Prêmio Ludopedia 2023

Olá pessoal! No dia de hoje, 08/04, se iniciará a fase final do Prêmio Ludopedia para o voto popular para a escolha dos melhores RPGs do ano 2023. São quatro categorias de RPG existentes na premiação, as demais são de jogos de tabuleiro.

São oito indicados em cada uma das categorias: Melhor RPG NacionalMelhor RPGMelhor Suplemento de RPG Nacional e Melhor Suplemento de RPG.

Segue o número de indicações totais por editora:

Jambô Editora: 12

Buró Editora: 10

Galápagos: 3

Nozes Game Studio: 2

101 Games: 2

Universo Simulado Estúdio: 1

Retropunk Publicações: 1

Tria Editora: 1

 

Como podemos perceber, as indicações são dominadas pela Jambô e Buró. Interessante notar que a Jambô possui 3 indicações em cada categoria enquanto a Buró praticamente domina as indicações nas categorias de suplemento, com 4 indicações em cada uma.

A votação irá até dia 10/05 e a revelação dos 4 vencedores se realizará no DOFF 2024.

 


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É Possível se Divertir Offline? – Off-Topic #43

Saudações, Rpgista!!! Como andam suas jogatinas na era do stream, das conexões online e de todo um estilo de vida conectado? Ainda existe espaço na sua vida para se divertir offline também?

O Mundo Online

Diversão offline 2023

Hoje é possível afirmar que, de fato, vivemos em um mundo completamente conectado e tecnológico. Claro que a tecnologia já estava aqui ao nosso lado e já fazia parte de nossas vidas, no entanto, esse período pós-pandemia mais do que nunca deixa bem evidenciado o quanto mudamos o nosso mundo e nossas rotinas por conta das novas tecnologias.

Hoje o trabalho home-office, as reuniões online, as conexões digitais são muito fortes e essenciais à vida e ao funcionamento do mundo como um todo. E com isso, até mesmo as formas de se divertir ganharam um novo escopo! Nos adaptamos às redes sociais, streamings e até mesmo às lives de artistas para fazer valer nossa diversão!

Cinema, música, literatura, TV… todas essas formas de transmissão de artes e culturas, de uma forma ou de outra, acabaram se adaptando à nova era digital, ganhando novas abordagens, novas formas de se espalhar e consequentemente um novo e sedento público!

Claro, isso não é sinônimo de matar ou aniquilar as outras formas de dispersão da arte e da cultura, mas deixa bem claro qual vai ser a tendência de consumo a ser seguida, e, em se tratando de uma cultura capitalista como a que vivemos, isso de fato é algo preocupante à longo prazo.

Diversão Offline

Na Mesa MRPG

Mas, considerando o quanto a tecnologia está ao nosso lado, fazendo parte do nosso cotidiano e mudando drasticamente nossa forma de interagir com o mundo e com as pessoas, ainda é possível ter uma diversão offline, junto com turma ou família, sem precisar de tecnologia ou conexões?

Pois bem, o DOFF2023 veio justamente para tirar essas dúvidas da minha cabeça, e de fato me deixar não somente feliz, como muito esperançoso com tudo que há por vir aí!

Como já sabe, eu sou um dinossauro nesse cenário, e já faço parte do time dos “velhinhos” no RPG, da época onde pra se jogar dependíamos de fato de ter material físico, e acima de tudo, presença das pessoas! E qual não foi minha surpresa após mais de 10 anos pode jogar novamente uma mesa presencial, com pessoas que até então nunca antes tinha visto na minha vida?

Narrar uma mesa no estande da Jambô no DOFF foi algo simplesmente surreal! E mais ainda considerando que a mesa que tive o grande privilégio de narrar era bem inclusiva em vários sentidos! Foram apenas quatro pessoas jogando, mas esse pequeno núcleo representou muita coisa importante pra mim (e para outras pessoas também, certamente).

Mas claro que não somente o RPG é importante! Fui muito bacana conhecer uma caralhada de novos jogos de mesa, e alguns com propostas muito inventivas e inovadoras, além é claro de ver vários clássicos ganhando novas roupagens ou novas formas de jogar!

Offline x Online

Claro que existem inúmeras formas de se divertir tanto online quanto offline, e há sim muitas diferenças entre um e outro. Longe de mim querer definir o que é bom ou ruim, qual é melhor ou pior, poque isso de fato vai muito da sua subjetividade ao se divertir com a proposta que se segue!

Seja você uma pessoa mais online ou offline, ou ainda uma pessoa que consegue de fato se divertir com ambos s aspectos, o que importa é justamente não deixar a diversão acabar!

Por mais legal que seja poder se comunicar e se divertir com qualquer pessoa no mundo de forma online, é muito legal também poder tirar um tempinho para se encontrar de forma real com as pessoas, participar de eventos, interagir e dinamizar!

Enquanto seres humanos, somos criaturas extremamente sociais, e que dependemos muito dessas interações sociais para nos construirmos e nos moldarmos, absorver e passar experiências e muito mais!

Seja online, offline, ou até mesmo de forma solitária (não vamos deixar os livros-jogos de fora dessa, né?) o importante é se divertir e nunca deixar essa diversão morrer!

 

Mas não deixe de continuar acompanhando aqui o MRPG! Afinal de contas eu não parei aqui, e tem muita coisa bacana ainda esse ano por vir! Teremos Mar de Mortos em sua terceira temporada, juntamente com Sombras do Passado, nossa mesa de Império de Jade com Marcela Alban e Bernardo Stamato! Tem os textos da Liga das Trevas, os materiais da Teikoku Toshokan, os perigos da Área de Tormenta e muito mais!

Então é isso aí, conto com você em 2023, para que seja um ano cheio de começos e recomeços par todos nós!

 

Na Mesa MRPG – Diversão Offline 2023

Na Mesa é mais um projetos desse ano do MRPG ! O Na Mesa é onde a gente joga cards e boardgames.
A ideia é apresentar outros jogos do mundo nerd, além do RPG! Para isso, através das nossas gameplays, o Na Mesa leva a intimidade de um grupo de amigos jogando. E, claro, não poderíamos deixar de ir no DOOF 2023. Então vem conhecer com a gente os jogos que conseguimos jogar por lá esse ano.

