Crystal Heart – Ideias de Aventuras

Tranquilos pessoal? Hoje criaremos algumas ideias de aventuras para Crystal Heart. É importante saber que os Agentes investigam manifestações de Cristais ou Fragmentos, lidando com suas consequências e, teoricamente, ajudando as pessoas pelo caminho. Detalharei os Cristais ou Fragmentos aqui apresentados  na postagem do mês que vem.

 

A Criatura do Pântano

Os Agentes estão navegando pelo Rio Rush quando algo ataca a embarcação e eles caem no rio. Se tiverem sorte todos alcançarão a mesma margem do rio e poderão ver uma sombra de algo embaixo da água subindo um dos afluentes.

Instantes depois, antes de poderem perseguir a sombra, se inicia uma forte chuva com muitos raios caindo na região por onde os Agentes passariam se não tivessem sido atacados. Aparentemente, a criatura os salvou. Com o aumento dos raios o grupo precisará procurar abrigo, e o melhor caminho é mata adentro.

Cerca de 10 minutos de caminhada depois, o grupo avista uma cabana velha, mas que parece ser utilizada por alguém. Ao se aproximarem não encontram ninguém, somente a porta aberta e sinais de que é habitada, como um panelão com uma sopa muito aromática e saborosa. Aqueles que não resistirem ao teste de Espírito se sentirão compelidos a tomar um prato de sopa e, logo, após isso, dormirão, entrando num estado de torpor que só passa após 1d4+1 horas.

Neste exato momento um homem alto e com barba verde entrará na cabana e, após reclamar com os Agentes, exigirá que os adormecidos sejam deixados na cabana , pois ele precisa se alimentar. Se vencido, o homem se mostrará uma criatura formada por plantas do pântano similar a sombra que viram no rio. No peito há um Cristal em seu “peito”. O Cristal parece uma rocha verde repugnante que emana uma energia maliciosa.

 

Os Exilados da Não Cidade

Ao findar uma missão no norte gelado de Fjordstad os Agentes se deparam com um grande grupo de bárbaros fugindo da região de A Não Cidade. Passado a tensão inicial e, talvez um confronto, os bárbaros conseguem informar que o fungo que atacou aquela cidade está se espalhando em direção ao sul e ao rio O Canudo, afetando e controlando os animais locais.

Se os Agentes investigarem descobrirão alguns pequenos fragmentos nas criaturas derrotas e que as mesmas parecem agir como batedores de uma grande coluna de animais controlados pelo fungo que ruma em direção à cidade de Zeltser.

 

Um Belo Jardim

Algo desperta os mortos que foram enterrados pelo clã Snives na Montanha de Granito. Os mortos, de forma estranhamente coordenada, dominam a Montanha, espantando  e, em poucos casos, matando os vivos. Meios convencionais de recuperar a Montanha não se mostraram eficazes e os Snives pediram ajuda da Agência. Os Agentes, assim, tem a simples e difícil missão de recuperar a Montanha e descobrir se foi algum Cristal que provocou tal situação.

 

A Montanha da Divindade

Há algumas semanas nuvens roxas despejam raios de mesma cor e uma chuva azulada sobre a montanha Assento, considerada o assento da principal divindade de Zingama. Os governantes locais, por algum motivo, não só não pediram ajuda da Syn como foram totalmente contrários à presença de agentes no local. Entretanto a Agência quer saber o que tem gerado o fenômeno e precisam de um grupo forte e discreto para realizar a missão sem chamar a atenção. Algumas facilidades vindas da Agência não poderão ser usadas, para ajudar no disfarce da missão. Vale lembrar que, se o grupo for pego, estarão por conta própria.

 

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As Memórias do Protetor – Resenha

“Esse mundo é feito de memórias, feito para memórias. Memórias que a gente cria, memórias que a gente herda; mas algumas memórias você precisa procurar.”

As Memórias do Protetor é um RPG solo desenvolvido por Enzo Salviato, ume desenvolvedore independente que propõe uma experiência simples mas imersiva durante a sua jogatina.

Nela, você, como protagonista, descobrirá e criará memórias, que serão reveladas conforme a jornada do jogador pelo mundo, registrando suas experiências em um diário. Esse registro deve ser feito não somente na sua interpretação como personagem, mas também na sua jornada como jogador.

 

  • A História

Você – o protagonista – será um Protetor, que se trata de uma espécie de um único indivíduo. Sendo o que é, seu objetivo se torna proteger o mundo e a sua história,  ajudando seja quem for. Entretanto, após seu nascimento, o Protetor descobre que não possui registro dos acontecimentos do Protetor anterior. No entanto, possui uma mensagem que deixa bem claro que terá um grande trabalho pela frente agora. Para isso, você terá de sair em uma jornada pelo mundo para não somente proteger quem precisa de você, mas também conhecer esse enorme mundo e o que ele lhe espera.

 

“O primeiro termo que usei era guardião, mas eu acho que tem uma coisa meio feroz e combativa nessa palavra. Depois de um tempo escrevendo virou Protetor, porque representa bem mais a energia que eu imagino pra esse mundo: o combate talvez nem sempre será evitável mas nunca é uma opção.” conversa com ê desenvolvedore Enzo no Discord

 

As Memórias do Protetor possui uma aparência gentil e segura, mesmo com as possibilidades de batalha. Diferente das narrativas épicas das fantasias que estamos acostumados, esse RPG propõe uma ideia de que a violência nunca será a única solução. Nunca, mesmo que seja a aparente única opção. E talvez seja isso que faça esse RPG se tornar tão interessante.

 

  • A Mecânica

As Memórias do Protetor exige o uso de, pelo menos, um dado de 6 lados para a sua experiência e cartas de baralho, com exceção dos curingas. Os outros itens necessários serão um diário para suas anotações e sua ficha e um mapa hexadecimal, ambos disponibilizados pela plataforma junto do livro.

