Nesta Quimera de Aventuras vamos falar sobre A Floresta Proibida, um lugar mágico e perigoso do universo de J.K. Rowling.
A Floresta Proibida
A Floresta Proibida margeia as terras da Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts. Um local ancestral envolto em segredos, abriga uma diversidade de criaturas, algumas amistosas e outras perigosas. Suas árvores, antigas e densas, possuem cascas ásperas.
O nome indica que a escola proíbe estritamente que os estudantes entrem na floresta, exceto em situações de detenção ou durante aulas de Trato das Criaturas Mágicas, que ocasionalmente ocorrem lá. Devido à presença de criaturas perigosas, muitos alunos evitam se aventurar em seus domínios.
A Floresta Proibida é conhecida por sua aura sombria, o que justifica a proibição casual de entrada pela escola, podendo acarretar punições. No entanto, é comum que a escola envie alunos para lá como forma de punição, como aconteceu com Harry Potter e Draco Malfoy. Mas algumas vezes, um torneio entre bruxos vai bem, e usar a A Floresta Proibida como palco e arena para isso sempre é bom!
Quimera de Aventuras
Sendo assim, nós pensamos em algumas possibilidades de competições que podemos realizar na Floresta Proibida. Devemos conduzir as competições com muita cautela, considerando os perigos que o local oferece.
Caça ao Tesouro Mágico
Os personagens devem seguir pistas e desafios para encontrar artefatos mágicos escondidos na Floresta. A equipe ou jogador que encontrar mais artefatos valiosos vence a competição. Em seguida pontos são distribuídos entres as casas.
Corrida de Obstáculos Mágicos
Os organizadores montam uma pista cheia de obstáculos mágicos na Floresta. Todavia os competidores devem superar desafios como barreiras encantadas, criaturas místicas e armadilhas.
Duelo de Feitiços
Os competidores se enfrentam em duelos mágicos dentro de uma área segura da Floresta, testando suas habilidades com feitiços e contrafeitiços.
Busca pelo Animal Raro
Os organizadores designam cada equipe ou competidor para encontrar e capturar um animal fantástico específico que reside na Floresta Proibida. Eles precisam usar conhecimento mágico e estratégias para realizar a tarefa com sucesso.
Observação de Criaturas
Os organizadores desafiam os competidores a documentar e identificar o maior número possível de criaturas mágicas avistadas durante um período de tempo determinado.
Desafio das Feras
Os competidores devem provar suas habilidades de domínio e comunicação com criaturas místicas e ganhar a confiança delas em uma série de desafios. Sendo eles, buscar alimentos, ajudar em abrigos, cuidar das crianças e filhotes dos grupos.
Nessa semana estamos comemorando o aniversario do Harry Potter! Portanto temos vários conteúdos relacionados:
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Dia 04/08 iniciará o Financiamento Coletivo da mais nova edição de Defensores de Tokyo!
3DeT (Ou 3 Detetives e 1 Tijolo, para os íntimos) vem com diversas promessas: de ser mais rápido e mais simples do que a sua versão anterior e mais popular, 3D&T Alpha.
Previsões & Expectativas
Quem acompanha apenas pelas redes sociais e pelas noticias que saem em sites, começou a saber as novidades de 3DeT Victory apenas por agora, mas desde o ano retrasado recebemos atualizações mensais do sistema na Dragão Brasil, a revista digital da Jambô Editora.
Na postagem de hoje, compilamos alguns pontos do que foi publicado na revista e divulgado pela editora e colocar o que nos esperamos no novo 3DeT!
A origem do nome
Antes de mais nada, essa não exatamente uma previsão, mas uma curiosidade bastante interessante é a origem do nome, 3DeT Victory. Em 1998 saiu o jogo Street Fighter Alpha 3, que foi um jogo que se passa anterior a sua versão mais popular, Street Fighter II. Em referência a este jogo, em 2008 a nova versão de 3D&T colocou Alpha em seu título.
Na nova versão, 3DeT Victory traz mais de uma razão; Uma delas é a animação Street Fighter II Victory.
Além disso, o nome veio de uma minissérie em quadrinhos que saia contemporânea a primeira versão de 3D&T. Victory foi uma historia em quadrinhos que tinha como protagonista a elfa semideusa Vitória, originária de Arton mas sem lembranças muito certas do mundo. Vitória foi levada para a Terra moderna junto com outras criaturas. No cenário da UniPotência, a personagem voltará como reitora da academia de heróis.
Por fim, o uso do título Victory indica que é a quinta versão do jogo quando usado apenas a primeira letra, que traz o numero romano V, para 5.
Novos Núcleos de aventuras…
3DeT é um sistema que não tinha cenário próprio para se basear. Por muito tempo, Tormenta teve suas regras baseadas no sistema e até hoje temos o cenário de Brigada Ligeira Estelar.
Mas no novo sistema, teremos um cenário próprio para o jogo e diversos núcleos para se jogar nele. Era das Arcas teve sua primeira prévia na Dragão Brasil #170 e teve 3 light novels que mostram partes do cenário; Era das Arcas Vol. 1 & 2 e Anomalia.
… Onde o perigo é bem maior.
Podemos perceber que, dentro do cenário, há núcleos que são baseados em romances que já saíram pela editora Jambô e outros completamente novos:
Guerra da Galáxia. Núcleo baseado em ficção cientifica, fantasia espacial e aventuras com naves e robôs no espaço.
UniPotência. Uma escola de heróis, aonde há cursos para Heróis, Magos, Ninjas, pilotos de Mecha e… Maids/Mordomos. Voltado para aventuras Slice Of Life e outros dramas escolares.
Operação ARSENAL. Na Ilha do Martelo, acontece o maior evento de luta do mundo, aonde artistas marciais em níveis insanos se digladiam entre si. Um núcleo voltado para campanhas de combate e torneio de luta.
Tormenta ALPHA. No jogo eletrônico mais famoso da terra, os jogadores deste VRMMORPG jogam como seres de fantasia em um mundo medieval com diversas liberdades poéticas. Um nucléo voltado para tematica de isekai, espada e magia.
Novas Regras, mas ainda simples!
Portanto, como um novo jogo, 3DeT Victory terá novas regras pensando em ser um sistema dinâmico, e nas Dragões Brasil desde a #170 temos recebido informações sobre as mecânicas do jogo, vamos abordar algumas aqui e o que esperamos.
3 Atributos para tudo adaptar
A principio uma das mudanças mais curiosas do sistema é unificar todos cinco atributos de 3D&T Alpha para apenas três; Poder, Habilidade e Resistência. O que me causou um pouco de confusão e curiosidade como isso vai funcionar em jogo.
Porém, vendo as adaptações, parece que ficou mais claro os diferentes espectros que cada atributo entra e quanto que as vantagens e as perícias vão ter de impacto no novo sistema.
Pontos de Ação
Temos na Dragão Brasil 172, tivemos informações sobre os Pontos de Ação do sistema, um tipo de diferente de economia conquistada por usos criativos de ações ou por boa interpretação.
Os exemplos dados na revista são os Pontos de Ação no antigo Tormenta RPG e os Pontos Heroicos de Mutantes e Malfeitores. Fiquei bastante curioso de como utilizar esses poderes em si, como o 3DeT é um sistema que tem se descrito como um sistema para aventuras com nível de magnitude muito alto. Esse tipo de ponto ser utilizado para conceder possibilidades novas no meio do “nada”.
O que mais me deixa animado é o nome das ações possiveis com os Pontos de Ação, que pegam tropos de midias que tem coisas do tipo, como Deus Ex Machina, Poder da Amizade e Superação.
It’s a Kind of Magic
Na Dragão Brasil 174 somos introduzidos a uma regra preliminar para o uso da magia.
A regra ainda não é certa de estar no livro base, sendo que é possível simular poderes e vantagens como magias no sistema. No caso era uma vantagem de 2 pts chamada Magia que afetaria testes dos jogadores. A relação de magia no sistema 3DeT pode ser bastante curiosa, sendo um nicho um pouco especifico para se colocar em um sistema genérico. O bom é que, se não tiver regras especificas para efeitos mágicos no sistema, teremos em algum suplemento futuro para o jogo.
Na Dragão Brasil mais recente, a edição 193, algumas novas vantagens baseadas em efeitos mágicos foram mostrados. Que abrangem os tipos mais diferentes da magia.
Pra mim não ficou muito claro como isso vai ser abordado no Manual básico quando sair. Mas o que eu vi nas prévias, parecem MUITO boas.
Técnicas e Poderes
Na revista, também foi abordada a questão de Técnicas e Poderes. Recompensas de experiências que os personagens podem receber para receber habilidades especiais.
