Post 100

E aí pessoal, tranquilos? Este é meu post número 100. E por isso resolvi contar um pouco da minha história aqui no Movimento.

Inicialmente conheci o Movimento quando vi um convite no grupo de whatts de Old Dragon 2 para participar de uma live onde o autor de OD2 Antonio Neto e outros jogadores não estariam presentes. Se não me engano era um sexta-feira (dia 10/12/2021) onde tava sem fazer nada de especial.

Joguei com a ficha pronta de um elfo e ao fim da sofrida live (eu estava com celular e minha internet mais falhava que outra coisa) meu personagem foi dominado pelo mago inimigo e atacou os colegas. Pronto, meu primeiro personagem no Movimento e o perdi (isso se repetiu mais vezes em outras one shots).

Conhecendo o Projeto

Porém, ao final daquela live, o Douglas apresentou o projeto do Movimento e isso me cativou. Me pareceu uma proposta honesta, acolhedora e bem proveitosa em prol do próprio RPG. Assim, na segunda seguinte eu me tornei patrono do Movimento. E já no segundo mês já recebi um dos prêmios dos “concursos de sorte” do Movimento (livro de Mutantes e Malfeitores 3ª edição). Alguns meses depois, outro prêmio, agora no baú épico.

Além dos prêmios (que depois rarearam para mim) o grupo mostrou-se bem acolhedor e um lugar interessante para conhecer e debater sobre RPG. Inclusive durante o ano de 2022 eu acompanhava os vídeos pelo youtube, especialmente da  e queria muito jogar a Guilda (sempre gostei desse tipo de organização de história). Comecei a jogar com o Cysgod aventura sim e aventura não pela Guilda, mas com uma conexão melhor e aceitável para um jogador.

Mergulhando no Movimento

Demorou um tempo para eu me tornar um colaborador do Movimento, escrevendo para o site e para a revista Aetherica. Isso ocorreu em Março de 2023 com uma resenha do fastplay vindo no financiamento coletivo de Nessus. Eu havia me interessado pelo sistema e cenário e comuniquei ao Douglas para que se fizesse algo durante o financiamento do sistema. Além do meu texto escreveu-se uma notícia e um podcast com os autores.

Para completar, o Douglas me convidou para narrar uma one shot de Nessus, tendo o autor Lipe como um dos jogadores (o que me ajudou muito, ao contrário de minha conexão que ficou bem travada).

Dali em diante eu iria escrever para o Movimento, porém, eu me sentia inseguro e perdido em meio a todo o processo envolvido nisso. Assim, fiquei três meses sem escrever nada e, desta forma, o acolhimento que eu sentira quando conheci o Movimento, provou-se verdadeiro. O Douglas, novamente ele, me chamou para uma conversa a fim de saber se eu estava mesmo de escrever, se eu precisava de alguma ajuda e se estava tudo bem comigo.

Desta forma, me sentindo acolhido, passei a escrever mensalmente para o site, com dois ou três textos. Os quais logo passaram a ser de 6 a até 9 em alguns meses. Um tempo depois, assumi uma diretoria vaga. E, assim, fui cada vez mais mergulhando no Movimento. Mestrando mais mesas, escrevendo contos, ajudando colegas e propondo ideias e incomodando o Douglas.

Hoje escrevo a coluna Aprendiz de Mestre, Quimera de Aventuras, textos da Craftando, Nozes, 101 games, meu próprio cenário, RPGs do próprio Movimento,  notícias de financiamentos coletivos entre outros.

Por fim, reviso muitos textos, especialmente de outros projetos do Movimento e que logo chegarão ao público em geral. Assim, hoje, um ano e meio depois de iniciar minha contribuição com o site, cheguei a este post, o de número 100.

 

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Projeto Elfrin – Espécies de Recchá – parte 1 de 3

Tranquilos, pessoal? Hoje abordaremos um assunto essencial num mundo de RPG fantástico, as espécies ou raças que compõem aquele mundo. Como são muitas espécies do cenário, essa será a primeira dentre três partes. Neste texto terá as espécies mais comuns dos cenários de fantasia e que são mais simples de explicar depois avançaremos para raças pelas raças exclusivas.

É importante falar que procurarei abordar as raças como espécies, visto esta ser a visão no mundo de Recchá. Há um debate entre cientistas do termo correto a ser usado para designar criaturas sencientes. Espécie foi o termo escolhido, entretanto a população em geral usa o termo raça. Mesmo que não seja academicamente ou cientificamente correto.

Essa ideia eu tive muito antes do D&D fazer a alteração do termo raça para espécie e remete a um período em que esse debate foi forte e acalorado aqui no Brasil, se não me falhe a memória coisa de 3 ou 4 anos atrás.

Outra informação relevante é que qualquer raça ou espécie de qualquer mundo pode existir em Recchá. Só que serão poucos indivíduos e serão vistos com bastante estranheza quando distantes dos grandes centros urbanos.

