Os Assombrosos Clichês #1: Violência

Os Assombrosos Clichês: Violência

Quadrinhos de super-heróis são feitos de clichês, não importa o quanto tentemos fugir deles, e quanto mais nos afastamos desses clichês. Menos vai parecer com uma genuína história de super-heróis, mas o que podemos fazer então para impedir isso?

Bom, hoje nós começamos isso com um quadro novo no Sala de Justiça intitulado como Os Assombrosos Clichês!!

Onde iremos discutir um clichê específico do gênero, começando com um dos mais discutidos tópicos do gênero: A Violência

BAM! PAFF! KABLAM!!- Begins

Em sua gênese, os super-heróis sempre tiveram um componente muito enfático em suas histórias: O uso da violência para resolver as mazelas do mundo. Obviamente uma visão mais do que simplista sobre o mundo, vindo muito do público inicial (Ainda é, mesmo que muitos esperneiem quanto a isso) dos quadrinhos, crianças na faixa de 7 a 11 anos. E tudo bem quanto a isso, fantasia envolvendo violência fantástica é menor dos problemas de histórias infanto-juvenis. Entretanto é importante entender como essa violência começou com um aspecto lúdico muito mais que algo palpável. Apenas uma forma de discutir ideias de uma forma que fosse divertida para as crianças, e apenas isso.

Inocência Seduzida 

Mais tarde, durante o final dos 50, Frederich Wertam, um importante psicólogo da época, acabaria por publicar o impactante livro “Sedução dos Inocentes”. Na qual Wertam denunciava inúmeras questões problemáticas (Algumas infundadas ou apenas profundamente preconceituosas).

Aliado a um Estados Unidos imerso em políticas combativas contra a União Soviética, acabou por gerar a criação do Comic Code Authority. Que lidava com a regulação das histórias em quadrinhos e teve grande impacto nas publicações durante os anos 60, e em razão disso muito da violência, principalmente nos quadrinhos de super-heróis, se tornou extremamente cartunesca, inocente e extremamente palatável para crianças.

A Ponte do Destino

Entretanto, tudo mudaria de forma irreversível em “Amazing Spider-Man” #122. Durante a icônica run do Homem-Aranha de Gerry Conway durante os anos 70, quando em um plano de vingança do Duende Verde, ele acaba matando Gwen Stacy quando a mesma acaba caindo e tendo seu pescoço quebrado quando a mesma se choca na ponte.

Naquele mesmo ano, na concorrente, o filho de Arthur Curry, o Aquaman, acabaria sendo morto asfixiado, uma das histórias mais macabras da editora. Esses eventos foram causados principalmente por um afrouxamento do Comics Code nos anos 70. O que levou a uma nova leva de violência para a mídia. Após essas situações, a violência nos quadrinhos entrou em uma espiral crescente até meados dos anos 2000, quando houve uma redução na violência de quadrinhos mainstream.

Nós somos adultos!! (Ou…SANTO BANHO DE SANGUE MESTRE!!!)

Aspectos que levariam ao aumento da violência em quadrinhos seria principalmente a nova safra de escritores e artistas fãs desses personagens e que tinham muitas pretensões de elevar essas obras a algo segundo eles “mais adulto”. E um dos aspectos que foi decidido gerar mais foco na violência, dos anos 70 a meados dos 80, os quadrinhos começavam a dar mais peso à violência, mas por que se focar nisso?

Ora, porque é muito comum que nós enquanto crianças sejamos protegidos da violência e uma forma de sinalizar que estamos lidando com uma obra não-infantil é essa performance da violência, entretanto não é incomum que a violência em obras sempre acabe soando boba, sem propósito e principalmente uma “revolta adolescente”, onde ela é usada justamente para ser um contraponto ao que é infantil, não oferecendo nuance real ou qualquer tipo de tema com ela.

 

Poucos pés e muita violência

Esse aspecto se tornou muito prevalente durante os anos 90 dos quadrinhos, onde muitos personagens eram brutalizados mais como forma de criar uma aura de um produto adulto, mas normalmente apenas sendo uma questão performática, que levava muitas vezes a momentos engraçados e vergonha alheia como toda a produção de Rob Liefield em seus trabalhos para a Marvel ou de sua própria autoria na Image Comics durante a ascensão dos anti-heróis, sempre munidos de rifles, pistolas, metralhadoras, facas e muitas outras armas que claramente não causariam apenas um atordoamento no alvo.

Aquelas almas na geladeira…

Infelizmente é importante falar aqui de um sub-produto mais do que infortúnio desse aumento da violência nas HQs: A brutalização de personagens femininas, evidenciado pela primeira vez pela influente escritora de quadrinhos Gail Simone que cunhou a trope com o nome de “Mulheres na Geladeira” após um caso polêmico da época: A morte e esquartejamento Alex DeWitt, namorada do herói Lanterna Verde da época, personagem que havia aparecido em apenas 5 edições.

E embora não sendo a única, a mais emblemática de todas sendo a paralisia de Barbara Gordon, a Batgirl, causada por um tiro disparado pelo icônico Coringa é até uma das razões que existe uma critica muito forte no meio contra o uso da violência descerebrada e irresponsável na mídia das Hqs.

Ok…E o dados?

 Mas como trazer essa discussão para a mesa de RPG? Principalmente através da Sessão Zero, tenha certeza sobre os limites pessoais de seus jogadores, construa um mundo e tenha certeza de que haja uma comunicação clara sobre o “tom” da campanha. No caso de M&M, considere regras alternativas presentes no Guia do Mestre ou até no (ainda inédito no Brasil) Supernatural Handbook quanto a violência.

Por fim, discuta as ramificações dessa violência em jogo, e possiveis gatilhos dos jogadores quanto ao assunto. Sempre traga a responsabilidade que muitos escritores de quadrinhos infelizmente não tiveram pra sua mesa!