Meses depois, isso foi expandido na Dragão Brasil 190 e na 193. Onde temos algumas técnicas explicadas e expandidas e técnicas do jogo Street Fighter 6 adaptadas. Algo interessante são alguns poderes que são ativados por coisas de roleplay do jogador, como gastar -1 PM ao soltar Hadouken! gritando “hadouken!”. Tornando as coisas MUITO mais interessantes, se essa combinação de regras com o roleplay for cada vez mais comum, o sistema ganhará uma cor muito mais gostosa de se jogar.
Arquétipos e Personagens
Arquétipos são tipos raças no sistema. Vantagens únicas que dão uma gama de poderes especiais para o seu personagem. Alguns exemplos são dados na Dragão Brasil 182, mas na matéria com a adaptação de Chainsaw Man que traz os arquétipos Infernal e Híbrido e nos permite ter uma ideia melhor do que elas querem dizer.
Mestrando
Mestrar é tido como muitos como algo muito complicado e complexo. Mas não parece ser o caso dee 3DeT Victory, assim como não era no antigo Alpha.
Tendo em mente as dificuldades de cada ação e valorizando o roleplay, as ações, combates e interações parecem tornar tudo mais leve e dinâmico, lendo a matéria da Dragão Brasil 185, essa impressão ficou mais clara para mim, mas tendo um capítulo do livro com mais dicas e aprofundamento, talvez tenhamos opções que ainda não estão claras. O que eu espero que tenha é algum tipo de mecânica para ter uma linha de ações que o Mestre pode utilizar, como os PerigosComplexos de Tormenta20 que são uma sequência de ação para o mestre usar e aproveitar da criatividade dos jogadores.
Desvantagens
As desvantagens mostradas na Dragão Brasil 187 me deixaram otimista. Muitos jogadores achavam Desvantagens como algo apenas para dar novos pontos de Vantagem, mas as desvantagens mostradas na matéria.
Um medo recorrente é não gerar Desvantagens capacitistas, ou seja, baseadas em questões físicas além de tudo. Não vou adentrar muito nisto aqui, mas olhando o que foi feito e falado na matéria, parece que isto está sendo comtemplado.
Fastplay disponível
Para você que, como eu, está ansioso para jogar 3DeT Victory, na Dragão Brasil 183 que está próximo a sair no site da Jambô, tem uma versão de fastplay do sistema para você testar e jogar com seus amigos. Chamado de 3DeT de Rodoviária, com técnicas e habilidades próprias em um estilo de jogo de luta.
Conclusão
3DeT Victory sai daqui a uma semana, no dia 04/08. Podemos esperar muita coisa boa vindo desse financiamento, adaptações para mangá, quadrinhos e série. Mas principalmente, um novo sistema mais adaptado a maneira que RPG é jogado e feito hoje em dia. Já foi anunciado em streams que teremos versões economicas junto a versão de capa dura, o que é essencial nos dias de hoje.
Espero que 3DeT Victory venha para que possamos fazer adaptações e jogar um sistema leve e gostoso. Em que jogar RPG seja normal e acessível, principalmente em 3DeT Victory.
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Um dos elementos mais interessantes do mundo de Dragon Age é a existência do Imaterial, um reino mágico onde residem os espíritos e demônios deste universo. Separado do mundo real por uma barreira invisível chamada de Véu, o Imaterial é também a fonte da energia sobrenatural dos magos e para onde a consciência das pessoas vai enquanto elas sonham.
Ele é, também, uma mina de ouro quase interminável para grandes aventuras de RPG.
SONHOS E MEMÓRIAS
Como mencionado, o Imaterial é, além do reino dos espíritos, também a terra dos sonhos. Todas as pessoas (exceto os anões) têm a sua consciência enviada para lá enquanto dormem.
Assim, os sonhos são, na verdade, as energias amorfas do Imaterial sendo moldadas em memórias e situações imaginárias.
Isso é também a razão de os espíritos e demônios terem formas levemente humoides, e quererem possuírem humanos. Eles veem os sonhos das pessoas e desejam atravessar o Véu para presenciarem o mundo real.
Mas como incorporar tudo isso em uma mesa de RPG? Fácil!
Seja perguntando aos seus jogadores de início, pedindo para eles descreverem a cena por você, ou, o que eu considero a melhor forma, encontrar formas mais naturais de conseguir informações sobre o passado dos seus personagens.
Por exemplo, você poderia pedir para que um ou mais dos seus jogadores descrevessem um sonho que tiveram sobre seu passado, ou sobre algo que almejam para o futuro.
Você poderia também usar as histórias que os próprios jogadores fornecem no início da campanha, mas aí eu estou assumindo que eles sequer fizeram isso.
De qualquer forma, o importante é conseguir moldar a aventura dentro do Imaterial fazendo uso do passado e futuro dos personagens.
Imagine o grupo entrando no Imaterial, mas, ao invés de se encontrarem nas terras sem forma que vemos nos jogos, eles acabam em um acampamento na floresta, cercados por elfos dalishianos que fazem parte do clã de um dos personagens.
Você, como mestre, poderia inclusive se aproveitar disso para tentar enganar os jogadores, dando a entender que alguma coisa deu errado e, ao invés de irem para o Imaterial, eles acabam se teletransportando para aquele lugar.
Isso, é claro, até eles encontrarem alguém que não deveria estar ali.
DEMÔNIOS
Quer estejam se disfarçando de algum conhecido dos jogadores, ou apenas observando de longe, demônios seriam a resposta mais óbvia para os possíveis antagonistas de aventuras pelo Imaterial. Eles podem querer possuir o mago do grupo, ou apenas manter os jogadores presos para sempre, se alimentando de seus sonhos para se tornar mais poderoso.
Por isso, a questão agora é decidir que tipo de demônio é o inimigo principal. Demônios da Fúria costumam ser mais violentos e diretos, mas podem buscar se aproveitar de uma lembrança traumática dos personagens.
Um demônio da preguiça provavelmente ficaria distante, contando com generais para manterem seus prisioneiros dentro da mentira (de uma forma similar ao que vimos em Dragon Age Origins), demônios do desejo sentiriam até mesmo prazer em se passarem por algum ente querido dos personagens, manipulando-os de forma mais direta e até mesmo buscando um novo acordo caso fossem descobertos; e demônios do orgulho poderiam fazer o mesmo, mas talvez usando uma memória boa dos personagens como base para sua manipulação.
Ou, é claro, você poderia inventar um novo demônio. Existem diversos tipos ainda não introduzidos nos jogos, ou que foram descobertos com o tempo, como Desespero e Arrependimento. Você é o Mestre, afinal de contas.
Finalmente, caso os personagens se percam, ou as coisas fiquem confusas demais para os jogadores, pode ser útil adicionar personagens aliados, sejam estes espíritos benéficos, como Justiça, Valor, Fé, ou Compaixão, ou, quem sabe, até mesmo demônios rivais ao antagonista principal, cada qual com motivação própria para tal.
CONCLUSÃO
No fim das contas, o mais importante é que, quer os personagens estejam presos no Imaterial, ou tenham se aventurado até lá por livre e espontânea vontade, o Imaterial abre um leque enorme de possibilidades para grandes aventuras, especialmente notando que, apesar de terem suas formas mais conhecidas, demônios podem também tomar a forma de outras criaturas provenientes das memórias dos jogadores, dando ao Mestre liberdade quase completa para usar qualquer inimigo do jogo!
Espero que tenham gostado, e que, quando forem mestrar mais sessões de Dragon Age RPG, usem o Imaterial para criar aventuras inesquecíveis! Aqui quem vos falou foi o Guardião Cinzento, e lembrem-se: Na Paz, Vigilância. Na Guerra, Vitória. Na Morte, Sacrifício e Na Mesa, RPG
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Se liga na Área de Tormenta, o espaço especial dedicado apenas à Tormenta20 e o que remete a ele! E acompanhe também as outras sessões, por favor!
Nesta Quimera de Aventuras vamos falar sobre o filme Barbie, que estreou no dia 20 de Julho nos cinemas. As propagandas e marketing massivo garantiram que o filme estourasse a bilheteria na semana de estreia. Mas parece que muitos não encontraram o que estavam esperando…
Barbie
A sinopse do filme é “simples”, a Barbie está vivendo sua vida perfeita na BarbieLand quando coisas estranhas começam a acontecer com ela. Sendo assim, acompanhada pelo seu Ken resolve partir para o Mundo Real para saber o que está acontecendo com a menina que brinca com ela. Ao chegar aqui, descobre que nada é como ela imaginava, as Barbies não salvaram as meninas e mulheres dos seus problemas. Além disso criaram e pioram ainda mais os problemas que as mulheres já enfrentavam. Ou seja, contribuindo com estereotipação, e estabelecendo a beleza inalcançável exigida há anos para as mulheres – essa fala é muito rasa e generalizada sobre tudo que é exigido das mulheres, que fique claro.
