Eis que cá estamos novamente, vocês tem curtido as informações sobre The Dark Eye? Deixa nos comentários, caso sim! Hoje vamos para aquilo que mais diferencia o sistema, o motivo pelo qual as pessoas temem ou desejam The Dark Eye. Seu sistema de perícias, testes e 3d20.
Confesso que desde o início, essa foi a mecânica que mais me deixou apreensivo. Parece uma mecânica difícil de se compreender e aplicar, mas em verdade, é simples. É mais um ponto que iremos abordar em The Dark Eye, prontos para, depois disso, encerrar os textos sobre mecânicas, partindo, finalmente, para o cenário, magia e as ideias de aventura.
Perícias em The Dark Eye
Testes em The Dark Eye
Em The Dark Eye existem diversas perícias, uma ficha inteira só pra elas. Isso torna o jogo muito específico e mecânico, mas em nada prejudica seu role play. O objetivo dessas perícias é tornar seu personagem um verdadeiro especilista, se essa for tua escolha. No entanto, não é só isso, já que para fazer um teste de perícia, é diferente do teste de atributo, que vimos no texto passado.
Primeiro, precisamos nos familiarizar com a seguinte mecânica: testes, em The Dark Eye, são feitos com o d20, buscando tirar um número inferior ao valor de seu atributo, perícia, ataque, esquiva, aparar, etc. Portanto, se habitue a isso, o restante ficará mais fácil. Depois, se familiarize com as diversas possibilidades de perícias, físicas, sociais, naturais, conhecimento e ofício. Existem entre 7 e 17 opções em cada um desses tipos.
Rolagens das perícias e seus testes
Perícias em The Dark Eye – simples!
Cada perícia, das mais diversas que citei, te delegará três atributos diferentes para seu teste. A perícia, por exemplo, Persuasão (uma perícia social), te pedirá testes de coragem, sagacidade e carisma. Seu personagem terá seus pontos de perícia, que podem ser investidos na habilidade ou não, conforme sua necessidade. Pois bem, vamos construir uma situação: Eydell fará um teste de persuasão para enganar um guarda da cidade, para isso ele joga 3d20, seus resultados foram 6, 14 e 18. Seus pontos de perícia são 6 e agora iremos aos seus atributos, coragem (12), sagacidade (15) e carisma (15). Parece que ele foi bem sucedido em um teste de coragem e sagacidade, mas não de carisma, certo? Pois ele pode gastar 3 dos seus 6 pontos de perícia, para diminuir seu resultado no dado e ser bem sucedido.
Esses pontos de perícia servem para serem gastos uma única vez? Não. Eles podem ser recuperados, naturalmente. Entretanto, o jogo te estimula a não se importar com isso, afinal, sua recompensa é ter, de fato, passado no teste, sendo isso seu grande objetivo e o suficiente por ora.
Repassando The Dark Eye até agora
Essa é uma espécie de recapitulação, portanto será breve e simples. Você deve fazer testes de atributos e perícias usando d20. Para atributos, basta jogar 1d20 e tirar um número inferior ao número alvo (seu valor de atributo. Para perícia, você deve se atentar ao teste solicitado pelo mestre, identificar na sua ficha quais são os três atributos e lançar os 3d20. Com o resultado, gastar ou não pontos de perícia para atingir seu objetivo: passar no teste. Pronto, você conseguiu descobrir como desmistificar esse jogo.
É isso aí, caro amigo, sou o Kastas, do Tríade Geek & RPG e se você gostar desse texto, não se esquece de consultar os outros que foram feitos, tanto de The Dark Eye (texto um e dois) e aqui no Movimento RPG sobre outros sistemas. Por fim, minha página está com o link nessa postagem, não esquece de seguir pra me dar aquela força e acompanhar o crescimento da comunidade nerd, geek e de RPG.
Primeiramente é importante salientar que em Através do Olho Negro #1, o texto anterior, falei sobre o quanto The Dark Eye é querido por seus fãs. São muitas as motivações para isso, e digo isso caso você tenha alguma dúvida se deve se arriscar a trocar o DnD ou não. Por isso, nesse texto vou começar a desmistificar o sistema, trazendo ponto a ponto sobre sua mecânica e cenário.
No texto de hoje falaremos sobre os atributos e as rolagens de dado para testes de atributos dentro de The Dark Eye. Dessa forma, vou trazer a primeira das mecânicas diferentes do jogo, que se aproxima de outros estilos de RPG, mas distancia de seu rival, DnD. Finalmente, prontos para essa jornada de descoberta do sistema? Sentem-se confortávelmente e peguem papel e caneta, mestres e jogadores!
Agora sim, Através do Olho Negro (mesmo)!
Através do Olho Negro – Desafios!
The Dark Eye usará, majoritariamente, dados de 20, 6, 3 e 2 lados. Similarmente encontramos os mesmos dados principais (20 e 6 lados) no DnD e em vários outros sistemas. No entanto, nesse jogo faz parte da sua mecânica os dados de 3 e 2 lados. PS: Sempre abreviarei o uso de dados para D (representa dado) e o número do dado utilizado.
Dentro desse sistema, quando o mestre te pedir para fazer um teste (uma jogada de sorte onde você vai provar suas habiliddes), seu desafio é tirar no dado um número inferior ao seu atributo. Parece confuso? Pois certamente ficará mais claro adiante, quando explicar sobre os atributos e começar com os exemplos. Por ora, esteja confortável em saber que os azarados no dado terão vez!
Atributos de Aventuria
Existem oito atributos em The Dark Eye, são eles Coragem, Sagacidade, Intuição, Carisma, Destreza, Agilidade, Constituição e Força. Certamente é intuitivo, certo? Aqui, Coragem significa não só não ter medo, mas é sua capacidade de resistir a feitiços mágicos e cântigos litúrgicos também. Sagacidade é equivalente a raciocínio, Carisma inclui charme, persuassão e magnetismo pessoal. Devemos diferenciar Destreza para algo mais minucioso como mexer com armas e itens e Agilidade é a habilidade de controle corporal do personagem.
Tudo depende de como você monta seu personagem em The Dark Eye
Os outros atributos nos são familiares, Força representa a potência física de seu personagem, como sempre. Constituição está associado ao seu vigor físico e resistência. Intuição representa a empatia do personagem, quão bem você lida com situações de estresse e é capaz de guiar outras pessoas.
Se seu personagem, no momento de distribuição de pontos, optar por colocar 14 pontos em Agilidade, e for realizar um teste de corrida, você deve rolar o D20 e tirar menos de 14. Simples, não?! Há penalidades ou facilitadores, claro, daremos o seguinte exemplo: Seu personagem está fazendo um teste de corrida em meio a uma montanha, mas ele conhece a montanha, acrescente +3 no seu teste, transformando a dificuldad eem 17, no lugar de 14, no mesmo exemplo acima.
A cereja no bolo
Através do Olho Negro é uma série que busca esmiuçar as vantagens e dificuldades para jogar o sistema. Por isso, trarei aqui outro dos charmes do jogo, o sistema de acerto crítico e fiasco (leia-se falha crítica). O número 1 no dado, em um teste, é um resultado excelente. Para confirmar seu sucesso crítico, role outra vez o dado, se passar novamente no teste, você tem um sucesso crítico, ou seja, você consegue com pompa realizar a ação que desejava.
Sorte para os azarados, sucessos críticos e fiascos em The Dark Eye
Por outro lado, a mesma mecânica se aplica inversamente ao fiasco. Em uma rolagem de teste, tirar o resultado 20 no dado de teste é horrível. Você terá de fazer outra rolagem de dados para confirmar a falha ou não. Se falhar novamente, é um fiasco e coisas terríveis vão acontecer. Caso passe no teste, foi apenas uma falha comum, e você seguirá vivo… provavelmente.
