Direto da fonte para as suas mesas de jogo! As últimas atualizações do Compêndio de Conselhos Sábios – Sage Advice Compendium chegaram para dissipar as dúvidas e trazer esclarecimentos oficiais sobre as regras de D&D !
Para quem está ansioso para desbravar as novas mecânicas, é importante notar que o Sage Advice não se trata de uma errata tradicional, mas sim de um FAQ abrangente para as perguntas mais comuns levantadas pela comunidade. Pense nele como o seu guia definitivo para as nuances das novas regras.
O Compêndio de Conselhos Sábios reúne uma vasta coleção de perguntas e respostas sobre as interações das regras em Dungeons & Dragons. Com o lançamento dos novos Livros de D&D, o Sage Advice foi totalmente atualizado para cobrir o material inédito presente nesses volumes.
E a boa notícia é que ele continuará a ser atualizado! À medida que a comunidade explorar as novas regras e novas questões surgirem, o Sage Advice será revisado e expandido, garantindo que tenhamos sempre um recurso oficial para sanar nossas dúvidas.
Portanto, se você está se preparando para mestrar ou jogar as novas edições de D&D, não deixe de conferir o Compêndio de Conselhos Sábios para ter acesso aos esclarecimentos oficiais e garantir que suas aventuras sejam épicas e dentro das regras! Fique ligado nas próximas atualizações!
Por último, mas não menos importante, se você gosta do que apresentamos no MRPG, não se esqueça de apoiar pelo PicPay, PIX ou também no Catarse.
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No dia 13 de Abril de 2025, tivemos a primeira edição do Festival Literário de Fantasia, ou FLIF(FLIFantasy) para os íntimos. Que já trouxe diversos nomes da fantasia literária nacional para o evento.
Esquenta Virtual by LabPub
Antes de falar do evento em si, na semana anterior tivemos diversos bate-papos com autores nacionais e internacionais de fantasia. Entre eles Penn Cole(Despertar da Chama Eterna), John Gwynne (A Sombra dos Deuses), Fernanda Castro (Mariposa Vermelha),Travis Baldree (Cafés & Lendas), Maisa Carvalho (Coisas de Mineira) e Claudia Fusco (A Guerra das Máquinas).
Cada painel não necessariamente falava sobre as obras de cada autor, no entanto, deu uma palinha do que seriam os painéis do evento.
Stands de RPG no FLIFantasy
Na nossa cobertura, passamos por diversos stands de editoras de RPG e conversamos sobre as novidades e prévia das editoras. Você verá a entrevista na integra no nosso canal do Youtube, mas de antemão, trouxemos um resumo para você não sair de mãos abanando!
Luz Negra
No evento, a editora Luz Negra estava com Melodia Perdida, Casos Conspiratórios e Conspirações RPG. A editora, atualmente, está finalizando BREU, um OSR compatível com a 5e, que teve um lançamento parcial no dia 15/03/2025 com novas adições de regras. Quem apoiou pelo catarse pode acessar pelo site da editora.
Mago dos Dados
O casal do Mago dos Dados, nossos amigos de longa data, trouxeram diversos dados, torres de dados e outras novidades para o evento. Além de anúncios de surpresas que estão por vir mais para o futuro deste ano. O Mago dos Dados tem firmado diversas parcerias com grandes editoras, com a Capy Cat e sempre tem marcado presença nos eventos. Além de dados, eles vendem escudos do mestre personalizados, kimonos, acessórios para mesa de RPG, e você pode conferir tudo isso no site deles.
Nozes Game Studio
A Nozes Game Studio trouxe para o evento o RPG Bárbaros de Lémuria, By The Sword, o Cartapácio de Monstros que contém regras de criaturas para diversos sistemas OSR. O RPG de ficção cientifica Muralhas de Jericó e os livretos do RPG Urbana Bellica, que além do seu livro básico também veio os suplementos Arcana Mundi e Caos & Ordem. Atualmente, a Nozes Game Studio está com o financiamento coletivo para Tagmar 3e, primeiro cenário de fantasia brasileiro. Que já foi 100% financiado.
Retropunk
Neste ano, a editora Retropunk está com o FC de Fallout RPG, o qual já foi financiado. E no site está disponível o jogo rápido de Duna RPG e o playtest de Psicomaquia, um cenário para 5e. Para o evento, eles levaram seus títulos mais populares como Vaesen, Brancalonia, as linhas de Savage Worlds como Pathfinder para Savage Worlds, SWADE (Savage Worlds Aventura), Hora de Aventura RPG e outros títulos.
Também tivemos a presença do nosso querido Matheus Herpich que já escreveu algumas aventuras para nós e tem Instagram, o Ideias Arcanas.
Tria Editora
A Tria Editora é os dono do principal anúncio do evento: o lançamento de Cosmere RPG. O jogo de RPG baseado no cenário do autor Brandon Sanderson. A pré-venda inicia em julho e você pode ver melhor no site da Tria Editora. O livro não será Financiamento Coletivo, mas sim, Pré-Venda diretamente.
Além disso, no stand, a Tria estava vendendo unidades dos livros já publicados, como o Bestiário do Folclore Brasileiro, Symbaroum, Action Movie World, Beyond the Wall, PunkApocalyptic. E pretendem realizar novos financiamento coletivos como de Anime 5e, Urban Shadows 2e, Shadow of the Weird Wizard.
Os Painéis do FLIFantasy
Uma das partes mais legais do evento. O Flifantasy trouxe diversos painéis com discussões interessantes sobre literatura de fantasia e RPG.
Como Salvar o Mundo e Outros Mundos: A Jornada dos Heróis na Fantasia
O painel trouxe mediação de Amanda Orlando (Predestinados) e apresentação de Fábio Kabral (O Caçador Cibernético da Rua 13), Laura Pohl (The Last 8) e Mayra Sigwalt (Aqui Quem Fala è Da Terra). No painel eles falaram muito sobre tipos diferentes de heróis e como eles conversam com a realidade, não só dos autores, mas também dos leitores que consomem aquela literatura. Desse modo, cada autor conversou sobre como escreve seus heróis e como eles, talvez, não sejam tão heróis assim.
Expandindo Universos: Literatura, RPG e Fã Service
No painel, o mais relacionado com RPG do festival, tivemos mediação de Ana C. Rodrigues (Fábulas Ferais), Fábio Yabu (Combo Rangers), Leonel Caldela (O Evangelho do Exorcista) e Karen Soarele (Deusa no Labirinto). Eles falaram sobre o ofício da literatura colaborativa utilizando o RPG e suas aplicações nas adaptações de Ghanor e Ordem Paranormal para os quadrinhos, além das streams de RPG como as que fizeram surgir Ordem e outras de Tormenta e Ghanor, como Fim dos Tempos e Bárbaros no Paraíso.
Romantasia: Um reino por um Romance
No painel de Romantasia, tivemos a mediação de Suh Roman (suhssurros),Ariani Castelo (O Abismo de Celina),Ana Jeckel (Nadia Keane), Bianca Jung (O Veneno na Montanha) e Natalia Ávila (Sonata de Lua e Fogo). No painel falaram sobre o gênero de Romantasia, sobre o que ele é e a magia do romance que esses livros trazem, de mundos mágicos de emoções e paixões a flor da pele.
Neste painel com mediação de Fábio Fernandes (O Torneio de Sombras),Brunna Prado (Harper Collins),Marcia Blasquês (Tradutora: Mistborn) e Thiago Bio (Editora Aleph). Foi falado sobre os principais cenários dos épicos de fantasia, suas influências e como eles influenciam os escritores de fantasia de hoje em dia na criação dos seus próprios mundos.
Brandon Sanderson: Autor Homenageado
Este foi um painel duplo, que contou com uma entrevista pré-gravada com o autor Brandon Sanderson (Mistborn) e onde foi revelado que vai acontecer a pré-venda do livro Cosmere RPG, jogo de RPG baseado no universo dele, pela Tria Editora.
Além disso, o painel teve mediação de Tamirez Santos (Resenhando Sonhos),Lorena Simli, Pedro Ribeiro e Petê Risatti (Tradutor: A Guerra do Velho). Onde foi conversado sobre a obra de Brandon Sanderson, como ele não consegue escrever poucos livros (e muito grandes), e expectativas sobre os novos livros deles de romance que estão em publicação pela Trama Editora e o RPG que vai sair pela Tria Editora.
Pitching: Novos Autores de Fantasia
Neste painel mediado por Milena Enevoada, Mariana Rolier, Mateus Erthal (Tradutor: Darth Vader e Filho) e MM Izidoro. Tivemos um conversa sobre pitching, sobre como fazer seu pitch para uma editora e ainda com a presença de jurados de pitching para autores de fantasia.
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02BNA (Brand New Animal) é um anime do estúdio Trigger que foi lançado em 21 de março de 2020 (é… já vai fazer 5 anos; talvez já tenha feito quando estiver lendo este texto). Nele nos é contada a história de Michiru, uma garota humana normal até que um dia se transforma numa feral, animais antropomorfizados com a capacidade de se transformarem numa aparência humana; infelizmente ferais sofrem grande preconceito e perseguição na sociedade, o que obriga nossa protagonista à ir para Animália (ou Anima-city no original), uma cidade-estado no mar do Japão.
Junto com ela, descobriremos sobre esse mundo e relação entre ferais e humanos. Esta será uma adaptação para 3DeT tornando possível que você jogue neste cenário, no mínimo, interessante e belo. Nela você encontrará 3 novos arquétipos, dicas para o cenário e algumas técnicas novas. Divirta-se (◍>ᴗ•◍)❤
Por que 3DeT?
