Guia de Criação de Personagem – Orbe de Libra – parte 2

Continuando com o Guia de Criação de Personagem para Orbe de Libra. Nesta segunda parte falarei sobre as profissões aventureiras do sistema.

Passo 3: Escolhendo uma Classe

O sistema possui sete opções de profissões, ofícios ou classes (sim, são utilizados os três termos). Cada uma delas possui duas ou três especializações. Nos níveis 2, 5 e 8 é realizada a escolha de apenas uma dentre as habilidades disponíveis. Em níveis mais altos é possível pegar alguma das habilidades dos níveis anteriores, desde que não sejam repetidas. Há, também, uma tabela com os valores de bônus em ataque que a profissão oferece e o acesso a magias para as profissões conjuradoras.

Valente

Essa é a profissão combatente do sistema. Por isso recebem +2 Pontos de Vida no 1º nível e +1 no 5º; além de iniciarem com 3 de bônus para atacar (1 a mais que o padrão para as outras profissões). Possuem três especializações, sendo o Guerreiro aquele que possui treinamento militar. No 2º pode escolher entre ser mais adaptado a cargas e armas com a habilidade Treinado ou então em poder atacar melhor com Ataque Preciso. No 5º nível pode escolher Ataque Extra ou a causar mais dano com Destruidor. Por fim, no 8º nível você se torna mais resistente com as habilidades Campeão e Vigoroso, ambas concedendo certos bônus para manter seu personagem vivo e lutando por mais tempo.

Capanga é a especialização daqueles que lutam sem se preocupar com regras ou técnicas. No 2º nível um capanga pode causar mais dano escolhendo Ferocidade ou ter mais vida com Corpo Fechado. No nível 5, pode ter um Ataque Extra ou melhorar sua resistência com Rigidez. Por fim, o capanga pode se recuperar melhor ou ter mais vida com Forte ou Saúde de Ferro

A terceira especialização de Valente causa certa estranheza em quem está acostumado em ver o Bruxo como uma classe exclusivamente conjuradora, visto que aqui os efeitos de seu pacto lhe fornecem bônus mágicos para lutarem melhor fisicamente, principalmente se escolherem a habilidade Conexão Mágica, que transforma sua arma comum em mágica. Pode, entretanto, seguir o caminho místico e receber conjurações com Conjurador Aprendiz (nível 2), Conjurador Treinado (5º) e Conjurador Mestre (8º). Para os focados em combate pode escolher ter um Ataque Extra (5º nível) e melhorar suas defesas mágicas com Proteção Arcana no 8º nível.

Devoto

Usando o Éter por meio de suas religiosidades e fé, todos devotos recebem a capacidade de conjurar desde o 1º nível. No 2º escolhem um de seus milagres para se tornar seu Dom, não gastando Éter para conjura-lo. Além de poder Esconjurar criaturas diferentes do seu credo, sejam seres iluminados ou da escuridão.

Milagreiros podem ter acesso a um pouco mais de cura se escolherem a habilidade Benção (2º) ou a terem um tipo de radar místico com Sensitivo. No 5º nível podem ter mais defesas contra seus inimigos sobrenaturais se escolherem Proteção Mística ou, então, terem mais um Ataque Extra. Já no 8º nível pode lutar melhor contra seres incorpóreos com Caçador de Fantasmas ou alterar a sorte dos inimigos com Poder Milagroso.

Se os Milagreiros são os estudiosos das religiões, os Missionários são aqueles que vagam para propagarem sua fé. Uma vez ao dia podem, eventualmente, Enxergar Auras ou então serem imunes a doenças comuns com a habilidade de seu nome, Missionário. No próximo patamar (5º nível), pode melhorar suas defesas contra seres sobrenaturais com Ungido ou então receberem mais um Ataque Extra. No 8º nível os Missionários podem possuir ataques mágicos com Predestinado ou causarem mais dano em seres sobrenaturais com Golpe de Fé.

Desperto

Despertos são conectados às forças espirituais e conseguem interagir melhor com o ambiente com a habilidade Senciência, onde podem introduzir algum pequeno elemento na história de uma sessão. Também são conjuradores desde o início de suas profissões, além de recebem mais magias conforme avançam domo Xamãs ou Místicos.

Os Xamãs escolhem, no 2º nível, entre Comunicação para falar com criaturas silvestres ou Metamorfose Ambulante para se transformarem em pequenos animais. No 5º nível podem Controlar a Natureza e animais silvestres ou receber Ataque Extra. No último patamar recebem um tipo de visão de raio-x com Visão Espiritual ou então Visão Passada.

Os Místicos escolhem, no 2º nível, entre Meditação para receber +1 de vida e podendo ficar sem comer e beber por mais tempo que o normal; ou Energia Corporal para melhorar suas habilidades em combate desarmado. No 5º nível podem ter um Ataque Extra ou então fornecerem mais vida a personagens com Heroísmo Espiritual. No 8º nível o Místico melhora sua movimentação, seja para desviar de ataques com Esquivar, seja para se mover por superfícies não sólidas com Equilíbrio.

Malandro

Os Malandros recebem Ataque Furtivo para suas duas especializações, seja a urbana (Gatuno), seja a selvagem (Mateiro). Gatunos são mais ágeis, seja para melhorar suas defesas com Esquiva Sobrenatural seja para estarem mais alertas e agirem antes dos outros com Reação. No 5º nível podem ter Ataque Extra ou melhorarem alguma perícia com Vivido. No último patamar, são mais mortíferos podendo derrubar mais fáceis seus inimigos com Golpe Final ou acertarem mais facilmente com Esperto.

Mateiros podem ter um Ambiente Familiar onde são mais resistentes (mais vida) ou então causarem mais dano com Alerta. Também podem escolher, no 5º nível, terem um Ataque Extra ou melhorarem alguma perícia com Andarilho. Já no 8º nível podem impor alguma condição a algum inimigo atingido quando optem pela habilidade Ponto Fraco, ou então, atacarem mais facilmente algum inimigo se escolherem Sagaz como habilidade.

Sábio

Sábio são vistos como líderes e referências em várias áreas. Para representar isso possuem a habilidade Inspirar onde concedem ao menos um sucesso a algum aliado. Entretanto, não são bons lutadores como as demais profissões, recebendo somente 1 de ataque em seu nível inicial (ao contrário do 2 padrão).

Sábios podem ser Artistas, escolhendo, no 2º nível, entre ajudar na recuperação dos aliados usando sua Recuperação Assistida ou descobrirem a vida atual de algum adversário com a habilidade Observador. No próximo patamar eles podem usar sua Alma Boêmia para ajudar seus aliados a se defenderem ou serem Sábio e imporem penalidades na defesa dos inimigos. Da mesma maneira podem ajudar aliados ou atrapalhar inimigos, respectivamente, com Atuação e Zombador no 8º nível.

Os Mestres podem, no nível 2, descobrirem alguma habilidade ou outra característica especial de um inimigo com Perspicaz ou, então, ajudar no deslocamento do grupo com Inabalável. No 5º nível podem escolher entre permitir aos aliados darem mais dano com Estrategista, ou usando Intimidado, fazerem os ataques inimigos causarem menos dano. Por fim, no 8º nível podem, através de sua presença, impor penalidade nas defesas inimigas, Aura de Líder, ou aumentar a defesa dos aliados com Moral.

Iniciado

Iniciados são conjuradores focados, recebendo mais magias desde o 1º nível. É uma das poucas profissões que possui três especializações. Magos podem escolher Corromper o Éter para terem acesso a qualquer magia ao preço da vida ao seu redor. Ou então terem mais defesa mágica com Conexão Mágica. No 5º nível podem aumentar sua vida com Proteção Arcana ou ver o plano Astral com vislumbre Astral. No 8º nível as escolhas são Magia Poderosa ou Levitação.

Os Feiticeiros possuem a magia em seu sangue e, no nível 2 podem Corromper o Éter como os Magos ou ter Magia Intrínseca e ignorar qualquer componente para suas magias. No 5º nível podem Absorver Vitalidade de qualquer personagem ferido próximo a ele. Ou podem ver o plano Etéreo com Vislumbre Etéreo. Por fim, escolhem entre Azarar os inimigos ou possuir um Corpo Elemental.

O último Iniciado é um pouco polêmico, visto lidar com a morte de uma maneira não usual. Necromantes podem ter um Familiar no primeiro patamar de habilidades, ou Corromper o Éter como as outras especializações. No 5º nível podem ver no escuro com Vislumbre na Escuridão ou Drenar Vida de qualquer personagem que toque. No 8º nível podem ter mais vida com Amigo da Morte ou então se transformarem em Névoa.

Gambiarrista

Essa é a profissão dos inventores criativos e curiosos. Com Tralhas e Trecos podem, desde o início, alguns itens simples, sejam engenhocas ou alquimias. Além de conseguirem pagar menos por armas de fogo.

Engenhoqueiros, no nível 2, possuem Mãos Treinadas para recarregarem armas de fogo ou ativarem engenhocas mais rapidamente ou são mestres no Improviso para usarem os materiais ao seu redor para resolverem problemas simples. No nível 5 podem ser Engenhoqueiros Experientes e trabalhar com engenhocas simples mais rapidamente ou terem Ataque Extra. No 8º nível poderão ter Protótipos mais resistentes ou Aterrorizar seus adversários.

