Adaptação do Esquadrão Suicida para 3D&T

A adaptação do Esquadrão Suicida para 3D&T foi publicada originalmente no blog 3D&T a Bordo. Clique aqui para ver o conteúdo completo, incluindo os personagens Arlequina, Capitão Bumerangue, Katana, Major Rick Flag, Magia e Pistoleiro.

Reúna um time dos super vilões mais perigosos já encarcerados, dê a eles o arsenal mais poderoso do qual o governo dispõe e os envie em missão para derrotar uma entidade enigmática e insuperável que a agente Amanda Waller concluiu que só pode ser vencida por indivíduos desprezíveis e com nada a perder. Quando os membros do improvável time percebem que não foram escolhidos para vencer, mas sim para falharem inevitavelmente, será que o Esquadrão Suicida decide ir até o fim tentando concluir a missão ou a partir daí é cada um por si?

Confira abaixo a ficha dos vilões do mais novo filme da DC. Adaptados para você usar na sua mesa de Megacity, UFO Team ou onde mais você achar que eles podem causar confusão.

Amarra, Christopher Weiis

Christopher Weiis era o químico de uma empresa que produzia cordas, quando desenvolveu uma formula para produzir cordas tratadas quimicamente quase indestrutíveis, mas a formula foi roubada por um colega de empresa. Então ele decidiu se tornar um criminoso e assassino profissional, usando as cordas para estrangular suas vitimas.

Um dia ele foi contratado para assassinar um herói e acabou sendo preso e recrutado para o Esquadrão Suicida.
F1, H2, R2, A1, PdF0

Vantagens e Desvantagens: Paralisia, Má Fama.
Perícias: Armadilhas, Química e Intimidação.

 

 

Crocodilo, Waylon Jones

Waylon Jones nasceu com uma rara doença de pele deixando o com o aspecto de um réptil, o que fez se hostilizado na sua infancia e adolescência. Na vida adulta ele trabalhou para uma espécie de show de luta livre onde ele lutava com crocodilos, período no qual ele começou a se referir a si mesmo como O Crocodilo. Dada a sua incrível força física não demorou para chamar a atenção de criminosos de Gotham, o queo colocou em conflito como Batman. Derrotado, ele acabou preso e confinado no Asilo Arkham.
F3, H1, R3, A3, PdF0
Vantagens e Desvantagens: Pontos de Vida Extras x1, Má Fama, Modelo Especial, Monstruoso.

Perícias: Intimidação, Disfarce, Natação.

 

 

El Diablo, Chato Santana

Era membro de uma gangue. Em uma das suas missões criminosas foi alvejado pela polícia, indo parar no hospital. Já no hospital, Chato entra em contacto com Lazarus Lane, o El Diablo original. Lazarus estava quase morrendo, e começa a transferir seus poderes para Chato. Os poderes foram totalmente transferidos assim que Lane morreu. Chato Santana era agora o novo El Diablo e aproveitou os seus novos poderes para incendiar um prédio de um gang rival. Mas depois de ter destruído o edifício todo, ele acabou descobrindo que não tinha matado apenas gangsters, mas também famílias inocentes. Transtornado pelo que tinha feito, Chato decide entregar-se à polícia de livre e espontânea vontade. Os poderes de Chato estão ligados a suas tatuagens, conforme o fogo consome as coisas a sua volta , as tatuagem começam a desaparecer , uma a uma, por isso ele está constantemente se tatuando.
F0, H1, R2, A1, PdF3
Vantagens e Desvantagens: Ataque Especial, Domínio de Fogo, Má Fama.
Perícias: Intimidação, Punga e Tatuagem ( de Arte).
Se quiser as fichas de Arlequina, Capitão Bumerangue, Katana, Major Rick Flag, Magia e Pistoleiro, veja a adaptação completa do Esquadrão Suicida para 3D&T clicando aqui. Veja outros posts da Megaliga Tokyo Defender clicando aqui!

Obras de inspirações para narrar Call Of Cthulhu

Quando se trata de criar uma história ou mestrar uma mesa de RPG é legal se atentar que ter no que se inspirar é sempre bom, ainda mais quando se trata de Call of Cthulhu, pois sabemos que é mais difícil trabalhar com o bizarro terror cósmico do que com o convencional. Pensando nisso eu listei algumas obras em geral que podem te ajudar a criar uma narrativa de Call of Cthulhu.   