Mais para frente nesta adaptação será explicado o mundo, mas quanto à vibe, não há dúvidas de que pertence à 3DeT. BNA é um anime divertido, cheio de cenas de ação e humor e um final nonsense (quase marca registrada do estúdio, vamos combinar). Paralelo a isso, ele também dialoga com um mundo opressivo com minorias e as formas de preconceitos que elas sofrem. Histórias não faltarão à quem quiser criar nesse mundo.
Jogando BNA
Primeiro de tudo, não se pretende mudar as regras básicas de 3DeT*; suas explicações de como narrar, dar recompensas e XP não precisam disso, aqui teremos só dicas de local e cenário social.
*Assim, não considero mudar regras, pois está no livro, mas recomendo fortemente usar a regra adicional de Especialização.
Um mundo preconceituoso
O mundo de BNA não esconde suas questões e conflitos sociais, pelo contrário, são fontes de histórias para uma grande parte dos episódios. Contudo é difícil de definir algum preconceito específico que a relação humano-feral possua; pode se argumentar preconceito de raça, mas é difícil de afirmar.
Assim como Beastars, BNA tem uma ambiguidade na questão do preconceito. Existem episódios que tratam de grupos supremacistas caçando ferais; preconceito e exclusão do mercado de trabalho; estereotipamento dos ferais por demonização e romantização… Exemplos não faltarão para inspirar suas próprias sessões.
Você, no papel de narrar, pode escolher se narrará em Animália ou em qualquer outro lugar do mundo; não importando onde, o preconceito irá atrás, o local só mudará a intensidade (fora de Animália, com certeza os humanos serão mais agressivos contigo).
Ressalto também a importância de uma conversa franca com as pessoas participantes da mesa sobre esses assuntos. Preconceito é algo vivido por diversas pessoas na vida real, dessa forma, viver isto em jogo pode ser, no mínimo, desagradável.
Porém tirar completamente de BNA esse aspecto descaracteriza o mundo, ou seja, a solução ideal é suavizar. Afinal, em Animália preconceito não será uma constante, mas um passado traumático dos ferais que fugiram de suas antigas vidas para esta cidade em busca de paz.
Animália!
Animália, como dito anteriormente, é uma cidade situada numa das ilhas no mar do Japão, tendo um governo próprio e que está constantemente em conflito com o governo japonês. Não contando, claro, que há diversos protestos civis contra a existência desse distrito e o governo não parece interessado em manter a cidade segura, deixando-a constantemente ameaçada.
Ela é uma cidade grande, tendo todas as vantagens e desvantagens de uma: há grandes arranha-céus em parte da cidade enquanto em outra há periferias sem saneamento básico. Basicamente a desigualdade social é presente nesta ilha, assim como em qualquer outra cidade.
Com isso você terá áreas de comércio, estabelecimentos, prédios burocráticos, mansões e belas praças para visitar enquanto mora num bairro onde mal tem saneamento básico. A cidade também está em crescimento, algumas áreas estão em construção (ou em reconstrução, considerando os eventos finais do anime).
Fora isso, uma informação válida para todo o mundo, é que a tecnologia é um pouco mais avançada em comparação ao que temos atualmente. Não será visto carros voadores nem nada muito escancarado, porém é perceptível que seus veículos são diferentes. Sendo assim, existem robôs capazes de operar em situações de combate (as armas móveis antiferais) e sua medicina também se mostra avançada, tendo painéis azuis brilhantes por todo lugar. Pensando por esse lado, robôs são um bom inimigo comum para jogadores baterem sem dó.
Inimigos
Falando em inimigos para se bater, há mais duas possibilidades de “fontes” que são: grupos supremacistas, que por vezes pagam ferais para cometer crimes em Animália; ou grupos mafiosos da cidade, em especial A Família, que é a máfia mais poderosa, e que controla as demais. O primeiro grupo apresentado é para bater sem dó, o segundo você já precisa de uma manha para não tornar sua estadia na cidade inviável (ou curta demais…).
Mas não é só vilões e preconceituosos que se tem na cidade, ainda existem pessoas a se conhecer, divertir e se relacionar com. Em geral, a sociedade feral não difere da humana: saem com amigos, se casam, trabalham, tem hobbies, veem esportes, etc…
Os detalhes interessantes são 3: andar morfado, religião e festas. É sabido que o aniversário da cidade é comemorado como um marco (provavelmente no dia 9 de maio), uma vitória do povo feral depois de 1.000 anos de perseguição.
Detalhes Interessantes
Sobre andar morfado (na versão antropomórfica animal), tome bastante cuidado! Isso pode ser visto como uma atitude desrespeitosa e indica que está procurando por briga pelas gangues da cidade (perda em testes para negociar). Mas é permitido e incentivado em situações de comemoração, confraternização, esforço físico (jogos esportivos e afins).
Também é uma questão de etiqueta social: em certos lugares pode em outros não. Ainda sobre sociedade, ferais costumam ser ferozes (ba dum tss), levando suas disputas bem a sério, como no próprio basebol onde é permitido matar a equipe adversária.
“Os fortes vencem. É uma regra simples.”
– Shirou
Por último, não é dito nenhuma proibição a cultos religiosos, tendo um em específico que atrai ferais: o culto ao Lobo Prateado. A figura divina é dita como protetor de todos os ferais, tendo lendas de seu aparecimento em momentos de grande sofrimento de seu povo. Sua existência é incerta (he), mas a crença é uma certeza para os ferais.
“Nada que é roubado em Animália pode ser recuperado”
– Jem, presidente da Corporação Feral
Lugares Importantes
Não são vistos muitos lugares importantes durante o anime dignos de uma descrição extensa, sendo uma cidade de grande porte tem diversos prédios, uma praça central palco para eventos, docas (afinal é uma ilha), etc…
O único lugar de destaque, que pode servir de pontapé inicial para suas histórias, é a Corporativa Feral, um centro de ajuda a ferais recém-chegados que fornece abrigo, comida e auxiliam no processo de tirar documentos (pelo que apresenta no final do anime, talvez seja até responsável pelo esquema de vacinação).
Assim, pode ser o primeiro lugar que jogadores visitam, caso não vivam lá.
Animália é uma cidade grande, com grandes preocupações e questões a serem resolvidas; o que claro, não é ruim! (Talvez se você morar lá). Um lugar com muita possibilidade de histórias não só sobre grandes eventos, mas também de pessoas traumatizadas com a sociedade, e que buscam uma nova vida, um novo começo. Apesar de tudo, Animalia é acolhimento.
Que mecanismo!
Chegamos na parte que falamos de mecânicas, regras e novos componentes para encaixar suas personagens nesse novo mundo a ser explorado.
Seguindo a ordem do próprio livro, primeiro teremos as vantagens e desvantagens banidas (não que eu não acredite no seu potencial de saber o que cabe ou não nesse cenário, mas para quem não conhece deve ser um bom norte). Depois, os dois novos arquétipos: Feral e Mutante; e duas fichas de personagem: Michiru e Shirou. Logo em seguida, uma lista de técnicas proibidas e por fim um novo Kit de Personagem com algumas técnicas novas.
*estas serão possíveis de adquirir somente com o Kit mostrado mais a frente.
Desvantagens proibidas
Bateria | Elo vital | Maldição | Sem Vida
Arquétipos novos
Feral 1pt
Ainda que sejam cercados de uma mística por toda a história da humanidade (sendo colocado como divindades, seres mágicos e afins), os ferais coexistem com os humanos a mais tempo do que se pode imaginar.
Em uma parte dessa história, começaram a ser perseguidos, mortos, chacinados e excluídos dessa sociedade que fizeram parte.
Ferais são seres antropomórficos com a capacidade de mudarem sua aparência e capacidades físicas entre humano e fera. Eles são muito variados entre si, sendo aves, mamíferos, peixes, répteis, etc.; basicamente animais vertebrados (pelo menos nunca apareceu um inseto ou crustáceo).
Morfar. A principal característica dos ferais e que carrega consigo significados sociais (como comentado na parte de Animália). Você ganha a vantagem Transformação (de 1pt), e ela funciona normalmente com o adicional de ganhar uma vantagem extra entre Ágil, Forte, ou Vigoroso.
Cacoete. Você carrega consigo um trejeito de sua contraparte animal, mesmo quando não morfado. Escolha uma desvantagem entre Antipático, Atrapalhado, Fracote, Frágil, Indeciso ou Tapado.
Preconceito. Seja lhe tratando como animal selvagem ou de estimação, as pessoas não conversarão contigo sem tratar com rejeição/leviandade. Você sofre Perda em testes sociais feitos com humanos que descubram que você é feral.
Mutante 2pt
Sendo cobaia de um experimento (de certo, não autorizado por você) da empresa farmacêutica Sylvasta, o DNA do seu corpo foi modificado a ponto de você deixar de ser um humano e se tornar um feral. Mas não um feral qualquer, um com capacidade de mutação genética sem limites, até então, que lhe permite copiar traços de outros animais no seu.
Essas pessoas mutantes são como ferais comuns na maior parte do tempo, sendo perceptível sua diferença apenas quando tornam seus braços em asas de albatroz ou suas pernas nas de um guepardo. Alguns deles podem até modificar seu corpo inteiro, aumentando de tamanho e assumindo uma forma mais próxima do animal.
