O Espreitador (Ordem Paranormal: O Espreitador e Outras Histórias) – Quimera de Aventuras

O Espreitador, o primeiro conto do primeiro livro de literatura do universo ficcional de Ordem Paranormal, é uma ótima fonte de inspiração para novas histórias, e uma boa porta de entrada para quem não conhece ou não joga ainda o OP.

Ordem Paranormal: O Espreitador e Outras Histórias

Ordem Paranormal: O Espreitador e Outras Histórias é o primeiro livro de literatura ambientado no universo de Ordem Paranormal, criado por Rafael Lange (Cellbit), e foi lançado pela Jambô Editora em março de 2025. O livro reúne três contos de terror escritos por autores renomados do gênero no Brasil: Felipe Castilho, Karen Soarele e Leonel Caldela. Cada conto é atribuído ao fictício Daniel Hartmann, um personagem dentro do universo de Ordem Paranormal, cuja escrita teria sido tão impactante que suas criaturas literárias se manifestaram na realidade, alimentadas pelo medo dos leitores.

Por se tratar de uma obra com obras diferentes em seu interior, optei por fazer uma Quimera diferente para cada um dos contos, com cada um recebendo a devida e merecida atenção!

O Espreitador

No conto “O Espreitador”, Felipe Castilho nos apresenta aos gêmeos Caio e Thales, cuja relação próxima começa a se deteriorar quando Thales passa a sofrer de insônia e se isola da família. O comportamento de Thales torna-se cada vez mais errático, levantando suspeitas de que algo além do estresse acadêmico possa estar afetando-o. À medida que a tensão cresce, Caio percebe que uma presença sombria — o Espreitador — pode estar influenciando seu irmão, levando-os a confrontar horrores que desafiam a compreensão racional.

Felipe Castilho utiliza uma narrativa intimista para explorar o terror psicológico, centrando-se na dinâmica entre os irmãos. A ambientação é cuidadosamente construída, com uma atmosfera opressiva que reflete o estado mental dos personagens. O autor evita clichês do gênero, optando por uma abordagem mais sutil e emocionalmente ressonante. A figura do Espreitador serve como uma metáfora para medos internos e traumas não resolvidos, tornando o conto uma reflexão sobre a fragilidade da mente humana diante do desconhecido.

Por que tememos aquilo que não vemos, mas sentimos? A pergunta que ecoa ao fim do conto nos leva a uma experiência de horror que não repousa na monstruosidade física, mas na perturbação invisível e íntima. O autor convida o leitor a mergulhar numa narrativa onde a realidade se esgarça diante do medo e da deterioração da mente humana. Trata-se de um conto que se apoia mais na tensão psicológica do que no espetáculo visual, e por isso ressoa com força nas camadas mais profundas da nossa consciência.

Uma Opinião Filosófica

O conto apresenta Thales, um jovem cuja insônia se torna um sintoma de uma invasão psíquica. A figura do Espreitador não possui contornos claros — e é justamente por isso que é eficaz: sua existência é uma dúvida, uma possibilidade. O autor recorre aqui à lógica do existencialismo de Sartre e Heidegger, onde o medo não é apenas uma emoção diante do desconhecido, mas uma revelação do próprio vazio que carregamos.

Heidegger, por exemplo, fala do angst, um tipo de angústia que nos revela que estamos sozinhos no mundo, sem garantias. O Espreitador encarna essa angústia: ele é o “olhar que não podemos evitar”, a presença que não está visível, mas que sentimos à espreita — e que nos força a encarar a fragilidade do que tomamos como realidade.

Quimera de Aventuras

Nesta sessão a obra entra na Quimera e colocamos algumas ideias de uso para aventuras de RPG. Entretanto fique ciente que para isto, teremos que dar alguns spoilers da obra. Leia por sua conta e risco.

“O Espreitador” é uma obra que transcende o horror convencional, explorando as profundezas da mente humana e os terrores que residem dentro de nós. Sua adaptabilidade para diferentes sistemas de RPG permite que jogadores experimentem esse horror psicológico em diversas ambientações, tornando-o uma adição valiosa para qualquer campanha que busque explorar o medo e a paranoia.

Vou sugerir sementes de ideias que usam como base o estilo narrativo ou o conceito da criatura de O Espreitador para ser aproveitado de diversas formas em diversos sistemas diferentes, se adaptando ao estilo de cada mesa.

Fantasia Medieval (D&D, OSR, T20)
  • A Torre do Vigia Esquecido: um antigo vigia observa os moradores da vila através de um espelho mágico que enlouquece quem é observado.

  • O Anjo Caído: uma entidade celestial corrompida observa os sonhos de um personagem jogador.

  • A Floresta que Observa: cada vez que os jogadores acampam, sentem que há olhos os seguindo — uma criatura feérica enlouquecida por um pacto.

  • O Mestre do Espelho: uma lenda diz que um espelho em ruínas mostra seu verdadeiro inimigo — e alguns veem a si mesmos.

  • O Oráculo Cego: um NPC capaz de prever o futuro fica cego após uma visão do Espreitador; ele pede ajuda aos jogadores para “fechar a porta”.

Horror Moderno (Storyteller, Ordem Paranormal)
  • O Caso dos Gêmeos: baseado no conto — um dos personagens é irmão da vítima e começa a ter as mesmas visões.

  • Observados pela Web: câmeras de segurança mostram alguém no quarto que ninguém mais vê.

  • Pesadelos Coletivos: todos os jogadores têm o mesmo sonho com a mesma figura. Mas nunca ao mesmo tempo.

  • O Podcast Proibido: um programa de áudio sobre crimes sobrenaturais começa a alterar a percepção de quem o ouve.

  • A Casa que Não Dorme: uma residência onde ninguém consegue dormir por mais de duas horas sem enlouquecer — o Espreitador aguarda.

Cyberpunk (Shadowrun, Cyberpunk)
  • O Vírus de Vigilância: uma IA implantada como segurança começa a se comunicar com o usuário em sonhos e alucinações.

  • Nanoespiões: nanobots que ativam “visões de controle” — os usuários são espionados até perderem a sanidade.