Além disso, a distribuição dos seus pontos de atributos é realizada de uma forma diferente e interessante, proporcionando imersividade para a sua história: você escolherá um item e isso definirá o arquétipo do seu Protetor e o valor máximo dos seus atributos.

Estes são: Alma, que definirá a quantidade da sua vida; Coragem, que definirá sua habilidade para fazer o que quer nesse mundo; e Vigor, que, segundo o livro, “define sua capacidade de seguir em frente”.

 

  • A experiência

As Memórias do Protetor agrada todos os públicos. Mesmo sendo um jogo focado em interpretação, experiências e no descobrimento, Enzo – ê desenvolvedore do RPG – consegue agradar até os viciados em mecânicas e rolagens.

Conhecer os biomas se torna uma tarefa muito interessante, utilizando uma mecânica de rolagem de dados para que você descubra onde está indo. Além disso, os encontros com outras criaturas trazem não somente mais material para a sua história, mas também benefícios mecânicos, equilibrando e motivando os jogadores.

Vale lembrar que As Memórias do Protetor ainda está em desenvolvimento e é um RPG indie, desenvolvido por uma pessoa só. Dessa maneira, é incerto avaliá-lo de forma definitiva, afinal de contas ele também passa por atualizações e ê criadore procura pedir pelo feedbacks de seus jogadores. No entanto, é inegável como a experiência proporcionada pela obra é agradável, confortável.

 

Apoiar os RPG’s indies e nacionais é muito importante. Conhecendo As Memórias do Protetor, você estará não somente vivenciando uma boa e reconfortante experiência como uma criatura exploradora, mas também estará apoiando desenvolvedores pequenos. Nos deixe seu feedback sobre a sua jornada!


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O Reino – Resenha

Tranquilos pessoal? O cenário de O Reino foi escrito por Sérgio “Alquimista” Gomes pela Nozes Game Studio e utiliza o Sistema Nefastus. Nele, os jogadores interpretam teriantropos (Dabale) mafiosos que lutam pelo controle das selvas de pedra.

A Fera, a cidade e a noite.

Uma pequena história e alguns e-mails introduzem o que seria O Reino. Tornando-se, assim, uma forma diferenciada de explicar o cenário ao leitor sem parecer um livro didático.

Depois já há as explicações mecânicas de como funciona o sistema. Especialmente sobre o Dado Nefasto, que é, em resumo, 1d6 que lhe traz benefícios se o resultado for 6 e ameaças se o resultado for 1. O resultado desse dado não interfere no sucesso ou não do teste realizado, porém, faz com que situações narrativas ocorram condizentes com a situação e rolagens.

Depois dessa introdução já se inicia a construção de personagem, que será abordada na próxima postagem. O mesmo se aplica a carreiras, talentos, recursos e equipamentos. Tudo será melhor explicado na postagem do mês que vem.

O capítulo 4 trata sobre vários conceitos do jogo acerca do combate. É um capítulo curto que carece de uma melhor organização. Em contraponto, o capítulo sobre a experiência e evolução dos personagens tem ideias interessantes mesmo sendo curto. O capítulo traz várias maneiras de evoluir o personagem e como gastar seus pontos de experiência.

Em Dons e Poderes há uma bela junção de regras e ambientação, demonstrando como a fera dos Dabale se adaptou à noite da selva de pedra. Isso inclui bênçãos da lua (lobisomens tendo direito a mais bênçãos lunares), caminhos espirituais ou citadinos entre outros poderes abrangentes e úteis que forma muito bem trabalhados.

A Família

Neste capítulo é visto como há divisões no Reino, que seguem padrões similares a guerras tribais. Pode-se entender que as famílias são um seguimento temporal dos clãs antigos. Entretanto, o grupo pode escolher ser uma gangue ao invés de pertencer a alguma família. Gangues são mais livres só que com poucos recursos. E família tem recursos, mas também exigem obediência e lealdade.

O grupo dos jogadores também escolherá quais suas áreas lícitas ou ilícitas de atuação. Embora nada impeça que haja um negócio lícito servindo de fachada para outro negócio ilícito. Há regras simples de melhorias para o grupo. A ideia é tão bacana que mais páginas sobre ele seriam muito bem-vindas. Por exemplo, trazendo exemplos de famílias e gangues para facilitar a vida dos mestres.

Só que os mestres não ficaram desamparados. No próximo capítulo, há dicas de como se criar uma cidade, setorizá-los e organizá-los de modo simples. Também há dicas de como manter territórios e efetuar disputas políticas. Bem como se dá as relações entre Reino e Humanidade e entre os grupos dentro do próprio Reino.

Em seguida há mais regras para combate, condições e dano. Seguido de um belo capítulo com muitos exemplos de antagonistas. Preenchendo muito bem vários espaços que seriam necessários em alguma aventura.

 

Feras também são solitárias

Finalizando, o jogo explica como ocorre o modo cooperativo, que é o padrão das campanhas de RPG e, também, o modo solo, para quem quer (ou precisa) se divertir sozinho. E será algo que, certamente, experimentarei e postarei aqui no Movimento como foi.

O modo solo segue as regras do Solo10 da 101 Games, com algumas adições. Menciona todas as alterações do sistema base e dá exemplos de como conduzir sua campanha pessoal, além de trazer muitas tabelas para auxiliar nesta missão. Inclusive, há um bom número de eventos conforme a localidade em que se passa a aventura.

O último capítulo traz uma breve descrição da cidade de Chicago e um pequeno mapa hexagonal.

Desejaria muito que houvesse um suplemento, já que o livro é curto, trazendo o jogo para o cenário brasileiro. Já pensou em jogar com um teriantropo cachorro caramelo que é dono de um morro e se diverte e faz negócios num baile funk?

 

Leia mais textos sobre os produtos da Nozes Games Studio, clicando no link.