Caso compre o seu Mutantes & Malfeitores na loja da Jambô, inclusive o novo lançamento Guia do Mestre, usando o nosso código mrpg10 para receber 10% de desconto! Por último, mas não menos importante, se você gosta do que apresentamos no MRPG, não se esqueça de apoiar pelo PadrimPicPayPIX ou também no Catarse! Assim, seja um Patrono do Movimento RPG e tenha benefícios exclusivos como participar de mesas especiais em One Shots, de grupos ultrassecretos e da Vila de MRPG. Além disso, o MRPG tem uma revista! Conheça e apoie pelo link: Revista Aetherica.


Texto: Julio Cesar

Imagem de Capa e Revisão: Gustavo “AutoPeel” Estrela

As Três Sepulturas – Quimera de Aventuras

As Três Sepulturas, da Jambô Editora, é um quadrinho inspirado em obras internacionais, mas com o puro DNA brasileiro em suas páginas!

Já conhece essa obra? Já ouviu falar? Quer saber o que ela poderia ter em comum com o RPG? Então bora para a Quimera de Aventuras para falar sobre essa obra!

As Três Sepulturas

Escrita por Fábio Yabu e contando com os desenhos de Fred Rubim, As Três Sepulturas é uma obra original brasileira, publicada e distribuída pela Jambô Editora, e inspirada nas obras escrito H. P. Lovecraft.
A obra se inspira, principalmente, nas histórias A tumba (1917), O Depoimento de Randolph Carter (1919) e O Cão de Caça (1922). Mas além disso, há também muita inspiração da obra Contra Cthulhu escrita por Leonel Caldela e incorporada ap Nerdcast RPG.

A HQ tem 110 páginas, prefácio de Fábio Yabu, colorida.

Sinopse

Simon Porter é um Detetive da Polícia de Kingsport. É um homem durão, truculento, de maus hábitos e algumas atitudes condenáveis. A situação pra ele complica quando um misterioso caso envolvendo um ladrão de túmulos o faz recorrer à ajuda de Wolfgang Hunter, um consultor independente da polícia que é um exímio detetive.

Juntos, a dupla começa a investigar o crime, o que os leva a uma misteriosa e intrincada trama que envolve um misterioso grupo de cultistas e até mesmo antigos rituais sobrenaturais!

Os Autores

Fred Rubim é quadrinista, ilustrador e designer gráfico formado pela Universidade Federal de Santa Maria. Rubim foi vencedor do Troféu HQ Mix em 2021 pela obra A Todo Vapor!. Entre seus rabalhos estão os álbuns em quadrinhos Os Sussurros do Caos Rastejante, Coração do Cão Negro, O Matrimônio do Céu & Inferno, Le Chevalier e O Horror de Dunwich.

Fábio Yabu foi quatro vezes vencedor do Troféu HQ Mix. Começou sua carreira em 1997, com a criação de Combo Rangers. Um dos primeiros quadrinhos on-line do mundo, o título marcou uma geração e é publicado até hoje. Em 2020, escreveu o quadrinho O Fantástico Jaspion, continuação do sucesso da TV dos anos 80, que se tornou best-seller nacional. Na literatura, escreveu sucessos como A Última Princesa, O Livro dos Vilões, Independência ou Mortos e Branca dos Mortos e os Sete Zumbis. Pela Jambô/Nerdbooks, lançou a adaptação em HQ do NerdcastRPG Cthulhu: Os Sussurros do Caos Rastejante.

 

Minha Opinião Pessoal (contém spoilers)

Eu não sou um fã de Lovecraft. Na verdade, quanto mais conheci sobre o autor, mais comecei a pegar ranço dele. Mas me encontro muito nas palavras do Leonel Caldela quando o assunto é esse:

“Lovecraft era um *** dum racista de ***. Xenófobo. Nunca conheceu nada além de sua cidade natal, carregava suas histórias com esteriótipos e preconceitos contra negros e imigrantes. Eu não o teria como amigo. Definitivamente não o tenho como um escritor favorito. Mas o fato é que Lovecraft criou algo importante, inspirou outros autores como Neil Gaiman, Stephen King, diretores como Guilhermo Del Toro e, claro, o Nerdcast RPG. Eu acho que a nossa função como escritores é nos apropriarmos de sua obra e torná-la maior, mais inclusiva, mais reflexiva, sem jamais repetir seus estereótipos.”

Essa fala resume muito a minha opinião sobre Lovecraft, o que faz com que essa obra seja ainda mais peculiar!

Cada quadro, cada diálogo, cada elemento estrategicamente inserido nas páginas, nos conduz a um caminho que é difícil ignorar ou deixar de lado: o caminho da curiosidade! Queria de fato saber pra onde a história ia, o que aconteceria com os personagens e o que de fato estava acontecendo no lugar!

O roteiro de Fábio Yabu é genial, brilhante e um prato cheio de referências e easter-eggs para os “caçadores de piolhos” de plantão! Já as artes do Fred Rubim, num primeiro momento, me pareceram preguiçosas e vazias, com aquele constante tom de cinza e sombras em um cenário minimalista e de poucos detalhes, mas essa impressão se foi com menos de 10 páginas, e a arte passou não apenas a ser agradável, como essencial para o desembolar da história!

E acredito que seja essa junção de roteiro e arte que faça uma obra tão genial, e fico muito feliz de ver que o resultado da dupla brasileira em muito excede a qualidade do material criado pelo autor que os inspirou!

Quimera de Aventuras

Nesta sessão a HQ entra na Quimera e colocamos algumas ideias de uso para aventuras de RPG.

Entretanto fique ciente que para isto, teremos que dar alguns spoilers da obra. Leia por sua conta em risco.

Contos do Ladrão de Corpos

Uma misteriosa onda de crimes envolvendo o roubo de corpos começa a assolar a região. Os criminosos passam de cidade em cidade roubando túmulos e algumas vezes até mesmo os cadáveres.

A mesa pode estar do lado da gangue dos ladrões de corpos, ou do lado dos investigadores. Ou mesmo uma montagem do estilo “gato e rato” com parte da mesa sendo da gangue e parte sendo investigadores.

