Na Mesa é mais um projetos desse ano do MRPG ! O Na Mesa é onde a gente joga cards e boardgames.
A ideia é apresentar outros jogos do mundo nerd, além do RPG! Para isso, através das nossas gameplays, o Na Mesa leva a intimidade de um grupo de amigos jogando. E, claro, não poderíamos deixar de ir no DOOF 2023. Então vem conhecer com a gente os jogos que conseguimos jogar por lá esse ano.
Savernake Forest
Jogamos o Savernake Forest com o autor do jogo Rodrigo Rego! Lançamento da Editora Devir no DOFF, o jogo é muito fofo e divertido. Criamos um bosque com animais e comidas. O jogo é rapidinho e perfeito para jogar em até 4 pessoas, quando queremos curtir numa boa. Amamos a experiência!
Zurvivors Cooperação – Lançamento da Gamehives
O segundo dia de DOFF começou com uma grata surpresa: Zurvivors Origem. O Fábio, autor do jogo, explicou pra gente que ele é um prequel de Zurvivors e Zurvivors Cooperação. A gente joga em uma missão em outro planeta e, de quebra, entende como surgiu o apocalipse zumbi na terra. Nos divertimos e tretamos bastante pra determinar quem foi o astronauta mais eficiente da turma. É um excelente jogo que podemos p montar várias estratégias e que não é muito longo, o que foi ótimo pro nosso grupo. A dinâmica é de coleta de recursos, enquanto movemos um monstro para atrapalhar os colegas. O game está na fase final de desenvolvimento com lançamento previsto pra julho desse ano. Aguardaremos ansiosos!
A.E.R.O. – Editora Adoleta
No stand da Grok jogamos a versão gigante do A.E.R.O. Neste boardgame, nós interpretamos astronautas que precisam prender integrantes da gangue Melaca. A jogabilidade é com dados e lembra a dinâmica do general: você sempre precisará prender um dos monstros e marcar pontos, mesmo que seja 0. Um jogo divertido, dinâmico, para jogar com a família inteira. Daqueles que a tua ambição em pontuar pode te ajudar ou atrapalhar. Uma experiência muito divertida!
Hierarquia Egito
Jogamos o incrível Hierarquia Egito! Um party game de blefe, aposta e tretas, do jeitinho que a gente gosta. O boardgame apresenta elementos da história do Egito, com curadoria do historiador Bruno Vorcaro (que ainda produziu um livro completo de história dos personagens). O jogo é incrível e produzido de forma independente. Passamos lá e não apenas o jogo é incrível, com uma dinâmica muito diferente de outros do mesmo tipo, como o clima do stand estava incrível. Todos os envolvidos empolgadíssimos e felizes com o sucesso do lançamento do jogo no DOFF 2023. Parabéns ao Ricardo e todos os envolvidos no projeto! Já estamos na fila pela próxima edição do jogo e também dos próximos Hierarquia!
Terracotta Army
Estivemos presentes no estande da Across the board no DOFF e saímos impressionados com o tão aguardado terracotta army! A beleza das miniaturas, a dinâmica de jogo excepcional e um tabuleiro super imersivo fizeram desse jogo uma grata surpresa pra gente. Nele nós construímos estátuas que formaram a armada do falecido imperador, em uma mistura de dominação e presença dentro do tabuleiro que prendeu a atenção de todos por quase 2 horas! A Across the board trouxe esse jogo pro Brasil e esperamos poder joga-lo muitas e muitas vezes ainda!
Dungeons & Drink
Dungeons & Drink foi aquele momento de muitas risadas com os amigos. Visitamos o estande da Buró no DOFF e jogamos esse jogo muito divertido, onde cada um de nós era um herói, que está bebendo e enfrentando monstros que encontrávamos pelo caminho. Cada herói fica sob efeito de uma carta prenda (que nos obriga a fazer coisas como falar muito devagar, ou não dobrar os punhos), afinal de contas já estão mais pra lá do que pra cá, o que torna o jogo muito engraçado. E a possibilidade de ferrar os amiguinhos é sempre bem-vinda. Para aqueles momentos que você quer beber e jogar com amigos, Dungeons & Drinks cai como uma luva!
A Quinta serie que habita em nós
Jogamos “A Quinta serie que habita em nós” no stand da Bucaneiros. E que grande estreia na produção de jogos de tabuleiro! Um jogo divertidíssimo, +18 e com muitas pitadas de humor infame da quinta série. A jogabilidade é de completar frases e fazer todo mundo rir. Jogamos em quatro pessoas, o que deu uma dinâmica rápida e divertida pro jogo. Aguardem que iremos ainda gravar um gameplay completo no Na Mesa!
Com dois dia intensos de evento e muitas discussões bacanas, trazemos para vocês tudo que vimos da Área de Palestras do DOOF 2023.
Educação em Jogo: A Importância da Ludoliteracia
Convidados: Daniel Martins e Igor Moreno
Mediação: Jorge Valpaços
A Palestra, mediada por Jorge Valpaços e que teve como convidado David Martins e Igor Moreno, foi bastante focada em maneiras diferentes de se aplicar o ato de jogar com a educação.
Com a introdução do Jorge Valpaços, o bate-papo iniciou como esse ato de jogar se tornou algo muito relacionado ao lazer e menos a arte de contar historias e espalhar sua cultura.
Daniel Martins focou bastante em seu relacionamento na época de escola com a dificuldade do aprendizado. E como, utilizando de RPG de mesa e jogos, ele conseguiu se desenvolver melhor nas matérias. Utilizando de maneira prática os conceitos de matemática, geografia e etc… nos jogos que jogava. Daniel inclusive citou o uso de jogos para reforçar, de maneira divertida, bons hábitos em crianças menores.
Igor Moreno focou na utilização de jogos dentro de sala de aula e como ele adaptou atividades que utilizam ferramentas usadas pelo aluno. Jogos analógicos eram pouco apelativos aos jovens, portanto, utilizando as mesmas técnicas de jogos analógicos, ele adaptou para uma forma digital.
Na Sala de Aula
Na palestra, Jorge Valpaços apontou como muitas vezes se fala de “gamificiar” a sala de aula mas de uma maneira ruim, de um “jogo” ruim e que o sistema precisava ser repensado.
