Híbridos – Biblioteca Arkanita

Esta semana, a iniciativa da Biblioteca Arkanita apresenta o netbook Híbridos, de Rodrigo “Lamazuus” Vaz Linn, um dos mais admiráveis autores do cenário Arkanun/Trevas. Este netbook descreve alguns dos possíveis híbridos do cenário de Arkanun/Trevas.

Conteúdo do netbook

O imenso e impressionante suplemento apresenta as seguintes informações:

  • Filhos de Anjos, incluindo as variantes Nephalins, Serah-Fayens e Mabiaks.
  • Filhos de Demônios, incluindo os Meio-Demônios, Kanates, Infernyuns e Sonubus.
  • Filhos de Vampiros, incluindo os já conhecidos Daiphiri e Sckahais.

Você pode baixar este netbook aqui mesmo na Biblioteca Arkanita. Clique aqui para iniciar o download do netbook. E continue acompanhando as postagens semanais da Biblioteca Arkanita para outros grandes netbooks como Híbridos!

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Projeto Ágato: Modernidade Ágata

Olá, pessoal! Ágato é o nosso cenário oficial de super-herois para o sistema 3D&T e continuamos aqui o histórico de nosso cenário com a Modernidade Ágata! Não deixe de ver todos os nossos artigos na página da Tokyo Defender!


Modernidade Ágata: Novos Pontos de Vista

Ao final da Idade Média, a hegemonia ideológica da Igreja sobre o mundo ocidental foi se esvaindo através do contato com novos povos, os interesses comerciais que demandavam tolerância e as rotas comerciais por terra ou por mar que apresentavam novas terras com seus próprios segredos e pistas sobre a natureza dos ágatos – muitos ainda procuravam inocentemente a nação monstruosa de Fyrtanfen, sem nunca encontrarem um mínimo indício da existência de tal reinado; entretanto, a existência da lendária Montanha da Lua dos mitos africanos se revelou no maior ágato já visto e descrito por uma pessoa, colossal a ponto de ser confundido com uma grande montanha pelos nativos africanos. Nesta época a pirataria se popularizou e diversos ágatos expandiram sua fama para diversos pontos do globo – o holandês Cavaleiro de Capricórnios foi um famoso pirata e salteador da época, aterrorizando vilarejos dos Países Baixos e feitorias na costa ocidental africana.

Nesta época, as artes renasceram na Europa, dando fama a Sir Richard Everstone, galês que escreveu diversos romances levados ao teatro, quase todos eles envolvendo ágatos em situações românticas e políticas, em fortes críticas sociais. Um de seus trabalhos mais destacados foi O Anel de Shokereth, que narrava as aventuras de um Separatio Sanguilamorum chamado Caliban. A peça fez tanto sucesso na Europa e suas colônias nas Américas que o termo “caliban” passou a ser utilizado para descrever ágatos com aparências assustadoras ou repugnantes aos olhos dos outros. Mesmo usado pejorativamente, uma dama da nobreza espanhola chamada Fidalga-Mariposa assumiu-se como caliban e passou a utilizar seus estilistas e alfaiates para trajes suntuosos e alegóricos para demonstrar seu poder político e também no crescente mercado da moda nobre e burguesa. Este teatro, ainda voltado às classes altas europeias, proibia que calibans ou ágatos com poderes muito aparentes atuassem, exigindo que atores comuns utilizassem apetrechos que simulassem a aparência caliban ou superpoderes, de modo que a arte de simular calibans foi cunhada como Critterskin, ou “pele de criatura”.

As missões europeias de conversão dos povos nativos das novas terras descobertas enfrentaram muita resistência e conflitos armados, com grandes baixas a todos os lados. Dois grandes mártires são lembrados pelos ágatos como defensores da igualdade: o asteca Vagalume das Estrelas, morto durante as chacinas de limpeza étnica empreendidas pelos espanhóis no México; e o aborígine australiano Corvo Negro, um líder Oneironauta morto nas batalhas de resistência à expansão britânica na região. Porém, percebeu-se nos aborígines uma visão privilegiada dos ágatos e das forças metafísicas que dão poderes a eles, embora mito e realidade emaranhados nos contos folclóricos dificultassem a separação dos fatos em meio a tanta fantasia. Ainda na Austrália, o caliban Costelas de Serpente tornou-se lendário e uma figura patronal dos calibans por ter criado a arte marcial Arungga, desenvolvida especificamente para calibans com características muito grotescas, como a falta ou excesso de membros, tamanhos e formatos de corpo muito diferentes etc. O Arungga se disseminou rapidamente entre calibans de todo o mundo, sendo realizado em locais isolados dos não-calibans, e cujos praticantes passaram a ser conhecidos como Arunggari.