O motivo dos roubos dos corpos está relacionado a um misterioso culto de objetivos desconhecidos pela mesa.

O Cão do Inferno

Inúmeros cadáveres começam a aparecer pela cidade. Todas as investigações e pistas encontradas até agora indicam a presença de algum tipo de animal, porém a ciência não tem catalogado nenhuma espécie de animal capaz de cometer tais crimes.

Jogando como possíveis vítimas ou investigadores, a mesa precisa investigar a origem dos ataques, qual a criatura os comete e suas motivações.

A criatura é um ser inominável que na melhor das descrições poderia caber como um “cão alado do inferno”.

O Culto aos Antigos

Uma secreta ordem de cultistas em busca dos Deuses Antigos está praticando uma série de crimes para cumprir um ritual.

Furtos, assassinatos, roubos de corpos, manipulação de notícias, sequestros… a lista de crimes é incrível, e o tamanho de seu alcance é surreal.

De alguma forma, a mesa se vê envolvida com os cultistas (como vítimas, membros ou parte da investigação) e precisa não apenas sobreviver, como impedir seu ritual.

O ritual dos cultistas tem como objetivo abrir uma passagem entre nosso mundo e o outro que permita a chegada dos Antigos ao nosso mundo.


É isso, espero que vocês tenham gostado e que tenham ficado interessados pela HQ. Olá, garoto do espaço! é uma das obras de quadrinhos mais significativas e inclusivas que já tive o prazer de ler! Continue acompanhando a Quimera de Aventuras para não perder as próximas!


Texto: Eduardo Filhote

Capa: Juaum ArtWork

O que Sabemos da CCXP 2023?

Na última quinta-feira dia 6 de Abril, foi liberada a venda do primeiro lote dos ingressos para o maior evento Geek da América Latina, a CCXP 2023! E o que sabemos da CCXP 2023 até o momento?

No segundo semestre de 2023, a CCXP celebrará sua décima edição. Esse evento de cultura pop segue o modelo da San Diego Comic-Con e abrange os principais setores do entretenimento. Sobretudo incluindo filmes, séries, videogames e histórias em quadrinhos e muito mais.

O que Sabemos da CCXP 2023?

Bruce Dickinson! E não precisa de mais nada!

No entanto a programação do Palco Thunder, o principal do evento, há dois nomes já confirmados. Tyler Hoechlin, o ator que interpreta o Superman na série “Superman & Lois”, subirá ao palco nos dias 2 e 3 de dezembro, e também participará de sessões de fotos com os fãs. Já Bruce Dickinson, o vocalista do Iron Maiden, estará presente em um painel no dia 30 de novembro, onde falará sobre sua carreira, seu processo criativo e sua relação próxima com a cultura pop. No Artists’ Valley by BIS, há também nomes em ascensão confirmados, como Joshua Cassara, Eduardo Risso e, em colaboração com a Skript Editoria, o artista senegalês Juni Ba.

Até o momento esses são os nomes confirmados para esse ano. Mas sabemos que terão muitas outras celebridades e atrações, só precisamos de paciência para saber tudo que terá por lá esse ano!

E nós do Movimento RPG estaremos cobrindo tudo o que pudermos!!


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O que Sabemos da CCXP 2023?

Olá, garoto do espaço! – Quimera de Aventuras

Olá, garoto do espaço! é uma HQ fantástica do Estúdio MPUP, que eu tive o grande prazer de conhecer no evento Nerd Experience que rolou agora em Março aqui em Belo Horizonte! Gostei tanto que não poderia deixar de trazer essa obra prima pra vocês!

Olá, garoto do espaço! 

Cláudio é um jovem garoto de algum lugar do interior do Brasil. Certo dia, quando voltava para casa, ouve um estranho barulho com um clarão, e resolve investigar. É quando encontra então um misterioso garoto vindo do espaço.

Esse misterioso garoto cria um forte vínculo com Cláudio, e juntos ambos aprendem sobre amizade, amor, família e como a felicidade pode estar em pequenos detalhes.

Estúdio MPUP

“Meu Pequeno Universo Particular” ou MPUP é o nome da editora responsável por Olá, garoto do espaço!, que lançou o quadrinho no selo Boy’s Love em volume único. O MPUP é um estúdio de artes e quadrinhos LGBTQIA+ , celebrando a diversidade.

Os desenhos são de André Inácio, com roteiro de Perséfone Tenou.

Minha Opinião Pessoal (contém spoilers)

Olá, garoto do espaço! é aquele tipo de obra totalmente fora da curva!

Com uma arte lindíssima do André Inácio, e um roteiro tão fofo da Perséfone Tenou, a obra é um convite às boas memórias da infância, aos tempos mágicos das descobertas e novidades, e acima de tudo, àquela época de nossas vidas onde o surreal é parte do cotidiano imaginário e fértil da infância.

Cláudio é um garoto comum, como quase todo garoto dessa idade. Tem um relacionamento complicado com sua madrasta (explicado na HQ) e desenvolve com o garoto do espaço uma amizade tão singela que culmina no despertar do amor e da primeira paixão.

As aventuras dos dois garotos, mesmo que curta, lembra muito a minha infância, sempre tentando estar perto dos amigos nas férias, e tentando entender aquele turbilhão de sentimentos que repentinamente se despertavam.

E particularmente não gostei tanto da conclusão da história, embora entenda 100% a intenção da proposta, e de fato é o que “acontece” nas nossas vidas (principalmente aqueles crushs ainda dentro do armário). Mas a obra é incrível, fantástica, e acima de tudo, muito necessária nos tempos contemporâneos.

Quimera de Aventuras

Nesta sessão a HQ entra na Quimera e colocamos algumas ideias de uso para aventuras de RPG.

Entretanto fique ciente que para isto, teremos que dar alguns spoilers da obra. Leia por sua conta em risco.

O garoto do espaço

Um misterioso garoto chega do espaço na Terra, e precisa encontrar uma maneira de voltar para casa. Os reparos de sua nave podem ser feitos com materiais comuns da Terra, e levaria alguns dias de trabalho para a conclusão.