  • O Código Espreitador: uma linha de código em jogos de realidade aumentada que observa o jogador mesmo fora do jogo.

  • Torre da Insônia: um megaprédio onde todos os residentes sofrem com insônia e paranoias. O Espreitador está no sistema.

  • Neurovigilância: um novo implante de monitoramento cerebral se torna viral, mas há algo a mais observando…

Conclusão: O Medo que Somos Nós

“O Espreitador” é mais do que um conto de horror. É um estudo sobre o medo silencioso, íntimo e inevitável que acompanha nossa existência. Ao tocar em temas como trauma, insônia, solidão e laços familiares, Felipe Castilho entrega uma obra que, como as melhores histórias de terror, não apenas assusta, mas também nos faz pensar.

A figura do Espreitador ecoa através das páginas, mas também em nossos próprios medos: o medo de enlouquecer, o medo de sermos esquecidos, o medo de sermos vigiados por algo que nem ao menos compreendemos. Ao fim, ele nos obriga a confrontar aquilo que talvez seja o mais aterrorizante de tudo: nós mesmos.



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Texto e capa: Eduardo Filhote

Divididos no Vale Alterac – Quimera de Aventuras

E aí pessoal, tranquilos? Seguindo com mais uma Quimera de Aventuras sobre as expansões de Hearthstone (que é o jogo de cartas da Blizzard, ao estilo Magic, que utiliza como base o universo de Warcraft). Divididos no Vale Alterac foi a terceirado expansão do ano que finalizou o embate lendário entre Horda e Aliança.

Nesta expansão podemos destacar a volta de cartas de herois e a implantação das cartas de Aura, que sequer possuíam esse nome na época.

Um ponto interessante sobre essa expansão é que a temática de Horda x Aliança foi muito abordada. Inclusive fora do jogo, havendo diversas métricas para se dar pontos ao lado mais vencedor e, também, com mais adeptos. E para surpresa da maioria o lado que mais teve apoio foi o da Aliança.

Quimera de Aventuras

Um Embate Fraudulento

Dois poderosos exércitos logo se enfrentarão num vale que divide duas nações. Entretanto, tudo não passa de um engodo de algum feiticeiro/ clérigo/ rebelde/ demônio ou qualquer outro personagem cabível. Ele manipulou vários eventos (que podem ter sido previamente investigados pelo grupo) e deseja enfraquecer os dois reinos para que possa dominar ou destruir ambos (ou apenas um deles).

O grupo deverá avançar rapidamente até a frente de combate e convencer ambos os lados a largar as armas. Entretanto, o agente manipulador previu tal possibilidade e colocou alguns de seus agentes para instigar comandantes e generais no próprio campo de batalha, forçando o combate. Assim, deverão ir a cada pelotão, comandante ou heroi para convencê-los a parar o combate. Alguns serão faceis de convencer, já outros nem um pouco.

O Druida Urbano

Um poderoso, porém extremamente inculto e inocente druida escolheu um bosque da capital ser sua área protegida. Isso não seria problema se o druida não quisesse expandir a área do bosque, engolindo as construções ao redor e invocando muitas bestas.

Tendo o druida expulsado a milícia e alguns aventureiros, agora os governantes contrataram aventureiros experientes para resolver o problema.

A Perseguição

A fuga de um poderoso e caótico feiticeiro faz com que o grupo de aventureiros deva ajudar na perseguição. Porém, mesmo encontrando o feiticeiro (que não fugiu para longe pois há algo na cidade que ele deseja) o combate será muito difícil e possivelmente haverá baixas.

O Conflito Árido

Alguém ou algo está causando prejuízos e danos em todas as vilas do Vale Seco, uma savana árida habitada por povos tão duros como as rochas escaldantes.

Cada líder acusa alguma outra tribo de ter roubado alimentos, equipamentos ou animais. Porém, se os personagens conseguirem visitar os locais, conseguirá observar que não há resquício algum de tais roubos. Indicando que é algum agente externo que vem provocando a discórdia entre as tribos. Porém tal descoberta de nada valerá se não for possível convencer os líderes tribais:

  • Kanu, um orc xamã que invoca raios e relâmpagos, além de controlar os demais elementos. Ele é desconfiado, porém sábio e concederá uma audiência para ouvir os jogadores. Porém, não terá paciência para teorias e quaisquer outras coisas que não sejam fortes indícios.
  • Arako, um golias (ou qualquer raça gigante) é um líder novo e que não tem firmeza em suas decisões. Possui medo do que o seus velhos conselheiros possam fazer e é facilmente influenciável. O grupo terá que agradar a maioria dos anciões (e nem todos possuem boas intenções) para ter o apoio de Arako.
  • Ferrolho, um troglodita arcano lidera sua família e vou expulso pela tribo de Vandara por estes acreditarem que Ferrolho foi o ladrão de um artefato místico. O grupo deverá encontrar um lugar seguro para a família troglodita para ter apoio deles.
  • Vandarauma anã que lidera um clã teimoso que acredita que o Vale Seco é um local sagrado. São muito desconfiados, mas aceitam ajudar o grupo se este conseguir recuperar o Grande Martelo Quebrado, que foi roubado, pelo que afirmam, por alguém da família de Ferrolho, já que utilizaram magia.

O grupo também poderá encontrar com uma humana demonóloga, uma dragonesa anciã e um estranho “pastor” de hienas imortal .

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EPIC: A Saga do Submundo – Quimera de Aventuras

Neste Quimera de Aventuras, vamos falar de EPIC: The Musical – A Saga do Submundo. EPIC é um álbum conceitual baseado na historia da Odisseia de Homero. Mas hoje vamos falar do quinto álbum desse musical conceitual e o último do primeiro ato: aonde, com a ajuda da bruxa Circe, a tripulação de Itáca vai para o Submundo e é confrontado com visões do passado, e do futuro.

Se você quiser ver as demais sagas que tem no Quimera de Aventuras, pode clicar nos links para a Saga de Troia, Saga do Ciclope, Saga do Oceano e a Saga de Circe.