Também foi comentado sobre a necessidade de professores e educadores que querem trazer aspectos da ludoliteracia em sala de aula terem aliados de outras áreas que eles não dominam. Assim como desenvolvedores ou de alguma área de interesse dos jovens. E caso os professores ou educadores queiram mais artigo sobre isto, foi comentado sobre dois portais muito bons para o assunto; o Rede Metagame e o Ludus Magisterium
Fizemos uma pergunta sobre a criação de jogos educativos voltado a crianças com questões especiais como autismo, e foi citado a necessidade, mais uma vez, de aliados no meio de game design. Podendo assim ter uma visão melhor sobre isto para tratar dessa necessidade de jogos acessíveis para pessoas que precisam de um cuidado especial.
Infância e Jogos
Convidados: Thiago Queiroz e Kátia Regina
Mediação: Arnaldo V. Carvalho
A proposta desta palestra era discutir sobre a presença dos jogos na infância e a importância deles na construção do lúdico.
A mediação ficou por conta do Arnaldo V. Carvalho, que estudou no mestrado e no douturado sobre exatamente a temática da ludicidade e é um educador apaixonado por jogos. Compondo a roda de conversa tínhamos o Thiago Queiroz: do Paizinho vírgula e Jogando junto – canal focado em jogos de tabuleiro para famílias. E fechando os participantes tínhamos a Kátia Regina: fonoaudióloga e psicopedagoga que participa do Se joga, que organiza e monitora eventos de jogos com foco no público LGBTQIAPN+.
Dentro das Escolas
A Kátia também leva diversos jogos para as escolas. O lúdico e a construção do vínculo. O centro da discussão ficou em torno dos ganhos da presença do jogo desde a infância. Isso porque através do lúdico conseguimos aprender com muito mais facilidade habilidades importantes. Como exemplo, a Kátia trouxe como usa jogos de tabuleiro para que as crianças se interessem em fazer os exercícios de fonoaudiologia. Além disso, o jogo é onde as diferenças, como de idade, somem. Vale as regras do jogo e todos são iguais diante disso. Assim é uma ferramenta excelente para o desenvolvimento de vínculos, principalmente dentro das famílias.
Aqui vale o recado que nos deram muitas vezes durante a palestras: existem jogos para todos os públicos, se você não jogar com seu filho desde pequeno, ele não vai te acompanhar nos jogos mais complexo quando ficar mais velho. O grupo destacou a importância da construção do lúdico e como os jogos permitem que o mesmo se mantenha ao longo da vida: enquanto brincar é coisa de criança, jogar é permitido à todos. Além de super inspiradora, a palestra foi emocionante, com os participantes contando suas experiências. Mas teve uma cereja do bolo no quesito emoção: ao final tivemos um pedido de casamento na plateia.
Subindo de Nível: Dicas Práticas para a Organização de Eventos Profissionais
Convidados: Bruno Davi e Fernanda Sereno
Mediação: Elson Bemfeito
Bruno Davi Kretzmann (Além do Muro), convidou Fernanda Sereno (Diversão Offline) e Elson Bemfeito (SeJoga) para assustar as pessoas falar sobre a organização de eventos profissionais. O papo foi bastante prático e direto, entretanto muito intuitivo, com um slide muito bem montado que abordava diversos pontos interessantes e relevantes sobre o tema em questão.
Dicas Práticas
Os assuntos foram desde dicas de profissionalização, como onde um produtor de eventos se enquadra juridicamente até se devo ou não criar um MEI. Também quais as vantagens que isso traz para o meu trabalho e até uma dica sensacional ainda sobre este tema que foi: “MEI não garante contratação, algumas empresas encrencam”. Isso por conta de o MEI teoricamente não poder ter funcionários, então como você tem uma equipe para cuidar/produzir do/o evento.
Outra dica bastante interessante foi, ir atrás do SEBRAE da sua cidade. Tanto para suporte com questões legais através de cursos e até mesmo utilizando o Emissor Gratuito de Nota Fiscal de Produto que eles produziram.
Mas uma das coisas que mais chamou atenção, na minha opinião, foi uma questão que muitas pessoas têm muita dificuldade: O Quanto Devo Cobrar? A principal resposta para esta pergunta foi que você DEVE cobrar, o quanto varia muito. Fernanda Sereno, por exemplo, citou algumas formas, destaco a seguinte. Pegue o valor que você ganhava no seu último emprego, divida o seu salário por 22 dias e depois divida por 8 horas de trabalho. Esse é o seu valor hora, agora você tenta descobrir quantas horas você vai dedicar àquele evento.
Enfim, foi uma palestra bastante proveitosa para nós do Movimento RPG que temos interesse em produção de eventos profissionais (fica a dica). E se você ficou com dúvidas sobre este assunto ou quer o slide citado, mande um email para: contato@alemdomuro.com.br e peça ao Bruno o slide da palestra: Subindo de Nível: Dicas Práticas para a Organização de Eventos Profissionais do DOFF 2023.
Boardgame x RPG: Inimigos ou aliados?
Convidados: Fabrício Ferreira e Rafael Amon
Palestra ministrada por Flávio Ferreira e Rafael Amon. O clima amistoso estabelecido desde o início da palestra, deixou claro que não haveria um debate acalorado sobre o tema. Mas sim um diálogo com o público enfatizando a necessidade de ações colaborativas na propagação de ambos os hobbies.
O ritmo dos argumentos deixou claro, que não existem grupos antagônicos que precisam se degladiar para provar qual a melhor maneira de se divertir. Mas sim, grupos que precisam agir para uma conciliação em pró da saúde e expansão de jogos e editoras. Houve espaço ainda para breves explanações sobre as diferentes características e estilos de RPG e Boardgames. Explicitando movimentos de migração do primeiro para o segundo, devido apelo comercial mais estabelecido e melhor comunicação com o público proveniente de peças, design e variados acessórios que incitam o consumo.