Savernake Forest

Jogamos o Savernake Forest com o autor do jogo Rodrigo Rego! Lançamento da Editora Devir no DOFF, o jogo é muito fofo e divertido. Criamos um bosque com animais e comidas. O jogo é rapidinho e perfeito para jogar em até 4 pessoas, quando queremos curtir numa boa. Amamos a experiência!

Zurvivors Cooperação – Lançamento da Gamehives

O segundo dia de DOFF começou com uma grata surpresa: Zurvivors Origem. O Fábio, autor do jogo, explicou pra gente que ele é um prequel de Zurvivors e Zurvivors Cooperação. A gente joga em uma missão em outro planeta e, de quebra, entende como surgiu o apocalipse zumbi na terra. Nos divertimos e tretamos bastante pra determinar quem foi o astronauta mais eficiente da turma. É um excelente jogo que podemos p montar várias estratégias e que não é muito longo, o que foi ótimo pro nosso grupo. A dinâmica é de coleta de recursos, enquanto movemos um monstro para atrapalhar os colegas. O game está na fase final de desenvolvimento com lançamento previsto pra julho desse ano. Aguardaremos ansiosos!

A.E.R.O. – Editora Adoleta

No stand da Grok jogamos a versão gigante do A.E.R.O. Neste boardgame, nós interpretamos astronautas que precisam prender integrantes da gangue Melaca. A jogabilidade é com dados e lembra a dinâmica do general: você sempre precisará prender um dos monstros e marcar pontos, mesmo que seja 0. Um jogo divertido, dinâmico, para jogar com a família inteira. Daqueles que a tua ambição em pontuar pode te ajudar ou atrapalhar. Uma experiência muito divertida!

Hierarquia Egito

Jogamos o incrível Hierarquia Egito! Um party game de blefe, aposta e tretas, do jeitinho que a gente gosta. O boardgame apresenta elementos da história do Egito, com curadoria do historiador Bruno Vorcaro (que ainda produziu um livro completo de história dos personagens). O jogo é incrível e produzido de forma independente. Passamos lá e não apenas o jogo é incrível, com uma dinâmica muito diferente de outros do mesmo tipo, como o clima do stand estava incrível. Todos os envolvidos empolgadíssimos e felizes com o sucesso do lançamento do jogo no DOFF 2023. Parabéns ao Ricardo e todos os envolvidos no projeto! Já estamos na fila pela próxima edição do jogo e também dos próximos Hierarquia!

Terracotta Army

Estivemos presentes no estande da Across the board no DOFF e saímos impressionados com o tão aguardado terracotta army! A beleza das miniaturas, a dinâmica de jogo excepcional e um tabuleiro super imersivo fizeram desse jogo uma grata surpresa pra gente. Nele nós construímos estátuas que formaram a armada do falecido imperador, em uma mistura de dominação e presença dentro do tabuleiro que prendeu a atenção de todos por quase 2 horas! A Across the board trouxe esse jogo pro Brasil e esperamos poder joga-lo muitas e muitas vezes ainda!

Dungeons & Drink

Dungeons & Drink foi aquele momento de muitas risadas com os amigos. Visitamos o estande da Buró no DOFF e jogamos esse jogo muito divertido, onde cada um de nós era um herói, que está bebendo e enfrentando monstros que encontrávamos pelo caminho. Cada herói fica sob efeito de uma carta prenda (que nos obriga a fazer coisas como falar muito devagar, ou não dobrar os punhos), afinal de contas já estão mais pra lá do que pra cá, o que torna o jogo muito engraçado. E a possibilidade de ferrar os amiguinhos é sempre bem-vinda. Para aqueles momentos que você quer beber e jogar com amigos, Dungeons & Drinks cai como uma luva!

A Quinta serie que habita em nós

Jogamos “A Quinta serie que habita em nós” no stand da Bucaneiros. E que grande estreia na produção de jogos de tabuleiro! Um jogo divertidíssimo, +18 e com muitas pitadas de humor infame da quinta série. A jogabilidade é de completar frases e fazer todo mundo rir. Jogamos em quatro pessoas, o que deu uma dinâmica rápida e divertida pro jogo. Aguardem que iremos ainda gravar um gameplay completo no Na Mesa!

Galeria de Fotos do Na Mesa MRPG

Acompanhe Também:

Revisão e Montagem da Capa: Isabel Comarella

 

 

Cobertura das Área de Palestras – Diversão Offline 2023

Com dois dia intensos de evento e muitas discussões bacanas, trazemos para vocês tudo que vimos  da Área de Palestras do DOOF 2023.

Educação em Jogo: A Importância da Ludoliteracia

Convidados: Daniel Martins e Igor Moreno

Mediação: Jorge Valpaços

A Palestra, mediada por Jorge Valpaços e que teve como convidado David Martins e Igor Moreno, foi bastante focada em maneiras diferentes de se aplicar o ato de jogar com a educação.

Com a introdução do Jorge Valpaços, o bate-papo iniciou como esse ato de jogar se tornou algo muito relacionado ao lazer e menos a arte de contar historias e espalhar sua cultura.

Daniel Martins focou bastante em seu relacionamento na época de escola com a dificuldade do aprendizado. E como, utilizando de RPG de mesa e jogos, ele conseguiu se desenvolver melhor nas matérias. Utilizando de maneira prática os conceitos de matemática, geografia e etc… nos jogos que jogava. Daniel inclusive citou o uso de jogos para reforçar, de maneira divertida, bons hábitos em crianças menores.

Igor Moreno focou na utilização de jogos dentro de sala de aula e como ele adaptou atividades que utilizam ferramentas usadas pelo aluno. Jogos analógicos eram pouco apelativos aos jovens, portanto, utilizando as mesmas técnicas de jogos analógicos, ele adaptou para uma forma digital.

Na Sala de Aula

Na palestra, Jorge Valpaços apontou como muitas vezes se fala de “gamificiar” a sala de aula mas de uma maneira ruim, de um “jogo” ruim e que o sistema precisava ser repensado.

Também foi comentado sobre a necessidade de professores e educadores que querem trazer aspectos da ludoliteracia em sala de aula terem aliados de outras áreas que eles não dominam. Assim como desenvolvedores ou de alguma área de interesse dos jovens. E caso os professores ou educadores queiram mais artigo sobre isto, foi comentado sobre dois portais muito bons para o assunto; o Rede Metagame e o Ludus Magisterium

Fizemos uma pergunta sobre a criação de jogos educativos voltado a crianças com questões especiais como autismo, e foi citado a necessidade, mais uma vez, de aliados no meio de game design.  Podendo assim ter uma visão melhor sobre isto para tratar dessa necessidade de jogos acessíveis para pessoas que precisam de um cuidado especial.

