O Mundo de Dragon Age RPG

Resumir um mundo tão extenso como o de Dragon Age é um desafio e tanto. Como muitos outros universos de fantasia, Thedas (o continente no qual este cenário se passa) conta com cavaleiros medievais, criaturas terríveis, e maravilhas mágicas. A questão é que, através da construção histórica do mundo, o qual não para de crescer com cada subsequente jogo ou mídia secundária (HQs, livros, animações, etc), novas informações vão surgindo e, desta forma, tal expansão se torna contínua.

Mesmo assim, hoje, vamos introduzir este universo maravilhoso, o qual mistura de forma incrível intrigas políticas com grandes segredos mágicos e diversos aspectos de fantasia sombria!

As Raças de Thedas

Como disse, o mundo em si no qual a série se passa é chamado de Thedas, e, apesar de este nome se referir a apenas um de vários continentes, ele é o único sobre o qual realmente sabemos informações concretas. Portanto, eu vou focar nele, e nas quatro raças que o permeiam.

Humanos

Começando com os humanos, a famosa raça “genérica”, a qual praticamente todos os mundos de fantasia tem (por razões óbvias). Em Dragon Age, os humanos são agora a raça mais numerosa do mundo, contando com diversas nações, tribos, e facções pelo continente. Dentre os reinos humanos, encontram-se o Império de Tevinter e o Império de Orlais, assim como os reinos de Ferelden, Nevarra, Antiva, Anderfels, e Rivânia. Além disso, existem também as tribos Avvar e Chasind, ambas as quais vivem em áreas próximas a Ferelden.

Por causa deste grande número de culturas, fica especialmente difícil resumir os humanos de Dragon Age, uma vez que cada grupo tem seus próprios costumes, história, e práticas específicas. Ainda assim, há um ponto que une praticamente todas as nacionalidades que acabei de mencionar: A Chantria de Andraste.

Com exceção das tribos Avvar e Chasind, que contém suas próprias religiões, os humanos no geral seguem a religião do Criador, chamada também de A Chantria. Baseada fortemente na Igreja Católica do mundo real, a Chantria venera uma divindade única chamada de O Criador, assim como sua esposa, uma mulher chamada Andraste a qual viveu como uma mortal há mais de mil anos atrás, e a qual popularizou a religião.

Até mesmo o Império de Tevinter, que perseguiu Andraste e chegou a queima-la na fogueira, eventualmente se converteu para a religião, formando assim a Chantria Imperial, mesmo que com algumas diferenças da Chantria existente em Orlais.

Elfos

Apesar de serem os humanos a espécie dominante durante o período atual do mundo, isso nem sempre foi assim. Há milhares de anos atrás, antes mesmo dos humanos aparecerem em Thedas, eram os elfos quem dominavam tudo.

O Império de Elvhenan se expandiu talvez até mais que o de Tevinter, em uma era tão diferente, que, naquela época, os elfos eram imortais. Seres eternos tão versados na magia que criaram maravilhas as quais os humanos sequer são capazes de imaginar.

Mesmo assim, os humanos acabaram por causar a queda de Elvhenan. Segundo os elfos, a chegada dos humanos os infectou, roubando deles sua imortalidade e fazendo-os começar a envelhecer. Como se não fosse o suficiente, os humanos de Tevinter ainda invadiram terras élficas, destruindo a capital flutuante de Arlathan e escravizando os elfos.

Foi apenas quando Andraste veio, que os elfos finalmente conseguiram sua liberdade. Para recompensá-los, Andraste lhes concedeu os Vales, para que servisse como uma nova grande nação élfica. E, por um tempo, foi exatamente isso. Os Vales eram uma casa para os elfos, onde podiam finalmente voltar a venerar os Evanuris, o panteão de deuses que conta com Elgar’Nan, Mythal, Dirthamen, Falon’Din, June, Sylaise, Andruil, Ghilan’nain, e Fen’Harel.