Tal migração, contudo, não significa que o mercado para o RPG esteja menos aquecido, pois muitas editoras estão trabalhando em novos títulos e em traduções de vários títulos. Ao final da palestra, houve um momento para dúvidas, na qual os palestrantes apontaram os altos e baixos do mercado no período pandêmico. Mas finalizaram afirmando que o Brasil passa por momento ímpar de expansão de negócios envolvendo nossos amados hobbies, agora basta aguardar ansiosamente que estas palavras tragam auspícios positivos.
Nem Ameri, nem Euro. Existe uma escola brasileira de jogos?
Convidados: Sérgio Halaban, Robert Coelho, Led Bacciotti e Diego Bianchini
Palestra ministrada por Sérgio Halaban, Robert Coelho, Led Bacciotti e Diego Bianchini. Neste encontro de gigantes dos boardgames, ficou claro o tom de respeito aos estilos de jogos das diferentes escolas. Houve uma explicação breve sobre as principais características do estilo Americano. Com mecânicas fortes voltadas a temas esteticamente marcantes assim como a aleatoriedade com forte influência da sorte.
Em seguida, o estilo europeu, com suas mecânicas mais complexas, com ênfase em habilidades estratégicas que quase não deixam margens para a aleatoriedade, temas mais ligados à cultura ou história de suas regiões de origem. Com tais aspectos demarcados, passaram a diálogo sobre a evolução dos estilos ao longo dos anos. Foram citando como dentro do estilo europeu a presença da escola alemã, francesa e polonesa sempre foram muitos proeminentes.
Já o estilo Americano tentou explorar características diferentes, atendendo às demandas de seu próprio mercado, focando muito na estética forte e marcante. Apontaram também como o mercado japonês e seu estilo de jogos mais dinâmicos e compactos vem crescendo anos após ano. Partindo desta tempestade de ideias, todos foram unânimes em afirmar que o mercado de jogos brasileiro precisa explorar melhor sua própria cultura e diversidade. Bem como aproveitar o aquecimento do mercado para aumentar sua projeção internacional. Ainda, apontaram que uma escola brasileira, com características próprias demandará tempo para se firmar. Mas afirmaram que desde 2013, o elemento aleatório vem caindo, demonstrando uma tendência para um estilo euro com forte influência de temas bem culturais e regionais de nosso país.
Atração Internacional: Tom Vasel
Tom Vasel veio para o evento com uma roupa excêntrica, mas com uma maneira de falar que sabia atrair a atenção.
Em sua palestra, ele discorreu sobre sua trajetória jogando e revisando jogos na internet e evoluindo seu formato. Desde da maneira escrita até ele começar a gravar vídeos e como, naturalmente pelo amor dele a jogos, seu conteúdo cresceu até se tornar a referência que é hoje.
Durante a palestra, de uma maneira bastante leve e divertida de ouvir, Tom Vasel resumiu toda a sua trajetória como: “Eu amo falar sobre jogos”. Tudo o que ocorreu como consequência do seu amor por jogos.
A palestra foi como ouvir seu amigo falando de algo que ama fazer. E inspirou bastante alguns criadores de conteúdo com quem conversei na palestra por lembrar do porque fazemos o que fazemos; Amamos jogar jogos.
Na parte de perguntas, perguntaram se ele teria planos de lançar seu podcast, The Dice Tower em outras línguas. Tom respondeu que ele não conseguiria fazer a consultoria em todas as línguas, mas que não precisaria disso. No evento já conheceu diversos criadores de conteúdo muito bons, eles podem ser o Dice Tower desta região.
Quando perguntado sobre qual foi o pior boardgame que já recebeu para fazer uma review, ele citou o jogo Oneupmanship, um jogo baseado em Banco Imobiliário. Mas com regras estranhas e pílulas que ele decidiu que seria melhor não tomar.
Outro ponto foram sobre jogos que podem ser usados para sala de aula, Tom Vasel a lista de Top 10 Jogos Para A Sala de Aula no site do seu podcast, The Dice Tower.
Inteligência Artificial e sua influência no mundo dos Jogos Analógicos
Convidados: Luís Francisco, Diego Sá e Eric Araújo
Mediação: Fel Barros
A palestra, mediada por Fel Barros e com participação de Luís Francisco, Eric Araújo e Diego Sá, abordou o uso da Inteligência Artificial em três vertentes: Balanceamento, Design e Desenvolvimento.
Balanceamento, a questão principal acabou entrando em utilizar da IA poderia fazer o balanceamento de um jogo, colocar novas expansões ou até mesmo as regras do jogo para uma inteligência artificial e pedir para ela executar os playtest.
Sobre Design, entraram no que talvez seja a evolução mais rápida da IA que é o desenvolvimento de imagens e quanto isso afeta no desenvolvimento do hobby.
Sobre Desenvolvimento, pedir para uma IA desenvolver um jogo inteiro debaixo de um conceito ou um termo.
Dos casos acima, o desenvolvimento e o balanceamento são os mais complicados em uso de IA. Uso dessa ferramenta para algo tão complexo quanto desenvolver um jogo ou até mesmo balancear ele é algo que o estado atual da IA aberta ao público não faz da melhor maneira, mas que ira evoluir com o tempo. Mas a questão de imagens são sempre complicadas.
Alguns dos convidados comentaram do uso de imagens em IA não apenas para a criação de jogos. Mas também para venda em sites como a Shutterstock e a inevitabilidade desta tecnologia no nosso dia a dia. Desenvolver imagens baseadas em prompts para puxar a ideia de um produto e economizar na contratação de artistas é utilizado por muitos desenvolvedores em protótipos de jogos.
Mas não foi chegado muito bem em um consenso de até onde ir com a Inteligência Artificial, mas a troca de ideias sobre até aonde usar a IA para os três pontos acima foi bastante interessante.
Espaço Copag – Como publicar seu jogo
A Copag trouxe para o DOFF 2023 o lançamento do seu curso “Como publicar seu jogo”. E, em sua palestra, nos contou mais sobre como é a estrutura desse curso e as principais dicas para quem deseja publicar jogos.
A primeira sugestão foi aproveitar momentos como o DOFF para conversar com pessoas que estão produzindo jogos. Principalmente quem está na fase de testes, para conversar sobre todo o processo de construção de um board game.
