante é a mais flexível de todas, com mutações sorteadas aleatoriamente em tabelas. Por outro lado, há várias raças alienígenas no bestiário, como Zorks (sim, são Orcs com “Z” na frente, e daí?), Xhenianos, homens-lagarto e outros. Há também dragões planetários e toda sorte de monstros esquisitos para o mestre povoar os planetas que inventar.

Nas capas internas há um mapa espacial com algumas localizações com nomes como Colônias Lunares ou Minas de Jóias de Zentarr, mas não há descrição desses locais no livro. São apenas sugestões evocativas para que o grupo preencha com sua imaginação.

“O mutante cosplay de Han Solo vai na frente com os três robôs. Eu vou… hã… buscar uma coisa na nave.”

Por Fim

Space Dragon é um RPG interessante, descontraído, com um sabor diferente dos outros RPGs espaciais do mercado. O efeito nostalgia parece ter apelo pra galera da minha geração, nascida no final da década de 80 (também conhecidos como Millenials ou “bando de véio paia”), mas acredito que o jogo vai além disso. O fato de não ser uma ficção científica “hard” dá ao grupo a liberdade de ter sessões despretensiosas e descontraídas, sem se preocupar necessariamente com a velocidade de dobra especial de cada nave. No site da Buró há uma versão fastplay gratuita para download, bem como outros materiais e aventuras.

E não esqueça de ver também nossa campanha de Old Dragon 2.

Bom jogo a todos!

Classes Sociais no RPG – Aquela Regra da Casa

Você utiliza classes sociais em seus jogos de RPG? Para alguns RPGs, D&D, por exemplo, não há regras para isso, mas e se tivesse?

A maioria das pessoas já utilizou RPGs baseados no sistema d20, como o próprio D&D, Pathfinder, entre outros, e se depararam com o momento de comprar equipamentos.

E nesse ponto viram a tabela que indica a quantidade de recursos iniciais baseada em cada classe, onde magos ganham poucos recursos e guerreiros tem bons recursos iniciais, para conseguir comprar seu escudo e espada.

E se o guerreiro fosse simplesmente um homem livre ou ex-servo, que limpa terrenos para comprar o pão de amanhã?

Concordo que se sua aspiração é vir a ser um guerreiro, ele guardará todo o centavo que conseguir para chegar ao ponto de comprar os seus tão sonhados equipamentos iniciais, porém essa jornada seria muito mais trabalhosa e longa.

Isso não implicaria no histórico desse personagem?

Ter de trabalhar horas e horas sem descanso, para juntar a grande quantia de recursos que um guerreiro ganha inicialmente exige que o jogador explique isso no histórico.

A história de que ele tem 18 anos e resolveu começar sua jornada um belo dia, porque seus pais foram assassinados por uma tribo de orcs já não cola, não acha?

Classes sociais no RPG?

Classes sociais existem em nossa realidade até hoje, porém eram muito presentes no período do feudalismo e antes.

Nos jogos de RPG as mesmas existem amplamente, sendo utilizadas pelo narrador para descrever reis, rainhas, grandes comerciantes, normalmente pessoas que contratam os personagens para fazer algo que eles mesmos não querem fazer.

Porém os jogadores não tem a opção de utilizar, com benefícios e deveres, essas classes sociais, não há regras descritas nos RPGs mais comuns de fantasia medieval, como D&D ou Pathfinder.

Possibilitar que os jogadores também sejam, por exemplo, artífices ou comerciantes, contudo buscando uma vida de aventuras, enriquece tanto a história do personagem, como o envolvimento dos jogadores com a campanha, além de gerar bons ganchos para o mestre.

Dessa forma, o que proponho não é algo que ninguém nunca viu ou ouviu, classes sociais existem em qualquer jogo, principalmente com a temática medieval.

Neste post, com essa house rule, seus jogadores terão os benefícios e as consequências de serem de classes sociais distintas, fazendo com que incrementem os históricos dos personagens, além de permitir mais ganchos para o mestre utilizar.

Esta house rule eu criei baseadas na primeira edição de Tagmar, a minha primeira experiência no RPG.

Não conhece Tagmar? Ele está na sua versão 3.0.

Clica aqui e confere a resenha sobre esse RPG totalmente brasileiro!

Classes Sociais

Cada classe possui benefícios exclusivos, por exemplo o artífice ganha +2 nos testes de Ofício e Avaliação, demonstrando sua expertise.

Além disso, o jogador pode alterar sua classe social, empenhando tempo de estudo e prática de perícias.

Em termos de regra, o jogador pode aumentar sua classe social gastando pontos de perícia, conforme a tabela mais abaixo.

Isso demonstra que o personagem dedicou um tempo valioso trabalhando ainda mais arduamente, aos fins de semana ou a noite, e isso fez com que tivesse menos tempo, de preparo e estudo, para focar no que almeja, ser um guerreiro ou mago, digamos.

Ex.: Um personagem, rolando os dados, adquire, por exemplo, a classe social de pessoa livre, ele gasta os pontos de perícia e altera sua classe social para Pequeno Comerciante, demonstrando que através do seu árduo trabalho, conseguiu progredir em sua classe social, sob pena de seus estudos.

