O Chamado – Biblioteca Arkanita

Esta semana, a iniciativa da Biblioteca Arkanita apresenta o netbook O Chamado, de Fernando Menezes. Este netbook segue a mesma premissa de Hunter: the Reckoning, em que pessoas comuns desenvolvem de maneira inexplicável habilidades especiais e um impulso incontrolável para caçar criaturas sobrenaturais. No entanto, em vez de abordar o cenário do Mundo das Trevas, este netbook enriquece o cenário de Arkanun/Trevas.

Conteúdo do netbook

O suplemento apresenta as seguintes informações:

  • Conceitos Básicos, explicando os termos mais importantes para se jogar RPG e, mais especificamente, termos ligados ao Sistema Daemon.
  • Criação de Personagem, descrevendo todos os passos para a construção de um personagem, seja ele do Jogador ou NPC.
  • Atributos, com uma descrição de como cada um funciona no Sistema Daemon.
  • Aprimoramentos, apresentando alguns especiais para o cenário como Caçador, O Chamado, Corajoso, Dom de Chronos, Dons Naturais e Harmonia.
  • Pontos Heroicos e Perícias, com a explicação destes dois componentes do Sistema Daemon.
  • O Mundo do Chamado, apresentando todas as principais informações ligadas a este novo aspecto do cenário, ligado a como surge “o chamado”, o funcionamento dos Dons e outros detalhes sobre os Escolhidos, assim como os grupos de caçadores.
  • O Nascimento da Chama, narrando eventos importantes aos Escolhidos, especialmente desde os anos 1960.
  • A Estrutura da Chama, descrevendo o funcionamento, hierarquia, estrutura e rotinas da Chama, bem como a descrição dos dois maiores grupos inimigos, o Fogo Fátuo e os Irmãos de Sangue.
  • As Lâminas, com uma breve descrição dos sete arquétipos de Escolhidos no cenário:
    • Dragões, usuários dos Dons Aumento de FR/DEX e Guerra.
    • Fantasmas, usuários dos Dons Aumento de AGI/DEX e Sombra.
    • Farejadores, usuários dos Dons Aumento de AGI/PER e Faro.
    • Espadas da Luz, usuários dos Dons Aumento de WILL/CON e Lumina.
    • Babel, usuários dos Dons Aumento de INT/PER e O Saber.
    • Tormenta, usuários dos Dons Aumento de CON/AGI e Tempestade.
    • Estigma, misteriosa Lâmina sem Dons definidos.
  • Sistemas e Dons, explicando como os dons são ativados e utilizados, e todos os seus níveis e efeitos.
  • Escolhidos Importantes, com uma breve descrição de 13 Escolhidos de grande relevância ao subcenário.
  • Novos Kits de Personagens, apresentando quatro novos kits: Pesquisador da Chama, Especialista, Aventureiro e Máquina de Guerra.

Você pode baixar este netbook aqui mesmo na Biblioteca Arkanita. Clique aqui para iniciar o download. E continue acompanhando as postagens semanais da Biblioteca Arkanita para outros grandes netbooks como O Chamado!

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Dons – Conceitos de Lobisomem: O Apocalipse

Dons são os poderes sobrenaturais que os Garous são capazes de usar.
Enquanto Vampiros podem fazer uso das Disciplinas e os Magos possuem suas Esferas para usar seus talentos sobrenaturais, os Garous aprendem seus talentos diretamente dos Espíritos e os chamam de Dons.
Os Dons variam de acordo com a categoria e tipo de Espírito que os ensina, mas podem rivalizar facilmente com outras habilidades do Mundo das Trevas.

DONS – PRESENTES DE GAIA

Como Garous são seres híbridos entre o Físico e o Espiritual, nada mais coerente que seus talentos e habilidades viessem diretamente de sua herança espiritual.
Sua harmonização com os Espíritos os permitem aprender o que chamam de Dons, habilidades que ultrapassam as capacidades comuns do mundo físico.
Ensinados pelos mais diversos Espíritos, os Dons variam nas mais diversas formas.
A critério de regras, os Dons são divididos em 3 categorias: Raça, Augúrio e Tribo.
Essa divisão é mais para ajudar a direcionar a narrativa e foco de conhecimento e afinidade espiritual, para “categorizar” quais habilidades e ensinamentos mais se assemelham aos ideais.
Isso é uma regra mais comum para a criação de personagem, e pode ser facilmente alterada durante as narrativas, já que dos Dons são ensinados, e não herdados.
Outra divisão dos Dons se dão quanto a seu nível de poder. Variando de 1 a 5, os Dons são limitados pelo Posto do Garou.
Um Garou iniciante (Posto 1) está limitado a aprender Dons de Nível 1, mesmo que possa aprender Dons que não sejam de sua Raça, Augúrio ou Tribo durante a narrativa.