É isso aí, Nerds, Geeks e RPGISTAS, sou o Kastas, do Tríade Geek e RPG. Clica no link para conhecer mais do meu trabalho e da Tríade. Agora se seu objetivo for ver o primeiro texto, o link está aqui. Tenho esse outro link pros outros textos que fiz aqui, no Movimento RPG. É isso, um abraço e até a próxima.
Uma das coisas mais legais de campanhas de ficção científica vintage é a possibilidade de explorar planetas estranhos com lógica duvidosa. Uma das coisas mais legais dos RPGs oldschool são as tabelas de coisas aleatórias. Space Dragon conseguiu unir essas duas coisas de um jeito bem legal. Vamos falar um pouco sobre isso.
Flutuando em uma lata de estanho
As regras para criação de planetas começam na página 193. São várias tabelas que podem dar uma grande variedade de resultados. Vamos passar por cada uma delas enquanto criamos um planeta de exemplo.
T11-5: Superfícies
A primeira tabela descreve aspectos bem gerais, incluindo descrições da fauna, flora e temperatura padrão, porém, fauna e flora também podem ser jogadas separadamente depois. Vamos usar as duas: a desta tabela será uma visão geral do planeta, enquanto a próxima será a região específica onde a tripulação irá pousar.
Rolamos 4 no nosso d10. Isso nos dá um planeta com superfície vulcânica, com répteis habitando o lugar, líquens como opção de alimentação padrão para estas criaturas e temperatura altíssima.
Outro método para criar mundos alienígenas legais é tentar descrever qualquer ilustração do Roger Dean.
T11-6: Atmosfera
A atmosfera pode ser ou não respirável e gerar efeitos colaterais prejudiciais para uma população despreparada, principalmente se eles foram obrigados a fazer um pouso forçado. É importante lembrar que, mesmo se rolarmos aqui uma atmosfera imprópria, precisamos encontrar uma justificativa para a presença das criaturas que já estão no nosso planeta, como bolsões de ar respirável, cavernas habitáveis ou algo assim.
Com resultado 1 em 1d10, tivemos a sorte (ou melhor: os jogadores tiveram) de ter uma atmosfera padrão, com ar respirável. Também não precisamos nos desdobrar para conseguir explicar resultados muito bizarros ou discrepantes, que sempre pode ser complicado se estivermos fazendo isso no meio da sessão.
T11-7: Fauna
A tabela T11-5 nos deu uma visão geral do nosso planeta, mas aqui vamos conseguir algo mais específico para a região onde a nave dos jogadores pousou. Isso pode ajudar a trazer diversidade para o planeta, principalmente se você caprichar na descrição.
Dessa vez, os dados nos trolam, e com resultado 1 em 1d6, temos um maravilhoso grupo de mamíferos terrestres! Em um planeta vulcânico extremamente quente! Bom… no nosso planeta, camelos e jerboas são exemplos de mamíferos que conseguem tolerar boas quantidades de calor. Então, teremos aqui um grupo de ratinhos parecidos com jerboas que são implacavelmente caçados pelos lagartos grandões que dominam o lugar.
T11-8: Flora
A flora padrão do planeta são líquens, mas, como definido anteriormente, vamos usar essa tabela para tentar conseguir alguma diversidade para nosso planeta, com biomas diferenciados para a região onde o grupo de personagens se encontra. Novamente, capriche na descrição.
E, claro, os dados nos trolam novamente com um 6. Flora predominante inexistente. Já definimos que os lagartões caçam os ratinhos, mas os ratinhos comem o quê? Vamos usar nossa criatividade e poder de mestre para botar mais um passo nessa cadeia alimentar: Há vários insetos que se alimentam dos líquens que crescem na superfície rochosa do nosso planeta vulcânico. Esses insetos vão servir de alimento para nossos ratinhos e ajudar a dar uma diversidade para esse ecossistema bizarro.
Até agora, nosso planeta é praticamente um cenário de tokusatsu.
T11-9: Sociedade
A cereja do bolo: aqui definimos os habitantes inteligentes que nossos aventureiros espaciais vão encontrar. A tabela não nos dá raças ou espécies humanoides, apenas a forma básica de organização social. Podemos escolher uma raça alienígena que combina com as características do planeta que criamos até agora.
Naturalmente, homens-lagarto combinam bem com o cenário. Então, os repto-sapiens da página 220 serão nossa raça básica. Claro que poderíamos usar qualquer outra ou até inventar uma. Com 1 em 1d8, descobrimos que eles se organizam em uma monarquia. Teremos um grande rei-lagarto no centro da sociedade. Essa é a parte mais legal de inventar, e possivelmente é onde os PJs mais vão gastar seu tempo.
Nosso planeta terá uma monarquia religiosa, onde um sacerdote serve de porta voz para um lagarto gigante que serve como rei. O lagarto gigante possui mente e vontade próprias, mas se comunica apenas com o sacerdote.
Os outros homens e mulheres-lagarto trabalham cultivando líquen e criando répteis e outros animais que servem como a base do sustento da sociedade. Eles conseguem minerar e forjar metal, mas a base de sua tecnologia é a rocha vulcânica, que aprenderam a moldar em grandes estruturas.
Nome e Descrição
O livro sugere um nome pseudocientífico baseado na nossa rolagem: HL-41161. Por outro lado, os homens-lagarto que habitam o lugar certamente possuem língua própria e nomes mais naturais para as coisas que estão ao seu redor. Esse ponto se resume a aparar as arestas usando seu poder de mestre e preencher os detalhes que faltam. Você também pode usar o que foi sorteado até aqui para criar uma tabela de encontros aleatórios. Algumas sugestões que estão no livro básico: aranha gigante, crocossauro (com alguma mudança de descrição para adaptar ao ambiente rochoso), dragão venusiano, formigácida, gigantossauro, homem-lagarto (para grupos de bandidos errantes), lagarto do deserto e monstro de lava.
Vocês finalmente chegam ao planeta HL-41161, também conhecido como Planeta Arktar por seus habitantes. Segundo o computador de bordo, o rei Arktar é um lagarto-gigante centenário que só se comunica com seu sacerdote, Okdar. Mesmo assim, a população confia nos religiosos e segue sua vida em paz. O ambiente vulcânico é hostil, por isso a maioria dos repto-sapiens vive em cavernas, onde constroem incríveis cidades usando rocha vulcânica, que aprenderam a trabalhar enquanto ainda está quente, criando uma arquitetura única. Eles sobem à superfície apenas para trabalhar em suas fazendas durante a noite, quando o clima é mais ameno. Eles criam grandes lagartos para tração animal, bem como mamíferos menores e insetos para servir de comida.
Fun fact: eu uso o rolador de dados do Google enquanto escrevo esses tutoriais.
Fiz a mesma coisa no Guia de Criação de Personagens.
Por fim
Criar mundos únicos para Space Dragon parece desafiador a princípio, mas é mais simples e divertido do que parece. Algumas referências científicas sem dúvida podem ajudar, mas não precisa ser uma grande preocupação, já que a maior referência são aqueles ficções científicas meio galhofentas dos anos 50 e 60. Se você leu até aqui e ainda não sabe do que estamos falando, veja a página oficial ou nossa resenha.
Space Dragon, escrito por Igor Moreno e publicado pela Buró, é um jogo-irmão de Old Dragon, no sentido que ambos compartilham o sistema de regras e têm um forte apelo oldschool. Mais do que isso: Space Dragon traz um sabor retrofuturista muito interessante, trazendo à mente referências como Flash Gordon, Space Ghost e até Herculóides!
