O Caminho – Resenha

Neste post você confere a resenha do jogo O Caminho RPG!

O Caminho é um jogo de RPG com foco em interpretação, com uma criação de personagens muito rápida e bem dinâmica. Ele tem como foco fantasia medieval, mas pode ser facilmente adaptado para qualquer tipo de cenário!

Sobre O Caminho RPG

O Caminho RPG é, com certeza, diferente de tudo que você já viu.

Foi desenvolvido por Fernando Fenero e Silvio Haddad exclusivamente para a New Order Editora.

Quando você pensa em um sistema de RPG, logo vem a imagem de um livro, com 300 e muitas páginas, vários capítulos, uma ficha e um processo de criação de personagens, com características, distribuição de pontos etc.

Assim, esse processo de criação de personagem pode ser algo relativamente simples ou bastante complexo.

Esquece tudo isso, O Caminho RPG é diferente de tudo isso? Como?

Ele traz um sistema completo, um processo simples de criação de personagem e uma aventura com um mapa, tudo isso em um marca páginas!

Em síntese, é isso, é um marca páginas que nas suas duas faces tem um sistema genérico de RPG.

Eu explico.

O Sistema

Agora vamos as regras.

O Caminho do Aço

Todo o sistema é muito simples, você joga com dados de 6 lados, dois deles na verdade.

Primeiramente você deve escolher o nome do seu personagem.

Em seguida deve escolher em entre dois caminhos, o caminho do aço e o caminho da magia.

Escolha o caminho do aço e em todos os testes físicos e de combate você tem vantagem, você joga 2d6.

Do mesmo modo, se escolher o caminho da magia, você terá vantagens em testes de conhecimento e magia, jogando 2d6 nesses casos.

Mas lembre-se, você só pode escolher um caminho para o seu personagem.

Para todos os outros testes você joga 1d6.

O Caminho da Magia

Por exemplo, um personagem que escolheu o caminho do aço está tentando derrubar uma porta, ele joga 2d6, já que tem vantagem em testes físicos.

Caso ele tente entender algumas runas antigas, joga 1d6, visto que não tem vantagem para isso.

Regra mestre

A regra mestre do jogo é simples, toda vez que você se deparar com uma situação que precise de um teste, algo que seja desafiador de alguma maneira, você rola os dados.

Caso seja algo relacionado ao seu caminho, você joga 2d6 e escolhe o melhor resultado, caso contrário, só rola 1d6.

Os resultados 1, 2 e 3 são falhas, enquanto 4, 5 e 6 são sucessos.

Caso você tire 1 nos dois dados, é considerado uma falha crítica, alguma consequência terrível acontecerá. Porém dois sucessos, ou dois 6’s nos dados não quer dizer que algo incrível vá acontecer, isso fica a cargo do narrador.

O Oráculo

Outra possibilidade ao jogador é poder perguntar ao Oráculo, ou narrador, qualquer dúvida. Ele rola um d6, resultados pares são um SIM, você terá uma resposta. Resultados ímpares são um NÂO, você não terá nenhuma resposta ou ela não será o que você espera.

Sopro da Vida

Esse é o motivo, na minha opinião, de ser um sistema tão simples e rápido para se criar um personagem.

Todo personagem começa com 3 pontos de vida. Sim, só isso.

Cada vez que você falhar em um teste que envolva dano ou combate você perde 1 ponto de vida.

Dessa forma, em um combate, de acordo com esse sistema de falhas, os inimigos não rolam dados. Os ataques e danos causados pelos inimigos são relacionados a suas falhas.

Por exemplo, um mago está cruzando um rio, passando pela ponte que liga suas margens, quando é emboscado por dois bandidos.

O mago conjura um relâmpago, ele rola os dados, 2d6, e consegue um sucesso. O relâmpago acerta um dos bandidos e acaba com sua vida.

Após, ele diz conjurar um novo relâmpago, porém falha. O narrador então diz que o bandido atira uma faca no mago, o que o impede de lançar o feitiço e causa 1 de dano.

Além disso, você recupera um ponto de vida por dia de descanso.

Uma regra opcional

Essa é uma regra opcional que adotei narrando O Caminho no MRPG, para que o narrador também possa rolar dados em um combate.

Como no sistema O Caminho RPG não há regras para os inimigos, criei a seguinte regra.

Os inimigos tem pontos de vida definidos pelo narrador, de acordo com a dificuldade  do encontro. Além disso, todos os inimigos, em combate, rolam 2d6. Eles seguem as mesmas regras do sistema, 1, 2 e 3 são falhas, 4, 5 e 6 são sucessos, bem como dois 1s são falhas críticas.

Em substituição ao sistema de falhas no combate do Caminho RPG, um teste em combate, relacionado a dano, claro, causa 1 ponto de dano. As falhas são somente falhas, porém falhas críticas ficam a cargo do narrador.

Por exemplo, em um combate, o guerreiro rola 2d6 para acertar com seu machado um golem de pedra, ele falha, não toma dano por isso. O golem de pedra então ataca o guerreiro, ele tem sucesso, causa 1 de dano no guerreiro.

O guerreiro então ataca novamente, ele tira dois 1’s, uma falha crítica. Algo interessante irá acontecer!

Por fim

Mas e aí?

Ficou interessado no O Caminho RPG?

Posso dizer que gostei muito da simplicidade do sistema, o processo de criação de personagem é muito rápido, você pensa no nome, escolhe o caminho e pronto.

Claro, tem a história do seu personagem, mas daí vai de cada um.

Além disso, você pode utilizar esse sistema para qualquer cenário que vier a sua cabeça. Desde a idade das cavernas até um cenário futurista, como Star Trek.

Isso é possível só substituindo os nomes dos caminhos, por exemplo, para uma aventura na idade das cavernas, coloque Caminho da pedra, que é a vantagem física e o Caminho da cabeça, que é o conhecimento e, quem sabe, a magia.

É futurista sua campanha? Então use, por exemplo, o Caminho da força e da tecnologia.

Os limites são os da sua imaginação!