Como não bastasse esse choque para a nossa protagonista, ela ainda tem que lidar com a empresa que a criou, a Mattel, que quer capturá-la. E com seu Ken que depois de tantas recusas da parte dela, conhece o poder do patriarcado e resolve levar esse sistema para a BarbieLand, e transforma-la na KenLand. Com um discurso arrepiante e escancaradamente verdadeiro e terrível da personagem Glória, a humana que brinca com a versão boneca da nossa Barbie Estereotipada. E acima de tudo com muita sororidade e choro as Barbies retomam seu lar e compreendem que os Kens também devem ter espaço na BarbieLand.
Critica pessoal
O filme apresenta muitos recursos com os quais não estamos acostumados, como todos os cenários e núcleos parecerem plastificados e falsos ou as várias cenas fechadas com a câmera colada nos rostos dos personagens. E claro o apelo exagerado ao rosa. Tudo isso leva a crer que o filme não apenas é uma comedia, mas também um sátira acida, às Barbies e ao que se espera delas.
Afinal a grande maioria dos espectadores foi levada ao cinemas com a crença que veriam um filme feminino e gracioso, mas se depararam com um filme que mexe com as feridas de uma sociedade inteira. Cheio de alegorias e metalinguagem o filme Barbie dói no âmago das mulheres que vivem as mesmas crises que as personagens. E em contrapartida ofende homens que ainda não estão prontos para discutir os efeitos nocivos que o patriarcado, machismo e masculinidade tóxica causa para as mulheres e muitas vezes para eles mesmos. Entendo então, que o Rosa, não é apenas uma cor, mas sim um personagem! Ele é a materialização dessa sátira!
Quimera de Aventuras
Achei muito difícil, fazer uma Quimera de Aventuras baseado na história do filme. Porque ao meu ver não é uma história apenas, é uma critica social pintada de rosa para poder ser vendido. Então esse Quimera será voltado para o tema abordado pelo filme, evitei usar a palavra Feminismo, porque geralmente é mal vista e automaticamente o clima fica tenso sobre o que vai ser dito em seguida. Mas é sobre isso que o filme fala.
Os meninos, garotos e homens são a maioria esmagadora no RPG. Assim como praticamente tudo no universo Geek e Nerd. Porem gradativamente as mulheres estão entrando em cena, e fico imensamente feliz por sermos bem recebidas pela maioria dos homens. Mas ainda acho pertinente dar algumas dicas e observações de como receber adequadamente uma garota na sua mesa de jogo, lembrando que isso vale para vários outros tipos de situação.
Conversas e Consentimento
Antes de introduzir temas sensíveis como o feminismo, é importante ter uma conversa com os jogadores para garantir que todos estejam confortáveis e dispostos a abordar esses tópicos em jogo.
Evite Estereótipos
Certifique-se de que os personagens femininos não caiam em estereótipos simplistas ou clichês. Eles devem ser tão complexos e variados quanto os personagens masculinos.
Promova a Igualdade
Garanta que tanto os personagens masculinos quanto os femininos tenham oportunidades iguais de serem protagonistas, tomarem decisões importantes e contribuírem para a história.
Respeite a Diversidade
O feminismo é um movimento diverso, com diferentes perspectivas e experiências. Inclua personagens femininos de diferentes origens étnicas, orientações sexuais, idades e classes sociais para tornar o mundo do RPG mais realista e inclusivo.
Evite Representações Ofensivas
Certifique-se de não retratar de forma ofensiva ou estereotipada as questões de gênero e o movimento feminista. É importante tratar esses temas com sensibilidade e precisão.
Aprendizado e Crescimento
Use o RPG como uma oportunidade para os participantes aprenderem mais sobre questões de gênero e desafiarem preconceitos e ideias pré estabelecidas. Permita que seus personagens e jogadores cresçam e evoluam ao longo da campanha.
Comunicação Aberta
Antes de começar a campanha ou adicionar novos jogadores à sua mesa, tenha uma conversa aberta com todos os participantes. Certifique-se de que eles se sintam à vontade para expressar suas expectativas e preocupações em relação ao jogo.
Incentive a Participação
Garanta que todas as vozes sejam ouvidas e que cada jogador tenha oportunidades para contribuir com a história e tomar decisões importantes. Evite interromper ou ignorar ideias trazidas por meninas e mulheres.
Personagens Femininas Diversas
Inclua personagens femininas bem desenvolvidas e diversas na narrativa. Permita que essas personagens tenham papéis significativos na história e não sejam reduzidas a estereótipos.
Evite o Sexismo
Tome cuidado para não reforçar estereótipos de gênero ou cair em narrativas sexistas. Evite a objetificação de personagens femininas e promova uma representação equilibrada e respeitosa de gênero.
Respeite os Limites dos Jogadores
Se algum jogador se sentir desconfortável com determinados temas ou situações no jogo, respeite esses limites e ajuste a narrativa, se necessário.
Não Tolerar Comportamentos Inadequados
Esteja atento a comportamentos inadequados, como comentários machistas ou sexistas, e não hesite em intervir para corrigir e educar os participantes sobre a importância do respeito.
Promova a Diversidade
Incentive a participação de mulheres de diferentes origens étnicas, idades e orientações sexuais. Uma mesa diversificada pode trazer perspectivas valiosas e enriquecer a experiência de todos.
Apoie a Criação de Personagens
Auxilie as jogadoras, se necessário, na criação de personagens, garantindo que elas se sintam empoderadas e representadas em suas escolhas.
Crie uma Atmosfera de Colaboração
Promova a colaboração entre os jogadores, encorajando-os a trabalharem juntos e respeitarem as ideias uns dos outros.
Seja um Exemplo
Como Mestre do RPG, dê o exemplo de como tratar todos os jogadores com respeito e igualdade, mostrando que você valoriza a participação de todos.
Ah, e agora um pedido pessoal, não “atropelem” a contagem dos resultados dos nossos dados, ofereçam ajuda, mas não façam por nós sem termos pedido, por favor!
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Entrevista realizada com o autor Marcos Baikal, que dividiu conosco partes importantes das sua história.
1. Conte-nos um pouco sobre você e sua trajetória como autor de RPG indie no Brasil.
Eu iniciei como autor de RPG sem publicar a maioria dos conteúdos que escrevia, embora não fosse tudo para o público interno. Eram esboços que acabaram desaparecendo em HDs de 2001-2016, com algumas publicações em fóruns e material compartilhado individualmente em mídia digital. Em Idos de 2018-2019 movendo de volta para a cidade natal de Colatina-ES, conversando com Wesley, que mantinha na cidade um grupo voltado ao hobby de RPGs e boardgames com outros conhecidos, voltamos a jogar presencialmente e falamos em publicar nosso próprio RPG, tendo alguns exemplos do RPG Indie nacional como exemplo, tal como Mighty Blade, do Tiago Junges, que inclusive havia apoiado com jogos um dos eventos de RPG que criamos.
Esse evento incluiu Jotuns na aventura, daí a editora do nosso primeiro RPG publicado, RG (Resistência Glórqui), também usando nosso próprio sistema, o Delta, ter se chamado Jotun Raivoso. Quando RG foi publicado nós já tínhamos esboçado dois outros jogos completamente diferentes, usando o mesmo sistema por referência. O sistema foi amadurecendo e hoje já existe um módulo básico de regras independente de cenário e vários outros jogos e publicações disponíveis para download em nosso site.
2. Quais foram os principais desafios que você enfrentou ao desenvolver RPGs indies? Como os superou?
O primeiro desafio é o anonimato. É difícil publicar um RPG para que os outros joguem que não carrega o nome de um “RPG conhecido” junto. O mercado nacional, tal como o norte-americano, é bastante referenciado nos seus jogos conhecidos. Algo que não é D&D, nem Tormenta, nem Vampiro ou outro “clássico” internacional por vezes nem é entendido como a mesma coisa.
O espírito de exploração de novos jogos que era mais forte no tempo do 3d&t, na minha opinião, foi bastante deixado de lado nas novas abordagens, mais focadas num produto e em um d20, como se isso fosse universal.
Outra dificuldade é a de fazer algo diferente, como historiador e ciente de todo o potencial do contar de histórias, me pareceu sempre viável deixar o RPG ilimitado, além da caixinha de “fazer aventura”, com objetivos recorrentes.
Eu aprecio particularmente a chance de conhecer um mundo novo, tal como ocorre quando você vê um bom filme ou lê um bom livro de ficção.