O APRENDIZADO DOS DONS

Os Dons são habilidades e poderes que são, literalmente, ensinados pelos Espíritos.
É possível sediar toda uma história em torno de aprender um novo Dom específico, que pode ser essencial para alguma missão ou feito heroico.
Cada tipo de Dom está condicionado ao tipo de Espírito que o ensina, e por isso mesmo podem ser tão variados.
Enquanto Espíritos ligados à Weaver ensinam Dons que podem afetar a tecnologia e equipamentos humanos, Espíritos ligados à Wyld por exemplo podem conceder habilidades de manipular elementos da natureza ou até outros Espíritos.
Uma forma interessante de lidar com isso é fazer uso da jornada de aprendizado.
Para aprender o Dom, primeiro é necessário descobrir o tipo de Espírito capaz de ensiná-lo (o que por si só já pode ser um grande desafio).
Espírito encontrado, é necessário convencê-lo a ensinar essa habilidade. Espíritos tem vontade própria e visões de mundo que diferem dos Garous, e nem sempre estão dispostos ou aptos à ajudar.
E uma vez convencido a ensinar a habilidade, é necessário que o Garou aprenda. E se tem uma coisa que nem sempre é fácil, é dominar um novo poder ou uma nova habilidade.
Todo Dom pode requer tempo, estudo e prática para ser aprendido. Algumas vezes isso pode mudar, mas é sempre interessante explorar a jornada d aprendizado, principalmente para Dons de níves mais elevados.

USANDO OS DONS

Cada Dom é uma habilidade, técnica ou poder diferente.
Alguns Dons podem ser ativados através da Fúria, outros são abastecidos com Gnose, e outros necessitam do empenho da Força de Vontade.
Alguns Dons necessitam de um preparo ou de um tempo de ativação, como o Dom Garras Afiadas, que requer 1 turno para afiar as garras e aumentar o dano, e pode ser usado na forma Crinos.
O Dom que um Garou usa dita muito sobre quem e como ele é, dado a afinidade necessária com cada tipo diferente de Espírito para o aprendizado.
Diferentemente dos Fetiches, que são abastecidos com o poder dos Espíritos, os Dons são abastecidos com os atributos do Garou que o utiliza, e estão limitados à quanto esse Garou pode investir para serem usados.

 

DONS X OUTRAS HABILIDADES

Invariavelmente, esse questionamento apareceria: qual é mais forte? Dons de Garous ou alguma outra habilidade do Mundo das Trevas?
Minha humilde opinião? Não existe um mais forte.
Todos os poderes do Mundo das Trevas são, de certa forma, equilibrados.
Tudo vai depender muito da habilidade e inteligência de quem usa cada poder.
Vamos pegar por exemplo o personagem Noturno, dos X-Men.
Enquanto nos quadrinhos seu poder é mais explorado na sua versatilidade para furtividade e invasão, nos games vemos ela mais sendo usada para o combate.
Nas animações vemos pouco uso da habilidade de teleporte do mutante em combate, mas no filme X-Men 2, temos uma variação totalmente diferente do uso do seu poder.
E é o mesmíssimo poder, variando apenas a forma como ele está sendo utilizado.
Levando isso em consideração, o mesmo Dom pode ser fútil nas mãos de um Garou, e uma arma mortal nas mãos de outro, de acordo com a forma como é usado.

Os Dons são uma ferramenta narrativa excelente para aprofundar backgrounds, conduzir narrativas, gerar conhecimento sobre o cenário e familiarizar jogadores iniciantes no sistema!
Faça um bom uso dos Dons e dos Espíritos, e uma narrativa simples pode se tornar uma campanha épica!
Se quiser ver mais sobre as Disciplinas e os Vampiros que eu comentei, dá uma olhada no artigo do Raul Galli  sobre Criação de Personagens. E se quiser variar um pouco a jogatina e conhecer outro cenário, que tal conhecer o Castelo Falkenstein? Por acaso eu fiz uma resenha do livro que você pode conferir aqui!

Roedores de Ossos – Tribos de Lobisomem: O Apocalipse

Posicionados ao fim da “cadeia alimentar” dos Garou, os Roedores de Ossos aprenderam a sobreviver acima de tudo.

Nem aliados, nem inimigos. Nem bons, nem maus. A Tribo dos Roedores de Ossos aprendeu que a melhor forma de proteger Gaia, é proteger a si mesma antes.

Relegados a sarjeta, abandonados à própria sorte, a tribo batalha por Gaia à sua própria maneira. Mas acima de tudo, batalha por si própria!

A BASE DA PIRÂMIDE

Tanto a civilização humana como as alcateias tem seus “membros de sarjeta”, ou ômegas. E para os Garou, são os Roedores de Ossos que assumem essa posição.

Reza a lenda que o primeiro Roedor era irmão de ninhada do primeiro Presa de Prata. Embora fosse menor e mais fraco, era muito mais ágil e astuto que os outros lobos, o que causou a inveja e ódio de seus irmãos que sempre eram privados da primeira parte da caçada.

Relegados à sarjeta para não mais participarem das caçadas, o primeiro Roedor se satisfez de restos e migalhas. Não importavam honra ou glórias, o que importava era a sobrevivência.

Desde então os Roedores de Ossos vivem à margem de suas sociedades, sejam elas a humana ou a Garou. Em suas fileiras constam pessoas com disfunção social ou em situação de rua, assim como “párias” de todas as formas e todos os tipos.