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A Lenda de Ghanor RPG – Resenha

Em março de 2011 saia no Nerdcast, que já era um dos maiores podcasts brasileiros na época, o episódio intitulado “A Bruxa, A Princesa e o Dragão”. Motivados por uma campanha para promover Dragon Age 2, os criadores do site Alexandre Ottoni e Deive Pazos, deram os primeiros passos para criar o cenário que conhecemos hoje como o Reino de Ghanor, que se iniciou como um plano de fundo para se dar itens mágicos para os jogadores e se tornou algo muito maior do que era a intenção inicial do programa.

Confira a Quimera de Aventuras sobre a primeira parte do romance

Nos anos seguintes, saíram Guias Ilustrados e uma trilogia de romances, A Lenda de Ruff Ghanor, que contava a história do herói brevemente citado no primeiro episódio da primeira trilogia de episódios de RPG do podcast. Passaram os anos, saíram outros episódios de RPG em outros cenários (Cyberpunk e Cthulu), outros produtos desses outros cenários estavam sendo produzidos. Ghanor parecia esquecido com o enorme sucesso desses outros produtos, enquanto aguardávamos o lançamento de um quarto livro.

No último semestre de 2022, tudo mudou.

Além de outros anúncios envolvendo o cenário de Ghanor, teve um lançamento que veio das sombras, como um Ladino atacando furtivamente: A Lenda de Ghanor RPG, um livro de regras para se jogar no cenário, completamente compatível com Tormenta20 da Jambô Editora, ironicamente, a mesma publicadora do sistema de Dragon Age RPG no Brasil (que tem resenha AQUI).

Os fãs foram pegos de surpresa: agora, além de ler sobre o cenário, era possível jogar no cenário! Mas também houveram muitas dúvidas sobre do que se tratava o livro. Se era um livro de campanha apenas, se era um livro de regras com um sistema diferente, assim como Ordem Paranormal RPG ou se era um suplemento para Tormenta20.

Mas, agora, o livro já está em mãos e todas essas dúvidas, e mais, serão sanadas.

O Visual de Ghanor RPG

Antes de entrar na parte de mecânicas do livro, é necessário dedicar uma seção inteira dessa resenha para falar do que é um dos pontos altos do livro; as ilustrações.

O livro é completamente ilustrado, com imagens de classes, raças, ameaças, cenários e equipamentos. Algumas são reutilizadas do Guia Ilustrado Crônicas de Ghanor, mas a maior parte são artes próprias do livro que ilustram bem as características do cenário e do mundo de Ghanor.

O livro tem direção de arte de Dan Ramos e Vinicius Mendes, e conta com a participação de diversos artistas da comunidade que dão vida e cores para o mundo de Ghanor que previamente era apenas conhecida nas páginas dos romances. Diversas ilustrações retratam cenas dos livros, que mesmo sem o contexto, são incríveis, mas com os contextos das cenas ficam muito melhores. A arte do livro é primorosa, e muito bem feita.

As Mecânicas comparadas a Tormenta20

A Lenda de Ghanor RPG é tanto um livro básico próprio quanto um suplemento para Tormenta20, você pode utilizá-lo tanto sozinho, para se jogar como jogo, quanto como um suplemento para as campanhas de Tormenta. Por causa disto, durante a resenha, irei comparar o que do livro é semelhante ao sistema irmão, Tormenta20, e o que é próprio do livro. Se você já jogar Tormenta20, muita coisa já será bastante clara, mas também há bastante coisa nova para se aproveitar.

Esta resenha não vai conseguir se ater a tudo que há de novo no sistema, mas vamos focar nas principais partes.

Novas Raças, Classes e Origens

A Lenda de Ghanor RPG chega com sete raças para se jogar o sistema, sendo entre elas, seis inéditas para o sistema Tormenta20. Mesmo que algumas tenham o mesmo nome que raças já presentes em Tormenta20, que no caso são Humanos, Elfos e Anões, mesmo as duas últimas são completamente diferentes do sistema Tormenta20, e estão mais próximos a como essas raças se comportam no universo de Ghanor.

Além das citadas acima, temos Gigantes, humanoides enormes que pensam pouco e machucam muito. Hobgoblins, criaturas moldadas para o combate militar e associados à tirania do Dragão Vermelho Zamir. Meio-elfos, frutos da união entre humanoides e elfos, sendo o elo entre dois mundos diferentes e, por fim, Aberrantes, seres tocados pelo óleo negro que se transformaram em algo… diferente.

Enquanto temos muitas raças novas, as classes do jogo são bem parecidas com Tormenta20, porém houveram duas adições; O Mago e o Soldado.

O Mago é o conjurador arcano do sistema. Estudiosos da magia, a conjuram utilizando tradições arcanas que permitem que eles lancem suas magias das formas mais diversas possíveis, mas que também trazem o seu preço. O Mago é o equivalente do Arcanista do sistema Tormenta20.

O Soldado é o profissional de guerra, que se equipa para o ofício do combate e que é feito para melhor enfrentar as ameaças deste mundo, desde exércitos de outros reinos quanto criaturas aberrantes de reinos longínquos. O Soldado seria o mais próximo que teríamos do Guerreiro de Tormenta20, então podemos dizer que um é a contraparte do outro, mesmo que eles tenham mais diferenças entre si do que o Mago e o Arcanista.

Mesmo entre as classes já estabelecidas, há mudanças consideráveis nelas. Por exemplo o Clérigo, que é a única classe que pode ter devoção a um santo do cenário (diferente de Tormenta20, onde qualquer personagem pode ser devoto de um dos Vinte Deuses) e recebem poderes diferentes se seguirem uma norma.

Além das adições acima, as classes Lutador, Inventor e Paladino não estão presentes no livro.

O sistema de Origens de Ghanor é um dos maiores diferenciais entre A Lenda de Ghanor RPG e Tormenta20. Enquanto em Tormenta20 ao escolher uma origem você pode escolher perícias e poderes diferentes dentro de uma mesma origem, cada origem de A Lenda de Ghanor RPG te dá itens e um benefício fixo.

Novos Poderes

A Lenda de Ghanor RPG traz muitos poderes novos entre as categorias de Combate, Destino e Magia, além de novos poderes de classe, que não estão presentes em Tormenta20.