D&D Old Dragon no Espaço
A ideia de pegar um cenário de fantasia e jogar pro espaço não é nova. AD&D teve Spelljammer, Pathfinder teve seu Starfindere até Tormenta teve sua versão de exploração espacial no suplemento Mundo dos Deuses, onde os planos divinos formam um sistema planetário (mais tarde meio que oficializado na campanha da Twitch Guilda do Macaco).
O grande diferencial do Space Dragon, contudo, é justamente unir esse apelo retrofuturista (mais especificamente, essa sub-estética do retrofuturismo conhecida como Raygun Gothic) com um sistema simples e elegante como o de Old Dragon, que desafia mais para a criatividade e esperteza dos jogadores do que as fichas de seus personagens.
Capacetes redondos e armas de raio que fazem “bzíum” fazem parte do clima.
Sistema
Quem está familiarizado com Old Dragon não vai se surpreender muito. O sistema de regras é baseado em Old Dragon e traz para o Space a essência OSR. O básico do sistema d20 continua funcionando normalmente aqui: para atacar, você rola 1d20, soma alguns modificadores e precisa vencer a defesa do adversário.
Atacar? E as outras coisas? Bom, quem está familiarizado com sistemas OSR já sabe que não existem muitas outras coisas nas regras além disso, mas isso não é um defeito: é uma característica. Para fazer qualquer outra coisa, você simplesmente descreve o que seu personagem vai tentar. Quer se esconder do alienígena? Nada de “eu rolo furtividade”. É mais para “tem alguma pedra ou máquina por perto que eu possa usar para me esconder?”. Em geral, esse diálogo entre jogador e mestre é suficiente para avançar a história. Se você precisa mesmo fazer uma rolagem, jogue 1d20 e tente tirar um número menor que seu atributo.
Classes
As principais classes do Old Dragon (e do D&D clássico) estão representadas aqui: Cosmonauta (Guerreiro), Gatuno (Ladino), Cientista (Clérigo) e Mentálico (Mago). Cosmonautas e Gatunos funcionam de um jeito muito parecido com suas contrapartes medievais. Mentálicos possuem certa flexibilidade se comparado com os Magos, já que seu limite diário de magia não é representado pelos famosos círculos de magia, e sim pelo Alcance Mental, que funciona mais ou menos como PMs de RPGs eletrônicos. Cientistas, por sua vez, não usam magia como os clérigos, mas fazem inventos, que requerem um pouco mais de tempo. Contudo, possuem uma habilidade análoga ao famoso Expulsar Mortos-vivos dos clérigos chamada Desativar Robôs (mas precisam construir um invento chamado Disruptor Positrônico antes).
Além disso, há também regras para naves, veículos e combates espaciais. Não podia faltar.
Se você quer fazer alguma coisa em Space Dragon, descreva. Os dados não vão salvar você.
Cenário
O cenário em Space Dragon não é profundamente descrito, mas sim sugerido através das raças, criaturas e outros elementos apresentados. A ideia é que o mestre construa seus próprios planetas, sociedades, guildas, missões e etc. No melhor espírito oldschool, temos tabelas para gerar planetas e relíquias tecnológicas aleatoriamente – algo muito divertido!
As raças disponíveis para os jogadores são apenas três: Humano, Androide e Mutante. Mutante é a mais flexível de todas, com mutações sorteadas aleatoriamente em tabelas. Por outro lado, há várias raças alienígenas no bestiário, como Zorks (sim, são Orcs com “Z” na frente, e daí?), Xhenianos, homens-lagarto e outros. Há também dragões planetários e toda sorte de monstros esquisitos para o mestre povoar os planetas que inventar.
Nas capas internas há um mapa espacial com algumas localizações com nomes como Colônias Lunares ou Minas de Jóias de Zentarr, mas não há descrição desses locais no livro. São apenas sugestões evocativas para que o grupo preencha com sua imaginação.
“O mutante cosplay de Han Solo vai na frente com os três robôs. Eu vou… hã… buscar uma coisa na nave.”
Por Fim
Space Dragon é um RPG interessante, descontraído, com um sabor diferente dos outros RPGs espaciais do mercado. O efeito nostalgia parece ter apelo pra galera da minha geração, nascida no final da década de 80 (também conhecidos como Millenials ou “bando de véio paia”), mas acredito que o jogo vai além disso. O fato de não ser uma ficção científica “hard” dá ao grupo a liberdade de ter sessões despretensiosas e descontraídas, sem se preocupar necessariamente com a velocidade de dobra especial de cada nave. No site da Buró há uma versão fastplay gratuita para download, bem como outros materiais e aventuras.
E não esqueça de ver também nossa campanha de Old Dragon 2.
Numenera RPG é um jogo de RPG fantástico/futurista, que possui sistema e cenário próprio, tudo isso no seu livro básico. Seu sistema é bem simples, prático e rápido, desde a criação de personagem bem como no uso durante o jogo.
O livro básico possui quase 420 páginas coloridas e ricamente ilustradas. A qualidade segue o padrão da New Order, tão conhecido por suas publicações mais ilustres como Pathfinder 2ª Edição, Shadowrun, Starfinder etc.
No livro básico de Numenera RPG você encontra tudo o que precisa para criar sua campanha. O livro possui regras completas de criação de personagens, regras de combate, “magias”, perícias e talentos.!
Sobre Numenera RPG
Numenera RPG é um jogo de RPG fantástico/futurista, fundado na ficção científica e na fantasia medieval.
Como isso? Em Numenera a humanidade está atualmente, no nono mundo. Ou melhor, na nona versão deste mundo.
É como se quase toda a nossa civilização atual fosse diz dizimada e uma nova surgisse destes destroços.
Numenera ainda se passa na Terra, mas depois de oito grandes civilizações terem se perdido e cada nova civilização cresceu sobre seus destroços.
Com isso, cada nova civilização encontrou traços da antiga e começou a tentar utilizá-la, nesse passar de milhares de anos.
Outras coisas também mudaram, surgiram habilidades mágicas ou de uma tecnologia incompreensível pela atual, tais como fragmentos de nanotecnologia, rede de dados enxertada entre satélites em órbita, criaturas biologicamente englobadas e inúmeros dispositivos estranhos e maravilhosos.
Estes restos tornaram-se conhecidos como o numenera.
Assim, no meio de tudo, estão os personagens dos jogadores, explorando este vasto e fantástico mundo, vivendo comumente sobre os destroços de civilizações esquecidas e tentando utilizar de sua tecnologia de alguma forma.
Criação de personagem
A criação de personagens em Numenera RPG é um processo bem simples, em certo ponto até demais, o que causa, as vezes um pouco de incerteza, já que estamos acostumados a ter mais informações sobre determinadas questões.
O processo é guiado, através de escolhas em adjetivos e classes definidas.
(nome do personagem) é um (tipo) (adjetivo/descritor) que (foco)
Nosso próximo post será sobre a criação de personagens, um guia para você não achar que está esquecendo de algo no processo de criação de personagem.
Outro ponto importante é que todas as rolagens de testes são baseadas em esforço, utilizando dados de 20 lados, o mestre escolherá a dificuldades do que você fará e você poderá gastar esforço, físico, mental ou de velocidade.
Tipo
Em resumo, primeiramente, você escolhe entre Glaive, Jack e Nano.
Glaive é o combatente corporal, é quem tem a maior reserva de potência, para testes físicos e que demandem esta estatística como foco.
Jack vem de Jack of all trades, ele é o especialista. Tem mais perícias e pode se desenvolver para quaisquer pontos que desejar. Suas estatísticas não possuem foco.
O Nano é a o personagem que se especializará na tecnologia e similares a magia. Pode carregar mais cifras, aparatos tecnológicos poderosos do passado. Tem o intelecto como estatística primária.