 

Humanos

Começando com a espécie comum e básica de quase todo cenário fantástico existente. Os humanos de Recchá são um único grupo étnico, não havendo grandes diferenças culturais entre eles. A até poucos anos pertenciam a uma única e grande nação. Entretanto quando a parte central do Império estava concentrada na luta contra rebeldes, a porção oeste da nação fez um ataque surpresa, corando suprimentos e desabastecendo o Império. Para não perde nas duas frentes o Império cedeu a vitória em poucas semanas, fazendo surgir a nação de Yuruon Kevah.

Weston, um patrono do Império, não muito heroico

Humanos são persistentes, numerosos e ambiciosos. Desta forma conseguiram vencer outros povos bárbaros em seu primórdio, fundando a cidade de Recchá, a qual acabou nomeando o futuro Império e batizando o próprio continente com seu nome.

A aparência geral dos humanos é de pele morena e cabelos castanhos, mas é possível encontrar indivíduos de quase todas as cores, inclusive por humanos vindos de outros mundos. Além disso, não há muitas outras características que diferenciem os humanos recchianos dos outros existentes por aí.

 

Anões

Os anões possuem uma única subespécie em Recchá, os lunares. Outras subespécies enânicas que possam existir em Recchá não são nativas e, por isso, se restringem a poucas famílias e nunca chegam a formar um clã. Os anões lunares possuem todas as características comuns à espécie, porém, são mais inteligentes e amam as estrelas tanto quanto as gemas do subsolo.

Inclusive seu nome deriva de sua adoração à deusa da noite, das estrelas e da lua, a deusa Lua. Um dos mais antigos cultos documentados é o culto primordial dos anões à essa deusa. Onde os indivíduos tomavam chás especiais, especialmente de cogumelos e passavam noites de lua cheia em cima de montes estudando os astros celestes, bebendo e festejando.

Desta forma, além de ótimos cervejeiros, mineradores e lutadores, os anões lunares são os melhores astrônomos de Recchá e um dos melhores engenheiros existentes. Sendo que eles construíram, junto dos humanos, a cidade ambulante de Adron.

A aparência dos anões é basicamente a mesma de outros mundos, somente tendo prevalência de cores de cabelos, barbas e pele em tons mais escuros com alguns tendo exóticas cores de olhos.

 

Elfos

Um elfo tradicionalista

Como os anões, os elfos de Recchá possuem uma única subespécie nativa. Aqui os elfos amarelos são uma espécie de poucos indivíduos e não tão isolados quanto em outros mundos. Todos possuem tons amarelos nas peles e cabelos, permanecendo esguios e ágeis. Embora poucos, conseguiram usar de sua importância para governarem a nação de Ezper quando o Império de Recchá avançaram contra as tribos felídeas, mesmo estes sendo muito mais numerosos.

Há três correntes filosóficas principais dentre os elfos. Os tradicionalistas que rejeitam novas tecnologias como armas de fogo e preferem os costumes mais antigos e combatem com as armas tradicionais élficas como arcos e espadas longas.

Tem os progressistas ou inovadores que abraçaram as armas de pólvora como suas e estão entre os melhores atiradores do continente, talvez somente atrás dos atemporais. Este grupo é o mais comum de ser visto longe das terras élficas e geralmente são eles que se tornam mercenários e exploradores.

O terceiro grupo é uma mescla entre os dois anteriores, chamados de Muristas (por estarem em cima do muro) eles treinam com ambos tipos de armas. Porém isso não os tornam tão bons nelas quanto os outros dois grupos.

 

Halflings ou Pequeninos

Os halflings possuem as mesmas características básicas que em outros mundos. Pouco os diferenciam de versões mais tradicionais que conhecemos, exceto que são os primeiros e principais banqueiros do continente. Amam flores, chocolates e outros produtos “de luxo”. São os maiores financiadores de grupos contrários ao Império e nunca tiveram suas terras dominadas pelos humanos. Mesmo que isso tenha custado a existência de um de seus cinco clãs.

Porém não é só de dinheiro e comida que vivem os halflings ou pequeninos. Eles são ótimos guerreiros, sendo o único povo e nação que possui um regimento inteiro só de combatentes aéreos montados em grifos. Além de serem ótimos guerrilheiros e especialistas em combate nas montanhas.

 

Gigantes dourados

Primeira espécie exclusiva a ser tratada aqui. Os gigantes dourados são os melhores mineradores do continente. Ou pelo menos essa é a fama que possuem. Sua capital, Tat, fica às bordas de uma cadeia montanhosa alimentada por grandes vulcões. Isso faz suas terras serem cheias de gemas e minérios únicos. Sendo que aprenderam, também, a trabalharem com maestria tais recursos e suas obras são muito apreciadas por todo continente, especialmente por seus aliados humanos.

Em geral são rústicos e simples. Parecendo camponeses para os outros povos. Porém, sua paciência tem limite e enfrentar um gigantesco ser em fúria é algo que poucos desejam fazer na vida. Eles aumentam de tamanho conforme sua idade avança. Em sua juventude são exploradores e desbravam as terras dos outros povos. Depois ficam muito grandes para viverem entre as espécies menores sem causarem grandes estragos. Por isso preferem voltar para sua terra natal e terem uma pacata aposentadoria em meio a outras criaturas também gigantescas.