O livro não inclui Poderes Concedidos e Poderes da Tormenta, que são muito próprios do cenário de Arton, mas somos introduzidos aos Poderes de Fabricação, que te permite fabricar itens melhorados para utilizar com o seu personagem e para os aliados dele. Coisa que normalmente era delegada a classe Inventor em Tormenta20

Perícias, Equipamentos e Magias

A Lenda de Ghanor RPG tem todas as perícias já utilizadas em Tormenta20, mas tem duas a menos; Jogatina e Pilotagem. Além destas, todas as demais estão presentes e funcionam como em Tormenta20.

O livro traz uma lista de equipamentos gigantesca, com novas opções para quem está acostumado com as opções de Tormenta20. E além dos equipamentos, foi adicionada a mecânica de se contratar mercenários, aliados de um tipo específico que duram uma aventura ou uma cena junto com o seu personagem.

Na parte de magias, as magias não são mais divididas apenas em Arcana e Divina, mas cada classe conjuradora tem uma lista própria com as magias que pode utilizar. Assim há magias que um Mago com Tradição Abissal pode lançar, mas um Mago com Tradição Elemental não.

Domínios

Uma das coisas novas do livro é a mecânica de Domínio. Um espaço de terra em que um ou mais Personagens Jogadores podem dominar e administrar. Para quem curte jogar uma campanha de hexcrawl e de dominar terrenos, é uma ótima pedida. Cada domínio pode ter construções que concedem bônus ao regente do terreno e que demandam impostos do regente, e sempre que uma aventura se encerra, algo acontece no domínio.

Os domínios podem ter unidades militares que auxiliam o regente em aventuras e eles tem limitações determinadas por onde ele se encontra e que tipo de ambiente é ao redor.

Regras Opcionais

Além das mecânicas básicas, A Lenda de Ghanor RPG traz regras opcionais para se jogar campanhas no sistema.

Uma delas é a de Personagens de Nível 0, em que você inicia jogando com camponeses ou transeuntes comuns, que tem um primeiro contato com aventura e se tornam aventureiros, e a outra são de combates cruéis, em que a chance do seu personagem morrer ou não deixa de depender apenas de pontos de vida negativos, mas também da sorte em um teste de morte, que mesmo que você passe, pode deixar o seu personagem com sequelas permanentes.

A adição destas regras opcionais dão mais sabor a mecânica, fazendo seus jogadores começarem de uma maneira diferente, ou levarem combates que seriam tidos como rotineiros de uma maneira um pouco mais séria.

O Mundo de Ghanor

Caso você não saiba de nada do cenário, e nem tenha lido nenhum dos livros ou ouvido nenhum dos episódios do podcast, o Capítulo 9 – O Mundo de Ghanor explica tudo sobre o cenário, os reinos e os conflitos entre eles, permitindo que um mestre possa saber onde começar a sua campanha ou inspirar um jogador a dar uma origem ao seu personagem.

Por mais que tenha spoilers menores dos livros e dos episódios, a sua experiência não é comprometida lendo o capítulo. E como todo o resto do livro, ele é muito bem ilustrado para te dar o tom de como o cenário é.

Problemas no Lançamento

Mesmo sendo um ótimo livro, A Lenda de Ghanor RPG teve alguns problemas em seu lançamento, houve bastante confusão com coisas dissonantes dentro do livro, partes do livro que descrevem que um bônus é uma coisa, e outras que descrevem que é outra. Tabelas de classes que repetem uma informação e referências a perícias que não estão no livro. Nenhuma dessas coisas atrapalham a jogatina e com certeza serão consertadas em uma futura errata. Mas causou bastante burburinho na comunidade no lançamento no livro.

Também há coisas que não são bem claras como se utilizar com Tormenta20, por exemplo; o que o Meio-Elfo pode pegar caso utilize as origens de Tormenta20? O livro não traz respostas para como se utilizar de algumas coisas de um livro para o outro, mesmo que sejam compatíveis entre si.

Conclusão

A Lenda de Ghanor RPG é um livro básico próprio feito para fãs do cenário de Ghanor, seja pelos episódios de Nerdcast quanto pelos romances do Leonel Caldela. Fãs dos episódios do Nerdcast RPG que sempre quiseram jogar RPG e jogar no cenário vão aproveitar o livro por isso, mas veteranos em Tormenta20 vão aproveitar as novas regras e mecânicas que o livro apresenta para expandir os horizontes em suas mesas.

Como fã do cenário, folhear as páginas e ver cenários que antes ficaram apenas na mente e nas páginas é algo muito diferente e especial. A mecânica de Domínio é uma das melhores coisas que introduziram no sistema em muito tempo, o livro tem muita coisa boa para se falar e a única palavra que eu penso quando folheio ele é que o livro foi feito com muito carinho envolvido.

Eu conheci RPG pela primeira vez ouvindo o episódio 251, desde lá foi conhecendo cada vez mais, e com esse livro em minhas mãos, posso dizer sem dúvida; A Lenda de Ghanor RPG é uma carta de amor, um presente aos fãs do cenário, seja pelos episódios de podcast ou dos livros (Ou dos dois, porque não?) e, uma grata contribuição para quem joga Tormenta20.

Um passo a mais para que os jogadores, agora pelos seus personagens e suas histórias, tornem o mundo de Ghanor cada vez mais Verde e Bom. Ou cada vez mais fundo na perdição dos homens.


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Texto: Gustavo “AutoPeel” Estrela

Revisão: Edu Filhote

Arte da Capa: Juaum Artwork

Dragon Age RPG – Livro Básico – Resenha do Livro

Um dos maiores desafios de qualquer sistema de RPG adaptado a partir de outra mídia é conseguir manter a essência daquele mundo em suas mecânicas e aventuras. No caso de uma adaptação de videogame, o acomodamento das mecânicas de jogabilidade originais podem ser muitas vezes esquecidas, por razões óbvias.

Este não é o caso de Dragon Age RPG, que molda suas mecânicas quase que inteiramente a partir da jogabilidade de Dragon Age Origins, o primeiro jogo da franquia. Salvo algumas mudanças necessárias para equilibrar as três classes principais (guerreiros, ladinos, e magos), a maioria dos sistemas de Origins estão presentes no RPG de mesa.

