Floripa em Chamas #2 – Más Notícias – Parte II

Florianópolis, Dezembro de 2012.

Uma explosão em um prédio que se descobre ser uma instalação governamental secreta, um vírus é liberado acidentalmente, se espalha pelo ar e contamina a maior parte das pessoas.

As pontes são fechadas, impedindo que os cidadãos saiam da ilha e são orientadas a ficar em isolamento em suas casas até segunda ordem, algo está muito errado.

 

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Medo

No quarto, os três ouvem um estouro de madeira se partindo com um forte impacto.

Com o susto, Lindemberg se agarra no braço do irmão mais velho.

– Caramba, caramba, que que tá acontecendo?!

Ana, tendo um surto de adrenalina sai correndo para fora do quarto, buscando a razão de todo o alvoroço, correndo com os punhos cerrados, achando estar pronta para o que estiver acontecendo.

Assustado,  Lindemberg tem ainda mais convicção que Ana realmente é maluca. Enquanto isso, Anira procura algo que possa usar para se defender.


 

O cético e algo incompreensível

Ao arrombar a porta com um chute, Paulo nota que a pessoa que estava do outro lado da porta foi arremessada para dentro do quarto.

Ao ver a pessoa, ele nota que é uma mulher e ela está totalmente ensanguentada, sua camisola goteja sangue.

Vendo a pessoa no chão, Paulo abre toda a porta e questiona preocupado.

– Moça, o que que aconteceu? – Ao dar o primeiro passo para dentro do quarto, Paulo vê que o chão está encharcado de sangue.

Em auxílio, ele se abaixa e tenta sentir a pulsação da mulher, mas não há nenhuma para ser sentida, porém ela está se mexendo, tentando se levantar novamente e tentando agarrar a mão de Paulo.

Porém ao tentar se levantar, ela escorrega e somente consegue acertar um tapa no braço de Paulo, que se ergue, apreensivo, vendo a hostilidade da moça e, agora apontando sua arma para ela, se afasta até o corredor.

Nesse momento, Ana, que havia saído do quarto 414, vê Paulo recuando de dentro de um apartamento, apontando a arma para algo que está lá dentro. Ainda em seu ápice de adrenalina, Ana corre em direção a Paulo.


 

Quando os mortos não ficam mortos

Dentro do quarto Anira e Lindemberg estão amedrontados, sem saber o que fazer.

Lindemberg vai para trás do irmão, que se direciona para a porta e diz.

– Não vai não cara, não vai. Tranca essa porta!

– Fica aqui e fica quieto, eu vou ver o que tá acontecendo.

Nesse meio tempo, a mulher ensanguentada consegue se levantar e avança em direção a Paulo.

– Senhora, último aviso, deita no chão!

À esquerda, Paulo ouve passos correndo em sua direção, se aproximando rápido. Voltando ao foco na moça que sedentamente avança em sua direção, ele atira, abrindo um rombo no peito dela, onde fica o local do coração.

Com um tiro à queima roupa, a moça é projetada para trás, caindo novamente no chão banhado de sangue dentro do apartamento.

O tiro foi tão letal que quase todo o coração da moça foi arrancado de seu peito, o estilhaçando para trás.

Neste momento, Ana chega ao lado de Paulo César, que aponta a arma para ela, mas vendo de quem se tratava, volta sua atenção à moça que se encontra estática no chão.

– Moça! Chama a polícia agora, chama reforço! Diz que é o Paulo César!

Nesse momento, vendo com um resquício de visão periférica, Paulo nota que a moça que ele acertou fatalmente está se mexendo, tentando se levantar.


 

Pavor

No quarto, no momento que Anira decide olhar pela porta, ouve o estouro seco do revólver, Lindemberg entra em pânico, gritando pelo nome do seu irmão, pedindo auxílio e procurando outra forma de sair do quarto, cogitando até a hipótese de pular do quarto andar.

Vendo o pânico de seu irmão, Anira lhe dá um tapa no rosto, para que ele recobre a consciência.

– Calma! – Ela diz ao seu irmão.

– Mas foi um tiro irmão!

– Eu sei que foi um tiro! Calma!

Nesse momento, Anira sai do quarto para ver o que está acontecendo no corredor. Dentro do quarto, Lindemberg tenta se acalmar, sentindo o calor do seu rosto, produzido pelo tapa.


 

Acontecimentos extremos pedem medidas extremas

Ana ignora o que Paulo pede e procura um extintor de incêndio, algo que possa usar para acertar a pessoa que teima em se levantar.

Ela encontra um próximo ao elevador, e quando chega perto dele, nota que o piso dentro está cheio de sangue, algo muito macabro aconteceu ali.

Paulo decide entrar no quarto novamente. Atônito, sem entender mais nada, ele só encara a mulher no chão, com um rombo no peito, perto do ombro esquerdo, que ainda tenta se levantar a todo custo.