Adjetivo/Descritor
Após escolher o tipo do seu personagem, e primeiramente seu nome, você escolhe agora o adjetivo que o define.
Cada adjetivo possui características únicas e lhe fornece um conjunto de coisas, como equipamentos e habilidades.
Os adjetivos, ou também chamados de descritores, são:
Por fim, agora você deve escolher entre mais de 25 tipo de focos diferentes para seu personagem!
Cada foco lhe dá uma série de características únicas, tais como:
Vínculos
Equipamentos adicionais
Sugestões de efeito maior e menor
Graus de evolução do personagem, de 1 a 6
Os vínculos são suas ligações com seus companheiros de viagem. Equipamentos adicionais, são coisas a mais que seu foco lhe presenteia, cuidado para não repetir mais do mesmo, então fique de olho no seu descritor.
Sugestões de efeitos são para quando você consegue tirar um 20 ou 19 no dado, coisas surpreendentes que você pode conseguir aproveitando aquele fio de sorte momentânea.
E, enfim, os graus são as evoluções do seu personagem, não são fáceis de se conseguir, como nos RPG’s baseados em XP por combate.
Em Numenera RPG você ganha XP de acordo com as dificuldades que supera e não tem nada a ver com combate.
O cenário e a Numenera
O Nono Mundo é a Terra, porém uma Terra que passou por inúmeras mudanças e catástrofes, cerca de um bilhão de anos de mudanças e catástrofes na verdade.
Com isso, várias civilizações gigantescas surgiram e pereceram, porém não sem deixar marcas e vestígios, que hoje em dia são chamados de numenera.
Atualmente a Terra, mais uma vez, se juntou para formar um supercontinente gigantesco, deixando o resto do globo à mercê de um único oceano pontilhado de ilhas.
O povo do nono mundo não tem tanto conhecimento sobre o que está no espaço, fora da Terra. Contudo algo perceptível é que a lua está muito mais distante. Outro ponto importante é que devido a rotação atual da terra, os dias tem 28 hora, contudo anos, meses e semanas mantem seus significados.
Outro ponto imperceptível aos Nonomundianos é que, na era atual, a intensidade do sol deveria ter aumentado ao ponto em que a vida na Terra, ao menos como a conhecemos, deveria ser impossível.
Contudo isso não aconteceu, algo mudou durante os milhões de anos que já se passaram, talvez com a intervenção de alguma civilização mais avançada, mas ao invés de se extinguir, a vida prospera.
Já a maioria dos planetas do sistema solar continua em seu lugar, embora suas órbitas tenham se alterado. Um ponto importante é que o planeta que chamamos de Mercúrio há muito já não existe mais, mas, em sua ignorância, o o povo do Nono mundo sequer sabem que ele um dia existiu.
Por fim
Posso dizer que, a primeira vista fiquei confuso com a mecânica do jogo, tenho a mania de ir direto para a parte da criação dos personagens, para depois ver o resto das regras e a grande quantidade de opções me deixou confuso.
Além disso, cada opção que você escolhe lhe dá coisas, e estas coisas, se você não cuidar, podem se repetir, como ganhar duas vezes os mesmos equipamentos ou habilidades muito similares.
Para criar um personagem, você tem mais de 1000 opções diferentes, fora algumas habilidades diferentes de cada tipo e descritor.
Em termos de regras, o jogo não lhe proporciona muitos detalhes, ele se atem ao básico dos números, por exemplo, armas pequenas, todas, tem um dano x, todas as armas grandes tem um dano x também e ponto final.
Porém a forma como você joga e interage com a Numenera é o que torna este RPG tão interessante, você não ganhar experiência por combate, mas sim pelas dificuldades que supera, já torna o jogo completamente diferente.
Por último, mas não menos importante, se você gosta do que apresentamos no MRPG não esqueça de apoiar pelo Padrim, pelo PicPay, pelo PIX e agora também no Catarse!
Assim, seja um patrono do Movimento RPG e tenha benefícios exclusivos desde participar em mesas exclusivas em One Shot, grupos ultrassecretos e da Vila de MRPG.
Shadowrun Sexto Mundo é a nova edição de um dos jogos de interpretação na temática cyberpunk mais populares de todos os tempos.
Atualmente está em processo de financiamento coletivo pelo catarse, você pode conhecer o projeto, e apoiar, clicando aqui.
É um jogo de RPG futurista, com um cenário próprio, inclusive um muito interessante, o nosso mundo!
Isso mesmo, Shadowrun Sexto Mundo e todos seus antecessores tratam de uma terra distópica, onde a magia retornar e adormece, em ciclos milenares, e agora ela está desperta e muito ativa.
Dragões comandam grandes nações o megacorporações e você, bom, você é o óleo sujo e gasto que faz as engrenagem do mundo moderno girarem.
O livro básico possui 350 páginas coloridas e ricamente ilustradas, menos que seu antecessor, porém sem perder em nada o detalhamento e qualidade do livro.
A qualidade segue o padrão da New Order e da Paizo, tão conhecido por suas publicações mais ilustres como Pathfinder 2ª Edição, Shadowrun, Nação Pirata, Conan e tantos outros.
No livro básico de Shadowrun Sexto Mundo você encontra tudo o que precisa para criar sua campanha cyberpunk. O livro possui regras completas de criação de personagens, táticas de batalha, magias, perícias e talentos, além de muita história sobre como o mundo se tornou o que é.
Criação de personagens
Para quem está habituado a criar fichas em Shadowrun 5ª Edição, em Shadowrun Sexto Mundo, vai se sentir em casa.
Quem jogou Shadowrun Anarchy sem jogar seus predecessores vai se sentir um pouco perdido, porém os conceitos continuam, já as regras são mais complexas.
Por exemplo, em Anarchy, temos personagens criados com base em conceitos, já em Shadowrun Sexto Mundo, temos muito, quase tudo, das regras da 5ª edição.
Contudo achei o processo de criação de personagem em Shadowrun Sexto Mundo mais simples do que na sua versão anterior, o que é ótimo, já que a complexidade desse processo é visto como um ponto negativo.
Mas vamos ver alguns detalhes abaixo.
Raças
Em Shadowrun SextoMundo temos as mesmas raças básicas do seu predecessor, elas são:
Anões – Homo Sapiens pumilionis
Altura média: 1,2 metros
Peso médio: 54 kg
Orelhas: Levemente pontudas
Conhecidos por: Tamanho pequeno; atarracados; perseverança
Elfos – Homo Sapiens nobilis
Altura média: 1,9 metros
Peso médio: 80 kg
Orelhas: Pontudas
Conhecidos por: Porte esguio e ágil; ser atraentes e saber disso
Humanos – Homo Sapiens sapiensAltura média: 1,75 metros
Peso médio: 78 kg
Orelhas: Redondas
Conhecidos por: Tamanho médio; porte médio; se enlouquecer porque algumas pessoas não se encaixam nas suas médias
Orks – Homo Sapiens robustus
Altura média: 1,9 metros
Peso médio: 128 kg
Orelhas: Pontudas
Conhecidos por: Físico grande e poderoso; presas; ser constantemente vistos como forasteiros
Trolls – Homo Sapiens ingentis
Altura média: 2,5 metros
Peso médio: 300 kg
Orelhas: Levemente pontudas, geralmente oculta pelos chifres
Conhecidos por: Ser grandes pra caralho e ter chifres.
Conceitos e Especializações
Além de escolhes sua raça, você deve montar seu conceito e especialização, contudo vale lembrar que, em Shadowrun Sexto Mundo, tudo é possível.
Nesse sentido, você não encontrará classes pré-definas, como, por exemplo, o mago ou o guerreiro.