Lembrando que não é possível ter uma classe social maior que Alta Nobreza, visto que reis, por exemplo, são necessários em seus reinos e não saem caçando aventuras e dormindo no chão duro, ou em estalagens baratas.

Descrição das Classes Sociais.

Ex-Escravo

O personagem é um ex-escravo. Teoricamente ele é uma pessoa livre. Porém, sua antiga posição é reconhecida por sinais claros (tatuagens, marcas, etc.). Assim, ele sofre os estigmas de ter sido um escravo, exceto que não estará sendo procurado por fugir, uma vez que é livre, e não possui um senhor para lhe dar ordens ou confiscar suas posses.

Dessa forma, personagem soma +2 nos testes de arte da fuga e cura, como parte de seu tempo de escravidão, evitando ser pego em algum momento e cuidando de seus próprios ferimentos.

Ex-Servo

O personagem é um ex-servo de algum nobre. Ele é uma pessoa livre. Porém, sua antiga posição é reconhecida por traços claros de comportamento e vestimentas. Assim, ele sofre os estigmas sociais característicos dependendo do meio social a que estiver.

Nesse sentido, o personagem soma +2 nos testes de diplomacia e blefar, como parte de seu tempo de servidão.

Livre

O personagem é uma pessoa livre. Faz trabalhos para ganhar dinheiro, tanto por “empreitada” ou sendo funcionário de uma classe social comerciante.

Assim, o personagem soma +2 nos testes de conhecimento local (cidade onde mora ou região) e sentir motivação, como parte de seu tempo buscando e reconhecendo oportunidades de fazer dinheiro.

Pequeno Comerciante

O personagem é um pequeno comerciante. É preciso escolher uma profissão (mesmo não ganhando a perícia como sendo de sua classe de personagem) e sua mercadoria principal, a qual começará com um pequeno estoque (15 PO em mercadorias).

Dessa forma, ele pode ter herdado suas mercadorias de seus pais ou tê-las adquirido durante sua caminhada. Bem como tem contato com um fornecedor de suas mercadorias principais (a escolha do jogador). Contudo o mestre deve criar esse fornecedor como um Personagem do Mestre e reservá-lo para aparições ocasionais.

Além disso, o personagem ganha +2 nos testes de Profissão e Avaliação que envolvam sua mercadoria principal.

Artífice

O personagem é um artífice e tem uma especialidade em ofícios a escolha do jogador, mesmo não ganhando a perícia como sendo de sua classe de personagem.

Assim, ele tem acesso a uma oficina e ferramentas complexas (não próprias) em alguma cidade ou vilarejo para trabalhar no objeto de seu emprego (forjas, estaleiros, curtumes, etc.). Bem como tem contato com um comerciante para quem fornece mercadorias pelo preço padrão. O mestre deve criar esse comerciante como um Personagem do Mestre e reservá-lo para aparições ocasionais.

Bem como, o personagem ganha +2 nos testes de Ofício e Avaliação que envolvam fabricação ou restauro do objeto de seu emprego de artífice.

Grande Comerciante

O personagem herdou ou criou uma pequena fortuna e uma grande influência como comerciante de uma mercadoria específica, a critério do jogador. Dessa forma, ele precisa escolher uma profissão (mesmo não ganhando a perícia como sendo de sua classe de personagem) e sua mercadoria principal. Nesse sentido, ele é muito influente em uma guilda regional e tem conhecimento de rotas comerciais, comerciantes legalizados e itens que podem ser encontrados em sua área de abrangência (em geral um reino inteiro).

Nesse sentido, o personagem deve possuir uma tenda de comércio em algum lugar de uma cidade média ou grande, na qual ele não precisa trabalhar diretamente. O serviço lhe rende 10 moeda de prata por semana, já descontados todos os custos, mas ele precisa ir até o local resgatar o pagamento.

Além disso, o personagem também tem acesso a qualquer item mundano vendido em sua área de abrangência com 10% de desconto (além dos possíveis descontos oriundos de uma boa negociação).

Baixa Nobreza

O personagem é um cavaleiro real, um barão ou um visconde. Ele herdou esse título de seus pais por ser o primogênito ou o conquistou por algum feito que tenha realizado no passado.

Nesse sentido, o título de nobreza dá direito a possuir um brasão que o identifica como nobre. Assim como, o título vem acompanhado de propriedades e vassalos da extensão de um vilarejo no interior de um reino (pessoas livres que lhe pagam impostos). Além disso, os impostos lhe garantem uma renda semanal de 20 moedas de prata.

Assim, seu título garante que você faça testes de diplomacia e intimidação com bônus de +2 contra todas as Pessoas Livres, Comerciantes e Baixa Nobreza do seu reino e pela Baixa Nobreza de outros reinos. Assim como você é a autoridade máxima em sua cidade quando o monarca não está presente.

Alta Nobreza

O personagem é um conde, um marquês, um duque ou detém algum outro título equivalente. Dessa forma, ele herdou esse título de seus pais por ser o primogênito ou o conquistou por algum grande feito que tenha realizado no passado.