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Bárbaros da Lemúria – Resenha do Fastplay

Tranquilos pessoal? Acabando com a maldição, finalmente teremos os Bárbaros da Lemúria traduzidos para o Brasil. Enquanto o produto é produzido, podemos se divertir com o arquivo de Regras Rápidas.

Início

Temos, primeiramente, a explicação sobre o que é o jogo e o estilo a que pertence, o clássico Espada e Feitiçaria. Só depois fala sobre as mecânicas básicas do jogo como o uso de Carreiras (que não seguem a lógica de classes dos jogos D20), que atuam tanto como profissões como histórico do personagem.

Após, explica como são abordados as tarefas e o combate pelo sistema. Ambos, tarefas e combates, são parecidos entre si, embora com algumas diferenças. Este soma Habilidade ao seu Atributo e aquela usa Carreira para isso. Depois joga-se 2d6, que é a base do sistema.

Personagem

O sistema possui quatro atributos, Força, Agilidade, Mente e Presença. Um personagem inicial dispõe de 4 pontos para distribuir em seus atributos, podendo considerar um atributo deficiente (ficar com -1 nele) e receber 1 ponto extra. Independente da configuração que escolher, nenhum atributo, inicialmente, poderá ser superior a 3.

Iniciativa, Combate Próximo, Longo Alcance e Defesa são as Habilidades de Combate do sistema e funcionam da mesma que os atributos. Em seguida, Pontos de Saúde, Pontos Heroicos e outras características para completar o personagem são explicados.

Origem determina a qual povo seu personagem pertence e as proezas que ele realizou. São 15 origens constantes no fastplay. Depois temos as listas de Defeitos e Proezas. É possível escolher um defeito para receber uma proeza adicional. Chegamos ao cerne do sistema, suas Carreiras. São 28 carreiras disponíveis, desde o clássico Bárbaro, até Dançarino ou Piloto Celeste.

A lista de equipamentos tem bastante variedade embora suas características sejam simples e não permitem muitas variações. As armaduras são tratadas por seus tipos gerais e não por nomes específicos. O interessante é que o elmo é tratado como um item separado dos demais.

Brevemente temos explicações sobre as regras de Feitiçaria, Sacerdotes e Druidas, e Alquimistas.

Regras gerais

Por fim tem-se breves explicações sobre as rolagens, uso de Ponto Heroicos, sucessos críticos, lendários e falhas catastróficas. Também sabemos sobre Combate e Recuperação e a evolução do personagem.

A seguir apresenta a seção de Aliados e Antagonistas, que são separados em ralés, durões e vilões. Há alguns exemplos de fichas de durões no fastplay e dois monstros. Terminando a seção tem a listagem dos 20 deuses de Lemúria e os 6 deuses sombrios.

O livro apresenta duas aventuras brevemente trabalhadas e finaliza com a descrição das raças não humanas e das regiões do cenário.

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Clique aqui se você deseja saber mais sobre Bárbaros da Lemúria.

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The RPG Engine – Resenha

Acompanhado pelo Vinícius “Bosteta” Peron, viemos realizar uma resenha de uma ferramenta que pode ser interessante para adotar em suas mesas onlines, que é o The RPG Engine, um programa que promete ser um tabuleiro virtual imersivo, com propriedades interessantes de construção de mapas e com a possibilidade de host para jogadores.

Desenvolvido pela PolyDemons, o programa se encontra disponível gratuitamente para jogar na plataforma Steam.

Configurações

Antes de qualquer coisa, precisamos checar as configurações necessárias para o funcionamento do The RPG Engine, algo que foi fácil de achar na Steam:

Dessa forma, decidimos realizar o teste em equipamentos que cumprissem os requisitos e os que também não cumprissem, para que pudéssemos observar também como o programa se comportaria.

EQUIPAMENTO #01:

Processador – 4th Gen Intel Core i5

RAM – 8GB

Placa de vídeo: GTX 960 – 4Gb

SSD – 240Gb

EQUIPAMENTO #02:

Processador – 11th Gen Intel(R) Core(TM) i5

RAM – 8 GB

Placa de Vídeo – Intel Iris Xe Graphics

SSD – 240GB

EQUIPAMENTO #03:

Processador – AMD Ryzen 7 5700G 

RAM – 16 GB 

Placa de Vídeo – NVIDIA GeForce RTX 3050 

SSD – 960 GB

Em todos os equipamentos utilizados, o programa não teve problemas para abrir. Entretanto, nos equipamentos #01 e #03, o programa apresentou melhor desempenho, sem aparecimento de lentidão alguma durante os primeiros minutos, provavelmente devido ao uso da placa de vídeo dedicada; já no equipamento #02 vimos alguns lags e lentidão nas animações ao fundo.

 

Criação

… de Personagens

A criação de personagens conta com uma boa quantidade de opções para a elaboração do seu personagem quanto a aparência física, além de possuir um seletor de cores sem tons pré-selecionados. Assim, você possui a liberdade para escolher exatamente as cores que você quiser nos campos que você quiser.

É interessante ver que o The RPG Engine apresenta o uso de fundos durante a criação de personagens, podendo alterar a ambientação onde você está criando seu personagem e — talvez — inspirá-lo. E também é possível salvar a sua criação e postar seu personagem para que a comunidade online tenha acesso, ficando na aba de “oficina”, que oferece inúmeros outros modelos postados por outros usuários também.

 

… de Mapas

É definitivamente a parte MAIS divertida de todo o programa. A criação de mapas, localizada na sessão Gamemaster, é muito interessante e rica, lhe possibilitando construir cenários de todos os tipos que puder imaginar. Você pode controlar o clima, iluminação, colocar seu terreno no espaço, além de poder utilizar diversos itens para o seu mapa (e são diversos MESMO — então, se você quiser colocar o seu Guerreiro ao lado de uma cadeira gamer que solta raios, você pode). Mesmo com a existência da DLC “The RPG Engine – Builders Edition”, as possibilidades podem ser ainda mais infinitas, sendo possível sobreviver sem ela.