Ainda Feral. Você recebe todas as vantagens e desvantagens citadas no arquétipo Feral.
DNA-F Modificado. Sua mutação permite que seu corpo mude de forma em partes dele, mais do que ferais comuns. Você ganha a vantagem Imitar. Depois de conseguir imitar uma vez alguma vantagem, você pode guardá-la e usá-la posteriormente.
Para tal, gaste PM igual ao custo em Pontos da Vantagem para ter acesso a ela pela cena; além disso, você ainda precisará gastar PM para uso se a vantagem exigir.
Contudo, você não pode ganhar membros extras (tirando uma cauda) e, portanto, não pode usar algumas vantagens ao mesmo tempo. Exemplo: se tiver a Vantagem Forte que vem de braços de gorila e a de Voo que vem de asas de corvo, você não poderia usá-las junto pois não tem como seus braços serem de gorila e asas ao mesmo tempo.
Absorver mana | Área de Batalha | Bola de Fogo | Disparo de Energia | Grito da Selva | Invocar Elemental | Megalon | Mikron | Poeira Glacial | Queimar o cosmo | Setas Infalíveis de Pretovna
Todas as lendárias
Técnicas Novas
Comuns
Amplificador Nirvasyl
Requisitos. Confusão, Perícia Máquinas Alcance. Muito Longe Custo. 10 PM Duração. Instantânea
Essa técnica foi pensada para causar uma crise catastrófica em Animália e propagada por alto-falantes, todo feral que ouvir é afetado por Fúria: Poder+2 em ataques e crítico 5 e 6, Perda em todos os testes, gasto dobrado de PM em vantagens e técnicas; também deve atacar a primeira pessoa que ver. O efeito dura até a pessoa ser curada.
Night Running
Requisitos. Habilidade 3 Alcance. Perto Custo. 1 PM Duração. Instantânea
Uma música que anda fazendo muito sucesso, com seu ritmo relaxante consegue servir para festas e momentos mais íntimos. Cante a música junto com outra pessoa, que também deve ter esta técnica e cantar com você, role um teste de Arte e ganhe um bônus de +5 em PM, +1 para cada crítico na rolagem, durando pela cena (ao final, os PMs extras se esvaem). Caso as pessoas jogando cantem o refrão, ganha-se 1 PA extra.
Lendárias
Uivo Acalentador
Requisitos. Lobo Prateado Alcance. Muito Longe Custo. 15 PM Duração. Instantânea
A função de um deus não é só brigar e matar inimigos, é também acolher seu povo nos momentos difíceis. Seu uivo choroso percorre uma grande distância e neutraliza a fúria causada pelo Amplificador Nirvasyl por até 1d horas. No entanto, isto não é uma cura, já que para um feral sair do estado de Nirvasyl precisará de um antídoto.
Uivo Sônico
Requisitos. Lobo Prateado Alcance. Muito Longe Custo. 5 PM Duração. Instantânea
Concentrando seu uivo potente num único ponto, solta de sua boca uma rajada de energia em linha reta. Faça um ataque com ganho e P+2 à distância muito longe, numa área de linha reta. Além disso, destrói qualquer construção a qual atingir.
Kit – Lobo Prateado
Cultuado como um deus dos ferais, o Lobo Prateado está a pelo menos 1.000 anos acompanhando a história de seu povo como um protetor pontual e anônimo; porém, poucos sabem sua origem.
A verdade é que o Lobo Prateado surge de um ritual sangrento e que foi, por milênios, restrito a uma única família feral, autodenominados puros e dignos de tal poder. Mal sabiam eles que o ritual não estava limitado à sua família, sendo para todos os ferais.
O ritual envolve o sacrifício de centenas, até milhares, de ferais em prol de um deles ganhar um poder incrível. Este poder consiste na obtenção da imortalidade, regeneração acelerada, força e resistência sobre-humana e a capacidade de se transformar, uma diferente das ferais. Ganha-se uma forma animalesca, gigante, brilhante e com poderes ainda maiores.
Exigências. Feral, Realizar um sacrifício que envolva matar centenas de ferais incluindo você (por favor não faça isso).
Corpo Divino – O ritual lhe deu os poderes de um deus, e um não pode morrer para qualquer coisa. Você ganha as vantagens Imortal, Regeneração (de 2pt) e para de envelhecer.
Forma Divina – Além da forma feral, você ganha esta forma divina, como na Vantagem Transformação (1pt). A diferença está que você aumenta sua escala para Sugoi e ganha as vantagens Forte, Golpe Final e Vigoroso. Fora isso, pode aprender (gastando XP normalmente) duas Técnicas Lendárias: Uivo Acalentador e Uivo Sônico.
Milhares de Almas – Dentro de você reside todas as almas daqueles que foram sacrificados, podendo ser um tormento ou uma força. Você tem o dobro de Pontos de Ação quando está Perto da Derrota.
Considerações Finais
BNA é um anime divertido, empolgante e que trabalha questões sociais pertinentes, ainda que de forma não tão profunda. Agora com a adaptação para 3DeT você pode se aprofundar o quanto quiser. Espero que aproveite e lembre-se do seu orgulho feral.
As informações aqui apresentadas foram retiradas do próprio anime e, como suporte, da wiki do próprio.
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Se está aqui, mas prefere Tormenta20 e A Lenda de Ghanor, se liga na Área de Tormenta, o espaço especial dedicado apenas à Tormenta20 e o que remete a ele! E os Santos Escritos onde falamos de A Lenda de Ghanor RPG! E acompanhe também as outras sessões, por favor!
Preparem seus óculos de realidade virtual e desempoeirem seus consoles antigos! O DOFF 2025, um dos maiores eventos de board game e RPG da América Latina, está completando 10 ANOS e a celebração promete ser épica… e nostálgica!
Para começar as comemorações, a Omniverse será palco de uma festa de aniversário retrô com temática anos 90/2000! No dia 10 de maio, a partir das 14h, preparem-se para uma imersão na melhor era dos games com decoração temática, brindes nostálgicos (incluindo guloseimas!), mesas de RPG para todos os níveis e um encontro imperdível com os mestres @brunocobbi e @narradoresnarrados. A entrada é GRATUITA com inscrições a partir de 05/05.
E as novidades não param por aí! Em um anúncio que agita a comunidade geek, o DOFF terá um dia extra de programação em 2025! No dia 20 de junho de 2025, o evento iniciará com um foco em educação, negócios e networking estratégico.
Além disso, a décima edição do Diversão Offline terá um novo lar ainda maior: o Expo Center Norte – Pavilhão Azul! Nos dias 21 e 22 de junho de 2025, preparem-se para 10.000m² repletos de novidades, mais atrações e experiências inesquecíveis no maior evento de board game e RPG da América Latina.
Marquem nos seus calendários: a celebração de 10 anos do DOFF será uma jornada nostálgica e um salto para um futuro ainda maior!
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Em Arton, Mestre Cozinheiros tem se espalhado como aventureiros para explorar as delícias que tem em masmorras. Em Vallindra, os arcanautas já tem buscado esse tempero de masmorra especial a algum tempo, mas e se algumas das refeições das Arcas acabassem em Arton? É o que veremos hoje no Área de Tormenta!
Disclaimer
Todas as regras abaixo foram feitas por um fã, para fãs. Dessa maneira, não tem nenhum vínculo oficial com a Jambô Editora.
Culinária Avançada
Na prévia do Heróis de Arton, tivemos a ideia do que são as regras de Culinária Avançada. Com elas, além de especificar mais como se fazer cada prato, também trouxe novos pratos especiais.
Em 3DeT Victory, temos diversos pratos especiais e seus bônus no sistema, então vamos adaptar esses pratos pensando nas regras de culinária avançada lançadas no Heróis de Arton. Como estamos nos baseando nas prévias, é bem possível que algumas das regras sejam alteradas, caso ocorra, iremos alterar a postagem.
É importante se alimentar bem, seja para explorar uma arca em 3DeT Victory ou uma masmorra em Tormenta20!
Refeições das Arcas
Em 3DeT, há três tipos diferentes de refeições: refeições básicas, refeições gourmet e refeições do chef. As mais básicas seriam alimentos muito simples ou corriqueiros que não teriam efeitos em regra em T20, por serem muito comuns, as demais vamos abordar abaixo.
Na refeições, vamos ter o nome do prato, seu beneficio, os ingredientes que pede, o custo desses ingredientes e a CD do teste de Ofício (Cozinheiro).
É sempre bom ter algo para ajudar na digestão.
Bebidas
Seguem as mesmas regras das bebidas do Heróis de Arton, pág. 235
Chá Élfico. Escolha uma magia que possa lançar, ela custa –1 PM (acumulativo com outras reduções). T$ 10.
Energético UNIPAWA. Recebe Resistência a cansaço e metabolismo +2. T$6.
Goradshake. Recebe +5 PM temporário. T$ 36.
Shake do Martelo. Você recebe +1 em testes de ataque. T$ 6
Sundae da Vitória. Recebe +10 PM temporário. T$ 48
Refeições Gourmet
Estes são pratos mais preparos, pensados, que exigem mais ingredientes específicos.
Arcaburguer. Escolha uma das suas habilidades que custe PM, ela custa –1 PM (acumulativo com outras reduções, min 1 PM). Farinha, queijo, carne. T$ 23. CD 15.