O título de nobreza lhe dá direito a possuir um brasão que o identifica como nobre. Além disso, o título vem acompanhado de propriedades e vassalos da extensão de uma cidade em qualquer lugar de um reino (interior, fronteiras ou litoral). Bem como, os impostos pagos pelos seus súditos lhe garantem uma renda semanal de 2 moedas de ouro, contudo você precisa estar nas suas terras para coletar estes recursos.

Do mesmo modo que seu título garante que você faça testes de diplomacia e intimidação com bônus de +2 contra todos os habitantes do seu reino e pela Baixa ou Alta Nobreza de outros reinos. 

Além disso, você é a autoridade máxima em sua cidade quando o monarca não está presente e detém certa autoridade em todas as outras cidade do mesmo reino.

Pondo em prática

Para tornar o uso desta regra mais justa, em termos de obter seus benefícios, segue uma tabela abaixo.

Primeiramente você encontra o valor correspondente ao resultado do dado que tirar, logo após há a classe social para o resultado adquirido.

Agora, na coluna seguinte você encontra o custo em pontos de perícia necessários para melhorar sua classe, assim como o rendimento específico e um valor médio, caso queira escolhê-lo ao invés de lançar os dados.

Assim, role 1d20 e. em seguida, veja o resultado na tabela.

Resultado Classe Social Custo Pontos Rendimento Valor médio
1, 2, 3 Ex-escravo 2d4x10PP 40 PP
4,5,6,7 Ex-servo 6 4d4x10PP 80 PP
8,9,10,11,12 Livre 8 6d4x10PP 120 PP
13,14 Pq. Comerciante 10 2d6x10PO 60 PO
15,16 Artífice 12 4d6x10PO 120 PO
17,18 Grd. Comerciante 14 6d6x10PO 180 PO
19 Baixa Nobreza 16 8d6x10PO 240 PO
20 Alta Nobreza 18 10d6x10PO 300 PO

Dessa forma, aconselho que anote na parte principal da ficha, na primeira folha, sua classe social, bem como anote as características dela em algum local secundário, a fim de ter sempre à mão.

Rendimentos por classe social

Junto com os benefícios de cada classe social descritos anteriormente, o jogador tem recursos específicos, de acordo com sua classe social, conforme pode ser visto na tabela acima.

Dessa forma, ao rolar os dados de acordo com sua classe social, você tem direito a escolher entre rolar os dados para descobrir seu rendimento ou escolher a média. 

Esta nova regra de rendimento pode ser usada em substituição ao que consta no livro, ou, se você quer que seus jogadores tenham recursos sobrando, pode utilizá-la em adição as regras do seu sistema preferido.

Nesse sentido, utilizando em adição ao sistema, um personagem da classe Mago, por exemplo, em Pathfinder 1º Ed., com uma classe social de baixa nobreza, teria os seguintes recursos abaixo.

2d6 × 10 PO por ser mago, mais 8d6x10 PO da sua classe social de baixa nobreza.

Assim, um jogador muito azarado poderia ficar com, no mínimo 100 PO iniciais, ou, se fosse muito sortudo, 600 PO.

Além disso, lembrando que o personagem pode aumentar sua classe, a custo de pontos de perícia.

Por fim

E então? O que acha de utilizar classes sociais na sua campanha para incrementar um pouco mais as coisas?

Assim, utilize estas regras de casa e me conte, nos comentários, o que achou!

Lembrando que estas regras não foram feitas para oprimir seus jogadores ou mesmo dificultar a narrativa do mestre.

Elas foram pensadas para trazer um envolvimento maior do personagem com o mundo que estão inseridos.

Se estas regras causarem, por exemplo, dificuldades ou constrangimentos ao seu jogo, tire-as na mesma hora!

Nada como um bom acordo entre jogadores e narrador para saber até que ponto a campanha ou sessão deve ser levada.

Algo similar ao contrato do horror, apresentado em RPGs como Kult.

Não conhece?

Então leia a matéria do Gustavo sobre Kult e o Contrato do horror.


 

Por último, mas não menos importante, se você gosta do que apresentamos no MRPG não esqueça de apoiar pelo Padrim, pelo PicPay, pelo PIX e agora também no Catarse!

Sendo assim seja um patrono do Movimento RPG e tenha benefícios exclusivos, bem como participar da Vila de MRPG.

Além disso, o MRPG agora tem revista!

Apoie no Catarse pelo link abaixo.

Revista Aetherica

Por dentro do Catarse (Novembro)

Sejam bem-vindos aventureiros a mais uma conversa sobre RPG’s em financiamento coletivo, uma pequena exploração por dentro do catarse esperando que estes possam acrescentar a sua biblioteca de jogos. No mês de Novembro temos alguns RPG’s que estão em financiamento, menos que mês passado, mas todos muito interessantes dê uma olhada.

Por dentro do Catarse

iHunt – Matando Monstros na Economia dos Bicos

iHunt é um RPG sobre historias de personagens que reagem as piores circunstâncias absurdas, enquanto também lidam com a precariedade e empregos em baixa. Então como uma bela solução pra essa falta de oportunidade de emprego temos o iHunt aplicativo de caçar monstros por dinheiro, mas até onde vale caçar por essa grana, afinal quem diabos iria trampar num serviço como esse?

Editora: IndieVisivel Press

Meta: R$36.000,00

Quanto já alcançou: 31% da meta já foi arrecadado.