Ao apresentar algo diferente, porém, você esbarra, para além da falta de credencial do nome, da imagem toda vinculada a um gênero, que faz com que o interesse potencial não seja acendido, a menos que você dê a volta nisso, divulgando intensamente. A divulgação é outro ponto. A mídia que cobre o gênero por vezes não vai atrás tanto quanto pode. Os blogueiros que cobrem RPG por vezes fazem muito mais sem anunciantes apoiando suas páginas do que aquelas realmente com recursos, voltadas no toma-lá-dá-cá esperado de publicações pagas. A diferença de alcance que isso faz é tremenda. Um outro desafio, agora menos externo, é a própria inexperiência. Escrever para o público, especialmente aquele que estará mais propenso a ler seu material é um desafio de forma tanto quanto de conteúdo.
Existem técnicas do meio editorial que sem um orçamento para empregar os profissionais, você só irá adquirir com a prática, se é que vai adquirir. Isso vai desde o planejamento financeiro até a parte gráfica. Vai além, portanto, do game design. Em termos de game design, o ideal seria ter mais playtests possíveis, mas com a abundância de jogos em uma pequena comunidade propensa aos testes – ao contrário da imensa comunidade disposta a jogar, mas sem contato conosco pelo tal do anonimato – várias melhorias dependentes de playtest não são viabilizadas. O ideal seria fazer o jogo, testar, refazer, testar e isso sucessivamente, até o jogo estar aprimorado a ponto de se fazer uma edição – especialmente quando se trata de sistema próprio.
3. Quais foram os momentos mais marcantes ou pontos altos da sua jornada como autor de RPG indie?
O lançamento do primeiro RPG passou meio sem mudar tanta coisa, antes mesmo de ser publicado, já fazíamos entrevistas e falávamos a respeito, mas não era o primeiro RPG que eu inventava. A diferença maior talvez fosse o fato de que tinha um co-criador comigo, isso fazia a coisa chegar mais longe, mais complexa também. Foi algum tempo depois do lançamento que acumulamos o retorno do público sobre o RG e vimos que criamos algo diferente mesmo.
Um jogo “como o Shrek e as cebolas”, em camadas. Uma parte tinha o nosso humor típico, satírico e leve. Outra parte tinha uma brincadeira pueril de montar dinossauros-mutantes-personagens, os calangos glórquis. Em outra parte tinha uma representação de épocas e culturas reais através do cenário, até convertida na arte do livro. E mais outra tinha a crítica social através desse texto – e as pessoas percebiam tudo isso, o que realmente tornou interessante ver os feedbacks.
Quando Jogos de Campinho ficou pronto, por outro lado, a criação parecia mais diferente do que eu estava familiarizado, não era só uma adaptação para simular um mundo imaginário, era uma produção independente de algo novo, que também fazia o mundo simulado, mas inovava. Essa inovação eu tentei trazer para novos jogos que estão em produção e temos testado, assim como para a edição atual das regras do Delta RPG. Assim, quando apresentamos nossas publicações todas no DOFF 2023, ao lado de vários autores independentes, pudemos ser reconhecidos como algo novo, próprio e positivo para a comunidade pelo feedback ali deixado.
4. Compartilhe conosco um ou dois sucessos que você alcançou no cenário de RPG indie.
Houve surpresas, ou foi tudo como planejado?
Resistência Glorqui saiu mais elaborado do que o esperado. Sementes de ideias que germinamos e acabaram saindo como poderosas críticas e relativamente únicas em estilo e profundidade, e notaram isso, quem viu, pelo menos. Jogos de Campinho ainda estamos esperando o feedback crítico, embora o livro tenha sido impressionante na sua forma , na primeira vista. Também é interessante ver como outros já nos conhecem, alguns, e sabem mais ou menos o que podemos oferecer de diferencial. Como se voluntariaram para escrever prefácios e notas sobre nossos livros é uma marca desse reconhecimento.
5. Quais os projetos você tem desenvolvido na área dos RPG Indies? Ou tem algum projeto que você gostaria de divulgar?
Resistência Glórqui ganhou um módulo adicional, o Modo Guerrilha, com as regras mais condensadas e simplificadas do Sistema Delta RPG. Com ele agora é mais fácil jogar solo, coop ou para um mestre menos experiente criar sua aventura na temática de operações de guerrilha contra os invasores zumanos, que é o tema central daquele RPG.
Atualmente estamos divulgando o Jogos de Campinho, que é RPG, mas também é livro-jogo interativo, com meios diferentes de se jogar, inclusive só como literatura e meio de comunicação das brincadeiras clássicas de rua.
Estamos com vários projetos de RPG, focado em rpg solo, disponíveis para teste e download em nosso site, como o mais recente Caminho do Rei Demônio, um RPG procedimental de sobrevivência e aprimoramento de poder de monstros, e o RPG ainda em produção Delta Mecha que tem metodologia para funcionar como wargame print and play.
6. Como você vê a ideia da comunidade RPGísta de realizar o mês do RPG Indie?
Eu penso no RPG Indie como algo de ano todo. Se mais esforços puderem ser feitos para divulgar os independentes em algum momento, eu sou favorável, sempre.
7. Para você, qual deveria ser o principal objetivo desse evento? E o que espera dele?
O objetivo deve ser expandir horizontes. Espero que mais jogadores que não conhecem muito RPG fora da bolha d20 criada pela massificação da identidade de RPG com o jogo de D&D seja viabilizada. Mesmo quem adora o sistema pode contar com aventuras que tratam de temáticas diferentes, que simulam os mundos de forma mais diversa etc.
8. O que você diria que são RPGs INDIEs e qual a importância deles?
Algo indie, em geral, é o que é publicado fora das grandes empresas do mercado de entretenimento. No entanto, o sistema de licenças e inovações do RPG permite que existam INDIEs e independentes como conceitos quase a parte. Indie, como termo mercadológico, é a mesma coisa, incluindo diversos OSRs, publicações em OGL, retroclones e jogos análogos.
Existe “independente” disso tudo, jogos com proposições originais: Verdadeiramente independentes, ou que subvertem de fato tropes presentes no mainstream, como um Altaris, que tira a figura do Mestre e transforma o jogo numa experiência cooperativa simplificada, ou Infaernum, que é uma sucessão de jogadas de dados com ponderação sobre o resultado.
RG mesmo é um jogo que é inteiramente diferente como sistema, mas ainda guarda certos paralelos. Só na versão modo guerrilha que ele realmente explora novas potencialidades de alcance e se desprende de técnicas aprendidas com o RPG tradicionalmente vendido – focado no preparo do Mestre e na criação de personagem como o “ofício do jogador”.
Essa independência é algo bom de ver na cena INDIE, já que muito pouco se investe nesse escopo no mainstream, com a repetição de fórmulas com mínimos twists predominando naquele espaço.
9. Como você vê a relação: RPGs da industria de jogos X RPGs INDIEs no mercado brasileiro e
no mundo?
Como falei, no Brasil, em passado, o independente era equivalente ao nacional. Quando o sistema d20 e, depois, os subprodutos da OGL, vieram a consolidar uma via para os RPGs nacionais “industriais”, ladeados dos títulos estrangeiros que conversavam todos usando os mesmos elementos, isso gerou uma cortina significativa para que os jogos independentes tivessem a mesma procura.
Os financiamento coletivos permitiram que jogos “menos certos” de sucesso chegassem no mercado nacional e permitiu que mais editoras se integrassem à indústria, ainda no meio do caminho entre algo “main” e “indie”. Lá fora, a dominância de D&D é tal que mesmo outros títulos também vendidos em escala industrial são considerados independentes só por não serem D&D, até mesmo aqueles que são retroclones ou adaptações simplificadas.
Por aqui, praticamente tudo é independente porque a indústria é pequena, o que não sai por editora a, b ou c, é independente e é muita coisa que fazemos, comparando as proporções, logo por cá é mais do que o “homebrew que cresceu” e sim um espírito de correspondência com a criatividade dos jogadores que leva a um movimento autônomo criando jogos. Nesse sentido, penso que se a mesma centelha que chega aqui alcançasse outros mercados os jogos independentes pelo mundo explodiram ainda mais.