Alquimistas podem ter um pequeno Arsenal no 2º nível ou causarem mais dano com alquimias e armas de fogo com a habilidade Letal. No 5º nível podem trabalhar mais rapidamente em suas alquimias se escolherem Alquimista Experiente ou terem um Ataque Extra. Por fim, podem ter um Elixir Poderoso para aumentar em +1 algum de seus atributos mentais ou sociais ou, então, durar mais em combate com Suplementação Especial

Engenhocas e Alquimias

Como é uma regra importante para a profissão de Gambiarrista, engenhocas e alquimias possuem regras próprias para criação e uso. As regras são simples e funcionam muito mais como diretrizes para que mestres e jogadores sejam criativos e, também, ponderados.

 

Como é possível ver, são poucas habilidades para serem escolhidas e seus efeitos são simples. Isso facilita muito a construção e evolução do personagem, bem como sua interpretação. Na próxima publicação falaremos sobre as demais escolhas que compõem os personagens.

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Night’s Black Agents – Guia de Personagem

Neste post você confere o Guia de Criação de Personagem para o RPG Night’s Black Agents!

Night’s Black Agents é um jogo de RPG com foco em investigação, mistério e tramas ardilosas envolvendo vampiros.

O RPG Night’s Black Agents é uma publicação, no Brasil, da New Order Editora, primeiramente publicado pela Pelgrane Press.

Sobre o livro

Night’s Black Agents traz os mesmos mecanismos do sistema GUMSHOE, mesmo sistema de Rastros de Cthulhu.

Ele traz o suspense eletrizante de espionagem, combinando a paranoia dinâmica de filmes e ao horror sobrenatural inspirado em Bram Stoker. Dessa forma, investigação se torna um elemento crucial, porém sem atrapalhar as cenas de ação explosivas.

Night’s Black Agents traz os horrores clássicos góticos para a era pós-moderna.

Night’s Black Agents – Guia de Personagem

A criação de personagens em Night’s Black Agents envolve os outros jogadores num processo colaborativo que tem o intuito de montar uma equipe robusta e capaz de lidar com qualquer coisa que a Diretora invente.

Cada agente deve brilhar em uma ou mais áreas de especialização e, ao mesmo tempo, cobrir as deficiências dos outros personagens.

O processo se divide em quatro passos gerais:

  • Escolha uma ou mais Formações.
  • Escolha suas habilidades Investigativas.
  • Escolha suas habilidades Gerais.
  • Crie uma personalidade e um dossiê.

Bem como você também tem a alternativa de começar com a personalidade e o dossiê do seu agente e, em seguida, selecionar Formações e habilidades condizentes para complementar esses elementos.

Pontos de Criação

Antes de começarmos, devo reforçar que a criação de personagens em Night’s Black Agents é um processo para ser feito em grupo, o ideal é que o narrador ou Diretor(a) como é chamado no livro, bem como todos os jogadores estejam juntos nesse processo de criação.

Isso porque a quantidade de jogadores fixos influencia na quantidade de pontos de criação que todos ganharão.

Por exemplo, uma mesa com 2 jogadores fixos, cada um deles começa com 32 pontos, já uma mesa com 4 jogadores, cada um deles começa com 22 pontos.

Porque me refiro a jogadores fixos, porque caso tenha jogadores que participem de vez em quando, eles não entram nesse cálculo.

Por exemplo, sua mesa tem 3 jogadores fixos e mais uma vaga que sempre muda ou a pessoa joga de vez em quando. Cada um deles terá 24 pontos de criação.

Escolha uma formação

Primeiramente você deve escolher uma formação, considere ela como um pequeníssimo resumo da sua vida “cotidiana” antes de ver o mundo por trás das cortinas.

Você pode escolher alguma das formações prontas que o livro traz, ao custo de 6 pontos de habilidades investigativas e 18 pontos de habilidades gerais. Lembrando que você pode escolher até duas, misturando tudo.

Além da formação, o seu personagem já começa com 10 pontos na habilidade geral Cobertura e 15 pontos na habilidade geral Rede.

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Nossa personagem se chamará Louise Carson. Para ela vamos pegar a formação de Investigador, ela era uma agente da CIA.

Assim, além de pegarmos várias habilidades da formação padrão, também ganhamos 15 pontos em Rede e 10 pontos em Cobertura.

Escolha suas habilidades investigativas

Como disse antes, o processo de criação de personagem em Night’s Black Agents é um processo feito em grupo. Isso porque o livro recomenta de a Diretora assegure que todas as habilidades investigativas estejam distribuídas nas fichas dos jogadores.

Não necessariamente que um jogador tenha todas, mas que o grupo tenha como um todo se complete e tenha acesso a todas as habilidades investigativas.

De acordo com a tabela de Pontos de Criação acima, cada jogador começa o jogo com uma quantidade de pontos de criação conforme o número de jogadores fixos.

Esse vai diminuindo conforme há mais jogadores, sendo de 32 a 20 pontos.

Para comprar habilidades, cada nível tem o custo de 1 ponto.

Você também ganha 1 ponto em Manhã e Ofício

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Como estamos no processo de criação, vamos imaginar que temos duas pessoas em nossa mesa, que é o mínimo recomendado pelo livro. Então temos 32 pontos de criação investigativos.

Para a Agente Carson, então 32 pontos, temos que descontar 6 pontos pela escolha da formação de investigação, restando 24 pontos para gastarmos.

As habilidades investigativas que a formação de Investigador nos dá são as seguintes:

Burocracia 1 / Direito 1 / Interrogatório 1 / Observação 2 /Trato Policial 1

Vamos então gastar o restante de nossos 24 pontos e ao final ficamos assim:

Acadêmicas: Arquitetura 1 / Busca 2 / Criminologia 3 / Direito 1 / História da Arte 1 / Ocultismo 2 / Vampirologia 2

Interpessoais: Alta Sociedade 1 / Burocracia 1 / Detecção de Lorotas 2 / Flerte 1/ Interrogatório 1 / Intimidação 1 / Manhã 1 / Negociação 1 / Ofício 1 / Trato Policial 2

Técnicas: Análise de Dados 1/ Criptografia 1 / Falsificação 1 (IDs) / Fotografia 1 / Observação 2 / Patologia Forense 2/ Recuperação de Dados 1 / Sobrevivência na Cidade 2 (Achar esconderijo)

Escolha suas habilidades gerais

Habilidades gerais usam uma regra um pouco diferente das habilidades investigativas, nelas não existe um número ideal. É interessante focar em coisas que o seu personagem seja bom e realmente ser.

Você começa o processo de criação com 70 pontos para gastar e, caso tenha pego uma formação pronta, deve descontar os 18 pontos antes de tudo.

Lembrando da regra de que, a sua segunda perícia mais alta precisa ter ao menos metade dos pontos gastos com a primeira perícia mais alta.

Por exemplo, você colocou 20 pontos em Medicina do Combate, é a sua habilidade geral mais alta, dessa forma, você precisa colocar ao menos 10 pontos em uma outra habilidade geral qualquer.

Você não pode ter, digamos 20 pontos em uma perícia e a sua segunda mais alta ser um com 6 pontos, ela precisará ter ao menos 10 pontos.

Lembrando também que as habilidades de Cobertura e Rede não entram não entram nessa lista, mas Estabilidade e Vitalidade entram, as quais o seu personagem começa com 4 pontos gratuitos em cada uma delas.

Cobertura é a habilidade de você puxar identidades falsas, documentos e mesmo a caracterização, para utilizar nas aventuras. Você precisa deslocar pontos para uma identidade falsa e utilizará dessa reserva para passar em testes.

Rede tem o mesmo fundamento, é a habilidade de você ter um contato certo, no lugar certo, que talvez consiga aquela coisa que você precisa, desde armas, esconderijo, carros ou informações.

Além disso, sempre que uma habilidade geral tiver mais de 8 pontos, você poderá escolher uma habilidade especial que pode ser utilizada como um bônus.

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Para nossa agente Carson, precisamos descontar os 18 pontos da formação Investigador, o que nos deixa com 52 pontos para gastar.

As habilidades gerais que a formação de Investigador nos dá são as seguintes:

Corpo a Corpo 6 / Disfarce 2 / Infiltração 2 / Monitoramento 6 / Sentir Perigo 2

Agora vamos gastar nossos 52 pontos da seguinte maneira.

Primeiramente vamos elevar nossa vitalidade e estabilidade, deixando assim:

Estabilidade 10 (4 que já temos mais 6 pontos)

Vitalidade 14 (4 pontos que já temos mais 10 pontos)

Dessa forma, nos restam para distribuir 36 pontos, no fim fica dessa forma:

Armas Brancas 3 / Artefatos Explosivos 2 / Atletismo 8 / Cobertura 10 / Condução 2 (Carros) / Corpo a Corpo 6 / Disfarce 2 / Infiltração 2 / Invasão Digital 2 / Medicina de Combate 4 / Monitoramento 6 / Ocultação 2 / Pilotagem 2 (Helicóptero) / Psicoterapia 1 / Punga 2 / Rede 15 / Sentir Perigo 2 / Tiro 8

*Os pontos de Cobertura e Rede não distribuirei, deixo para que vocês o façam quando utilizarem a Agente Carson em suas mesas.

Mas um exemplo é: Temos 10 pontos de Cobertura, deslocaremos 4 pontos para uma identidade falsa que ela utilizou por muitos anos, que é a da Profª Elizabeth Grey, uma estudiosa da história da arte e arquitetura antigas.

Assim ainda restariam 6 pontos para outras identidades, que serão necessárias ao longo da aventura.

AQS (Arma, Quadro ou Serviço)

Além das suas habilidades descritas acima, você precisa selecionar a sua AQS. Ela é a sua especialização, seu talento especial, não importa sua formação.