Recompensas: A partir de 35 a 750 reais ( Então temos recompensas desde as digitais até recompensas de livros ideais para grupos que querem adquirir o material para todos terem um exemplar).

Sistema: Sistema Fate.

Data final da campanha: Até o final do dia de 09/12/2021.

Então vai ou não aceitar esse trampo? O Boleto estava para vencer não era?

Imagens do catarse do projeto

 

Sangue & Trevas

Sangue & Trevas um RPG no qual você estará ambientado numa sociedade repleta de corrupção com as ruas dominadas por violentas gangues e igrejas disseminando a ignorância na população. Mas você está a margem disso tudo, sendo uma criatura das sombras planejando a derrubada de seus inimigos e fazendo de seus aliados marionetes em seu jogo. Então você está disposto a fazer tudo pra conquistar o que deseja nesse mundo caótico.

Editora: Craftando Jogos

Autor: Panon Corvo da Tempestade

Meta: R$4.500,00

Quanto já alcançou: 187% da meta já foi batida ( Tendo adição de novas criaturas, especializações e cartas).

Recompensas: A partir de 30 a 170 reais ( Com os materiais em digital ao mais completo na sua casa).

Sistema: Powered by the Apocalipse [PbtA].

Data final da campanha: Até o final do dia de 07/12/2021.

Imagem do catarse do projeto sobre a qualidade do material

 

Academia Arcana

Academia Arcana é um RPG que se passa em um mundo mágico voltado para criança e adultos que desejam se aventurar pelo fantástico. Viajando nessa fantasia com mares cheios de tesouros e piratas, reinos ameaçados por dragões. Além de uma infinidade de opções que o livro auxilia para que aconteçam.

Editora: Editora CHA

Meta: R$4.300,00

Quanto já alcançou: 89% da meta batida.

Recompensas: A partir de 10 a 170 reais ( Desde aqueles que está só para auxiliar com o que der aos com todos os livros que vão sair nesse catarse ).

Data final da campanha: Campanha Flexível, então ainda não está determinada a data final.

imagem do livro base no catarse do projeto

 

Bestiário do Folclore Brasileiro

Bestiário do Folclore Brasileiro é um compêndio de criaturas com mais dezenas de seres dos nossos mitos não somente aqueles mais famosos, mas também mitos de cada região do nosso querido brasil. Esse é um material inédito que conta com criaturas dos mais diversos níveis e tipos mesma criatura a fim de dar vida as suas aventuras possuindo o bestiário 60 fichas de criaturas e NPCs.

Editora: Tria Editora

Meta: R$30.000,00

Quanto já alcançou: 77% já foi batida nos primeiros dias da campanha.

Recompensas: A partir de 40 até 505 reais ( Mas é importante falar que está tendo recompensas extras para aqueles que apoiarem nos primeiros dias ou seja na data desse post até amanhã ).

Sistema: 5e, T20 e Pathfinder 2e ( As criaturas possuíram uma versão situada em cada um desses sistemas então fica ao seu critério escolher nas recompensas o sistema que mais gosta ou levar os 3).

Data final da campanha: Até o final do dia de 16/12/2021.

Imagem ilustrativa do catarse do projeto

O Bestiário Fantástico de Shardäg Jangal

O Bestiário Fantástico de Shardäg Jangal será o primeiro livro entregue da Pumpkin Studio inspirado totalmente pelo nosso bioma brasileiro para entregarem as criaturas mais fantásticas. Criaturas essas inéditas, baseadas nesse olhar para a nossa fauna e flora nacional que estarão totalmente prontas no sistema de d20.

Autoria: Pumpkin Studio

Meta: R$48.000,00

Quanto já alcançou: 11% da meta já foi alcançada.

Recompensas: A partir de 89 até 800 reais ( Desde materiais digitais até miniaturas, livros, mapa, set de dados comemorativo e outras coisinhas para complementar sua sessão).

Sistemas: d20 ( As criaturas estarão nesse sistema ).

Data final da campanha: Até o final dia de 01/01/2022.

imagem do catarse do projeto

Concluindo

Então antes de finalizarmos por hoje, um pedido, se quiser ou puder auxiliar o nosso trabalho aqui do Movimento RPG considere tornar-se um de nossos patronos :).

Pugmire RPG – Como criar o seu cão personagem!

Como criar o seu cão personagem?

Você já sabe, a New Order está em financiamento coletivo do seu novo projeto, Pugmire RPG, onde o jogador não cria um personagem como elfo, meio-orc, anão nem mesmo humano. Você cria um Cão.

É isso mesmo, você assume o controle de um cão humanoide, andando em duas patas, com polegares opositores para manipulação de armas e ferramentas de diversos tipos.

Pugmire é um RPG de fantasia pós-apocalíptico, onde os humanos deixaram de existir, no qual a natureza tomou o controle do planeta novamente para si e que cães, e outras espécies de animais, tentam reorganizar o lugar, tornando-o menos selvagem e feroz.

A criação de personagens jogadores em Pugmire é simples, como vem sendo no sistema D20, por meio do Dungeons & Dragons (D&D) 5ª edição, o qual serve como base para este RPG.