Para o azar dos elfos, porém, os Vales não ficariam muito tempo desta forma. Centenas de anos após a morte de Andraste, seus seguidores começaram a enviar sacerdotes para converter os elfos, os quais não aceitaram. Quando as tensões já não podiam aumentar mais, a Chantria enviou uma Marcha Exaltada contra os elfos, chamando todos os fiéis para acabar com os hereges de orelha pontuda. Com sua derrota, os elfos se dividiram em dois grupos:

Os Elfos da Cidade, que aceitaram o domínio humano e vivem como cidadãos de segunda classe em cidades humanas; e os Elfos Dalishianos (Valeanos), os quais se recusam a aceitar as crenças humanas, e vagam pela terra, nômades, buscando preservar o pouco que ainda sabem de sua antiga cultura.

Anões

A terceira grande raça do mundo de Dragon Age são os anões. Guerreiros honrados, historiadores precisos, e, por mais estranho que pareça, contrabandistas sagazes. Assim como os elfos, os anões uma vez tiveram um império poderosíssimo, o qual se alastrava pelo subterrâneo de todo o mundo. Com as grandes Estradas Profundas, era possível alcançar qualquer ponto de Thedas, e talvez até mais além.

Agora, por outro lado, restam apenas duas grandes cidades anãs. Kal’hirol, a qual sabemos muito pouco sobre, e Orzammar, a nova grande capital.

Os anões de Orzammar vivem em uma sociedade dividida por castas, o que quer dizer que a vida de um anão é decidida para sempre durante seu nascimento, dependendo da casta do pai ou da mãe da criança. Caso seja um garoto, a casta segue aquela de seu pai, enquanto se for uma garota, a casta segue a da mãe. Existem, no total, sete castas:

  • Nobre, contando com os descendentes das maiores casas dos anões;
  • Guerreira, que defende Orzammar contra todos os perigos;
  • Ferreira, uma das profissões mais respeitadas pelos anões de Thedas;
  • Artesã, a qual engloba praticamente todas as outras formas de produção, fora a Ferraria;
  • Mineradora, responsável, principalmente, pelo comércio de Lyrium, o mineral mágico encontrado abaixo da terra;
  • Mercadora, a qual, pelo espaço limitado de Orzammar, é extremamente competitiva;
  • Servil, que contém todos aqueles que trabalham para membros das outras castas;

E, finalmente, existem os Sem-Castas, anões considerados como o pior dos piores, marcados para sempre como hereges contra a Rocha, a religião central dos anões. Aos olhos dos mais conservadores, aqueles Sem-Casta nem mesmo são considerados pessoas, fazendo com que sofram diversos desrespeitos e violências, uma vez que não tem direitos perante a lei Anã.

Uma última coisa a se mencionar sobre os anões, é que, caso um membro desta raça deixe Orzammar e vá para a superfície, este anão automaticamente se torna um sem-casta, uma vez que decidiram abandonar a Rocha.

Qunari

Humanos, elfos e anões são todas raças bem famosas para qualquer fã de fantasia. Eles existem em praticamente todos os universos, mesmo tendo suas particularidades que os diferenciam entre si. Agora, em Dragon Age, existe uma raça que é única para este cenário: os gigantes chifrudos conhecidos como os Qunari.

O próprio nome Qunari não se refere, tecnicamente, a raça em si, mas sim para qualquer seguidor da filosofia Qun. Acreditando que tudo e todos tem um lugar específico no mundo, e que ninguém nunca poderá mudar a natureza do lugar ao qual pertence. Por conta disso, seguidores do Qun não tem nome, mas sim uma definição de sua ocupação. Por exemplo, em Dragon Age Origins, temos o companheiro Sten, mas este não é o seu nome, e sim uma denominação de soldado membro da vanguarda do exército. Tanto que, em Dragon Age 2, conhecemos e enfrentamos dezenas de outros Stens.