Infância e Jogos

Convidados: Thiago Queiroz e Kátia Regina

Mediação: Arnaldo V. Carvalho

A proposta desta palestra era discutir sobre a presença dos jogos na infância e a importância deles na construção do lúdico.

A mediação ficou por conta do Arnaldo V. Carvalho, que estudou no mestrado e no douturado sobre exatamente a temática da ludicidade e é um educador apaixonado por jogos. Compondo a roda de conversa tínhamos o Thiago Queiroz: do Paizinho vírgula e Jogando junto – canal focado em jogos de tabuleiro para famílias. E fechando os participantes tínhamos a Kátia Regina: fonoaudióloga e psicopedagoga que participa do Se joga, que organiza e monitora eventos de jogos com foco no público LGBTQIAPN+.

Dentro das Escolas

A Kátia também leva diversos jogos para as escolas. O lúdico e a construção do vínculo. O centro da discussão ficou em torno dos ganhos da presença do jogo desde a infância. Isso porque através do lúdico conseguimos aprender com muito mais facilidade habilidades importantes. Como exemplo, a Kátia trouxe como usa jogos de tabuleiro para que as crianças se interessem em fazer os exercícios de fonoaudiologia. Além disso, o jogo é onde as diferenças, como de idade, somem. Vale as regras do jogo e todos são iguais diante disso. Assim é uma ferramenta excelente para o desenvolvimento de vínculos, principalmente dentro das famílias.

Aqui vale o recado que nos deram muitas vezes durante a palestras: existem jogos para todos os públicos, se você não jogar com seu filho desde pequeno, ele não vai te acompanhar nos jogos mais complexo quando ficar mais velho. O grupo destacou a importância da construção do lúdico e como os jogos permitem que o mesmo se mantenha ao longo da vida: enquanto brincar é coisa de criança, jogar é permitido à todos. Além de super inspiradora, a palestra foi emocionante, com os participantes contando suas experiências. Mas teve uma cereja do bolo no quesito emoção: ao final tivemos um pedido de casamento na plateia.

Subindo de Nível: Dicas Práticas para a Organização de Eventos Profissionais

Convidados: Bruno Davi e Fernanda Sereno

Mediação: Elson Bemfeito

Bruno Davi Kretzmann (Além do Muro), convidou Fernanda Sereno (Diversão Offline) e Elson Bemfeito (SeJoga) para assustar as pessoas falar sobre a organização de eventos profissionais. O papo foi bastante prático e direto, entretanto muito intuitivo, com um slide muito bem montado que abordava diversos pontos interessantes e relevantes sobre o tema em questão.

Dicas Práticas

Os assuntos foram desde dicas de profissionalização, como onde um produtor de eventos se enquadra juridicamente até se devo ou não criar um MEI. Também quais as vantagens que isso traz para o meu trabalho e até uma dica sensacional ainda sobre este tema que foi: “MEI não garante contratação, algumas empresas encrencam”. Isso por conta de o MEI teoricamente não poder ter funcionários, então como você tem uma equipe para cuidar/produzir do/o evento.

Outra dica bastante interessante foi, ir atrás do SEBRAE da sua cidade. Tanto para suporte com questões legais através de cursos e até mesmo utilizando o Emissor Gratuito de Nota Fiscal de Produto que eles produziram.

Mas uma das coisas que mais chamou atenção, na minha opinião, foi uma questão que muitas pessoas têm muita dificuldade: O Quanto Devo Cobrar? A principal resposta para esta pergunta foi que você DEVE cobrar, o quanto varia muito. Fernanda Sereno, por exemplo, citou algumas formas, destaco a seguinte. Pegue o valor que você ganhava no seu último emprego, divida o seu salário por 22 dias e depois divida por 8 horas de trabalho. Esse é o seu valor hora, agora você tenta descobrir quantas horas você vai dedicar àquele evento.

Enfim, foi uma palestra bastante proveitosa para nós do Movimento RPG que temos interesse em produção de eventos profissionais (fica a dica). E se você ficou com dúvidas sobre este assunto ou quer o slide citado, mande um email para: contato@alemdomuro.com.br e peça ao Bruno o slide da palestra: Subindo de Nível: Dicas Práticas para a Organização de Eventos Profissionais do DOFF 2023.

Boardgame x RPG: Inimigos ou aliados?

Convidados: Fabrício Ferreira e Rafael Amon

Palestra ministrada por Flávio Ferreira e Rafael Amon.  O clima amistoso estabelecido desde o início da palestra, deixou claro que não haveria um debate acalorado sobre o tema. Mas sim um diálogo com o público enfatizando a necessidade de ações colaborativas na propagação de ambos os hobbies.

O ritmo dos argumentos deixou claro, que não existem grupos antagônicos que precisam se degladiar para provar qual a melhor maneira de se divertir. Mas sim, grupos que precisam agir para uma conciliação em pró da saúde e expansão de jogos e editoras. Houve espaço ainda para breves explanações sobre as diferentes características e estilos de RPG e Boardgames. Explicitando movimentos de migração do primeiro para o segundo, devido apelo comercial mais estabelecido e melhor comunicação com o público proveniente de peças, design e variados acessórios que incitam o consumo.

Tal migração, contudo, não significa que o mercado para o RPG esteja menos aquecido, pois muitas editoras estão trabalhando em novos títulos e em traduções de vários títulos. Ao final da palestra, houve um momento para dúvidas, na qual os palestrantes apontaram os altos e baixos do mercado no período pandêmico. Mas finalizaram afirmando que o Brasil passa por momento ímpar de expansão de negócios envolvendo nossos amados hobbies, agora basta aguardar ansiosamente que estas palavras tragam auspícios positivos.

Nem Ameri, nem Euro. Existe uma escola brasileira de jogos?

Convidados: Sérgio Halaban, Robert Coelho, Led Bacciotti e Diego Bianchini

Palestra ministrada por Sérgio Halaban, Robert Coelho, Led Bacciotti e Diego Bianchini. Neste encontro de gigantes dos boardgames, ficou claro o tom de respeito aos estilos de jogos das diferentes escolas. Houve uma explicação breve sobre as principais características do estilo Americano. Com mecânicas fortes voltadas a temas esteticamente marcantes assim como a aleatoriedade com forte influência da sorte.