Sobre o Musical

Já falamos anteriormente que EPIC: The Musical é dividido em Atos e Sagas. Hoje vamos falar sobre o álbum.

Nossa Visão sobre o Musical (Pode conter spoilers!)

EPIC é um musical muito gostoso de ouvir, tanto pela qualidade das músicas quanto pela qualidade da comunidade. O último álbum do primeiro ato funciona para fechar o arco de Odisseu, em se entender como esse Monstro que deve ser implacável não apenas com as criaturas, mas com as situações que passa.

O confronto com o passado, a visão dos espíritos da sua mãe, Anticlea, enquanto esteve fora na Guerra de Troia e de seu recém falecido amigo Polites, além da profecia sobre eventos futuros do profeta Teiresias o fazem perceber que não pode agir com Abraços Abertos como seu amigo pregava, mas deve se tornar um monstro para realizar seus objetivos.

Apesar de poucas músicas, para muitos esse é um dos melhores álbuns do musical, como No Longer YouThe Underworld que são músicas extremamente poderosas e emocionantes.

NO. LONGER. YOU.

Quimera de Aventuras

Nessa seção, vamos dar ideias para mesas usando o musical como referência!

Cenários e Sistemas

Qualquer sistema e cenário voltado para fantasia pode servir para fazer uma aventura baseada na Saga de Troia. Principalmente sistemas que tenham mecânicas ou possibilidades de guerra.

Mas quero trazer luz a um sistema voltado para mitologia Grega, AGON que estava previsto para ser trago pela Editora Vanishting Point. Ele é pensado para simular histórias épicas da mitologia.

Especificamente para a Saga do Submundo. Talvez você precise fazer adaptações ou usar mais criaturas do submundo para colocar mais ação e batalhas com criaturas do submundo com seus personagens, então qualquer jogo de fantasia já deve dar pro gasto. T20, 5e, Pathfinder e etc…

ALL I HEAR ARE SCREAMS

Partes das Aventuras baseadas nas músicas

The Undeworld

Após os eventos da saga anterior, os personagens descem para o Submundo. Cientes de que lá verão criaturas do submundo que vão tentar ludibria-los. Assim que aportam, entre combates com fantasmas e espectros, eles podem enxergar pessoas já mortas do seu passado.

No exemplo do EPIC, Odisseu vê Polites, seu amigo que morreu na Saga do Ciclope; e Anticlea, sua mãe, que morreu enquanto estava em campanha da Guerra de Troia.

É possível usar essa parte, tanto para dar uma ação quanto pra fazer os personagens confrontarem o seu passado.

No Longer You

Após navegarem pelo Submundo, os personagens encontram Tiresias, o profeta cego, que dará a eles a instrução de o que os espera no futuro. No material original (pelo menos na maioria das traduções) Tiresias avisa para Odisseu sobre os perigos de Scylla e do Charybidis no caminho. Em EPIC, o profeta dá mais dicas das músicas futuras e faz Odisseu confrontar suas ações até o momento e o que ele deve fazer no presente.

Com seus personagens, você pode dar tanto dicas de plots futuros da aventura quanto faz previsões do que acontecerá com os personagens no futuro. É meio complexo por você não saber como os personagens vão agir (e recebendo uma previsão, os jogadores vão fazer de tudo para descumpri-la) mas você pode tentar. Talvez conceder um bônus especifico caso os personagens consigam impedir a profecia ou não fazer ela ocorrer até o final da próxima aventura?

What if I’m the Monster?

Monster

Após ouvirem a profecia de Tiresias, os jogadores normalmente devem tomar uma decisão sobre o que farão para frente. Ou não.

Em EPIC, o momento após as profecias de Tiresias é o momento de virada para o protagonista, que ele decide se tornar o Monstro, que ele não vai ser mais alguém que recebe o mundo de braços abertos, mas sim um monstro como os que enfrentou até o momento.

No final da parte dos personagens no Submundo, pergunte como isso afetou os personagens para os jogadores e em qual visão estão atualmente, isso pode influenciar como agirão com as coisas no futuro.

Conclusão

A Saga do Submundo é a saga mais curta do musical, mas isso não faz ela ser melhor ou pior que as demais. As musicas que tem são muito incríveis e após ela, temos uma virada no personagem de Odisseu para o próximo ato.


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Texto: Gustavo “AutoPeel” Estrela.
Revisão: Raquel Naiane.

Juntos em Ventobravo – Quimera de Aventuras

E aí pessoal, tranquilos? Seguindo com mais uma Quimera de Aventuras sobre as expansões de Hearthstone (que é o jogo de cartas da Blizzard, ao estilo Magic, que utiliza como base o universo de Warcraft). A expansão Juntos em Ventobravo é a segunda do ano que traz, como tema, o embate lendário entre Horda e Aliança.

Nesta expansão teve duas mecânicas interessantes, uma foi a Série de Missões e a outra foi Trocável. Esta é a segunda melhor mecânica do jogo, pois é uma compra de carta por apenas 1 de mana. Já aquela representa muito bem a ideia de aventuras intercaladas formando uma campanha.

Quimera de Aventuras

Perdido no Parque

Um druida jovem e inexperiente fica confuso quando adentra uma cidade grande qualquer até que consegue achar um parque. Lá ele encontra esquilos e começa a protegê-los. Entretanto, isso faz com que ele comece a atacar os frequentadores do parque e a milícia seja acionada.

Porém, quanto mais ele é atacado e ataca, mais forte e feroz fica. Até que consegue se transformar num forte e terrível urso. E neste ponto os aventureiros chegarão e terão que lidar com o druida enlouquecido e enfurecido.

Lugar Alto

Bandidos tomaram conta de um distrito da cidade, os aventureiros são contratados para eliminarem-nos. Como conselho, o chefe da milícia local avisa que a melhor tática é atacar do alto dos prédios e distraí-los pelo chão. O sucesso dessa missão pode conceder lugares no Conselho da cidade aos aventureiros.