Outra dica essencial é prototipar e testar bastante. Não vale só levar o jogo para os amigos. É necessário testar com pessoas diferentes, que podem te opinar como melhorar a dinâmica de forma geral. Além de produzir protótipo para entender se as peças planejadas se encaixam e funcionam como esperado. Também é preciso pensar como essas peças serão produzidas. É importante o produtor saber que tipo de peça é essencial, como ela pode ser produzida e planejar pensando no custo benefício. Exemplo: um elemento do jogo produzido em papel, com cortes específicos pode encarecer o jogo, talvez possa ser uma peça com corte padrão e um desenho diferenciado.
E como a Copag pode ajudar?
Para ajudar em tudo isso a Copag lançou desse curso, totalmente gratuito, que ensina desde o mercado de jogos, até como de fato produzir o jogo. Além disso, a empresa indicou que consegue ajudar a pensar a melhor forma de produzir um jogo, através do seu projeto específico de produção onde conseguem ajudar com orçamento e fabricação.
Como dito na palestra: o jogo é morto, mas a experiência de jogar é viva. Se você tem uma ideia, aqui tem ferramentas para você colocar para a rua! Para que todos experienciem seu jogo.
Experiências da Rede Federal de Educação com Jogos de Mesa
Convidados: Bruna Cavallini, Clever Pinto, Maurício Takano, Leonardo Abreu e Leonardo Costa
Falando sobre o RPG e a gamificação como um todo, a palestra teve o intuito maior de apresentar o projeto de graduação na área. Os palestrantes foram bem incisivos e até bem didáticos no tema, mas foi bem interessante ver que, mesmo que nós entusiastas já levantemos essa bandeira há décadas (e muito antes de GURPS Desafio dos Bandeirantes surgir!) esse tema ainda esteja tão alheio para a comunidade acadêmica. Como bacharel de filosofia principalmente, me vi até assustado com as falas dos palestrantes referentes a como as universidades ainda enxergam com muito preconceito a educação lúdica!
Esse é, de fato, um cenário que precisamos mudar!
Saindo do Eurocentrismo/Heterocentrismo nos Jogos de Mesa
Convidades: Titânia Tef Martins, Naomi Maratea, Allistra Maravilha e Marco BYM
Mediação: Titânia Tef Martins
Por mais versátil, abrangente e dinâmico que os jogos e o RPG em si podem ser, precisamos lembrar sempre que o euro-heterocentrismo ainda existe, e é deveras gritante no assunto! Muito mais que os padrões arcaicos e antigos que estabeleceram os moldes que são usados até hoje, precisamos nos dedicar a criar mais espaços inclusivos e saudáveis para pessoas de todos os tipos! Além disso, precisamos também ter amente aberta para entender e aceitar as mudanças que ocorrem no mundo e nos adaptarmos a elas. Foi uma das melhores palestras que pude ver, e não apenas por me encaixar nas minorias, mas por também poder ver assim proprias falha se maneiras de muda-las!
Gênero, Raça, Classe, Sexualidade e Violência: Como Tratar Temas Sensíveis em Jogo
Convidadas: Naomi Maratea e Michele Melo
Mediação: Jorge Valpaços
Temas sensíveis são pontos de muita importância e necessidade de discussão, onde tivemos no DOFF 2023, Jorge Valpaços, Naomi Maratea e Michele Melo falando sobre. Nesse artigo, você vai saber o que foi conversado na palestra que aconteceu no último domingo, dia 11/06. De acordo com os palestrantes, são temas que podem trazer problemas e acabar por causar uma imagem ruim para as empresas e ofender pessoas. Porém já existem há muitos anos, no entanto sem a devida discussão
Vemos isso em diversos nichos, não apenas no mundo do RPG de mesa. Michele levantou o ponto de que a mídia não existe sem a realidade e que falar desses temas nos jogos é falar da vida real, e isso tem um peso muito grande.
Naomi deixou claro o quanto essas abordagens são importantes, como foi durante o seu processo criativo com o sistema de CDR. Por experiência própria com pessoas do seu convívio social diário, ela se viu na necessidade de um jogo que conseguisse reunir pessoas que não tinham esse sentimento de acolhimento com outros sistemas, já existentes na comunidade.
Como implementar nas suas obras?
Temas sensíveis sempre serão abordados de uma forma outra, em um momento outro. Mas, como citado por Naomi, ter alguém com voz ativa sobre o tema em conjunto do projeto, é algo essencial, garantindo assim que a pauta seja relatada e abordada da melhor forma possível.
Como dito pela Michele, tendo em mente a área de ilustração também. A mídia está com a realidade, saber adaptar, recriar, incluir, sempre tomando todos os devidos cuidados. Representar a diversidade é necessário.
Se você gostaria de conversar mais sobre esse assunto, tenho certeza que nossos palestrantes ficariam honrados de falar sobre, então sigam eles nas redes sociais: @naominaomichi, @michel0dy e @ValpacosJorge e digam que vieram pelo artigo do Movimento RPG.
Atração Internacional: Kenneth Hite
Kenneth Hite é um desenvolvedor de jogos de RPG, muito conhecido por seu trabalho em Vampiro V5. Ele conta na palestra que começou jogando Dungeons and Dragons e escrevendo material para GURPS Time Travel, e entrou no mercado por ligações com pessoas.
Com o tempo, o trabalho com os jogos ficaram muito grandes e ele decidiu sair da empresa de seguros que trabalhava. E começou a trabalhar nos empregos de freelancer que fazia para empresas como Steve Jackson Games, Whitewolf e Chaosium.
Depois de um tempo, um dos jogos que foram mais importantes para ele foi quando foi chamado pela Last Unicorn games para fazer o jogo Star Trek: The Next Generation Role-playing Game. Depois disto. Então foi chamado para fazer a adaptação de Call of Cthulu para o sistema GUMSHOE, chamado Trails of Cthulu e outros livros no sistema GUMSHOE, como Night’s Black Agents, que de acordo com ele, foi o que chamou a atenção para que ele fosse chamado para fazer o jogo Vampiro: A Máscara 5ª Edição pela White Wolf.
Uma observação de Kenneth é que hoje em dia, produtores de conteúdo para RPG podem fazer o quele fez de maneira muito mais simples. Ou seja, vendendo em marketplaces como o itch.io e o Drivethru RPG e que não devemos escrever nada que não gostamos. Porque se nós não gostamos daquilo, nossos leitores também não vão.