Você pode escolher 1 habilidade geral para ser a sua AQS, essa especialização não mudará mais. O livro aconselha que cada jogador tenha uma AQS diferente, para que suas habilidades possam se completar e não haver duplicidade.

Uma vez por sessão de jogo você pode recorrer a sua AQS para ter sucesso automático em uma ação. Por exemplo, se sua AQS for Artefatos Explosivos, você consegue, sem precisar de qualquer teste, desarmar uma bomba prestes a explodir, com o seu alicate de unha.

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Para a Agente Carson, escolheremos Artefatos Explosivos, sua carreira na força policial começou muito cedo, com ela, no meio da sua carreira, indo para as forças especiais da Swat, aprendendo muito sobre explosivos.

Toque pessoal

Os toques finais dependem um pouco da campanha que será jogada, por isso repito a criação de personagens em Night’s Black Agents deve ser feita em grupo, com o narrador.

Aqui você deverá escolher uma fonte de Estabilidade para o seu personagem, basicamente é o que você se agarra para restaurar a sua sanidade.

Escolher sua motivação, o que faz o seu personagem continuar nessa luta aparentemente sem fim contra as forças das trevas.

E definir a Confiança do seu personagem, que é quanto você confia nos agentes ao seu redor, esse possui regras mais elaboradas, que vamos falar abaixo.

Fontes de estabilidade

São as coisas e as pessoas que mantém você são perante as loucuras e violência do mundo atrás do véu. Você deve escolher 1 para cada tipo, que são: Símbolo; Consolo e Segurança.

O símbolo

Ele é uma representação não humana de algo ou alguém que você valoriza, como por exemplo um símbolo religioso, uma bandeira do seu país ou uma foto de uma pessoa querida que faleceu.

Ficar em contato com o seu símbolo por alguns minutos faz você recuperar 1 ponto de Estabilidade, caso você o perca e não consiga recuperá-lo, você perde esse ponto até que consiga ter contato com o símbolo novamente.

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A agente Carson carrega sempre consigo as dog tags de sua namorada, Joana Bertzel, morta em uma operação militar.

O Consolo

Diferente do símbolo, o consolo é a pessoa que você procura quando precisa de calor humano, por exemplo sua namorada, um barman camarada etc.

Contudo você não pode usar os seus colegas agentes como consolo, visto que eles enfrentam os mesmos pesadelos que você.

Se você passar 6 horas com o seu consolo, você recupera imediatamente 2 pontos de Estabilidade, bem como se passar um dia inteiro, você recupera toda a sua Estabilidade.

Contudo, se o seu consolo trair você, perderá 2 pontos de Estabilidade e se ele for transformado em vampiro ou acabar morto, perderá 3!

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Desde a morte da sua namorada, Carson não consegue manter um relacionamento sério com ninguém, por isso sempre que precisa de calor humano procura Karen, uma prostituta que sempre a atende, elas mantem um contato muito próximo sempre que podem.

Segurança

É o local ou indivíduo que lhe traz segurança, que você correria para lá sem pensar, por exemplo um chalé de um amigo em um local isolado, um apartamento que ninguém sabe que é seu ou a casa da sua mãe.

Saber que esse local é seguro e que você pode voltar para lá, faz com que você consiga superar o dia a dia. Dessa forma, sempre que, ao final da sessão, o seu local seguro continuar intacto, você recupera 1 ponto de Estabilidade.

Além disso, se conseguir chegar no seu local seguro, ele será considerado um refúgio e você pode recuperar a reserva completa de até 3 habilidades Gerais, bem como pode recuperar toda a sua reserva de Estabilidade.

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Desde a morte da sua namorada, o apartamento de Joana está sendo mantido por Carter, que envia secretamente dinheiro para a mãe de Joana. Quando ela não aguenta mais a loucura do mundo, vai até o local para se refugir das trevas e mergulhar nas lembranças.

 

Motivação

Todo o agente tem uma motivação, algo que o incentiva, que o direciona e guia suas ações. As motivações pedem que os jogadores tomem decisões covardes e maçantes, não é necessário um ato insensato ou suicida, mas que eles hajam com coragem e inciativa, como um protagonista.

Caso o jogador se recuse a agir de acordo com a sua motivação, o narrador pode colocar uma penalidade de estresse, fazendo com que todos os testes aumentem em 1 ponto.

Contudo, se ele por iniciativa mergulhar na sua motivação, poderá recuperar 1 ou 2 pontos de sua reserva de habilidades gerais.

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Sua falecida namorada Joana, junto com todo o seu esquadrão de 12 soldados foi morto sob circunstâncias sigilosas. O enterro foi feito com caixão fechado e o reconhecimento do corpo dado pelo Gerenal Palmier. Carson suspeita que algo aconteceu com Joana naquela missão de resgate de reféns do terrorismo, algo que todos estão tentando encobrir, mas vai descobrir a verdade, custe o que custar.

 

Confiança

A confiança, em Night’s Black Agents se mede através de pontos. Elas serve para deixar claro e “visual” o quanto você confia nos seus parceiros, também pode se dizer que mede com qual você tem mais afinidade.

Você começa o processo de criação de personagem com 5 pontos para gastar com seus colegas de profissão.

A regra para esse gasto é simples. A personagem que você mais confiará recebe 3 pontos, obrigatoriamente. Em seguida, escolha aquele em quem você menos confia e atribua Confiança 0 a seu
relacionamento com esse agente.

Designe Confiança 1 a seu relacionamento com até dois outros membros da equipe. Se você tiver menos de quatro colegas na equipe, a Confiança excedente será perdida.

Se tiver apenas um colega de equipe, cada um de vocês atribuirá automaticamente ao outro Confiança 3.

Essa pontuação só mudará se um trair o outro.

Por exemplo, você e mais dois jogadores vão participar da aventura, considere você, o jogador A, mais o Jogador B e o C. Você dará 3 pontos para um dos jogadores, digamos o C, automaticamente o jogador B ficará com 0 de confiança.

Além disso, os pontos excedentes são perdidos.

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Agente Carson está investigando a algumas cenas de crime muito suspeitas com seu parceiro de longa data, o Agente Nodison. Dessa forma, ela atribui a ele 3 pontos de confiança, os dois pontos excedentes são perdidos.

Terminando seu dossiê

Para finalizar nosso guia de criação de personagens para o RPG Night’s Black Agents, você deve completar o seu dossiê, não é necessário finalizá-lo completamente agora, mas faça um esboço interessante e misterioso do seu agente.

Quem sabe coloque mistério, romance e ação, um drama. Conte coisas do passado dele e, como orienta o livro, coloque tarjas pretas por cima, para dar o ar de confidencialidade.

Depois disso, bom, você terminou o processo, agora é a investigação!

Por fim

Mas e aí?

Ficou interessado no Night’s Black Agents?

Posso dizer que gostei muito da mecânica do jogo, do processo de criação de personagem e de como é conduzida a narrativa.

Certamente vou adotar algumas temáticas nas minhas mesas de RPG, para dar mais vida aos personagens!

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Guia de Criação de Personagem – Orbe de Libra – parte 1

Anteriormente realizei a resenha do cenário de Orbe de Libra onde, juntamente ao cenário, há as regras de seu sistema TropiCAOS. Esta é a primeira parte das três que comporão o Guia de Criação de Personagens de Orbe de Libra.

Neste guia transportarei meu personagem da Guilda (veja a playlist com todos os episódios aqui), Cysgod é um elfo pálido caçador e que é responsável por toda a marcenaria da vila. Isso facilitará muito meu trabalho, visto já me responder todas as perguntas introdutórias feitas no início do capítulo de criação . Agora vamos seguir os passos de criação constantes no livro.

Passo 1: Atributos e subatributos

Os atributos básicos possuem valores de -2 a 6 para personagens jogadores e são Força, Vigor, Agilidade, Sabedoria, Astúcia e Porte. Embora os nomes sejam similares aos de sistemas d20, as funções dos atributos diferem um pouco.

Força, além do uso habitual para dano e feitos físicos, também, está incluído no cálculo dos Pontos de Vida – PV do personagem. Vigor é contabilizado na Defesa. Agilidade é usado para ataques à distância, defesa, reflexos e reações.

Sabedoria representa a percepção sensorial, bem como, o conhecimento empírico do personagem. O que difere da Astúcia que representa o raciocínio e o conhecimento estudado. Por fim, o Porte representa a capacidade social e de influência do personagem.

Os jogadores possuem 8 pontos para distribuir entre os 6 atributos básicos, respeitando-se o limite de 4 pontos máximos num único atributo (depois dos ajustes raciais). Há a possibilidade de se retirar um ponto de um único atributo para colocar em outro. Considerando que Cysgod é um elfo (e posteriormente receberá os ajustes raciais) o farei, inicialmente, com 3 pontos em Agilidade. Representando seu foco como arqueiro.

Cysgod aguenta bem ferimentos e tem uma boa capacidade para seguir rastros, principalmente quando caça. Assim, Vigor merece receber um valor 3 e Sabedoria 2. Os demais atributos são normais, sem qualquer destaque ou defeito.

Descontarei -1 em Vigor e porei +1 em Agilidade devido os ajustes racias (os quais abordarei mais à frente). Desta forma, Cysgod ficará com os seguintes atributos: Força 0, Vigor 2, Agilidade 4, Sabedoria 2, Astúcia 0, Porte 0.