Se a Sociedade Garou fosse um triângulo, os Roedores seriam o solo de apoio.

FAMÍLIA x MATILHA

Os Roedores de Ossos aprenderam o poder da união, essencial para sobrevivência da Tribo, mas não apenas entre si, mas também com seus semelhantes.

Acostumados à miséria, à sarjeta e ao relento, os Roedores adquiriram, ao longo das eras, um certo carinho com a parte rejeitada da sociedade humana. A Tribo se aninha com pessoas em situação de rua, vítimas de bullying, ou pessoas que não se encaixem nos “padrões” seletivos da sociedade humana.

O mesmo é válido para a Sociedade Garou. Muitos Ronins, Impuros ou rejeitados de outras Tribos buscam ajuda e um lar na Tribo dos Roedores de Ossos.

O conceito de “família” é muito levado a sério dentro da Tribo, e Garous que “cuidam” de um grupo de pessoas (sejam elas Garous, Parentes ou humanos) é comumente chamada de Papai ou Mamãe.

Embora o título não seja um Posto ou interfira no Renome, é uma titularidade que impõe respeito e autoridade em certo grau. Sempre que um Papai ou Mamãe pede algo a outro Roedor, esse prontamente atende. Não por medo, mas pelo respeito à proteção oferecida.

Esse conceito familiar é algo bem semelhante ao que é mostrado na série Pose, tanto no esquema da formação da “Família” quanto da titularidade.

 

ORGULHO E PRECONCEITO

Abençoados com as graças do Totem Rato, a Tribo dos Roedores de Ossos abandonou seu orgulho, sua honra e sua glória em prol de sua sobrevivência. Mas ainda lhes resta a Sabedoria.

Enquanto outras Tribos enxergam o mundo com suas lentes de privilégio e supremacia, os Roedores conseguem enxergar a realidade do submundo e como ele funciona.

Sua rede de informações se estende de formas que outras Tribos sequer imaginam ou entendem. De cachorros domésticos aos Nosferatus nos esgotos, os Roedores buscam e partilham informações de todos os lados.

Por terem uma visão menos preconceituosa ou elitista do mundo e da necessidade de sobrevivência, não raras vezes podemos encontrar Roedores aliados a outras criaturas sobrenaturais, seguindo a linha de que “o inimigo do meu inimigo é meu aliado”.

Os Roedores são sábios, estrategistas, malandros, sagazes, sobreviventes natos. Subjugar sua sabedoria é um erro fatal, e u rastro de sangue e ossos acompanha a Tribo para deixar isso bem claro.

A Tribo tem um código de não caçar humanos, para defesa própria, pois tem consciência que em caso de serem caçados, estariam em desvantagem. Por outro lado, a Tribo também não “ajuda” a humanidade como os Filhos de Gaia, pois o pouco que possuem, é fundamental para sua própria sobrevivência.

“A união faz a força” é um ditado levado a sério pela Tribo, que sempre aumenta suas fileiras conforme pode, e sempre que pode.

ARQUÉTIPOS DE ROEDORES DE OSSOS

Ragabash – se a vida pode ensinar pelo amor e pela dor, um Ragabash dos Roedores sempre o fará pela dor. Sua sabedoria subversiva é a mais peculiar de todas as Tribos. Toda lição é necessária para a sobrevivência, nem que para isso métodos mais drásticos tenham de ser usados. Roedores da Lua Nova estão entre os Garous mais sádicos, doentios e cruéis de todas as Tribos, mas apenas se você precisar de uma lição.

Theurge – os xamãs dos Roedores são facilmente vistos como loucos. Mas quem ignora a sabedoria de totens como Rato, Barata e Morcego certamente deve temer um Roedor Lua Crescente. Lendas dizem que o famoso “Flautista de Hamelin” foi inspirado em uma lenda Garou de um Xamã Roedor que comandava um exército de ratos…

Philodox – os juízes dos Roedores tem uma visão de justiça bem peculiar. Uma vez que honra e glórias tem um significado diferente para a Tribo e seus membros, os Meia-Luas da Tribo são mais “instintivos” que “racionais” no que tangem a fazer juízos. São os mais numerosos Papais ou Mamães da Tribo.

Galliard – os artistas da Litania Garou. E não há arte maior para a Tribo que a capacidade de sobrevivência. Os Lua Gibosa são ótimos subterfugistas, e passam as lendas e costumes da “sobrevivência por Gaia” adiante. Embora não sejam tão pomposos ou metódicos quanto os Galliards de outras Tribos, os Roedores ainda sim são devotos de seus costumes e hábitos, e lutam com unhas e dentes para protege-los, custe o que custar.

Ahroun – os cães selvagens fora da coleira. Raivosos, impacientes e selvagens, os Lua Cheia são os motivos dos contos urbanos de ataques hostis de animais, assim como também inspiram os contos de pessoas salvas por animais. Os Ahrouns da Tribo são guerreiros exímios e letais, que lutam sem honra, glória ou beleza, sendo efetivos e certeiros no que fazem. Diz o ditado que nunca se deve virar as costas a um Roedor de Ossos na Lua Cheia…

 

 

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