 

Indo mais a fundo na aba de GameMaster

A aba de GameMaster gratuita (esclareceremos no próximo tópico) conta com a disposição de diversas músicas que você pode utilizar para a ambientação do seu game. Além disso, é disponibilizado também uma aba para visualização de pdf’s e para a organização das iniciativas dos jogadores, o que ajuda bastante.

E uma ferramenta curiosa e interessante é a parte do chat geral dos jogadores, essa que traz uma mecânica bastante divertida de rolagem de dados que gera os resultados no próprio tabuleiro, trazendo uma animação para o mapa dos dados sendo rolados.

 

Mas…

Nem tudo são flores e isso nós percebemos ao não conseguirmos testar como o programa funcionaria em uma sessão de RPG ou no modo multiplayer. O programa gratuito não cobre essa mecânica e, se quiséssemos usar, deveríamos pagar o valor não só da DLC para mestres como também a DLC para construtores de mapas. De alguma maneira, a GameMasters Edition exige que o usuário também adquira o Builders Edition para que ela funcione. Assim, o que sairia de graça, pelo o que é prometido, acaba saindo numa bagatela de R$142,78.

preço que constava no dia 30/10/2023

Em meio aos comentários, é possível ver alguém afirmar que existia uma forma de realizar o uso do tabletop configurando o arquivo pela própria plataforma Steam, porém, mesmo realizando passo a passo o que é instruído, esse esquema não funciona.

 

Considerações finais

Embora a otimização do programa não seja das melhores e ele seja um tanto quanto pesado, é definitivamente útil para a criação de cenários para o RPG, o que acaba salvando muitos mestres que não conseguem adquirir cenários da exata maneira que pensam. Ele também salva bastante no design de personagens já que, mesmo tendo uma modelagem simples, ainda é bem completo. Mas o The RPG Engine peca diante da promessa de ser um tabletop virtual gratuito. Então, para os mestres de plantão que gostam de construir mapas, conferir o The RPG Engine é interessante e poderá ajudá-los quando possível.


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Vaesen – Resenha

Vaesen: Roleplaying de Horror Nórdico é um RPG de mesa único e cativante que certamente incendiará sua imaginação com suas ideias brilhantes. O jogo é baseado no trabalho do ilustrador e autor sueco Johan Egerkrans e coloca os jogadores na Suécia no início da segunda Revolução Industrial. À medida que as pessoas se mudam de aldeias para cidades e esquecem seus costumes populares, eventos estranhos e às vezes sinistros estão em alta para o seu grupo investigar e, com sorte e esperteza, resolver. As entidades da natureza, tidas como pagãs pelo Cristianismo hegemônico europeu e aqui chamadas coletivamente de vaesen, estão sempre envolvidas de uma forma ou outra nos mistérios (como são chamadas as aventuras) dos personagens.

O módulo básico é ricamente ilustrado com monstros estranhos e personagens vívidos, lembrando os livros de campanha do velho Mundo das Trevas nos anos de glória da White Wolf. A sensação do papel ao virar cada página é parecida com vasculhar um tomo empoeirado em busca de algum fragmento de conhecimento esquecido.

O cenário rico e as mecânicas de Vaesen funcionam muito melhor como uma campanha de longa duração cheia de mistérios do que para sessões do tipo one shot. Não é impossível, mas precisará de algum planejamento criativo por parte do Mestre do Jogo e um pouco de modificação em alguns detalhes.

Entre um mistério e outro, você lida com o Castelo Gyllencreutz, usando alguns dos recursos e conhecimentos que adquiriu para descobrir ou construir novos quartos e contratar novos funcionários. Estas expansões têm benefícios no jogo aos quais que você pode recorrer em mistérios posteriores.

Agora, falando sobre a inovação do sistema, Vaesen utiliza uma versão adaptada do premiado Year Zero Engine. As mecânicas do jogo são projetadas para serem simples, mas eficazes, permitindo aos jogadores se concentrarem na narrativa em vez de se perderem em regras complexas. Os ataques podem ser físicos ou mentais, já que você tem faixas de Condições para ambos, e a geografia é abstraída em Zonas de ação, nas quais eventos individuais estão ocorrendo. Cada mistério compartilha a estrutura do mistério inicial de Vaesen, com um mecanismo de contagem regressiva aumentando lentamente a tensão antes da confrontação final com o vaesen.

Vaesen é uma adição criativa – e muito bonita, diga-se de passagem – aos melhores RPGs de mesa. Existe um jogo robusto, bonito e genuinamente engajante contido nas páginas deste livro, a exploração rica de um novo mundo com suas raízes firmemente plantadas no passado cultural europeu.

Em resumo, Vaesen é um RPG de forte carga narrativa com um cenário rico e mecânicas inovadoras. Ele oferece uma experiência imersiva que é melhor apreciada como uma campanha de longa duração. Se você está procurando por uma aventura sobrenatural cheia de mistério, fantasia e horror em uma época antiga, Vaesen é um jogo para você experimentar!

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RPG é cultura?

 Afinal, o RPG pode ser considerado sobretudo, um mecanismo de propagação cultural? RPG pode ser tratado como cultura?
Primeiramente, vamos a uma definição: Aos olhos da sociologia, a cultura é tudo aquilo que resulta da criação humana. São ideias, artefatos, costumes, regras, crenças morais, e conhecimento adquirido a partir do convívio social. Os jogos de interpretação de papéis (RPGs) evoluíram com o passar dos anos, de mera forma de entretenimento para dispositivos de difusão cultural.

No livro Estudos sobre Jogos de Interpretação de Papéis de Sebastian Deterding e José Zagal, os autores exploram a natureza multifacetada do RPG e seu impacto na sociedade. Este ensaio explora a noção do RPG como cultura, examinando os aspectos sociais, comunitários e artísticos, e como isso moldou a vida de milhões de entusiastas ao redor do mundo.