Em seguida, o estilo europeu, com suas mecânicas mais complexas, com ênfase em habilidades estratégicas que quase não deixam margens para a aleatoriedade, temas mais ligados à cultura ou história de suas regiões de origem. Com tais aspectos demarcados, passaram a diálogo sobre a evolução dos estilos ao longo dos anos. Foram citando como dentro do estilo europeu a presença da escola alemã, francesa e polonesa sempre foram muitos proeminentes.

Já o estilo Americano tentou explorar características diferentes, atendendo às demandas de seu próprio mercado, focando muito na estética forte e marcante. Apontaram também como o mercado japonês e seu estilo de jogos mais dinâmicos e compactos vem crescendo anos após ano. Partindo desta tempestade de ideias, todos foram unânimes em afirmar que o mercado de jogos brasileiro precisa explorar melhor sua própria cultura e diversidade. Bem como aproveitar o aquecimento do mercado para aumentar sua projeção internacional. Ainda, apontaram que uma escola brasileira, com características próprias demandará tempo para se firmar. Mas afirmaram que desde 2013, o elemento aleatório vem caindo,  demonstrando uma tendência para um estilo euro com forte influência de temas bem culturais e regionais de nosso país.

Atração Internacional: Tom Vasel

Tom Vasel veio para o evento com uma roupa excêntrica, mas com uma maneira de falar que sabia atrair a atenção.

Em sua palestra, ele discorreu sobre sua trajetória jogando e revisando jogos na internet e evoluindo seu formato. Desde da maneira escrita até ele começar a gravar vídeos e como, naturalmente pelo amor dele a jogos, seu conteúdo cresceu até se tornar a referência que é hoje.

Durante a palestra, de uma maneira bastante leve e divertida de ouvir, Tom Vasel resumiu toda a sua trajetória como: “Eu amo falar sobre jogos”. Tudo o que ocorreu como consequência do seu amor por jogos.

A palestra foi como ouvir seu amigo falando de algo que ama fazer. E inspirou bastante alguns criadores de conteúdo com quem conversei na palestra por lembrar do porque fazemos o que fazemos; Amamos jogar jogos.

Na parte de perguntas, perguntaram se ele teria planos de lançar seu podcast, The Dice Tower em outras línguas. Tom respondeu que ele não conseguiria fazer a consultoria em todas as línguas, mas que não precisaria disso. No evento já conheceu diversos criadores de conteúdo muito bons, eles podem ser o Dice Tower desta região.

Quando perguntado sobre qual foi o pior boardgame que já recebeu para fazer uma review, ele citou o jogo Oneupmanship, um jogo baseado em Banco Imobiliário. Mas com regras estranhas e pílulas que ele decidiu que seria melhor não tomar.

Outro ponto foram sobre jogos que podem ser usados para sala de aula, Tom Vasel a lista de Top 10 Jogos Para A Sala de Aula no site do seu podcast, The Dice Tower.

Inteligência Artificial e sua influência no mundo dos Jogos Analógicos

Convidados: Luís Francisco, Diego Sá e Eric Araújo

Mediação: Fel Barros

A palestra, mediada por Fel Barros e com participação de Luís Francisco, Eric Araújo e Diego Sá, abordou o uso da Inteligência Artificial em três vertentes: Balanceamento, Design e Desenvolvimento.

  • Balanceamento, a questão principal acabou entrando em utilizar da IA poderia fazer o balanceamento de um jogo, colocar novas expansões ou até mesmo as regras do jogo para uma inteligência artificial e pedir para ela executar os playtest.
  • Sobre Design, entraram no que talvez seja a evolução mais rápida da IA que é o desenvolvimento de imagens e quanto isso afeta no desenvolvimento do hobby.
  • Sobre Desenvolvimento, pedir para uma IA desenvolver um jogo inteiro debaixo de um conceito ou um termo.

Dos casos acima, o desenvolvimento e o balanceamento são os mais complicados em uso de IA. Uso dessa ferramenta para algo tão complexo quanto desenvolver um jogo ou até mesmo balancear ele é algo que o estado atual da IA aberta ao público não faz da melhor maneira, mas que ira evoluir com o tempo. Mas a questão de imagens são sempre complicadas.

Alguns dos convidados comentaram do uso de imagens em IA não apenas para a criação de jogos. Mas também para venda em sites como a Shutterstock e a inevitabilidade desta tecnologia no nosso dia a dia. Desenvolver imagens baseadas em prompts para puxar a ideia de um produto e economizar na contratação de artistas é utilizado por muitos desenvolvedores em protótipos de jogos.

Mas não foi chegado muito bem em um consenso de até onde ir com a Inteligência Artificial, mas a troca de ideias sobre até aonde usar a IA para os três pontos acima foi bastante interessante.

Espaço Copag – Como publicar seu jogo

A Copag trouxe para o DOFF 2023 o lançamento do seu curso “Como publicar seu jogo”. E, em sua palestra, nos contou mais sobre como é a estrutura desse curso e as principais dicas para quem deseja publicar jogos.

A primeira sugestão foi aproveitar momentos como o DOFF para conversar com pessoas que estão produzindo jogos. Principalmente quem está na fase de testes, para conversar sobre todo o processo de construção de um board game.

Outra dica essencial é prototipar e testar bastante. Não vale só levar o jogo para os amigos. É necessário testar com pessoas diferentes, que podem te opinar como melhorar a dinâmica de forma geral. Além de produzir protótipo para entender se as peças planejadas se encaixam e funcionam como esperado. Também é preciso pensar como essas peças serão produzidas. É importante o produtor saber que tipo de peça é essencial, como ela pode ser produzida e planejar pensando no custo benefício. Exemplo: um elemento do jogo produzido em papel, com cortes específicos pode encarecer o jogo, talvez possa ser uma peça com corte padrão e um desenho diferenciado.

E como a Copag pode ajudar?

Para ajudar em tudo isso a Copag lançou desse curso, totalmente gratuito, que ensina  desde o mercado de jogos, até como de fato produzir o jogo. Além disso, a empresa indicou que consegue ajudar a pensar a melhor forma de produzir um jogo, através do seu projeto específico de produção onde conseguem ajudar com orçamento e fabricação.

Como dito na palestra: o jogo é morto, mas a experiência de jogar é viva. Se você tem uma ideia, aqui tem ferramentas para você colocar para a rua! Para que todos experienciem seu jogo.