 

The Void (2016) 

Para abrir a lista com chave de ouro, irei começar com o filme The Void. A obra conta a história do policial Daniel Carter que encontra um jovem ferido em uma estrada durante a sua patrulha e resolve levar o rapaz ao hospital mais próximo dali. Um hospital completamente deserto exceto por alguns poucos pacientes e funcionários que estão no local, e nesse ambiente com esses personagens o filme vai se desenvolvendo. 

Apesar do baixo orçamento, a qualidade não deixa a desejar e com certeza muitas cenas desse filme podem servir de inspiração para uma narrativa de Call of Cthulhu. Com o terror cósmico sendo apresentado durante todo o longa, o filme é totalmente lovecraftiano, com direito a personagens insanos, tentáculos e até mesmo cultistas. 

 

O Exorcista (1973)

Apesar da maioria das pessoas já terem assistido a esse filme, eu tenho o dever moral de me certificar de que todos os narradores de Call of Cthulhu ou de qualquer RPG de terror tenham assistido ao O exorcista.

 O filme é focado em vários personagens diferentes mas que no fim estão conectados de alguma forma. Basicamente a obra te apresenta uma atriz que vai gradativamente tomando consciência que a sua filha de doze anos está tendo um comportamento completamente assustador. Deste modo, ela pede ajuda a um padre, que também um psiquiatra, e este chega a conclusão de que a garota está possuída pelo demônio. Ele solicita então a ajuda de um segundo sacerdote, especialista em exorcismo, para tentar livrar a menina desta terrível possessão. 

Apesar do filme não apresentar o terror cósmico, o que transforma o exorcista em um dos filmes mais assustadores de todos os tempos é que apesar do seu visual ultrapassado por ser um filme antigo, ele continua te deixando completamente aterrorizado com cenas extremamente fortes e bizarras. Dessa forma mostrando que você não precisa de recursos visuais como sangue jorrando na tela ou jumpscares para deixar o seu público aterrorizado,  se sua narrativa for boa e funcional, ela será mais que o suficiente para deixar seus jogadores com medo. Além disso, diversas cenas do filme podem servir de inspiração para a criação de cenas de testes de insanidade por exemplo. 

 

True Detective (2014)

Partindo para as séries, vamos falar de True Detective. A série conta a história dos detetives Rust Cohle e Martin Hart, que estão em busca por um serial killer durante 17 anos no estado de Louisiana. 

Apesar de não ser uma obra de terror, True Detective definitivamente te apresenta de uma forma muito completa como trabalham os investigadores, o que com certeza vai te ajudar a construir os momentos investigativos de sua narrativa de Call of Cthulhu. 

 

O Diabo mora aqui (2015)

Representando o Brasil eu trouxe o filme brasileiro ‘’O diabo mora aqui’’ dos diretores Rodrigo Gasparini e Dante Vescio. O filme conta a história de quatro adolescentes que vão passar as férias em uma casa de campo. Lá, descobrem a história perversa do Barão do Mel, um antigo senhor de escravos conhecido por ter cometido atrocidades com os negros. Uma destas histórias ainda assombra a casa até hoje: um bebê recém-nascido teria sido usado num ritual de sacrifício, e sua alma estaria presa no porão. Os quatro amigos tentam despertar os fantasmas esquecidos, pensando se tratar apenas de uma brincadeira. Logo, são confrontados às consequências de seus atos. 

Apesar do enredo Trash e do baixo orçamento, a obra possui uma pegada de filme dos anos 80, boas cenas de terror e personagens carismáticos que podem ser de inspiração para a criação de NPC’s por exemplo. 

 

The Sinking city (2019)

Finalizando, trouxe para a lista o game de 2019 The sinking city.  O jogo te coloca na pele do investigador Charles Reed que tem o papel de descobrir uma inundação misteriosa que ocorreu em Oakmont. no decorrer do game, Charles descobre que os moradores locais costumam fazer alguns rituais religiosos bem exóticos e isso faz com que pessoas de fora não sejam bem vindas no local. 

O jogo é um mundo aberto em meio ao universo de H.P Lovecraft, é uma ótima pegada para narradores e jogadores de Call of Cthulhu.  

 

Enfim, essas foram algumas obras que já me inspiraram de alguma forma a criar cenas ou histórias para as minhas mesas de Call of Cthulhu. Comentem obras que vocês sintam que faltaram na lista e quem sabe futuramente eu faça outra publicação com as obras que vocês recomendarem. Cthulhu Fhtagn! 