A Fuga

Os aventureiros foram presos e todos seus equipamentos foram confiscados. Entretanto o carcereiro não tomou nenhum cuidado sobre feiticeiros, monges e similares. Assim, o grupo deverá escapar das grades, localizar seus itens, e abrir caminho até saírem da prisão.

O Fragmento

Uma clériga da Luz contrata os aventureiros para lhe ajudarem a se infiltrarem num templo antigo. Cada sala, aposento e corredor só podem ser transpassados por magias específicas e pela vitória de seus guardiões. Ao final a clériga conseguirá chegar até o Fragmento que pode destruir qualquer criatura mortal, sem que a mesma sofra qualquer dano.

O Ritual

O grupo é contratado para impedir um bruxo de fazer um ritual. A vila próxima alega que várias crianças e jovens foram sequestrados pelo tal bruxo. O que é confirmado pelo grupo quando o mesmo localiza o local do ritual. Entretanto, logo é possível perceber que os jovens estão bem, embora estejam amarrados num grande círculo ao redor do bruxo.

O que os aventureiros podem notar no bruxo é que ele está ferido, não por outros, mas sim por ele mesmo. E a cada turno ele continua se cortando e ficará em posição defensiva contra o grupo, não os atacando.

O que ocorre é que se o bruxo conseguir se cortar mais 9 vezes (ele já fez isso 3 vezes) todo o dano futuro dele será direcionado aos jovens que ainda estiverem presos no círculo. É possível matar o bruxo, porém ele tem altas defesas e resistências mágicas.

O Saque do Porto

Uma emergente vila marítima está sendo atacada por piratas. Estes atacarão em 3 ondas com muitos piratas e cada onda durará de 3 a 5 minutos. Assim, se o grupo não conseguir se livrar completamente de uma onda, ela auxiliará a seguinte. Ao final das três ondas chegará um grande navio metálico com poderosíssimos canhões. Talvez não exista como vencer os piratas, mas sim salvar a população local.

Porém, o ataque poderá ter sido contratado e, talvez, o grupo consiga informações com algum pirata sobrevivente ou capturado (se tiverem muita sorte!).

A Espada das Mil Verdades

Uma lenda diz que um enorme javali atroz é o guardião final da lendária espada das mil verdades. Quem empunha a espada pode acabar (temporariamente) com qualquer poder mágico possuído pelo adversário. Bem como limitar as ações, ataques e movimentações de combatentes marciais para apenas uma única ação.

Porém, quando o grupo consegue encontrar a masmorra da lenda se depara com improváveis guardiões. Um demônio renegado que consegue feitiços tenebrosos com um leve gesto (em regras: uma magia como ação livre). Um antigo arquibispo da Luz que, ao perder sua visão, se voltou para o culto das sombras. Um excelente e extremamente rápido assassino que consegue agir muitas vezes no início do combate (ele possui três ações padrão em seu primeiro turno). E, por fim, uma maga/druida que consegue transformar seus pequenos companheiros animais em grandes e poderosos dragões.

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Sifu – Quimera de Aventuras

Neste Quimera de Aventuras, vamos falar de Sifu, Um jogo de beat em up desenvolvido e publicado pela Slocap, para PS5, PS4, Nintendo Switch, Xbox One, Xbox Series X/S, GeForce Now e PC. O jogo se passa na china, aonde controlamos o filho de um professor (um “sifu”) de artes marciais que busca vingança pelos responsáveis pela morte de seu pai.

Sobre o Jogo

Sifu é um jogo de beat em up, mas diferente de outros jogos do gênero que são em 2D em sua maioria, ou side-scroller, Sifu é um jogo em terceira pessoa em que muitas vezes a cena se abre para simular filmes de Kung Fu dos anos 80/90 (como Police Story, Hora do Rush ou qualquer filme antigo do Jackie Chan). Mas o principal brilho do jogo está em sua mecânica de morte.

Em Sifu, sempre que você morre no jogo, o seu personagem envelhece 1 ano e aumenta a contagem de morte dele em +1 (ou mais, se tiver morrido em sequência), o único momento do jogo (além do entre fases) que você pode comprar novos movimentos para o protagonista. Se morrer mais de uma vez de forma seguida, a contagem de morte aumenta e, na próxima vez que morrer, envelhece 2 anos ao invés de 1, e assim sucessivamente. Para diminuir a contagem de mortes, o personagem deve enfrentar um capanga mais poderoso ou derrotar um boss.

Apesar de ser possível diminuir o contador de morte, não é possível diminuir a idade do protagonista, a não ser recomeçando a fase e jogando ela novamente, tentando morrer menos, e deixando o protagonista mais jovem.

Com uma certa quantidade de XP, os movimentos podem ser desbloqueados permanentemente, se mantendo mesmo que você volte e rejogue fases para ficar mais novo.

O dedo coçando pra bater em capanga.

Nossa Visão sobre o Jogo (Pode conter spoilers!)

No momento em que escrevo essa Quimera, não zerei 100% o jogo, porque fiquei focado em tentar chegar na fase o mais novo possível, em alguns chefões cheguei com 30 anos, e refiz a fase até conseguir derrotar o chefe com 20~22 anos de idade. Apesar de ser considerado um beat em up, o jogo me lembra bastante a sensação de um soulslike (Demon Souls, Dark Souls, Elden Ring, Sekiro, etc…), no sentido que o jogo te recompensa por reconhecer padrões dos inimigos, bloquear e atacar no momento correto.

vibe de um filme de kung fu dos anos 90 me agrada muito, ele parece (pra mim, pelo menos) um bom sucessor espiritual do saudoso Jackie Chan’s Stuntmaster. Menos cartoonesco e menos personalista, mas mais focado na emoção de ver um homem entrando em uma sala e descendo o sarrafo em diversos capangas, para então enfrentar um chefe do crime no 1v1.