O mais interessante sobre os Qunaris, porém, está no avanço tecnológico que eles trazem para o mundo. Seus navios, conhecidos como Couraçados, são muito maiores que o normal, e contém canhões de Gaatlok, uma substância especial similar ao que conhecemos como pólvora. O conhecimento Qunari com tal substância é tão avançado, que em algumas das HQs mais recentes, podemos, inclusive, vê-los usando, literalmente, lançadores de mísseis.

A Magia de Dragon Age

Saindo um pouco das quatro raças, é importante também falarmos sobre a magia do mundo de Dragon Age. Como qualquer cenário de fantasia que se prese, existem indivíduos especiais que conseguem conjurar grandes efeitos sobrenaturais, os quais podem ser usados para combate, cura, ou até mesmo imbuídos em itens especiais.

Em Thedas, os magos são pessoas capazes de controlar as energias do Imaterial (o reino dos espíritos e dos sonhos), para assim conjurarem magias. Tais pessoas nascem com tal habilidade, mas ainda precisam estudar e aprender como controlar seus poderes, uma vez que magos estão constantemente sob a ameaça de possessão demoníaca.

Por causa disso, magos são levados para torres chamados de Círculos de Magi, onde são ensinados e vigiados pelos Templários, guerreiros sagrados que conseguem dissipar efeitos mágicos.
Enquanto isso pode até ajudar os magos, o mundo de Dragon Age foca muito no sofrimento destes conjuradores, que ficam a mercê de Templários, os quais, muitas vezes, abusam de seu poder para se aproveitarem daqueles que deveriam proteger.

Proles das Trevas e Guardiões Cinzentos

Vamos ser sinceros. Não dá pra falar de Dragon Age sem ao menos mencionar os Guardiões Cinzentos, a companhia de especialistas focados em vigiar e enfrentar as terríveis Proles das Trevas, versões corrompidas das raças mortais de Thedas.

Desde milhares de anos atrás, as Proles vagam pelas Estradas Profundas, procurando pelos Deuses Antigos para então os corromper com sua doença da Praga e assim os transformarem em Arquidemônios. Quando isso acontece, começam as Podridões, eventos cataclísmicos nos quais as Proles sobem para a superfície e tentam destruir tudo e todos. Apenas os Guardiões Cinzentos são capazes de enfrenta-los, mas, como tais eventos ocorrem apenas uma vez a cada centenas de anos, é comum que seus esforços sejam esquecidos, e seus avisos ignorados.

Mas e os Dragões?

Mas, no fim das contas, e os dragões? O jogo se chama, literalmente, Era do Dragão, mas, pra ser sincero, eles não estão realmente muito presentes no cenário. Até poucas décadas antes dos jogos da série, as criaturas se encontravam extintas no mundo, até que ressurgiram misteriosamente. Foi este retorno repentino dos Dragões, aliás, que inspirou a nona era deste mundo, dando assim nome não apenas aos próximos cem anos, mas também, aos jogos em si.

Considerações e Despedidas

Existem muitas informações que eu não mencionei aqui, até porque, se for para entrar em detalhes, esse texto se tornará uma verdadeira dissertação. No futuro, eu ainda escreverei de forma mais focada sobre cada um destes temas, além de vários outros. Por enquanto, porém, ficaremos por aqui.

Aqui quem vos falou foi o Guardião Cinzento, e lembrem-se:
Na Paz, Vigilância
Na Guerra, Vitória
Na Morte, Sacrifício
E
Na Mesa, RPG


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Assim, seja um Patrono do Movimento RPG e tenha benefícios exclusivos como participar de mesas especiais em One Shots, de grupos ultrassecretos e da Vila de MRPG.

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Texto: Guardião Cinzento

Revisão e Notas: Edu Filhote

Arte da Capa: Juaum Artwork

The Last of Us – Quimera de Aventuras

The Last of Us é um game originalmente lançado em 2013 para Playstation 3, produzido pela Naughty Dog e distribuído pela Sony Computer Entertainment. Tornou-se rapidamente um dos maiores fenômenos dos games, recebendo uma adaptação em série pela HBO que acaba de estrear!