Há algumas alterações de nomenclatura, mas somente para propiciar uma melhor imersão ao tema, como vocês podem conferir abaixo, no processo de criação de personagem. E além destas, o mestre do jogo, ou narrador, é chamado de Guia.

Criando um bom cão.

O processo de criação de um personagem jogador em Pugmire é bem simples e muito bem guiado, mas vamos lhe dar um passo a passo, com as principais informações do jogo!

Nesse passo a passo, vamos fazer um pouco diferente e realmente criaremos um personagem 100% jogável.

Nosso bom cão…

Começaremos pensando no nosso arquétipo de personagem.

O nome dele será Shaw English-Sheepdog, da raça Old English Sheepdog (OES), essa raça não consta no livro de Pugmire, escolhi ela justamente para mostrar que, com um pouco de pesquisa, todas as raças de cães são jogáveis.

A raça OES é definida como pastora, em decorrência de sua origem e usos comuns de antigamente, então mais para frente, vocês verão essa parte sendo importante.


Por exemplo, Shaw é um caçador, ele vive seus dias lutando contra forças do invisível, tentando trazer paz para o mundo, sempre com palavras de saberia, mesmo quando ninguém as pediu.


 

Primeiro passo, a Vocação!

Você escolherá entre os 6 tipos principais de vocações, que basicamente são as classes de D&D, elas são:

  • Artesãos: são os usuários de magia arcana, como os magos e feiticeiros;
  • Guardiões: são como os guerreiros e combatentes padrão;
  • Caçadores: são como os rastreadores e arqueiros;
  • Rateiros: estão são o equivalente aos ladinos e afins;
  • Pastores: são os sacerdotes, os tão conhecidos clérigos, usuários da magia divina.

Conforme dito antes, Shaw será um caçador, teve seu antigo grupo, incluindo seu mentor, dizimado em uma caçada e agora tenta honrar seus antigos companheiros combatendo um monstro de cada vez.

Ele prefere ataques á distância, recorrendo ao aço de sua espada somente em último caso.


Escolhendo a vocação, você já ganha alguns benefícios e opções de escolha, conforme abaixo:

Dados de Vigor: d10;

Pontos de Vigor: 10 + modificador de Constituição por nível;

Habilidades Primárias: Destreza e Sabedoria;

Perícias: Devemos escolher duas entre as disponíveis no livro, escolhemos Conhecimento Natureza e Sobrevivência para este personagem;


Shaw viveu com seu mestre em peregrinação, indo de cidade em cidade buscando conhecimento para derrotar monstros cada vez mais ferozes, por fim ele sabe muito bem se virar na natureza e sobreviver nas incertezas na mata.


Mochila: 

Escolhendo caçador, temos alguns itens já básicos, tais como: uma arma de ataque a distância, uma arma branca, munição sobressalente, um conjunto de armadura leve ou média, tochas, rações e um troféu ganho sob circunstâncias incomuns.


O troféu será um chifre de monstro, com símbolos talhados de origem desconhecida, mas a princípio humana, que foi deixado pelo seu mentor quando este faleceu.


Primeiros truques:

(são os equivalentes aos talentos do D&D) ganhamos alguns básicos e temos a opção de escolher entre ArqueariaExploração Natural.


Shaw é um ótimo arqueiro, como resultado, naturalmente, escolheremos Arqueria, por fim seus primeiros truques ficam assim:

Aptidão para Arma Simples, Aptidão para Arma Marcial, Aptidão para Armadura Leve, Aptidão para Armadura Média, Aptidão para Escudo e Arqueria.


 

Segundo passo, sua Raça e Família.

Neste ponto existem 6 conceitos de raças, mais os Vira-latas, conforme abaixo:

  • De Companhia – Alguns exemplos são: Affenpinscher, Chihuahua, Papillon, da Pomerânia, Pug e Shihtzu;
  • Atléticos – São exemplos: Bernese, Bulldog, Dálmata, Doberman, Mastin e Pireneus;
  • Pastores – São exemplos: Pastor de Brie, Canaã, Colie, Corgi, Alemão e Cão Pastor;
  • Rastreador – São exemplos: Cão de Caça, Dachshund, Labrador, Terrier Rateiro, Staffordshire e Weimaraner;
  • Corredores – São exemplos: Afegão, Borzoi, Galgo, Shibainu, Whipper e Lébrel;
  • Trabalhadores – São exemplos: Akita, Show, Husky, Laika, Malamute e Salish;
  • Vira-latas: Sem raça definida.

Cada raça tem suas vantagens e peculiaridades, nosso personagem se enquadra nos Pastores e por isso ganha os seguintes benefícios:

  • Bônus de Habilidade: +2 em Sabedoria;
  • Primeiro truque: Observador.

 

Terceiro passo, seus antecedentes.

Antecedentes é seu passado, o que lhe forma e torna o cão que você é hoje, não necessariamente estes acontecimentos do passado ainda se fazem presentes, por exemplo você pode ter sido um nobre, que por algum motivo não é mais tão nobre assim, porém ganha os benefícios de seu antecedente, um criminoso que não é mais um criminoso etc.

Os antecedentes são estes:

  • Acólito;
  • Povo Comum;
  • Criminoso;
  • Cão Livre;
  • Mercador;
  • Nobre;
  • Sábio;
  • Soldado.