 

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Projeto Elfrin – Fauna e Flora de Recchá

Tranquilos, pessoal? Deixando de falar sobre os assuntos cósmicos de Elfrin, focaremos o texto de hoje em algo mais próximo e palpável: a natureza do continente de Recchá.

 

A importância de escolher a natureza do mundo

Uma das primeiras coisas que pensei quando criei o continente de Recchá era qual o diferencial na sua fauna. O que diferiria esse continente dos demais do mundo de Elfrin e de outros cenários de RPG por aí. A escolha poderia limitar alguns aspectos, porém deveria agregar mais que limitar. Desta forma, analisei os continentes já existentes.

Lanir é uma representação da fantasia clássica que nós estamos acostumados. Reinos Perdidos é um continente sombrio e voltado para o terror, portanto sua gama de criaturas já estão apontadas para uma direção muito diferente da padrão. O continente de Ayum possui as culturas, biomas, fauna e flora do nosso Oriente. E mesmo Tantuque, que chegou depois de Recchá, tem definido toda sua temática nos povos e criaturas americanos.

Desta forma, Recchá carecia de algo particular. Pensei em dinossauros, mas isso já é feito em muitos mundos e cenários, inclusive nos mais populares. Porém, vendo imagens de dinotopia no Pinterest pensei em adequar esse tema para uma realidade de fantasia vitoriana. Portanto, ao invés de dinossauros sendo domesticados e andando pelas cidades, que tal criaturas enormes e magníficas que poucos conhecem e até já conviveram com os humanos?

 

Megafauna

Aí, foi algo claro em minha mente, o tema    da fauna e flora de Recchá seria a megafauna. Paracetários, rinocerontes de guerra, felinos das “cavernas” enormes e aves do terror povoariam um continente dominado por uma grande savana, mas com vários biomas próprios e diferentes, inclusive com zonas de gelo e neve permanente.

Possibilitaríamos, assim, que vários tipos de criaturas e monstros vivessem neste continente. Seria possível encontrar monstros vivendo fora de seus biomas (somente para facilitar a vida dos mestres), porém isso seria extremamente raro. Com mais opções, também, há muitas e muitas criaturas a serem criadas. Numa lista prévia de ideias temos quase 500 criaturas. Algumas ficaram só nos esboços por serem muito similares entre si ou com outros projetos.

Algumas criaturas já foram criadas e testadas: bagre rubro, aves do terror, aço do oceano e mosquito-dragão são alguns exemplos. Além , é claro, de todas as criaturas e monstros oficiais dos sistemas. Especialmente os de D&D por ser o sistema inicial do cenário. Exceto por algumas exceções abaixo:

 

Exclusões

Porém, outra forma de caracterizar o cenário é excluir criaturas que não façam sentido nele. Em Elfrin, há uma separação metamágica entre o plano divino e o material. Tornando, assim, quase impossível que corruptores, celestiais e similares possam interagir com os mortais. Há exceções que são tão raras que a ocorrência delas fez surgirem cultos e religiões ao seu redor.

Diversas raças sencientes não são nativas do continente. Podendo terem chegado por viagens planares falhas ou pelas Pedras Portais. Só que esse tema será abordado em textos futuros. Criaturas extraplanares tiveram sua origem modificada para serem elementais ou outro tipo de criatura que se enquadre na ordem do mundo. Exceções são possíveis se forem necessárias para a história, porém continuam sendo exceções.

Ausências consideráveis são o tarrasque, que é substituído por uma criatura muito mais poderosa, e os dragões “convencionais”. Estes também serão abordados no futuro, explicando o nicho que cada um deles ocupa. Assim, mesmo com muitas possibilidades, ainda há limitações que dão uma cara diferente ao cenário.

Por fim, se algo que possa ser dito sobre Recchá, é que sua fauna e flora são muito maiores do que estamos habituados em nosso mundo. Em Recchá quase tudo é grande, sejam recursos, sejam problemas.

 

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Projeto Elfrin – Deuses

Tranquilos, pessoal? Mês passado falamos brevemente sobre a cosmologia de Elfrin. Hoje abordaremos sobre quem são os deuses do cenário.

Primeiro, é importante saber que o Panteão Elfriano é fechado. Ou seja, a energia divina é, de certa forma, limitada. Porém, com livre acesso à divindade, ou seja, mortais podem, eventualmente, se tornarem deuses. Ao todo são 24 deuses, separados em 5 Primordiais ou maiores, 8 intermediários e 11 menores. Criaturas poderosas mas que não são divindades são nomeadas como entidades.