Atributos secundários ou subatributos

Os Pontos de Vida iniciais dos personagens seguem a fórmula: 8 + Força + Vigor; ou seja, Cysgod terá 10 PVs. Compartilhando os pontos de vida há Éter, que é a energia mística/mágica do mundo. Ou seja, quando alguma magia for lançada, independente do poder ou círculo mágico a que pertença, o conjurador consumirá 1 PV. Assim, o limite do uso do Éter é a quantidade de PVs que o personagem possuir.

A fórmula para o Ataque usa a base concedida pela classe mais a Força (para Lutar) ou Agilidade (para Atirar) do personagem contra a Defesa do alvo. Cysgod será um Mateiro (especialização de Malandro) que é o que melhor representa seu modo de vida de caçador. Assim, ele fica com 2 em Lutar e 6 em Atirar.

A Defesa é o resultado da média entre os valores de Agilidade e Vigor. No caso de Cysgod ficará com 3 em Defesa pois tem 4 em Agilidade e 2 em Vigor, sem contar os equipamentos. Já a Proteção advém de armaduras, escudos e similares.

Por fim, se anota o Tamanho, Movimento e Carga do personagem. O cálculo para a capacidade de Carga é igual a Vigor x 2 + tamanho da raça. Tamanho e Movimento são definidas pela raça escolhida.

 

Passo 2: Raça

Falando nas raças, o livro apresenta Humanos, Elfos, Meiosangues, Pequeninos, Anões, Agashis, Orcos, Draconianos e Isás. Para evitar repetições desnecessárias não falarei dos idiomas falados pelas raças visto que todos falam Levantino e sua língua racial. Também só mencionarei o Tamanho e Movimento quando este for diferente de 9 metros e aquele quando for diferente de Médio.

Humanos

Como praxe os humanos são a raça mais abundante e diversificada do mundo. Ou seja, o padrão da raça é não ter um único padrão. São equilibrados e portanto tem o alinhamento de Libra. Não possuem uma língua racial, falando como padrão somente a língua comum (Levantino). Pela sua versatilidade recebem 1 ponto de atributo para porem livremente em quaisquer dos 6 atributos básicos. Não recebendo qualquer penalidade em atributo.

Elfos

Os elfos de Libra são muitíssimos ligados à natureza e ao ambiente de seu nascimento e criação. Assim, adquirem características únicas para cada tipo de ambiente ou clima. Entretanto, todos possuem certas características gerais da raça, como terem alinhamento do Chaos e a recebem +1 em Agilidade ou Astúcia e -1 em Vigor ou Força (ambas à escolha do jogador.

Elfos dos pântanos e mangues podem receber a característica Anfíbio, inclusive lutando sem penalidades na água, ou Visão na Penumbra. Elfos das florestas e matas recebem 2 pontos de experiência a mais por sessão de jogo. Os montanheses possuem Visão Apurada a até 100 metros, conseguindo ler a até 25 metros. Dos rios e lagos sabem falar duas línguas adicionais. Os litorâneos recebem Anfíbio ou 1 PV a mais no primeiro nível. E os Urbanos não possuem bônus e sempre serão cinzas por causa de seu afastamento com o vínculo natural.

Os elfos de lugares quentes ou áridos 1 PV adicional no primeiro nível ou +2 em jogadas contra o calor; mesmas características que os elfos vindos de lugares frios recebem contra o frio. Os de campo ou cerrado recebem +2 nas iniciativas. Os elfos que vivem nas colinas conseguem carregar mais 4 pontos de Carga e, por fim, os elfos subterrâneos conseguem Ver no Escuro a até 15 metros.

Meiosangues

Com uma variação interessante no nome, os meio elfos de Libra são tidos como párias, sendo chamados de bastardos. Ou seja, ser um meiosangue em Libra é estar propenso a sofrer preconceito e a ser arrogante, porém, gracioso. Porém, o estigma de serem bastardos é tão forte que eles mesmo se categorizam, vivendo mais uma divisão.

Os Impuros nasceram diretamente do relacionamento entre elfos e humanos. Os Mestiços são descendentes de pais meiosangues e os Sanguefraco tiveram um dos pais mestiço e o outro um elfo ou humano. Tal ascendência tem efeitos mecânicos, com os Impuros recebendo 2 pontos adicionais de perícia, os Mestiços recebem +2 pontos de experiência por sessão e os Sanguefraco tem +1 PV no primeiro nível. Todos recebem 1 ponto livre em algum atributo e -1 em algum outro atributo.

Pequeninos

Os pequeninos Librianos possuem um ascendente comum com os humanos. De modo geral são muito similares aos pequeninos que estamos habituados em outros cenários. Priorizam comidas, festas e tranquilidade. Fala uma variação do Levatino, o Levatino Cantado. Seguem o alinhamento do equilíbrio de Libra, são de tamanho pequeno e possuem movimento de 6 metros. São Ligeiros, recebendo +1 em suas Defesas e tem +1 em Agilidade ou Vigor e -1 em Força. Não podem usar equipamentos, armaduras ou carregar itens de tamanho maior que Médio.

Anões

Interessantemente os anões de Libra são assexuados, possuindo uma forma de reprodução impar. Um novo anão “nasce” quando cada um de seus genitores tem uma parte do corpo removido e juntada com a de seu parceiro. Após algum tempo em estufas, a criança já consegue comer alimentos sólidos, visto que não são mamíferos mas sim como minerais vivos.

Seguem o alinhamento Ordoz, se deslocam 6 metros e são pequenos. Embora sejam considerados de tamanho médio para o uso de armas. Tem Visão no Escuro de 15 metros e +1 em Proteção devido à suas peles mineralizadas. Seus atributos dependem de qual linhagem pertençam. Os Forjanegra tem +1 em Força e -1 em Porte; os Pedrafosca tem +1 em Sabedoria ou Astúcia e recebem -1 em algum outro atributo. Os Pé-de-gelo possuem +1 em Vigor e -1 em Porte; já os Punhobronze tem +1 em Agilidade e -1 em qualquer outro atributo. Por fim, os Ruivopelo recebem +1 em Força e -1 em Agilidade.

Agashis

Sendo uma das duas raças exclusivas do cenário, os agashis habitam as cavernas do Grandeserto há muito tempo. Enxergam muito bem no escuro, tendo Visão no Escuro a até 30 metros. Entretanto, são sensíveis à luz da superfície, devendo estarem com óculos protetores. Porém, se expostos a luzes fortes sem tais óculos eles recebem a condição Cego. Essa raça de pele seca e escamosa, mas muito similar aos humanos também possuem Resistência de 100% a venenos e +1 em Agilidade. Sofrendo o redutor de -1 em Porte.

Orcos

Os orcos se organizam de forma tribal ou militarizada. São brutais e brutos, sendo nativos do continente de Casanova. São alinhados ao Chaos, tem Visão no Escuro de 15 metros, bônus de +1 dado no dano com armas grandes. Possuem +1 em Vigor ou Força e -1 em Sabedoria ou Astúcia.

Draconianos

Nascidos para serem espiões draconianos visto terem aparência humana e sangue dracônico. O estigma social e o abandono pelas outras raças os fizeram serem considerados uma raça quase  mítica pela maioria da população do continente. Embora humanos, possuem algum traço exótico e chamativo. Possuem +1 em Porte ou Astúcia e -1 em Sabedoria. Todos possuem uma baforada similar a dos dragões e ignoram 2 pontos de dano recebidos do mesmo tipo de sua baforada.

Isás

A raça mais exótica e estranha do continente de Casanova, possuem duas subespécies e uma organização matriarcal centrada na figura da Rainha. Suas características físicas remetem a formigas bípedes. Ambas subespécies seguem o alinhamento de Ordoz, demonstrando sua devoção à Rainha.

Isás terrestres são pequenas e rápidas, se movimentam a 10,5 metros. Recebem +1 em Vigor e -1 em Porte. Recebem 4 pontos adicionais para determinar sua capacidade de carga e tem um ataque de mordida com um fraco veneno.

Já Isás aladas são muito pequenas, podendo usar somente itens que lhes deem +1 de Proteção e itens muito pequenos, ou pequenos, mas com redutor. Pelo seu tamanho recebem +2 nas suas Defesas, +2 em Agilidade e -2 em Força. Voam a 10,5 e andam a 6 metros.

Estas são as raças de Orbe de Libra. Na próxima publicação falarei sobre as classes e ofícios.

Leia mais textos sobre os produtos da Craftando, clicando no link.

 

Night’s Black Agents – Resenha

Neste post você confere a resenha do RPG Night’s Black Agents!

Night’s Black Agents é um jogo de RPG com foco em investigação, mistério e tramas ardilosas envolvendo vampiros..

O RPG Night’s Black Agents é uma publicação, no Brasil, da New Order Editora, primeiramente publicado pela Pelgrane Press.

Sobre o livro

Night’s Black Agents traz os mesmos mecanismos do sistema GUMSHOE, mesmo sistema de Rastros de Cthulhu.

Ele traz o suspense eletrizante de espionagem, combinando a paranoia dinâmica de filmes e ao horror sobrenatural inspirado em Bram Stoker. Dessa forma, investigação se torna um elemento crucial, porém sem atrapalhar as cenas de ação explosivas.

Algo muito interessante no livro é a possibilidade de escolhes os graus que sua narrativa irá assumir.

O livro nos trás quatro estilos diferentes; Cinzas, Terra, Espelho e Prêmio. Com eles você define o grau de traição, realismo e ação das suas campanhas.

Além disso, o livro nos traz quatro tipos de vampiros: sobrenaturais, amaldiçoados, alienígenas e mutantes.
Bem como regras novas para, por exemplo, perseguições automobilísticas, parâmetros de jogo para armas e equipamento de espionagem.