Sobre pesquisa para campanhas e conteúdos, ele comentou que normalmente ele faz todo o trabalho de pesquisa em campanhas e jogos de RPG para que os mestre não precisem fazer isto. Porém é uma escolha de cada mestre de RPG o que usar ou o que não usar.
Espaço Catarse / Cordilheira Games
Na palestra sobre Catarse com a Cordilheira Games, foi falado bastante sobre a parte da Cordilheira Games de aprendizagem. Principalmente com o curso Criando Jogos Incríveis e a mentoria Seu Jogo na Rua que é mais profundo sobre se a necessidade de planejamento e de estudo se um jogo em desenvolvimento realmente é necessário para um jogo ter um financiamento coletivo.
Também foi falado sobre planejamento para projetos, que é melhor você jogar a data de entrega de seus projetos para mais tarde, porque imprevistos acontecem e é melhor entregar antes do que depois.
De se planejar bem para não fazer algo muito mirabolante que você não vai conseguir entregar, e cuidar com problemas que você pode ter.
No geral, foi uma palestra bastante informativa para quem quer iniciar um projeto no Financiamento.
Atração Internacional: Reiner Knizia
Na palestra com Reiner Knizia, game designer veterano de board games, tivemos uma palestra recheada de bom humor e interação com o publico.
O game designer alemão diz que começou a criar seus próprios jogos para brincar com seus amigos, já que o unico que vendia jogos na cidade era o barbeiro local. Então ele começou a inventar os próprios jogos.
Mestre em matemática, Reiner trabalhava como gerente de banco até que os jogos que ele desenvolvia como hobby começaram a ficar muito famosos. E em seguida ele decidir se dedicar 100% ao desenvolvimento de jogos, que com orgulho ele chama de “seus mais de 700 filhos”.
Se declarando como “amaldiçoado com ideias”, Reiner reforçou que jogos precisam sempre ser pensados com uma visão nova e inovativa, independente de seu tema. Os temas que jogos foram outro ponto focado, quando perguntado sobre o modelo Europeu de pensar mais a mecânica do que o tema. Visto que o Brasil é dito como um país que sabe lidar muito bem com jogos que giram ao redor de temas, ele deu exemplo de empresas americanas, que não aceitam jogos de temas que já tinham e de empresas europeias que conversavam sobre o jogo e depois reviam o tema.
Também falou bastante sobre procurar soluções criativas para problemas, citando a frase “Se tudo que você tem é um martelo, tudo vai parecer um prego”. Que devemos procurar novas formas de resolver problemas ao invés de resolver tudo da mesma maneira.
A influência da cultura japonesa no RPG e Boardgames
Convidades: Marcelo Cassaro, Hita Aisaka e Yui Kitagawa Taguchi
Mediação: Thiago Rosa
A palestra começou com um clima descontraído, comum em encontro de amigos de longa data. Mas logo escalou para um debate sobre game design, estrutura narrativa e influência linguística da cultura asiática em produções consumidas pelos brasileiros.
Houve ainda espaço para um resgate nostálgico das influências de seriados Tokusatsu dos anos 80 e 90 em produções de cenários de campanha nacionais, especialmente no caso de Tormenta e posteriormente do Tormenta 20. Neste caso, houve um adendo discutindo, como este cenário agregou não só traços da cultura japonesa. Mas de diversos outros países, tornando-se popular por agregar respeitosamente vários estilos e particularidades num mix criativo bem ao jeitinho brasileiro.
Retomaram o debate citando a forte influência eurocêntrica nas produções de jogos. Com a necessidade de inserção de maior diversidade cultural, fato que está em amplo crescimento atualmente, apontaram como exemplo o resgate do saudoso Defensores de Tóquio com uma versão repaginada e mais adaptada às necessidades do mercado consumidor contemporâneo. Por fim, mencionaram os esforços da editora Jambo em apresentar cada vez mais da cultura japonesa, coreana e chinesa em seus produtos.
Serious games: habilidades sociais e saúde mental
Convidades: Marcelo Cassaro, Hita Aisaka e Yui Kitagawa Taguchi
Mediação: Thiago Rosa
Palestrantes: Victor Otani, Julia Pedron, Pedro Coimbra e Danielle Marques. Esta foi uma mesa redonda com especialistas da área de Pedagogia, Psicologia e Psiquiatria, todos focados em apresentar para o público um panorama geral da importância da pesquisa científica do RPG e Boardgames como instrumentos para combater transtornos mentais, como crises de ansiedade por exemplo.
Iniciaram o diálogo com o público apresentando o contexto pandêmico e pós pandêmico que desafiou a sociedade a lidar com seus problemas interiores, a saúde mental tornou-se assunto de alta prioridade. Houve uma ruptura nas habilidades sociais, que gerou variados traumas. Nesse contexto, a busca por alternativas no tratamento destes casos, levou a exploração de ferramentas inusitadas, como o RPG e Boardgames que por sua vez já tinham se provado instrumentos poderosos para a Pedagogia. Aproveitando-se do aspecto lúdico, mais psicólogos e psiquiatras vem analisando as possibilidades do uso destes recursos na melhora de Soft Skills, com foco em discussões terapêuticas do pós jogo.
Indagações sobre escolhas e motivações dentro dos ambientes virtuais controlados pela imaginação podem potencializar resultados de terapias, vale ressaltar que este campo demanda muito esforço de pesquisadores, já que dados quantitativos e qualitativos não insuficientes até o momento. O movimento Critical Skills, do qual os palestrantes fazem parte está engajado em trazer mais especialistas que tenham interesse para o tema, fazendo do RPG e dos Boardgames seu corpo de pesquisa.
A Premiação Ludopedia ocorreu no sábado, ou seja no primeiro dia de DOFF 2023! E apesar de ter sido uma cerimonia bem rápida não deixou de ser emocionante! E além de ter sido emocionante, também foi especial marca os 10 anos de Ludopedia.
O Ludopedia é um site que cobre notícias, faz analises e tem uma lista muito de boardgames para você listar quais você tem, além de contar com um fórum para se discutir Board games e RPG.