 

Deuses maiores

Tidos como os grandes responsáveis pela Criação como um todo. Eles controlam aspectos primordiais (daí o nome do grupo) da criação:

  • Tam, deus do Tempo: além do tempo é deus do espaço e dos ciclos. É considerado como líder do Panteão por conta de sua sabedoria, visto não existir um “cargo” de lideranã entre os deuses.
  • Danlex, deus da Ordem e da Justiça: atua como juiz dos mortais e árbitro dos deuses. Foi o responsável pelas diretrizes gerais da Criação. Mantendo a Trama Base de Elfrin juntamente com Saisei, deusa do Caos.
  • Saisei, deusa do Caos: percebendo que suas criações eram muito efêmeras, aliou-se a Danlex para conseguirem usar a Trama Base na criação de Elfrin.
  • Selur, deusa da Vida: teve a ideia de preencher a Criação com criaturas vivas. Após o início da Guerra da Criação passou a evitar os demais deuses.
  • Muá, deusa da Morte: cuidando da transição dos mortais ao Plano Divino, ela não interveio na Guerra da Criação

Deuses intermediários

  • Sousse, deusa da Harmonia: a deusa ascendida, quando o Deus do Poder morreu ela foi escolhida por seus pares para ocupar o lugar dele.
  • Azenir, deusa do Conhecimento: se isola na sua busca de conhecimento. Principalmente após quase ter morrido uma certa vez…
  • Hud, deus da Magia: foi o deus que descobriu o poder das palavras e as nomeou de Magia.
  • Goresgyn, deus da Guerra: o único deus que lutou, direta ou indiretamente, contra todos os demais deuses. Provavelmente foi quem iniciou toda a Guerra da Criação.
  • Sagod, deusa da Água: uma deusa instável, mas leal aos seus aliados.
  • Metatot, deus da Terra: no início da Guerra da Criação lutou contra todos os deuses caóticos, independente de serem bons ou não. Depois se fechou em seus próprios conflitos, especialmente contra Jobar, Trindar e Schopfer.
  • Aanor, deus do Ar: amante da liberdade, luta contra todos os deuses excessivamente ordeiros. É especialista em técnicas de guerrilha.
  • Vaufros, deus do Fogo: extremamente impulsivo e volátil, Vaufros não consegue manter aliados por muito tempo, especialmente porque, quando decide que algo é impuro, deseja purificar tudo pelo fogo, ou seja, transformar tudo em cinzas.

 

Deuses menores

  • Termual, deus do Sol e do Heroísmo: apaixonado por Elfrin e a vida mortal. Lutava ferozmente contra toda divindade maligna. Entretanto, após matar Von, o deus do Poder, se restringiu a usar apenas seus exércitos.
  • Antura, deusa da Sorte: uma deusa aventureira e que nunca perdeu uma competição sequer, mesmo em desvantagem consegue, ao menos, um empate honroso.
  • Lua, deusa das Luas: tem uma personalidade variável e de fases. Mais preocupada com os mortais, busca passar parte de seu poder a eles e, assim, aumentar sua influência e poder. Alguns estudiosos tidos como loucos dizem que a divindade não é só uma, mas duas, explicando sua alternância de personalidade.
  • Trindar, deus do Comércio: é dito que foi o último deus a entrar no Panteão (talvez na vaga do falecido Von). Logicamente isso é só um boato.
  • Jobar, deus do Trabalho: irmão de Trindar e Schopfer lutou contra a opressão de Metatot.
  • Schopfer, deus da Criatividade: também tido como o deus da tecnologia e das invenções. Talvez seja o maior responsável pela inovação tecnológica existente em Recchá.
  • Silika, deus da Caça: cuida dos animais, plantas e outros seres não sencientes.
  • Aluinir, deusa da Vingança: deusa preterida na substituição do deus morto.
  • Amangal, deus dos Espíritos: se aproveitou da criação da Grande Barreira para dificultar a chegada das almas mortais ao Plano Divino. Criando e aumentando muito o número de mortos-vivos.
  • Runtar, deus da Matança: ligado a todas criaturas que se dedicam à selvageria. Períodos de muito azar  na vida de alguém são atribuídos a sua influência.
  • Vani, deusa da Fertilidade: dizem que se tornou consciente quando a própria criação e os seres sobreviventes, do cataclismo decorrido da morte de Von, realizaram rituais para que a vida em Elfrin persistisse.

 

Entidades

Algumas criaturas são tão ou mais poderosas que os deuses menores, entretanto não querem ou não ascenderam à divindade. A maioria dessas entidades servem como patronos para bruxos e podem conceder certas graças a personagens de outras classes. Dentre as mais proeminentes no cenário temos A Casa Amarela, o Primeiro Imperador, a Senhora da Dor, a Rainha Miríade, o Grande Cogumelo.

Esse é um resumo das divindades do cenário de Elfrin. E servem de base para os mitos de cada um dos povos e raças de Recchá. Havendo poucos consensos dos estudiosos recchianos sobre quais visões estão corretas, ainda mais que a visão predominante é a do império humano.

 

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Projeto Elfrin – Cosmologia

Tranquilos, pessoal? Continuando a série sobre o cenário de Elfrin, hoje falarei sobre a cosmologia do cenário. Ou seja, abordarei como é o Panteão, a criação do mundo e uma breve visão sobre isso em Recchá.

 

A Criação e a Guerra Divina

Elfrin foi criada como tantos outros mundos fantásticos, muitos deuses se reuniram para decidir o que iriam criar naquele planeta. Porém, diferente da maioria dos mundos fantásticos, especialmente os de D&D, Elfrin só possui dois planos de existência, o mundo divino e o mundo material. No mundo material há os mortais, já no mundo divino ficam os deuses, seus asseclas, criações e aqueles que morreram no mundo material.