Tudo que você precisa saber para criar cenários, desde uma prisão clandestina na Lituânia aos telhados em ruínas da Velha Praga.

Night’s Black Agents traz os horrores clássicos góticos para a era pós-moderna.

Coisas importantes

Além da criação de personagem, que trataremos em outro post, alguns pontos importantes que o livro nos traz é, por exemplo, a organização da sociedade vampírica.

Ela passa de um monte de seres bebedores de sangue, para uma sociedade regida por hierarquias muito bem estabelecidas, das quais estão enraizadas em todas as partes da sociedade humana.

Outro ponto interessante no livro é o sistema de “criação de cidades” onde o livro lhe incentiva a utilizar fatos reais dos locais onde os investigadores poderão achar pistas ou ter os momentos de ação para aumentar a imersão.

Assim, você além de ter uma cena que se passa em um local “real”, você traz mais detalhes a trama. Por exemplo, utilizar um local da sua própria cidade, um restaurante chique que todos conhecem e que é um ponto de encontro de vampiros ou de investigadores, ou de pessoas envolvidas com as tramas sobrenaturais.

As regras lhe permitem uma construção em duas formas, a rápida e rasteira, onde os investigadores, por exemplo, pegaram alguma informação e seguirão em frente.

Ou a lenta e tranquila, que é basicamente, por exemplo, onde a trama principal tomará cena.

Por fim

Ao fim do livro você encontra alguns cenários, histórias prontas, para poder jogar com seu grupo, elas podem ser utilizadas diretamente ou como fonte de inspiração.

Mas e aí?

Ficou interessado no Night’s Black Agents?

Posso dizer que gostei muito da mecânica do jogo, do processo de criação de personagem e de como é conduzida a narrativa.

Você encontra esse livro e muitos outros da linha Night’s Black Agents no site da Editora New Order, é só clicar no nosso cupom de desconto!


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Revista Aetherica

Infaernum — Resenha

Infærnum (ou Infaernum) é um jogo da Campfire Estúdio que ficou conhecido por ter tido um financiamento coletivo muito bem sucedido e por ter ganhado o Goblin de Ouro de Melhor Arte em 2023.

Mas do que se trata Infærnum?

Seis dias para o fim do mundo

O mote do jogo é o Apocalipse bíblico, com quatro cavaleiros, besta, reino prometido e tudo o mais. Os jogadores encarnam pessoas comuns que são pegas na reta final do fim do mundo, e precisam tentar sobreviver e serem aceitas na Terra Prometida.

Inærnum não é o que se pode chamar de “OSR”, mas traz um conceito que aparece em vários OSR indies que é “você é o que você tem”. Basicamente, você rola alguns dados, consulta algumas tabelas, e seu personagem está pronto.

Por exemplo: seguindo as tabelas do livro eu rolo 11, 17, 4, 7 e 6. Minha personagem será Abigail, alguém que carrega o peso de muitas mortes, conhece e lida com o oculto, tem dificuldade de pensar estrategicamente e traz consigo um jogo de cartas marcadas, um cachimbo, um pouco de fumo e uma adaga que permite controlar a alma de quem for ferido por ela.

A ideia é gastar pouco tempo com isso. Como veremos adiante, Infærnum não se propõe a campanhas longas, então não temos muito tempo para nos apegarmos aos personagens (em seis dias o mundo acaba, afinal). É rolar os dados despretensiosamente e sair jogando.

Arte

Arrisco dizer que Infærnum é o livro de RPG nacional mais bonito que eu já vi. Não é à toa que ganharam um prêmio. Foi merecido.

O livro não esconde sua influência do gringo Mörk Borg, jogo conhecido por ter ser bem radical em termos de design comparado a outros livros de RPG (a influência se estende também na inclusão de caracteres especiais no nome do jogo que eu tenho que ficar copiando e colando porque meu teclado não digita, mas estou divagando aqui).

O design de Infærnum é primoroso. Cada página poderia ser um pôster ou um fundo para tela. A composição gráfica procura reforçar o clima do jogo, não só através de ilustrações, mas da própria diagramação. Já vi algumas pessoas dizendo que isso atrapalha um pouco a leitura, que é mais difícil se concentrar (já ouvi a mesma coisa do Mörk Borg também, inclusive). Talvez uma versão do livro apenas em texto pudesse ajudar nesses casos (e no caso de pessoas que usam auxiliares de leitura também).

EDIT: um dos autores nos passou a informação de que existe sim uma versão com diagramação mais simples e com texto selecionável para facilitar a leitura disponível no Campfire Clube.

Sistema

O sistema de Infærnum é simples e orientado para narrativa. Em qualquer ação que possa exigir um teste, você rola 3d6. Cada dado determina um acontecimento que, de acordo com o resultado, pode ser uma Desgraça, um acontecimento neutro, uma Façanha ou um Milagre.

Façanhas e Milagres determinam acontecimentos positivos que podem botar a história pra frente. Desgraças geram Tormentos, que prejudicam seu personagem, mas não importa quantos Tormentos você acumula: seu personagem só morre quando você rola 666 nos 3d6.

Existem várias tabelas com acontecimentos aleatórios, palavras-chave, temas e outros tipos de oráculo. Além de serem usadas para que o narrador busque ideias durante a sessão, também servem para jogos solo ou de narrativa compartilhada.

Por fim

Em um cenário com jogos excelentes disputando espaço e atenção, certamente Infærnum se destaca em design, temática, mecânica e uma campanha curta para ser jogada em poucas sessões, ao som de metal extremo, com muito gore, humor, profanação e chutação de balde. E mesmo que você ou seu grupo não tenham intenção de experimentar este jogo, certamente ele renderá muitas ideias para outras campanhas, afinal, em qualquer cenário pode acontecer um apocalipse que vai destruir o mundo em seis dias. Fica o Desafio.

Infærnum pode ser adquirido assinando o Campfire Clube. Materiais gratuitos, incluindo uma versão fastplay podem ser encontradas no linktree do Campfire Estúdio.

Bom jogo!

 

Oeste Sombrio – Resenha

Oeste Sombrio é um jogo de RPG que mistura a aventura e selvageria da mitologia do Velho Oeste Americano com toques de terror e horror sobrenaturais característicos de obras do gênero, junto com um sistema e dinâmico, extremamente simples e capaz de proporcionar aventuras épicas e divertidas. Já conhece essa obra?

Oeste Sombrio – O Jogo

Misturando o Velho Oeste Americano com terror e horror sobrenatural, Oeste Sombrio tem game design de Jordan Tabosa, design de Jonas Marques, revisão de Bruno Palhano, edição de Fernando Machado e chega ao mercado agora em 2023 pela Covil Lúdico.

O livro terá 81 páginas, capa em papel cartonado com uma contracapa formando um desenho de cenário muito bacana. Contém todas as regras necessárias para jogar, e traz o inédito sistema 6 Balas (chamado de 6B), um mapa do cenário, ficha para criação de personagens, descrição do cenário e suas figuras notáveis.

Oeste Sombrio – Resenha

Tivemos acesso antecipado ao livro, e você não imagina a honra que foi ser o privilegiado da equipe a poder fazer essa resenha! Eu sinceramente gostei demais desse jogo, e estou muito empolgado em narrar uma mesa na nossa Twitch pra vocês conhecerem mais! Mas até lá, vamos ao que você vai encontrar nesse livro!

Capítulo 1 – Bem-vindos ao Oeste Sombrio

Um micro capítulo, apresentando a ideia do jogo e a velha explicação sobre o que é um RPG (afinal, sempre é a primeira vez de alguém jogando).

Capítulo 2 – Criando o Personagem

O segundo capítulo do livro já engrena no jogo de fato, trazendo as regras de como criar seu personagem (e que é extremamente simples e rápida) e as regras de perícias.

Capítulo 3 – O Sistema 6 Balas

O terceiro capítulo do livro traz o novíssimo e dinâmico Sistema 6 Balas, ou apenas 6B para abreviar.

Simulando o dinamismo e a velocidade característicos das obras de Western Spaghetti (aqueles clássicos filmes de faroeste feitos na Itália que deixaram Clint Eastwood muito famoso), o 6B utiliza uma mecânica de pré-rolagens chamado Dados Decisivos que permitem à quem joga e à quem narre ter um maior controle sobre os resultados e eficácias das ações, de forma rápida e com rolagens minimalistas.

Além disso, há também as Fichas do Destino (que na sugestão do livro são fichas de poker de quatro cores, mas que podem ser substituídas por cartas de baralho ou outros tipos de marcadores variados) que permitem uma série de efeitos sobre os testes (e que lembram bastante a ajuda das cartas da lives da Twitch).

Embora os Dados Decisivos sejam sempre os d6, o jogo também faz uso de outros dados do conjunto, com a notória exceção do famigerado d20!

Além dessas regras do 6B e das Fichas do Destino, o capítulo também traz as regras sobre Magia e Rituais (estamos falando de um cenário fantasioso, afinal de contas!), que aqui podem ser Vodu, Alquimia, Xamanismo, Magia das Trevas ou Fé e Religião.

Capítulo 4 – O Cenário

Toda a descrição do cenário de Oeste Sombrio está neste quarto capítulo, a região de Nova Jordana. Uma breve descrição do cenário, com um mapa bem desenhado de todas as localidades para facilitar a vida de quem se aventurar a narrar!

Além disso, traz as figuras mais importantes de cada região, os quatro principais desafios que a mesa pode vir a enfrentar: os Quatro Juízes.

Esse capítulo também traz uma lista de equipamentos, itens mágicos, tabela de custos e recompensas e muito material que vai ser de grande auxílio para às pessoas que narrarem suas histórias aqui.