The Last Of Us – O Game

Lançado originalmente em 2013, recebeu uma DLC de história prequela ao jogo intitulada The Last of Us – Left Behind. Em 2014 o game recebeu uma versão Remastered para Playstation 4 inclusa com a DLC e tudo lançado até então. Já em 2022 o game foi novamente relançado, para Playstation 5 dessa vez, com o nome de The Last of Us Part 1.

Já sua sequência, The Last of Us – Part II, foi lançada em 2020 para Playstation 4, situando a história cinco anos após os eventos do primeiro game (mas isso é assunto pra uma próxima Quimera).

The Last Of Us – Sinopse

Joel, um comum pai de família, certo dia se vê envolvido em uma estranha epidemia. O fungo conhecido como Cordyceps havia evoluído, e passou a infectar humanos, causando o terror. Em fuga com sua filha e seu irmão, Joel é atacado e baleado por um militar que tentou impedir suas fugas, culminando na morte de sua filha.

20 anos depois, velho, amargurado e em um mundo decadente e apocalíptico, Joel se vê envolvido na missão de escoltar a jovem Ellie para fora das zonas de contenção até Washington. O motivo? A jovem é a primeira pessoa relatada a possuir imunidade contra a infecção de Cordyceps, e pode ser a salvação da humanidade.

A jornada de Joel e Ellie por um mundo desolado e apocalíptico, tomado por humanos imorais, infectados famintos e animais selvagens está repleta de ação, drama e alguns dos momentos mais marcantes da história dos games.

A Série da Netflix

A série homônima da HBO adapta os eventos e acontecimentos do primeiro game da franquia. Criada por Neil Druckmann, Craig Mazin, traz no elenco principal Pedro Pascal como Joel e Bella Ramsey como Ellie, entregando atuações tão dramáticas e dedicadas quanto suas contrapartes digitais e sua equipe de dublagem.

A série estreou no dia 15 de Janeiro, e promete ser a grande sensação dessa temporada, contando com um orçamento gigante e uma super produção. Pessoalmente, gostei bastante do que vi, e comentarei mais sobre a série lá no meu canal do YouTube, o Mundo Filhote (bora me seguir lá pra não perder!).

Minha Opinião Pessoal (contém spoilers)

The Last of Us é, sem dúvidas, uma obra-prima do mundo dos games, mesmo para quem não é fã do gênero, estilo ou do mundo dos games em si. Com uma narrativa densa, diálogos bem trabalhados e um dos gráficos mais absurdamente bonitos da sua geração, o game mudou a forma de ver e entender os games dali em diante.

Eu confesso que não sou um dos grandes fãs do game, e em questão de jogabilidade, até acho ele bem chatinho e genérico. Mas o brilho do game mesmo está em seu trabalho gráfico, roteiro e atuações. Tudo aqui é planejado pra ser cinematográfico, grandioso, estruturado, dramático e em alguns pontos até traumático.

O jogo não segura a mão em usar de violência e temas adultos de forma simplistas e crua, mostrando sem filtros tudo que está acontecendo e tudo de pode que a humanidade por fazer, mas o faz sem usar de apelativos ou excessos. Há sangue, há violência, mas dentro de um contexto e em ângulos que mostram mas não exibem ao extremo do gore.

O trabalho de dublagem, tanto o original quanto o brasileiro, é impecável e maravilhoso! A equipe consegue entregar uma dublagem digna de grandes obras do cinema, e nos fazem mergulhar e nos cativar ainda mais com aqueles personagens em tela e os dramas que estão vivendo!

Já o roteiro, o motivo de escolher essa obra para a Quimera, é tão cheia de possibilidades e aberturas que é possível narrar inúmeras histórias, dramas e conflitos dentro desse universo apocalíptico e com essa ideia de evolução inesperada de ameaças no planeta! E é isso que veremos a seguir!