Bandejão da UP. Chamado de Bandejão da Academia Arcana em Arton. Role 1d6, em um resultado 1, você tem -2 em uma perícia a escolha do mestre até o fim do dia. Em um resultado 2-4, você recebe +2 em uma perícia a sua escolha. Em um resultado 5, você recebe +3 PM temporário ou +10 PV temporário (escolha um). Em um resultado 6, você recebe +1 em um atributo a sua escolha (não acumulativo com bebidas que aumentem o mesmo atributo), esse aumento não altera valor de Defesa, PM ou PV. Carne, Cereal, Ovo de monstro, Óleo, Queijo, Verdura. T$ 77. CD 25.
Carreteiro de Charque de Trobo. Concede +15 PV temporário. Cereal, Carne de Caça, Óleo. T$ 36. CD 22.
Bife à Kaiju. Quando faz um acerto crítico, ele causa +5 de dano. Cereal, Carne de caça. T$ 33. CD 20.
Estrogonofe de Wyvern. Recebe +5 em testes de Vontade. Carne de caça, cogumelo. T$ 37. CD 20.
Pastel de Grifo. Recebe +2 em Iniciativa. Farinha, Óleo. T$ 16. CD 15.
Omelete de Montanhuga. Você recebe +2 em Defesa. Ovo de monstro, Óleo. T$ 53. CD 25.
Ração de Arcanauta. Equivalente a Prato do Aventureiro.
Salada Defensora. Semelhante a Fritada Monstruosa.
Suspiro de Dragão. Você recebe +10 na Defesa contra um ataque ou em um teste de resistência. T$ 27, CD 25.
Às vezes, o melhor gancho de aventura é ir atrás do ingrediente para fazer aquele prato especial!
Refeições de Chef
Estes são pratos mais complexos e mais caros. Não tem ingredientes básicos, mas ingredientes complexos que devem ser adquiridos para serem preparados.
Bulgogi de Vallindra. Recebe +1 na margem de ameaça. Deve fabricar uma Pimenta de Vallindra, um ingrediente raro que deve ser extraído de montanhas nas sanguinárias. Encontrar uma pimenta de vallindra é uma Busca entre aventuras que recolhe 1d6 espaços em pimentas, cada prato de Bulgogi consome uma pimenta. T$ 60, CD 35.
Ceviche de Atlântida. Recebe +2 em testes de resistência. Deve ser feito com algas de oceano, um ingrediente encontrado apenas em masmorras no fundo do mar. T$ 36, CD 25.
Dracatouille. Recebe +1 em testes de perícia de um atributo a sua escolha. Deve ser feito com legumes encontrados nas sanguinárias, perto de covis de dragões. T$ 45, CD 30.
Gelato Zero. Uma vez até o fim do dia, você pode trocar uma falha crítica por um 20 natural. Mas seu próximo teste pedido pelo mestre será um 1 natural. Deve ser feito com essência elemental (frio) de criaturas como dracoferas ou glops de gelo. T$ 62, CD 30.
Paella K’Athanoa. Você recebe +5 PV e +2 PM temporários. Deve ser feito com frutos do mar Grandes ou Enormes, principalmente das baías das ilhas de Khubar. T$ 45, CD 30.
Risoto Feérico. O custo de lançar suas magias e habilidades mágicas diminui em –1 PM (acumulativo com outras reduções). Prato normalmente feito exclusivamente por fadas, o cozinheiro deve convencer uma fada a compartilhar com ele seu tempero feérico. Algo que normalmente vem em troca de algum favor (ou brincadeira) com fada. T$ 62, CD 30.
Sashimi de Kraken. Você recebe +1 no multiplicador de crítico. Feito com partes de carne de Kraken. T$ 62, CD 30.
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Se liga na Área de Tormenta, o espaço especial dedicado apenas à Tormenta20 e o que remete a ele! E acompanhe também as outras sessões, por favor!
Preparem seus dados e canetas, RPGistas de todo o Brasil! A RPGCON, o maior e mais aguardado evento de RPG do país, está de volta. E a RPG Brasil acaba de anunciar o lançamento de seu financiamento coletivo para a edição da RPGCON 2025, e as notícias são simplesmente épicas!
A campanha de apoio para a edição de 2025 já está ativa em MeepleStarter | RPGCON 2025, visando tornar a edição de 2025 a maior e melhor de todos os tempos. E os objetivos já estão sendo alcançados a passos largos, com diversas metas que desbloquearão ainda mais conteúdo e atrações incríveis!
A RPGCON acontece desde 2020, contribuindo imensamente com o cenário do RPG nacional, aclamando nossos autores e editoras além de incentivar o crescimento dos produtores independentes.
Você pode já conferir a agenda toda, as lojas e artistas participantes, além disso também participar da Gincana Quest.
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Neste Quimera de Aventuras, vamos falar de Sifu, Um jogo de beat em up desenvolvido e publicado pela Slocap, para PS5, PS4, Nintendo Switch, Xbox One, Xbox Series X/S, GeForce Now e PC. O jogo se passa na china, aonde controlamos o filho de um professor (um “sifu”) de artes marciais que busca vingança pelos responsáveis pela morte de seu pai.
Sobre o Jogo
Sifu é um jogo de beat em up, mas diferente de outros jogos do gênero que são em 2D em sua maioria, ou side-scroller, Sifu é um jogo em terceira pessoa em que muitas vezes a cena se abre para simular filmes de Kung Fu dos anos 80/90 (como Police Story, Hora do Rush ou qualquer filme antigo do Jackie Chan). Mas o principal brilho do jogo está em sua mecânica de morte.
Em Sifu, sempre que você morre no jogo, o seu personagem envelhece 1 ano e aumenta a contagem de morte dele em +1 (ou mais, se tiver morrido em sequência), o único momento do jogo (além do entre fases) que você pode comprar novos movimentos para o protagonista. Se morrer mais de uma vez de forma seguida, a contagem de morte aumenta e, na próxima vez que morrer, envelhece 2 anos ao invés de 1, e assim sucessivamente. Para diminuir a contagem de mortes, o personagem deve enfrentar um capanga mais poderoso ou derrotar um boss.
Apesar de ser possível diminuir o contador de morte, não é possível diminuir a idade do protagonista, a não ser recomeçando a fase e jogando ela novamente, tentando morrer menos, e deixando o protagonista mais jovem.
Com uma certa quantidade de XP, os movimentos podem ser desbloqueados permanentemente, se mantendo mesmo que você volte e rejogue fases para ficar mais novo.
O dedo coçando pra bater em capanga.
Nossa Visão sobre o Jogo (Pode conter spoilers!)
No momento em que escrevo essa Quimera, não zerei 100% o jogo, porque fiquei focado em tentar chegar na fase o mais novo possível, em alguns chefões cheguei com 30 anos, e refiz a fase até conseguir derrotar o chefe com 20~22 anos de idade. Apesar de ser considerado um beat em up, o jogo me lembra bastante a sensação de um soulslike (Demon Souls, Dark Souls, Elden Ring, Sekiro, etc…), no sentido que o jogo te recompensa por reconhecer padrões dos inimigos, bloquear e atacar no momento correto.
A vibe de um filme de kung fu dos anos 90 me agrada muito, ele parece (pra mim, pelo menos) um bom sucessor espiritual do saudoso Jackie Chan’s Stuntmaster. Menos cartoonesco e menos personalista, mas mais focado na emoção de ver um homem entrando em uma sala e descendo o sarrafo em diversos capangas, para então enfrentar um chefe do crime no 1v1.
Dificuldade e Acessibilidade
Quando o jogo saiu, ele ressuscitou a discussão sobre dificuldade e acessibilidade nos jogos. Sifu, apesar de ser muito bom, não é um jogo fácil. Ele foca muito em você entender os padrões de ataque dos inimigos e saber responder a altura (muitas vezes, tendo que lidar com dois, três ou quatro inimigos te atacando ao mesmo tempo). Pessoalmente eu entendo quem se incomoda ou até mesmo “dropa” um jogo desse tipo, mas sendo um filho dos anos 90, eu vejo muita beleza no jogo que te desafia a ser melhor e, muitas vezes na repetição, te fazer ser melhor.
Eu mesmo poderia ter chegado no final do jogo com 60+ anos de idade e terminado ele no limite, mas o jogo me deixou cativado a melhorar ao repetir as fases e terminar elas cada vez mais novo. Entendendo aonde errei e corrigindo meus erros. Como praticar uma arte marcial, Sifu te instiga a refazer a mesma fase até completá-la da melhor maneira possível, e assim, ir para o próximo desafio mais novo, errando de novo, mas corrigindo seus erros.
Na mão, com bastões ou facões; O importante é dar porrada.
Quimera de Aventuras
Nessa seção, vamos dar ideias para mesas usando o jogo como referência!
Cenários e Sistemas
Sifu pode ser inspiração para qualquer sistema voltado a artes marciais. Como jogador de classes combatentes como Monge (em D&D, Pathfinder) ou Lutador (T20). Desde sistemas voltados completamente a artes marciais, como A Lenda do Dragão de Fogo RPG. Alguns sistemas genéricos podem ter campanhas voltadas a simular esses tipos de combates, como GURPS Artes Marciais, 3D&T Alpha e 3DeT Victory.
Ganchos de Aventura
Os personagens tiveram a família dizimada por um grupo de artistas marciais, por um motivo que ainda vão descobrir, enquanto descem a porrada em diversos capangas pelo caminho.