Nesse meio tempo, a mesa precisa ajudar o garoto do espaço a recuperar sua nave para poder voltar pra casa, ao mesmo tempo que ajudam o garoto a entender o novo mundo em que se encontra.

Empatia Elevada

Uma característica muito especial do garoto do espaço é sua conexão empática com as pessoas, e sua capacidade de manipular lembranças e ler seus sentimentos.

Com essas habilidades ao seu lado, a mesa precisa aprender a lidar com os conflitos de seus personagens, ao mesmo tempo que precisam aprender a lidar com os sentimentos e emoções de outras pessoas ao seu redor.

Explorando uma temática mais social e interpretativa, o foco aqui seria o aprofundamento em relação aos sentimentos e como a mesa lida com isso.

A Descoberta do Amor

O amor começa a aflorar em um (ou mais) dos personagens da mesa. Como lidar com esses sentimentos? Como entender o que se passa?

Esse tipo de narrativa também tem um foco maior em interpretação e Bleeding, sendo uma boa ponte para abordar relacionamentos interpessoais, familiares e amorosos. Muito válido também para explorar e entender dramas LGBTQIA+ que possam surgir na mesa.


É isso, espero que vocês tenham gostado e que tenham ficado interessados pela HQ. Olá, garoto do espaço! é uma das obras de quadrinhos mais significativas e inclusivas que já tive o prazer de ler! Continue acompanhando a Quimera de Aventuras para não perder as próximas!


Texto: Eduardo Filhote

Capa: Juaum ArtWork

VI Prêmio LeBlanc – Premiação em RPG

A votação popular do VI Prêmio LeBlanc está em andamento. Este é um prêmio brasileiro que reconhece produções nacionais em quadrinhos, animação, literatura fantástica e games.  A primeira fase da votação ocorre de 1 de fevereiro a 28 de fevereiro de 2023, incluindo uma novidade: uma premiação exclusiva para RPGs.

O que é a Premeiação LeBlanc?

O LeBlanc homenageia o artista haitiano André LeBlanc, radicado no Brasil, e sua influência no campo de design para animação e ilustração. As informações e regras para votação estão disponíveis no site oficial.

O Prêmio LeBlanc é uma premiação criada em 2018 para reconhecer produções nacionais em quadrinhos, animação, literatura fantástica e games. É organizado pela Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro em parceria com a Universidade Veiga de Almeida, as mesmas instituições responsáveis pela Semana Internacional de Quadrinhos.

A votação para o prêmio ocorre em duas etapas. Primeiro, é realizada uma votação popular para definir os três finalistas de cada categoria, e posteriormente, um júri técnico escolhe o vencedor. Qualquer obra lançada entre 1 de janeiro e 31 de dezembro do ano anterior ao prêmio pode ser indicada, desde que seja relevante à categoria.

Motivos para se Engajar

As premiações são importantes porque elas incentivam a dedicação e trabalho duro. Elas também nos ajudam a reconhecer o esforço de outras pessoas e nos motivam a alcançar nossos objetivos. Além disso, premiações também nos ajudam a reconhecer e comemorar as conquistas que fazemos juntos.

Portanto apesar de sabermos que pode ser trabalhoso indicar um voto nesse quesito, é importante para nossa comunidade. Ainda mais que nesse ano é a estreia da categoria na Premiação, então vamos representar bem nossa comunidade!

Segue um guia de como já chegar preparado para a sua votação:

  • Acesse o site oficial, e em Cédulas entre na categoria Votos para Games;
  • Em seguida siga essas orientações:
  • Apenas games e RPGs lançados no ano de 2022 serão aceitas na votação.
  • Será contabilizado apenas um voto por e-mail. Caso sejam encontrados vários votos com o mesmo e-mail, apenas o mais recente será registrado.
  • Por favor, redija da maneira mais completa possível o título escolhido.
  • Não use aspas na hora de preencher seu voto.
  • Atenção com a categoria certa. Votos na categoria errada não serão contabilizados.
  • Caso não saiba em quem votar em alguma categoria, deixe o espaço em BRANCO.

Bom voto, e muito obrigada.


O Movimento RPG agora tem uma super novidade. Temos nosso próprio Clube do Livro, A Ordem da Quimera(acesse por esse link). E em Fevereiro estaremos com o livro O Último Ancestral do autor Alê Santos, que participará conosco do encontro no dia 28/02. Para participar é muito fácil, acesse o link anterior e lá entre em contado direto com a Lorde Isabel Comarella (Bell Comarella#0272). Aproveite e faça parte nosso servidor no Discord.

O Último Ancestral

 

 

 


E se você gosta do que apresentamos no MRPG, não se esqueça de apoiar pelo  PadrimPicPayPIX, e no Catarse!

Assim, seja um Patrono do Movimento RPG e tenha benefícios exclusivos como participar de mesas especiais em One Shots, de grupos ultrassecretos e da Vila de MRPG.

Além disso, o MRPG tem uma revista! Conheça e apoie pelo link: Revista Aetherica.


 VI Prêmio LeBlanc – Premiação em RPG

 

 

Midnight Nation: O Povo da Meia-Noite – Quimera de Aventuras

Midnight Nation – O Povo da Meia-Noite é uma HQ escrita por J. Michael Straczynski e ilustrada por Gary Frank, publicada originalmente em 12 edições.

Lançada no Brasil pela Mythos Books, foi compilada em uma edição única encadernada com a obra completa na íntegra, e é essa a edição usada para essa Quimera de Aventuras.

Midnight Nation – O Povo da Meia-Noite – Sinopse

David Grey é um tenente de polícia que valoriza muito seu trabalho, praticamente vivendo por ele. Certo dia, depara-se com uma onda de assassinatos, e durante a investigação, que fica cada vez mais complexa, acaba se deparando com estranhas criaturas.

Atacado pelo líder das criaturas, David tem sua alma roubada e fica preso no “mundo do meio”, o lar do Povo da Meia-Noite, também conhecidos como Errantes: seres que se alimentam do pior que a humanidade tiver a oferecer.