Na verdade até encontra, são os arquétipos de personagens e os quatro conceitos básicos, que são:
Especialista arcano – em resumo, esse é o cara da bola de fogo. Se ele estiver no seu grupo, você não vai querer que ele morra, porém se ele estiver contra você, sugiro tirar ele primeiro da jogada;
Face – você quer entrar em uma mega-corp? Quer conseguir aquela arma irada? E tudo isso sem derramar sangue? Essa é a pessoa que você quer com você.
Samurai Urbano – Quer as mesmas coisas que com o Face, mas não tá nem aí para a discrição? Esse é o seu cara. Tiro, torrada e bomba, além de muita gente perdendo partes do corpo.
Especialista em Tecnologia – Quer o mesmo que antes, mas sem precisar sair do lugar, esse é seu tipo de pessoa. Seja hackeando ou fundindo seu pensamento as máquinas, essa é a pessoa que consegue.
Perícias, Talentos e Equipamentos
Em seguida de você escolher sua raça, montar seu conceito, bem como definir seu papel na história, você deve escolher perícias, talentos e equipamentos.
Há várias perícias disponíveis, contudo mais resumidas do que na quinta edição. Talentos são diversos, que apimentam e completam seu personagem, tirando dele aquela cara de papel rabiscado, dando vida e peculiaridades.
Comprar equipamentos em Shadowrun Sexto Mundo, é uma maldição menor do que na sua versão anterior, as coisas ficaram um pouco mais rápidas, mesmo se seu personagem tem muito dinheiro.
Enfim, este é um parquinho a parte de todo o processo de criação de personagem, para você se divertir muito.
O Cenário
Esse é um tópico relativamente simples de se tratar, o cenário de Shadowrun Sexto Mundo é o nosso mundo, ponto.
Mas nós sabemos que não é bem assim, não é?
Seguindo quase a mesma linha dos seus antecessores, Shadowrun traz uma continuação do nosso mundo.
De acordo com o que é conhecido, nosso mundo está passando por um ápice de magia, é como uma montanha russa, por exemplo.
Existem altos e baixos, cada pico é considerado um “mundo”, uma versão do nosso atual.
Lembra das histórias de bruxas e magos, espadas mágicas como a Excalibur, elfos, anões, dragões?
Pois então, tudo verdade, porém era um dos ápices anteriores ao atual. Agora estamos no sexto ápice mágico, que foi marcado pelo ressurgimento dos dragões e com eles várias mutações genéticas retornaram.
Crianças começaram a nascer com orelhas pontudas e ossos muito leves, outras muito corpulentas e robustas, algumas com dentes caninos proeminentes, enfim, todo o tipo de seres mitológicos que você pode imaginar.
Sabe o que mais você pode imaginar? O caos, as guerras e a matança que veio com isso, se hoje em dia, do jeito que somos não aceitamos nossas diferenças, imagina com algumas pessoas descobrindo que poderiam lançar fogo pelas mãos.
Com o reaparecimento dos dragões, e da magia, estes dragões tomaram conta de muitos locais do mundo, guerras foram travadas e muitos seres morreram.
Shadowrun Sexto Mundo traz uma continuação para todo esse caos e nova hierarquia trazidos na quinta edição.
As pessoas descobriram que os grandes e onipotentes dragões também morrem…
Alguns estão morrendo, seja por idade, por terem sido derrotados, mas estão morrendo, o que dá lugar para outros tomarem esses tronos.
Qual vai ser a sua parte nessa história?
Por fim
Em conclusão a nossa resenha de Shadowrun Sexto Mundo posso dizer que, particularmente adoro este RPG, é meu segundo RPG do coração, começando com Pathfinder.
Shadowrun me ganhou no momento em que vi sua história, por exemplo, sem uma continuação da nossa realidade e por dar nomes científicos as raças fantásticas que estamos tão habituados.
Já vi outros RPGs que, meio que, dão continuidade a nossa realidade, mas esse aqui me ganhou nos detalhes e na riqueza da sua história.
Ele possui uma visão completamente diferente de tudo que já vi, tanto do cyberpunk quanto da fantasia, suas explicações e sua história fazem você pensar “poxa, isso realmente pode ser real, poderia acontecer a qualquer momento!”
Super recomento a comunidade RPGista, tanto aos veteranos quanto para iniciantes.
Vão em frente, uma nova realidade os aguarda!
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Aqui no Movimento RPG, temos muitas editoras parceiras. Algumas nos mandam material para fazermos resenhas e campanhas na Twitch, como foi o caso do Blades in the Dark, jogo que conheci através da parceria com a Buró. Outras vezes, criamos material de forma espontânea, como a primeira resenha que fiz de Kult, jogo esse que todos que acompanham nosso site sabem que eu curto muito.
Esta resenha pertence ao segundo grupo. A parceria do Blades me incentivou a apoiar o financiamento coletivo e eu escolhi o Band of Blades como recompensa. Não tínhamos nenhuma obrigação de criar material ou resenhar o Band, mas como eu curti muito o que li, resolvi compartilhar aqui algumas ideias bem diferentes desse jogo que mistura fantasia militar sombria à lá Berserk, um sistema de regras que coloca os jogadores direto na ação e elementos de… boardgame de gestão de recursos? Vamos lá, então.
Cenário
Há algum tempo atrás uma poderosa entidade conhecida como o Rei Cinzento fez os mortos marcharem contra o território de Aldemark. A Legião, um poderoso e tradicional exército independente, marchou contra as forças do Rei Cinzento ao lado dos Escolhidos – seres humanos imbuídos de centelhas divinas.
Nove Escolhidos lutaram contra o Rei Cinzento. Mas algo aconteceu: cinco dos nove foram Fragmentados e mudaram de lado, passando a antagonizar a Legião e os demais Escolhidos. Uma batalha decisiva foi travada entre as forças do Rei Cinzento e a Legião.
A Legião foi derrotada. É aqui que começa a história de Band of Blades.
Os personagens são remanescentes da Legião, batendo em retirada das planícies de Ettenmark e tentando alcançar a Fortaleza Adaga Celeste, o último lugar onde a Legião pode reunir tropas para talvez enfrentar uma nova investida do Rei Cinzento. Alguns elementos modulares (como qual Escolhido e quais Fragmentados estarão presentes) permitem ao mestre desenvolver a campanha como achar mais interessante.
Confesso que, à primeira vista, a arte não me cativou tanto quanto o Blades in the Dark, mas tem coisas bem legais, como essa guerreira com estilão viking.
Regras
Se você leu nossa resenha de Blades in the Dark, tem uma boa ideia de como funcionam as regras de Band, já que são filhos do mesmo sistema. Mas o jogo tem algumas peculiaridades muito interessantes.
A primeira delas é que além do cenário e das regras, Band of Blades traz também uma campanha pronta para jogar. Mais ou menos como se o Livro do Jogador de D&D viesse com todo o conteúdo da Maldição de Strahd. A história começa logo depois da Batalha de Ettenmark e vai até os jogadores chegarem na Fortaleza Adaga Celeste.
Para acomodar bem o clima geral de drama e desespero de uma guerra perdida, o jogo alterna, basicamente, entre duas fases: Fase de Missão e Fase de Campanha. Os jogadores são incentivados a assumir papéis distintos, às vezes trocando de personagem de acordo com a sessão.
Fase de Missão
A Fase de Missão é a experiência mais “tradicional” de um jogo de RPG, onde cada jogador assume o papel de um personagem e o interpreta. A diferença maior aqui é que nem sempre os jogadores estarão jogando com seus personagens “principais”, aqui chamados de Especialistas. No geral, cada missão conta com apenas dois Especialistas. O restante do grupo é incentivado a interpretar outros personagens da legião, como soldados e novatos.