Dificuldade e Acessibilidade

Quando o jogo saiu, ele ressuscitou a discussão sobre dificuldade e acessibilidade nos jogos. Sifu, apesar de ser muito bom, não é um jogo fácil. Ele foca muito em você entender os padrões de ataque dos inimigos e saber responder a altura (muitas vezes, tendo que lidar com dois, três ou quatro inimigos te atacando ao mesmo tempo). Pessoalmente eu entendo quem se incomoda ou até mesmo “dropa” um jogo desse tipo, mas sendo um filho dos anos 90, eu vejo muita beleza no jogo que te desafia a ser melhor e, muitas vezes na repetição, te fazer ser melhor.

Eu mesmo poderia ter chegado no final do jogo com 60+ anos de idade e terminado ele no limite, mas o jogo me deixou cativado a melhorar ao repetir as fases e terminar elas cada vez mais novo. Entendendo aonde errei e corrigindo meus erros. Como praticar uma arte marcial, Sifu te instiga a refazer a mesma fase até completá-la da melhor maneira possível, e assim, ir para o próximo desafio mais novo, errando de novo, mas corrigindo seus erros.

Na mão, com bastões ou facões; O importante é dar porrada.

Quimera de Aventuras

Nessa seção, vamos dar ideias para mesas usando o jogo como referência!

Cenários e Sistemas

Sifu pode ser inspiração para qualquer sistema voltado a artes marciais. Como jogador de classes combatentes como Monge (em D&D, Pathfinder) ou Lutador (T20). Desde sistemas voltados completamente a artes marciais, como A Lenda do Dragão de Fogo RPG. Alguns sistemas genéricos podem ter campanhas voltadas a simular esses tipos de combates, como GURPS Artes Marciais, 3D&T Alpha e 3DeT Victory.

 Ganchos de Aventura

  • Os personagens tiveram a família dizimada por um grupo de artistas marciais, por um motivo que ainda vão descobrir, enquanto descem a porrada em diversos capangas pelo caminho.
  • Os personagens fazem parte de um dojo de artes marciais, e um maluco volta semana atrás de semana, mesmo depois de vocês terem certeza que mataram ele! Mas ele parece, ligeiramente, mais velho a cada vez que derrotam ele…
  • Os personagens são combatentes marciais, e lutam cumprindo missões pessoais ou para alguém especifico. Mas quando um é derrotado, ele recorda alguns minutos depois, o que causou isso? Depois de algum tempo, ele parece mais velho também…
Com a idade, vem a sabedoria… E as dores nas costas.

Lidando com Morte e Renascimento na Mesa de RPG

Diversos sistemas tem regras de idade, como Tormenta20 ou até mesmo outros d20 de fantasia. Por mais que um dos ganchos acima de a entender que todo o grupo pode ter essa condição, é algo curioso deixar pelo menos um jogador ter essa condição. Quando ele chega a 0 pontos de vida, ao invés de fazer rolagem de morte, ou qualquer outra mecânica para estabilizar, ele acorda com todos os PV na rodada seguinte, mas um ano mais velho.

Isso vai depender do jogador e mestre fizerem “tracking” da idade do personagem e aplicar as penalidades necessárias. Mas lembrando que, diferente do jogo, não dá para voltar na fase anterior e recomeçar, e muito menos ressuscitar o personagem assim que se passar dos 70 anos…


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Texto: Gustavo “AutoPeel” Estrela
Revisão: Raquel Naiane

Forjado nos Sertões – Quimera de Aventuras

E aí pessoal, tranquilos? Seguindo com mais uma Quimera de Aventuras sobre as expansões de Hearthstone (que é o jogo de cartas da Blizzard, ao estilo Magic, que utiliza como base o universo de Warcraft). A expansão Forjado nos Sertões é a primeira do ano que traz, como tema, o embate lendário entre Horda e Aliança.

 

Quimera de Aventuras

Gangues nas savanas

Uma savana que liga comercialmente duas regiões distantes do mundo está sendo atacada por várias gangues de homens-javali. Eles se movem muito rapidamente, atacam só o necessário para conseguirem roubar moedas e outros itens de valor.

Dependendo do nível tecnológico de seu mundo, a gangue pode usar cavalos, motos ou até montaria aérea. O importante é que sua alta mobilidade faz com que sejam dificilmente difíceis de serem pegos. O fato deles fugirem tão rápido quanto chegam e de não ficarem para “lutar até a morte” (ou serem capturados) também contribui em ainda estarem soltos.

A rota comercial atacada não é das mais movimentadas, porém é a única direta entre regiões afastadas e que mantém a duras penas suas relações diplomáticas. Assim, para motivarem o grupo, seria interessante algum deles pertencer a alguma dessas comunidades, ou então, o velho e bom pagamento em ouro é sempre bem vindo.

 

A estranha invasão

Mesmo estando numa região semidesértica, um pequeno agrupamento de vilas vem sofrendo ataques caóticos de criaturas marinhas. Um pouco de investigação é o suficiente para descobrirem que as criaturas vem de uma caverna próxima às vilas.

Como os ataques ocorrem somente à noite e após as parcas chuvas que ocorrem no local, o grupo pode decidir resolver o problema de uma só vez. A questão é que além de enfrentarem centenas de pequenas criaturas aquáticas (aqui cabe a escolha do mestre conforme o sistema e cenário que estiverem jogando) enfrentarão um estranho xamã e um monstro de proporções imensas que é capaz de devorar criaturas médias de uma única vez.

Exemplos de criaturas a serem usadas são Afogados, Kuo-toas e Sahuagins. Para o monstro aumente o tamanho, força, vida e ataques para ficar dois níveis acima dos personagens. O importante aqui será sobreviver, muito mais que acabar com o problema.

 

A falecida

Krikman, um orc antigo conhecido do grupo, os procura para que o ajudem na busca por sua esposa. Ele não sabe muito o que ocorreu, apenas que ele saiu numa caçada e quando voltou sua casa estava revirada, com sinais de luta e sua esposa desaparecida. Em meio aos restos da luta, encontrou uma pulseira com o símbolo de um clã das savanas próximas.

Embora Krikman não se lembre no momento, uma ex-pretendente rejeitada por ele era daquele clã. O grande problema é que o clã está em guerra com outros na região e possui fortes defesas em meio aos vales secos da região. Várias e fortes torres vigiam os portões que dão acesso às vilas do clã. Apenas uma missão furtiva pode possuir alguma chance de sucesso e de, talvez, encontrarem a esposa do velho amigo orc.