Quimera de Aventuras

Nesta sessão o game entra na Quimera e colocamos algumas ideias de uso para aventuras de RPG.

Entretanto fique ciente que para isto, teremos que dar alguns spoilers da obra. Leia por sua conta em risco.

Os Últimos de Nós

A ideia principal do roteiro. Não precisa um grande objetivo, uma grande meta, uma grande causa. O motor gatilho da mesa aqui é a mais pura sobrevivência. O fungo Cordyceps começou a se espalhar, sua infeção é rápida (entre 1 e 3 horas em regiões próximas ao pescoço, e até 3 dias em regiões distantes como pés e canelas). A inalação dos esporos pelo ar também causa infecção e pode levar ao óbito em até 5 dias.

Não há cura para a infecção, e a mesa deve sobreviver a todos os elementos desse mundo inóspito enquanto buscam por água, comida e abrigo.

A Última Esperança

Um dos personagens da mesa possui imunidade ao Cordyceps (ou outro motivo de um apocalipse). O restante da mesa precisa cumprir uma jornada acreditando que estão fazendo uma jornada para salvar o mundo. Mas estaria a mesa realmente interessada em salvar o mundo? E o que estariam dispostos a disposta sacrificar para atingir esse objetivo?

Sobrevivendo aos Sobreviventes

O mundo caiu. Não existem mais governos, polícias, exércitos e políticos. Os poucos sobreviventes desse mundo apocalíptico estão refugiados em pequenos amontoados de pessoas espalhados pelo mundo e possivelmente isolados entre si pelas regiões infectadas.

Pode parecer um cenário ruim, mas é ainda pior considerando que, em uma situação dessas, os piores tipos de pessoas, aquelas que possuem os piores escrúpulos, geralmente tendem a sobreviver. Além disso, em um mundo distópico e sem esperança, ninguém tem mias nada a perder ou autoridade a temer, e isso liberta o que de pior pode haver no interior das pessoas.

Em um mundo onde ninguém é confiável, e tudo e todos querem te matar, a maior preocupação da mesa não são os infectados, e sim os próprios sobreviventes desse mundo cada vez mais insano.


É isso, espero que vocês tenham gostado e que tenham ficado interessados pela obra. The Last of Us é um game incrível, que tem um trabalho técnico absurdo! E ao que tudo indica, a série da HBO vai manter o alto patamar estabelecido pela equipe criativa do game!

Lobisomem Por Uma Noite

Uma vila, em algum lugar do mundo, vivia pacificamente quando, em uma noite de lua cheia, um uivo tenebroso e assombroso é ouvido e uma silhueta de lobisomem é vista. Ao nascer do sol, cabe aos moradores encontrar e matar esse monstro. Mas será que matarão a pessoa certa??? É isso o que descobriremos em Lobisomem Por Uma Noite.

Que Jogo é Esse

Lobisomem Por Uma Noite é um jogo de dedução e intriga para 3 a 7 jogadores onde os jogadores se dividem em times que devem ou descobrir e eliminar os lobisomens escondidos entre os jogadores para que vençam os humanos ou fazer um dos humanos serem mortos para vitória dos lobisomens.

 

Ficha Técnica

Ele é um jogo de tabuleiro em cartas  que consiste em 8 cartas que são: 4 Aldeões que não tem habilidades especiais, 1 Vidente que tem poder de descobrir algumas das cartas que estão viradas pra baixo no jogo, 1 Ladrão Fantasma que pode trocar sua carta pela de outro jogador e 2 Lobisomens que se reconhecem e devem tentar permanecer vivos até o final para ganhar o jogo.