Neste ano, os vencedores foram os seguintes:
Infantil (Voto Popular) – Stone Age Junior (Devir)
Infantil (Júri) – Dragomino (PaperGames)
Infantil Designer Nacional (Voto Popular) – Treta na Selva (Mosaico Jogo)
Infantil Designer Nacional (Júri) – Achô! (Adoleta Jogos)
Mídia Audiovisual Infantil (Voto Popular) – Romir – Jogo para crianças
Suplemento de RPG (Voto Popular) – Dungeons and Dragons (5ª Edição) – O Caldeirão de Todas as Coisas de Tasha (Galápagos Jogos)
Suplemento de RPG Designer Nacional (Voto Popular) – Tormenta20 – Jornada Heroica: Fim dos Tempos Arco 1: As Colinas Centrais (Jambô Editora)
RPG (Voto Popular) – A Lenda de Ghanor (Jambô Editora)
RPG Designer Nacional (Voto Popular) – A Lenda de Ghanor (Jambô Editora)
Expansão (Júri) – Draftosaurus: 2 em 1 Marina e Show Aéreo (Meeple BR Jogos)
Mídia Podcast (Voto Popular) – Nordicast (Covil dos Jogos)
Família (Voto Popular) – Cascadia (Grok Games)
Família (Júri) – Cascadia (Grok Games)
Mídia Audiovisual (Voto Popular) – Covil dos Jogos
Família – Design Nacional (Voto Popular) – Cangaço (Buró Editora)
Família – Design Nacional (Júri) – Dobro (Grok Games)
Mídia Revelação (Voto Popular) – Duque Board Games
Expert (Voto Popular) – Duna: Imperium
Expert – Design Nacional (Voto Popular) – Luna Maris
Mídia Social (Voto Popular) – Cóvil dos Jogos
Expert (Júri) – Lacrimosa (Devir)
Expert – Design Nacional (Júri) – Hokusai (Ludens Spirit)
Sobre a premiação
Durante a premiação desenvolvedores de jogos falaram sobre como a comunidade tem se auxiliado e designers de jogos nacionais se complementando e deixando explicito como o alivio do fim da pandemia trouxe um novo ar ao evento.
Além disso, é impossível não comentar de como O Covil dos Jogos que levou quase todos os prêmios de criação de contéudo, incluindo Mídia Audiovisual, Mídia Podcast e Mídia Social.
Além disso, tivemos vitória do jogo Cangaço, da Buró Editora, um jogo com tema nosso, brasileiro, que seria uma raridade se no ano passado não tivemos tido a vitória do jogo Brazil: Imperial. Mas sempre que temos vitória de algum jogo com um tema local, brasileiro, é algo digno de nota.
Além disso, com Ordem Paranormal RPG no pareô, foi uma grata surpresa ver A Lenda de Ghanor RPG vencendo como RPG e RPG (Design Nacional). Com uma fanbase gigantesca, era fácil imaginar o livro do RPG de terror vencendo, mas Ghanor levou os dois prêmios na categoria RPG.
E os Suplementos de RPG?
Apesar disso, A parte de Suplemento RPG teve uma disparidade bastante curiosa; O Caldeirão de Todas as Coisas de Tasha, mesmo sendo um suplemento lançado originalmente em 2020, foi vencedor. O suplemento chegou ao Brasil apenas no final do ano de 2022, mesma coisa com os suplementos de Vampiro: Á Máscara 5ª Edição Camarilla e Sabá, que foram lançados no exterior ano passado mas foram lançados no Brasil este ano. Tendo grandes suplementos feitos por fãs como São Paulo By Night e Recife By Night, ter dois suplementos de design nacionais como apenas cadernos de anotações é algo estranho. Caso eles pudessem ser lançados por um selo nacional, seria interessante ter eles nessa páreo com a Jambô Editora que trouxe o Só Aventuras e Fim dos Tempos.
Fim dos Tempos foi o vencedor não apenas pela qualidade do livro, mas também por uma questão de comunidade, o livro foi feito com diversas fanarts dos fãs da stream da campanha, então foi mais do que merecido, mas eu fico me pergunto o que aconteceria se tivéssemos um páreo entre um grande lançamento da Jambô e um lançamento de Vampiro ou de Dungeons and Dragons da comunidade brasileira, ao invés de jogos que saíram anos atrás.
A Área de Protótipos: Tabuleiro do DOOF 2023 estava muito maior esse ano trazendo jogos e pessoas incríveis para conhecermos. Foi um prazer estar com todos eles e elas nesse fim de semana e esperamos que venham mais encontros!
Constelar
Helia Vannucchi e Paulo Lenço
Há muito tempo criando jogos o casal trouxe Constelar para o evento na intensão de ser divertido e dinâmico. Pois usando estratégia de combinação e dedução os jogadores se divertem. Além disso esse é apenas um dos muitos jogos que eles criaram, inclusive tem um projeto de criação de jogos chamado Arena Lúdica que faz parte da UFMT, e capacita os alunos na criação de jogos.
Eldoria
Gledson Silva e Thiago Nunes
A dupla de amigos criou Eldoria a partir de uma das várias ideias que sempre conversam entre eles. Mesmo passando por varias versões acreditam que estão na reta final dos acabamentos da mecânica e arte do jogo. Falando em arte os autores destacaram as ferramentas que usaram para criar os personagens, sendo principalmente IA chamada Midjouney. No entanto a IA possui limitações, o que os levou a estudarem mais profundamente essa ferramenta. Por fim encontrando métodos e evoluções que garantiram a eficácia da parte artística do jogo. Em Eldoria , magos enfrentam elementais e seus lacaios para obterem o poder dos elementos.
Fungicultura
AnaLu Vardiero, Ágata Carvalho Morais, Amanda Micalloni de Oliveira, Julia Cardoso do Santos, Susan Naomi Sano, Nelson Menolli Jr
As autoras foram incentivadas pelo orientador delas a se inscreverem em um edital federal para a criação de jogos educativos. Dessa forma, assumiram o desafio e criaram o jogo Fungicultura. O objetivo do jogo é se tornar o maior produtor de cogumelos do Brasil, para isso o jogador precisará pesquisar os cogumelos e suas características de cultivo. As autoras acreditam que esse modelo de boardgames educativos podem tornar o mercado mais atrativo, principalmente por geram curiosidade.