Por exemplo, assim como no jogo, existe uma diferença entre defesa e armadura. Defesa equivale a chance do personagem de evitar completamente o dano de um ataque, enquanto armadura apenas diminui o dano sofrido pelo personagem caso seja incapaz de se esquivar.

Assim como em Origins, Defesa é calculada e melhorada principalmente através do atributo de destreza, e do tipo de escudo equipado. No caso do RPG de mesa, a defesa é calculada com a equação: 10 + seu valor de destreza + bônus do escudo.

Existem outras mecânicas que se assemelham as do jogo, mas, o mais importante a se notar aqui, é que fãs dos jogos eletrônicos de Dragon Age que já estejam familiarizados com as mecânicas do primeiro jogo, Dragon Age Origins, terão uma facilidade enorme em entender as pequenas mudanças do RPG de mesa.

O Mundo de Thedas

Então, definimos que as mecânicas do jogo se assemelham bastante as do videogame, mas e quanto ao resto? E quanto ao mundo de Dragon Age?

Além das classes (e suas especializações), Dragon Age RPG usa um sistema de “Históricos”, mesclando assim o que outros sistemas chamariam de “raças”, com o passado do seu personagem. Novamente, isto é similar ao sistema de origens do primeiro jogo, mas, enquanto no videogame haviam apenas seis opções (Humano Nobre, Mago, Elfo Valeano, Elfo da Cidade, Anão Nobre, e Anão Plebeu), o RPG de Mesa conta com incríveis vinte e nove opções!

Desde históricos mais “comuns”, como Mago Apóstata, Elfo Valeano, e Homem Livre Fereldano, até origens mais diferenciadas, que alcançam as nações e povos mais distantes do mundo de Thedas. Andarilho Antivano, Avvar, Aventureiro Nevarrano, Qunari Baresaad, Sobrevivente Ander, e até mesmo cidadãos das três classes sociais de Tevinter, sendo elas Soporati, Laetan, e Altus, são todas opções de histórico para personagens do RPG de mesa.

Desta forma, Dragon Age RPG dá aos seus jogadores e narradores a oportunidade de expandir este mundo para muito além do que já vimos nos jogos, as quais, até o momento, se limitam a Ferelden, Orlais, e a cidade livre de Kirkwall.

Além disso, para aqueles que quiserem se aproximar ainda mais do primeiro jogo, o RPG de mesa oferece regras também para que os jogadores possam se juntar aos lendários Guardiões Cinzentos, a guilda jurada em destruir as terríveis Proles das Trevas!

Façanhas

Até agora, eu falei bastante sobre como o RPG de mesa se mantém tanto fiel ao jogo eletrônico, e oferece opções mais do que suficientes para a expansão deste universo através da mente de seus narradores e jogadores, mas existe uma adição específica para as mecânicas do jogo que torna Dragon Age RPG diferente de qualquer outro RPG que eu já joguei, e este é o sistema das Façanhas!

Para fazer uma jogada de qualquer tipo em Dragon Age RPG usa-se três D6, ou seja, três dados de seis lados cada. Um destes dados, porém, precisa ser diferenciado, pois se trata do Dado do Dragão, o qual se relaciona diretamente ao sistema de façanhas.

Quando um jogador (ou o mestre), consegue resultados iguais em quaisquer dois dados de sua jogada, ele ganha um número de pontos de façanha igual ao resultado do Dado do Dragão. Usando estes pontos, o jogador pode, então, adicionar efeitos especiais para a sua jogada.

Um ataque pode causar mais dano, derrubar um oponente, ou até mesmo criar uma abertura para uma nova jogada de ataque, além de diversos outros efeitos. E, melhor ainda, não é apenas durante o combate que estas façanhas são relevantes.

Existem façanhas de exploração, interpretação, magias gerais e magias específicas para cada uma das quatro grandes escolas (Primal, Espiritual, Criação, e Entropia). Uma façanha específica que fãs de Dragon Age podem se interessar, conhecendo a fama da série, faz parte da tabela de interpretação, e custa quatro pontos:

FLERTAR: Escolha um personagem presente e faça imediatamente um teste oposto de COMUNICAÇÃO (SEDUÇÃO) contra VONTADE (DISCIPLINA). Se você vencer, o personagem fica enamorado por você, desde que a orientação sexual seja compatível. O que exatamente isto significa e como isso se desenvolve (ou desaba) em longo prazo fica a critério do mestre (ou do jogador, se esta façanha tiver como alvo um PJ), e depende de como você continua a agir. Contudo, se for bem-sucedido, você criou uma abertura para oportunidades românticas.

Conclusão

No fim das contas, Dragon Age RPG é uma ótima indicação para qualquer fã veterano da série, além de para fãs novatos. As regras são simples e fáceis de aprender, mas contém complexidade suficiente para a criação de personagens e aventuras extremamente distintas.

Enquanto existem apenas três grandes classes, o nível de personalização é gigantesco, com diversas opções de históricos, especializações, talentos, focos, habilidades, equipamentos, e, claro, magias para os magos, ao ponto que, mesmo que compartilhem a classe principal, dois personagens podem continuar sendo completamente diferentes um do outro.

Para o mestre, o livro básico traz uma quantidade tremenda de materiais para auxiliarem na preparação e aventuras. Existem capítulos sobre o universo de Thedas (mundo no qual Dragon Age se passa), funcionamento da magia, dicas e regras específicas para o mestre, grandes segredos deste universo, diversos adversários que existem e recompensas para os jogadores.

Quer este seja seu primeiro ou décimo sistema de RPG de Mesa, não precisa se preocupar, porque o livro não deixa nada a desejar. Como disse, o sistema quase todo se baseia nos dados D6, que são os mais comuns, então isso também já ajuda, e, em pouco tempo, todos já deverão estar acostumados ao sistema e ao que podem fazer nele.