Minha Opinião Pessoal

Agora vem aquele momento de falar o que eu, particularmente, achei do material e de tudo mais.

Esse jogo é incrível! Simples assim!

O sistema 6B me lembrou demais alguns pontos de Shadowrun das antigas (como a pilha de dados, aqui representada pelos Dados Decisivos), mas a ideia das Fichas de Destino traz um dinamismo muito maior para a jogabilidade! Claro, o fato de resumir todos os testes à uma rolagem de dado somada ao dado decisivo, valores de perícias e afins contra uma dificuldade alvo, me cativou e encantou! É como se o Storyteller tivesse se encontrado com 3D&T Alpha, viajassem no tempo e tivessem um filho no Velho Oeste Americano!

Como bom fã de terror e horror, o cenário e sua proposta sombria também foram fatores muito decisivos no meu gostar do jogo! Claro que sou um bom adorador de Western (e um dos meus filmes e  trilhas sonoras favoritas da vida são justamente de Young Guns 2 – Jovens Demais Para Morrer) e juntar as duas ideias nesse cenário foi algo que eu sempre quis e nem sabia!

O livro é pequeno, simples e de fácil leitura! As ilustrações são incríveis, e dão o tom perfeito e exato da obra, mas infelizmente não consegui encontrar no livro nenhuma informação de crédito à pessoa (ou pessoas) que fizeram as ilustrações.

Oeste Sombrio sem dúvidas está entre as melhores ideias de jogos de 2023, e eu espero de todo o coração que, quando você adquirir o seu, goste e se empolgue tanto quanto eu com essa obra maravilhosa nas mãos!

Mas não deixe de continuar acompanhando aqui o MRPG! Afinal de contas eu não parei aqui, e tem muita coisa bacana ainda esse ano por vir! Teremos Mar de Mortos em sua terceira temporada, juntamente com Sombras do Passado, nossa mesa de Império de Jade com Marcela Alban e Bernardo Stamato! Tem os textos da Liga das Trevas, os materiais da Teikoku Toshokan, os perigos da Área de Tormenta e muito mais!

Orbe de Libra – Resenha

Orbe de Libra é um cenário escrito por Vinicius Peres e publicado pela Craftando Jogos. O título traz a clássica fantasia medieval europeia a um cenário sul-americano, com maior foco no Brasil.

O livro tem 230 páginas com belíssimas ilustrações (a grande maioria) que transmitem o tom de fantasia sul-americana proposta. Inicialmente o título apresenta as intenções e inspirações do autor através de um breve prefácio e de algumas páginas que remetem à arte de cordel.

Cenário

No primeiro capítulo há a história do cenário e suas quatro eras. Assim, é possível entender o que ocorreu com o mundo e qual foi o caminho que os povos de Casanova percorreram até chegar ao momento atual do cenário. Inclusive apresentando alguns importantes conceitos do mundo.

Conhecemos, no capítulo 2, as terras do continente de Casanova e seus muitos povos e nações. Com boas e satisfatórias descrições é possível entender as referências e insinuações do texto com as situações de nosso próprio mundo, segundo a visão do autor.

Os povos de 31 nações espalhados por 11 regiões de Casanova são bem descritos e ilustrados em aproximadamente 70 páginas.  Ao final do capítulo há um belo mapa do continente; embora eu tenha sentido falta de um mapa político.

Personagens

No capítulo 3, temos o passo a passo da criação de personagens (melhor explicado num próximo texto). São sete passos simples, que permitem criar personagens temáticos com o cenário e que misturam o medieval clássico com fantasia sul-americana.

No capítulo 4 conhecemos as nove principais raças de Casanova: humanos, elfos, meiosangues (meio elfos), pequeninos, anões, agashis (exclusiva), orcos, draconianos e isás (exclusiva). As raças são bem adaptadas de um outro sistema para Orbe de Libra. Além da adição de duas boas raças exclusivas, dando uma cor interessante ao cenário.

Isás são uma das raças exclusivas do cenário

O capítulo 5 aborda as classes e ofícios do cenário. O termo classe só é usado por tradição rpgística, pois o termo ofícios se enquadra muito melhor com a proposta do cenário. O jogo apresenta sete opções de  ofícios (além de suas especializações). Totaliza, assim, 63 combinações básicas para a escolha de seu personagem. Portanto, é um bom número para um livro básico de um sistema próprio.

Aqui conhecemos o Valente e suas especializações, Guerreiro, Capanga ou Bruxo. Também há o Devoto (Milagreiro ou Missionário); o Desperto (Xamã ou Místico); Malandro (Gatuno ou Mateiro); Sábio (Artista ou Mestre); Iniciado (Mago, Feiticeiro ou Necromante); e, por fim, o Gambiarrista (Engenhoqueiro ou Alquimista) que possui uma pequena seção com regras específicas para criação de engenhocas e alquimias.

O capítulo 6 trata das perícias. Aqui, Orbe de Libra mostra a simplicidade de seu sistema adotando seis níveis de treinamento ou experiência para cada perícia: Inábil, Aprendiz, Profissional, Especialista, Mestre e Lenda.

As perícias dividem-se em três grupos: Conhecimento e Técnicas (Cura, História, Investigação, Ocultismo e Religião), Sociais e Esportivos (Etiqueta, Manha e Performance) e Talentos e Sobrevivência (Furtividade, Ofícios, Percepção e Sobrevivência). Por outro lado, realiza-se os testes físicos rolando-se diretamente dos atributos Força e Vigor.

Equipamentos e recursos

O capítulo 7 explica, brevemente, o funcionamento das moedas e do câmbio no jogo, além do nome das moedas locais. Também, explica-se as regras sobre equipamentos, cargas, armaduras e armas. Diferente da maioria dos RPGs, o sistema de Orbe de Libra, o TropiCAOS, tem regra de avaria de armaduras e seu reparo.

Há boas ilustrações das armas, inclusive com algumas sendo de temática sul-americana. A variedade de armas é boa, com boas opções para combate corpo-a-corpo ou à distância, inclusive de armas de fogo.

As armaduras possuem uma divisão em quatro classes, tendo proporcionalidade entre proteção oferecida e penalidade ao usá-las. Dentro de cada classe os diferentes tipos de armadura possuem efeito meramente estético, não havendo mudança de regras entre usar uma armadura acolchoada ou lamelar. A mesma regra se aplica aos escudos.

O capítulo se encerra com a lista de equipamentos e quatro kits (matuto, estudioso, aventureiro e fanático) que muito facilita na hora de se fazer a ficha de personagem.

Sistema

No capítulo 8 conhecemos, enfim, as regras do sistema TropiCAOS. Inicia-se com uma breve explicação de alguns termos e siglas, após se tem explicações de como os testes funcionam, sejam de atributos, de defesa ou resistidos.

O sistema utiliza rolagens de “poll” de dados, exclusivamente os dados comuns de 6 faces. Quando se tira 6 nos dados eles oferecem +1 de bônus, mas que podem ser perdidos se for tirado algum “1”. Causa um pouco de estranheza a opção de que números pares são sucessos e não números maiores (geralmente sistemas baseados somente em d6, consideram 4, 5 e 6 como sucesso). Quando se atinge o número alvo (NA) de algum teste se obtém um sucesso parcial (50%) e se for superior o sucesso é total.

O sistema de progressão ocorre por distribuição dos pontos de experiência que, ao se atingir determinados patamares, faz o personagem subir de nível, sendo o 12º nível o maior do sistema. Para premiar os personagens (e jogadores) o Mestre do Jogo deve se ater a seis questionamentos; sendo três individuais e três para o grupo em conjunto. Cada questionamento pode render de 1 a 3 pontos.

Combate

O combate é dividido em quatro etapas: surpresa, iniciativa, ações e conclusão. Surpresa é uma situação muito penosa neste sistema, então o melhor é sempre estar o mais atento possível. Armas e similares afetam a iniciativa. Agora, as ações (padrão, bônus e livres) não são muito diferentes de outros sistemas, bem como ataques e proteção.

Uma regra interessante em Orbe de Libra é o uso de Éter para as magias. De forma breve ele funciona como pontos heroicos ou de ação e fornecem sucesso, ou então, alguns efeitos simples durante o combate.

O capitulo termina com a explicação do dano de combate e de outros tipos de dano; bem como sobre condições desvantajosas aos personagens. De forma geral o sistema é simples e funciona bem, não sendo complicado nem mesmo para iniciantes.

Regras auxiliares

O capítulo 9 trata de Religiosidade e Fé. Inicialmente o que chama atenção em Orbe de Libra é a ausência de deuses, embora haja outras manifestações de energia e poder do cosmo, como santos, entidades e orixás. As crenças no cenário derivam e se atém, em algum grau, ao encontro das forças de Chaos e Ordoz.

A manifestação da fé ocorre através do Éter. O qual é tratado no capítulo 10 do mesmo modo que explicações sobre as ordens místicas, funcionamento das magias, rituais e artefatos mágicos. O capítulo termina com uma lista de poucas, mas bem caracterizadas e abrangentes magias.

O capítulo 11 traz o bestiário, com explicação de regras para criação de suas próprias criaturas. Todas as criaturas apresentadas são da nossa fauna real ou mitológica, com alguns monstros sendo versões “abrasileiradas” de inimigos clássicos do RPG.

O capítulo 12 traz dicas e regras alternativas para mestres. Conta, também, com exemplos de manifestações culturais do cenário e seus biomas. Tudo escrito de forma simples e direta.