Entretanto, muitos deuses significam muitas visões, as quais, geralmente, são antagônicas. Os deuses, seja por capricho, orgulho ou a própria natureza de seus domínios ou de quem são, não conseguiram entrar em acordo sobre como seria a interferência ou não de um deus nos domínios, atributos e criações dos outros deuses.

Rapidamente as discussões e contentas se tornaram batalhas e, por fim, a Guerra Divina. Muitas batalhas ocorreram tanto no mundo divino como no mundo material. O profano e o sagrado misturavam-se nos campos de batalha, bem como o sangue dos servos divinos. O mundo divino era restaurado na mesma proporção na qual era destruído.

O mundo material, porém, não poderia ser restaurado da mesma maneira. Assim, todos os deuses chamaram seus agentes mais poderosos, como anjos, demônios e afins para reforçarem suas fileiras no mundo divino e tentar preservar o mundo material.

Desta forma, entre batalhas, alianças e espionagens um dos deuses descobriu sobre a preparação de Von, deus do Poder, para a criação de uma poderosa criatura como arma, projetada especificamente para matar os deuses. Sabendo da intenção de Aluinir, a deusa da Vingança, em subir de posto divino e se tornar uma deusa intermediária, esse misterioso deus, secretamente, conta sua descoberta para ela. A qual relata esse conhecimento a alguns outros deuses que, montam uma forte coligação e partem rumo ao castelo divino do deus do Poder.

 

A morte de um deus e a Grande Barreira

Durante a batalha (que você pode ler num dos contos desta Antologia) Termual, deus do Sol e do Heroísmo, mata Von e partes de seu corpo caem no mundo material, destroçando-o. Continentes foram destruídos ou criados, povos foram exterminados, corrompidos ou distorcidos. Uma grande, feroz e tenebrosa tempestade se formou na parte equatorial dos oceanos, tornando os mares difíceis para navegação.

Com toda destruição causada ao mundo material, os deuses, principalmente os Cinco Primordiais, decidem criar uma Grande Barreira que impede a ação direta dos deuses no mundo material. Embora brechas sempre existam, a Grande Barreira cumpre sua função impedindo que os deuses e os residentes no mundo divino acessem o mundo material, exceto por sonhos, visões e outras formas indiretas. Da mesma forma, apenas aqueles que morreram podem chegar ao plano divino; embora, alguns falecidos não consigam fazer essa “viagem”.

Curiosamente, outros planos de existência conseguem se comunicar com Elfrin e, inclusive, há comunidades de espécies “estrangeiras” vivendo em meio às espécies nativas do mundo.

 

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Projeto Elfrin – Tecnologia Fantástica

Tranquilos, pessoal? Continuando a série sobre o cenário de Elfrin, hoje falarei sobre a tecnologia existente continente fantástico de Recchá.

 

Tecnologia Vitoriana porém não Steampunk

Recchá é um cenário vitoriano, conforme explicado aqui. Portanto, é esperado muito vapor, trens, fotografia, filmes, máquinas de escrever, telefone, gramofone, telégrafos, carros e outras muitas coisas. E por ser um cenário fantástico, também é esperado veículos voadores, máquinas muito mais esquisitas das que existiram na realidade, invenções duvidosas, mas funcionais (ao contrário de suas contrapartes reais).

Entretanto, Recchá não é um cenário steampunk e, portanto, não segue a mesma lógica que estamos acostumados em filmes, livros e outras histórias que abordam, de maneira fantástica, o período vitoriano.

Em Recchá, o vapor é somente mais uma tecnologia disponível às pessoas. Num mundo com magia, a instabilidade de motores a vapor é algo que tanto pode ser contornável, como pode fazer tal tecnologia ser facilmente esquecida ou abandonada.

Assim,  existem golens a vapor mesmo que raros e com funcionamento mágico em paralelo. Trens e navios a vapor fazem parte da rotina das pessoas mesmo que se desloquem, também, com auxílio de velas.

Isso ao contrário de carros e veículos similares a motos, que mesmo existentes, são raríssimos, caros e poucos gastam seu dinheiro com tal luxo. A maioria das pessoas prefere a confiança de montarias animais de diversos tipos. Nos ares não há barcos voadores ou qualquer outro tipo de veículos como nesta aventura steampunk, nesta parte há o domínio total de criaturas aladas como grifos.

Existe uma grande rede de transporte férreo, porém o ápice do transporte e engenharia recchianos é a cidade ambulante de Adron. A qual possui um trajeto fixo (para evitar que certos acidentes se repitam) que é percorrido por patas de aranha ou esteiras metálicas.

 

Muita pesquisa

Universidades e cientistas são muito importantes no cenário. Pesquisas de todos os tipos são realizadas, desde psiquismo até a taumaturgia. Poucos povos fazem separação de tecnologia e magia, para as principais nações e espécies, tudo pode ser considerado uma ferramenta. Uma visão filosófica humana que permeia a maioria dos outros povos.