Olhando com mais atenção, Paulo nota que o ombro dela não está mais respondendo a vontade do corpo, trazendo muita dificuldade para que a moça tente se levantar.

Pela primeira vez Paulo nota que os olhos dela estão completamente brancos e a boca, tentando morder algo, que ela não encontra.

Ele apoia seu pé no ombro que não foi danificado, impedindo que ela se levante e questiona.

– Moça, que droga é essa que a senhora está usando?!

Nesse meio tempo Ana agarra o extintor e se dirige para dentro do quarto. Entrando no local, ela vê Paulo imobilizando a moça e grita.

– ATIRA NA CABEÇA!

Vendo a situação, Anira, que estava no corredor, entra novamente no quarto e tranca a porta.

– Berg, essas pessoas são loucas! Fica quieto aqui!


 

Revelações? Ou drogas?

A moça imobilizada no chão tenta inutilmente mexer o outro braço, como se não entendesse o que está acontecendo, tentando morder Paulo a todo o custo, em uma fome doentia e insaciável.

– Moça do cabelo estranho, você não me ouviu ainda?! – Paulo olha para Ana e tenta novamente fazer com que ela o escute. – Essa moça aqui, ela está drogada, então chama uma ambulância e a polícia, bota os outros dois no quarto e larga essa porra de extintor que não té pegando fogo em lugar nenhum! E como assim atira na cabeça?

– Ela é um zumbi!

Rindo da situação, Paulo não tem condições de acreditar na constatação de Ana, seu ceticismo não o permite.

Nessa discussão, vendo que nenhum de seus argumentos seriam levados a sério, Ana tenta colocar Paulo para o lado a fim de acertar a mulher, que já deveria estar morta, na cabeça com o extintor.

Paulo tenta a impedir, se colocando na frente dela, porém a situação não está fácil para ele e Ana lhe dá um encontrão com o extintor, que o desestabiliza, saindo da frente, porém libertando a moça que estava se debatendo no chão.

Se aproveitando dessa situação, ela agarra a perna de Paulo, tentando freneticamente mordê-lo, mas em um golpe de agilidade, ele consegue se desvencilhar, se jogando para trás e se aproveitando dessa oportunidade, atira na cabeça da moça que o atacou.

Com um tiro à queima roupa, o zunido ensurdecer em seus ouvidos causa dor, toda a massa craniana se espalha sobre suas roupas, mais em Paulo, que estava ainda mais próximo, suas roupas sempre bem cuidadas agora estão encharcadas de sangue e miolos.

Vendo a cena, Ana entra em colapso, por maior que tenha sido seu impulso em acertar o extintor na cabeça da mulher, ela não estava pronta para isso e a cena de tiro a leva diretamente para o dia em que seu namorado foi morto, em um tiroteio.

– Menina, não sei o que aconteceu, mas não tá certo. – Paulo tenta dar direcionamento a situação. – Chama o André, chama o Lindemberg e vamos sair daqui.

Sem escutar o que Paulo lhe diz, em choque, ela senta no chão, chorando e soluçando, sem conseguir ter qualquer reação. 


 

A verdade também está lá fora…

No quarto, com o segundo tiro, Lindemberg apavorado só acha que alguém está invadindo e matando todo mundo.

Tentando conter o pânico do irmão, Anira lhe dá mais um tapa, tentando chamá-lo novamente para a realidade.

– Quem estava armado era o seu segurança, ele que deve ter dado os tiros.

– Ou atiraram nele, se deram dois tiros, um foi nele e o outro na Ana.

– Calma, ou ele deu dois tiros em alguma coisa. Calma, vai dar tudo certo.

– A gente precisa procurar algo pra se defender e se esconder, ao menos a gente vive um pouco mais.

Dizendo isso, Lindemberg sai em busca de algo que possa ser usado como arma e de alguma outra rota de fuga.

Quando ele esta na janela, nota que está chovendo e que há algo realmente  estranho acontecendo na rua.

Várias pessoas correndo, gritando, fugindo, umas das outras. Algumas pessoas frenéticas correndo atrás de outras e quando elas as alcançam, se lançam sobre elas, poças de sangue se formam, parece que umas estão devorando as outras.

– André! André! André! Vem cá cara! É o apocalipse zumbi cara!

– Eita porra! – Desolado com aquela visão horrenda.

Tentando localizar uma forma de sair do local pela sacada, Lindemberg inclina a cabeça para olhar para baixo. Nesse exato momento, um corpo cai do andar de cima! Se caiu, se jogou ou foi jogado, não há como saber.


 

A verdade os alcançará

No corredor, vendo que Ana estava em choque, Paulo decide investigar um pouco mais o local onde se encontra o cadáver.

Ele fecha a porta do quarto e tenta não encostar em nada relacionado ao ocorrido e depois disso, se dirige ao frigobar para procurar algo para beber.