I. A emergente Cultura do RPG

O RPG percorreu um longo caminho desde sua criação na década de 1970. Inicialmente,  percebido como um hobby de nicho desfrutado por um pequeno grupo de entusiastas. Em suma, ao longo das décadas, o RPG evoluiu para uma subcultura próspera com suas normas, valores e experiências compartilhadas. A elevação do rpg ao status de forma cultural pode ser atribuída a vários fatores:

  1. Construção de Comunidade: O RPG fomenta um senso de comunidade entre os jogadores. Os jogadores se reúnem para colaborar em narrações imaginativas, forjando laços fortes e amizades. Essas comunidades muitas vezes se estendem além da mesa de jogo, pois criam uma rede de indivíduos com interesses semelhantes.
  2. Expressão Artística: O RPG fornece uma plataforma para a expressão criativa. Os jogadores desenvolvem personagens, narrativas e mundos, muitas vezes incorporando elementos de arte, literatura e o próprio design dos jogos em suas experiências. A criação de fanfics, obras de arte e módulos de jogos é um testemunho da dimensão artística do RPG como cultura.

II. Significado Cultural do RPG

A cultura do RPG cresceu em importância e agora permeia vários aspectos da sociedade:

  1. Mídia e Entretenimento: O RPG têm inspirado uma variedade de mídias, incluindo filmes, programas de TV e literatura. Séries populares como “Stranger Things”, “Dungeons & Dragons”, “Goblin Slayer” e “The Witcher” ganharam atenção popular,  inegavelmente levando a cultura do RPG a um público mais amplo.
  2. Educação e Aprendizagem: Os elementos narrativos e de resolução de problemas no RPG encontrara seu caminho nos ambientes educacionais. Professores usam o RPG como ferramenta para o ensino história, literatura, resolução de problemas e habilidades sociais, bem como no estimulo a leitura e compreensão textual, por exemplo.
  3. Comunidades Online: O advento da internet facilitou o crescimento do RPG como comunidade cultural, com fóruns online, plataformas de streaming e mesas virtuais conectando jogadores de todo o mundo.

III. RPG, Cultura e Identidade

Para muitos entusiastas, o RPG é uma parte significativa de sua identidade. Ele fornece um espaço seguro para a autoexpressão, experimentação e crescimento pessoal. Os jogadores frequentemente encontram empoderamento nos RPGs, já que podem explorar identidades diversas, superar desafios e se envolver em dilemas morais complexos em um ambiente controlado e de apoio.

IV. Desafios e Críticas

Em síntese, embora seja inegável que o RPG como dispositivo cultural enriqueceu a vida de inúmeras pessoas, ele não está isento de desafios e críticas. Algumas preocupações incluem o potencial para o vício, estigmatização e controvérsias relacionadas a certos elementos do jogo (quem viveu nos anos 90, lembra bem do pânico moral instituído e propagado pela mídia, bem como a perseguição religiosa que ocorria no período). Contudo,  a importância cultural do RPG também levanta discussões sobre inclusão, diversidade e representação dentro da comunidade.

Conclusão

O livro Estudos sobre Jogos de Interpretação de Papéis de Sebastian Deterding e José Zagal lança luz sobre a natureza dinâmica e multifacetada do RPG se como ele evoluiu para uma cultura próspera. O RPG oferece uma plataforma para a expressão artística, construção de comunidades e crescimento pessoal. À medida que a cultura do RPG continua a influenciar vários aspectos da sociedade, é essencial reconhecer sua importância, abordar desafios e garantir a inclusão de todos aqueles que encontram conforto e inspiração nos reinos da imaginação e da narração de histórias. Em suma o RPG PODE e DEVE ser tratado como cultura!

Para mais textos do mesmo autor, leia: O Ninja, a Hayabusa e a Katana Mágica

Para saber mais sobre o livro citado: Estudos de RPG | Fundações Transmídia | Sebastião Deterdi  


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Guia de Criação de Personagem – Orbe de Libra – parte 3

Finalizando o Guia de Criação de Personagem para Orbe de Libra com a terceira parte. Abordarei os últimos quatro passos na criação do personagem.

Passo 4: Alinhamento e Tendência

Ao contrário de alguns sistemas onde o alinhamento nada mais é que uma anotação na ficha do personagem, em Orbe de Libra ele representa uma parte central do cenário. Você pode escolher Ordoz (ordem), Chaos (caos) ou o equilíbrio da Libra. Entretanto, o Chaos aqui não representa o mal, mas tão somente a busca pela quebra de paradigmas.

Passo 5: Idiomas e Dialetos

Num continente vasto e multicultural como Casanova é de se esperar que haja várias línguas e dialetos. A língua mais falado e tida como comum/comercial é o Levantino. Vários povos e raças falam o Levantino e, por isso, ele possui diversos regionalismos e dialetos. De forma geral, as variações do Levantino são equivalentes em 60% e, portanto, cada variação deve ser aprendida como uma língua extra se o personagem desejar ser plenamente fluente nelas.

A Astúcia determina a quantidade de línguas conhecidas pelo personagem:

  • -2 à 0: Fala o idioma nativo e é analfabeto
  • 1 à 2: Fala o idioma nativo e é alfabetizado
  • 3: Fala 1 idioma adicional
  • 4: Fala 2 idiomas adicionais
  • 5: Fala 3 idiomas adicionais
  • 6: Fala 4 idiomas adicionais

As línguas em Casanova possuem correlações com línguas reais, apenas para fins de imersão (e diversão). E são as seguintes: Levantino (comum ou moderno), Levantino Arcaico, Levantino Cantado, Levantino Élfico, Levantino Gutural, Levantino Mateiro, Levantino Oriental, Agashi, Draconiano e Isás.

Passo 6: Perícias

De forma breve as perícias possuem as seguintes graduações: Inábil (I), Aprendiz (A), Profissional (P), Especialista (E), Mestre (M) e Lenda (L). Cada graduação concede 1d6 para somar ao valor de seu atributo em suas rolagens.