Em cada antecedente você ganha acesso a duas perícias, itens adicionais a sua mochila e um truque.

Cuidado para não escolher um antecedente que lhe dê acesso as mesmas perícias que escolheu antes no passo 1, se isso aconteceu, mude as que escolheu quando estava na parte da Vocação!

 


Shaw será um sábio, guiado pelo seu mestre até os últimos dias, quando morreu lutando contra o invisível. Como um sábio ele ganha acesso aos seguintes benefícios:

  • Perícias: Conhecimento Arcano e Conhecimento História;
  • Mochila: Uma lupa, um conjunto de roupas comuns e uma algibeira com algumas moedas plásticas;
  • Truque: Quase Especialista.

 

Quarto Passo, as habilidades.

Como todo bom D&D, Pugmire segue os mesmos preceitos de habilidades já tão populares.

Em Pugmire há pontos básicos para serem distribuídos nas seis habilidades básicas, mas isso não quer dizer que você e seu narrador, ou melhor, Guia, não possam chegar em um outro acordo.

Os pontos básicos são: 15, 14, 13, 12, 10 e 8.

Dessa forma distribuiremos os pontos de Shaw da seguinte forma:

Atributo – Valor – Bônus – Valor final – Modificador

Força – 10 / 0 / 10 / +0

Destreza * –  15 / 0 / 15 / +2

Constituição – 13  / 0 / 13 / +1

Inteligência – 12 / 0 / 12 / +1

Sabedoria * – 14 / +2 / 16 / +3

Carisma – 8 / 0 / 8 / -1

Sendo um Caçador, suas habilidades primárias são Destreza e Sabedoria, colocaremos uma marca na ficha e acima, na parte de testes, elas receberam +2 de bônus de proficiência, veja mais abaixo.


 

Quinto Passo, anotações complementares.

Aqui você deverá calcular algumas coisas simples, não se assuste.

Pontos de vigor: é a vida em si do seu personagem, quanto seu cão aguenta antes de ficar inconsciente ou morrer.


Sendo um caçador, Shaw tem 10 + o modificador de constituição como pontos de vida inicial, o que dá um total de 11.


Bônus de Proficiência: é um bônus a mais para algumas situações específicas descritas no livro, todo personagem de primeiro nível começa com um bônus de +2.


Shaw é um cão que iniciou sua viagem sozinho a pouco, ainda é um personagem de nível 1, então seu bônus de proficiência é +2.


 

Sexto passo, anotando as perícias, truques e sua mochila.

Neste ponto você vai anotar algumas coisas que já escolheu ou ganhou antes, anote desta maneira:

Perícias: Anote as 4 perícias, duas escolhidas e duas ganhas.


Shaw possui as seguintes perícias: Conhecimento Natureza, Sobrevivência, Conhecimento Arcano e Conhecimento História.


Truques: São os truques básicos que ganhou com sua vocação, sua raça e seu antecedente, caso tenha acesso a habilidades mágicas, precisa anotar também.


Assim Shaw possui os seguintes truques: Aptidão para Arma Simples, Aptidão para Arma Marcial, Aptidão para Armadura Leve, Aptidão para Armadura Média, Aptidão para Escudo, Arquearia, Observar e Quase Especialista.


Mochila: São os itens que ganhou com sua vocação e seu antecedente. Neste ponto escolheremos quais “especificamente” temos.


Dessa forma Shaw ganha acesso aos seguintes itens: uma arma de ataque a distância, uma arma branca, munição sobressalente, um conjunto de armadura leve ou média, tochas, rações, um troféu ganho sob circunstâncias incomuns, uma lupa, um conjunto de roupas comuns e uma algibeira com algumas moedas plásticas.

A mochila de Shaw fica dessa forma: uma Espada Curta, um Arco Longo, munição sobressalente, uma armadura leve (digamos que seja uma armadura de couro), algumas tochas, ração para alguns dias de viagem, o chifre (troféu incomum), uma lupa, roupas comuns e a algibeira com um punhado de moedas.


Sétimo Passo, os cálculos finais.

Agora chegou a hora de anotar algumas informações finais do seu personagem, como:

Defesa: é sua defesa contra ataques, ela segue a seguinte regra abaixo.

  • Sem armadura: 10 + destreza
  • Com uma armadura leve: 11 + destreza
  • Armadura média: 13 + Destreza, porém você fica com desvantagem nos testes que envolvam destreza.
  • Com armadura pesada: 16 sem adicional de destreza, e seus testes de destreza ficam com desvantagem.

Por exemplo aqui, Shaw usa uma armadura leve, para aproveitar o máximo de sua destreza, então ele fica com 11 + 2 (modificador de destreza), um total de 13.


Iniciativa: é o modificador que influencia na ordem dos turnos de ação, ela é igual ao seu modificador de destreza.


Como resultado de seu modificador de destreza +2, Shaw tem então sua iniciativa +2.


Velocidade: é o quão rápido você se desloca, todos os cães se movem a 9 metros por turno, porém se passarem para suas quatro patas, há um acréscimo de 3 metros. Algumas armaduras podem diminuir estes valores, então, fique esperto.


Shaw tem o deslocamento padrão de 9 metros por turno.