Entrando mais no quarto, Paulo nota que ao lado da cama há um pequeno cadáver, um bebe.

Essa criança está parcialmente devorada, tendo grandes semelhanças faciais com a moça que Paulo recém deu dois tiros, indicando um parentesco.

Há roupas de outras pessoas no quarto, mas não tem mais ninguém além do bebê,  da mulher morta e de Paulo.

Num ato piedoso, Paulo cobre o corpo da criança com um lençol branco. E vai até o frigobar e pega duas bebidas, que virou direto na boca, em uma sede por sanidade que só poderia ser concedida por estas bebidas.

Neste momento, olhando mais uma vez para o cadáver da criança que ele acabou de cobrir com o pano, ela começa a se mexer. Sem ter mais condições de ver algo assim, Paulo sai do quarto e tranca a porta atrás de si.

Ao sair, ele encontra Ana ainda em choque, agachada contra a parede, chorando.

– Ahmm moça, eu entendo que a situação seja grave, mas a gente não pode ficar aqui parado, temos que ver como estão os dois ali no quarto e depois irmos para uma delegacia, um lugar seguro, porque parece que ninguém ouviu os tiros, ninguém veio ver o que aconteceu. É possível que esse hotel já esteja vazio.

Prestando um auxílio, Paulo tenta levantar Ana do chão e direcioná-la para o quarto.

O ouvido deles ainda está prejudicado pelo barulho do tiro a queima roupa, mas à medida que ele vai melhorando, ambos começam a ouvir passos, vários passos, vindo da direção da escada.

Aumentando seu esforço, Paulo levanta Ana e ambos vão à porta do quarto 414.

Ana logo que chega a porta, tenta abri-la, porém, ela está trancada.

– Ei, vocês dois! Abram a porta!

– O que vocês fizeram aí fora? – Questiona Anira, preocupada – Nós ouvimos tiros!

– Nós fomos atacados, a gente precisa sair daqui rápido, os quatro!

– Onde que tá o Paulo?

– Lindemberg, André – Responde Paulo, que estava ao lado de Ana – Saiam do quarto, precisamos sair daqui agora.

O barulho dos passos está cada vez mais alto, agora nitidamente misturado a gritos e gemidos de agonia.

– Abre a porta! Abre a porta agora! – Exige Paulo, sentindo um arrepio que percorre toda a região de sua coluna. – Abre isso logo e vamos sair daqui!

Atendendo a exigência, Lindemberg abre a porta e é puxado para fora por Paulo que ordena – Vão pro elevador, agora!

Anira vem logo após, assustada, tentando separar Lindemberg das mãos de Paulo, e este ordena novamente.

– Corre pro elevador pessoal! Corre que tá complicada a situação!

– Ana pega a mão de Lindemberg e começa a puxá-lo em direção ao elevador, ambos irmãos estão assustados com todo o sangue na roupa dos outros dois, que nitidamente não pertence a eles. 

Sem tempo para explicações, todos correm em direção ao elevador, que fica ao lado da escada de incêndio, de onde vem os passos, que estão cada vez mais próximos, parecendo cada vez mais até dentro de suas cabeças.

Apertando o botão para que as portas do elevador se abram, a porta da escada também se abre e alguém sai de lá, a primeira pessoa de dezenas que se aglomeram nos corredores.

Todos entram no elevador e por impulso apertam o térreo, local onde deixaram os carros e onde imaginam ser mais viável a saída.

Quando a porta se fecha, o elevador começa a descer.

– É verdade que é um ataque zumbi? – Questiona Lindemberg, aflito com a situação.

– Ataque zumbi o que?! – Tentando se apegar a sua experiência, Paulo nega com toda sua convicção. – Todos vocês reiniciem os celulares, a rede deve estar com problemas, liguem para os pais de vocês que eu deixo vocês em casa.

Ana tenta explicar a situação que aconteceu no quarto, toda a estranheza da situação, uma mulher levando um tiro certamente letal no peito e continuar se mexendo, até levar um tiro na cabeça, mas isso é algo que só conceitos de filmes poderiam explicar, como zumbis.

Antes que ela pudesse continuar, o elevador dá um solavanco, ficando preso entre o térreo e o primeiro andar.

– A gente vai morrer! A gente vai morrer! – É a única coisa que passa pela cabeça de Lindemberg.

E mais um dos tapas calmantes de Anira faz com que Lindemberg recobre a lucidez.

– Presta atenção, eu vi um monte de gente correndo na rua e outras atrás comendo elas, parecia mesmo como um ataque zumbi, um monte deles! E a gente tá indo lá pra porta do hotel!

– Olha só, agora falando sério, eu não sei o que vocês tão na cabeça… – Paulo ainda incrédulo.

– Você nunca viu filmes não Paulo? 