Assim, ciborgues tecnomágicos são destinados a veteranos de guerra ou pessoas de grande importância (social, militar ou financeira) que se submetem à dolorosas cirurgias para trocar ou repor partes do corpo. Melhoramentos mágicos são possíveis e seguem a mesma lógica dos ciborgues.

A saúde é levemente mais avançada que a do nosso mundo no período pré guerras mundiais. Várias doenças são facilmente tratadas por meios mágicos ou não. Por exemplo, é comum existir fontes de água abençoada ou templos com acólitos que purificam água e alimentos. Evitando, assim, doenças como cólera. Porém antibióticos ou conhecimentos de microbiologia são inexistentes.

Pesquisas com eletricidade permitiram que prédios públicos, universidades e famílias muito ricas tenham iluminação noturna segura. Porém, isso é apenas um pequeno ponto de luz numa imensa escuridão. Tecnologias como telégrafo (mágico, no caso) ou rádio existem, mas são mais raros do que a eletricidade. Sendo que algumas possuem uso exclusivamente militar.

 

Exploração tecnológica

Desta forma, esse é um terreno fértil para espiões dos mais variados tipos. Bem como essa pesquisa toda motiva, ainda mais, a exploração de lugares inóspitos, especialmente onde possa existir os poderosos artefatos cronistas. Itens tecnomágicos que permitem avanços significativos em várias áreas, mas que devem ser “roubados” dos cronistas. Essa espécie teve uma participação muito importante num antigo cataclismo que, por pouco, quase os exterminou por completo.

Porém, essa não é uma visão compartilhada pelas outras espécies…

 

Se quiser ver a live de conversa sobre a tecnologia de Recchá, clique aqui.

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Projeto Elfrin – Cenário Steampunk?

Tranquilos, pessoal? Continuando a série sobre o cenário de Elfrin, na postagem de hoje falarei sobre a temática steampunk e se o continente de Recchá pertence ou não a essa temática.

 

O que é steampunk?

Steampunk deriva da aglutinação de duas palavras: steam, que significa vapor; e punk que não possui uma tradução em português, mas é considerada como um termo de contracultura. Não havendo ligação direta com o Movimento Punk. Para fins literários, uma história punk é sinônimo de algo distópico.

Portanto, steampunk seria, de maneira geral, uma temática distópica ou de contracultura numa sociedade retrofuturista baseada em tecnologias à vapor. Sendo que retrofuturismo significa uma visão de como seria o futuro se uma tecnologia do passado fosse a base para uma sociedade posterior; geralmente

extrapolando os limites reais para aquela tecnologia. O próprio vapor tem limites para qualquer tecnologia de médio ou pequeno porte, entretanto é comum pensarmos em exoesqueletos movidos à vapor.

Na nossa realidade o ápice da tecnologia à vapor foi no final do século XIX, durante a Era Vitoriana. Momento de muitas explorações, imperialismo e experimentação científica.

E Recchá?

E é nessa efervescência científica e cultural que Recchá se baseia. Aqui os aventureiros são exploradores, expedicionários e mercenários que, por conta própria ou contratados, investigam boatos e lendas sobre ruínas, povos e criaturas poderosas.

Para apoiar as expedições os aventureiros contam com o apoio da tradicional magia arcana e divina, bem como de golens, itens feitos de minerais raros, eletricidade e, também, da energia à vapor. Desta maneira, a sociedade recchiana não se baseia na tecnologia à vapor, embora também a use.

Portanto, Recchá não é uma fantasia à vapor. Como também não é distópica ou uma sociedade de contracultura a da nossa realidade. Pelo contrário, é uma sociedade pujante, sem muitos preconceitos e em claro progresso. Não só para o Império e seus habitantes, mas para o continente inteiro. Assim, não há o elemento punk no cenário.

Porém, se Recchá não é steampunk, o que seria? O mais correto é chamá-lo de um cenário de fantasia vitoriana. Assim, trens e barcos a vapor dividem espaço com golens e itens mágicos, povos exóticos e armas de fogo. O ápice tecnológico do cenário, Adron 458, é uma cidade ambulante que tanto pode se mover com esteiras como com pernas de aranha mecânicas.

Isso abre margem para várias tecnologias experimentais ou que eram novidade em nosso mundo no final do século XIX. Motos e automóveis são itens de luxo, há eletricidade nas maiores cidades e até mesmo alguns aparelhos telefônicos. “Ciborgues” arcanos são experimentos dolorosos e caros que são usados para salvar a vida de pessoas muito ricas ou importantes, ao custo de uma vida inteira de muita dor. Sendo esses alguns exemplos da tecnologia fantasiosa possível de encontrar em Recchá.

 

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Projeto Elfrin – Continentes

Tranquilos, pessoal? Continuando a série sobre o cenário de Elfrin, na postagem de hoje falaremos um pouco sobre os seis continentes e suas temáticas.

 

Lanir Ocidental

O primeiro continente criado e onde tudo começou. Lanir Ocidental segue o tema da fantasia medieval clássica que a maioria de nós está acostumada a ver. Possui dez nações que respeitam o tema mais heroico e cavaleiresco que vemos em Senhor dos Anéis e Forgotten Realms. Arquimagos, cavaleiros e aventureiros (aqui chamados de herois) protegem os mais fracos contra criaturas bestiais e mistérios ocultos nas florestas e montanhas. Aqui, orcs, minotauros e algumas outras espécies são uma ameaça constante aos povos civilizados.