As perícias são separadas em grandes grupos, sendo que os testes físicos são feitos com rolagens diretas dos atributos de Força e Vigor.

Cura, História, Investigação, Ocultismo e Religião pertencem ao grupo de Conhecimentos e Técnicas. Etiqueta, Manha e Performance são do grupo Sociais e Esportivos. E, por fim, Furtividade, Ofícios, Percepção e Sobrevivência são do grupo Talentos e  Sobrevivência.

Dependendo de sua classe você pode ter de 11 a 15 pontos iniciais para suas perícias. Para saber mais veja aqui a parte 2 do Guia.

Passo 7: Recursos e Equipamentos

Os recursos iniciais são o resultado de 3d6 x 10. Resultando em valores de 30 a 180 peças de ouro. Cada peça de ouro equivale a duas de prata. Tenha sempre algum dinheiro em mãos para poder manter seu estilo de vida e para a manutenção de seus equipamentos, já que eles podem ser avariados.

Com seu dinheiro inicial você pode escolher algumas armas comuns em RPGs medievais, mas outros são exclusivos (ou quase) do cenário, como Macuahuitl, Quauhololli, Atlatl, Terçado, entre outros. O que é uma característica muito sulamericana do cenário. Não se esqueça de escolher alguma proteção estilosa entre as armaduras e escudos disponíveis.

Por fim, escolha seus equipamentos, ferramentas e utilitários que todo bom aventureiro deve ter. Podendo, para isso, escolher alguns kits prontos, como do Matuto ou do Fanático. E, assim, seu personagem de Ordem de Libra está pronto para viver aventuras como esta aqui.

Cuide para, mesmo inicialmente, não possuir mais equipamentos que sua carga permite. Até porque, quanto mais carga, maior é a penalidade em rolagens para seu personagem.

Leia mais textos sobre os produtos da Craftando, clicando no link.

Kids on Bikes – Resenha

Criado pelos game designers Jonathan Gilmour (Dead of Winter, Atari: Centipede/Missil Command/Asteroids) e Doug Levandowski (Gothic Doctor, Seven Minutes in Hell), Kids on Bikes é um sistema de RPG narrativo colaborativo. Onde “você assumirá papéis de pessoas comuns lidando com forças estranhas, amedrontadas e excepcionalmente poderosas que você sequer pode derrotar, controlar ou entender. A única maneira de encará-las será trabalhando em conjunto. Usando suas forças e sabendo quando você só terá de correr o mais rápido possível.” tradução própria

Inspirado em Super 8 e The Goonies, Kids on Bikes traz toda a nostalgia da infância com um toque sobrenatural. Onde tudo e qualquer coisa pode acontecer, até mesmo numa pequena cidadezinha.

O Universo

O universo de Kids on Bikes é contemporâneo e, ao mesmo tempo, retrô. Explorando uma passagem do tempo onde adolescentes estavam ocupados demais em suas bicicletas. A procura de aventuras no lugar de estarem vidrados em telas de celulares. Ou poderem pesquisar por motivos racionais e científicos para entender o que pode estar acontecendo com a gravidade. Não somente isso, ele proporciona uma experiência “pé no chão”. Mesmo com os encontros com as entidades paranormais, visto que as motivações e acontecimentos podem ser os mais rotineiros possíveis. Como procurar pelo cachorro do seu melhor amigo que desapareceu ou o motivo pelo qual o seu fliperama favorito veio a fechar. Afinal de contas, o universo das tramas é protagonizado por pessoas normais, com vidas normais, que estavam tentando viver suas rotinas em cidades pequenas até se depararem com essas criaturas.

Ademais, o sistema conta com a estratégia de um worldbuilding coletivo. Onde todos os envolvidos — players e mestres — podem se ajudar a elaborar todo o cenário fictício em que contarão essa história, tornando o universo ainda mais imersivo.

O Sistema

Kids on Bikes possui um sistema simplificado, sendo menos de 80 páginas em seu livro de regras comum. Seus atributos serão representados por um dado em específico. Que varia de 1d4 a 1d20, baseado em competência: quanto maior for o dado representando o atributo, mais capaz será o jogador.

Além disso, até os resultados baixos têm chances de sucesso, onde qualquer resultado máximo trará uma possibilidade de re-rolagem de dados. Na forma mais simples de ver, podemos idealizar que, em uma fuga, caso a dificuldade estabelecida seja 14 e um personagem possui um dado d8 para o atributo de agilidade, em um caso de resultado inicial 8, esse mesmo terá de rolar novamente, adicionando esse novo valor ao seu resultado. Ainda no exemplo, após essa rolagem crítica, caso o personagem role novamente e acabe tirando um 4, seu resultado será uma falha. No entanto, caso ele tire um valor que, somado ao seu valor de crítico, torne-se maior que 14, ele será bem sucedido.

É possível também a criação de um personagem com superpoderes. Assim como a Eleven de Stranger Things, que será controlado em conjunto por todos os jogadores, podendo decidir entre si o que ele fará e que poderes esse personagem pode utilizar!

 

Criação de Personagem

Em Kids on Bikes, o que mais importa não é somente o que você pode fazer, mas o que você é. Assim, é necessário que você escolha se você é uma criança — menor de 13 anos —, um adolescente ou um adulto e um “tropo” para seguir (como A Garota Popular, o Nerd do Clube de RPG, o Encrenqueiro, etc). Não somente isso, mas a criação de personagens também conta com perguntas cruciais não só para a compreensão do seu personagem, mas também para o universo e as relações entre personagens, o que fará a trama se tornar ainda mais interessante e imersiva.

Atributos

Todos os personagens terão seis atributos:

BRAINS: Conhecimento, inteligência. Determina o quão bom o personagem pode ser nos estudos e o quão rápido e bem ele pode resolver problemas que exigem intelecto.