Os personagens são acompanhados por um Esquadrão, um grupo de NPCs que está lá para seguir ordens e lutar pela Legião. Um recurso muito bem elaborado do sistema é a presença das ações Liderar e Disciplinar nas fichas dos personagens, justamente para lidar com estes NPCs.
Cada missão deve durar mais ou menos uma sessão, com uma estrutura bem parecida com o Blades in the Dark. Quando uma missão termina, a Legião se reúne e passa para a fase seguinte.
Ao contrário da maioria dos RPGs mais convencionais, a sobrevivência do grupo não é fator sine qua non para a continuidade da campanha.
Fase de Campanha
Aqui os jogadores abandonam temporariamente seus personagens e assumem os papéis dos líderes da Legião, tomando decisões estratégicas a respeito de como abordar a campanha e o caminho até a Adaga Celeste.
Cada jogador tem um papel para desempenhar: Comandante, Marechal, Quartel-mestre, Historiador e Espião-Mestre, cada um com funções específicas. A gestão de recursos tem um papel muito importante para o clima do jogo, pois a pressão das forças do Rei Cinzento sobre a Legião tornam-se mais palpáveis. Recursos bem geridos podem facilitar a execução de missões, melhorar a moral, conseguir informações e toda sorte de auxílios para os jogadores. Recursos mal geridos, por outro lado, podem resultar em falta de recursos, mortes e desgraças à rodo.
É nesta fase também que novas missões são geradas pelo mestre (em uma tabela específica) e selecionadas pelos jogadores, bem como quais especialistas e personagens serão designados para elas. Alguns locais oferecem também missões especiais.
Esta parte mais “boardgame” do Band é tão importante que [SPOILER] ao chegar à Adaga Celeste, uma pontuação pode ser calculada de acordo com as ações dos personagens durante a campanha. A pontuação serve para determinar os rumos da guerra e da investida final das forças do Rei Cinzento. [FIM DO SPOILER]
“Putz… se pelo menos a gente tivesse poupado alguns cavalos.”
Por fim
Band of Blades oferece muitas novidades. Pessoas mais “das antigas” como eu podem achar um pouco complicado abraçar todas essas mecânicas e inovações logo de começo. Mesmo assim, se você não torce o nariz para jogos modernos, vai encontrar um mundo rico com várias ideias legais.
O artigo original sobre artefatos mágicos para 3D&T foi publicado no blog Dioverse. Clique aqui para acessar o texto na íntegra e conhecer a vantagem Artefato. Para conhecer outros posts da Megaliga Tokyo Defender, clique aqui.
Fantasia Medieval tem uma pegada incrivelmente conservadora e travada em certas coisas. Mas se tem algo que vaza para o RPG de mesa e que parece uma cláusula pétrea e me irrita muito são os malditos artefatos. Então, como eu tenho um carinho especial por Tormenta Alpha, vamos falar um dedinho de prosa sobre artefatos, o que são e como podemos aplicá-los em Arton Alpha para serem portados por jogadores. Isso mesmo, padawan, você vai jogar com seu artefato. Ah, o que é um padawan? Deixemos esta para as próximas conversas…
“Ele entrou bafejando na sala, jazendo ao lado da parede estava aquele burguês nojento que tentou se apropriar de seu grande amor. Ninguém te deixaria longe da sua maravilhosa. Ele andou alguns passos em uma parede estava ela pendurada com todo o seu esplendor. Nem o sangue da morte brutal que ali ocorrera poderia atrapalhar toda a Glória da Volta de Marguerita a Guitarra que Chora ardidamente no destino dos monstros… E seus olhos brilharam perante sua pequena. Ele apenas a pegou e saiu dali saltitando…”
Em Arton, como na maioria dos mundos medievais para RPG de mesa, parece que os artefatos são feitos na mesma forja lendária para ser usados apenas como pano de fundo de trama e por NPCs que os jogadores nunca verão. Isso contribui para uma certa antipatia por tais itens e seus donos. Mas afinal, do que é feito um artefato, de onde ele vem e a melhor pergunta: eu posso possuir um Artefato?
Primeiro, precisamos compreender o que realmente é um artefato em histórias fantásticas. Sim, histórias fantásticas, porque este tipo de item não está limitado ao medieval fantasioso. Temos a errônea percepção de que os artefatos são na verdade itens de extremo poder que permeiam o cenário ou história e não devem ser incomodados ao custo de grande sofrimento. Bem, na verdade, isto acontece, mas está longe de ser a real essência de um artefato.
Artefatos, na verdade, são itens tão ligados à história dos herois que o empunharam que carregam sua própria aura e história. São itens que respiram seus donos e que seria difícil pensar em suas histórias sem as pessoas que o empunharam. Sua aura é tão forte neste quesito que em praticamente qualquer história onde outras pessoas o empunhem, elas não conseguem carregá-los ou usá-los por muito tempo.
Nas histórias de super-herois, temos exemplos majestosos de Artefatos: O escudo do Capitão América e o martelo de Thor são exemplos clássicos e muito poderosos de artefatos, que poderiam ser convertidos facilmente em artefatos mágicos para 3D&T.
Mas um artefato não pode estar atrelado a seu poder e sim à sua história. Um exemplo que gosto é o Um Anel do Senhor dos Aneis. Por mais que a história puxe sardinha pra ele, no fim ele é um anel de invisibilidade destes que vemos aos montes em jogos medievais. Toda a sua corrupção e problemas que ele traz estão muito mais atrelados à sua aura de malignidade e sua história com um déspota como o Sauron que seu poder de tornar os outros invisíveis. Sua história o torna grande. Para usarmos Artefatos em jogos de RPG de forma mais efetiva, temos que ter isto em mente. O verdadeiro peso de um artefato está mais em sua história que em seu poder bruto.
Se uma faixa branca suja com o sangue do último rei santo das terras brancas determinar o novo imperador da Ordem Magna Mundi e a faixa está perdida, a própria busca pela faixa e sua função de trama a torna ao mesmo tempo um Artefato e uma Relíquia. Artefatos não precisam ser hiperpoderosos – eles na verdade movem as narrativas e histórias.
E quem mais move narrativa e histórias? Sim, os personagens jogadores. Por isto eu não gosto da regra universal que jogadores nunca possuem artefatos. Muito pelo contrário: é legal um jogador cultivar um item seu de tal forma que ele se torna sua assinatura e depois um artefato que o represente no mundo. Afinal, não foi assim com o escudo do Capitão América e o martelo do Thor?
Para isto, eu tenho algumas diquinhas para Arton e mundos medievais em geral baseados ou não em 3D&T sobre estes poderosos itens.
Incentive seus jogadores a prestarem atenção a seus itens e veja qual a relação destes itens com suas histórias, seja uma capa, uma espada, uma flauta ou o que o jogador preferir.
Que os jogadores já definam itens importantes sem gastar pontos nele desde seu inicio, mesmo com 5 pontos. Assim, assista e avalie o uso do jogador sobre seu item-assinatura durante a campanha e deixe o jogador ir aumentando a importância deste item ate ele virar realmente uma assinatura.
Ele pode passar de um item sem regras que esta na história do personagem para um item mágico real com estatísticas. O mestre deve deixar o jogador gastar sua experiência no item, comprando-o e depois usando a história ou aventuras paralelas para explicar os poderes extras do item ou mesmo ser fruto de manifestação do próprio jogador. O jogador compra o item mágico normalmente com seus pontos convertendo a experiência em pontos ou o contrário, dependendo da forma do mestre cobrar por isto, e com o mestre, explicam o ganho de poder.