Básico das Regras

Os personagens são embaralhados e distribuídos entre os jogadores que as olham secretamente por uns 5 segundos mais ou menos, as restantes são colocadas viradas pra baixo no centro da mesa. Em seguida todos fecham os olhos e seguem o cântico ativando seus poderes. Essa é a fase da noite onde o “problema” acontece . Depois disso, os jogadores abrem os olhos e discutem sobre quem acham que são os lobisomens. então ao final da discussão, que deve levar entre 10-15 minutos, TODOS devem votar. Se um jogador receber a maioria dos votos ele morre, e se ele tiver a carta de lobisomem os Aldeões vencem. Se o morto não tiver a carta de lobisomem, estes vencem. Simples assim.

 

Como Funciona na Prática

Quando o cântico estiver em andamento é sugerível dar uns 10 segundos para que cada um execute suas ações nesta ordem: primeiro o vidente que olha a carta de 1 jogador ou duas cartas do centro da mesa, em seguida os lobisomens abrem os olhos e se reconhecem independente de quantos lobisomens houverem entre os jogadores, depois o ladrão fantasma troca sua carta com outro jogador. Depois disso dá-se uns 3 segundos pros jogadores se atentarem ao início das discussões. Durante as discussões quaisquer argumentos podem ser usados desde que não se mexa nas cartas. Na hora da votação, se mais de um jogador receber a maioria dos votos, ambos os jogadores morrem. Existe também a possibilidade de os jogadores chegarem a um consenso de que nenhum dos jogadores tem a carta de lobisomem e um vota no outro dando um voto pra cada. Essa situação excepcional pode gerar vitória para os lobisomens pois ninguém é morto nessa situação.

 

Quem vai Curtir

Sendo um party game e tendo um desenvolvimento bem rápido ele é ótimo pra quem não gosta de perder muito tempo com explicações longas e partidas eternas, esse jogo é perfeito tanto por poder ser jogado com poucas pessoas, como pelo seu pouco tempo de duração. Ele também tem a pegada do impostor , pois os lobisomens se passam por qualquer um dos outros personagens para passarem despercebidos e não morrerem no processo.

 

Análise Final

Mesmo sendo um party game, ele é bom com qualquer quantidade de jogadores e o fato de ser um jogo rápido tornam ele ótimo pra momentos festivos ou aqueles momentos de jogatina antes de dormir. Grupos que não lidam bem com desconfiança e discórdia não são recomendados para esse jogo pela questão de os lobisomens estarem tentando enganar a todos os outros jogadores. No geral esse jogo é muito bom, e ele tem outras expansões que o tornam diferente em alguns aspectos.

 

Ainda não tem certeza?

Infelizmente a maioria das lojas de board game estão com este excelente party game esgotado, contudo na Amazon é possível encontrar uma versão que conta ainda com uma expansão trazendo ainda mais monstros, para comprar só clicar aqui. Para quem é de Floripa e Região é possível locar Lobisomem Por Uma Noite na Jogaderia . Entre em contato com eles e avisa que você veio do site Movimento RPG! Certeza que você será muito bem atendido. 🙂

E aí? Curtiu? Quer ver mais resenhas nossas sobre board games relacionados com RPG? Tem aqui no Movimento RPG.

Quarentena Não é Férias – Off-Topic #8

Quarentena. Isolamento. Queda brusca de interação social e agrupamento de pessoas. Clubes, lojas e pontos de encontro fechados. Os indicativos de que se divertir com nosso tão amado e querido hobbie são inviáveis estão aí. Mas eu pergunto a vocês: será que é mesmo necessário para de jogarmos RPG por causa da pandemia?

Eu penso que não, e vou aproveitar o espaço do Off-Topic desse mês para trazer pra vocês algumas ideias de como se divertir com RPG sem precisar sair de casa ou furar a quarentena!

 

CONFERÊNCIAS ONLINE

Não é incomum a galera se reunir online pra jogar alguma coisa. Desde a geração passada de consoles que isso é praticamente algo corriqueiro no mundo dos jogos eletrônicos. Mas em se falando dos tradicionais RPGs de mesa, também é possível se valer dessa estratégia. Tudo que vocês precisarão é de internet e um programa ou site para a conferência. Seja Skype, Hangouts, Whats App, Telegram ou até mesmo os serviços de sala de chat de voz dos consoles de mesa, é só reunir a galera e se divertir.