– Eu não sei o que está acontecendo, não sei se isso é um apocalipse zumbi, mas precisamos sair daqui!

Paulo ainda tenta justificar, dizendo que são drogas, alguma guerra entre gangues ou algo do tipo, mas nada é tão razoável quanto a explicação de um apocalipse zumbi.

– Paulo, vamos pensar que são drogas mesmo, você sabe como abrir essa porta do elevador?

– Aperta o botão de emergência Ana, isso vai chamar alguém.

Uma luz dentro do elevador começa a piscar, mas nenhum sinal de auxílio pode ser notado, nenhuma voz aconchegante indicando que há esperança do lado de fora das portas.

Olhando ao redor, Anira decide olhar para cima e vê um alçapão no teto, enquanto Paulo tenta abrir a porta do elevador na força bruta.

Anira pede ajuda para subir e recebe apoio de Paulo, ela consegue levantar o alçapão e subir na parte superior do elevador.

Cabos e uma imensidão escura se direcionam acima deles, na frente metade da porta do primeiro andar se faz visível.

Ela explica a situação para as pessoas ainda dentro do elevador e todos decidem por tentar abrir a porta de dentro do elevador e pular para o térreo.

Procurando por algo que possa ser usado para servir como alavanca, Anira encontra uma chave de fenda, esquecida entre os cabos sobressalentes soltos sobre o teto do elevador.

– Eu achei uma chave de fenda! Vou descer!

Com calma, para não quebrar a chave de fenda, com tempo, finalmente conseguem abrir  as portas e ver a recepção.

Paulo decide descer primeiro, para ajudar os outros depois,  se esticando o máximo possível para ver a situação na recepção.

Vários vidros quebrados, mesas e poltronas viradas, muito sangue em todos os lados, nas paredes, no piso e corpos, pessoas mortas para todos os cantos.

Com pouco cuidado, Paulo desce do elevador, fazendo barulho quando seus pesados pés tocam o chão da recepção após o pulo.

Nesse momento, Ana já se prepara para descer do elevador quando nota que alguns cadáveres agora estão sentados, olhos brancos, desorientados.

Quando ela desce, causa outro estouro no chão, o som de seu corpo se projetando no amplo cômodo da recepção.

A próxima a descer é Anira. Quando ela se projeta para descer, os corpos sentados estão procurando algo, confusos, parecem atordoados, como se recém despertos de um longo e conturbado sono.

Vendo isso, ela decide tomar cuidado para não emitir mais sons e acordar ainda mais os recém despertos.

Porém, nesse momento, Ana nota que as pessoas começam a levantar, desorientados ainda, procurando o que os acordou.

Anira ajuda seu irmão a descer enquanto Ana mostra a cena para Paulo.

– Eles podem nos ver? – Ele questiona – Tem outra saída?

– Talvez, vamos ter que sair pela porta dos fundos, sei lá..

– De qualquer forma vamos ter que passar pelo saguão…

Lindemberg pensa em sair e tentar abrir um caminho, quando a mão de Paulo o agarra pelo colarinho.

– Onde que tu vai guri? Tá maluco?

Quando Paulo termina de falar, todos os corpos param de se mover aleatoriamente e começam a fazer um barulho, um som gutural baixo, que parece estar na mesma frequência, parece estarem se comunicando.

E todos olham na direção dos quatro.

 

Continua…

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Baseado na campanha Floripa em Chamas mestrada por: Douglas Quadros
Texto de: Diemis Kist
Revisão de: Milles Araujo e Douglas Quadros
Arte dos Personagens: Iury Kroff

 

MRPG Podcast [10] – Especial Floripa em Chamas – Parte 1

Olá aventureiros! Neste episódio especial do MRPG Podcast, resolvemos fazer uma postagem diferente, utilizamos os áudios da aventura Floripa em Chamas, jogada pela equipe para o canal do Movimento RPG no youtube, limpamos os áudios, sonorizamos novamente, adicionamos efeitos e mudamos um pouco a dinâmica para tentar entregar para vocês uma experiência de RPG em Podcast.

A história se passa no ano de 2012 e inicia com a explosão de um laboratório (até então secreto) do governo. Os militares sitiaram a cidade, fechando pontes e monitorando o transporte aquático. Contudo Ana Santos “recebe” uma informação sigilosa de que a ilha inteira vai ser bombardeada para conter a infecção que se espalha na cidade. Sabendo que Linderberg Viana, o filho de um politico importante, estaria na cidade para visitar o irmão André Viana (conhecido como Anira Dick nas noites de Floripa), Ana vai até última localização conhecida do filho do senador para tentar utilizar da importância dele para sair da cidade.

Floripa em Chamas é um jogo que utiliza o sistema de Terra Devastada. O sistema é obra do já entrevistado aqui, John Bogéa. Enfim pegue uma bebida de sua preferencia, puxe uma cadeira e acompanhe este episódio especial de Floripa em Chamas no Movimento RPG Podcast.