Aí, depois dos 12 pontos, pelo menos permita que o jogador transforme sua arma em um Artefato com a Vantagem Única que estará na continuação deste artigo (clique aqui para a continuação no post original), que é basicamente a vantagem de Arma Aliada do Manual da Magia com algumas leves diferenças. Depois que a arma for então um Artefato, permita que o jogador extrapole 3 poderes a partir do momento em que as histórias da arma aumentem. Aqui não tenho uma boa medida e vai depender do mestre – veja a forma que o jogador se relaciona com a arma, a importância da mesma para o jogo. Aqui, realmente depende de cada mesa a interpretação do uso de artefatos mágicos para campanhas em 3D&T ou outros sistemas.
Assim que o jogador possuir seu Artefato, não deixe que ele seja supérfluo na mesa. Ajude o jogador a dar importância a seu item que deve ser um personagem praticamente à parte em termos de narrativa, narre grandes feitos… Deixe seu jogador citar o nome de seu item a torto e a direito e ver este nome cravar garras na campanha contada. Se vocês conseguirem isto, terão criado um verdadeiro artefato de Fantasia. Parabéns!
O artigo original sobre artefatos mágicos para 3D&T foi publicado no blog Dioverse. Clique aqui para acessar o texto na íntegra e conhecer a vantagem Artefato. Para conhecer outros posts da Megaliga Tokyo Defender, clique aqui.
Olá, Magos, Bardos, Aventureiros e Vilões do Multiverso, estou aqui novamente em uma missão caotic/good! Desta vez para falar do meu assunto favorito, o mundo darkness. Trata-se de um sistema não muito conhecido, mas que é bastante interessante para quem gosta de uma pegada mais sombria. Shadow Of The Demon Lord é um jogo de role-playing de fantasia de terror criado por Robert J. Schwalb. Foi financiado através de uma campanha do Kickstarter e lançado em 12 de março de 2015.
O Universo
No jogo, você cria e interpreta personagens que lutam para sobreviver em uma terra em rumo ao esquecimento. Portanto um lugar infestado por demônios, hordas de mortos-vivos, magia estranha, cultistas desequilibrados, e tudo isso nas ruínas do último grande império da humanidade.
Ele abre a porta para um mundo imaginário nas garras de um destruidor.
Um lugar impregnado no caos e na insanidade criado pelo fim dos tempos, com reinos inteiros tomados por rebanhos uivantes de bestiais, espíritos deformados libertos do Submundo, e horrores inomináveis acordados pela chegada iminente do Demon Lord.
Shadow Of The Demon Lord é para mim um dos melhores jogos no quesito de entregar exatamente o que se espera de um cenário de fantasia.
Tem que ter estômago forte
O jogo é extremamente mortal com regras que já conhecemos no d20, são as mais comuns do maior RPG do mundo Dungeons And Dragons.
No jogo você tem um medo maior de perder o personagem, pois tudo é feito para lhe matar. Dessa forma não há muitos locais seguros e o mundo todo é um caos. Sendo uma temática única, que inclui medieval e horror constante. Seu personagem vive em um mundo à beira da loucura e destruição, tudo causado por um inimigo que todas as raças que ainda existem temem. Este inimigo é o Demon Lord.
O que mais chama a atenção em Shadow Of The Demon Lord é que o jogo realmente exige muito dos players. Normalmente em qualquer outro RPG tradicional, você inicia no nível 1, mas Shadow of the Demon Lord as coisas são bem diferentes.
Portanto você começa o jogo com nível 0, isso mesmo zero, é nessa hora que sentimos o imensurável poder do Lorde Demônio e estamos no fim do mundo. Mas você evolui logo para o nível 1 após sua primeira aventura. E você escolhe os caminhos que no jogo são as classes. Mas o jogo tem muito mais, como magias insanas e surreais, e os monstros nem conto a vocês são de explodir a mente.
Então esse é o jogo que queria apresentar para vocês. Não vejo muita gente comentando ou narrando o mesmo. O que acham de fazer mais pessoas conhecerem esse cenário e jogo.
Dica do Mago
Você pode adaptar um pouco as regras, e mudar algumas coisas, e será possível jogar no universo de Dark Souls, utilizando as regras ou o clima do universo de Shadow Of The Demon Lord. Já pensou em jogar a franquia Souls? Em breve irei contar como fazer isso, mas isso fica para outra oportunidade.
Shadow Of The Demon Lord – Visceral e Perigoso
Autor: O Mago Supremo. Revisão de: Isabel Comarella. Artista da capa: Douglas Quadros.
Continue no clima de terror e montros, fique por aqui conosco lendo a resenha de The Witcher também.
O Legado é um RPG de fantasia heroico urbano. Afinal se passa em uma outra versão de nosso mundo. Sendo assim, uma versão na qual criaturas sobrenaturais e magia existem, ainda que não percebidos por todos…
Ou quase todos…
Existem seres humanos que, por alguma razão, descobrem que dentro de suas almas existe a centelha do poder divino. Nesse sentido aquilo que popularmente é conhecido como “Deus”: a Criação.
Ao descobrirem tal poder dentro de si, eles se tornam “Herdeiros da Criação” ou simplesmente “herdeiros “. Logo, despertam para o mundo invisível do místico e do sobre-humano. Logo, passando a poder interagir com as criaturas mágicas diversas
Além de despertarem poderes que lhes aproximam destas:
Mas o que é este poder divino? De onde ele vem?
Em O Legado este poder, como dito, vem de um ser popularmente conhecido pela humanidade como “Deus”. Na verdade, muitos estudiosos Herdeiros teorizam que existem duas entidades primordiais
uma Criadora, uma energia de pura construção e vida,
outra de pura Destruição, caos e destruição.
A Criadora construiu toda a existência, com destaque a sua maior obra: os seres vivos, seres capazes de agir e interagir com toda a criação. Dentre estes, sobressaem-se aqueles que eram a imagem e semelhança da Criadora: seres humanos. Todas estas criaturas da vida foram colocadas em um místico paraíso chamado Éden.
Nesta magnífica terra, os humanos viviam lado a lado com as mais diversas formas de vida. Como animais e plantas tão conhecidas nossas. Porém, havia uma outra mais fascinante: os seres mágicos.
Eram estas criaturas capazes de manipular a própria energia cósmica da criação, chamada de magia, e que estavam ali para ensinar os humanos tal proeza.
A Criação de Édan
Porém, a outra entidade também desejava criar, apesar de sua essência ser oposto a isto. Ela tentou recriar o Éden e os seres vivos da Criadora, copiando-os. Mas gerou apenas uma distorção chamada Édan, habitado por seres sem o mínimo da graça divina dos seres vivos: os demônios. Desesperada, a outra entidade resolveu declarar guerra a criação e passou a ser conhecida como a “Adversária”.
Por outro lado, ela corrompeu parte dos anjos da Criadora, em especial, a Estrela da manhã, Lúcifer. Este, por sua vez, corrompeu os humanos e conseguiu fazer com que o Éden desaparecesse. Deixando aqueles e os demais seres vivendo em um mundo sem abundância, de constantes necessidades e risco de morte. Entretanto, o próprio Lúcifer e os anjos traidores foram pegos pelas forças celestiais e, como punição, ficaram trancados no Édan, eternamente. Lúcifer ficou revoltado, e se uniu de uma vez por todas com as forças da Adversária e declarou guerra aos céus. Enquanto isso, no novo mundo, humanos agora tinham que competir com todos os demais seres para sobreviver, inclusive com as criaturas mágicas.
A voz da Criadora além do tempo
Era uma luta desleal e a raça humana teria desaparecido se não fosse por um ato de misericórdia da própria Criadora. Ela pronunciou uma palavra incompreensível, porém ouvida por todos os humanos. Tal palavra fez revelar neles uma fagulha do poder cósmico da própria criação.