Os personagens fazem parte de um dojo de artes marciais, e um maluco volta semana atrás de semana, mesmo depois de vocês terem certeza que mataram ele! Mas ele parece, ligeiramente, mais velho a cada vez que derrotam ele…
Os personagens são combatentes marciais, e lutam cumprindo missões pessoais ou para alguém especifico. Mas quando um é derrotado, ele recorda alguns minutos depois, o que causou isso? Depois de algum tempo, ele parece mais velho também…
Com a idade, vem a sabedoria… E as dores nas costas.
Lidando com Morte e Renascimento na Mesa de RPG
Diversos sistemas tem regras de idade, como Tormenta20 ou até mesmo outros d20 de fantasia. Por mais que um dos ganchos acima de a entender que todo o grupo pode ter essa condição, é algo curioso deixar pelo menos um jogador ter essa condição. Quando ele chega a 0 pontos de vida, ao invés de fazer rolagem de morte, ou qualquer outra mecânica para estabilizar, ele acorda com todos os PV na rodada seguinte, mas um ano mais velho.
Isso vai depender do jogador e mestre fizerem “tracking” da idade do personagem e aplicar as penalidades necessárias. Mas lembrando que, diferente do jogo, não dá para voltar na fase anterior e recomeçar, e muito menos ressuscitar o personagem assim que se passar dos 70 anos…
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Preparem suas vestimentas e lustrem suas armaduras! A Medieval Experience está retornando para dois dias de pura imersão no universo medieval, nos dias 3 e 4 de Maio, no já tradicional Modelódromo do Ibirapuera (atenção: não dentro do Parque Ibirapuera, mas na Rua Curitiba, 290, próximo ao metrô Paraíso!).
E a melhor notícia? A entrada é GRATUITA! A organização convida os participantes a doar 1kg de alimento não perecível ou ração animal para participar das diversas atividades gratuitas.
Preparem-se para uma edição MAIOR e MELHOR, um evento para toda a família com classificação livre. O Modelódromo, conhecido como a casa da Medieval Experience, se transformará novamente em um cenário de fantasia.
Atrações
Danças Medievais
Jogos Temáticos
Vivências Imersivas
Feira de Artesanato
Arquearia (atividade cobrada à parte)
Arremesso de Machado (atividade cobrada à parte)
Combates Medievais
O emocionante Torneio das Flores de Esgrima Histórica, organizado pela Compagnia di Marte, reunindo mais de 50 atletas de todo o Brasil!
A presença de Vikings!
Hidromel e Cerveja Artesanal para brindar!
Uma completa Arena de Boardgames para os estrategistas!
Área Kids com atividades (algumas podem ser cobradas à parte) para os pequenos aventureiros!
E uma ótima notícia para os gateiros e dogueiros: o evento é Totalmente Pet Friendly, com uma área adicional dedicada aos nossos amigos peludos!
Variedade de Gastronomia para recarregar as energias!
E muito, muito mais!
O evento tem como um dos seus destaques o torneio de combates medievais de Esgrima Histórica. Venha vibrar e apoiar os atletas de todo o país!
Para participar das atividades gratuitas, é necessário realizar um registro no Sympla (link na BIO do evento). Lembrem-se: 1 ingresso por pessoa é válido para ambos os dias!
Não percam essa chance de viver uma experiência medieval autêntica bem no coração de São Paulo! Marquem na agenda: 3 e 4 de Maio no Modelódromo do Ibirapuera!
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Escritor e professor carioca, J.V. Teixeira é o autor do romance Torres de Wynlla, um dos mais recentes contos no Universo de Tormenta, que fala sobre um grupo de personagens enfrentando a alta sociedade arcana de Wynlla, o reino da Magia, e vivendo altas aventuras por lá. O autor nos concedeu uma entrevista no finalzinho de 2024 e você pode conferir ela por aqui.
Cara, primeiramente tudo bem, como você tá?
Cara, tirando o calor, tudo certo!
Disclaimer
A entrevista abaixo contêm SPOILERS do livro As Torres de Wynlla, leia por sua conta em risco!
As Torres de Wynlla
Para começar a entrevista legal, mesmo que eu tenha lido o livro e esteja com as coisas frescas na cabeça para perguntar, queria que você o apresentasse. Fique à vontade!
Torres de Wynlla é um ótimo ponto de entrada para quem não conhece Tormenta, mas para quem é familiar ao cenário, acredito que vai servir para enxergar aquele reino de um modo diferente.
Até porque, por mais que Tormenta seja um cenário de fantasia medieval, tem espaço para muita coisa. Quem for introduzido no cenário pelo Torres vai conhecer um lado um pouco diferente da fantasia medieval mais “clássica”, e, de repente, pode acabar sendo levado a se interessar pela fantasia mais tradicional quando procurar os outros livros.
Uma história de aventura igual a um desenho animado
Quando a gente conversou na Taverna do Anão Tagarela, eu achei engraçado descobrir como os autores são convocados. Você escrevia desde livro sobre a sua vivência como professor até histórias de terror e então foi chamado para escrever um livro infanto-juvenil. Contudo, a minha impressão é que o Torres tá no meio termo de maturidade entre o Dado Selvagem e a Cidade da Raposa.
Considerando esses três como essa pegada dos novos autores de Tormenta, Dado Selvagem é o mais infantil, Cidade da Raposa é um pouco mais maduro (fala sobre drogas, vida adulta e etc), mas enquanto eu lia o Torres eu imaginava muito um desenho do fim dos anos 2000, ou início dos anos 2010, como Ben 10 ou Liga da Justiça Sem Limites. Algo voltado para adolescentes saindo da puberdade e entrando na vida adulta, que tem suas partes bobinhas, mas também tem assuntos mais sérios.
Eu queria saber se isso foi proposital, se você gosta de colocar isso nos seus livros ou se a sua inspiração foi outra e essa impressão foi errada.
Foi totalmente proposital. Eu quis fazer um livro que tivesse camadas de compreensão, mas não consigo nem afirmar se eu fui feliz nisso, pois não sei se o leitor vai reconhecer os subtextos dentro dele.
Por exemplo, se pegarmos os vilões Alcyanda e Vergil. Eu quis tornar os dois odiosos, só que não sei se um adolescente vai sentir tanto ódio deles, porque tem coisas que talvez um adulto consiga captar um pouco mais.
Tem toda uma leva de animações que seguem esse caminho de ter camadas. A criança assiste de boa, mas se você é um pouco mais velho, vai ver aquela aventura divertida como algo mais profundo.
Os desenhos do meio dos anos 2000. Inicio dos anos 2010 são muitos bons em retratar essas aventuras para adolescentes com lições de maturidade.
Fico feliz de ouvir isso porque foi o sentimento que tive. Eu estava lendo o livro, aí em um momento o Cidney perde o braço e eu tomei um susto. Não é algo que a gente espera em uma aventura para crianças e normalmente representa um momento de virada do personagem. Em Hora de Aventura algo do tipo acontece e é um choque.
Os Vilões do Torres
Você falou dos vilões, e uma coisa que eu fiquei curioso foi pela escolha deles. Quando li a sinopse, acreditei que seria um livro contra a Magocracia, de gente querendo derrubar essa “democracia”. Também é, mas tem muitas pessoas querendo levantar uma monarquia de novo (o que é mais real do que gostaríamos). E essas pessoas não tem escrúpulos para chegar aos seus objetivos, então eles se unem aos minotauros escravagistas e aos puristas.
Você disse que queria muito que a vilã fosse odiosa, mas tem muitos momentos em que a gente tá na cabeça dela. Quando você escolheu apresentar o ponto de vista da Alcyandra e dos vilões ao redor dela, qual foi o seu objetivo?
Vamos por partes. Você citou que tem um momento em que o leitor entra na cabeça da Alcyandra e tem um vislumbre do que passa na mente dela e do Vergil também. Eu acho importante esse tipo de coisa, porque tem algo que está caindo em desuso, que é o cara ser mau só porque ele é mau. Eu não queria colocar apenas duas pessoas que estão em uma posição elevada e por isso são maus, eu quis dar um porquê. Tanto é que talvez outras pessoas na situação deles se tornassem herois ao invés de vilões.
Principalmente o Vergil.
Ele vem muito da literatura e de filmes de guerra que eu consumo, principalmente os filmes de guerra revisionistas que colocam os soldados como herois de guerra que quando voltam não são ninguém. Juntei isso com as pessoas que fazem o bem, mas querendo algo em troca.
A Alcyranda, apesar de tudo, tem influência do meio em que foi criada. Ela é obrigada a repetir estereótipos para sobreviver naquele mundo, chegando a um ponto de odiar algo que ela é. Isso é bizarro demais, e eu quis passar esse paradoxo. Ela não escolheu isso, mas ódio não tem explicação.
Esses dois foram pensados desde o começo para serem vilões.
Quando comecei a preparar o livro eu não havia definido os dois, só que um deles viria do Conselho e o outro da Guerra Artoniana. Essa base estava certa, mas a quem estariam ligados não.
Só fui pensar nesse escopo quando me enviaram o capítulo do Atlas de Arton relacionado a Wynlla, então comecei a preencher as lacunas com informações que haviam lá.
Respondendo sua pergunta sobre os puristas e os minotauros: eu queria colocar uma escalonação de perigo e conforme lia o Atlas, percebia que havia alguns espacinhos que eu poderia usar.
