Religião e RPG – Dicas de RPG #146

Religião e RPG. Há mais pontos em comum sobre este tópico do que parece à primeira vista. Reze a divindade de sua preferência, e venha conosco nesta cruzada!

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Religião e RPG

Voz: Tulio Carneiro
Edição do Podcast: Senhor A
Arte da Capa: Raul Galli

Músicas: Music by from Pixabay

Saint Young Men – Quimera de Aventuras

Nesta Quimera de Aventuras vamos falar sobre o mangá Saint Young Men (Jovens Sagrados, no Brasil), um mangá sobre as duas figuras centrais do Cristianismo e do Budismo dividindo um apartamento no japão moderno.

Jesus e Buda dando um rolê

Sinopse

Jesus Cristo e Gautama Buddha, fundadores do cristianismo e do budismo, respectivamente, estão vivendo juntos como companheiros de quarto em um apartamento em Tachikawa, parte dos subúrbios de Tóquio. Enquanto passam uma temporada de férias na Terra, tentam esconder suas identidades e compreender a sociedade japonesa moderna.

Nossa Opinião Pessoal (Contêm spoilers)

Como Cristão, obras como Jovens Sagrados eram muito mal vistas. A representação de Jesus de maneira mais casual é algo muito presente no cristianismo mais contemporâneo, mas no fim dos anos 90 e até inicio dos anos 2000, era muito complicado ver isso com bons olhos (Qualquer representação do cristianismo, na verdade). Porém, esse mangá sabe muito bem como dosar o respeito e a representação dessas figuras importantes das duas crenças.

O humor da situação e não da religião

Normalmente o humor não vem rindo das figuras representadas, mas das situações que eles se colocam por tentarem de maneira exagerada, ou até mesmo uma figura não entendendo algumas questões da outra. A cena do Buda entrega pedras e água para Jesus para que ele fizesse o milagre da transformação, apenas com a informação que ele podia fazer isso é hilária!

Ou Jesus tentando impedir que Buda ascendesse quando ficava em situações complicadas.

Saint Young Men é uma obra muito respeitosa mas também muito divertida, ler ela (ou ver o anime) como membro de uma dessas crenças é uma experiência diferente, mas caso você não tenha as duas crenças, é um humor gostoso.

Quimera de Aventuras

Abaixo, vamos construir alguns plots para aventuras de RPG baseadas na série de mangá.

Cenários e Sistemas

Como um mangá de comédia, é muito dificil (Porém não impossível) encaixar a historia de Saint Young Men em jogos mais “sérios” em cenários contemporâneos como Call of Cthulu ou coisas do tipo. Mas o melhor encaixa para mim seria em sistemas e jogos de fantasia. Como 5e, T20 ou Pathfinder, ou mais simples, como 3D&T Alpha, 3DeT VictoryFATE.

Gancho de Aventura

  • Uma das maneiras de adaptar é colocar os jogadores encontrando as divindades. Lógico, eles não vão se chamar de Jesus e Buda, mas pão aparece do nada e cerejeiras florescem espontaneamente, o que eles vão achar que é?
  • Outra possibilidade é colocar os jogadores nos papeis dos deuses do cenário que estão. Se estiverem jogando Dungeons and Dragons por exemplo, os jogadores poderiam encarnar os deuses do cenário vivendo escondidos como aventureiros. Em Arton, Valkaria é conhecida por viver entre aventureiros. Os jogadores poderiam tanto encontrar alguém muito parecida com Valkaria e outro muito parecido com outro deus (Um anão muito semelhante a representação de Khalmyr, um Hynne muito parecido a Hynnin, etc…)
  • Algo que acontece muito no mangá são os discípulos de Buda e os arcanjos do Céu vigiando as duas figuras para impedir que eles revelem quem são. Então os jogadores poderiam encarnar um anjo e um discípulo vigiando Jesus e Buda para não revelarem sua identidade ao público.

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Revisão e Montagem da Capa: Isabel Comarella
Texto: Gustavo “AutoPeel” Estrela

Religião Parte 2 – Dicas de RPG #92

No Dicas de RPG de hoje, Raulzito dá continuidade ao assunto da primeira parte, dessa vez aprofundando-se um pouco mais nas religiões politeístas da antiguidade, inspiração para muitos panteões de fantasia.

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Religião Parte 2

Voz: Raul Galli.
Edição do Podcast: Senhor A.
Arte da Capa: Raul Galli.

Músicas:

Music by Pixabay

Religião Parte 1 – Dicas de RPG #90

No Dicas de RPG de hoje, Raul Galli traz dicas sobre como desenvolver religiões interessantes para seus cenários de fantasia, bem como reflexões de como nossa relação com as religiões afeta as sociedades fictícias que criamos.

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Religião Parte 1

Voz: Raul Galli.
Edição do Podcast: Senhor A.
Arte da Capa: Raul Galli.

Músicas:

Music by Pixabay

A Fé Cega e o Pé Atrás – Off-Topic #9

Vivemos em um mundo plural de ideologias e pensamentos. Política, esportes, hobbies e até mesmo religiões são as mais variadas e diferentes possíveis, de acordo com as regiões do planeta. Mesmo os grandes agrupamentos tem, dentro de si, inúmeras variações e diferenças, algumas pequenas, outras bem grandes. Claro que quando levamos isso para os mundos fantásticos dos RPGs, espelhamos de alguma forma essas nuances e diferenças, inclusive com as religiões e divindades.