Espero que tenham gostado, e que deem uma chance a este sistema maravilhoso. Esse foi o meu primeiro texto aqui no Movimento, eu sou o Guardião Cinzento, e lembrem-se:

Na Guerra, Vitória
Na Paz, Vigilância,
Na Morte, Sacrifício
e
Na Mesa, RPG

O Um Anel – Resenha

O Um Anel, o mais novo lançamento trazido pela Editora Devir está incrível. As ilustrações arrasam e passam todo o ar que as obras do Tolkien pedem. A divisão em 9 capítulos torna a consulta fácil e fluida, para todos acharem com facilidade o que precisam. Uma escrita leve e precisa, porém, muita capaz de te fazer crer está nos livros do autor. Portanto vamos pincelar cada capítulo, para sabermos o Precioso que teremos em mãos! O Um Anel, um jogo de RPG é baseado em O Hobbit e em O Senhor dos Anéis, duas obras extraordinárias de ficção do autor amado e acadêmico respeitado J. R. R. Tolkien.

Está é a segunda edição do livro, sendo a primeira lançada no ano de 2011, O Um Anel RPG – Aventuras Além do Limiar do Ermo. Este jogo premiado foi aclamado como a melhor tentativa de trazer a Terra Média para a mesa de jogo até o momento, graças às suas regras temáticas e atenção minuciosa aos detalhes. Dessa forma, por dez anos, os jogadores viajaram por toda a Terra Média, aventurando-se por várias décadas em tempo de jogo. Esta nova edição de O Um Anel traz os jogadores ainda mais para o Crepúsculo da Terceira Era com um conjunto de regras atualizadas e simplificadas, desenvolvidas ao longo de anos de retorno e opiniões dos jogadores e desenvolvimento de design, e uma apresentação gráfica inteiramente nova.

Aventurando-se na Terra Média

A princípio aventurar-se na Terra Média é como estar em qualquer cenário medieval. No entanto, a estrutura de jogo que O Um Anel traz deixa bem claro que não é bem assim.

Fase de Aventura e Fase de Sociedade

Tendo em vista que a passagem do tempo será frequente nas aventuras, foi estabelecido que haverá muita importância no que os Heróis-jogadores fazem em suas fases de Sociedade, ou seja nos períodos que eles apresentam ao Historiador suas ideias e intenções. Por exemplo, escolhendo onde vão descansar e decidindo o que farão enquanto estiverem por lá aproveitando a pausa, essa fase pode se desenvolver mais rapidamente, pois a maior parte dela será descritiva apenas. Sendo assim, a fase de Aventura não poderia ser mais clara, é a fase em que a ação acontece, e tende a ser desenvolvida mais vagarosamente, afinal os aventureiros podem levar mais tempo investigando, batalhando e etc…

As Ações

O conceito interessante de O Um Anel é que não existem turnos, como estamos acostumados na maioria dos sistemas. Então o que acontece são Cenas Descritivas, onde o Historiador irá definir se a jogada de dados é necessária ou não, as categorias que definem isso são:

  • Perigo
  • Conhecimento
  • Manipulação

Cenas

Em suma, podemos dizer que as cenas, funcionam da seguinte forma:

  • O Historiador descreve uma situação que exige que os jogadores tomem decisões.
  •  Os jogadores investigam a situação, considerando suas opções. Assim que houverem decidido, escolhem sua ação e a descrevem para o Historiador.
  • O Historiador avalia o plano dos jogadores e julga se deve apenas “dizer sim” e conceder-lhes o que desejam alcançar, ou pedir por uma jogada de dados.

Os Dados de O Um Anel

Contudo o sistema faz uso de um conjunto especializado de dados, incluindo seis dados de 6 lados, ou seja, Dados de Sucesso e dois dados de 12 lados com dois ícones especiais chamados de Dados de Façanha. Apesar de serem vendido separadamente, o conjunto de dados contém exatamente a quantidade certa de dados para uso no jogo, mas pode ser útil para os jogadores trazer alguns a mais, uma vez que será mais conveniente para cada jogador ter um conjunto de dados à mão.

Porém, se você já tem um conjunto de dados comuns que você usa para jogos, pode facilmente usá-los para O Um Anel. Basta lembrar que, nos Dados de Façanha de 12 lados, o 11 é o símbolo Olho de Sauron e o 12 é uma runa de Gandalf. Nos Dados de Sucesso de 6 lados, o 6 tem um símbolo élfico, o que representa um nível adicional de sucesso.

Fichas de Personagens de O Um Anel

Sabemos principalmente que a ficha do personagem tem relevância extraordinária. Sendo assim, o livro destina uma explicação detalhada das partes que compõem a ficha do personagem em O Um Anel. Tanto a ficha em PDF quanto a Ficha Editável, você encontra aqui.

Os Aventureiros

Enfim chegamos na parte mais legal do RPG, criar um personagem. Primeiramente, cada jogador deve escolher uma Cultura Heroica, selecionando a que está mais próxima do conceito de herói que se tem em mente. Todas as Culturas apresentadas neste volume pertencem aos Povos Livres, nações corajosas que recusam as trevas. São elas:

  • Anões do Povo de Durin
  • Bardeses
  • Elfos de Lindon
  • Hobbits do Condado
  • Homens de Bree
  • Patrulheiros do Norte

Depois de fazerem a sua escolha, seguem os próximos passos:

  • Registre sua Bênção Cultural
  • Determine seus Atributos, escolhendo um conjunto ou jogando um dado
  • Calcule seus Números Alvo
  • Calcule suas Estatísticas Derivadas
  • Registre seus valores de Perícias e Proficiências de Combate
  • Escolha suas Características Notáveis
  • Escolha um Nome e uma Idade

Em seguida, os jogadores finalizam seu personagem aplicando esses passos:

  • Escolha um Chamado entre Caçador de Tesouros, Campeão, Capitão, Erudito, Guardião e Mensageiro.
  • Gaste os pontos de Experiência Prévia
  • Escolha seu Equipamento inicial
  • Registre seus níveis de VALOR e SABEDORIA em 1 e escolha sua Recompensa e Virtude Inicial

A Companhia

“Procuro alguém para compartilhar uma aventura que estou planejando,
e é muito difícil encontrar alguém.”