Quando a Criadora fez os humanos a sua imagem e semelhança, ele teria ido mais além. Em resumo ela teria colocado nas almas humanas uma fração do seu próprio poder, que permaneceria latente ali. Porém, o suficiente para intimidar as criaturas mágicas. Dessa forma, os humanos ficaram alheios a todo o mundo mágico que os cercavam, e assim foi por eras: ninguém mais se lembrava das antigas histórias sobre o Éden e a magia.
No entanto, em algum momento, o poder de algumas almas acordou e revelou este mundo para algumas pessoas. Estas pessoas descobriram que seriam capazes não apenas de ver o mundo como ele é de verdade. Mas também poderiam despertar poderes antes inimagináveis para um humano. Eles descobriram em si, o Legado da criação…
O que é o Herdeiro no mundo?
Uma vez despertado, o ser humano torna-se um Herdeiro: mortais que descobrem a centelha divina em suas almas e conseguem extrair delas poderes místicos.
Alguns são capazes de abrir fendas no chão com seus punhos, outros são capazes invocar elementos da natureza. Outros serão mais discretos e desenvolveram habilidades que lhes permitam suprimir sua presença, ou ver além da mera visão mortal.
Alguns ainda poderão realizar verdadeiros milagres, desde curar uma ferida até trazer alguém de volta à vida. Os mais poderosos serão capazes de controlar a própria energia da criação, distorcendo a realidade ao seu favor.
Tudo isto são possibilidades para aqueles que despertam. Mas, não é legal deixar o poder subir à cabeça e pensar ser invencível. Pois existem inúmeras ameaças à espreita. Se por um lado o poder de todos os Legados da humanidade unidos afastou as criaturas fantásticas. Muitas dessas rompem este véu intimidatório e figuram verdadeiras ameaças à humanidade.
Demônios
Demônios são seres de puro desprezo, rancor e inveja que pretendem corrigir o erro de suas existências capturando almas humanas e extraindo delas seus Legados. Fadas podem ser belos seres, mas muitas delas possuem um mórbido senso de justiça que podem levá-las a verem humanos como um grande equívoco da natureza, exterminando-os sempre que podem. Uma terrível energia de anti-vida pode se manifestar e transformar o que era vivo em um ser não vivo que busca consumir a energia vital da Terra. Bestas místicas e irracionais vagam pelo mundo dizimando centenas de pessoas para saciar sua fome ou seu ímpeto por destruição. Todas estas são os possíveis quadros de adversários com os quais os Herdeiros poderão se deparar.
Caberá a estes mortais despertos impedirem que o mundo vire um caos e garantir que a humanidade ainda não desperta possa viver tranquilamente. Mesmo que rodeada por seres tão poderosos e potencialmente agressivos. Ser um herdeiro é ser um guardião da humanidade, estar pronto para impedir que estas criaturas façam do nosso mundo seu parque de diversões. Claro que há herdeiros que fogem a esta regra e acabam deixando todo este dever de lado ou até mesmo se tornando um dos vilões, mas, no geral, Herdeiros serão campeões da humanidade.
Como construir um Herdeiro
Em O Legado, um Herdeiro é construído a partir de três grandes escolhas:
Ancestralidade;
Casta;
Roda da Vida.
A Ancestralidade
É a sua origem genealógica, de quem você descende. Você pode ter ancestralidade angelical (Nefilins), demoníaca (Cambions) e humana. Sendo assim, das ancestralidades, você ainda poderá estar dentro de uma linhagem. Por exemplo, um mortal com ancestralidade angelical pode descender da linhagem dos anjos guardiões (grandes soldados e guerreiros celestiais), virtuosos (anjos da guarda) ou das dominações (os juízes dos céus). Os descendentes de demônios podem ser de linhagem feiticeira (descendem de Incubus e Sucubus), Cavaleira Sombria (guerreiros e soldados invernais) ou Inquisidores (torturadores ou investigadores infernais). E por sua vez, os humanos podem ser ordinarius (Comuns), messiânicos (descendem de grandes figuras bíblicas, como rei Davi) ou atlantes (humanos que pertenceram ao continente perdido).
A Casta
Em seguida, será a hora de escolher sua Casta. A Casta é o tipo de Herdeiro que você é, sendo verdadeiros arquétipos baseados em nossa cultura pop. Em termos comparativos, a Casta seria algo como as classes de RPG de fantasia medieval. Ao todo, são cinco Castas:
Caçadores: são Herdeiros que se especializam em habilidades táticas, de rastreio e perseguição a criaturas sobrenaturais. Sem mencionar que Caçadores tendem a se unir e formar uma rede de ajuda mútua no melhor estilo Supernatural.
Gladius: são herdeiros guerreiros, com incríveis habilidades físicas e combativas, capazes de enfrentar de igual para igual grandes bestas, igual ao Dante da franquia Devi May Cry.
Magos: são Herdeiros que descobrem a magia e o segredo de conjurar poderosos rituais e feitiços modelando a própria realidade.
Notívagos: são Herdeiros sorrateiros, nascidos nas sombras e que geralmente despertam porque precisam fugir de alguém ou alguma coisa sobrenatural que os perseguem. Por exemplo, pense na criança que vê gente morta ou um monstro debaixo da cama e ninguém acredita.
Profetas: Herdeiros que recebem uma revelação de entidades superiores e agora possuem uma missão a cumprir na Terra, adquirindo a habilidade de conjurar incríveis milagres para lhe ajudar nesta empreitada.
A Roda da Vida
Por último, tem-se a roda da vida. Trata-se daquilo que determina no que você é bom, mediano e ruim. Ela é uma roda de quatro espaços que indicam o quão bom são suas características. Existem quatro tipos de características básicas que representam as habilidades dos personagens em O Legado:
Atributos: são características básicas que toda e qualquer pessoa tem, independente de aprendizado. Representam diversas aptidões físicas e mentais. Ao todo são oito: Força, Constituição, Destreza, Agilidade, Inteligência, Astúcia, Vontade e Carisma.
Perícias: são conhecimentos técnicos ou habilidades treinadas que o personagem pode adquirir com estudo ou treino, tais como Acrobacia, Conhecimentos, Engenharia, Persuasão, entre outras.
Particularidades: são características que dão maiores especificidades aos personagens, são suas vantagens e desvantagens.
Poderes: são as habilidades místicas dos personagens.
Todo Herdeiro tem uma roda da Vida que é montada de forma a criar uma ordem de importância dessas características. Para isto, deverá ser colocada cada uma dessas características nos quatros espaços da Roda:
No primeiro, que fica no topo, você deverá colocar a Característica na qual você quer se destacar;
No meio, você colocará duas características nas quais você é mediano;
Na base, vai colocar a característica na qual você é péssimo.
Regras básicas
O Legado se utiliza do dado de 100 faces, ou seja D100, que pode ser representado por dois D10: um para dezena e outro para unidade.
Você deverá rolar o D100 e obter um número igual ou inferior a pontuação de sua respectiva Característica. Então, se você tem a Perícia Furtividade com uma pontuação de 50%, você deverá rolar um D100 e obter nele um valor igual ou inferior a 50 para ser bem-sucedido.
Além do mais, O Legado conta com um sistema de combate baseado em Combos! Em seu turno, você poderá atacar até três vezes seguidas, sendo o ataque seguinte sempre mais difícil que o anterior. Caso acerte os três ataques, você encaixa uma super sequência de golpes que, além de todo o dano, terá ainda uma finalização que dará um efeito a mais. Este efeito pode ser desde um incremento no próprio dano como também poderá ser uma situação difícil para o inimigo,como paralisá-lo ou deixá-lo sangrando por exemplo.
O Legado traz consigo uma grande carga de experiência, responsabilidade e dedicação dos jogadores. Dessa forma indicamos para os admiradores de histórias épicas e personagens de construção sólida.
Bom jogo aventureiros.
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