Tema: Sessão de Jogo
Tempo: 01:20:53



Links Convidado:

– Seja um Padrim do Movimento RPG
– Vaquinha do RPG
– Acesse a página do Floripa em Chamas


E-mail: contato@movimentorpg.com.br – Mande suas perguntas sobre o próximo tema, ele sempre é anunciado com antecedência no twitter e instagram siga lá.


Mestre: Douglas Quadros;
Jogadores: Milles Araujo, Karina Cedryan, Vinicius Mendes e Jaykon Willian;
Editor: Senhor A;
Arte da Vitrine: Douglas Quadros.

Floripa em Chamas #1 – Más Notícias – Parte I

Florianópolis, Dezembro de 2012.

Uma explosão em um prédio que se descobre ser uma instalação governamental secreta, um vírus é liberado acidentalmente, se espalha pelo ar e contamina a maior parte das pessoas.

As pontes são fechadas, impedindo que os cidadãos saiam da ilha e são orientadas a ficar em isolamento em suas casas até segunda ordem, algo está muito errado.

E no meio dessa confusão, Lindemberg, um garoto de apenas 16 anos, jogador e streamer de jogos de computador, filho de um renomado senador, morando atualmente em Brasília, está em Florianópolis visitando seu irmão André, que mora na região de Canasvieiras, e sendo escoltado por Paulo César, com seus mais de 50 anos, sendo 32 a serviço honroso à Polícia Civil, o qual lhe presenteou com uma calvície e cabelos grisalhos, prestando um favor para o pai de Lindemberg.

Quando o caos começou a se espalhar e a ordem de isolamento social foi dada, Lindemberg e Paulo César se encontravam em uma espécie de convenção criada por Dead Seeker, alter ego de Lindemberg quando faz streams de jogos de computador, como o aclamado Counter Strike Go.

Sabendo dessa ordem de isolamento, André saiu em auxílio de seu irmão, para avisá-lo e auxiliar no que fosse possível.

André é uma pessoa fora dos padrões de sua época, talvez por isso sempre houve rebeldia com os padrões familiares tão cuidadosamente tecidos por seu pai e mãe. Ele desde muito cedo viu nas roupas, saltos e joias da mãe um alento a máscara tóxica que, pelos padrões de sua família, era obrigado a seguir.

Até o ponto em que saiu de casa, em uma briga familiar, vindo se abrigar na vida noturna de Florianópolis como a drag queen Anira Dick.

Resort Canas Plus

A convenção estava sendo realizada na praia de Canasvieiras, no Resort Canas Plus, mais nobre resort da região.

Paulo César, André, todo transformado em Anira Dick, e Lindemberg já se encontram isolados no quarto 414 do resort. Impedidos de sair de forma alguma, recebendo alimentação e toalhas limpas sempre deixadas na porta do quarto.

O clima está tenso e piorando com o passar das horas, um policial clássico e conservador com seus 53 anos, um adolescente medroso e um adulto no auge de sua rebeldia, transformado em seu personagem drag queen, Anira Dick, com certeza não é uma junção saudável em um pequeno quarto de hotel e para piorar, já se passaram 3 dias desde que esta ordem de isolamento começou.

Hoje, ainda o serviço de quarto não veio e já está atrasado, quando repentinamente, os três ouvem bater na porta.


 

Más notícias…

Lindemberg corre para procurar e colocar sua máscara, sua personificação de Dead Seeker, com medo de que alguém possa o reconhecer e de alguma forma, ligá-lo a sua família.

– Vai dormir moleque… – esbraveja Paulo, já acordado a algumas horas, como todo bom senhor de idade e ainda mais irritado do que de costume.

Olhando para Lindemberg, com uma cara de desaprovação, André, ou melhor Anira, o provoca.

– O mundo lá fora acabando e você preocupado que vão descobrir que você é um youtuber?

– E você? Ainda toda vestida de Anira… – Lindemberg retruca e deixa a conversa se perder na animosidade do ambiente.

E novamente as batidas na porta, desta vez com maior intensidade e Paulo vocifera na mesma proporção.

– Já vai porra!

Agindo em impulso, Anira levanta da cama e abre a porta, já irritada.

– Que que é?!

Do outro lado, uma jovem moça, sem esperar a visão que teve ao abrir a porta, só consegue balbuciar – Ahhhh, aqui é o quarto do Lindemberg?

E Anira questiona sem aguardar resposta.

– Aqui é o quarto do Lindemberg, Lindemberg? Vem aqui que é pra você!

Com isso, Paulo tirando Anira da frente da porta, assume a frente com sua postura inquisidora.

– Moça, bom dia… ah não é serviço de quarto isso. 

– Ahhh desculpa, que?