10. Qual mensagem pessoal sua você gostaria de mandar para a comunidade RPGista brasileira?
Gostaria de recomendar que olhassem os repositórios de RPG, gratuitos, que existem, tal como nosso próprio site, jotunraivoso.com.br, o bazar verde, do Tiago, a editora Runas, o site do itch.io e o drivethru rpg, se você pode ler em inglês, a comunidade de RPG Solo do Facebook, além de olhar pelo mundo sempre que ver a citação de um novo jogo, por vezes mesmo os gringos deixam essas coisas gratuitas. Por preços acessíveis ou doações você também pode ajudar os autores que gostou do conteúdo a continuarem criando. Para seu próprio jogo que quer moldar diferente, para jogar e encontrar jogos e jogadores, você pode encontrar sua pecinha ideal procurando por RPG independente, por vezes sem custo, está lá a seu dispor. Jogue. Crie. Compartilhe.
E se você gosta do que apresentamos no MRPG, não se esqueça de apoiar pelo Padrim, PicPay, PIX, e no Catarse!
Assim, seja um Patrono do Movimento RPG e tenha benefícios exclusivos como participar de mesas especiais em One Shots, de grupos ultrassecretos e da Vila de MRPG.
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Marcus Baikal – A 1ª Semana do RPG Indie no Movimento RPG
A 1ª Semana do RPG Indie no Movimento RPG é um evento idealizado e organizado por:
Entrevista com o autor Tchelo Andrade, que nos contou como seu projeto transformou e transforma vidas.
1. Conte-nos um pouco sobre você e sua trajetória como autor de RPG Indie no Brasil.
Jogo RPG desde 2003, mas só vim me dedicar a criação de jogos desde 2016. Atualmente tenho dois projetos de jogos de RPG que estou engajado: O Desígnio RPG com uma pegada mais adulta de jogos de intriga política e o Fundação Triunfo que tem uma proposta mais ampla do que ser apenas um jogo. Devido a amplitude do tempo, tenho dedicado meus esforços para maximizar o Fundação Triunfo RPG e seu projeto de impacto social.
2. Quais foram os principais desafios que você enfrentou ao desenvolver RPGs Indies? Como os superou?
Ainda não superei é uma barreira gigantesca! Falo da falta de imaginário e repertório para a nossa própria cultura. Fundação Triunfo é um RPG para falar sobre os patrimônios brasileiros, mas a falta de informações e enredos de cultura pop para este segmento torna a criação de aventuras para este sistema bastante complicada. Uma vez que a fantasia medieval ainda é o gênero dominante.
3. Quais foram os momentos mais marcantes ou pontos altos da sua jornada como autor de RPG Indie?
Certamente foi ver os impactos positivos de um jogo criado para encorajar o futuro e tirar o melhor das pessoas.
4. Compartilhe conosco um ou dois sucessos que você alcançou no cenário de RPG Indie. Houve surpresas, ou foi tudo como planejado?
O projeto foi contemplado na lei de incentivo Aldir Blanc em 2021 o que garantiu a realização de diversas atividades nas comunidades em que estou inserindo para jogar RPG, desenvolver um livro e criar impactos. Criamos uma associação para impulsionar e propagar mais o RPG como instrumento de aprendizagem.
5. Quais os projetos você tem desenvolvido na área dos RPG Indies? Ou tem algum projeto que você gostaria de divulgar?
Um mundo oculto para ser explorado. Um mal ancestral para ser combatido. A Fundação Triunfo é uma organização criada para proteger o Brasil de uma força sombria que tem se mantido oculta há milênios. E para essa tarefa, seus membros, também conhecidos como voluntários, devem desvendar a “história secreta” de nossa nação. Cada bem cultural, cada patrimônio, cada ginga, cada cantiga pode conter uma pista para esse grande mistério. Lute, explore, desvende e conquiste. Junte-se à Fundação Triunfo e viva grandes emoções ao lado de incríveis companheiros!
6. Como você vê a ideia da comunidade RPGísta de realizar o mês do RPG Indie?
Necessário! Como autores precisamos fortalecer a cena, e a cena vai fortalecer nossas artes.
7. Para você, qual deveria ser o principal objetivo desse evento? E o que espera dele?
Networking, criação de vínculos e maximização de alcance.
8. O que você diria que são RPGs INDIEs e qual a importância deles?
O underground sempre foi um luxo por se virar contra os ideias do consumo e capitalista. RPG são produtos portanto são impulsionados a serem consumidos em grande escala, mas nem sempre o que todo mundo consome deve ser o ideal a ser buscado. Penso que numa cena, é muito importante uma diversidade de conteúdo e acima disso, produtos que estejam comprometidos com questões importantes para o prosperar da nossa sociedade.
9. Como você vê a relação: RPGs da indústria de jogos X RPGs INDIEs no mercado brasileiro e no mundo?
O discurso é bem diferente da prática. Eu também faço essa autocritica, consumir o mainstream ainda é mais fácil por diversos motivos. O principal deles é que muitos projetos Indies ainda tentam se aproximar do status quo para serem notados e/ou não possuem compromisso com a realidade/cultura que o cerca. Claro que poderia ser pior, os números e a crescente do mercado de RPG permite que a gente possa sim sonhar com futuros alegradores para este nicho.
10. Qual mensagem pessoal sua você gostaria de mandar para a comunidade RPGista
brasileira?
Continuem pensando no RPG como uma ferramenta positiva para a comunidade, essa é a melhor forma
do RPG se estabelecer definitivamente. Encoraje o futuro que ele sempre encoraja de volta!
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Tchelo Andrade – A 1ª Semana do RPG Indie no Movimento RPG
A 1ª Semana do RPG Indie no Movimento RPG é um evento idealizado e organizado por:
Entrevista realizada com o autor Leandro Abrahão, que trouxe para a gente sua caminhada na criação de jogos Indie.
1. Conte-nos um pouco sobre você e sua trajetória como autor de RPG indie no Brasil.
Olá eu sou o Leandro, sou Game Design e produtor de rpg independente desde 2003. A princípio produzia meus próprios jogos e sistemas porque viva em uma cidade no interior, onde o acesso a livros, revistas e outros conteúdos especializados era de difícil acesso. Escrevia e imprimia artesanalmente e fazia a distribuição para os amigos e participantes dos eventos de RPG e Anime que eu mesmo organizava. Em 2008 me envolvi com o movimento Software Livre, conheci as possibilidades de lançar jogos na internet com licenças livres e assim comecei a produzir e distribuir meus jogos como conteúdos open source. Hoje mantenho um site: Leandro Games – Editora Independente como repositório de alguns dos meus jogos mais conhecidos.
2. Quais foram os principais desafios que você enfrentou ao desenvolver RPGs Indies? Como
os superou?
Acredito que o maior desafio foi obter espaço para a divulgação dos jogos. Por muito tempo a divulgação do rpg Indie se concentrou em autores dos grandes centros metropolitanos, sendo muito pouco espaço aberto para da divulgação de autores de pequenas cidades, sobretudo, das regiões norte e nordeste (meu caso) do país. Hoje esse panorama tem mudado bastante. Apesar de termos muitos autores Indies consolidados entre as grandes metrópoles, os produtores de contudo e canais de divulgação estão completamente abertos a divulgar o material de autores iniciantes de qualquer parte do país/mundo.
3. Quais foram os momentos mais marcantes ou pontos altos da sua jornada como autor de
RPG indie?
Para mim os momentos mais marcantes como autor de RPG foram 3:
1. Receber um email de dúvidas de um grupo de jogadores completamente desconhecido de outra
parte do país.
2. A primeira resenha em blog de destaque nacional (escrita pelo Daniel Talude em 2013).
3. Ser convidado a escrever para uma editora. A Unza RPG do Thiago Edwardo Silva e um módulo de suplemento de um dos projetos da Craftando Jogos: O Legado RPG, do PH Autarquia.
4. Compartilhe conosco um ou dois sucessos que você alcançou no cenário de RPG Indie. Houve surpresas, ou foi tudo como planejado?
Meus jogos mais difundidos são o POI (Par ou Impar), o Capangas Cyberpunk e o Cangaço Trevoso. Sempre fiz meus lançamentos muito despretensiosos, de forma em que na maioria das vezes o planejamento falhou! kkkkk
5. Quais os projetos você tem desenvolvido na área dos RPG Indies? Ou tem algum projeto que você gostaria de divulgar?
Atualmente estou reescrevendo a segunda edição do Morte S/A. Um jogo que lancei em 2009 e que ao reler na atualidade, achei que ele merecia uma revisão. Havia alguns aspectos no livro antigo no qual já não concordava mais, então em meio a pandemia, decidi começar a reescrevê-lo. Em 2009 eu acreditava que um bom sistema de RPG deveria de ter um número considerável de mecânicas para solucionar situações e isso acabou criando um monte de rolagens e estatísticas desnecessárias, as quais não eram o foco do jogo.