Companheiros, são peças valiosíssimas em todas as situações. Por isso mesmo O Um Anel pede dedicação especial a essa parte. A criação da Companhia pode ser feita para encerrar uma sessão de criação de personagens, ou que pode ocorrer logo antes da primeira Fase de Aventura. Conforme os jogadores apresentam seus aventureiros e determinam as circunstâncias que os uniram, também trabalham em conjunto a formação da mesma. Pois o sistema aconselha que a Companhia já esteja junta há algum tempo quando o jogo começar. Para criar a Companhia, os jogadores e o Historiador podem seguir essa sequência:

  • Escolha um Patrono
  • Escolha um Refúgio Seguro
  • Determine o valor de Sociedade da Companhia
  • Escolha Focos de Sociedade

As Características

Ainda na composição do seu personagem, precisamos falar sobre outras características inerentes a um aventureiro como:

Perícias

Em O Um Anel, muita das ações são resolvidas usando uma Perícia, esteja o Herói-jogador atravessando terras tentando voltar para casa (Viagem), correndo de uma ameaça (Atletismo) ou ouvindo atentamente o discurso de um orador para pesar suas palavras (Discernimento). Em termos de jogo, as Perícias e seus níveis representam o que os Heróis-jogadores são capazes de fazer e o quão bons são em fazê-lo.

Proficiências de Combate

Os aventureiros começam com uma quantidade de níveis de Proficiência em Combate correspondentes à tradição marcial de sua Cultura de origem. Sendo assim as Proficiências de Combate expressam o quão bem os Heróis-jogadores se saem quando estão envolvidos em batalha.

Características Notáveis

Além disso temos a Características Notáveis que descrevem aspectos da constituição ou temperamento de um aventureiro, traços de personalidade ou peculiaridades físicas que lhes fornecem um nível descritivo adicional. Esses recursos ajudam os jogadores a imaginar seus aventureiros e incentivam uma interpretação mais profunda.

Resistência e Sabedoria

Resistência e Esperança são o que mantêm os aventureiros na estrada, dando-lhes reservas de energia e esse impulso adicional que as vezes é a única chance que um herói tem de prevalecer.

Padrão de Vida

Frequentemente os personagens de O Um Anel são acostumados a confiar em suas habilidades para encontrar sustento na natureza, portanto evitam de colocar as mãos em seus sacos de dinheiro. Para evitar a necessidade de regras excessivamente detalhadas para a economia, o jogo fornece a cada um deles um Padrão de Vida. Além de afetar o equipamento inicial de um herói, os Padrões de Vida entram em jogo sempre que é preciso determinar se um aventureiro pode pagar por algumas despesas, como comprar uma refeição na taverna ou pagar um pescador para alugar um barco.

Equipamento de Guerra

Enfim, todos os heróis começam sua carreira de aventureiros totalmente equipados com todo o equipamento de guerra que consideram mais adequado para uma vida de aventura.

O Valor e a Sabedoria

As tentações são muitas na Terra Média, além disso temos sempre seres nas sombras espreitando para corromper os de mente fraca. Sendo assim o sistema oferece uma saída para se proteger. Enquanto a Sabedoria expressa a confiança dos Heróis-jogadores em suas próprias capacidades, sua autoconfiança e capacidade de bom senso. O Valor, em contrapartida, é uma medida da coragem de um herói, temperada por atos perigosos. Indivíduos de valor estão dispostos a colocar-se em perigo para a segurança dos outros.

A Aventura

Como dito antes as fases de Aventura e Sociedade são distintas. Então falaremos da fase de Aventura, onde está concentrada a maior parte das ações. Uma Fase de Aventura média deve durar entre duas e três sessões de jogo, com cada sessão levando cerca de três horas de jogo. Seguindo basicamente a estrutura geral da grande maioria dos jogos:

  • Introdução
  • Cenas
  • Fim da Sessão

Porém em O Um Anel é sugerido três situações que compõe diretamente o funcionamento da Terra Média. Sendo elas:

  • Combate: O combate é o combate, não existe segredo nisso não é mesmo?
  • Conselho: Sempre que a Companhia se encontrar formalmente com NPCs, devem seguir algumas regras para obterem ou não ajuda, além de outras possibilidades que podem ocorrer.
  • Jornada:  Viajar é apenas parte da Jornada. Portanto todas as experiências da viajem constroem a Jornada.

A Sociedade

Na fase de Sociedade é um período de tempo real em que os jogadores são encorajados a narrar em detalhes o que fazem durante um período de tempo em jogo, ou seja, uma Fase de Sociedade. Contudo, não se limitando necessariamente às atividades com um efeito direto em jogo.

A estrutura se forma assim:

  • Definir duração
  • Escolher o destino
  • Fazer Atualizações
  • Escolher os Compromissos

O Yule

Aproximadamente uma vez a cada três fases de Sociedade, o inverno chega, e com ele o final do ano vigente. Normalmente, a Companhia passa toda a estação fria como uma única e prolongada Fase de Sociedade. Na maioria dos casos, a Companhia se dissolve temporariamente devido as festividades de Yule, pois cada Herói-jogador aproveita a chance de voltar para casa e desfrutar de algum tempo entre a família e o seu povo.

Os Compromissos da Fase de Sociedade disponibilizam uma lista com várias opções para os jogadores realizarem durante essa fase.

O Historiador

Nessa sessão do livro você recebe todas as informações e ferramentas para conduzir uma aventura completa na Terra Média. Bem como a explicação do que é a Sombra, mais uma ferramenta, diria até a mais importante disponível para criar o ar que O Um Anel merece, com ela é possível testar ainda mais a mente e o coração dos personagens da sua campanha.

O Mundo

Nesse capítulo os autores tomaram muito cuidado com os detalhes para serem capazes de entregar informações relevantes para a sua experiencia de visualizar os locais da Terra Média em que sua aventura irá se desenvolver.

Trilha Sonora

Em aventuras épicas não podem faltar músicas épicas, então criamos uma playlist especial para vocês no Spotify.

Por fim podemos concluir que O Um Anel continua sendo o sistema de RPG que realmente é o mais próximo a executar com êxito a vivência do que é estar na Terra Media, com as aventuras e personagens que tanto admiramos.

Bom jogo!


E se você gosta do que apresentamos no MRPG, não se esqueça de apoiar pelo  PadrimPicPayPIX, e no Catarse!

Assim, seja um Patrono do Movimento RPG e tenha benefícios exclusivos como participar de mesas especiais em One Shots, de grupos ultrassecretos e da Vila de MRPG.