– Não é serviço de quarto isso e tá meio cedo pra visita, não?

– Ah não não, eu não sou serviço de quarto, eu queria falar com o Lindemberg mesmo. – E colocando a cabeça para dentro da porta, a moça direciona um  “Oi!” bem entusiasmado para Lindemberg, reconhecido por ela mesmo atrás de sua máscara.

Lindemberg tenta se esconder nas cobertas, mas completamente inútil enquanto ela continua.

– Oi, sou eu a Aninha Santos, eu debuguei a bomba outro dia contigo!

Completamente sem compreender coisa alguma dessa frase, Paulo se manifesta chocado.

– O que que tu fez???? – e desistindo dessa conversa sem sentido – ohhhh Lindemberg, a moça quer falar contigo, vem logo aqui.

Sem entender como aquela moça de cabelos pretos, com mechas coloridas, sabia quem ele era e se questionando “como ela sabe quem eu era” ele sai da cama e vai conversar com a jovem.

Após Ana entrar, Paulo olha ao redor no corredor e nota algo estranho…

Ao olhar o corredor, ele nota que as bandejas postas nos carrinhos de serviço, que normalmente eram retiradas à noite para a limpeza e no dia seguinte, já terem serviço o café, permaneceram lá, da mesma forma, sem serem retiradas.

Paulo começa a achar a situação incomum, mas reserva a informação para um momento oportuno.

No quarto, uma conversa entre Lindemberg e Ana.

– Peraí, você é a Aninha que joga com a gente? –  ele inicia timidamente, puxando assunto.

– Sim…

– E como você sabe quem eu sou? Meu nome?

– Ahhh longa história, será que a gente pode conversar, assim, só eu e você?

Ruborizado, ele busca alento na sabedoria de Paulo e Anira, vendo o que passava na cabeça de seu irmão, já diz.

– Vai lá conversar com ela, não se preocupe, não é o que você tá pensando, ninguém quer com você o que você tá pensando!

– Não conhece mulher, tchê?! – Paulo já dispara sem dó.

E tomando as rédeas da situação, Ana pega a mão de Lindemberg e diz – Eu realmente preciso conversar com você a sós! – E vai carregando Lindemberg, que está tremendo com tamanho contato físico inesperado.

Chegando no banheiro, Ana tranca a porta, coloca Lindemberg contra a parede, com suas mãos sobre os ombros do jovem rapaz e vai direto ao assunto.

– Eu preciso de ajuda! Tem uma merda muito grande acontecendo e você é a única pessoa que pode me ajudar, que pode denunciar o que está acontecendo aqui!

– Ahhmm eu … eu não to entendendo, do que você tá falando?

– EI! EI! – sacudindo fortemente Lindemberg – Você não percebeu que a gente tá no meio de uma merda na cidade! O que eles tão falando nos jornais é só metade da história! ELES VÃO EXPLODIR FLORIANÓPOLIS! 

– E você quer que eu jogue videogame? O que você quer que eu faça?

– Você tem a porra de um canal no Youtube! Seu pai é um deputado federal! Você pode denunciar isso!

– Tá, mas peraí… como que você sabe disso tudo? Ninguém sabia disso…

– É que… bom… ahmm… então, é meio difícil de explicar… eu… enfim… conheço você…

– Tá… olha, presta atenção… eu tenho um canal no youtube de jogar CS Go… você sabe que aquilo lá é só um jogo neh? Não é real. Você sabe que a maioria de quem assiste aquilo lá é criança…

– Ok, eu sei, eu não estou te confundindo com o teu personagem, mas eu preciso que você use a sua audiência para chegar em alguém, no seu pai ou qualquer coisa.

– Tá… é melhor a gente falar com o Paulo então.

– E quem é Paulo?

– É meu segurança…

– E quanto que você conhece ele? Porque a informação que eu to te passando é sigilosa, eu tô arriscando meu pescoço vindo aqui falar contigo, aliás eu não deveria nem estar mostrando meu rosto pra você!

– Ué e nem eu o meu pra você…

– Mas o seu eu já conhecia!

– É, e eu não sei como… mas a maioria das pessoas não conhece

– Ok… ok… digamos que eu tenha facilidade de conseguir acesso a informações privadas…

– Se tá falando que você é uma hacker?

– Eu não gosto do termo hacker, é um termo muito mau, prefiro usar detetive virtual, e eu não digito 35 mil palavras por segundo ou uso touca preta enquanto faço as coisas.

– Tá… Digamos que eu fizesse uma live falando alguma coisa, o que eu precisaria falar?

– Bom, eu não pensei exatamente nisso. O seu pai deve querer fazer alguma coisa, ele não deve querer que a cidade onde estão os dois filhos dele exploda!

– É, você tem razão, mas é melhor irmos ali falar com eles.

Lindemberg abre a porta e sai, pálido e aflito, seguido por Ana, ao ver esta cena, Anira prontamente fala.