O livro traz os conceitos clássicos medievais para a atmosfera de uma fantasia sulamericana para conceitos clássicos medievais. É simples de ler e fácil de entender e é completo em si mesmo.

*

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Symbaroum – Resenha

Symbaroum é o nome do novo jogo de RPG que chegará em versão brasileira pela Tria Editora. Originalmente lançado na Suécia, ganhando depois uma versão americana e agora enfim chegando ao Brasil, Symbaroum traz um sistema que é ao mesmo tempo familiar e novo, assim como um cenário que parece familiar em vários pontos, e totalmente inédito em vários outros.

Symbaroum – O Jogo

Criado originalmente por Mattias Johnsson Haake e Mattias Lilja e lançado na Suíça em 2016 pela Free League Publishing, o jogo traz um mundo de fantasia medieval sombria, com nuances mais realistas que os típicos cenários aventureiros.

Com relativo sucesso na Europa, ganhou uma tradução para os Estados Unidos, o que fez o sucesso do jogo ser ainda maior, e o colocando em papel de destaque no mundo dos RPGs.

A Versão Brasileira

Com tradução de Bruno Mares e Calvin Semião, diagramação de Renê Ricardo e revisão de Carlos Vloet, a Tria Editora traz uma novíssima edição toda retrabalhada e com altíssima qualidade gráfica. Embora o jogo tenha recebido um financiamento coletivo anterior pela Pensamento Coletivo, o trabalho feito pela Tria Editora aqui começou do 0 e não tem relação nenhuma com esse projeto anterior.

O Módulo Básico do jogo tem a previsão de lançamento para Agosto de 2023. Sua pré-venda está aberta no site da Tria Editora, disponível tanto em versão física quanto em versão digital PDF, e também com um mapa em tecido Oxford com 60 x 75cm. Adquira o seu clicando AQUI.

Symbaroum – Resenha

Bom, mas então, o que podemos encontrar nesse livro? Symbaroum  é dividido em 4 grandes núcleos, que por sua vez se dividem em capítulos menores. Para não ficar extenso demais, vamos nos ater à resenha das divisões maiores e o seu conteúdo.

Livro 1: O Mundo de Symbaroum

Todo jogo de RPG tem seu cenário, com suas tramas cheias de profundidade, disputas políticas, divindades, grandes inimigos que ameaçam o mundo e tudo mais. Brilhantemente, o livro já começa te inserindo nesse mundo, e explicando detalhadamente do que se trata o jogo.

Ao longo de seus seis capítulos, somos apresentados ao mundo fantástico que serve de palco para Symbaroum (e aqui eu pretendo não dar muitos spoilers sobre isso, pois é um material muito legal), suas regiões principais, os pontos mais importantes da história até o momento do jogo, as raças e divisões políticas e muito mais.

Um livro inteiro dedicado à lore, geografias, mapas e descrições que não deixará nem o mais detalhista dos jogadores decepcionado, com certeza!

Livro 2: Guia do Jogador

O segundo livro é o material de regras para jogadores propriamente dito. Ao longo de seus dez capítulos, todo o material necessário para a criação de personagens está disponível! Da escolha do nome ais menores detalhes e peculiaridades possíveis para as personagens, tudo está muito bem descrito e, acima de tudo, ilustrado!

Explicação sobre os atributos e habilidades, além das listas e tabelas de magias e equipamentos, tudo que os jogadores precisam para se aventurar em Symbaroum está aqui!

Livro 3: Guia do Mestre de Jogo

E se os jogadores tem um livro só seu, claro que não seria diferente para aqueles que desejam se aventurar mestrando ou narrando Symbaroum, e é nesse capítulo que está todo esse material.

Com um total de seis capítulos, o livro traz o grosso das regras e mecânicas do jogo, suas propostas de resolução de conflitos, além de material sobre como criar e conduzir histórias em Symbaroum.

Esse livro também conta com um capítulo bestiário que traz algumas ameaças já prontas para uso. Um trabalho completo que vai deixar confortável para narrar até aquela pessoa que nunca teve contato com RPG na vida antes!

Aventura: A Terra Prometida

A cereja do bolo desse jogo, certamente, é o adendo de uma aventura totalmente pronta e desenhadinha pra você imergir e entender muito mais como funcionam o mundo e as mecânicas de Symbaroum, e é um material perfeito para quem nunca jogou RPG ou deseja se aventurar em um novo sistema/cenário.

Essa aventura te pega pela mão e te conduz pelos meandros do livro, finalizando de forma a deixar tudo muito bem explicado e a mesa toda preparada para aventuras ainda mais elaboradas e de alto nível.

Minha Opinião Pessoal

Agora vem aquele momento de falar o que eu, particularmente, achei do material e de tudo mais.

Bom, confesso que a primeira reação foi aquela velha e boa torcida de nariz e o pensamento preconceituoso de “ah, lá vem mais um clone genérico de D20 com fantasia medieval” (e sim, me julguem, mas eu já peguei ranço de D&D e semelhantes kkkkkkkkk). Reação essa que foi posta bem de lado já dando uma boa olhada em todo o material (apenas olhar, sem ler).

O livro é ricamente ilustrado, e praticamente todas as páginas do livro tem algum tipo de ilustração. Seja uma textura estilizada, um fundo de cor diferente ou uma imagem de página completa, o trabalho artístico desse livro é praticamente surreal de tão bem-feito e bonito!

Começando a ler, fiquei realmente satisfeito de começar pela explanação completa do cenário, sua história, seus mapas e suas figuras importantes. Isso me fez entender melhor a proposta do jogo, e quando cheguei na parte das regras, o preconceito já tinha vindo todo por terra e eu estava realmente curioso pra saber como eles fariam essa mecânica funcionar de fato!

O fato o jogo usar o tradicional conjunto de dados do D20 System com base (os tradicionais d4, d6, d8, d10, d12 e d20), a mecânica de jogo vai bem além disso, e uma uma metodologia bem única pra resolução de conflitos. O fato de você ter de tirar um número MENOR que o valor de desafio, por sí só, já quebra quase toda a dinâmica estabelecida pelos sistemas que se baseiam no D20 (o que eu, particularmente, achei sensacional).

Não bastasse tudo isso, o visual medieval gótico do jogo lembra um pouco o teor de obras que misturam a fantasia em um mundo que se baseia mais no realismo, como Game of Thrones: os elementos fantásticos estão lá, mas os eventos mundanos ainda são os mais importantes.

A estética diferenciada, a mecânica inovadora e o trabalho de tradução impecável da Tria Editora tornaram esse jogo, pra mim, um must buy absoluto.

 

Mas não deixe de continuar acompanhando aqui o MRPG! Afinal de contas eu não parei aqui, e tem muita coisa bacana ainda esse ano por vir! Teremos Mar de Mortos em sua terceira temporada, juntamente com Sombras do Passado, nossa mesa de Império de Jade com Marcela Alban e Bernardo Stamato! Tem os textos da Liga das Trevas, os materiais da Teikoku Toshokan, os perigos da Área de Tormenta e muito mais!

 

Aburei RPG – Resenha

Em Maio de 2023, foi iniciado o projeto de Financiamento Coletivo para Aburei RPG, um RPG indie criado por Lucas Nascimento. O cenário é ambientado em um mundo sobrevivente após 3 apocalipses e que depois de tantos cataclismas, a linha entre o espiritual e o físico ficou mais tênue e transformando os espíritos em coisas terríveis, corrompidas.

Aburei RPG

Aburei RPG é um sistema próprio, mas que bebe muito da fonte de outros sistemas de RPGs como Storyteller Dungeons and Dragons. Seu sistema funciona primariamente com três dados 1d10, mas com o sistema de crítico não sendo com o maior número tirado, mas com a repetição do mesmo resultado nos três dados, o que é bastante curioso e diferente.

O sistema tem cinco atributos; Oru, Agilidade, Físico,  Mente Sentidos. Todos esses atributos tem maneiras de você perder, mas também há outras habilidades que aumentam seus valores nesses atributos. O valor dele depende da Espécie do personagem e recebem mais bônus conforme ele progride em nível e recebe mais profissões.

Porém, em vez de mana ou um limite por dia, algumas habilidades tem custo de Mente para serem utilizadas, levando os personagens a pouparem ou conseguirem recuperar estes pontos para executarem mais ações.

Os Elementos

Em Aburei, há Elementos Naturais Elementos Superiores. Os Elementos Naturais são as forças da natureza, presentes no ambiente, como água, fogo e vento. Elementos Superiores, forças mais etéreas e que são produzidas pelos corpos e espíritos, como espírito, luz e sonho.

Os Elementos são importantes para o aprendizado de feitiços. Já que boa parte das Espécies de Aburei está ligada com um ou mais elementos e podem aprender habilidades destes elementos com mais facilidade.

As Espécies

Aburei tem 25 espécies próprias e bastante diferenciadas para serem escolhidas. Cada uma delas tem variação de altura e peso e raças dentro delas, que se diferenciam em habilidades. Cada espécie progride de maneira diferente, recebendo diferentes habilidades e bônus.

Portanto, dentre elas, algumas que me chamaram atenção são os Corotic, Entes Ciborgues que são autômatos que utilizam de matéria biológica como bateria. Heya são seres baseados em sons e os Veloxin, aracnídeos arcanos.

As espécies em Aburei são muito diversas e diferentes entre sí!

As Classes

No jogo, temos 9 classes que não são as principais responsáveis pelo progresso do personagem. Diferente de outros RPGs, esse progresso vem com a espécie.