Geekmon Capture
Arthur Casulli e Karina Alves
Vindo de um projeto do casal, inspirado em uma brincadeira dos dois de jogar milho para pássaros, o autor desenvolveu de forma dinâmica Geekmon. O objetivo é capturar os Geekmons, você pode atrapalhar os adversários, mas cuidado pois pode acabar se prejudicando, além disso existem outras mecânicas agregadas ao jogo que tornam bem divertido.
GRÉCIA – Deuses vs Filósofos
Willian Silveira
Assim como muitos outros que encontraram no lockdown a oportunidade de por as ideias engavetadas em ação, não foi diferente para o autor de Grécia. Entusiasta do estudo religioso, filosófico, e cultural, juntamente com a mitologia grega conseguiu unir tudo ao mundo dos boardgames. Sendo um jogo complexo e com muitos pontos a dar atenção e desenvolver. Os jogadores personificam Deuses gregos que enfrentam os filósofos para manterem seus status de divindades.
Little Friends
Joka Jr
Após o casal adotar uma dupla de pets, somado ao interesse por boardgames. Criaram o jogo em que o objetivo é unir animaizinhos sem lar a tutores dispostos a adota-los. Além de ser uma temática fofa, deixa o coração ainda mais quentinho ao saber que possíveis lucros vindos de Little Friends serão revertidos no auxilio de animais em situação vulnerável.
Orgânica
Bruno Maranho
Inspirado na vontade de incentivar as filhas sobre cultivo, optou por utilizar o lúdico como recurso. E com tentativas , acertos e erros chegaram no protótipo atual de Orgânica que demonstra estar apto a jogabilidade. Inclusive, o jogo é muito bom, o objetivo é cultivar hortaliças utilizando dos recursos adquiridos com estratégia, tendi até uma composteira e o Sol como recursos utilizáveis.
Piñata Festival
Denilson Silva
Criando jogos para si desde criança o autor se inspirou em uma série da Netflix chamada ¡Dale, dale, dale! para criar Piñata Festival. O objetivo do jogo é “derrotar” a Pinhata e conseguir os doces dela, as combinações entre doces podem aumentar as pontuações finais.
Poranduba – Cartas de Cultura
Andriolli Costa e André Vazzios
O autor criou o jogo a partir da sua tese de pós doutorado em crítica social, as cartas são todas baseadas em personagens da nossa cultura e folclore. Logo, fica fácil pensarmos que os personagens usam as habilidades e características designadas a eles. A disputa do jogo de cartas é revertida em pontos, porém são muitas as maneiras de pontuar e combar em Poranduba!
The King of Mortal Streets
Gil(gante) e Thiago Escobar
Com a abertura do canal no YouTube e podcast intitulado Falha Final, os autores resolveram criar um jogo que trouxesse para o analógico todo o brilho do vídeo game. E conseguiram, The King trás a boa sensação do jogo de luta para a mesa. Em disso esse jogo provavelmente abrirá a oportunidade do autor revelar vários outros jogos que ele criou ao longo de 26 anos e sendo principalmente incentivado por seu parceiro de trabalho.
Vomitolândia
Sandro Tomasetti
Em um dia com a família num parque de diversões, vendo sua esposa se sentindo mal e com enjoos teve a ideia da temática do jogo. Em Vomitolândia s jogadores secretamente indicam manobras entre si para ver quem é o primeiro a vomitar na montanha russa.
WuXing Masters
Xico Roeder e Ricardo Spinelli
Tambem uma ideia surgind oentre amigos que gostam de boardgames e de criar projetos surgiu WuXing Masters. Nele os jogadores usam cartas para movimentar mestres, criar projetos, aprender estilos de Kung Fu e forjar artefatos. Várias fichas mostram os estilos de Kung Fu e os elementos naturais que você possui, movimentando de forma estratégica os dados nas órbitas dos planetas e entre os templos, você controla os Mestres WuXing trazê-los para suas vilas.
A Área de Indie Alley no DOFF 2023 veio recheada de produtos excelentes e ideias fresquinhas para o publico! As editoras independentes brilharam no evento! Estava CHEIO de produtos novos e interessantes, este ano passando pela parte de Indie e conversando com eles, fiquei surpreso com a quantidade de desenvolvedores indies que chegaram com coisas novas e diferentes. Desde Sistemas que podem virar suplementos até jogos novos e mirabolantes, além de grandes iniciativas educacionais.
Jocandi Games
Primeiramente, no stand da Jocandi, eles estavam divulgando o novo jogo deles: Ref! – O Jogo das Referências, um jogo baseado na capacidade do ser humano de usar referências para fazer conexões entre coisas.
Yuzen
Ao lado da Jocandi, o jogo Yuzen: Essência do Mundo estava sendo exibido. Um jogo de tabuleiro baseado nos jogos de RPG do game designer, Guilherme Vasconcelos. Onde os jogadores têm cartas de personagens que devem cumprir os objetivos do mapa e enfrentar inimigos. O Designer Guilherme Vasconcelos também tinha, em seu stand, um protótipo que ainda está em 30% de sua fase de criação de um jogo chamado Dungeon Crawler, um jogo de Steampunk com aspectos de fantasia medieval também, baseado também em decisões dos jogadores dentro do jogo e focado em história. Porém, não tiramos foto do protótipo, mas o projeto parecia bem promissor e interessante.
Jotun Raivoso
Enfim, no stand do Jotun Raivoso, havia livretos do sistema gratuito deles, o Sistema Delta, para diversos cenários baseados em história; Jornadas nas Estepes, Ilha Vermelha, Patifaria Medieval, Épico Persa. Também havia na mesa o livro que eles lançaram baseado em jogos infantis, o Jogos de Campinho que além de brincadeiras para o ambiente de escola, também traz um RPG-solo interno para ser jogado baseado nas regras. Além disso, no stand, também havia um prototipo da versão para o Sistema Delta de um RPG de Mecha, o Delta Mecha. Havia um pequeno battlemap com versões de tokens para representar os mechas e as naves.