– Usou camisinha Berg?

– Na.. na.. na.. não… não é nada disse que você tá pensando! – O menino atônito sacode os braços em negativa. – Peraí que ela tem uma coisa pra falar pra gente.

– Primeiro eu preciso saber quem são vocês… – Inquere Ana para se sentir mais confortável com a situação.

– Pra quê guria? – Reage Paulo, mas sem aguardar resposta, Lindemberg se pronuncia.

– Ele é meu irmão André e esse é meu segurança, Paulo.

– Segurança teu cu rapaz! Sou policial de profissão, tô fazendo um favor pro teu pai, nada mais que isso!

– Bom, eu não acho que eu tenho muita opção – Inicia Ana – e se você é o André, irmão dele, pode ser que você consiga me ajudar mais que seu irmão, porque ele tá sendo meio inútil.

– Ah bem vinda ao meu mundo. – Concorda Anira – Que que tá acontecendo?

– Bem… Como que eu vou dizer isso… Sabe esse probleminha que estamos tendo na cidade?

– Que tá fazendo a gente ficar três dias presos neste hotel?

– Isso é coisa do tráfico, só pode ser drogas! – Interrompe Paulo já irritado – Isso já vai passar

– Ignora ele, ele é só um velho – Anira, já cortando o posicionamento de Paulo – Continua, moça.

– Ahh não, isso é coisa do governo, eles fizeram uma merda, eles trancaram a ponte e estamos a dois dias de sermos explodidos!

– Isso é história da carochinha, não existe. – Paulo completamente incrédulo.

– E eles vão explodir a cidade? – Anira tenta retomar o foco da conversa.

– Sim..

– Mas o que aconteceu de tão grave para eles quererem explodir Florianópolis? Ok que é Florianópolis e ninguém se importa mesmo, mas…

Vendo toda a conversa, sem participar muito, Lindemberg se aproxima de seu irmão e diz.

– Acho que ela é maluca, ela tá confundindo isso com um jogo de videogame, só pode.

Anira olha para Lindemberg, depois para Ana, sem saber o que dizer.

– Ela jogou comigo algumas vezes… – Completa Lindemberg.

Já sem nenhuma paciência, Paulo esbraveja.

– Peraí peraí… só um pouquinho… esse papo pra mim não tem nenhum sentido, vocês se resolvam como gurizada que são e eu vou procurar o café da manhã que tá atrasado, se precisar, liga pra recepção. 

– Não é melhor você ficar aqui, Paulo? – Pede Lindemberg.

– O café não tá atrasado mesmo, falando nisso? O pessoal do hotel não entrou em contato conosco hoje mesmo.

– É André, é o que eu vou resolver. – Responde Paulo. – Vou conversar com eles do meu jeito, a moda antiga.

Seguindo o rumo da conversa, Ana se lembra que foi bem fácil entrar no hotel, na verdade fácil demais, não havia segurança alguma, nenhum funcionário, nem na recepção.

Com este comentário Paulo coloca seu revólver no coldre e sai do quarto, batendo a porta.

Agora com o ambiente só com os três jovens, Anira questiona novamente, dando mais ênfase ao que Ana contou.

– Você tava dizendo que foi fácil entrar aqui? É estranho isso, porque eu mesma tentei sair algumas vezes e sempre me mandaram voltar.

– Então, eu tinha até um plano de como eu ia me vestir de moça da limpeza e subir até o quarto de vocês, mas na verdade eu só precisei entrar.

– Isso quer dizer que não tinha ninguém lá embaixo? – Questiona Lindemberg.

– Não, ninguém…

– Teria sido muito legal – Completa Anira – Um visual de moça da limpeza para entrar, seria muito Hollywood!

– Viu.. – Lindemberg cortando o entusiasmo nascente de Ana e Anira. – A gente precisa descobrir se não tem mais ninguém no hotel.


 

Sangue…

No corredor, Paulo investiga a demora na entrega do café da manhã.

Ele olha para ambos os lados do corredor, porém, silêncio, somente o som da conversa no interior do quarto 414, conversa que não lhe interessava.

Paulo vai em direção ao elevador, rumo a recepção para questionar o que está acontecendo.

Em alguns quartos, as bandejas não estão do lado de fora. Atrás da porta de um destes quartos ouve-se tosses incessantes, agoniadas e, bom, preocupantes.

Logo mais a frente, bem próximo ao elevador, uma porta se encontra entreaberta, a bandeja ao lado de fora se encontra derrubada, os pratos estão fora dela, xícaras rolaram para a parede adjacente do corredor, parece que alguém saiu do local com muita pressa e tropeçando.

No botão do elevador, uma marca de mão… com muito sangue, demonstra que alguém passou por ali e talvez esteja ferido.