Entretanto, as maiores ameaças do continente são a soberba e arrogância dos altos elfos, que manipulam e corrompem as outras nações, e o decadente Império Lanir que está à beira de uma guerra civil e é influenciada por vampiros, metamorfos, nobres e generais corruptos. Há algumas características que fogem da fantasia medieval padrão, como espécies (raças) diferentes, sendo os terrans (elementais da terra extremamente organizados em castas) o melhor exemplo. E, também, espécies com comportamentos diferentes, como os hobgoblins que possuem uma cidade estado aliada do maior reino humano, Prado Belo.

 

Lanir Oriental

É a outra parte do grande continente de Lanir; com ambos cercando uma porção de mar, chamado de Mar da Queda, onde, conforme os mitos, parte de um poderoso ser teria caído e destruído grande parte do antigo continente de Lanir.

Neste continente o clima é muito mais severo em sua porção central e norte e muitas espécies selvagens vivem ali. Tais espécies foram e estão sendo dominados pelo poder de um híbrido humano. Um guerreiro que conquistou povo a povo, espécie a espécie e que, hoje, com metade do continente sob seu poder, tenciona conquistar a outra metade.

Na porção sul do continente, há vários povos diferentes e exóticos, com culturas fascinantes e misteriosas vivendo em relativa segurança quanto à ameaça do norte. A temática deste continente segue conceitos da fantasia de Espada e Feitiçaria, ao estilo de Conan e um pouco mais suaves dos que os de Dark Sun. Ao contrário de sua porção ocidental, Lanir Oriental é um cenário de fantasia “duro”, onde só os mais aptos e sortudos sobrevivem.

 

Reinos Perdidos

As lendas contam que este continente não existia no início do mundo, mas surgiu da perna decepada do falecido Deus do Poder. Se isso for verdade explicaria o toma maléfico e maligno que permeia as criações daqui.

Povos saurídeos, anfíbios, reptilianos e insetoides precisam lidar com espécies malignas que escravizam, enlouquecem ou devoram as outras. Espécies humanoides como elfos, anões e os próprios humanos vivem em pequenas comunidades ou bairros dentro da nação do Igualitarismo Terran, como refugiados.

A temática de terror toma conta deste continente, sendo que os herois daqui são aqueles que sobrevivem a mais um dia. Ravenloft e Chutullu são as inspirações para as histórias daqui.

Embora seja um continente que interligue os continentes de Lanir Oriental e Ayum, esta ligação é ineficaz visto seus enormes perigos. Inclusive, os povos nas bordas deste continente tendem a evitá-lo, realizando patrulhas constantes de seus perigos, mas, ao longe.

 

Ayum

Este é o continente com temática oriental. Cada uma de suas dez nações é inspirada, diretamente, em alguma nação do nosso mundo. Entretanto, aqui você não verá humanos ou outras espécies. Há uma única espécie civilizada, a Prakirles, que são animais antropomórficos.

O sentimento de união ancestral desta única espécie é focalizada na Grande Ilha do Arquipélago da Lua, de onde as lendas dizem terem surgido os primeiros prakirles. Entretanto, isso não os impedem de guerrearem constantemente entre si. Poucas são as nações que não estão, atualmente, em guerra contra alguma outra. Inclusive, ao norte do continente há uma zona “morta” que serve de área de combate pelas três nações jazidas ali. Além da espécie dominante e civilizada há outras espécies, entretanto todas são consideradas selvagens e todas são combatidas pelos prakirles.

 

Tantuque

O último continente a ser criado é diretamente inspirado nas culturas históricas americanas e em seus mitos de uma forma séria e fantástica. Estando mais próximo a uma versão fantástica de como os povos ameríndios são tratados em A Bandeira do Elefante e da Arara do que ao tom parodial de Hi-brazil.

A tecnologia se desenvolveu de uma maneira um pouco diferente do que estamos acostumados e há muito mistérios místicos e cosmológicos ligados a este continente. Inclusive é o único continente onde é possível enxergar, apenas na zona equatorial,  as duas luas de Elfrin.

Os diversos povos possuem forte conexão com seus ambientes e muitos vivem quase simbioticamente com a geografia ao seu redor. Embora haja um predomínio de humanos, muitas outras espécies formam esse rico e exuberante continente.

 

Recchá

Continente lar do primeiro texto oficialmente publicado do mundo foi escolhido pelos outros autores para ser publicado. Com sua temática vitoriana e alta tecnologia é um cenário rico e com o predomínio de uma única nação: o Império Recchá. Tão poderoso que sua primeira cidade e capital nomeou o continente inteiro e poucos foram os povos que não foram dominados diretamente ou indiretamente. O mais notório desses povos foram os pequeninos (halflings) que, com seus bancos e contatos, sustentam uma grande rede e diversificada rede de rebeldes para minar o poder do Império.