Além disso, o MRPG tem uma revista! Conheça e apoie pelo link: Revista Aetherica.

O Movimento RPG agora tem uma super novidade. Temos nosso próprio clube do livro, A Ordem da Quimera (acesse por esse link), nesse mês estamos com o livro Vampiros – Festim de Sangue, da autora Jaqueline Machado. Para participar é muito fácil, acesse o link anterior e lá entre em contado direto com a Lorde Isabel Comarella (Bell Comarella#0272). Aproveite e faça parte nosso servidor no Discord.

O Um Anel – Resenha

Montagem da Capa: Juaum
Criador da Ficha Editável: Diemis Kist

Mutantes & Malfeitores: Poder Supremo – Resenha do Livro

Mutantes & Malfeitores Terceira Edição é a mais recente e atual versão de um dos maiores sistemas de RPG voltado para personagens com superpoderes e capazes de grandes feitos. Poder Supremo é o suplemento definitivo para superpoderes no jogo!

Com regras e mecânicas detalhadas de como usar os poderes, modelos de como criar alguns de sua própria imaginação e um compilado com quase 200 poderes muito detalhados, Poder Supremo é o suplemento definitivo para usar todos os tipos de superpoderes imagináveis!

Não conhece ainda essa obra? Então sem problemas, bora pra resenha com tudo que você encontra nesse livro!

Mutantes & Malfeitores Terceira Edição

Mutants & Masterminds Third Edition, a versão original do game, foi escrita e desenvolvida por Steve Kenson e lançada pela Green Ronin Publishing em 2011. É a terceira edição do game originalmente lançado em 2002 pelo mesmo criador e pela mesma editora.

Mutantes & Malfeitores Terceira Edição pela Jambô Editora

Mutantes e Malfeitores Terceira Edição, a edição brasileira do game, foi lançado originalmente em 2018 pela Jambô Editora, com tradução de Gustavo Brauner. A edição brasileira é de papel cartonado, totalmente colorida, com 224 páginas.

O livro básico traz todas as regras básicas para a criação de personagens e cenários, mecânicas de combate, fichas e arquétipos prontos de personagens além de inúmeras ideias de aventuras.

O título, que acumulou méritos desde 2002 e vem se mantendo até hoje como o maior RPG de super-heróis do mundo, ainda conta com um grande número de suplementos para aprimorar (e alterar) a experiência de jogo.

Poder Supremo é um desses suplementos, e traz toda uma gama de novos poderes, regras de criação de poderes, efeitos e resoluções de conflitos!

Agora, vejamos o conteúdo que você encontra na edição brasileira de Poder Supremo.

Mutantes e Malfeitores – Poder Supremo

Poder Supremo, pela Jambô Editora

Escrito e desenvolvido por Steve Kenson (autor do jogo base original), publicado originalmente pela Green Ronin e com versão brasileira pela Jambô Editora, Poder Supremo é um suplemento para Mutantes e Malfeitores 3° Edição que traz o material definitivo referente a superpoderes no jogo. O livro tem 223 páginas, capa cartonada colorida, miolo todo em preto e branco e tradução de Leonel Caldela.

Indo de Absorção à Viagem Onírica, o livro traz quase 200 poderes, além de regras detalhadas de como usá-los e resolver conflitos com os mesmos. O livro também traz 55 efeitos que servem como componentes base para a criação de novos e únicos superpoderes.

Vale notar que o suplemento se refere apenas à poderes, superpoderes e efeitos. Embora ocasionalmente possa fazer referência ou menção à algum componente, aparelho, ferramenta ou tecnologia, o livro não trata sobre isso!

Bom, vamos então ver o conteúdo do livro pra saber o que de fato tem nele!

Introdução

Essa parte do livro é quase como um guia explicando o que o livro contém, a proposta do seu conteúdo, uma explicação sobre a diagramação e uma espécie de dicionário de termos importantes.

Particularmente, achei interessante colocar esse pequeno dicionário no início, pois já deixa mais confortável a leitura e a compreensão de algumas coisas.

Capítulo 1 – Como os Poderes Funcionam

Agora sim o livro se inicia, e a primeira coisa é um grande detalhamento das regras e funcionabilidade dos poderes e das mecânicas que os envolvem dentro do jogo.

Uma boa parte dessas regras está já no módulo básico, mas aqui estão melhor explicadas e bem mais detalhadas.

Há um detalhamento das resoluções de conflitos envolvendo poderes, uso com perícias, detalhamento das regras, a forma de construção dos poderes, uso em combate e tudo o mais que imaginar.

É uma boa expansão das regras do módulo básico, mais voltadas aos poderes de fato e como eles podem mudar todo a mecânica do jogo.

Capítulo 2 – Criação de Poderes

O capítulo perfeito para quem gosta de inovar e criar usando as ferramentas disponíveis para o jogo. Aqui estão todas as regras para a criação de, virtualmente, qualquer superpoder imaginável!

À princípio, pode parecer um tanto complexa essa parte do livro. São muitos termos sendo explicados, mais de 50 descrições de efeitos que podem ser alterados, mesclados ou manipulados para gerar novas habilidades e poderes.

E não estão presentes somente as ferramentas para criar os poderes, como também inúmeros exemplos de poderes que podem ser criados e semelhantes.

Capítulo 3 – Poderes

Esse sim, é um capítulo inteiramente dedicado aos poderes e suas variantes.

Assim como o Capítulo 2, esse é um capítulo bem extenso e massivo, com quase 200 poderes e inúmeras variantes disponíveis.

É interessante que, mesmo sendo virtualmente possível criar qualquer superpoder imaginável, o livro não deixa de trazer uma gama quase que completa de poderes! As possibilidades que essa lista com poderes já prontos, e aliados a inúmeras variações, já é material suficiente para adaptar qualquer quadrinho, filme, desenho ou série de poderes possíveis!

Claro que eventualmente aparecerá alguma espécie de poder ou variação que pode não estar pronta no livro, mas certamente a ferramenta para cria-lo está la!