 

O RPG e o Design: Personas

Personas

Me considero um bom criador de personagens e, para mim, esta é uma pratica que vem desde a infância. Quando criança, na saudosa época de brincar com bonequinhos (Sim, bonequinhos e não action figures), já criava histórias para cada um dos bonecos que eu tinha. Cada personagem tinha sua família, fraquezas, poderes especiais, classes, personalidade e até mesmo idades diferentes. Os “Homens-aranhas” (Personagem favorito da infância) eram da família real, e uma regra que se aplicava a outras “famílias” (Batmans, Super-homens, Wolverines, etc) era a que, sempre o boneco que tinha a melhor roupa/armadura era o chefe da família. Até ai nada diferente de uma criança comum.

Na adolescência conheci o famoso RPG de livro/mesa ou jogo de interpretação de papeis. Onde você cria um personagem e, como no teatro, interpreta-o, enquanto seus amigos fazem o mesmo com os personagens deles.

Porém, diferente dos meus amigos, sempre foquei mais na história do personagem, seus hábitos, manias, hobbies e personalidade do que nas características de ficha, como atributos, força, etc. Lógico que batalhar com o personagem sempre é legal, mas é na parte de interpretação que eu realmente me divirto. As batalhas nada mais são que mais histórias para meu personagem contar nas tabernas.

Como falei anteriormente, sou estudante de Design, e na faculdade aprendi diversas ferramentas de criação que visam o usuário, porque afinal de contas, o que diferencia o designer de um engenheiro é a capacidade, ou obrigatoriedade, de pensar no usuário do produto. O designer trabalha para o usuário, e colocar-se na pele do usuário é uma característica importante para um bom designer. Uma das ferramentas que aprendi ao longo do curso é a chamada Persona, que serve para definir o “cliente ideal”, de modo que, em uma rápida análise, seja possível identificar características comuns entre os seus potenciais usuários. O interessante é que o processo de criação desse proto-usuário acaba sendo muito similar à construção de uma ficha de personagem para seu cliente fictício. Ahá!

A dúvida que surge é: “Douglas, mas então esta persona é inventada? E se o seu publico não for aquele?” – A resposta é simples, é inventada, mas não aleatoriamente, e sim, com base em uma pesquisa anterior. Abaixo um exemplo:

Empresa: Padaria do Café Maneiro.
Produto: Pães, tortas, doces e salgados Gourmet.
Problema: Quero começar a fazer entregas de tortas, sem que elas sejam destruídas, e levar um pouco da experiência do local (gourmet ou premium) para o consumidor na sua casa.
Publico baseado em pesquisa: Jovens que estão sempre na correria do dia-a-dia e de classe média alta.

Persona 1:

  • Nome: Jonas Maciel;
  • Idade: 25 anos;
  • Profissão: Arquiteto;
  • Bio: Começou a faculdade cedo, já esta formado, abriu um escritório, tem muitos clientes, classe média alta, carro do ano e pouco tempo;
  • Gostos: Gosta de rock brasileiro, não assiste televisão, vive com o celular, utiliza Netflix e gosta de Coca-Cola;

Persona 2:

  • Nome: Laura Ferreira;
  • Idade: 26 anos;
  • Profissão: Médica;
  • Bio: Começou a faculdade cedo, já esta formada, trabalha em 2 hospitais, classe média alta, bicicleta por saúde;
  • Gostos: Gosta de axé, Assiste televisão por assinatura, vive com o celular, toma apenas sucos naturais;

 

Estes são exemplos simples, é claro. Existem diversos modelos de fichas de personagem pela internet a fora. Mas acho que deu para entender a ideia.

Com estas informações de proto-usuário, juntamente com uma pesquisa imagética e de tendência, já é possível pensar em possíveis soluções para o problema do cliente (empresa que busca o serviço do designer). As personas são uma das principais ferramentas para desenvolver uma boa solução para o cliente. Afinal o que ele quer é: Melhorar o seu atendimento ao consumidor, ter ganhos melhores, entregas melhores, etc, mas tudo isto tem como base o bom recebimento por parte do consumidor/usuário. E para pontuar… Entendê-lo não é apensa útil, é OBRIGATÓRIO.

O que quero dizer é o seguinte: A construção de personagens, que era tratada como brincadeira na infância e foi tratada como elemento secundário nesse hobbie que é o RPG, se mostra, agora na minha vida adulta-profissional, se mostra, não apenas útil, mas obrigatória, mostrando, mais uma vez, que o que surge no campo do lúdico pode muito bem ser usado de forma pragmática.

Então, se você é uma pessoa que acha que o RPG é apenas um Hobbie, saiba que a criatividade não é um dom, e sim uma habilidade, que pode ser estimulada e melhorada.

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