E isso está dando certo até agora, visto que há 20 anos uma rebelião rápida e bem planejada dividiu o Império humano em dois, surgindo a nação de Yuruon Kenvah. Embora poderosos, os humanos possuem somente estas duas nações e vários outros povos habitam e dominam as outras 11 nações. Aqui espécies fantásticas comuns possuem outras visões, como anões estudiosos e elfos amantes de armas de fogo.

Adron 458, a cidade ambulante, perambula por quase todo o continente, enquanto pisoteia lugares edílicos. Expedicionários (aventureiros, mercenários) se metem em ruínas cronistas atrás de seus poderosos artefatos. Os Cronistas, talvez a espécie mais antiga do mundo, caíram em desgraça nos tempos antigos e quase desapareceram. Agora são vistos com desconfiança e temor, pois estariam ligados a uma grande catástrofe que alterou o mundo. Porém, este não é o único povo com segredos sombrios e destrutivos.

 

Por hoje é isto e, no próximo mês abordaremos se Recchá pode ou não ser considerado um cenário steampunk.

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Imagem de Capa: Juaum Artwork

 

Projeto Elfrin – Início

Tranquilos, pessoal? Nesta postagem eu falarei um pouco sobre meu cenário, Elfrin. Hoje, será um pouco de história e contarei como ocorreu a evolução do Projeto Elfrin.

Mesa Presencial

Após uma campanha presencial em Crônicas da Sétima Lua, onde cada um mestraria por alguns níveis até passar a mestragem para outro dos amigos. Entretanto quando a mesa chegou no 6º nível paramos de jogar. Alguns meses depois, no início de 2007 houve uma reunião onde foi decidido que faríamos um cenário compartilhado, cada um criaria um reino e depois os ligaríamos.

Seis pessoas do grupo se interessaram e tiveram ideias, as outras não queriam gastar tempo criando ou não se achavam capazes. Após as conversas iniciais as ideias de duas pessoas foram rejeitadas, uma porque queria criar algo mais parecido com um anime japonês medieval com mecânicas estranhas ao D&D 3.5 que jogávamos e a outra porque o reino seria tecnologicamente muito mais avançado que os demais.

Dos quatro participantes restantes um só criou um esboço geral do reino e eu e mais dois outros amigos é que desenvolvemos as ideias. Dois ou três deuses foram criados e a base de algumas nações foram criadas. Entretanto, conversávamos por horas durante quase dois anos e o projeto não foi adiante. Não escrevíamos quase nada e tudo ficou no campo das ideias.

Porém cada um foi seguindo para um lado e nem todos os relacionamentos se mantiveram. A princípio o projeto morreu. Porém, não para mim. Durante os anos de 2009 a 2017 eu fui acrescentando ideias e escrevendo esboços num caderninho surrado.

Vários Mundos

Em 2018, porém, a Retropunk abriu o concurso Vários Mundos. Durante quase um ano desenvolvi o cenário ainda mais, criando as aventuras para o cenário conforme avançava pelas etapas do concurso. Cheguei a penúltima fase visto faltar muitos elementos ao meu cenário ainda.

Recebendo o feedback da Retropunk e sabendo das minhas limitações em criar um mundo tão grande quanto eu planejava eu aproveitei minha carreira de escritor iniciante e postei nas redes sociais sobre o Projeto Elfrin.

16 pessoas responderam o formulário e demonstraram interesse. Entretanto, algumas pessoas saíram pois estavam em outros projetos e algumas por não possuir tempo para se dedicarem. Dessas 16, somente 6 ficaram e iniciamos os debates. Começamos com os nomes dos continentes, nações e afins. Depois passamos pelo panteão do mundo, suas regras, quantidade de deuses e temas correlacionados.

Como éramos em 6, várias vezes houve empates e precisávamos conversar para encontrar as melhores decisões. Visto que no meu esboço do projeto, a maioria das coisas só possuíam nomes e conceitos gerais. Como não poderíamos trabalhar em todos os 6 continentes de uma só vez, os demais integrantes do grupo escolheram qual seria o primeiro continente a ser publicado.

Com poucos meses de projeto um dos participantes ficou sem tempo e ficou como fã do mesmo e não mais um dos autores. Mais alguns meses e um dos participantes teve que ser desligado por não respeitar as decisões dos demais e não entregar suas obrigações no prazo. Por fim, o quarto integrante teve problemas pessoais e não conseguia mais focar no projeto. Sua única ilustração ficou incompleta. Desta forma hoje seguimos em 3 autores produzindo material. Mesmo que tenhamos vários problemas pessoais e profissionais, conseguimos manter o projeto andando, mesmo que muito mais devagar do que o almejado.

Atualmente

Hoje falamos sobre o cenário no meu canal. Os temas são variados e escolhidos por votação. Mantemos nossas escritas conforme nossa disponibilidade, que não é muita quando cada um dos autores tem trabalho/estudo e família para cuidarem. Entretanto, mesmo que demorando mais que o previsto, o Projeto Elfrin vive e, como eu prometi lá no texto inicial do projeto, ele não morrerá e será um material para muitos e muitos anos.

Por hoje é isto e, no próximo mês abordaremos quais são os continentes do mundo de Elfrin e suas temáticas.

 

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