Experiências da Rede Federal de Educação com Jogos de Mesa

Convidados: Bruna Cavallini, Clever Pinto, Maurício Takano, Leonardo Abreu e Leonardo Costa

Falando sobre o RPG e a gamificação como um todo, a palestra teve o intuito maior de apresentar o projeto de graduação na área. Os palestrantes foram bem incisivos e até bem didáticos no tema, mas foi bem interessante ver que, mesmo que nós entusiastas já levantemos essa bandeira há décadas (e muito antes de GURPS Desafio dos Bandeirantes surgir!) esse tema ainda esteja tão alheio para a comunidade acadêmica. Como bacharel de filosofia principalmente, me vi até assustado com as falas dos palestrantes referentes a como as universidades ainda enxergam com muito preconceito a educação lúdica!
Esse é, de fato, um cenário que precisamos mudar!

Saindo do Eurocentrismo/Heterocentrismo nos Jogos de Mesa

Convidades: Titânia Tef Martins, Naomi Maratea, Allistra Maravilha e Marco BYM

Mediação: Titânia Tef Martins

Por mais versátil, abrangente e dinâmico que os jogos e o RPG em si podem ser, precisamos lembrar sempre que o euro-heterocentrismo ainda existe, e é deveras gritante no assunto! Muito mais que os padrões arcaicos e antigos que estabeleceram os moldes que são usados até hoje, precisamos nos dedicar a criar mais espaços inclusivos e saudáveis para pessoas de todos os tipos! Além disso, precisamos também ter amente aberta para entender e aceitar as mudanças que ocorrem no mundo e nos adaptarmos a elas. Foi uma das melhores palestras que pude ver, e não apenas por me encaixar nas minorias, mas por também poder ver assim proprias falha se maneiras de muda-las!

Gênero, Raça, Classe, Sexualidade e Violência: Como Tratar Temas Sensíveis em Jogo

Convidadas: Naomi Maratea e Michele Melo

Mediação: Jorge Valpaços

Temas sensíveis são pontos de muita importância e necessidade de discussão, onde tivemos no DOFF 2023, Jorge Valpaços, Naomi Maratea e Michele Melo falando sobre. Nesse artigo, você vai saber o que foi conversado na palestra que aconteceu no último domingo, dia 11/06. De acordo com os palestrantes, são temas que podem trazer problemas e acabar por causar uma imagem ruim para as empresas e ofender pessoas. Porém já existem há muitos anos, no entanto sem a devida discussão

Vemos isso em diversos nichos, não apenas no mundo do RPG de mesa. Michele levantou o ponto de que a mídia não existe sem a realidade e que falar desses temas nos jogos é falar da vida real, e isso tem um peso muito grande.

Naomi deixou claro o quanto essas abordagens são importantes, como foi durante o seu processo criativo com o sistema de CDR. Por experiência própria com pessoas do seu convívio social diário, ela se viu na necessidade de um jogo que conseguisse reunir pessoas que não tinham esse sentimento de acolhimento com outros sistemas, já existentes na comunidade.

Como implementar nas suas obras?

Temas sensíveis sempre serão abordados de uma forma outra, em um momento outro. Mas, como citado por Naomi, ter alguém com voz ativa sobre o tema em conjunto do projeto, é algo essencial, garantindo assim que a pauta seja relatada e abordada da melhor forma possível.

Como dito pela Michele, tendo em mente a área de ilustração também. A mídia está com a realidade, saber adaptar, recriar, incluir, sempre tomando todos os devidos cuidados. Representar a diversidade é necessário.

Se você gostaria de conversar mais sobre esse assunto, tenho certeza que nossos palestrantes ficariam honrados de falar sobre, então sigam eles nas redes sociais: @naominaomichi, @michel0dy e @ValpacosJorge e digam que vieram pelo artigo do Movimento RPG.

Atração Internacional: Kenneth Hite

Kenneth Hite é um desenvolvedor de jogos de RPG, muito conhecido por seu trabalho em Vampiro V5. Ele conta na palestra que começou jogando Dungeons and Dragons e escrevendo material para GURPS Time Travel, e entrou no mercado por ligações com pessoas.

Com o tempo, o trabalho com os jogos ficaram muito grandes e ele decidiu sair da empresa de seguros que trabalhava. E começou a trabalhar nos empregos de freelancer que fazia para empresas como Steve Jackson Games, Whitewolf e Chaosium.

Depois de um tempo, um dos jogos que foram mais importantes para ele foi quando foi chamado pela Last Unicorn games para fazer o jogo Star Trek: The Next Generation Role-playing Game. Depois disto. Então foi chamado para fazer a adaptação de Call of Cthulu para o sistema GUMSHOE, chamado Trails of Cthulu e outros livros no sistema GUMSHOE, como Night’s Black Agents, que de acordo com ele, foi o que chamou a atenção para que ele fosse chamado para fazer o jogo Vampiro: A Máscara 5ª Edição pela White Wolf.

Uma observação de Kenneth é que hoje em dia, produtores de conteúdo para RPG podem fazer o quele fez de maneira muito mais simples. Ou seja, vendendo em marketplaces como o itch.io e o Drivethru RPG e que não devemos escrever nada que não gostamos. Porque se nós não gostamos daquilo, nossos leitores também não vão.

Sobre pesquisa para campanhas e conteúdos, ele comentou que normalmente ele faz todo o trabalho de pesquisa em campanhas e jogos de RPG para que os mestre não precisem fazer isto. Porém é uma escolha de cada mestre de RPG o que usar ou o que não usar.

Espaço Catarse / Cordilheira Games

Na palestra sobre Catarse com a Cordilheira Games, foi falado bastante sobre a parte da Cordilheira Games de aprendizagem. Principalmente com o curso Criando Jogos Incríveis e a mentoria Seu Jogo na Rua que é mais profundo sobre se a necessidade de planejamento e de estudo se um jogo em desenvolvimento realmente é necessário para um jogo ter um financiamento coletivo.

Também foi falado sobre planejamento para projetos, que é melhor você jogar a data de entrega de seus projetos para mais tarde, porque imprevistos acontecem e é melhor entregar antes do que depois.

De se planejar bem para não fazer algo muito mirabolante que você não vai conseguir entregar, e cuidar com problemas que você pode ter.