Isso me fez cansar um pouco, de forma que deixei ele de lado por um tempo. Mas o cenário nunca me cansou. Assim como a alguns dos meus amigos, que junto comigo tentaram fazer do Morte S/A, board game e cardgame também. Agora finalizei um sistema diferente, e também dei uma atualizada no cenário (tudo que eu faço está em constante processo de criação). Nesse momento o livro está em fase de diagramação, restando apenas 50 páginas para o término.
6. Como você vê a ideia da comunidade RPGísta de realizar o mês do RPG Indie?
Acho incrível. Quanto mais autores, trocas de experiências e espaços melhor. Acredito que o mês do RPG Indie não só ajuda na divulgação de autores e difunde materiais autorais (na qual muitos são gratuitos como os meus), bem como incentiva novos RPGístas a lançarem seus materiais como RPG Indie! É uma iniciativa e tanto! Parabéns!
7. Para você, qual deveria ser o principal objetivo desse evento? E o que espera dele?
Espaço para autores e iniciativas verdadeiramente Indie. Espaço para os novos ou ainda desconhecidos produtores de jogos de RPG. Divulgação de projetos e Donwload de materiais. Incentivo ao novatos!
8. O que você diria que são RPGs INDIEs e qual a importância deles?
Para mim, o RPG Indie foi o recurso fundamental para poder jogar os cenários fantásticos que imaginava, e suprir a falta de acesso a conteúdos que havia em minha região. Hoje, acho que o RPG Indie tem uma função de ir além do mercado. Apresentar novas propostas ao jogadores e dar acesso a gêneros, aventuras, temáticas, estéticas e estilos completamente descompromissados com o mercado.
9. Como você vê a relação: RPGs da industria de jogos X RPGs INDIEs no mercado brasileiro e no mundo?
Acredito muito que cada um tem o seu papel. O papel da indústria de jogos é bem claro: fazer um hit. Emplacar um jogo como um produto rentável de qualidade. Acho que o RPG Indie poder ter esse objetivo também, mas como já mencionado, ele vai além. No Indie o RPGísta (consumidor ou produtor) pode experimentar além das métricas financeiras, das mecânicas, dos recursos… são possibilidades ilimitadas. Portanto a experimentação é, para mim, o ponto forte do Indie. O Indie pode andar a favor do mercado, ir contra, ser gratuito, pago, premium, ser um rpg como serviço… o Indie escolhe estar atado ao mercado ou não.
10. Qual mensagem pessoal sua você gostaria de mandar para a comunidade RPGista brasileira?
Queridos amigos RPGístas, vocês são incríveis. Obrigado por me acolher e me fazer sentir parte disso por tantos anos! Espero poder contribuir e colaborar mais para tornar essa comunidade cada vez melhor, mais inclusiva, mais acolhedora. Somos a melhor comunidade do mundo! Vamos Jogar!!
E se você gosta do que apresentamos no MRPG, não se esqueça de apoiar pelo Padrim, PicPay, PIX, e no Catarse!
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Além disso, o MRPG tem uma revista! Conheça e apoie pelo link: Revista Aetherica.
Leandro Abrahão – A 1ª Semana do RPG Indie no Movimento RPG
A 1ª Semana do RPG Indie no Movimento RPG é um evento idealizado e organizado por:
Entrevista realizada com o autor Vitor Simões, compartilhando conosco momentos da sua vida como criador de jogos de RPG Indie.
1. Conte-nos um pouco sobre você e sua trajetória como autor de RPG indie no Brasil.
Posso dizer que o começo da minha história com o RPG indie é quase que a mesmo que o começo da minha história como autor. Foi a partir do momento em que eu e meu grupo de amigos decidimos desenvolver o nosso próprio sistema de regras que começamos a ter mais contato com esse mundo Indie, pois passamos a olhar e a pesquisar diferentes fontes e sistemas. Para ser sincero, nós nunca encaramos o desenvolvimento do Codex como algo “autoral”, no sentido de escrita. Acho que por sermos todos engenheiros, nós sempre encaramos o desenvolvimento do sistema como um projeto de desenvolvimento de produto e não como um livro que estava sendo escrito. Inclusive, foi só após 7 anos de desenvolvimento que definimos que o formato que o sistema seria apresentado era o de um livro.
Assim soa até um pouco estranho a meus ouvidos ser chamado de “autor” hahaha. Agora, de forma bastante resumida, vou dar uma pequena linha do tempo que acho que ilustra bem aminha trajetória e a do Codex, pois é praticamente impossível desvincular uma coisa da outra.
Em 2014, eu me reuni com mais 4 amigos para começar o desenvolvimento do nosso sistema de RPG pois “quão difícil pode ser, não é mesmo?”. No começo de 2015 já tínhamos uma versão para teste (ainda não tinha nome o sistema). Testamos e estava horrível, não sei dizer se foi o pior sistema que já joguei, mas estava no top 5 hahaha nu. Depois disso passamos a aplicar uma metodologia de desenvolvimento de produto e recomeçamos do 0. A v0.00 do Codex saiu em meados de 2016.
Desse ponto…
…até 2020 fizemos 11 versões diferentes, algumas com mais mudanças outras com menos.
Nesse meio tempo tivemos a troca de dois integrantes da equipe, participamos de diversos eventos, conhecemos muita gente bacana dentro da comunidade do RPG e crescemos muito como pessoas e como conhecedores do hobby.
No final de 2020 lançamos a nossa campanha no catarse para o financiamento coletivo do livro, foi graças a todas as pessoas que conhecemos ao longo dos anos que conseguimos ter sucesso no financiamento para poder realizar o nosso sonho de lançar o nosso próprio sistema de RPG. Assim, 2021 era O ano dedicado a terminar tudo e entregar as recompensas.
Mas claro que as surpresas e dificuldades não acabam só porque você consegue ter sucesso em um financiamento. Agora é a hora da verdade e de formatar, diagramar e revisar e reescrever muitas coisas, assim a partir de meados de 2021 começamos a trabalhar em diferentes frentes, lidando com imprevistos desde ajustes inesperados no sistema até fornecedor que não entrega e a desistência de um dos membros da equipe. Mas isso tudo faz parte da aventura, afinal se fosse fácil não teria graça não é mesmo?
2. Quais foram os principais desafios que você enfrentou ao desenvolver RPGs indies? Como os superou?
Ao longo dos anos de desenvolvimento tive de superar vários obstáculos, mas como sempre trabalhei em grupo nunca senti que nenhum deles era grande de mais. A nossa equipe funciona como num grupo de personagens de RPG, cada um tem seu ponto forte e a sua função, se complementando e ajudando uns aos outros nos desafios que não conseguem superar.
Para mim o desenvolvimento de um sistema de RPG sempre foi muito mais do que desenvolver um sistema, mas também uma jornada de crescimento e aprendizado. Acredito que quando você encara um desafio dessa forma, as coisas ficam mais leves e as consequências, menos drásticas. Afinal mesmo que tudo desse errado e o sistema virasse algo que ninguém jogasse, apoiasse ou gostasse, ainda assim eu teria aprendido muito só por fazer ele e isso pra mim era o mais importante dessa empreitada.
Agora, respondendo a pergunta de forma mais objetiva, eu sempre tive dois grandes desafios. O primeiro era manter toda a equipe motivada, mesmo quando as coisas estavam dando erradas ou estava todo mundo exausto e o segundo era garantir que as coisas estavam acontecendo e sendo feitas com a velocidade e qualidade desejada. Essa segunda parte é especialmente verdade quando tratamos de fornecedores e pessoas externas ao grupo.
3. Quais foram os momentos mais marcantes ou pontos altos da sua jornada como autor de RPG indie
Tiveram alguns, diria que o mais marcante de todos, sem sombra de dúvidas, foi o sucesso no financiamento do Codex.
Todo acolhimento pela comunidade foi algo que me surpreendeu e me impactou bastante (de forma positiva, é claro hehehe).
Outro momento bastante marcante foi a nossa primeira participação em um evento de RPG em São Paulo. Foi em um evento de halloween no CCJ (Centro Cultural da Juventude) organizado pelo pessoal do Covil do RPG. Foi a primeira vez que testamos o nosso sistema com pessoas do público Sinto que esse foi o nosso primeiro passo dentro da verdadeira comunidade do RPG. A partir daí começamos a participar de eventos a cada 3~4 meses, depois a cada 1 mês e no final estávamos participando de eventos quase que quinzenalmente. Foi um período bastante intenso mas muito gratificante.
4. Compartilhe conosco um ou dois sucessos que você alcançou no cenário de RPG Indie. Houve surpresas, ou foi tudo como planejado?
Bom, posso dizer que o maior sucesso foi o do financiamento do Codex. Em termos da parte prática/funcional do financiamento, tudo ocorreu como previsto antes e durante o financiamento. Conseguimos bater as metas e todas as compras estavam dentro do que tínhamos projetado, assim não tivemos surpresas com o orçamento nem nada parecido.