Liberdade religiosa – importante dentro e fora dos games

MITOS E LOGOS

Desde os primórdios da humanidade, nas mais diversas culturas, temos a ideia ou imagem de divindades ou seres acima da humanidade, que caracterizam ou explicam os fenômenos da natureza e da existência. Com isso, uma série de panteões foram criados, e em muitos pontos os mitos são idênticos, diferenciando apenas seus nomes. Dessa forma, temos os mitos gregos, egípcios, celtas, indígenas e muitos outros. Mas o que isso tem a ver com o nosso hobbie?
Bom, certamente, em algum momento, “deuses” ou “divindades” farão parte da trama, né? Sejam os Antediluvianos de Vampiro, seja a Tríade de Lobisomem, sejam os deuses e deusas do Panteão do mundo de Arton, com espaço até mesmo para o vilanesco Conde Strahd von Zarovich de Ravenloft.
Os mitos fazem parte da concepção do cenário, moldam dogmas e pensamentos, impõe medos e esperanças, e em vários momentos, interferem diretamente no funcionamento do mundo.
É comum vermos divindades serem resumidas a meras estatísticas nas fichas, ou apenas usados como referências para escolher as magias e caminhos de clérigos, mas as divindades devem sempre ter um papel muito maior que isso, afinal os mitos e as lendas servem não apenas para contextualizar e explicar, mas também para determinar muitas coisas. E já que influenciam tanto assim, como lidar com isso e como usar esses elementos na narrativa?

Conde Strahd Von Zarovich – um vilão de nível divino

 

VENTOS DO DESTINO, MUDEM!

Um ponto importante a se levar em consideração ao estabelecer e fazer uso de deuses e divindades nas narrativas, é saber como isso influencia ou pesa nas decisões e pontos de vista dos personagens e da campanha. Pegando como exemplo o mundo fantástico de Arton, temos um vasto panteão de 20 divindades que em alguns casos chegam a ser exatamente opostas umas às outras, e isso pode levar a momentos muito marcantes de narrativa e jogatina. Imaginem o embate entre um seguidor de Ragnar (ou Leen), o deus da morte e uma seguidora de Lena, a deusa da vida, sobre o que fazer após derrotarem um inimigo em combate! Ou então um seguidor de Khalmir, o deus da justiça, e um devoto do deus da guerra Keen, sobre a melhor estratégia de combate contra um inimigo.
Visões diferentes e dogmas diferentes mudam muito a forma de agir, pensar e se comportar dos personagens. Pensem nisso como os estereótipos ou conceitos dos jogos do Mundo das Trevas, ou os conceitos de Natureza e Comportamento também explorados nos mesmos jogos. Seguir uma divindade determina em muitos aspectos o que será considerado justo, correto, errado, inadmissível e tudo mais! Mesmo entre as tribos de Lobisomem o Apocalipse, os dogmas e as leituras de como as divindades são ou agem mudam radicalmente, o que não raras vezes leva a muitos conflitos e desentendimentos internos entre os Garous.
Vale lembrar que os mitos e as lendas podem ou não ser “corretos” dentro do cenário, mas eles são a base do personagem que neles acredita, e nesse caso ele tem peso nas ações e decisões, nos julgamentos e nas escolhas, e isso não deve ser deixado de lado!

O Panteão do mundo de Arton

 

O BOM, O MAL, O CÉTICO

Outro fator determinante de deuses e divindades dentro dos cenários de jogo, é o papel que os mesmos possam vir a desempenhar para estabelecer o que seria considerado como Bem, e o que seria determinado como o Mal, mesmo que não necessariamente essas determinações sejam corretas ou assertivas.
É comum na cultura pop estabelecermos divindades maléficas que querem apenas causar o mal ou o terror, assim como existem aquelas divindades benévolas que são isentas de qualquer traço de maldade ou corrupção. Mas também é possível que serem comuns se tornem tão poderosos ou tão doutrinados em determinado caminho, que passam a ser eles próprios uma divindade ou representação daquela força ou estereótipo, assim como ocorreu com Sauron na obra O Senhor dos Anéis, que é temido por toda a Terra-Média como sendo ele a própria corrupção viva. A simples presença de Sauron serve para distinguir bem e mal, certo e errado. Quem o segue pensa e age de uma maneira X, ao ponto que quem não o segue age de maneira Y, moldando assim o comportamento e a visão de mundo em todo o cenário criado por Tolkien.

Se a simples presença de um ser pode causar tantas mudanças comportamentais a um nível tão exponencial, como não considerar as influências dos deuses e deusas na regência de um mundo? Certamente existirão personagens de uma devoção não aceita em alguma religião, ou vampiros cujos clãs enxergam de formas diferentes as visões divinas, lobisomens que acreditam em versões diferentes dos mesmos mitos de Gaia e assim segue. Usar a religião como ferramenta narrativa é uma ótima forma de enriquecer as jogatinas, trazer alguns debates às pessoas presentes, resolver conflitos e até mesmo divertir!

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