No geral, foi uma palestra bastante informativa para quem quer iniciar um projeto no Financiamento.

Atração Internacional: Reiner Knizia

Na palestra com Reiner Knizia, game designer veterano de board games, tivemos uma palestra recheada de bom humor e interação com o publico.

O game designer alemão diz que começou a criar seus próprios jogos para brincar com seus amigos, já que o unico que vendia jogos na cidade era o barbeiro local. Então ele começou a inventar os próprios jogos.

Mestre em matemática, Reiner trabalhava como gerente de banco até que os jogos que ele desenvolvia como hobby começaram a ficar muito famosos. E em seguida ele decidir se dedicar 100% ao desenvolvimento de jogos, que com orgulho ele chama de “seus mais de 700 filhos”.

Se declarando como “amaldiçoado com ideias”, Reiner reforçou que jogos precisam sempre ser pensados com uma visão nova e inovativa, independente de seu tema. Os temas que jogos foram outro ponto focado, quando perguntado sobre o modelo Europeu de pensar mais a mecânica do que o tema. Visto que o Brasil é dito como um país que sabe lidar muito bem com jogos que giram ao redor de temas, ele deu exemplo de empresas americanas, que não aceitam jogos de temas que já tinham e de empresas europeias que conversavam sobre o jogo e depois reviam o tema.

Também falou bastante sobre procurar soluções criativas para problemas, citando a frase “Se tudo que você tem é um martelo, tudo vai parecer um prego”. Que devemos procurar novas formas de resolver problemas ao invés de resolver tudo da mesma maneira.

A influência da cultura japonesa no RPG e Boardgames

Convidades: Marcelo Cassaro, Hita Aisaka e Yui Kitagawa Taguchi

Mediação: Thiago Rosa

A palestra começou com um clima descontraído, comum em encontro de amigos de longa data. Mas logo escalou para um debate sobre game design, estrutura narrativa e influência linguística da cultura asiática em produções consumidas pelos brasileiros.

Houve ainda espaço para um resgate nostálgico das influências de seriados Tokusatsu dos anos 80 e 90 em produções de cenários de campanha nacionais, especialmente no caso de Tormenta e posteriormente do Tormenta 20. Neste caso, houve um adendo discutindo, como este cenário agregou não só traços da cultura japonesa. Mas de diversos outros países, tornando-se popular por agregar respeitosamente vários estilos e particularidades num mix criativo bem ao jeitinho brasileiro.

Retomaram o debate citando a forte influência eurocêntrica nas produções de jogos. Com a necessidade de inserção de maior diversidade cultural, fato que está em amplo crescimento atualmente, apontaram como exemplo o resgate do saudoso Defensores de Tóquio com uma versão repaginada e mais adaptada às necessidades do mercado consumidor contemporâneo. Por fim, mencionaram os esforços da editora Jambo em apresentar cada vez mais da cultura japonesa, coreana e chinesa em seus produtos.

Serious games: habilidades sociais e saúde mental

Convidades: Marcelo Cassaro, Hita Aisaka e Yui Kitagawa Taguchi

Mediação: Thiago Rosa

Palestrantes: Victor Otani, Julia Pedron, Pedro Coimbra e Danielle Marques.    Esta foi uma mesa redonda com especialistas da área de Pedagogia, Psicologia e Psiquiatria, todos focados em apresentar para o público um panorama geral da importância da pesquisa científica do RPG e Boardgames como instrumentos para combater transtornos mentais, como crises de ansiedade por exemplo.

Iniciaram o diálogo com o público apresentando o contexto pandêmico e pós pandêmico que desafiou a sociedade a lidar com seus problemas interiores, a saúde mental tornou-se assunto de alta prioridade. Houve uma ruptura nas habilidades sociais, que gerou variados traumas. Nesse contexto, a busca por alternativas no tratamento destes casos, levou a exploração de ferramentas inusitadas, como o RPG e Boardgames que por sua vez já tinham se provado instrumentos poderosos para a Pedagogia. Aproveitando-se do aspecto lúdico, mais psicólogos e psiquiatras vem analisando as possibilidades do uso destes recursos na melhora de Soft Skills, com foco em discussões terapêuticas do pós jogo.

Indagações sobre escolhas e motivações dentro dos ambientes virtuais controlados pela imaginação podem potencializar resultados de terapias, vale ressaltar que este campo demanda muito esforço de pesquisadores, já que dados quantitativos e qualitativos não insuficientes até o momento. O movimento Critical Skills, do qual os palestrantes fazem parte está engajado em trazer mais especialistas que tenham interesse para o tema, fazendo do RPG e dos Boardgames seu corpo de pesquisa.

Galeria de Fotos da Área de Palestras

Acompanhe Também:

Autores: Bruh Winchester,  Douglas Quadros, Eduardo Filhote, Gustavo Estrela, Isabel Comarella, Jefferson Lima, Karina Cedryan

Revisão e Montagem da Capa: Isabel Comarella

 

Cobertura da Área de Protótipos: Tabuleiro – Diversão Offline 2023

A Área de Protótipos: Tabuleiro do DOOF 2023 estava muito maior esse ano trazendo jogos e pessoas incríveis para conhecermos. Foi um prazer estar com todos eles e elas nesse fim de semana e esperamos que venham mais encontros!

Constelar

Helia Vannucchi e Paulo Lenço

Há muito tempo criando jogos o casal trouxe Constelar para o evento na intensão de ser divertido e dinâmico. Pois usando estratégia de combinação e dedução os jogadores se divertem. Além disso esse é apenas um dos muitos jogos que eles criaram, inclusive tem um projeto de criação de jogos chamado Arena Lúdica que faz parte da UFMT, e capacita os alunos na criação de jogos.

Eldoria

Gledson Silva e Thiago Nunes

A dupla de amigos criou Eldoria a partir de uma das várias ideias que sempre conversam entre eles. Mesmo passando por varias versões acreditam que estão na reta final dos acabamentos da mecânica e arte do jogo. Falando em arte os autores destacaram as ferramentas que usaram para criar os personagens, sendo principalmente IA chamada Midjouney. No entanto a IA possui limitações, o que os levou a estudarem mais profundamente essa ferramenta. Por fim encontrando métodos e evoluções que garantiram a eficácia da parte artística do jogo. Em Eldoria , magos enfrentam elementais e seus lacaios para obterem o poder dos elementos.