 

 

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EPIC: A Saga de Circe – Quimera de Aventuras

Neste Quimera de Aventuras, vamos falar de EPIC: The Musical – A Saga de Circe. EPIC é um álbum conceitual baseado na historia da Odisseia de Homero. Mas hoje vamos falar do quarto álbum desse musical conceitual: A Saga da fuga dos homens de Odisseu após serem praticamente obliterados por Poseidon e fugido usando a bolsa de ar, apenas para cair em Aeaea, a ilha da deusa feiticeira Circe.

Se você quiser ver as demais sagas que tem no Quimera de Aventuras, pode clicar nos links para a Saga de Troia, Saga do Ciclope e a Saga do Oceano.

SHE NOT A PLAYER, SHE A PUPPETER!

Sobre o Musical

Já falamos anteriormente que EPIC: The Musical é dividido em Atos e Sagas. Hoje vamos falar sobre o álbum A Saga de Circe, onde o exército de Itáca, após ter sido obliterado, cai em uma ilha misteriosa, apenas para descobrir que dentro da ilha habita um poder muito além do que esperavam.

Nossa Visão sobre o Musical (Pode conter spoilers!)

EPIC é um musical muito gostoso de ouvir, tanto pela qualidade das músicas quanto pela qualidade da comunidade. A Saga de Circe é uma saga mais centrada no embate de Odisseu contra Circe. Uma batalha que normalmente ele não conseguiria vencer na força bruta e aonde sua barganha é pouca, mas que traz soluções muito criativas para a solução dos conflitos.

Puppeter, a música que abre esse álbum, traz um pouco da melancolia que segue o final da Saga do Oceano. Mas também apresenta de maneira muito gostosa e animada o nosso inimigo no caminho do rei de Itáca: A bruxa Circe, que transformou seus homens em porcos.

O álbum tem duas músicas que trazem mais do techno que identifica divindades, nas músicas de Circe em Puppeter There are Other Ways, além da introdução do deus Hermes com a música Wouldn’t You Like.

Welcome to the best part of your lifes.

Quimera de Aventuras

Nessa seção, vamos dar ideias para mesas usando o musical como referência!

Cenários e Sistemas

Qualquer sistema e cenário voltado para fantasia pode servir para fazer uma aventura baseada na Saga de Troia. Principalmente sistemas que tenham mecânicas ou possibilidades de guerra.

Mas quero trazer luz a um sistema voltado para mitologia Grega, AGON que estava previsto para ser trago pela Editora Vanishting Point. Ele é pensado para simular histórias épicas da mitologia.

Especificamente para a Saga do Oceano, sistemas com combate marítimo como 7º MarOld Dragon 2 podem ser muito interessantes para rodar a aventura.

A woman.

Partes das Aventuras baseadas nas músicas

Puppeter

Após os eventos da Saga anterior, os personagens param em uma ilha estranha, com isso, eles devem unir suprimentos e investigar a ilha. Aqueles que investigam acabam abordados por ninfas, criaturas que convidam os jogadores para um palácio. Os jogadores que forem, é lhes oferecido um banquete. Aqueles que comerem serão transformados em porcos.

Se todos caírem na armadilha, devem encontrar uma maneira de fugir do cativeiro como porcos, antes de serem devorados pelas ninfas. Caso alguém sobre, deve encontrar uma maneira de resgatar os transformados, até ser abordado por uma intervenção divina.

Wouldn’t like to taste all the power?

Wouldn’t You Like

Após conseguirem escapar, ou se tiver jogadores sobreviventes, ele são abordados por uma criatura curiosa: um humanoide que possui pés com asas e chapéu de metal, com asas também. Se trata de Hermes, deus dos mercadores, ladrões e viajantes. Ele oferece uma oportunidade para os personagens derrotarem Circe.

Basta comerem de moly, uma planta capaz de conceder a quem come a capacidade de não só resistir aos efeitos mágicos da deusa, como também lutar da mesma forma. Nada explica porque Hermes resolve ajudar os personagens, talvez só para deixar as coisas em termos iguais. Ele avisa para os jogadores “Boa sorte, mas vocês ainda podem muito bem morrer :)” e vai embora.

One Wrong move, and you’re Done For

Done For

Após terem consumido moly, os jogadores podem confrontar Circe. Que apesar de não conseguir transformar os jogadores, ainda é uma conjuradora poderosa.

There Are Other Ways

Caso derrotem Circe em combate físico, ela ainda pode encantá-los. Matar Circe é uma possibilidade, mas os jogadores ainda serão perseguidos por Poseidon pelos mares.

O melhor caminho é conversar com ela, caso Circe entenda as necessidades dos personagens de voltar para casa, ela oferece outra possibilidade.

Ela conhece um poderoso profeta, mas tem um pequeno detalhe; ele está no Submundo. Porém, Circe tem como levar os jogadores para esse espaço aonde as almas mortais vão após morrerem, sem matá-los, claro. Caso os jogadores derrotem Circe, mas poupem a vida dela, ela oferecerá a eles a rota para irem ao Submundo.

So much power! So much power! But here’s no puppet here No, she’s not a player, she’s a puppeteer No, she’s not a player, she’s a puppeteer YEAH!

Conclusão

A Saga de Circe traz uma mini-aventura dentro de EPIC resolvendo a questão de Circe em um álbum curto, mas muito gostoso de ouvir. E prepara o caminho para A Saga do Submundo, a última saga do Ato 1!


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Texto: Gustavo “AutoPeel” Estrela
Revisão: Raquel Naiane

Delírios de Negraluna – Quimera de Aventuras

E aí pessoal, tranquilos? Voltando com mais uma Quimera de Aventuras sobre as expansões de Hearthstone (que é o jogo de cartas da Blizzard, ao estilo Magic, que utiliza como base o universo de Warcraft). A expansão Delírios de Negraluna traz de volta os Grandes Antigos corrompendo a Feira de Negraluna com novas versões e novas mecânicas.