 

Oitavo passo, os traços de personalidade.

Os traços de personalidade são o que guiam a interpretação do seu personagem, são escolhidos com base em alguns passos básicos.

Além disso interpretando os traços de personalidade do seu cão, como falhar em um teste voluntariamente em momentos apropriados, você acumula e pode gastar a fortuna do seu personagem.

Inicialmente cada cão personagem começa com 2 pontos de Fortuna.

Os traços de personalidade são obtidos da seguinte forma:

Um ideal: Escolha o que guia seu cão pela escuridão, assim, segundo o livro alguns exemplos que são: proteger meu lar; vencer o Invisível; descobrir os segredos dos Antigos; manter os monstros longe; ficar em paz com as outras nações; e ajudar os desafortunados.


Por exemplo, para Shaw, o mais importante é manter os monstros longe!


O vínculo: Escolha sua conexão com algo mais no mundo, algo que realmente seja importante para seu personagem e que lhe inspire, alguns exemplos são: os filhotes; O Reino de Pugmire; aquela vez que os monstros quase me mataram; o dia em que entrei para os Pioneiros Reais; a Igreja dos Humanos; e o líder.


Assim, o que lhe inspira a continuar enfrentando os monstros é: O Reino de Pugmire. 


Sua falha: essa falha é sua fraqueza, sua inaptidão, sua compulsão ou seu medo. Alguns exemplos são: superar o medo do escuro; ser mais alto; parar de roubar pequenas coisas que encontra; manter a raiva sob controle; resistir a curiosidade insaciável; ou ver alguém se machucar.


Por último, não importa o que aconteça, Shaw não pode perder o controle de sua raiva, já que seu mentor perdeu a vida por isso.


 

Por fim

Enfim é isso pessoal, essa é a criação de um personagem para Pugmire.

A ambientação deste cenário é ótima, há muita intriga e briga por poder, sempre regrada a um código de conduta moral muito elevado, baseado em ensinamentos que sabemos que nós humanos não seguimos, mas esperamos que sejam seguidos.

Você pode conferir a ficha de Shaw na integra, e utilizá-lo na sua campanha como NPC ou Personagem, no link abaixo!


Ficha de Shaw Elglish-Sheepdog


Então, como será sua campanha ou seu personagem em Pugmire?

Seu cão será um bom cão?

Pugmire RPG – Novo Financiamento da New Order!

A New Order Editora iniciou recentemente seu mais novo financiamento coletivo, o Pugmire, seu livro básico e várias metas extras!

Você confere em detalhes esse financiamento e pode fazer seu apoio diretamente no site do Catarse, clicando no link abaixo.

Pugmire – Catarse

Curioso? Mais detalhes? Claro que tem! Dá um confere…

O projeto…

Pugmire é um livro já lançado pela Onyx Path, em parceria com Eddy Webb e Pugsteady, agora sendo traduzido para o português pela New Order.

O livro contará com 244 páginas ricamente ilustradas e coloridas, impressa e digital, com regras baseadas no D&D 5 edição, disponível sob a Open Game License (OGL).

Há algumas peculiaridades do livro, que alteram a nomenclatura que já estamos todos acostumados, mas nada que mude seu conceito, somente para dar aquela imersão no mundo de Pugmire.

Além disso, não é necessário nenhum outro livro para você jogar Pugmire, o livro básico contem todas as regras completas para mestres e jogadores.

Como já de praxe, na evolução do sistema d20, as regras são simples e adaptadas para agradar tanto os veteranos quanto aos novatos neste nosso hobby periódico.

 

Um mundo sem nós…

Isso mesmo, Pugmire é um sistema baseado em um cenário futurístico pós-apocalíptico, no qual, nós, os humanos, já não existimos mais. Porém deixamos nosso legado de alguma forma.

Nossos melhores amigos, os cachorros, evoluíram para seres, normalmente bípedes, até com polegares opositores para facilitar na manipulação de ferramentas.

Neste RPG cães lutam grandes batalhas, tanto morais, quanto verdadeiras guerras contra os terrores deste mundo perigoso que deixamos como herança.

Cada cão é único, mas há um código de moralidade que os guia, bom, ao menos a maioria deles. O Código dos Humanos.

Seja um bom cachorro  I  Obedeça ao Mestre  I  Morda apenas aqueles que o colocam em perigo  I  Defenda sua casa  I  Mantenha-se Fiel àqueles que são verdadeiros  I  Proteja tudo do invisível  I  Busque o que foi deixado para trás.

Basicamente incontáveis séculos se passaram e agora tudo é diferente, por exemplo, edifícios desmoronaram, as florestas, os mares, a terra e rios tomaram para si novamente o que lhes era de direito, soterrando sob profundas camadas de terra, pedra e água os restos de nossa interferência.

Algumas ocasionais ruínas antigas ou objetos incompreensíveis vem a tona, dando vislumbres do que existiu no mundo, estes que acham tais artefatos tomam para si grandes riquezas, como a chance de se tornar um novo líder para seu povo.

Os cães que também conseguiram evoluir, porque não foram todos que evoluíram, são os personagens desta trama, eles vivem em ruínas do nosso mundo, utilizam de ferramentas, criatividade e de linguagem complexa para moldar o mundo a sua imagem e semelhança, cultivando os humanos como uma espécie de divindade e modelo a ser seguido.