Guiado pela misteriosa Laurel, David tem o prazo de um ano para recuperar sua alma, precisando para isso percorrer uma jornada até o coração de Nova Iorque antes que perca sua alma para sempre e se torne um Errante também.

Durante essa jornada, David se defronta com outras pessoas que escorreram pelo mundo do meio, confronta seus próprios demônios, busca motivos para ter esperança e aprende muito sobre o real sentido da vida. Mas será ele capaz de recuperar sua alma?

Minha Opinião Pessoal (contém spoilers)

Midnight Nation é um dos meus quadrinhos favoritos de todos os tempos, e motivos pra isso não faltam, de forma alguma! Da qualidade genial do roteiro à fantástica arte da obra, tudo é um convite a essa jornada cheia de questões filosóficas e ponderações sobre a vida e a existência.

A jornada de David e Laurel traz, além de muita ação e aventura, muita filosofia e dúvidas acerca da vida, da religião e da forma como vemos o mundo. A dinâmica dos dois, tanto em diálogos quanto em expressões, é muito bem trabalhada e explorada, na medida certa.

Particularmente, a parte filosófica é o que mais me pegou também! É muito incrível ver as noções e teorias de pensadores como Sartre, Kierkegaard, Kant, Platão e muitos outros assim, tão desenhada e singela! É uma puta aula sobre existencialismo, ética, moral, karma, lei do eterno retorno, mito da caverna, mitologia e muito mais!

Vale notar que a HQ faz tudo isso sem perder o ritmo, mantem a ação constante, o senso de perigo e a urgência. Tudo isso enquanto nos importamos em qual será o destino final dos personagens, se cumprirão sua jornada, se estarão bem no final, e acima de tudo, se viverão.

O clímax da trama, o encontro com Lúcifer, é um dos pontos altos da trama! Todo o diálogo e o peso das cenas é muito bem ilustrado, e deixa tudo muito mais emocionante! A dinâmica e a forma como as coisas acontecem é de uma leveza e simbologia tão grandes, que eu reinterpreto toda a situação a cada vez que eu leio, sempre no contexto do qual o mundo está.

A arte de Gary Frank é ímpar na obra também! Uma mistura de traços que mostram tanto o carisma das expressões, quanto a opressão do cenário. Os contrastes entre o mundo do meio e o mundo real é muito notável, e é quase respirável o ar de desolação e desesperança que as paisagens refletem.

Midnight Nation – O Povo da Meia-Noite é sem dúvidas a curva essencial dos quadrinhos que fogem do eixo de super-heróis, trazendo uma trama filosófica e mundana, com personagens que encontramos todos os dias em nossas vidas. Estão ali expressos alguns estereótipos que ou já encontramos na vida, ou somos nós mesmos de certa forma. E isso é genial!

A obra é uma resposta a várias perguntas que temos sobre quem somos, porque existimos e, acima de tudo, sobre esperança e perseverança!

Quimera de Aventuras

Nesta sessão a HQ entra na Quimera e colocamos algumas ideias de uso para aventuras de RPG.

Entretanto fique ciente que para isto, teremos que dar alguns spoilers da obra. Leia por sua conta em risco.

Midnight Nation

O Povo da Meia-Noite, também chamados por alguns de “Os Errantes”, trabalham para Lúcifer, e tem como objetivo facilitar o desespero, a corrupção e a desesperança da humanidade. Fornecem drogas drogas e armas, vendem escravos, e cometem assassinatos.

De alguma forma, a mesa teve contato com os Errantes, seja como seus clientes, seja investigando seus crimes. Agora a mesa precisa lidar com a situação, sem se deixarem corromper e perder suas almas no processo.

Considere os Errantes como seres humanos comuns, mas dotados de unhas maiores e mais afiadas, capazes de cortar, e levemente mais fortes que a média humana (mas ainda assim não mais fortes que o potencial humano). Sua grande capacidade é a de transitar entre os mundos.

A Jornada Pela Alma

A mesa, de alguma forma, perde sua alma para Lúcifer, e assim como David, tem o prazo de um ano para recuperá-la. Os personagens podem ser guiados por Laurel, David ou outra entidade qualquer.

O principal da jornada é lutar contra a corrupção (cuja força vai aumentando ao longo da jornada e com a proximidade do fim do prazo), e tentar sobreviver às custas de tudo que puder ser obtido no mundo do meio.

Vale lembrar que, no mundo do meio, somente aquilo que “esquecido e abandonado” pode ser usado, e os Errantes estarão constantemente atacando em busca de comida e do fracasso da jornada.

Guiando a Jornada

Um dos personagens da mesa (ou a mesa toda) sobreviveu à jornada, e agora são guias, divididos entre os dois mundos e não pertencendo a nenhum, e assim como Lázaro, imortais.

Cabe à eles agora a missão de guiar outras almas perdidas no mundo do meio pela jornada em busca de suas almas.

Errantes x Jogadores

Por que não experimentar uma espécie de PvP com essa ideia? Parte dos jogadores buscam recuperar suas almas, ao tempo que parte dos jogadores são errantes à serviço de Lúcifer. Como um incentivo para que esses Errantes ajam dessa forma, lhes é prometida uma chance de se libertarem da prisão de Lúcifer.

A ideia não é causar discórdia entre as pessoas da mesa, e sim colocar uma disputa ideológica e moral, sobre qual caminho é mais válido, e o que é válido, na busca pela própria alma.

É isso, espero que vocês tenham gostado e que tenham ficado interessados pela obra. Midnight Nation – O Povo da Meia-Noite é uma obra incrível fora do eixo de super-heróis e vale todo o mérito! Continuem acompanhando para conhecer os outros quadrinhos!

Apagão – Fogo nos Fascistas – Financiamento Coletivo

Você já ouviu falar de Apagão, quadrinho nacional publicado pela Editora Draco? E o roteirista e editor Raphael Fernandes?

Se já conhece, deve saber que saiu um financiamento coletivo de uma nova obra, né? Se não conhece, não se preocupe, porque essa é uma oportunidade excelente!

