O telefone preto e Outras Histórias- Resenha

O telefone preto e Outras Histórias – é um livro de contos, sendo que um deles foi adaptado para o cinema, como ” O telefone preto”, combina perfeitamente com sexta-feira 13. Pela Produtora Blumhouse. Editora Harper Collins. Anteriormente publicado no Brasil como “Fantasmas do Século XX”. 

Escrito por Joe Hill ( filho de Stephen King, na verdade – olha a foto:), e tradução por Ulisses Teixeira.Joe Hill, filho de Stephen King, a cara do pai

O telefone preto

O conto original é bem curto. Foi MUITO aumentado em volume, personagens e eventos para se transformar no filme de sucesso que assistimos.

Apesar disso, não diria que foi “apenas” adaptado para tela grande, foi melhorado mesmo. Como conto, achei mediano, sinceramente.

Há estórias melhores e piores que o Telefone preto …

No mesmo livro de contos. Vamos citar todas aqui e agora.

  1. Melhor estréia de terror
  2. Fantasma do Século XX
  3. Pop ART
  4. Você ouvirá o canto do gafanhoto
  5. Os filhos de Abraham
  6. Melhor que lá em casa
  7. O telefone preto
  8. Entre as bases
  9. A capa
  10. Último suspiro
  11. Natureza morta
  12. O café da manhã da viúva
  13. Bobby Conroy volta dos mortos
  14. A máscara do meu pai
  15. Internação voluntária
  16. Agradecimentos (há um conto a mais escondido nos agradecimentos)

Nesta edição de contos…

O telefone preto e outras histórias

Alguns eu gostei muito, outros acho que nem fariam falta (embora o escritor da introdução, no livro, discorde de mim).

O que gostei, e o que não gostei:

  1. Melhor estréia de terror – nível Além da Imaginação, e com dois plots no mesmo conto. Gostei muito.
  2. O fantasma do Século XX – mais como uma homenagem a sétima arte, do que uma boa estória.
  3. Pop ART – talvez haja uma metáfora que não entendi muito bem. Não curti.
  4. Você ouvirá o canto do gafanhoto — muito bom, uma homenagem a Kafka, um manifesto anti bullying, terror, muitas pautas que achei bem amarradas num único texto. Excelente.
  5. Os filhos de Abraham – um exercício de imaginação e homenagem a Drácula. Eu não gostei do resultado final.
  6. Melhor que lá em casa. — Agridoce. Um pouco panfletário demais pro meu gosto. Médio.
  7. O telefone preto – o prato principal da coletânea me decepcionou um pouco. Não que seja ruim, mas o filme é muito maior e melhor.
  8. Entre as bases – Eu gostei bastante deste.
  9. A Capa – todo vilão tem um passado. Um motivo para se tornar o que é. Este foi um bom exemplo. Gostei.
  10. Último suspiro – mais um bem típico de Além da Imaginação. Bem do meu gosto.
  11. Natureza morta – boas ideias podem estar em textos curtos, de apenas 2 páginas. Gostei dessa curiosidade.
  12. O café da manhã da viúva – eu gostei, de uma forma estranha, que não sei explicar. Acho que era isso que o autor queria causar.
  13. Bobby Conroy volta dos mortos – homenagem a George Romero e Robin Williams. Eu gostaria que fosse menos clichê. Não gostei.
  14. A máscara do meu pai – mais um que gostei, mas causou certa estranheza. Achei médio.
  15. Internação voluntáriaum dos melhores está no final. Aborda questão de autismo e exclusão, mas não achei panfletário. Mais um que achei as diferentes pautas bem amarradas num conto de terror, todavia senti muita influência de Stephen King.
  16. Agradecimentos – achei que foi plágio de um dos contos do pai. Não reclamo, visto ser um extra, mas achei sofrível mesmo.

Fique a vontade para discordar.

Como você deve ter notado,…

Eu não sou um escritor profissional,

Mas talvez haja algumas coisas nesta coletânea que eu e você possamos fazer melhor, em 317 páginas de papel Pólen.

Observe que em outras resenhas, eu coloco pontos fortes e fracos de certos jogos e/ou RPGs.

Se você é um fã de Stephen King, como eu, vai perceber influência importante em alguns pontos, embora o autor tente se distanciar no estilo em outros. 

Dentre alguns trechos de Stephen King que mais gosto, coloco:

” … Fulano é incapaz de achar o próprio traseiro com as 2 mãos livres e uma lanterna..”

“… Se há um sujeito puramente mais idiota que um novaiorquino, é um sujeito de Nova Jersei…”

” …Mais inglório que morrer na explosão de uma esterqueira…”

Não achei passagens tão espontâneas neste livro de contos, mas achei que passou perto.

Até breve, querido RPGista, leitor, ou mestre. (Ou escritor/crítico literário …)

Quer mais resenhas? Clica aqui.

E uma Sortuda e Feliz Sexta-feira 13…(afinal, o que mais pode dar errado?)

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