BRAWN: Força bruta. É sobre o quão bom um personagem pode ser em habilidades que existem a força — não envolve lutar ou algo do tipo, há outro atributo para isso —, mas como ele consegue carregar ou quebrar as coisas e o quanto de dano ele pode aguentar. Também determina o quão intimidador aquele personagem pode ser.

FIGHT: Luta. É referente ao quão bom de briga um personagem pode ser com que armas ele sabe usar ou com que habilidades de luta ele conhece. É bom salientar que, mesmo que um personagem tenha um atributo de luta alto, ele só será bom realmente se ele já tiver experiências com aquela arma ou habilidade antes; caso seja o contrário, ele só será bom se tiver um treinamento apropriado.

FLIGHT: Agilidade. Determina o quão rápido um personagem pode ser, além do quão habilidoso ele pode ser em fugir dos próprios problemas, tornando-se mais difícil de capturá-lo.

CHARM: Carisma. Define o quão bom é o personagem nas questões de relações sociais, sendo bom de lábia e sabendo também como lidar ou ler as pessoas.

GRIT: Esse atributo determina o quão difícil é para “quebrar o personagem” de forma física ou emocionalmente, avaliando o quão bem ele pode lidar com situações que o pressionem e sua capacidade de se manter nos eixos, também determinando o quão inteligente — numa forma mais sábia — o personagem pode ser.

Estabelecendo Limites

Kids on Bikes possui um cuidado especial para assuntos delicados e promove que o jogador e o mestre sempre estejam em contato, incitando maneiras de consentimento para assuntos tratados na mesa e promovendo discussões sobre o que eles gostariam de ver na mesa, além de deixar claro o respeito que deve se manter não somente entre jogadores e mestres mas também ao público ouvinte, caso este for o caso.

Considerações Finais

Se você é o público que ficou vidrado em Stranger Things, Paper Girls, It – A Coisa e/ou consome muito do gênero Coming-of-Age, esse é o sistema perfeito para você.Pois é um sistema simples, com inúmeras possibilidades de criação e que lhe fará se sentir nostálgico e animado enquanto descobre os segredos de um lugar que você — o seu personagem — jurava ter conhecido antigamente.

Se estiver mais interessado em conhecer sobre o sistema, considere conferir a página inicial do projeto, clicando aqui para ser redirecionado ao site da desenvolvedora Hunters Entertainment.


Por último, mas não menos importante, se você gosta do que apresentamos no MRPG, não se esqueça de apoiar pelo PicPay, PIX ou também no Catarse. E com isso, torne-se um Patrono do Movimento RPG e tenha benefícios exclusivos! Ou então, apoie nossa revista digital, a Aetherica através deste link!

Skyfall RPG – Resenha

Com uma casa nova, Skyfall RPG retorna após um hiato na produção do sistema base para um dos maiores fenômenos da comunidade do RPG Nacional. A editora Ponycorn anunciará o financiamento coletivo em dezembro de 2023.

Skyfall vem lançando playtests através da revista D20 Saga, e nesta resenha, você ficará por dentro de tudo que o sistema tem para oferecer.

O céu ta caindo!

“A Primeira Grande Queda caiu em cima da capital Salim, no reino mágico de Lim’Sa; a segunda caiu em Törmund e decretou o fim dos Anões. E a Terceira? Essa será a última…”

— Professor Nyx, Reitor da Universidade Arcana de Opath .

Um universo criado por  Pedro Coimbra (Mestre PedroK) e Silvia Sala (SilAndCrafts). Skyfall RPG traz um mundo repleto de magia, aventuras e perigos além de personagens únicos e melancólicos. Do gênero Trágico-Fantástico, Skyfall RPG é um jogo sobre heróis que lutam para tornar o mundo melhor enquanto aguardam um fim inevitável. Esse fim pode vir não apenas por causa das adversidades do cenário, mas também pelas Quedas, gigantes ilhas que caem do céu.

A Melancolia e os Legados

A Vida, a maior das Deusas, criou todos os seres vivos, humanoides ou não. Houve então, uma época em que o mundo de Op era harmônico e pacífico. Até que a Vida morre e todas as suas criações começam a desenvolver delírios por não conseguirem conceber a ideia de que a Vida morreu. Assim, o caos se instaura. As outras Deusas e Titãs vendo a criação da amada Vida começar a ruir, decidiram abraçar sua criação. Cada Deusa e cada Titã abraçou uma criatura humanoide diferente, e ao abraçar, as criaturas desenvolveram a Melancolia, uma forma de lidar com o luto e herdando parte da essência da Divindade que as abraçou.

Em Skyfall, as conhecidas “raças” são chamadas de Legados. Cada Legado tem uma melancolia diferente, além de dons e heranças que obtiveram por meio de sua cultura ou da essência que a divindade concebeu.

Legados por @Cirino_art

As Quedas

De forma inesperada o continente de Opath começou a ser bombardeado por ilhas que caem do céu e destroem a fauna e flora do local, estabelecendo uma nova região. As Quedas foram classificadas como Quedas Menores e Quedas Maiores ou Grande Queda,  a primeira, ilhas de tamanho menores, com impactos menores, porém o  suficiente para trazer novos minérios e recursos para a sociedade.

A primeira grande queda aconteceu sobre a cidade de Salim, a capital da Confederação de Lim’sa, destruindo a região e estabelecendo um novo local. Quando os primeiros exploradores chegaram, perceberam a presença de um material que ficou conhecido como Aetherium, extremamente versátil no uso de magias  e o primeiro avanço magitec aconteceu no continente. A segunda grande queda veio algumas dezenas de anéis depois, obliterando Törmund, o reino dos anões e aterrorizando todos os reinos. Hoje, os estudiosos afirmam que a terceira será a última, decretando o fim inevitável do mundo.

O sistema de Skyfall RPG e suas regras

Antes de apresentar as regras é bom lembrar que o sistema está atualmente na sua versão 0.7 e algumas regras podem mudar antes da versão final do jogo. Ao final dessa resenha teremos o link para você obter a versão de jogo rápido.