A Série Apagão

Apagão apareceu pela primeira vez em “Imaginários em Quadrinhos – Volume 1”, e marcou a estreia de Raphael Fernandes como escritor e editor da maior editora de quadrinhos originais do Brasil: a Editora Draco.

Com roteiro de Rapahel Fernandes e arte de Camaleão, a série Apagão conta narra a história de uma São Paulo sem eletricidade, onde grupos de visões políticas diferentes tentam sobreviver, criando verdadeiras gangues.

Essas gangues buscam reconstruir a sociedade à sua imagem e semelhança, muitas vezes com visões conflitantes. Enquanto os Macacos Urbanos e as Dandaras formam comunidades e protegem o povo, os Filhos de Deus e os Guardiões da Moral veem as pessoas como mão de obra a ser explorada e mentes a serem dominadas.

E, claro que esses grupos estão em eterno conflito, disputando cada espaço importante, fonte de alimento e possíveis aliados em uma São Paulo que vive uma crise de abstinência elétrica e tornou-se uma zona de guerra!

Os dois primeiros títulos da série Apagão, Ligação Direta e Cidade Sem Lei/Luz contam com arte de Camaleão. O terceiro título, Fruto Proibido, tem arte de Abel, cores de Fabi Marques e ganhou o Troféu Angelo Agostini de Melhor Edição e Melhor Colorista, além de ser contemplado pelo ProAC 2019.

Mas o universo de Apagão não se resume apenas aos quadrinhos, e já possui um considerável universo expandido em outras linguagens, como o áudio-jogo “Apagão – Entre o Lobo e o Cão”, que teve produção da Rede Geek e narração de Guilherme Briggs. Também há o card game “Apagão – Ruas de Fúria” (Funbox), de Gustavo Nascimento, e uma trilha sonora original do Solomon Death. Outro projeto de sucesso é o card game “Apagão – Ruas de Fúria” (Funbox), de Gustavo Nascimento.

Apagão – Fogo nos Facistas

“Apagão – Fogo nos Fascistas”, o quarto volume dos quadrinhos da série Apagão, mostra o mestre de capoeira e le parkour Mandrill em uma missão para investigar como é possível ainda existir um lugar com eletricidade na São Paulo do blecaute. O que ele não imaginava é que encontraria uma situação que o faria lembrar de algumas das piores memórias de sua infância.

Além da ação eletrizante, característica da série, a edição apresenta uma reflexão sobre uberização do trabalho, fogo no Borba Gato, escravidão urbana e também faz uma homenagem ao movimento dos Entregadores Antifascistas. Este é o retorno dos Macacos Urbanos e o começo da nova fase do quadrinho!

“Apagão – Fogo nos Fascistas” conta com roteiro de Raphael Fernandes e arte de Dilacerda. A capa foi desenhada por Val Rodrigues e tem cores de Jão Canola.

Financiamento Coletivo

A Editora Draco abriu o financiamento coletivo pelo Catarse, e você pode participar clicando nesse link AQUI.

Com valores à partir de R$ 32,00, o financiamento coletivo de “Apagão – Fogo nos Fascistas” estará aberto até o dia 17/11/22. Todas as pessoas que contribuírem receberão uma edição física do quadrinho, além de um cupom de 20% na editora para outras compras, e os benefícios aumentam com apoios maiores.

Essa edição terá 48 páginas coloridas, formato 17 x 24cm, miolo em papel couché e capa cartonada com orelhas.

Apoio o cenário nacional de quadrinhos, garanta seu exemplar e ajude a movimentar cada vez mais o meio artístico nacional!

Miss Hyde – Escafandro #5 – Quimera de Aventuras

Escafandro é o nome do projeto de estreia da Ultimato do Bacon Editora, a mais nova publicadora de HQ’s do Brasil! Um projeto bimestral e inteiramente nacional com uma proposta bem diferente do tradicional mercado de HQ’s atual.

O volume de número cinco desse projeto é a obra Miss Hyde, de Luís Carlos Souza, Rafael Dantas e Bernardo Spengler.

E você pode adquirir a sua Escafandro – Miss Hyde clicando AQUI!

Miss Hyde

Alice Hyde é uma caçadora de recompensas que viaja por todos os lugares em sua nave SS Stevenson.

Em sua atual missão à pedido de Söim, ela precisa entregar uma misteriosa encomenda para o Conde de Wollstonecraft: Frankesntein XVIII. Tudo poderia ser uma simples e corriqueira missão de entrega, mas estamos falando de Miss Hyde, e encrenca sempre a acompanha!

Os Autores

Luís Carlos Souza é escritor, professor, roteirista, revisor, letrista e diagramador. Foi o coordenador do Fórum dos Quadrinhos do Ceará, além de organizador e roteirista de Capitão Rapadura 40 Anos.

Rafael Dantas é ilustrador e co-fundador da Qomics. Entre seus trabalhos estão Mandacaru Vermelho e Cavaleiro Avante pela Qomics, Dr. Who pela Titan Comics e atualmente em The Phantom pela Frew Publcations da Austrália.

Bernardo Spengler é leitor, colecionador de quadrinhos e formado em Belas Artes em São Paulo.

Projeto Escafandro

O projeto Escafandro é o primeiro e pioneiro projeto da Ultimato do Bacon Editora. Sua proposta é ser uma publicação bimestral Pulp, com histórias fechadas em cada edição e com nomes criativos diferentes.

A edição de estreia (tanto do projeto quanto da editora) contou com roteiros de Laudo Ferreira e cores de Thaynan Lana. Você pode conferir a Quimera de Aventuras sobre a Escafandro #1 – O Vampiro bem AQUI.

Atualmente, Escafandro está em sua sexta edição.

A Ultimato do Bacon Editora também conta com outras publicações fora do projeto Escafandro que merecem uma atenção!