Alguns outros animais também evoluíram, como os gatos e ratos, dentre outros, cada um com suas caraterísticas e peculiaridades, tanto fisicamente quanto monarquicamente.

Para os cães, seu reino principal é Pugmire, o centro de sua civilização, onde muitos cães dedicam sua vida para entender mais os Antigos, ou também como são chamados humanos.

 

O financiamento…

Como disse lá no começo, Pugmire está em financiamento coletivo no Catarse, pela New Order, sua meta básica é R$ 30.000,00 para a publicação do livro com 244 páginas, nas suas versões física e PDF.

Uma coisa interessante é que todo mundo que apoiou terá seu nome divulgado no livro básico, conforme seu nível de apoiador.

Os apoios começam com R$ 20,00, para você ter seu nome eternizado no livro e ganhar um papel de parede eletrônico no tema de Pugmire.

Com o apoio de R$ 35,00 você já leva esse PDF, seu nome no livro e o papel de parede, são R$ 15,00 de diferença para você já levar o livro e narrar, ou jogar, suas intrigas de poder e caça ao invisível!

Para levar o livro físico, o apoio é de R$ 160,00, mas com R$ 30,00 reaizinhos a mais você garante:

  • O livro básico impresso
  • O livro básico em PDF
  • O papel de parede eletrônico
  • TODAS AS METAS EM PDF QUE FOREM ALCANÇADAS!

 

O que está em jogo…

Confere abaixo os itens que estão em financiamento!

  • Livro Básico, 240 páginas, PDF e impresso, colorido, capa dura
  • Escudo do Mestre, PDF e impresso, colorido, três abas rígidas e reforçadas
  • Guia de Pan para Novos Pioneiros, 120 páginas, PDF e impresso, colorido, capa dura
  • O Segredo da Tumba de Vinsen, 59 páginas, PDF e impresso, colorido, capa triplex
  • Mapa em Tecido, Reino de Pugmire, 60 x 90 cm, impressão colorida

Assim você consegue estes itens das seguintes formas de apoio.

Você pode apoiar este projeto até o dia 10/04, já conhecemos a New Order e não é de hoje. Sempre cumprindo com suas premissas de prazos e qualidades, como Pathfinder 2Ed, Shadowrun e Shadowrun Anarchy, entre tantos outros.

Este livro tem previsão para ser entregue em junho deste ano, já que o PDF está pronto, faltando uma revisão final.

Já os suplementos serão entregues conforme as datas em suas metas.

 

E aí? Ficou interessado? Então não desgruda do MRPG porque vamos fazer uma mesa online mais para o meio do mês de Março e sairá mais conteúdo quentinho aqui sobre Pugmire!

 

Segue a gente nas redes sociais e fica esperto, o Invisível ameaça tudo e todos!

 

Compre seus livros utilizando nosso cupom de desconto de 10% na editora New Order!

Chris Pine e a volta de Dungeons and Dragons

Dungeons and Dragons vai retornar ao cinema em breve!

É isso aí pessoal, vocês não leram errado, mas por que digo retornar?

Bom, você que jovem ainda, jovem ainda, jovem ainda, amanhã velho será, velho será velho será… e os mais velhos vão se recordar que em 2000/2001 houve um filme, contando com Jeremy Irons (o vilão), Justin Whalin (o mocinho) e Marlon Wayans (o engraçadinho).

Esse filme de 2000 não tinha lá tanta coisa a ver com D&D em si, tanto que não foi bem visto pela crítica.

Mas isso não impediu de sair mais dois filmes depois deste, o segundo em 2005 e o terceiro em 2012, que seguiram a mesma linha do primeiro :/

Se você não conhece, vai lendo até o fim da notícia que lá vai estar o trailer do filme de 2000.

Christopher Whitelaw “Chris” Pine

Bom, mas falando de tempos atuais, o ano de 2020 não para de nos surpreender, então voltemos ao tema dessa notícia…

Ainda não há muitas coisas a serem ditas sobre esta nova adaptação de Dungeon and Dragons, mas uma coisa é certa, o namorado da Mulher Maravilha está negociando estrelar o filme.

Isso mesmo meninas e meninos, o galã dos filmes da W.W. dará (a princípio) seu ar da graça nesta nova adaptação do nosso tão jogado RPG.

Segundo o Deadline, Chris Pine será o protagonista do filme de Dungeons and Dragons, projeto este que vem se enrolando há alguns anos.

Jonathan Goldstein e John Francis Daley serão os diretores e roteiristas.

John Francis Daley e Jonathan Goldstein

As filmagens devem começar em meados do primeiro bimestre de 2021 e trarão uma versão “diferente” do jogo, Goldstein e Daley ficaram muito conhecidos pelos seus trabalhos no roteiro de Homem-Aranha: De Volta ao Lar, e com a comédia A Noite do Jogo.

Ainda há muita disputa sobre os direitos autorais do projeto e nada ainda é concreto.

Mas a princípio teremos maiores novidades no início do ano que vem,  até lá nossos corações já aguardam ansiosos.

E para você que me acompanhou até aqui, olha o trailer que prometi 😉

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