A única surpresa, foi a quantidade de trabalho que ainda tínhamos pendente. Acreditávamos que o sistema estava praticamente 100% finalizado, mas no momento da revisão percebemos que tínhamos muita coisa para escrever e reescrever, no final acabamos fazendo até uma nova versão do sistema, incluindo algumas regras novas e uma serie de novos conteúdos para afinar o balanceamento do jogo.
Infelizmente isso significou em um atraso imprevisto na data de entrega das recompensas para os apoiadores…
5. Quais os projetos você tem desenvolvido na área dos RPG Indies? Ou tem algum projeto que você gostaria de divulgar?
Bom, acho que já falei bastante do Codex até agora. Então só vou dizer que o nome completo do sistema é: Codex of Reality. Temos página no facebook, instagram, discord e whatsapp se alguém quiser conversar sobre desenvolvimento de RPG ou saber mais sobre o sistema é só mandar mensagem em alguma dessas plataformas acesse nosso Corerpg | Instagram, Facebook, Twitch | Linktree.
6. Como você vê a ideia da comunidade RPGísta de realizar o mês do RPG Indie?
Olha, eu super apoio qualquer tipo de movimento da comunidade do RPG para criação de qualquer tipo de evento que ajude a disseminar o hobby e alimente a interação entre aqueles que já fazem parte dele.
Acredito que o nosso hobby é aquilo que fazemos dele então quanto mais pudermos fazer a favor da comunidade, melhor 😀
7. Para você, qual deveria ser o principal objetivo desse evento? E o que espera dele?
Vejo o mês do RPG Indie como uma janela de oportunidade para pessoas que estão desenvolvendo seus projetos mostrar para o publico o que estão fazendo além de ter contato com pessoas que já estão mais consolidadas nesse meio. Dessa forma espero encontrar não só coisas sobre projetos e pessoas que estão sempre aparecendo por aí, mas também ver novos autores e desenvolvedores.
8. O que você diria que são RPGs INDIEs e qual a importância deles?
Para mim, RPG Indie é todo RPG que não é regido/controlado por nenhuma editora grande. Em outras palavras, um RPG desenvolvido por alguém que é livre para criar e desenvolver o que bem entende sem sofrer influências ou interferências de uma empresa ou entidade que tenha como o objetivo principal o lucro.
Esse tipo de liberdade da a oportunidade para o surgimento de coisas que antes seriam inimagináveis, pois o autor pode criar e experimentar sem ter o peso da necessidade de criar algo que seja sucesso comercial.
9. Como você vê a relação: RPGs da industria de jogos X RPGs INDIEs no mercado brasileiro e o mundo?
O mercado de RPG no Brasil ainda está crescendo e ainda tem muito a crescer.
O brasileiro é um povo que culturalmente é muito aberto a coisas novas e a experimentar o desconhecido, então eu vejo muito espaço para pequenos autores e novos sistemas no Brasil.
Afinal não é incomum ir em um evento e ter 15 sistemas diferentes sendo jogados em 15 mesas.
Não sou profundo conhecedor do mercado internacional de RPG, mas estou morando em Toronto já faz 10 meses e posso dizer que aqui não existe o conceito de “eventos de RPG”. O que acontece é de pessoas se reunirem para jogar em locais públicos e abrirem vagas na mesa para pessoas externas, mas estranham quando eu descrevo ou conto o conceito dos eventos que temos em São Paulo, por exemplo.
Por causa desse tipo de coisa que eu acredito que o Brasil possui um ambiente muito mais fértil para o crescimento de novos RPGs, indies ou não.
10. Qual mensagem pessoal sua você gostaria de mandar para a comunidade RPGista brasileira?
Não tenho nenhuma grande mensagem ou frase de efeito, apenas desejar que todos continuem jogando e se divertindo. Afinal o RPG é isso, algo para a gente usar para se divertir, e não tem nada de errado com isso!
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Vitor Simões – A 1ª Semana do RPG Indie no Movimento RPG
A 1ª Semana do RPG Indie no Movimento RPG é um evento idealizado e organizado por:
Nesta Quimera de Aventuras vamos falar sobre a musica Ela Partiu, do cantor Tim Maia. que foi lançada no álbum Tim Maia e Convidados do ano de 1977. Produzida pelo cantor, a musica é muita vezes atribuída a fase chamada de “Racional” do cantor. Já que aparecia como faixa bônus nas fitas k7 e CDs do álbum “Racional Vol.1”, o que não é o caso. Depois de alguns anos, em 2012, ela foi lançada novamente no album Nobody Can Live Forever: The Existential Soul of Tim Maia.
Tim Maia
Tim Maia (1942-1998) foi um cantor e compositor brasileiro que fez sucesso com canções que representam o melhor do pop nacional. Entre elas, “Azul da Cor do Mar”, “Primavera”, “Me dê Motivo”, “Não Quero Dinheiro, Só Quero Amar”, “Gostava Tanto de Você” e “Sossego”.
Ele saiu do Brasil em direção aos Estados Unidos, aonde passou alguns anos e foi deportado por porte de drogas. E então utilizou o que aprendeu com uma curta carreira musical nos EUA e unificou com a musica brasileira, se tornando um dos maiores expoentes da musica brasileira de sua época.
Ela Partiu é uma musica sobre partida de alguém importante da vida do cantor. Não há certeza para quem a musica foi dedicada, mas há a suspeita que seria a sua namorada Janete, no inicio dos anos 70.
Ela Partiu não é exatamente uma das musicas de Tim Maia que mais repercutiu, como Azul da Corte do Mar ou Não Quero Dinheiro, mas ainda assim é uma musicas mais reconhecidas do cantor.
O grupo Racionais MC utilizou a musica como sample de sua música O Homem Na Estrada.
Nossa Opinião Pessoal
Ela Partiu é, para mim, uma das melhores musicas do cantor. Por ser uma musica extremamente simples em questão de letra, mas com uma melodia muito boa de se ouvir e muito impactante em sua simplicidade.
Eu e alguns colegas no Ensino Médio cantávamos essa musica quase que religiosamente em momentos de descontração, devido ao grande drama que a musica trás por um amor perdido.
Ela Partiu é uma musica sobre um amor que foi embora e talvez nunca mais volte, e hoje é uma musica que trás para mim memórias de um passado que não vai mais voltar, também.
Quimera de Aventuras
Abaixo, na parte da Quimera de Aventuras, assim como fizemos no Quimera de Gangsta’s Paradise, iremos pegar a letra da musica e imaginar um plot de aventura em cima dela.
Cenários e Sistemas
Nesta musica há uma historia de amor que pode ser transcrita em qualquer cenário e qualquer sistema de RPG. Dependendo de como você fizer a historia baseada no gancho da musica, você pode adaptar para qualquer tipo de cenário (Medieval low ou high fantasy, futurista, super-herói, etc…) e qualquer sistema. Apenas divirta-se.
Letra da Musica
Ela partiu Partiu e nunca mais voltou Ela sumiu, sumiu e nunca mais voltou Se souberem onde ela está Digam-me e vou lá buscá-la Pelo menos telefone em seu nome Me dê uma dica, uma pista, insista
Ei!
e nunca mais voltou Ela sumiu, sumiu e nunca mais voltou Ela partiu, partiu E nunca mais voltou Se eu soubesse onde ela foi iria atrás Mas não sei mais nem direção Várias noites que eu não durmo um segundo Estou cansado Magoado exausto E nunca mais voltou
Ganchos de Aventura
Historias de amor são universais e existem em todo lugar, mas essa historia é diferente. O grupo é chamado para auxiliar alguém completamente perdido de amor. O grupo precisa auxiliar um individuo que perdeu alguém muito amado e precisa de ajuda para achar esta pessoa novamente, algumas sugestões:
Seria um milionário que juntou uma fortuna afim de encontrar um amor perdido, mas depois de anos juntando riqueza com este objetivo, não conseguiu juntar muito mais que algumas pistas e, agora, precisa de auxilio de um grupo de mercenários/aventureiros para encontrar sua amada?
O cavaleiro que era apaixonado por uma nobre que foi prometida em casamente e levada a um reino distante, e devido a seus votos não pode ir atrás dela, mas pode contratar um grupo de aventureiros que pode.
O casal refugiado que, em algum momento, se perdeu e separou. Um dos membros do casal pede ajuda para se reencontrar com a outra parte.
Ou
O solicitante nem quer que os personagens tragam o amor dele de volta, só digam aonde ela está para que ele mesmo possa buscá-la. Mas durante o percurso os jogadores podem encontrar ou um louco apaixonado, ou apenas um louco.