O Tavikus é um personagem que tá no livro Vectora – Cidade nas Nuvens. Eu peguei ele, juntei com o histórico recente de Tapista e aí surgiu essa espécie de levante de Minotauros. Também fiz isso pensando naquela questão de quem perdeu algo que achava bom ficar revoltado. Os minotauros estavam em uma situação favorável até a escravidão acabar e não vão aceitar isso quietos. “Antigamente que era bom”, algo do tipo.
Os puristas, tirando a Tormenta, são o ponto máximo de perigo em Arton, com todo aquele radicalismo. Não havia porque usar a Tormenta no livro, então eu coloquei os puristas para serem o topo desse escalonamento de inimigos que o grupo se depara.
Tem muita coisa que surge conforme eu vou escrevendo. Por exemplo, o retorno do Alvar. Ele só apareceria no começo. Quem termina o livro acredita que ele é uma peça fundamental, mas a ideia de trazer ele de volta veio conforme eu escrevia. Eu o criei para ser um vilão pontual, mas ele ganhou uma vida que me encantou. Nem passado ele tinha, aquele histórico surgiu quando eu escrevi o capítulo.
Outro exemplo desse tipo é o Lamond ser irmão da fantasma que os protagonistas encontram. Essa ligação surgiu conforme eu escrevia e enriqueceu muito a história.
Vergil é um dos principais antagonistas do Torres, mas ele já havia aparecido nos livros como a representação da Distinção Mago de Combate.
Eu não havia pensado nisso, mas esses dois realmente pareciam que foram pensados dessa forma desde o início.
Valkaria vs Wynna
A gente conversou na CCXP sobre a subtrama que me fisgou e ao meu amigo Antônio (que terminou o livro antes de mim). Estou falando do prólogo, onde tem meio que uma guerra acontecendo entre Valkaria e Wynna, que me deixou muito curioso.
Wynna tem um nicho dentro dos alinhamentos e sempre foi muito Neutra. Ela não tem um lado, mas é boa, distribui magia para todo mundo. Valkaria normalmente é colocada como heroína, mas muitas vezes age como uma vilã. Da maneira que você colocou o embate delas, Wynna parece muito a vilã.
Não sei se você pensou alguma delas como vilã ou heroína, mas com vilã eu quero dizer a antagonista da história, porque Wynna não quer que o Cid encontre o que ele tá procurando e fica “irritada” por tudo dar certo.
Todo esse jogo de tabuleiro ao redor me lembrou muito as discussões entre Khalmyr, Nimb e os demais deuses no primeiro romance da Trilogia da Tormenta e em Holy Avenger: Paladina. Qual foi a ideia para ter o embate das duas?
São deusas que a gente nunca imaginou interagindo muito. Valkaria naturalmente tem ligação com todo o panteão, mas Wynna nunca pareceu ter algo contra alguém. O livro tem uma interação de irmandade muito legal com elas.
Enfim, o que você tem para falar sobre o relacionamento dessas duas deusas e dessas partes?
Eu coloquei as deusas por dois motivos.
Quando li Inimigo do Mundo eu surtei, porque, por mais que Tormenta tenha essa abertura, até o Inimigo do Mundo eu imaginava os 20 deuses do mesmo modo que as pessoas veem Deus no mundo real. Algo divino e acima de todos. Eu não os enxergava como algo falho, com desejos e tudo mais. Após a leitura, comecei a enxergá-los mais como deuses gregos e romanos.
Minha ideia inicial era apresentar as duas deusas só no final. Seria o plot twist: Valkaria manipulou toda a aventura vivida por Cidney e s outros.
Eu demonstraria isso do mesmo modo que os deuses aparecem naqueles filmes clássicos de mitologia grega dos anos 60 e 70, em que estão tomando um vinhozinho no meio de um lago, vendo os herois na água.
Mas aí em uma conversa com o meu editor, o Cassaro, ele sabiamente falou que como a gente estaria apresentando Tormenta para novos leitores, era interessante os deuses aparecerem antes, para o pessoal não chegar no fim da leitura e falar: “mas que diacho é esse de deuses conversando?”.
Quem conhece Tormenta ia entender de boa, mas quem tá entrando não. Então, o que seria o epílogo do livro foi particionado em quatro momentos: a introdução, o interlúdio, o epílogo e o fechamento do romance.
Sobre a mudança em relação a Wynna, foi proposital. O que eu tentei passar é que ela teme até onde os mortais conseguem ir sem a magia. Por isso ela baniu o Lawson, afinal, ele começou a ter avanços tecnológicos que não precisariam mais dela. Um exemplo é o Ferrugem, que é um golem teoricamente mágico, mas que de certa forma poderia funcionar sem magia.
Essa é uma visão que eu não tive. Eu havia entendido que ela estava incomodada com a tecnologia vindo para substituir a magia, mas não havia entendido que Wynna se sentia ameaçada por ela. E ai entra de novo naquelas questões que a gente não sabe se é proposital ou não, mas as Engenhocas no Tormenta20 simulam magias, então podem “substituir”. Tem dois inventores nos últimos dois livros que fazem coisas incríveis, mas que não são magias.
Até no momento em que o Cidney tá para baixo, se achando incapaz, a Dacila diz que ele consegue fazer coisas que nem ela que é maga conseguiria, usando apenas a Inteligência.
Sim! E ele simula um monte de magias. Pensando mecanicamente, usar “magia sem magia” deixaria Wynna pistola.
Eu não vi a questão mecânica em si, mas pensei dessa forma.
Desde sempre o embate era entre Khalmyr e Nimb. É interessante ver outros deuses com essa dinâmica!
Representatividade em Tormenta
O Cidney é o personagem principal. Muita coisa gira ao redor dele e por causa dele. A gente conversou sobre na CCXP, mas ele é um dos poucos protagonistas negros de Tormenta.
São poucos protagonistas negros, mas as coisas estão mudando, pois hoje em dia tem reflexões que não existiam antigamente. A cultura pop em geral está passando por isso e muita gente tá incomodada (o que mostra que estamos indo pelo caminho certo).
Mas realmente são tão poucos protagonistas negros que muita gente ao ver as primeiras imagens do Cid pensou que o Torres era um livro sobre o jovem Nargom.
A tendência é mudar, podemos ver que no próprio Torres tem entre os protagonistas o Cid, o Vergil e a Dacila, que são negros, além da Nasus, que não é preta, mas tem um tom de pele diferenciado.
Inclusive, ela era uma personagem que não existia no planejamento até eu escrever a parte que ela aparece.
O livro em si teve muita surpresa pra mim, porque muita coisa surgiu durante a escrita. O Cid não perderia o braço, eu decidi na hora que aconteceu. Como isso aconteceu, ele teria que ganhar um novo, e aí veio a tia dele com essa função.
Enquanto eu escrevo, as ideias surgem.
Por exemplo, o grupo de aventureiros que coloquei no prólogo do livro era pra ser um grupo aleatório, mas quando cheguei na parte em que a Nasus conta a história do grupo dela e do avô do Cidney, eu juntei com essa parte da introdução. Eu acho que enriqueceu ainda mais a trama, para mostrar como muitas vezes Valkaria é perversa. Ela tá mexendo todos os pauzinhos para Wynna aceitar o que ela quer, fazendo a irmã pensar que foi por acaso.
No fim, Wynna tá lá “pô, minha irmãzinha, perdi”, e Valkaria tá com a face plena aceitando a vitória.
Ferrugem e Data, sempre tentando entender a lógica dos feitos de carne.
Família Tradicional Artoniana
Você falando que a Nasus foi pensada no meio do livro me deixou surpreso, porque “não é necessariamente a família tradicional artoniana” parecia uma passagem pensada, com antecedência. É bem legal que a família do Cidney seja composta por um avô goblin, uma tia centaura e um golem deformado.
Falando no Ferrugem, você disse para mim no podcast que ele seria um personagem que o pessoal ia gostar bastante e isso se provou verdade. Ele tá ali para resolver muitos problemas, salva muita gente da morte certa e tem um dilema muito legal, de personagens como o Data do Star Trek, que leva tudo no literal e que estão montando um senso crítico.
Qual foi a sua maior inspiração para ele?
O Ferrugem é a junção da teimosia do Obelix com a curiosidade do Data de querer compreender o mundo. Ele fica indignado quando algo está acontecendo e aparentemente não tem sentido.
Além disso, tem o temperinho que surgiu no meio da escrita, graças a minha noiva que me perguntou se o livro teria piada. Até então não teria, mas por causa da pergunta dela eu coloquei.
A Dacila foi baseada na sua esposa então? Porque ela é a única que presta atenção nas piadas do Ferrugem e ri.
Pior que não foi, hahaha.
Os Novos Titãs, escritos por Mark Wolfman
O motivo dela ser a única que ri foi uma tática de escrita que eu aprendi com o Marv Wolfman, um roteirista de quadrinhos das antigas, que criou os Novos Titãs. Lendo uma entrevista há muito tempo fiquei fascinado em como ele criou a equipe, fazendo uma escala de proximidade entre os personagens.
No caso do Torres eu defini que o Cidney não ia achar nada engraçado, a Gnal uma coisa ou outra e a Dacila riria de tudo. Daí a relação fica mais fácil, porque se você coloca uma comédia, você já sabe como eles vão interagir.
Essa escala pode ser usada para qualquer aspecto, inclusive os combates. Por exemplo, o Cidney tem uma pistola, então ele ataca de longe. A Dacila tem os bastões e a magia, então ela pode combater de perto e longe. O Ferrugem só de perto pois usa os punhos. Por fim, a Gnal nunca ataca. Com isso consigo criar boas cenas de ação, além de poder subverter as coisas, colocando o Ferrugem para enfrentar alguém que bate de longe. Ele precisando pensar em como atacar o inimigo a distâcia, isso dá um destaque maior em cenas de ação.
