RPG e as Competências Profissionais

Sou Analista de RH e, frequentemente, faço seleção de pessoas. Se me pedem para listar quais coisas eu geralmente busco em um candidato, com certeza eu responderia competências comportamentais como: empatia, capacidade de trabalhar em grupo, boa comunicação, criatividade, resiliência e proatividade.

Claro que nem todo trabalho exige todas estas competências, mas posso afirmar que o profissional que as têm se destaca em qualquer área e será estratégico para organização.

Sabe onde podemos desenvolver todas elas? No RPG! 

Por isso, hoje eu vou falar um pouco desse tema: RPG e competências profissionais. 

 

Competências do futuro

Em primeiro lugar acho importante destacar como será o futuro das profissões e porque as competências comportamentais (também chamadas de soft skills) serão cada vez mais importantes. No futuro importará pouco o que ou onde você estudou de maneira formal, e muito mais quem você é e o que de fato sabe fazer. 

Na área de tecnologia, HOJE, já não importa se o profissional é formado, mas sim sua experiência e até mesmo se fez cursos atualizados de menor duração. Esta tendência será regra para a maior parte das áreas rapidamente.

Para descrever como as coisas são, existe uma sigla muito utilizada pelos administradores: o mundo VUCA. Esta sigla é acrônimo, em inglês, para Volatilidade, Incerteza, Complexidade e Ambiguidade. E, em gestão de pessoas, temos estudado muito sobre como podemos preparar nossos colaboradores para este universo que, com certeza, só sabemos que não será igual a nada que veio antes. Sobre esse tema, vou deixar um artigo que fala mais nas referências!

Se não sabemos como será, não adianta nos apoiarmos nas competências técnicas. precisamos estar preparados para reagir com nossas competências comportamentais. 

 

E o que tem o RPG a ver com isso?

O RPG é provavelmente o jogo que mais desenvolve competências que já vi na vida! Um universo ilimitado de possibilidades, onde podemos experimentar vivências através de um personagem que é ao mesmo tempo nós mesmos e outras pessoas. 

(Sim, eu amo RPG!)

Vou fazer uma lista de competências que o RPG desenvolve (fortemente) e que são muito procuradas pelas organizações:

-Criatividade

-Capacidade de resolver problemas

-Adaptabilidade

-Proatividade

-Resiliência

-Liderança

-Comunicação

-Empatia

-Trabalho em grupo

E aqui vou destacar fortemente a criatividade. Considero a criatividade poderosa para desenvolver outras habilidades. Se eu consigo imaginar como é ser outra pessoa, eu desenvolvo empatia. Também desenvolvo melhor a comunicação, porque consigo perceber e ajustar minha estratégia de comunicação para diferentes pessoas.

Resolver problemas e inovar também nasce da criatividade, de conseguir olhar para que já temos e pensar em caminhos novos. É uma ferramenta poderosa DEMAIS. 

E o RPG é a coisa mais incrivelmente criativa e imaginativa que eu já conheci. Estamos o tempo inteiro, literalmente, criando um mundo e uma história a partir do nada. Ou seja, criar e imaginar é o centro do jogo.

E se, em algum momento, você já escutou que a fantasia é algo perigoso, ou distante da razão, vou citar Tolkien:

“A Fantasia é uma atividade humana natural. Certamente ela não destrói a Razão, muito menos insulta; e não abranda o apetite pela verdade científica nem obscurece a percepção dela. Ao contrário. Quanto mais arguta e clara a razão, melhor fantasia produzirá. Se os homens estivessem num estado em que não quisessem conhecer ou não pudessem perceber a verdade (fatos ou evidência), então a Fantasia definharia até que eles se curassem.”

Complemento este argumento falando que, não apenas é necessário uma grande capacidade analítica e racional para ser criativo, como também uma competência desenvolve a outra.

Ou seja, você precisa jogar rpg! É uma questão de se preparar para o seu futuro profissional.

 

Referências: 

Mundo VUCA – https://redeindigo.com.br/mundo-vuca-preparar/

Competências do futuro – https://www.ludospro.com.br/blog/competencias-do-futuro

Citação do Tolkien: Árvore e Folha, 2014, p. 53.

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