A palavra chave da expansão é Corromper. Algo que condiz muito bem com a temática e que muito utilizarei para as sementes de aventuras que apresentarei a seguir.

Quimera de Aventuras

O Despedaçado

Numa feira, o grupo escuta que uma gincana promete dar muitas peças de ouro para todos que encontrarem as 30 partes de uma antiga estátua. Cada um receberá uma recompensa proporcional ao número de partes que conseguir.

As partes estão espalhados num antigo sitio próximo de onde a feira ocorre. E há peças encontradas facilmente no chão, entre milharais ou em entrâncias nas paredes. Porém, algumas peças estarão em fortes cofres ou em porões escuros, com armadilhas ou escondidos em lugares revelados por charadas.

Quando todas as peças forem encontradas, o organizador informa que realizará um cerimônia onde pagará a todos os valores devidos (dê tíquetes ou comprovantes similares). Entretanto, quando o organizador reunir todas as peças da estátua, está ganhará vida e grandes tentáculos cheios de olhos esfomeados atacarão todos os presentes (menos os trabalhadores da feira). Com muita sorte o grupo poderá fugir para anunciar que ajudaram um grande terror despertou nesse mundo…

 

Feiticeiro do Caos

Um feiticeiro pede ajuda ao grupo para que ele possa encontrar alguns livros e pergaminhos que o ajudarão a controlar as forças mágicas que fluem de seu corpo. Depois de explorar algumas ruínas e sofrer com os efeitos mágicos constantes que ocorrem ao redor do feiticeiro, o grupo consegue localizar o tomo no fundo de uma masmorra.

O feiticeiro corre rapidamente e agarra o tomo que flutua num pedestal no centro da sala. Ao fazer isso as portas são imediatamente trancadas. Constrangido, o feiticeiro afirma que conseguirá abrir a porta assim que ler o tomo (magias de teleporte não funcionarão dentro da sala).

Depois de algumas horas lendo o tomo (o feiticeiro não deixará mais ninguém encostar nele e, se alguém tentar isso os efeitos mágicos serão desencadeados) o feiticeiro o fechará e agradecerá a presença e ajudar de todos, finalizando com um sorriso e gritando para o Senhor da Magia Caótica tomá-lo como um avatar.

Antes que os personagens façam algo, diversas magias fluem pela sala afetando a todos indiscriminadamente. Embora o feiticeiro fique imune a qualquer tentativa de ataque ou efeito contra ele, ele será afetado pela magia caótica normalmente. O mestre pode escolher as magias ou sorteá-las conforme sua preferência. O efeito acabará quando 30 níveis de magia (ou o equivalente no seu sistema de preferência) forem lançados desta forma e ao menos um dos presentes morra (não apenas desmaie) no processo.

Depois disso a porta se abrirá e o feiticeiro usará os melhores meios para fugir da fúria dos personagens, já que sua imunidade terá acabado.

 

Corruptor

Uma masmorra embaixo de uma antiga e profana montanhas possui efeitos estranhos e contrários a  real natureza das coisas. Por exemplo, curas divinas causarão dano, magias de controle causarão fúria no alvo. De forma geral, tudo que for benéfico terá um efeito contrário ou maléfico.

Para acabar com isso só derrotando um anjo corrompido preso no mausoléu de um mortal que ele devia ter protegido. O anjo tem algumas magias poderosas, como ressuscitar e cura completa, entretanto sua maldição faz com que essas magias matem ou causem dano nos alvos.

 

O Zoo corrompido

Um patrulheiro/ranger aposentado deseja abrir um zoológico e, para isso, pede a vários grupos de aventureiros que consigam um espécime de cada categoria de criaturas (dragão, limo, morto-vivo, etc).

Ao conseguir isso o aventureiro aposentado dirá que preparará tudo para abrir o zoo em uma semana. Entretanto, na mesma noite uma criatura horrenda e colossal sai do zoo e avança pela cidade exterminando com todos pelo seu caminho.

Se os aventureiros conseguirem investigar o que aconteceu (seja antes ou depois de vencerem a aberração gigantesca) descobrirão que o aposentado possuía um livro de pesado ocultismo que ensinava a fazer o ritual para controlar a criatura que viram. Entretanto, com um pouco mais de investigação poderão deduzir que ele foi incorporado à criatura ao invés disso. E, assim, um valoroso e aposentado aventureiro terminou sua vida como um cultista morto por sua invocação.

 

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One Piece: Arco de Impel Down – Quimera de Aventuras

Hoje, no Quimera de Aventuras, vamos falar de One Piece, mas não do anime inteiro (até porque ele é gigantesco). Mas especificamente do arco de Impel Down. O arco após Amazon Lily e anterior a Marineford.

Sobre a Arco (Contêm spoilers de One Piece)

Impel Down é um arco bastante curioso. É uma fuga de prisão como Prison Break, em que Luffy, Buggy e outros personagens encontrados pelo caminho estão indo atrás de salvar Ace. O arco parece espelhar O Inferno de Dante (também conhecido como A Divina Comédia). Cada nível de Impel Down é literalmente um nível do inferno, onde os carcereiros são demônios e criaturas bestiais.

É um arco divertido, com momentos tensos e bastante interessantes. Temos o retorno de Bon Clay, um personagem amado por muitos (inclusive por mim).

Apesar de saber algumas situações que acontecem nesses arcos, Impel Down é um dos poucos momentos do pré-time skip de One Piece em que sentimos que Luffy não é o mais poderoso da sala. Diversos carcereiros de Impel Down Magalhães (que eu ME RECUSO a chamar de Magellan) é uma força a ser temida e isso é sentido de maneira muito clara.

Impel Down é um arco que é um pouco ofuscado por Marineford, mas ainda assim é muito divertido.

Quimera de Aventuras

Nessa seção, vamos dar ideias para mesas usando o filme como referência!

Cenários e Sistemas

One Piece pode ser jogado como o próprio cenário da história, na qual os jogadores podem ser piratas presos em Impel Down tentando escapar durante o ataque de Luffy.