Ou o inverso, alguém que partiu para longe de um grande amor e precisa de ajuda dos aventureiros para entregar sua ultima mensagem ao amor abandonado, nem que seja uma carta.
Considerações Finais
Tim Maia é um dos cantores mais importantes para mim. Não colocar ele como influência em muita historia que eu escrevo como Mestre de RPG seria mentira. Ela Partiu é uma das primeiras musicas do cantor que me vem a mente quando pensei em uma aventura curta, porém dinâmica e que indague os jogadores.
A pessoa que partiu, partiu porque foi forçada, porque queria ou porque teve? Isso quem poderá dizer é você e o seu grupo de RPG, até lá, só sabemos que Ela Partiu.
E nunca mais voltou.
E se você gosta do que apresentamos no MRPG, não se esqueça de apoiar pelo Padrim, PicPay, PIX, e no Catarse!
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Além disso, o MRPG tem uma revista! Conheça e apoie pelo link: Revista Aetherica.
Entrevista com o autor Jorge Valpaços, contando para a gente suas experiências com RPG Indie.
1. Conte-nos um pouco sobre você e sua trajetória como autor de RPG Indie no Brasil.
Opa! Eu sempre curti muito os jogos independentes nacionais. Me aproximei da cena ao jogar os jogos do Marco Bym, Carlos Klimick, Eliane Bettochi desde os anos 90. Mas recentemente, Tiago Junges,Encho Chagas, Eduardo Caetanoe outros foram fontes de inspiração. Eu tocava projetos de educação lúdica em contextos socioeducativos e sempre levava jogos brasileiros para as oficinas. Daí não tardou para esbarrar com Jefferson Neves e Rafão Araújo, conhecer seus projetos e ser convidado a participar do Lampião Game Studio. Estou nessa desde os anos 2014, mais ou menos, e tenho uma boa gama de jogos lançados desde então. Eu comecei a me relacionar com design de jogos pelo viés acadêmico, e só depois comecei a colocar a mão na massa e criar meus desvios.
Acho que minha assinatura tem a ver com as vivências, com o que sinto, com o que desejo partilhar. E em cada projeto deixo um tanto demim aberto pra jogo.
E acho que assinar “no jogo, a gente se encontra” é o que realiza a minha potência de viver. Só consigo me encontrar na contingência que é existir enquanto estou em jogo, e jogado, no mundo.
2. Quais foram os principais desafios que você enfrentou ao desenvolver RPGs indies? Como os superou?
Cada projeto tem suas demandas específicas. Muito do que faço fica anos na gaveta, precisando do tempo certo pra acontecer. Acho que os principais desafios vêm da materialidade. Eu, como qualquer criador cultural independente, não temos segurança financeira, e trabalhamos em tempo disponível. Escrever tendo de lidar com preocupações como tiroteio no complexo do alemão, tratar da saúde mental e tantas questões que me atravessam são mais complexas que buscar uma solução mecânica. Mas, quanto às restrições do processo criativo, penso que o sangramento voluntário e o design material sejam os meus principais desafios. Eu “me coloco em jogo”, num processo de entrega em cada projeto.
Então há aspectos de gozo e sofrimento em cada jogo que “nasce”. Já em relação ao design material, eu abandono convenções de jogos (como um manual é escrito, como o jogo é jogado) e parto da dinâmica “acontecendo na mesa” para pensar na criação do jogo. Se eu pensasse de outra forma, Ceifadores, com a ficha-biombo e a mecânica de pegar o dado, não aconteceriam, por exemplo. Mas isso gera algo muito complicado, que é buscar repertórios de outras práticas lúdicas para solucionar questões abertas durante a criação dos jogos. É algo um tanto difícil, mas muito recompensador. Só não concordo muito com a necessidade de superar desafios. Digo porque desisti, abandonei muitos projetos, muitos jogos. Saber que não vai dar é tão ou mais significativo que fazer. Você compreende seus limites, o que deve investir em melhorar, o que te faz mal.
É importante ter isso em mente, e deixarde lado um tanto aquela coisa de sempre vencer, superar, avançar.
3. Quais foram os momentos mais marcantes ou pontos altos da sua jornada como autor de RPG indie?
Ganhar os Goblins de Ouro de 2022 e 2023 com Ceifadorese Liçõesseria a resposta fácil. Mas quando levo um jogo meu a uma periferia, ele é jogado por uma menina que diz que foi muito divertido e é seu primeiro jogo narrativo, ali está meu ponto alto. E é por isso que hoje me dedico a jogos ensaios, impressos artesanalmente e em zines baratinhas e me volto a comunicar mais na ponta que no centro.
Agora, se dá pra listar outro ponto alto, outro aspecto que realmente se destaca em minha jornada, é poder dividir convites de jogar histórias tão únicas, como as de Amores da Vila do Caju, Asas da Vizinhança, Cruzos e Herdeiros dos Antigos. Apenas saber que estes desvios interessam a outrem já me faz viver
4. Compartilhe conosco um ou dois sucessos que você alcançou no cenário de RPG indie. Houve surpresas, ou foi tudo como planejado?
Lições RPG é um jogo com quase 8 anos de desenvolvimento. Lançá-lo após um fracasso na primeira campanha de financiamento coletivo já foi um sucesso incrível. Me dediquei muito a ele, mas jamais pensei que ganharia 2 prêmios (design de regras e livro básico no Goblin de Ouro de 2023). Tudo foi planejado para ser meu jogo definitivo no sistema L’Aventure, mas foi una grande surpresa ter tido este reconhecimento, dada a qualidade das obras de quem concorria comigo.
5. Quais os projetos você tem desenvolvido na área dos RPG Indies? Ou tem algum projeto que você gostaria de divulgar?
Sigo na deriva e no desvio lúdico. Agora meu enfoque é em lidar com o repertório do jogar que nós temos ao criar jogos. Então esperem ver jogos meus que lidam com adedanha/stop, amarelinha, batalha naval e tantos outros jogos que a gente já conhece para estar no centro do desenvolvimento da prática lúdica. E meu primeiro projeto neste (des)caminho é Gavaret, fantasia e aventura em suas mãos. É um jogo narrativo competitivo (isso mesmo, teremos vitória em rpg) jogado com pega-varetas. O seu lançamento será no início de agosto em catarse.me/gavaret
6. Como você vê a ideia da comunidade RPGísta de realizar o mês do RPG Indie?
Gosto muito da proposta. Me inspiro e admiro muito as pessoas autoras que estão na cena e me
orgulho de dividir o presente com eles.
7. Para você, qual deveria ser o principal objetivo desse evento? E o que espera dele?
Eu espero que haja mais visibilidade destas pessoas fantásticas que inventam mentiras incompletas jogáveis, verdadeiras como a vida, e as partilham. Penso que o principal objetivo do evento possa ser repensar o jogo e o jogar. E nisso, já lançamos os dados.
8. O que você diria que são RPGs INDIEs e qual a importância deles?
Eu não sei o que são rpgs indies, rs. Dá pra pensar em produção independente, mas não tenho segurança em determinar que um tipo de jogo é indie e outro não. Acho que o independente por aqui s relaciona com o jogar e criar e não exatamente com o jogo. Pensando sobre este jogar e criar independente, penso que ele pode saltar por caminhos mais brincantes e esquivos que a estrada de tijolos amarelos. Mais, ainda em amarelo, somos, em submarinos, ou não.
9. Como você vê a relação: RPGs da industria de jogos X RPGs INDIEs no mercado brasileiro e no mundo?
Sem óculos, vejo meio embaçado. Com óculos, talvez seja mais embaçado.
Não observo uma necessária oposição, mas assimetria e exploração. Criadores independentes fazem parte de um mundo atravessado por monopólios, concentrações hegemônicas e contradições. Grande parte (e eu me insiro) são precarizados numa indústria que se orgulha em falar de lucro e receita enquanto coleciona escândalos trabalhistas e práticas de apoio a supremacistas, por exemplo. Ali, debaixo da ponte, com a tenda aberta, há quem mostra sua arte, ao lado do shopping center. Acontece que a fome bate, a conta vem e você vende sua força de trabalho pra reproduzir sua existência. E este é o jogo mais difícil de jogar.
10. Qual mensagem pessoal sua você gostaria de mandar para a comunidade RPGista brasileira?
Permita colocar-se em jogo. Venha comigo pra se perder um tanto. A gente inventa uma história sobre como foi depois. Basta escolher um lanche de histórias e comer com gosto em Lampião Game Studio
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Jorge Valpaços – A 1ª Semana do RPG Indie no Movimento RPG
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