Fungicultura

AnaLu Vardiero, Ágata Carvalho Morais, Amanda Micalloni de Oliveira, Julia Cardoso do Santos, Susan Naomi Sano, Nelson Menolli Jr

As autoras foram incentivadas pelo orientador delas a se inscreverem em um edital federal para a criação de jogos educativos. Dessa forma, assumiram o desafio e criaram o jogo Fungicultura. O objetivo do jogo é se tornar o maior produtor de cogumelos do Brasil, para isso o jogador precisará pesquisar os cogumelos e suas características de cultivo. As autoras acreditam que esse  modelo de boardgames educativos podem tornar o mercado mais atrativo, principalmente por geram curiosidade.

Geekmon Capture

Arthur Casulli e Karina Alves

Vindo de um projeto do casal, inspirado em uma brincadeira dos dois de jogar milho para pássaros, o autor desenvolveu de forma dinâmica Geekmon. O objetivo é capturar os Geekmons, você pode atrapalhar os adversários, mas cuidado pois pode acabar se prejudicando, além disso existem outras mecânicas agregadas ao jogo que tornam bem divertido.

GRÉCIA – Deuses vs Filósofos

Willian Silveira

Assim como muitos outros que encontraram no lockdown a oportunidade de por as ideias engavetadas em ação, não foi diferente para o autor de Grécia. Entusiasta do estudo religioso, filosófico, e cultural, juntamente com a mitologia grega conseguiu unir tudo ao mundo dos boardgames. Sendo um jogo complexo e com muitos pontos a dar atenção e desenvolver. Os jogadores personificam Deuses gregos que enfrentam os filósofos para manterem seus status de divindades.

Little Friends

Joka Jr

Após o casal adotar uma dupla de pets, somado ao interesse por boardgames. Criaram o jogo em que o objetivo é unir animaizinhos sem lar a tutores dispostos a adota-los. Além de ser uma temática fofa, deixa o coração ainda mais quentinho ao saber que possíveis lucros vindos de Little Friends serão revertidos no auxilio de animais em situação vulnerável.

Orgânica

Bruno Maranho

Inspirado na vontade de incentivar as filhas sobre cultivo, optou por utilizar o lúdico como recurso. E com tentativas , acertos e erros chegaram no protótipo atual de Orgânica que demonstra estar apto a jogabilidade. Inclusive, o jogo é muito bom, o objetivo é cultivar hortaliças utilizando dos recursos adquiridos com estratégia, tendi até uma composteira e o Sol como recursos utilizáveis.

Piñata Festival

Denilson Silva

Criando jogos para si desde criança o autor se inspirou em uma série da Netflix chamada ¡Dale, dale, dale! para criar Piñata Festival. O objetivo do jogo é “derrotar” a Pinhata e conseguir os doces dela, as combinações entre doces podem aumentar as pontuações finais.

Poranduba – Cartas de Cultura

Andriolli Costa e André Vazzios

O autor criou o jogo a partir da sua tese de pós doutorado em crítica social, as cartas são todas baseadas em personagens da nossa cultura e folclore. Logo, fica fácil pensarmos que os personagens usam as habilidades e características designadas a eles. A disputa do jogo de cartas  é revertida em pontos, porém são muitas as maneiras de pontuar e combar em Poranduba!

The King of Mortal Streets

Gil(gante) e Thiago Escobar

Com a abertura do canal no YouTube e podcast intitulado Falha Final, os autores resolveram criar um jogo que trouxesse para o analógico todo o brilho do vídeo game. E conseguiram, The King trás a boa sensação do jogo de luta para a mesa. Em disso esse jogo provavelmente abrirá a oportunidade do autor revelar vários outros jogos que ele criou ao longo de 26 anos e sendo principalmente incentivado por seu parceiro de trabalho.

Vomitolândia

Sandro Tomasetti

Em um dia com a família num parque de diversões, vendo sua esposa se sentindo mal e com enjoos teve a ideia da temática do jogo. Em Vomitolândia s jogadores secretamente indicam manobras entre si para ver quem é o primeiro a vomitar na montanha russa.

WuXing Masters

Xico Roeder e Ricardo Spinelli
Tambem uma ideia surgind oentre amigos que gostam de boardgames e de criar projetos surgiu WuXing Masters. Nele os jogadores usam cartas para movimentar mestres, criar projetos, aprender estilos de Kung Fu e forjar artefatos. Várias fichas mostram os estilos de Kung Fu e os elementos naturais que você possui, movimentando de forma estratégica os dados nas órbitas dos planetas e entre os templos, você controla os Mestres WuXing trazê-los para suas vilas.

Galeria de fotos da Área de Protótipos: Tabuleiro

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Cobertura da Área de Protótipos: Tabuleiro – Diversão Offline 2023

 

 

Cobertura da Premiação Goblin de Ouro – Diversão Offline 2023

A Premiação Goblin de Ouro, tradicionalmente feita no DOOF 2023, visa premiar os produtores de conteúdos nacionais de RPG, em diversas categorias. Este ano foi projetado todo um novo conjunto de regras para tornar o prêmio mais imparcial e justo. As obras participantes são 100% nacionais (obras traduzidas e publicadas aqui tinham uma categoria “Tradução”), publicadas até dezembro de 2022.

Mudanças de 2023

Como destacado no início da apresentação, este ano cada categoria contou com um grupo de especialistas que indicou quais itens (rubricas) deveriam ser avaliadas. O júri técnico foi composto por 10 especialistas. Uma mudança destacada foi que o júri só foi anunciado depois das avaliações já feitas. Ou seja: os jurados não sabiam quem eram os outros e não conversaram entre si.

Como funciona a premiação

A inscrição era livre, qualquer um poderia inscrever materiais em cada categoria. Cada inscrição foi validada (se cumpriam os requisitos). Então foi feito a curadoria dos critérios de avaliação. São três critérios em cada categoria. A partir dai as obras foram levadas para o júri, onde poderiam dar nota de 0 a 10 para cada categoria. Ou seja, cada participante poderia ter uma nota final de 30 a 300.