Ou, os personagens podem substituir o Luffy, fazendo um assalto a Impel Down para recuperar um pirata.

Porém, você pode usar o arco como referência para cenários de fantasia medieval, cyberpunk ou qualquer cenário com fantasia e poderzinhos, aonde um grupo de personagens deve resgatar alguém dentro da maior prisão do mundo. Talvez até mesmo Call of Cthulu pode ter referência a Impel Down, em que os investigadores precisam resgatar um amigo de uma prisão com terrores inimagináveis.

Níveis de Impel Down

Cada nível tem características e questões diferentes que os personagens devem passar. Você pode alterar na sua mesa, mas se baseando nos níveis apresentados você pode ter ideias interessantes.

Nível 1: Inferno Carmesim

O primeiro nível é aonde os prisioneiros mais comuns são presos. As árvores tem folhas cortantes e a chama do chão tem espinhos que perfuram as pessoas que pisam. Os prisioneiros mantidos tem que escapar de aranhas venenosas e guardas. Ou seja, a dor está presente em todas as direções.

Nível 2: Inferno Bestial

O segundo andar tem um layout normal, mas há diversos seguranças na forma de criaturas selvagens que navegam livres pelo andar, buscando devorar os prisioneiros. É um conceito mais simples, mas não menos perturbador e perigoso.

Nível 3: Inferno da Fome

O terceiro andar tem clima árido e falta de recursos como água e comida. Os prisioneiros ficam sobre um calor intenso e com acesso limitado ao suficiente para se manterem em um estado de quase morte.

Nível 4: Inferno Flamejante

O quarto nível de Impel Down é o mais flamejante deles. Um largo caldeirão de sangue borbulhante é centrado no meio do nível, na entrada do nível 4. Os prisioneiros são forçados a trabalhar em condições terríveis, aguentando o calor intenso. Aqui pode ter qualquer prisioneiro de qualquer andar, trago para ser torturado.

Nível 5: Inferno Congelante

O quinto nível de Impel Down é o mais frio deles. O exato oposto do nível anterior. Tudo é congelado e frio, até a comida. Assim como o Inferno Bestial, esse nível também tem monstros e criaturas que caçam os prisioneiros. Além disso, prisioneiros deste nível às vezes desaparecem.

OKAMA WAAAAAAY
Nível 5.5: Terra dos Newkama

Um paraíso em meio ao inferno: a Terra dos Newkama. Uma terra de pessoas que ultrapassaram os conceitos de gênero, chamados de Newkama. Dentro desse local entre os níveis 5 e 6, construído por um antigo usuário de Akuma no Mi que podia criar turnos, vivem os Newkama, que conseguem adquirir recursos pelos túneis que levam a outros níveis.

Nível 6: Inferno Eterno

Ninguém sabe o que há no último nível de Impel Down. Mas ficariam curiosos em saber que não há nada muito exagerado como nos demais. O último nível é reservado aos mais poderosos e mesquinhos criminosos do universo de One Piece, e também para os Shishibuckai. É onde os prisioneiros com sentenças de morte ou prisão perpétuas ficam, esperando sua morte.


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Texto: Gustavo “AutoPeel” Estrela.
Montagem da Capa
: Isabel Comarella.
Revisão: Raquel Naiane.

Universidade de Scolomântia – Quimera de Aventuras

E aí pessoal, tranquilos? Voltando com mais uma Quimera de Aventuras sobre as expansões de Hearthstone (que é o jogo de cartas da Blizzard, ao estilo Magic, que utiliza como base o universo de Warcraft). A expansão da vez é uma viagem no tempo alternativa, antes mesmo de Kel’Thuzad se tornar lich: Universidade de Scolomântia.

Aqui se iniciou as mecânicas de carta de duas classes e o sortilégio, que é ativado quando a primeira magia é lançada depois de se jogar um lacaio ou arma. Como a temática é de uma universidade de magia, espere por muitos alunos atrapalhados, professores com estranhas pesquisas e um reitor muito esquisito.

Quimera de Aventuras

Só mais uma segunda-feira

Ao passar perto da universidade o grupo de aventureiros é levado por um pequeno maremoto vindo de uma das salas. Ao se recuperarem logo perseguem que o acidente libertou alguns monstros, tanto feras do caos colossais como Gremlins (Gibberling) que estão rapidamente se multiplicando. Não há tempo para discussões ou descobrir o que aconteceu. Primeiro deve-se dar um jeito em todas as criaturas fujonas!

 

Almas fragmentadas

Relatos de desaparecimentos aumentaram no campus. Por algum motivo chama o grupo para ajudar nas investigações, talvez seja porquê o mago do grupo seja um ex-pupilo ou algo do tipo. Não demora muito para que a professora de necromancia se torne a principal suspeita.

No laboratório dela o grupo encontra vários cristais vermelhos que, com testes arcanos pertinentes, demonstram ser parte de almas. Antes que o grupo faça algo mais, a professora Malígia chega e os confronta, usando alguns fragmentos para aumentar o poder de suas magias…

 

Para sempre osso

Um golem de osso desperta e sai do controle e ataca as casas perto da universidade. Não importa o quanto se derrota ele, toda vez ele retorna, aparentemente normal, no turno seguinte. Entretanto, bons observadores poderão notar que o golem fica um pouco mais fraco cada vez. Ou seja, será necessário derrotá-los várias e várias vezes (sugestão: cuide para que essa missão não se torne tedioso e varie o ambiente ou a situação que ocorrem).

 

Alguém insuspeito

Com as situações e acidentes controlados pelo grupo e outros herois, ou professores e alunos da universidade, descobre-se que pessoas sumiram e informações desapareceram além do esperado.

Uma investigação profunda permite descobrir um porão secreto na universidade, o qual faz o laboratório de Malígia parecer um lugar inocente. Em meio a muitas anotações e mistérios, e muitos, muitos cadáveres, um ser se eleva das sombras e busca acabar com os aventureiros.

Somente após muito feri-lo é que será possível descobrir que se trata do reitor e que toda a universidade nada mais é do que um grande laboratório de pesquisas.

 

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