Ao passar pela porta que estava entreaberta, Paulo fecha, voltando sua atenção à marca de sangue no elevador.

A marca de sangue no elevador é relativamente recente, ainda está úmida, mas mais nenhuma marca é perceptível, talvez a pessoa machucada esteja no elevador.


 

Qual é a verdade?

Tentando entender mais sobre o assunto Anira questiona sobre o que está acontecendo realmente e Ana explica que os relatos oficiais são de um acidente em um laboratório, mas o que ninguém está contando é que na verdade é muito pior, houve uma evacuação de algumas pessoas importantes e saudáveis da cidade, mas, posteriormente, a ordem foi de confinamento e para o governo se preparar para destruir a ilha e todas as pessoas que estão aqui.

O que se sabe é que o laboratório que explodiu estava cuidando de uma arma biológica de alto contágio, que está colocando todos em risco e que em dois dias ocorrerá a destruição de Florianópolis. 

– Eu vim aqui porque preciso da ajuda de vocês para expor a situação, porque eu não estou nem um pouco a fim de morrer na verdade, e imagino que vocês também não estejam, eu acho que o Lindemberg pode usar a fama dele para relatar o que está acontecendo aqui ou mesmo o pai de vocês poder nos ajudar.

Lindemberg não consegue acreditar no que a moça está contando, acredita que se algo realmente estivesse para acontecer, seu pai já estaria providenciando a retirada dos dois da ilha, porém há alguns dias nenhum deles conversa com qualquer pessoa da família.


 

A verdade está lá dentro…

Na porta do quarto que Paulo acabara de fechar a porta, agora é possível ouvir batidas. Ouvindo as batidas incessantes, o policial vai até a porta e tenta acalmar a pessoa do outro lado.

– Amigo, calma que já vai chegar o serviço de quarto, tá atrasado hoje mesmo, mas não se preocupa.

Em resposta, do outro lado da porta, começa a se ouvir grunhidos, guturais, animalescos, algo em sofrimento, com dor.

Por baixo da porta sangue escorre para o corredor, como se a pessoa que estivesse batendo e gemendo na porta estivesse com um terrível sangramento.

Nas costas de Paulo, o elevador chega ao quarto andar.


 

Palavras de esperança soltas ao vento

Nisso, Anira se pronuncia.

– Bom, vamos fazer um teste então – Ela pega seu celular e começa a digitar o número do seu pai, quando nota que estão sem sinal. – Uhmm to sem sinal e ontem eu não tava. O seu celular tem sinal Berg?

O celular de Lindemberg está sem sinal também. Anira vai em direção a televisão e liga, porém só estática em todos os canais.

– Primeira coisa que acontece em um apocalipse é cortarem a comunicação – Ana já reforçando seu argumento – Então, assim, mais um sinal.

– Bom moça estranha, que levou meu irmão pro banheiro, tenho duas notícias pra você, a boa é que eu to acreditando no que você tá falando, a má é que não tem como falar com ninguém sobre isso.

– Então, eu não pensei muito no plano se isso acontecesse…

– Você não pensa muito nos seus planos não né moça?

– Mas tem um lugar que deve ter comunicação, com certeza!

– Onde? – Lindemberg e Anira questionam em coro.

– No laboratório que explodiu, lá com certeza deve haver comunicação. – Ana tenta expor sua ideia.

– Tem um vírus letal circulando no ar e infectando as pessoas, e você quer ir direto pra onde esse vírus letal foi explodido? Ou seja, é onde tem mais vírus letal?!

– Ei! Foi a primeira ideia que me passou pela cabeça, ao invés de ficar criticando, por que você não dá outra opção.

– Bom já que o velho foi embora, o que é ótimo, sorte nossa, vamos aproveitar e sair daqui e ver o que tá acontecendo na rua, porque pelo que você tá contando, eles não falaram tudo que tá acontecendo e eu to ficando um pouco preocupada com isso.

Enquanto isso, mesmo sem sinal, mas com esperanças, Lindemberg escreve uma mensagem de texto para seu pai, esperando que, uma hora, assim que retornar o sinal, sua mensagem seja enviada.


 

Grunhidos

Paulo decide tomar uma atitude, se preocupando com todo o sangue que se esvai pela porta, ignora o elevador e dá duas fortes batidas na porta.

– Polícia, tá?! Eu vou entrar! Se afasta da porta, agora!

As batidas e grunhidos continuam, incessantes, incansáveis. 

– Por favor! Se afaste da porta que eu vou entrar!

A resposta é a mesma, batidas e grunhidos. Paulo aguarda alguns segundos e, com um chute próximo a maçaneta, arromba a porta.


 

Continua…

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Baseado na campanha Floripa em Chamas mestrada por: Douglas Quadros
Texto de: Diemis Kist
Revisão de: Milles Araujo e Douglas Quadros
Arte dos Personagens: Iury Kroff

 

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