Combinando um horário que geral possa se reunir, escolhendo um sistema que possa ser usado por todo mundo (e pra isso existem muitos gratuitos aí na internet, além de ser uma ótima chance de testar aquele bom e velho sistema ou cenário próprios que estão ali esperando uma chance de serem explorados), o que resta é apenas jogar! É uma grande chance de experimentar e até mesmo participar de outras mesas ou conhecer mais pessoas que curtem o hobbie pelo mundo afora!

Nos primórdios da conectividade online, já era comum as pessoas começarem esse contato com pessoas que estavam em outras cidades ou estados. Era a época dos chamados PBeM (Play by E-Mail) e PbF (Play by Forum), onde as jogatinas se davam através de mensagens e ações programadas. Foram ferramentas muito úteis também para ajudar a organizar os eventos entre Lives ou grandes campanhas de sessões mensais.
Nos dias de hoje, as ferramentas de conectividade online são mais fluidas e dinâmicas, com opções até mesmo de conferências de vídeo. Aliada a essa tecnologia, existem também várias ferramentas para se jogar online, como geradores de fichas, apps de rolagem de dados, organizadores de turnos e muito mais!

 

RPGS ELETRÔNICOS

Claro que o foco são os RPGs de mesa, mas por que não aproveitar pra conhecer alguns bons títulos de RPGs eletrônicos? Existem três grandes vertentes quando consideramos os RPGs eletrônicos: Os Japoneses (focados em grandes narrativas épicas), os Americanos (com maior liberdade de exploração e criação de personagens) e os MMO (jogos online de multidão de players). Todos tem seus charmes e suas características, e são facilmente encontrados em versões free ou pagas para várias plataformas e PCs. Até mesmo celulares tem RPGs para serem jogados!

E muitos títulos nem são tão distantes assim dos jogos de mesa, visto que muitos deles ganharam versões eletrônicas. Do clássico cyberpunk Shadowrun, passando pelos cenários sombrios de Vampiro a Máscara, e até mesmo o mais jogado do mundo, Dungeons & Dragons, muitos títulos “das mesas” já brilharam nas telinhas dos games, em mais de uma versão, em mais de uma plataforma. Certamente opções não faltam!

Muitos desses games são famosos por permitirem também contato e interação entre outras pessoas sem a necessidade de sair de casa! Do conforto do lar, é possível participar de campanhas épicas e criar personagens memoráveis, ou até mesmo se reunir com players para um bate-papo, desabafo ou apenas ter companhia!

 

CONVERTENDO RPG EM OUTRAS MÍDIAS

Outra coisa interessante a se fazer nesse período de quarentena, talvez seja exportar o hobbie e as jogatinas da mesa para outras mídias. Tem talento com desenhos? Então sapeca os desenhos de personagens e NPCs da campanha! Manja de música? Então é uma boa idéia compor uma canção ou trilha sonora para a jogatina, vá lá e jogue uma moeda para o seu bruxeiro!

É comum também que algumas aventuras e campanhas de RPG sejam convertidas em podcasts, existe todo um público consumidor dessa arte! E se você é o tipo de pessoa que prefere escrever, quer tal então imortalizar as histórias que te marcaram em contos ou um grande livro?

RPG é muito mais que apenas “sentar-se à mesa e jogar”.  Socializar de diversas formas, criar, expandir, imaginar, dar vida à imaginação, em mais de uma forma, com mais de uma ferramenta! Muitas vezes o que falta para que isso aconteça é justamente tempo! E nesses tempos de isolamento e quarentena, tempo é algo que podemos considerar termos de sobra né?

Então mãos à obra, e bora praticar o RPG de diversas formas! E fiquem em casa!!!!

 

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