Um sistema D20 compatível com Dungeons and Dragons 5º Edição.

Compatível com Dungeons and Dragons 5º Edição, Skyfall RPG traz o modelo padrão de testes com a clássica formula 1d20 + atributo + bônus, mas com uma construção de personagem totalmente diferente. Portanto, não é aconselhável combinar elementos nesses jogos; no entanto, você pode utilizar monstros, aventuras e algumas outras mecânicas em seu jogo. No futuro, irão publicar um Guia de Compatibilidade junto com o livro base.

Catarse

A principal mecânica de Skyfall é a Catarse. Uma reserva de recurso dramático chamado pontos de catarse, onde em qualquer rolagem em jogo, um personagem pode gastar 1 ponto e adicionar 1d6  ao teste ou dano, antes do mestre dizer a resolução final. Pontos de Catarse podem ser gasto também para recuperar outro recurso chamado Pontos de Ênfase.

Pontos de catarse são obtidos por 3 formas:

  • Tencionando a melancolia do personagem, ou seja, quando a melancolia do personagem afeta a cena.
  • Por decisão do grupo. Em cada cena 1 ponto de catarse é colocado na mesa e quando um personagem gerar uma cena marcante, o grupo pode escolher dar o ponto para o personagem.
  • Por recarga de habilidades dos inimigos poderosos. A clássica recarga por d6 usada em Dungeons and Dragons 5º edição é substituída pelo ponto de catarse. Quando um inimigo gastar sua habilidade, o mestre coloca um ponto de catarse na mesa, qualquer momento os jogadores podem pegar esse ponto e assim o inimigo recupera o uso de sua habilidade.

A Sombra

O maior mistério de Skyfall RPG sem dúvidas é a Sombra, uma entidade poderosa que sussurra nos corações dos heróis em momentos de necessidade. Todo personagem possui uma alma que reflete sua sombra. O personagem recebe Pontos de Sombra e pode usá-los para que a Sombra o auxilie em um momento de necessidade.

A Sombra é onipresente e quase onipotente. Ela pode ser chamada pelos personagens ou ela pode chamá-los quando vê uma oportunidade de fechar um acordo. Acordos sempre envolvem um custo: pedaços da alma do próprio personagem, em termos de regras, seus Pontos de Sombra. A cada ponto de sombra a alma do personagem fica menor, e sua sombra vai lentamente diminuindo. Quando sua sombra estiver menor do que a metade, o personagem irá se curar apenas metade por meios mágicos.

 Ao chegar a 0 pontos de sombra, o personagem não irá mais se recuperar por meios mágicos e quando esse personagem morrer, além de uma morte horrível, sua alma pertencerá à Sombra.

Construção de personagens

Uma variedade de combinações altamente diversas é o que define esse sistema. O jogador pode escolher, além do seu Legado, um antecedente que define o background do personagem e traz habilidades únicas. Além disso, pode optar por uma das 3 classes que englobam os 3 arquétipos básicos de uma fantasia. Posteriormente, seleciona uma trilha que aprofunda as habilidades do personagem.

Atributos e Proteções

Separado por força, destreza, constituição, inteligência, sabedoria e carisma. Skyfall traz o conceito de proteção onde todo atributo tem uma defesa atrelada. Ataques em diferentes proteções podem ser feitos a depender das habilidades e mecânicas que o sistema contém.

Classes.

Combatente, Especialista e Ocultista são as 3 classes apresentadas no jogo. Se engana quem poderá achar isso limitante, pois além de  amplas as classes, não são a finalização das habilidades do personagem e sim as trilhas.

  • Combatente: Focado em combates.
  • Especialista: Focado em treinamentos especiais e pericias.
  • Ocultista: Focado em conjuração de magia;

Trilhas

A classe molda como você joga, enquanto a trilha possibilita a imersão em um conceito de personagem e a personalização de suas habilidades e poderes. Até o lançamento, o livro promete muitas trilhas, no playtest 0.7 temos as seguintes:

  • Artesão de Guilda: Personagens focados em um ofício, sendo eles alquimista, alfaiate ou ferreiro.
  • Comandante: Comandar e motivar é o que essa trilha faz de melhor.
  • Devoto: Nossos amados devotos de divindades.
  • Elementalista: Controle dos quatro elementos naturais.
  • Guerreiro Koi: Treinados nas tradições marciais e artísticas de Sodori.
  • Magitécnico: Especialistas na criação e manutenção de magitecnologia.
  • Malandro: O melhor dos ladrões.
  • Mestre das Armas: Armamentistas de primeira.
  • Necromante: Reviver os mortos e lidar com a necromancia é o forte desta trilha.
Trilhas em ação

Considerações

Após muita espera temos o produto que se encaminha para a sua finalização, Skyfall RPG traz muitos conceitos e regras de um jogo mais moderno, ampliando a possibilidade de customização dos personagens e além de tudo um jogo voltado para a sua proposta onde muitas mecânicas refletem ao tema trágico fantástico onde a frase “perder para ganhar” se faz presente.

O casal Coimbra-Sala vem se dedicando muito no processo de criação do sistema, ouvindo feedbacks diariamente, levantando temas e reflexões. Dentro do livro, encontramos exemplos de inclusão de minorias, quebra de paradigmas e regras alinhadas com a proposta do jogo. Portanto, todos deveriam seguir esse exemplo, tanto em termos de profissionalismo quanto de processo criativo.

Por Fim

Skyfall RPG como um livro está de volta e você pode fazer parte da construção desse sistema/cenário através da revista D20Saga, ao adquirir a revista você recebe acesso ao PlayTest mensal de Skyfall RPG além de um formulário de feedback.

Então recomendo você assinar, testar o sistema e dar o seu feedback para que possa registrar seu nome na construção desse maravilhoso RPG nacional.


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