Três obras foram imensamente importantes para o futuro dos ágatos, cada uma de uma localidade muito diferente em questões culturais. No Império Otomano, Abd al-Ilaah escreveu o Saheefah al-Qarin, ou o Pergaminho dos Qarins, explicando o papel dos Qarins como gênios a serviço de Alá e entregadores de poderes aos janns, como os ágatos foram chamados pelos povos islâmicos – esta obra, junto com a compilação O Auromante do Califa, foram as duas obras árabes mais importantes a serem levadas ao Ocidente. Em Portugal, o jesuíta Alma Temente escreveu o Sermão da Escusa Nephalin, reclassificando os portadores de poderes como nephalins (descendentes dos bíblicos Gigantes, alvo do castigo divino e do isolamento entre os humanos) e como magnânimos (almas abençoadas com poderes sagrados para melhor servir a Deus) – este jesuíta levou seu Sermão ao Brasil, onde melhor disseminou suas ideias de base religiosa católica. Na Inglaterra, o duque William Webster, um sensitivo, escreveu o livro Comunicação com o Outro Lado, buscando provar que havia um mundo fantástico secreto sobreposto ao mundo real, de onde vinham os poderes dos ágatos. Logo, Webster passaria a realizar séances espirituais em que dizia invocar seres deste mundo fantástico, bem como convocava os mortos a se apresentarem aos vivos, espalhando pela Europa e Américas a moda das sessões esotéricas de invocação de fantasmas e seres fantásticos – incluindo o Sluagh, espectro de um ágato amaldiçoado vindo do reino dos mortos. Anos depois, o duque sensitivo foi desmascarado e revelado um charlatão que realizava suas sessões com a ajuda de um ágato desconhecido capaz de se desmaterializar e rematerializar a alguns metros de onde se desmaterializara. Mesmo após ser desmascarado, o folclore sobre o amaldiçoado e temido Sluagh gerou uma onda global de medo e preconceito contra ágatos com alguns poderes específicos que eram encarados como manifestações da morte cruel; surgiu também a lenda da Caoineag, a mãe de um caliban que morre no parto e se torna uma alma penada que hora traz a morte e maldições a quem interage com ela, hora ajuda pessoas perdidas a encontrarem um caminho seguro de volta para casa ou abrigo contra quaisquer ameaças.

Ainda nesta época, começam a surgir boatos sobre sociedades e clubes secretos que controlam as relações da nobreza e da classe comercial na Europa e nas Américas, entre elas a Ordem Secreta de Santa Eglé, que estaria supostamente agindo em benefício de todos os ágatos ocidentais, para que pudessem assumir posições de liderança em toda a Europa e Américas e assegurar o poder ágato sobre os meros humanos.

Obras históricas importantes da Modernidade Ágata

  • O Anel de Shokereth (País de Gales)
  • Saheefah al-Qarin (Império Otomano)
  • Sermão da Escusa Nephalin (Portugal)
  • O Auromante do Califa (França)
  • Comunicação com o Outro Lado (Inglaterra)

Figuras históricas importantes da Modernidade Ágata

  • Sir Richard Everstone
  • Montanha da Lua (Mwesi Mlima)
  • Vagalume das Estrelas (Citialli Tlemoyotl)
  • Fidalga-Mariposa (Hidalga Polilla)
  • Padre Sebastião da Luz, Alma Temente (Alma Temëte)
  • Costelas de Serpente (Walea Boóng-gua)
  • Pemultiki, Corvo Negro (Butu Wargon)
  • Kees De Vries, Cavaleiro de Capricórnios (Bokkenrijder)
  • Sir William Webster

Arte do post: Bruno Prosaiko

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