Minha Opinião Pessoal

Essa edição de Escafandro, a meu ver, comete erros incômodos logo em seu editorial. A escolha de usar um papel preto com fonte laranjada fosca foi péssima. Dificultou ao extremo a leitura. Foi preciso colocar uma luz focal pra dar destaque nas cores das letras sobre o papel.

Aliado a isso, a extensa necessidade de pontuar e relatar todas as referências e easter-eggs deixados pelos autores antes da leitura não só atrapalhou a mesma, como também tirou a magia e satisfação de encontrar essas mesmas referências por si só.

Vale denotar que esses são pontos que incomodaram a minha pessoa, e não são de forma alguma um demérito para a revista. Mas como trata-se de uma crítica também, os pontos negativos precisam ser notados, né?

Sobre o a obra: os autores conseguiram trazer uma atmosfera bem peculiar e inventiva para esse universo retrofuturista steampunk. As cores são vivas, os traços bem definidos e dão o ar perfeito para a obra.

Miss Hyde é uma protagonista cativante, carismática e com um grande potencial para chegar em grandes aventuras. Uma pena que a história seja tão curta, porque dá uma vontade de “quero mais” bem difícil de abandonar.

A resolução final dos acontecimentos poderia ter sido levemente um pouco mais interessante, mas ainda sim é divertida e condiz com a proposta da obra. Sem dúvida o cenário criado para o mundo de Miss Hyde merece ser mais expandido e ampliado!

Quimera de Aventuras

Nesta sessão a revista entra na Quimera e colocamos algumas ideias de uso para aventuras de RPG. Entretanto fique ciente que para isto, teremos que dar alguns spoilers da obra. Leia por sua conta em risco.

Caça-Recompensas

O grupo trabalha pra mesma agência de caça-recompensas que Miss Hyde. De trabalhos simples como serviços de entrega à missões mais elaboradas (como resgates ou vilões perigosos), a vida do grupo não será fácil, mas as recompensas valiosas!

A missão da vez é entregar uma certa encomenda ao Conde de Wollstonecraft, que está empenhado em uma estranha pesquisa para criar a Quimera perfeita. Como o grupo vai reagir à esse conflito?

A Vingança do Conde

O imortal Frankenstein não foi derrotado após o fiasco com Miss Hyde. Com tempo e recursos suficientes, conseguiu para si um novo e melhorado corpo, e agora quer vingança contra Miss Hyde e a agência de Caça-Recompensas.

O grupo está entre os contratados para ajudar na proteção de Söim e Miss Hyde, e para isso terão de duelar não apenas contra um novo e melhorado Frankenstein, como também suas diabólicas quimeras.

A Poção de Jekyll

A misteriosa poção de Jekyll, segundo Miss Hyde, tem o potencial de “despertar o verdadeiro potencial”, mas nem sempre é o caso. Uma pessoa em contato com a poção se tornou um ser irracional de pura violência e fúria, quer está causando pânico e destruição por onde passa. Miss Hyde e a agência de caça-recompensas precisam de ajuda!
O grupo é contratado por Söim e MIss Hyde para ajudarem a recuperar o soro e conter o estranho que foi influenciado por seus efeitos imprevisíveis.

Miss Hyde para 3D&T Alpha

Miss Hyde, 18N
F0, H2, R2, A1, PdF1; 10 PVs e 10 PMs
Kit: Caçador de Recompensas (completo).
Vantagens: Base de Operações, Patrono, Poder Ocultox10
Desvantagens: Inimigo, Código de Honra dos Caçadores de Recompensa, Código de Honra dos Heróis
Perícia: Ciências, Investigação

É isso, espero que vocês tenham gostado e que tenham ficado interessados pela obra,  Escafandro #5 – Miss Hyde é uma revista incrível com trama e traços que trazem um novo velho mundo cheio de mistérios e velhos conhecidos. Gostou das ideias? Portanto mande seu comentário e não perca a oportunidade de acompanhar outras aventuras em Escafandro.

Autor: Eduardo Filhote
Revisado por: Isabel Comarella
Montagem da Capa: Juaum

Marvel RPG – Biblioteca Arkanita

Esta semana, a iniciativa da Biblioteca Arkanita apresenta o netbook Marvel RPG, de Rodrigo “Phersheu Mahatmah” de Alves Ferreira, adaptando para o Sistema Daemon todo o universo Marvel dos quadrinhos e aproveitando que a série da Mulher-Hulk está estreando na plataforma Disney+. Na época que este netbook foi lançado (2006), nem mesmo o primeiro filme do Homem de Ferro tinha sido lançado, o que significa que este netbook não faz nenhuma referência a filmes do MCU.

Conteúdo do netbook

O netbook Marvel RPG apresenta em suas incríveis 178 páginas as seguintes informações:

  • Universo Marvel Comics, resumindo a origem de certos seres e povos que influenciam todo este universo de quadrinhos.
  • Super Heroísmo, um capítulo muito interessante do netbook que explica as possíveis motivações e dificuldades que existem em assumir o papel de super-herói.
  • Conceitos Básicos e Sequência de Criação do Herói, com regras completas para a construção de personagens do universo Marvel seguindo o Sistema Daemon. Existe a adição de novos Aprimoramentos, Perícias, Manobras de Combate e Kits de personagem para a adequação do Sistema Daemon ao universo descrito em Marvel RPG.
  • Personagens – Raças Humanóides, explicando a existência e diferenças entre humanos, eternos, deviantes, atlantes, lemurianos, inumanos, mutantes, homens-animal, subterrâneos, krees, skrulls, shi’ars, asgardianos, heliopolitanos, olímpicos, sombras e demônios. (podem ser compradas via aprimoramentos as raças dos Asgardianos, Atlantes, Demônios, Espectros, Heliopolitanos, Homens-Animal, Inumanos, Lemurianos, Krees, Mutantes, Olímpicos, Skrulls e Shi’ars)
  • Itens Heroicos, com regras para construir quaisquer itens especiais utilizados nos quadrinhos, incluindo estatísticas para itens feitos de vibranium wakandano, vibranium antártico, adamantium, liga vibranium-adamantium, uru e até o material de que são feitas as armaduras dos Celestiais.
  • Regras: Super-Poder, com 87 páginas listando uma ampla variedade de super-poderes e suas possíveis variantes e personalizações, além de uma breve discussão sobre a origem de poderes como mágicos, psíquicos, chi e cibernética.
  • Ficha de Personagem, fechando o incrível Marvel RPG.