Subvertendo a expectativa no combate
Isso até ajuda a subverter as coisas, porque quando o Ferrugem enfrenta o elfo de pedra ele resolve na conversa e o Cid quando ganha o braço novo dá uma porrada.
Aproveitando o gancho, como você escreve bem cena de luta!
Muito obrigado, hahaha.
Tem gente que não gosta de escrever essas cenas porque dá um trabalho danado, mas acho que é a parte que eu mais me divirto.
Você tem uma ótima visão espacial e tem saídas criativas para os combates. Mesmo com essas subversões que você falou, quando o Ferrugem começa a apanhar da pra saber que é porque tem alguma coisa errada.
Inclusive, nesse capítulo que você tá citando, eu me desafiei a escrever como se fosse um plano sequência de filme.
Eu costumo colocar muita quebra nos capítulos, então se tem uma luta, foco no Cid, ai ponho um quebra, vou pro Ferrugem, coloco outra quebra, volto o foco pro Cid e por aí vai. Isso é o normal da minha escrita, por que sou um leitor de ônibus e leitor de ônibus sabe que é uma merda você estar no meio do capítulo e ter que parar a leitura para descer no ponto.
Contudo, essa cena em específico que você citou (talvez a luta mais épica do livro) não tem quebra.
Acho que só no final, quando tem a “morte” do Ferrugem.
Que é algo que me deixou muito apreensivo, afinal, o Ferrugem era o ponto de segurança do grupo. Quando acontece, o leitor fica doido, pensando no que pode acontecer.
É muito importante que esse combate aconteça perto do fim, pois luta chama mais atenção do leitor, contudo, o desfecho do livro não poderia ser apenas uma pancadaria. É por isso que no final, o Cid vence um conflito na fala e com inteligência e não na força.
A magocracia de Wynlla é bem burocrática, mas não deixa de ter pessoas sábias.
Tem uma senhora nessa cena final, inclusive, que eu acho que nunca foi citada. Ela dá moral para o Cid, deixa ele falar e eu achei muito legal porque para o plano dele dar certo ele teria que ser ouvido.
Sim. Tanto que essa senhora chama ele de inocente por pensar que não poderia ser parado, mas ela apresenta diversas formas diferentes de fazer isso.
Ela já existia sim, eu tirei do Atlas. De personagens criados por mim tem os quatro principais, a Nasus, o avô do Cid, Alvar, os dois vilões e eu acho que só.
O Vergil apareceu antes na Dragão Brasil como a ilustração do Mago de Combate. Inclusive, só fui perceber que era ele depois de ler o livro. O Cid também apareceu antes no Ameaças de Arton na página de Golens despertos.
Sim! E o pior é que quando a imagem saiu eu não sabia se podia falar ou não, hehehe.
Continuando sobre o plano do Cid: muitas vezes para as pessoas ascenderem precisam de oportunidades para serem ouvidos e, a partir daí, elas conseguem.
Sim. No começo do livro já é visível que o Cidney tem muito potencial, afinal, ele venceu o torneio. Contudo, a fala preconceituosa é tão forte que ele não consegue ver a importância que é vencer um torneio tão disputado.
Esse começo do livro fica melhor ainda quando percebemos que é uma insciente falando para outro insciente de um crime que não existe. “Você tá lutando com um Golem que não é mágico” mas, na verdade, ele é! Tanto que quando a Dacila usa Visão Mística, ela vê isso, mas ninguém em Wynlla teve esse cuidado.
É o puro preconceito. Viram aquele “troço” diferente do padrão e começaram a rir na hora, a preocupação só surgiu conforme ele foi vencendo as lutas.
Existe um pequeno detalhe para evitar o furo. Quando a Alcyanda desce e o Cid pede pro Ferrugem descansar, ele tira a esfera do golem, que é o componente mágico dele.
Então, se alguém tentou usar o Visão Místico depois disso, não viu que ele era mágico, porque ali só estava a parte mecânica e mais nada.
O avô do Cid tava dentro da esfera o tempo inteiro? Ou foi adicionado no meio do livro também?
Não, ele estava o tempo inteiro.
Hoje em dia, ninguém duvida que Anões podem lançar magia!
Anões e Magia
O preconceito mais “fácil” de colocar no livro é o do Cid porque ele é insciente e a gente liga muito a nossa realidade, comparando com a questão racial, mas o que me pegou de surpresa foi a Dacila. Eu não esperava o preconceito dos magos com os anões. Tem a destruição da Escola de Semi-Humanos pelos vilões, a Dacila ser uma maga com apenas duas magias e etc. De onde vem isso?
A escola vem do antigo Reinado D20. Quando eu reli e depois li o Atlas, percebi que tinha coisa em um que não estavam no outro. Quando indaguei o Cassaro: “Tem algum motivo para a escola não estar mais aqui?”, ele falou que saiu porque não tinha espaço para colocar tudo no Atlas e que no antigo Tormenta existia esse preconceito dos magos com anões, achando que eles não podiam lançar magia, mas isso não existe mais atualmente. Daí perguntei se poderia colocar que esse problema ainda existe no pessoal mais velho e assim trouxe a escola de anões de volta, criando o motivo dela não tá no Atlas (já que foi destruída) e o preconceito contra a Dacila.
A Dacila foi um presente. Tem muita amiga minha que ficou feliz de vê-la na capa. Ela é tão interessante que às vezes rouba o protagonismo. Tem planos de trazer ela em uma conto a parte?
Se encomendarem e me pagarem, estou disponível pra bastante coisa, hehehe. Tanto que na Dragão Brasil 211 teve um conto sobre o adversário que tomou porrada do Ferrugem no início do livro.
Isso me lembra um nicho específico que são fan games de personagens aleatórios de jogos clássicos, como Abobo’s Big Adventure e Green Biker Dude, que são baseados em personagens secundários.
Alcynda voltará?
Vamos falar sobre o gancho que você colocou na história. A Alcynda tá engatilhada para voltar. Ela tá presa na masmorra de Valkaria e uma hora vai sair. É como a gente comentou, Valkaria tanto traz a solução como o problema.
Essa foi mais uma daquelas questões que eu queria acrescentar ao cenário. Tem até a chance dela voltar, mas pra mim foi mais interessante colocar a possibilidade do jogador trazer ela de volta do que pensar em outro livro. Ela tá lá, se alguém quiser pode fazer uma aventura com isso.
E se voltar, vai vir chutando bundas pra caramba, muito nervosa e mais forte.
Tem uma coisa que muitos autores de fantasia voltados para RPG fazem, e você fez muito bem, que é dar gancho de aventura.
Isso foi totalmente planejado, pois Tormenta, essencialmente, é RPG. Eu queria muito acrescentar não só para o lore, mas também para o jogo.
Só nesse livro, os jogadores podem usar em suas mesas o Conclave Vermelho, o final da Alcyndra, o Lawson, os escravagistas do submundo de Vectora.
O Submundo de Vectora
Esta questão de pessoas a venda coloca em pauta um dos personagens mais amados do cenário, que é o Vectorius. E isso é muito bom! Eu não gostaria que o Vectorius fosse um “Elon Musk” de Arton que o pessoal vê como alguém muito bonzinho.
Acredito que a escrotidão do Vectorius ficou clara.
Uma passagem que eu me orgulho é quando eles estão vendo a encenação da criação de Vectora. O que é mostrado é muito pomposo e a Alcyandra fica pensando que a encenação não mostra os acordos que ele fez e etc.
Eu gostei bastante dessa cena. Eu ouvi algumas pessoas comentando “Pô, Vectorius, um dos heróis que enfrentou a Tormenta, faz vista grossa para a venda de escravos?” Sim! Tem muitos amigos meus que gostam do Vectorius por ele ser esse cara que veio do nada e construiu Vectora com magia e suor do próprio trabalho.
Essa ideia já existia em livros antigos, eu só trouxe à tona no meu para fazer ligação à Deusa do Labirinto.
Por isso fiquei em dúvida. Não sabia se era algo já presente no cenário ou se foi criação sua. Mesmo sendo algo antigo, pouca gente fala.
O antigo livro do Reinado é muito rico! Na época que eu jogava 3D&T mais fervorosamente usava muito ele.
As Várias Faces do Fascismo
Algo que tivemos problema na comunidade foram pessoas querendo jogar de Puristas e fazendo falsa dicotomia da época que dava pra jogar de Minotauro, mesmo sendo uma raça de escravistas. Os três últimos romances falam sobre temas que me surpreenderam muito por terem sido abordados. Dado Selvagem entra na questão do preconceito com imigrantes, você aborda várias facetas diferentes do fascismo e de estruturas de poder opressoras, de uma maneira que eu não esperava.
Quando tu trás essa outra face do Vectorius e coloca que ele tem que se dobrar às burocracias “calado”, eu achei muito interessante.
A galera, às vezes, tem uma visão muito distorcida da realidade… Eu sou meio descrente com algumas coisas. Acredito que a pessoa, para atingir certos patamares, ou teve que se sujar em algum momento ou alguém teve que se sujar por ela.
E o Vectorius teve que se sujar para criar Vectora, isso mesmo é citado no Atlas. Muita gente não entende o peso disso até ler em um romance.