Vencedores de cada categoria

  • Tradução: City of Mist – Retropunk
  • Coesão de Regras: Lições – AVEC Editora
  • Melhor Suplemento: Cordel Alegórico do Bestiário Folclórico-New Order Editora
  • Arte: Infernum – Campfire Studio
  • Cenário: Chaves da torre – Editora Caledoscópio
  • Aventura: Jornada Heróica – Jambô Editora
  • Livro básico: Lições – AVEC Editora
  • Melhor Mídia Escrita: NOM – New Order Editora
  • Produtor de conteúdo: Pedro Coimbra
  • Podcast: Caquitas
  • Canal de RPG: Mestre PedroK

Como foi estar lá

O prêmio em si foi muito emocionante, é incrível acompanhar as histórias dos participantes e dos ganhadores (que puderam contar um pouco mais no momento de pegar seu goblin). Algo que foi bastante destacado pelos produtores: produzir no mundo de board game é um ato coletivo, e nossa comunidade é poderosa quando se junta. Hoje há mais espaço para produção nacional, com personalidade e identidade própria e o Goblin de Ouro é uma das formas de reconhecer todo esse trabalho!

Também não podemos deixar de falar que foi SUPER emocionante ver a Aetherica, nossa revista digital, entre as finalistas de mídia escrita. Nosso coração quase saiu pela boca! Foi incrível.

Galeria de Fotos da Premiação Goblin de Ouro

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Cobertura da Premiação Goblin de Ouro – Diversão Offline 2023

Montagem da Capa e Revisão: Isabel Comarella

Cobertura da Área de Protótipos: RPG- Diversão Offline 2023

A Área de Protótipos: RPG do DOOF 2023 foi umas das novas e maravilhosas novidades do evento trazendo jogos e pessoas incríveis para conhecermos. Foi um prazer estar com todos eles e elas nesse fim de semana e esperamos que venham mais encontros e sistemas para jogarmos!

Corespring

Ariel Nora, Matheus Costa, Guilherme Machado

Os autores criaram um sistema com pegada espacial e futurista. O objetivo dos players é derrubar o Império que sendo autoritário trás inúmeros problemas para a comunidade planetária. Mas se você quer sair de oprimido para opressor pode esquecer, as ferramentas de evolução no jogo te impulsionam a criar características comunitárias e altruístas. Além disso em Corespring a notoriedade individual ou do grupo só pode ser conquistada se forem em nome da revolução. Após evoluírem os níveis máximos, a “evolução” do grupo é adquirida com itens, renome e influencia.

Dragonzitos

Rafael Peregrinow e Andressa Konno

Durante a pandemia o autor viu a oportunidade de por sue projeto de sistema em ação. Utilizando o grande inimigo clássico dos RPGistas, os dragões. No entanto, nesse caso eles quem são os mocinhos, ou não ! Os Players em quanto Dragonzitos devem proteger o covil do Dragão que servem Porem, não se engane, nossa visão de dragões é limitada demais para o sistema, afinal qualquer criatura pode ser um dragão e igualmente os dragonzitos. Utilizando o sistema d20, porem apenas d20, os jogadores precisam de bastante criatividade para aplicarem suas características e recursos, obtendo assim mais chances e ter sucesso na sua aventura”

Fábulas & Goblins

Renato Alves

Mesmo trabalhando com peças para o cenário de RPG, viu na pausa necessária durante a pandemia o momento para iniciar seu sistema. Se inspirou nas fabulas infantis juntamente com características lúdicas e o RPG medieval. O sistema utiliza o set básico de dados, dentro do sistema d20. O autor indica Fábulas e Goblins para todas as idades, mas principalmente para o publico infanto-juvenil, considerando ótima oportunidade de iniciação no hobby.

Hybris

Rafael Carneiro Vasques, Matheus Romanetto, Vitor Celli Caria, Gigio Bertachi.

A conversa com o autor foi estendida para muito mais além do que apenas RPG e o seu protótipo. Rafael Carneiro é sociólogo e professor, há uns anos liderava um clube de RPG na escola em que lecionava, e aplicava principalmente o LARP com seus alunos. Paralelamente recebeu a proposta de criar um sistema, e convidou amigos para trabalharem juntos. Entre muitas conversas e mudanças surgiu o Hybris, um sistema de RPG sociológico, com uma proposta diferenciada do clássico roubas, matar e conquistar. Em Hybris os conflitos são sociais entre grupos de poder, e as resoluções são feitas com dialogo entre os players. E nas palavras do autor: “Eu queria um sistema em que Rosa Parks fosse a Heroína”. Afinal Hybris significa desmedia, ir além,  e foi o ela fez, rompendo assim as principais amarras da politica na época.

RPG Improprio

Taiguara Rangel

Vendo a necessidade de popularizar para seu meio o RPG, procurou métodos para desenvolver um sistema acessível para todos. Ou seja, desde acesso a materiais e entendimento prático do jogo. Além disso o autor optou por otimizar a narrativa, por se colaborativa e estar mais nas mãos dos jogadores. Porem o mestre tem um papel fundamental, afinal necessita de improviso boa parte da narração dando o corpo da historia. O sistema utiliza apenas d6 e pode ser aplicado a vários cenários, épocas, com ou sem magia.

Galeria de Fotos da Área de Protótipos: RPG

Diversão Offline – Taverna do Anão Tagarela #90

Descubra tudo sobre o evento Diversão Offline no novo episódio do podcast Taverna do Anão Tagarela! Douglas Quadros e Raul Galli recebem a organizadora do evento, Fernanda Sereno, para falar sobre as atrações, novidades e curiosidades do maior evento de Jogos de Mesa do Brasil. Junte-se a eles e descubra os segredos por trás da organização de um evento tão grandioso, além de conhecer as principais atividades e destaques que fizeram do Diversão Offline um sucesso absoluto entre os fãs de jogos de tabuleiro e RPG. Então, pegue seu dado de 20 faces e venha participar dessa jornada incrível! Ouça agora mesmo o novo episódio do Taverna do Anão Tagarela.

A Taverna do Anão Tagarela é uma iniciativa do site Movimento RPG, que vai ao ar ao vivo na Twitch toda a segunda-feira e posteriormente é convertida em Podcast. Com isso, pedimos que todos, inclusive vocês ouvintes, participem e nos mandem suas sugestões de temas para que por fim levemos ao ar em forma de debate.

Portanto pegue um lápis e o verso de uma ficha de personagem e anote as dicas que nossos mestres vão passar.


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Diversão Offline

‎Host: ‎‎Douglas Quadros.‎‎ ‎
‎Participantes:‎‎Douglas Quadros ‎| Raul Galli | Fernanda Sereno
‎Arte da Capa:‎‎ ‎‎Raul Galli.‎

 

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