Você pode baixar este netbook aqui mesmo na Biblioteca Arkanita. Clique aqui para iniciar o download do netbook. E continue acompanhando as postagens semanais da Biblioteca Arkanita para outros grandes netbooks como Marvel RPG!

Você pode também nos ajudar a movimentar o RPG fazendo parte do nosso Patronato. Mas se não puder, tudo bem! Venha fazer parte da nossa comunidade, começando pelo YouTube por exemplo.

O Vampiro – Escafandro #1 – Quimera de Aventuras

Escafandro é o nome do projeto de estreia da Ultimato do Bacon Editora, a mais nova publicadora de HQ’s do Brasil! E o volume de estreia desse projeto é a obra O Vampiro, de Laudo Ferreira.

Um projeto bimestral e inteiramente nacional com uma proposta bem diferente do tradicional mercado de HQ’s atual.

E você pode adquirir a sua Escafandro – O Vampiro clicando AQUI!

O Vampiro

O Vampiro é uma adaptação do conto original de John William Polidori, The Vampyre, de 1819.

Aqui acompanhamos as narrativas do jovem aristocrata inglês Aubrey, e de sua misteriosa relação com Lorde Ruthven.

A amizade de ambos é narrada e descrita de seu início até seu trágico fim, onde os segredos do misterioso Lorde Ruthven são finalmente revelados.

Os Autores

Laudo Ferreira é roteirista, ilustrador e desenhista! Trabalha com quadrinhos desde 1983, e já ganhou vários prêmios, como o Troféu Ângelo Agostini e o HQMIX. Entre seus trabalhos autorais mais famosos estão Yeshua Abosluto, Olimpo Tropical, Cadernos de Viagem e O Santo Sangue.

John William Polidori (1795 – 1821) foi um médico e escritor inglês, considerado por alguns intelectuais como o pai do gênero de vampiros da ficção científica e fantasia. Sua obra mais conhecida, O Vampiro, foi o primeiro conto publicado em língua inglesa do gênero, embora na época tenho sido creditado a Byron.

Projeto Escafandro

O projeto Escafandro é o primeiro e pioneiro projeto da Ultimato do Bacon Editora. Sua proposta é ser uma publicação bimestral Pulp, com histórias fechadas em cada edição e com nomes criativos diferentes.

A edição de estreia (tanto do projeto quanto da editora) contou com roteiros de Laudo Ferreira e cores de Thaynan Lana. Atualmente, Escafandro está em sua sexta edição.

A Ultimato do Bacon Editora também conta com outras publicações fora do projeto Escafandro que merecem uma atenção!

Minha Opinião Pessoal

Escafandro é tudo que o cenário de HQ’s precisava atualmente! Fugir das mesmices, das rotinas, dos aproveitamentos estrangeiros e, principalmente, das “coleções infinitas”.

O mais bacana de Escafandro é ser uma edição fechada e completa, não numerada nas capas, e que possibilita colecionar de acordo com o gosto sem criar buracos de roteiro ou precisar ficar anos comprando mensalmente edições pra fechar a história completa.

O roteiro de Laudo Ferreira é ligeiro e astuto, fazendo a narrativa caminhar rapidamente sem dar a impressão de algo corrido ou feito às pressas. É possível perceber a passagem do tempo ou dos eventos através da narrativa sempre cirúrgica de Aubrey, o protagonista-narrador da história.

Os traços em muito me lembram produções mais cartunescas ou minimalistas, sem se ater à fidelidades fotográficas ou realismos exagerados. As cores de Thaynan Lana ajudam a dar o ar melancólico e gótico que a narrativa tem.

Sem sombra de dúvidas uma ótima aquisição para fãs de quadrinhos, de terror ou mesmo para quem busca um projeto diferente para investir!

Quimera de Aventuras

Nesta sessão a revista entra na Quimera e colocamos algumas ideias de uso para aventuras de RPG. Entretanto fique ciente que para isto, teremos que dar alguns spoilers da obra. Leia por sua conta em risco.

Em busca de vingança

Um misterioso e sedutor aristocrata vindo de terras distantes deixou para trás de si um rastro de mortes e violência antes de desaparecer. O que ele não imaginava é que  em todas as suas vítimas estavam mortas.

Uma vítima sobrevivente de um de seus ataques agora parte em sua caçada em busca de vingança e de revelar a verdade sobre “o Conde”.

Lobo em Pele de Cordeiro

Um misterioso e sedutor aristocrata chegou recentemente está ganhando espaço na alta sociedade. Com passado misterioso e aparentemente provido de muito dinheiro, esse aristocrata está à caça de seus novos alvos.

Como a sociedade pode lidar com esse monstro que vive entre ele? A ideia é fugir da figura do vampiro monstruoso e assassino e explorar um vampiro que suga não apenas o sangue de suas vitimas, como também todo o seu status e prestígio social.

Por Trás da Máscara

A identidade de um (ou mais) personagens vampiros da mesa foi revelada, e a situação agora requer cuidados.

Como fugir da polícia, das investigações, apagar sua “identidade conhecida”? Quais os passos necessários para criar uma nova identidade, fugir dos caçadores, criar um novo refúgio?

Fuja das histórias tradicionais de “vampiros pastores de humanos” e coloque os vampiros da mesa em uma situação inversa: o que acontece quando o caçador se torna a caça?


É isso, espero que vocês tenham gostado e que tenham ficado interessados pela obra,  Escafandro #1 – O Vampiro é uma revista incrível com trama que calcou e fundamentou o que conhecemos hoje como o “mito do vampiro”! Gostou das ideias? Portanto mande seu comentário e não perca a oportunidade de acompanhar outras aventuras em Escafandro.

 

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