Tranquilos pessoal? Hoje falaremos novamente sobre o RPG Anime 5E, publicado pela Tria Editora. Só que será para sugerirmos algumas ideias de aventura para o sistema. Para isso utilizarei algumas que eu mestrei ano passado, só que para outro sistema.
Vilão da vez
As ideias mais simples de se trabalhar em qualquer sistema focado em anime é o de não ter um vilão único para a campanha. Escolha algum vilão, anti-herói ou até herói para ser o inimigo da vez dos heróis (pense um batman ou homem aranha usando suas habilidades para o benefício próprio). Seja liderando um roubo a banco ou museu, ou tentando invadir um prédio público ou sequestrar algum ricaço.
Não precisa ser muito complexo, porém, eu sugiro que deixe sugestões de que há um grande chefe por trás de tudo. Você não precisa ter nada planejado e o nome do chefão por ser esse mesmo, Chefão. Assim, mesmo que os heróis capturem algum lacaio, este nada saberá além de que obedece ao temível Chefão.
O astuto
Um dos maiores vilões das histórias em quadrinhos é Lex Luthor. Seu grande poder nem é sua inteligência, mas sim sua influência no meio empresarial, governamental e político. Ele representa uma ameaça que não pode ser vencida com meros socos e chutes.
Mesmo que o grupo descubra experimentos imorais numa de suas instalações, ele terá tempo de esvaziar qualquer evidência ou já terá notificado a invasão do local a pouco tempo. A intenção aqui é deixar os jogadores se sentirem enxugando gelo: nada do que eles fazem parece afetar o grande vilão.
Na primeira temporada da minha campanha de heróis, eu coloquei não somente um emergente empresário nigeriano, mas também o transformei num vilão com poderes nas horas vagas. Entretanto, as artimanhas dele foram tão bem executadas que nem precisei usar a ficha dele. Eles estavam tão envolvidos na teia do vilão que decidiram trabalhar para ele (eles não tinham descoberto nada comprometedor sobre ele, mesmo que desconfiassem do “bom-mocismo” dele).
Assim, o vilão “venceu” os heróis só se utilizando de alguns capangas e sem sequer ser descoberto ou precisar sujar as mãos.
O retorno do inimigo
Algo que muito apreciei nessa campanha de supers, foi o fato de que um capanga forte e que obedecia o vilão acima, conseguiu sobreviver a uma intensa luta contra o tank do grupo e virão seu arqui-inimigo. O coloquei para liderar mais algumas missões, mas sempre fugindo antes de ser completamente derrotado.
Isso criou uma ânsia do grupo em realmente vencê-lo que ele virou o vilão do final da primeira temporada (lugar antes ocupado pelo empresário nigeriano). Minha inspiração para o personagem foi o Rei Lich de Warcraft, porém adequado ao nível da campanha.
Aproveitei, também, o “carisma” desse vilão para que ele fugisse mais uma vez e apresentasse o problema da segunda temporada:
Invasão alienígena
Usando como inspiração os necrons de warhammer eu aproveitei a temática morta-viva do grande vilão e expandi a ameaça. Agora a Terra poderia ser invadida por uma gigantesca força invasora se os defensores (nem sempre heróis) da Terra não conseguissem aliados para impedir tal coisa.
Como a ameaça alienígena é grandiosa, o melhor é fazer com que a invasão seja mais localizada. Pode ser um grupo antimutante atacando a mansão Xavier ou uma nação invadindo outra. a questão aqui é por o grupo numa situação que mescle proteção de inocentes, combate ao inimigo e conquista de aliados que nem sempre serão do gosto dos personagens jogadores.
Ou seja, embora quase tudo seja clichê, se bem trabalhados serão muitas horas de diversão usando o sistema Anime 5E em suas mesas. Use sem moderação.
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