A relação dos dois foi muito abalada pelos eventos recentes…
Aproveitando, você respondeu outra pergunta no livro, que é onde raios tava o Talude! Enquanto o Vectorius tá de cabelo branco com saudade do namorado, você mostrou que ele tava de boa em Magika, hehehe.
Eu tinha que preencher o espaço naquela cena, e decidi colocar o Talude lá relaxando com a deusa dele, hehehe.
O Arquimago dentro da Máquina
Mudando de assunto, tem algo que eu queria falar. Para mim, o Karias Theuderulf aparecendo da estátua foi um deus ex machina. Eu pude imaginar o Cristo Redentor levantando e falando: Milícias do Rio! Vocês estão errados!
Não acho que foi ruim, mas quando eu li a parte dele saindo da estátua e resolvendo o problema entendi como um deus ex machina. Meio como Hermes entregando a Molly para Odisseu. Mas eu queria entender o por quê de usar esse artifício dessa maneira, qual foi o pensamento?
Tem alguns pontos ai. Ele foi usado assim porque no Atlas é falado que isso é algo que acontece com certa frequência (para fins de consulta, veja Atlas de Arton pág. 111). O segundo ponto é um detalhe que não é perceptível na primeira leitura, mas no capítulo 3 é citado que o Karias poderia aparecer.
A estátua dele já é mostrada lá.
A distância entre as citações pode causar esse estranhamento, então, se você sentiu isso, pode ser algo para eu me atentar no futuro, mas eu tive essa preocupação para não parecer um Deus Ex Machina.
Valkaria até fala depois que Se Wynna não quisesse que isso acontecesse, não teria dado para o espírito do Karias possibilidade de agir assim.
Aspectos dos Deuses
Algo curioso é que nos últimos lançamentos de Tormenta, inclusive o Deuses de Arton, tivemos um uso regular dos Aspectos dos Deuses, da diferença entre eles e os Avatares. No Torres aparece dois Aspectos de Valkaria apresentando uma maneira clara de como eles são usados.
Quando escolheu colocar eles na história, já sabia dessa cosmovisão dos Aspectos ou foi algo pedido para ser colocado?
Então, Aspecto e Avatar são diferentes, mas eu não tinha a mínima ideia, só fui descobrir estudando para escrever o livro.
Mas, de qualquer forma, teria a presença divina de forma física na história. Eu só decidi colocar essa diferenciação quando li o Atlas ou o Ameaças, não vou lembrar. De repente, foi até em conversas com o Cassaro.
Algo que eu acho interessante é que todos os Aspectos que aparecem morrem fora de cena e tu percebe que era ela quando nota o anagrama no nome.
Respondendo a dúvida anterior, sobre ordenarem que eu escrevesse sobre os aspectos, isso não existiu.
Na verdade, eu tinha muita liberdade, a única “imposição” era que a trama se passasse em Wynlla.
Isso me deixa feliz, eu tinha muito receio que vocês três (Lucas Borne, Kali e o J.V) tivessem pouca liberdade, mas pelo menos dois de vocês me falaram que tinham muita.
Valkaria é simplesmente incapaz de não dar pistas de seu envolvimento.
O Futuro de Torres
Dos três últimos livros que saíram, acho que o seu é o que mais mexe com o cenário em si, mesmo que seja naquele microcosmo de Wynlla. Eu queria saber, se Guilherme Dei Svaldi chegasse pra você e falasse: “J.V, esgotou todos os nossos estoques de Torres de Wynlla, o livro foi um sucesso, a gente precisa de um segundo, começa a escrever, pode pensar na trama e brincar a vontade, só precisa ter os mesmos personagens“.
Como você seguiria a história?
Antes de responder, só vou comentar uma coisa.
Eu enxergo os três livros para faixas etárias bem diferentes. Não acompanho tanto redes sociais e eu não sei se foi divulgado dessa forma, mas não acho que o livro da Kali e o meu são voltados para o mesmo público base.
Como eu comentei, o seu eu acredito ser mais parecido com um desenho dos anos 2010, o da Kali me tem algo que parece mais um desenho mais jovem, e o do Lucas parece uma historia mais madura.
Batendo papo com a Kali, eu comentei que acho que ela foi mais feliz em pegar um público mais abrangente. Assim como eu acredito que Joia da Alma é ótimo livro de entrada para Tormenta, por também abraçar um público maior do que os livros do Leonel até aquele momento.
Sobre a pergunta do convite: tudo depende do modo que vai ser feito hehe. Colocando um cenário como o primeiro, me dando liberdade para escrever o que eu quisesse, a única certeza que eu tenho é que o Cidney e o Ferrugem iriam continuar, porque eu enxergo eles como Asterix e Obelix, uma dupla que passa por diversas aventuras. Já os amigos podem voltar ou não em outras aventuras.
A outra certeza é que um segundo livro não teria um foco tão grande em preconceito como o primeiro, para não virar algo repetitivo. No final do livro, o Cidney tá bem resolvido com isso, mas pode ser que depois de muitos anos ele tenha que lidar com isso de novo. Como, por exemplo, se tiver um filho e precisar se preocupar com a criança passando pelo mesmo que ele.
Eu acho importante que um segundo livro, se existir, lide com outros assuntos, até para evitar comparação com o primeiro. No segundo, a galera já vai esperar algo, então eu tenho que ir por outro caminho, para gerar a surpresa.
Agora, onde se passaria o livro eu não tenho como falar, porque gosto de pensar na trama lendo o Atlas e o Reinado para saber o que a região que eu estou escrevendo tem para oferecer. Wynlla ainda tem muita área para explorar, mas o que não falta são regiões em Arton com potencial para histórias.
Quem sabe as Sanguinárias, ou o Império de Jade com seus Kaiju.
Imagina Ferrugem lutando contra um Kaiju como um robô gigante!
Conclusão
Cara, para finalizar, eu queria que você usasse o espaço para falar do teu trabalho e fazer teu marketing. Fica à vontade!
É sempre bom receber feedback da galera, porque na nossa cabeça tudo é muito claro no livro. A gente tenta ao máximo deixar tudo compreensível, mas uma coisa ou outra pode não ter funcionado tão bem quanto o esperado e com um bate-papo a gente absorve os feedbacks para não cair nas mesmas armadilhas.
Fico muito feliz de poder participar de podcasts, entrevistas e etc, até para deixar mais informações sobre o livro na internet. Já aconteceu várias vezes de eu ler uma obra e não achar nada sobre ela.
Estou sempre disponível no Instagram para conversar com quem quiser.
Sobre os projetos para Jambô, eu escrevi o conto na Dragão Brasil 211. Ele se passa em Wynlla e é sobre um personagem “quartiário” do Torres de Wynlla.
Na Amazon tem muito conto e livro meu para ler no Kindle. Tem fantasia medieval, investigação sobrenatural e ficção científica. Quem gostou das cenas de ação do Torres, leiam Satélite 616 e Planeta Odarus que são livros de ficção científica sobre mercenários espaciais que usam armadura estilo Halo e caem na porradaria franca.
Para o pessoal da fantasia medieval, tem o Desgarrados: A Caçada Prateada. Ele começa num velório e cai um raio onde a princesa está morta. Ela acorda com o corpo todo prateado, mergulha e nada em direção ao continente obrigando o imperador a enviar um Samurai para matá-la. Pelo caminho ele encontra dois companheiros que o auxiliam nesta jornada. Esse trio do barulho vai arrumar altas confusões atrás dessa Yokai.
Muito obrigado pelo papo, J.V!
Eu que agradeço, obrigado pelo feedback.
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VHS e nostalgia
Hoje vamos voltar no tempo — para os anos 80 e 90 do século passado, na era dourada das vídeo-locadoras.
Antes das plataformas de streaming e até mesmo antes da TV a cabo se popularizar, quem quisesse assistir a algo diferente precisava visitar uma loja especializada, repleta de fitas VHS (Video Home System), e escolher seu entretenimento entre as dezenas de opções disponíveis.
Foi graças a essas fitas que, ainda aos 6 ou 7 anos, eu assisti muito Tokusatsu, por meio dos lançamentos da EVEREST HOME VIDEO — que mais tarde se tornaria a SATO COMPANY.
Muitos animes que passavam no Japão entre as décadas de 70, 80 e 90 chegavam até nós desse jeito: escondidos nas prateleiras de uma locadora, em versões dubladas ou legendadas.
O mercado percebeu a oportunidade e começou a lançar materiais pensados diretamente para esse formato, criando o conceito dos OVA (Original Video Animation) — histórias curtas ou experimentais que, muitas vezes, não virariam séries semanais com dezenas de episódios, mas encontravam vida própria nas prateleiras de VHS.
Brigada Ligeira Estelar
Brigada Ligeira Estelar (BLE) é um cenário que bebe diretamente dessa fonte. Inspirado no gênero de Real Robot, iniciado com o primeiro Gundam em 1978, BLE traz, em sua essência, essa estrutura narrativa rápida e emocionante.
O próprio autor, Alexandre Lancaster, sempre reforçou que cada missão de BLE deveria ser encarada como um episódio de uma série. Se você quiser jogar uma grande campanha com dezenas de missões, pode explorar a aventura fechada Belonave Supernova.
Pensando nisso, tomei a liberdade de criar uma mini-campanha inspirada nos OVAs da época, onde cada parte será tratada como uma fita VHS exclusiva.
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Enquanto isso, a Tokyo Defender continua trabalhando para trazer os próximos volumes — e manter viva a chama da Constelação do Sabre!