As classes em Aburei são mais profissões do que um arquétipo de personagem em si. Cada classe dá acesso a uma habilidade passiva e algumas habilidades próprias.

Combate

O Combate em Aburei funciona como boa parte dos RPG de mesa, você tem um valor fixo de Iniciativa e, em cada Ato (Que seria um turno). Você pode executar uma ação comum e uma ação especial e se deslocar no seu valor de deslocamento.

Entre as ações, temos as Ações comuns que são atacar, carregar ou preparar e ações especiais são normalmente utilizadas para lançar habilidades ou feitiços.

Portanto, algo curioso é que há três meios diferentes de se defender de um ataque. É possível Aparar o ataque, fazendo um ataque oposto ao do seu inimigo, mas só pode ser usado uma vez por ato.

Além disso, também pode Bloquear, em que você faz uma jogada com metade do seu valor de físico contra o ataque inimigo, mas que não é possível caso algum efeito ultrapasse coisas físicas.

Por fim, a Esquiva aonde você faz um teste de Agilidade contra o ataque, porém quando usado contra ataques em área depende do tamanho da criatura e quão distante da área de efeito ela está.

Sentimentos

Sentimentos muito fortes influenciam não apenas na mente mas também no corpo da criatura. Afeto, Alegria e Amor trazem benefícios enquanto outros como Culpa, Decepção e Insegurança trazem efeitos negativos. Essa interação me lembra muito a perca de sanidade do jogo de computador Darkest Dungeons, em que a pressão da masmorra leva os personagens a terem penalidade ou bônus por enfrentarem essas condições.

O Mundo

Aburei é um mundo sobrevivente de vários cataclismas. O primeiro deles ocorrendo após uma grande infusão de Orua energia espiritual, no mundo via algum tipo de armamento. Após esse cataclisma, criaturas mutantes derivadas do Oru começaram a surgir, se tornando espécies comuns.

Após isto, o segundo cataclisma ocorreu após uma guerra entre espécies, os Khali, que estavam experimentando com o Oru em mutantes de maneira proposital e sendo rechaçadas pela demais espécies. A guerra moldou o mundo em algo diferente do que era, sendo considerado o segundo apocalipse.

O terceiro apocalipse ocorre no pós-guerra do segundo apocalipse, mutantes gerados para o conflito ameaçavam a população após terem perdido o seu propósito e diminuindo a possibilidade de sobrevivência, levando populações a se mudarem para o subterrâneo, dependendo de aventureiros para sobreviverem e buscarem recursos e suprimentos. Apesar dos perigos, a vida no subterrâneo estava florescendo, até o aparecimento da Cidadela, que trouxe o terceiro apocalipse.

Depois dos cataclismas, o mundo em Aburei não foi mais o mesmo.

A Cidadela

Criada pela espécie dos Khali novamente, a cidadela era a capital deste espécie e centro de registro de feitiços. Ela se ergueu acima dos céus para preservar o conhecimento da espécie após a guerra que ocasionou o segundo cataclisma.

Visando limpar a corrupção de Oru ocasionada após diversos tempos de Guerra, a Cidadela visou explodir diversas cidades, dando inicio a terceira guerra, chamada de Chuva de Meteoros. E que foi o ultimo cataclisma que se tem noticia.

Conclusão

Aburei, para mim, é uma prova do quão talentoso e criativo é a comunidade de RPG brasileira. São notáveis as referências que o artista bebe em seu mundo, mas elas não estão ali apenas para ser legal, mas são parte do mundo em si.

Particularmente, amo cenários com criaturas humanoides e um ou outro monstro para se derrotar, com elfos, anões e outras raças normais. Mas em Aburei, mesmo que tenha os humanos comuns e outras raças que se assemelham com o que já temos em mundos de fantasia, a linha entre “monstro” e criatura “comum” é tão tênue que é pouco visível no cenário. Quando vi a arte pela primeira vez fiquei muito curioso e queria conhecer mais sobre esse sistema e cenário, e não me arrependi de entrar e conhecer! Algo assim, mais excêntrico e diferente me deixa muito feliz de ver e gostaria muito de ver como o cenário evoluirá no futuro.

Aburei está em suas ultimas semanas no Catarse, considere apoiar no link da campanha do Financiamento Coletivo https://www.catarse.me/aburei_rpg com acesso a um fastplay para você poder jogar e testar.


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Texto: Gustavo “AutoPeel” Estrela

Revisão: Edu Filhote

Arte da Capa: Juaum Artwork

Cthulhu Pulp – Resenha

Neste post você confere a resenha do livro Cthulhu Pulp!

Cthulhu Pulp é um suplemento para o jogo de RPG Chamado de Cthulhu, mantem o foco em suspense e terror pessoal, contudo com mais ação, inclusive combates, a maior referência é a Pulp Fiction ou histórias Pulp.

O RPG Chamado de Cthulhu é baseado nas obras de H.P. Lovecraft em que horrores antigos, em seu “torpor”, ou acordados, interferem na realidade e existência.

O livro Cthulhu Pulp tem 276 páginas, totalmente colorido, ele conta com detalhes da cultura pulp, um processo de criação de personagens dentro desse contexto, além de detalhes sobre organizações, sobre a narrativa na temática pulp e a história dos anos 30.

Você encontra também quatro cenários, aventuras, ambientadas em Cthulhu Pulp!

Cthulhu e a Cultura Pulp

A cultura pulp, ou melhor, pulp fiction, é o termo dado as publicações baratas e de baixa qualidade de material. Elas foram muito populares nos Estados Unidos desde 1896 até o final da década de 1950.

O termo Pulp derivou do papel em que as revistas eram impressas, faz referência a um formato de encadernação barata e popular.

Elas eram revistas especializadas em narrativas e histórias em quadrinhos de diferentes gêneros da literatura de ficção.

As revistas pulp abrangiam uma diversidade de temas e gêneros literários. Podíamos encontrar histórias policiais, horror, ficção científica, westerns, eróticas.

Cthulhu Pulp é um suplemento de regras para que você crie histórias ambientadas nos mythos. Porém em uma visão pulp, com combates dramáticos, explosões e muito horror.

Tudo isso ambientado na década de 30, regado a depressão americana, polícia corrupta, máfia, casos inexplicáveis de assassinatos e muitas teorias da conspiração.

Criando seu investigador pulp

Essa é uma sessão muito importante do livro do livro base e neste suplemento não poderia ser diferente.

Nela você cria o seu investigador, o seu personagem jogador, que tentará descobrir os mistérios do universo, sem cair na insanidade.

Os passos para criação do seu personagem são simples, porém exigem um pouquinho do uso de matemática, mas fica tranquilo, são só as operações básicas mesmos.

A parte de criação de personagens em Cthulhu Pulp segue o mesmo princípio do livro base, porém traz a visão pulp, com novos antecedentes, novas magias e poderes, a ciência estranha etc.

Nesta resenha de Cthulhu Pulp não abordarei com maiores detalhes esse tema, visto que você encontra um passo a passo bem completo de como criar o seu investigador no nosso guia, só clicar no link abaixo!

Guia de Criação de Personagem para Chamado de Cthulhu

Ciência Estranha

O acesso a invenções, engenhoca e outras tecnologias maravilhosas geralmente é um conceito importante em histórias pulp.

O livro Cthulhu Pulp permitem que o Guardião determine o quão louca é a ciência em seus jogos, além de apresentar uma série de engenhocas utilizáveis nas suas histórias.

O Guardião nivela o nível da tecnologia estranha de acordo com o nível de Pulp de sua campanha ou cenário.

Em cenários com baixo nível de cultura pulp, engenhocas e ciência estranha devem ser coisas raras, talvez aparecendo apenas nas mãos ou garras de grandes vilões e monstros.

A abrangência da ciência estranha é determinada pelo Guardião, que deve decidir se os heróis têm acesso a engenhocas de ciência estranha e se conseguem construí-las.

Investigando os mistérios dos Mythos nos anos 30

Nos capítulos “Narrando jogos Pulp” e “Os Anos 30” são abordadas todas as regras necessárias para que jogadores e narrador tirem o melhor do livro.

Dessa forma, é interessante que ambos leiam estas regras, mas indispensável que o narrador as conheça muito bem.

O Guardião encontra várias dicas, por exemplo, como abordar as tramas e temas pulp dentro da sua narrativa, além de algumas ideais de temas e sobre o que descrever.

Além disso, no capítulo sobre os anos 30, há vários tópicos sobre os eventos que marcaram essa década. Por exemplo, a grande depressão, New Deal, várias gírias utilizadas na época etc.

Logo após o capítulo sobre os anos 30, Cthulhu Pulp traz uma série de exemplos de vilões para serem usados nos seus cenários!

Divirta-se.

Por fim

Ao fim do livro você encontra alguns cenários, histórias prontas, para poder jogar com seu grupo, elas podem ser utilizadas diretamente ou como fonte de inspiração.

Mas e aí?

Ficou interessado em Cthulhu Pulp?

Posso dizer que gosto muito da mecânica do jogo, do processo de criação de personagem e de como o guardião conduz a narrativa do livro básico.

O suplemento de regras traz uma mecânica mais ousada a narrativa e a participação dos jogadores, que, ao invés de sairem correndo, agora podem encarar e lutar contra os horrores.

Se isso é uma coisa boa para os personagens? Bom, você precisa descobrir, mas posso dizer que enfrentar seres milenares de poderes incomensuráveis vai ser difícil, não importa a época que você esteja jogando.

Você encontra esse livro e muitos outros da linha Chamado de Cthulhu no site da Editora New Order, é só clicar no nosso cupom de desconto!


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