Coisinha Verde
No stand da Coisinha Verde, havia o card game Card Goblins em que os jogadores tem turbas de goblins que devem lidar e enfrentar os demais jogadores. No mesmo stand, tinha o Altaris RPG, um jogo pensado para qualquer numero de jogadores, inclusive tem regras para RPG Solo. Altaris RPG foi indicado ao prêmio Ludopedia como RPG – Designer Nacional por Voto Popular. Na mesma ideia de um sistema que independe de mestre, eles tinham o RPG-Solo para crianças Amigo Dragão.
Campfire Studio
Além disso no stand do Campfire, eles estavam publicando a segunda edição, revisada com feedback da comunidade, Infaernum um jogo, de acordo com os desenvolvedores, de “Durante o Apocalipse”.
O jogo é de licença aberta disponível para se adaptar a qualquer sistema ou cenário aonde você queira trazer o Apocalipse. O jogo foi indicado ao prêmio Ludopedia como RPG – Designer Nacional por Voto Popular.
Caleidoscopio
A editora Caleidoscópio estava com o livro As Chaves da Torre, com seu livro de Monstros e livro de arte disponível. As Chaves da Torre foi um dos RPGs mais votados nas categorias de Melhor Coesão de Regras, Melhor Arte, Melhor Livro Básico e Melhor Cenário.
Nat20 Games
A Nat20 Games trouxe a versão de tabuleiro de seu jogo desConfronto, que estava em venda no stand e que foi financiado ano passado (2022) no Catarse. O jogo estava muito movimentado, com muitas pessoas querendo conhecer o jogo de tabuleiro, sendo um dos jogos mais disputados nos stands da Indie Alley. Assim, muitos jogadores estavam testando o jogo ao redor do stand.
Tria Editora
A Tria Editora tinha em seu stand o lançamento do Bestiário do Folclore Brasileiro, que saiu este ano, e Aventuras Lendárias – Jogo Épicos para 5ª Edição. Além das miniaturas que vieram junto com o Bestiário do Folclore Brasileiro. Além disso estavam com o anúncio dos jogos Action Movie World, jogo que simula filmes e séries de ação, no sistema da licença Powered By The Apocalypse e Symbaroum, um jogo de fantasia sombria onde os jogadores se aventuras em uma terra ocupada pela vasta floresta Davokar em busca de tesouros, conhecimento e fama! Assim, durante o stand, fizeram anúncios de novos jogos que vem aí pela editora, incluindo um lançamento completamente nacional. Todos os anúncios feitos exclusivamente no Diversão Offline.
Assim também, entre os anúncios exclusivos do DOFF, tem Punkapocalyptic, uma versão modificada de Shadow of The Demon Lord para um cenário de Pós-Apocalíptico bastante baseado em Mad Max.
Hopefinder
Além disso, também anunciaram Hopefinder, um jogo de apocalipse zumbi moderno feito em cima das regras de Pathfinder Segunda Edição. A historia se passa depois de um apocalipse causado por um vírus suíno que dizimou a humanidade. Como normalmente os cenários no Brasil de Pathfinder não saem do Fantasia Medieval, ter um jogo de Apocalipse Zumbi para Pathfinder 2ª Edição é algo muito bom.
Distopia
Logo após anunciaram um cenário de Fantasia Espacial completamente próprio, Distopia, um cenário baseado em mundos de space opera fantástica com grandes nomes do design de RPG brasileiro, como Mestre PedroK, Thiago Rosa, Nadja Lírio (Experimento 237) e Afonso Tresdê.
Beyond The Wall
Logo após isso também que vão lançar o jogo Beyond The Wall, um retro-clone de Dungeons and Dragons focado em aventureiros que devem proteger sua vila de criaturas da floresta e seres feéricos.
Lancer RPG
Uma surpresa para os fãs de mecha: A Tria Editora vai trazer Lancer RPG aqui para o Brasil, RPG de robô gigante baseado em d20 que ficou bastante popular nos últimos anos no cenário brasileiro mesmo antes de chegar traduzido. Assim, jogadores que amam robôs gigantes, podem ter uma nova possibilidade para poder jogar.
Shadow of The Weird Wizard
Enfim, anunciaram o jogo Shadow of the Weird Wizard, caracterizado como “uma versão family-friendly de Shadow of the Demon Lord”, o jogo de Robert Schwalb traz uma terra de aventureiros que sairam do Velho País por algum motivo e param nas Borderlands.
Secular Games
No stand da Secular Games, um dos pontos que mais chamou a atenção foi o jogo Goddess Save The Queen, um jogo de sistema próprio que se passa na decadência do Império Britanico. Estavam com o Guia Rápido de Rebel R, jogo narrativo de fantasia espacial que foi financiado a pouco tempo no Catarse. E também estavam com jogos baseados na licença Powered By The Apocalypse, sendo eles Dungeon World e o sistema que dá nome a licença, Apocalypse World. Porém, algo curioso que tinha nos stands eram os jogos de sistema próprio baseado em gerenciamento de recursos, como Psi*Run e UED – Você é a resistência.
Áureos – Os Dançarinos da Lua
Enfim um dos mais curiosos é Áureos – Os Dançarinos da Lua, jogo baseado em cultura de capoeira e traz um Brasil Fantasiado aondevocê interpreta um Áureo, um ex-escravo que, em um Brasil Colonial fantástico, recebe as bênçãos de seu Orixá para libertar seu povo da escravidão.
Universo Simulado
No stand da Universo Simulado trouxeram o jogo Thordezilhas RPG, baseado em aventuras de piratas. Um jogo completo com regras e cenário para você jogar em modalidade solo, cooperativos ou com narrador. Trouxeram Sinistros & Monstros, sistema de horror e juventude em que os jogadores são adolescentes que podem ver monstros em sua cidade e devem lidar com os horrores da cidade antes que sejam velhos demais para se importar.
Conclusão
A área indie foi surpreendente esse ano, muitos jogos indie sendo produzidos e muitos recebendo prêmios! É incrível ver a comunidade tão junta em uma mesma missão que é divertir.
Se eu pudesse resumir o DOFF 2023 em uma palavra, seria “comunidade”.
Nunca antes o título Diversão Offline fez tanto sentido.