Apêndice: Notas do Autor
Vanguarda, a mesa oficial de Mutantes e Malfeitores da Jambô Editora, que você pode acompanhar no YouTube

Um capítulo adicional e muito interessante, que são notas e observações do próprio Steve Kenson sobre o jogo, suas regras, suas mecânicas e tudo mais.

A princípio me pareceu ser um FAQ ou um “cartinhas do leitor”, pois tem de fato uma pegada de “autor respondendo às perguntas”, mas é um capítulo sincero em que o Steve Kenson fala com sinceridade e elegância sobre suas escolhas e decisões quanto ao jogo.

E não apenas isso, já que o autor também traz notas sobre avaliação de ameaças e desafios, criação de personagens e cenários e o uso do material em si. Vale a pena dar uma lida, de fato!

Minha Opinião Particular

Poder Absoluto é, de fato, o suplemento definitivo para poderes em Mutantes e Malfeitores.

A capacidade de expansão e ampliação que o suplemento traz é sem igual, e realmente é capaz de mudar completamente o jogo. Fora isso, aumenta também de forma considerável a escala de poder que o jogo pode chegar, sendo possível até fazer narrativas com poderes de nível divino ou cósmico!

Quanto ao livro em si: é um suplemento, e como tal claro que ele não é como o módulo básico, até para diminuir o custo e aumentar a acessibilidade. A capa continua com papel cartonado colorido, assim como o módulo básico, mas o miolo é todo em preto e branco, e com bem menos ilustrações e desenhos que o livro base. A diagramação do livro segue o padrão do módulo básico, quase como se fosse um “arquivo adicional” do mesmo.

Isso não é, nem de longe, nenhum demérito para o livro, que cumpre de forma exímia o seu papel: aumentar o potencial dos poderes e viabilizar a criação de praticamente qualquer tipo de superpoder imaginável.

Se você, assim como eu, gostou de Mutantes e Malfeitores 3° Edição (confira a resenha AQUI), Poder Absoluto é de fato um suplemento essencial e vale sim o investimento, sem erro e sem culpa! É uma expansão quase que obrigatória!

Ah, e caso queira comprar o seu, usa esse link AQUI e ajude a gente a crescer um pouco mais!

Divirta-se tanto quanto eu, ou mais, jogando Mutantes & Malfeitores expandido com Poder Absoluto!

Resenha: Eduardo Filhote
Arte da Capa: Juaum

Mutantes e Malfeitores: Poder Supremo

Autor: Steve Kenson
Edição Original: Green Ronin Publishing
Edição Brasileira: Jambô Editora
Tradução: Leonel Caldela

Resenha sincera – Guerra dos Tronos RPG

Bem vindos a uma resenha sincera sobre Guerra dos Tronos RPG, onde vamos abordar os principais elementos da famosa série no jogo. Você que é fã de carteirinha de Guerra dos Tronos vai sentir mais uma obra se debruçando frente a esse imenso sucesso. Sim, para além dos livros e da série Casa dos Dragões, se você não conhecia ou estava receoso com GdTRPG, aqui vai uma resenha sincera.

Já começo dizendo que Guerra dos Tronos RPG é uma boa adaptação da aclamada série, mas é um RPG cheio de regras. Existem vantagens e desvantagens nisso, como ter diversas regras para cada situação, o que é sempre uma faca de dois gumes. No entanto, inegavelmente traz a série logo em suas primeiras páginas de livro. Seu diferente formato, de cor e papel pouco influencia, em verdade, a única questão a isso é o mapa de Westeros ficar confuso e dividido em suas partes.

Resenha sincera sobre Guerra dos Tronos RPG, o que dizer?

O Trono de Ferro – Guerra dos Tronos RPG

Existem mecânicas dentro desse sistema que muito se aproximam do que é o título. Para mim, a mais importantes de todas elas é a dinâmica de intriga, criada para simular o que é o jogo político nas entrelinhas de Guerra dos Tronos. Em suma, é difícil adaptar plenamente a grandesa do que é a manipulação de GoT, no entanto uma simples perícia de diplomacia não resolveria seu problema. Portanto, você pode usar lábia, sedução, enganação, intimidação e mais uma série de habilidades para ganhar influência sobre seu adversário.

Influência é para GdTRPG  um tipo de pontos de vida social, pois quando alguém ganha influência sobre você, ele poderá decidir o que você faz. Dessa forma, seu personagem precisa, de alguma forma, saber ter compostura (um tipo de defesa, em GdTRPG) para lidar com situações de conluio. Por fim, perder influência é tão fatal em GdTRPG, quanto levar um ou dois golpes.

Por falar em golpes, está aí outra mecânica que é bem representada pelo jogo, se em comparação com a série. Os combates em GdTRPG são letais, podendo o jogador perder um braço, uma perna ou a cabeça, se suas rolagens e equipamentos não ajudarem. Ademais, há uma justa possibilidade de que o vencedor do combate decida o que acontece ao perdedor, uma vez que pode decidir aplicar um golpe fatal ou apenas desmaiar o concorrente.

Tá, mas e as casas e a criação de fichas?

GdTRPG te dará a possibilidade da aleatoriedade, fazer parte das grandes casas já existentes ou, quem sabe, criar sua própria casa. Você pode ser um nobre ou uma espada jurada, cavaleiro ou meistre. Durante o jogo, pode participar de pequenas batalhas de intrigas ou guerras em grande número de pessoas. O jogo é definitivamente versátil.

Personagens incríveis em Guerra dos Tronos RPG

Há um guia de criação de personagens que é sugestivo e intuitivo. Confesso que pode não ser convidativo para jogadores iniciantes, que vão se perder um tanto, mas o lado positivo de tantas regras é: assim como irá se perder, você se reencontrará e memorizará logo. Certamente o livro é completo e não deixa faltar nada.

Pontuação final

O sistema é completo e simples, utilizando apenas o conhecido dado de seis lados (d6) que sabemos que você tem em casa. Em suas habilidades haverá um número designado pela distribuição de pontos na criação de personagens, e ele representará o número que d6 que você vai jogar em seus testes. Há testes contra o sistema, e contra outros jogadores, em jogadas resistidas.

GdTRPG é épico

No fim, pode deve selecionar os três melhores dados das suas rolagens – acredite, você irá rolar mais do que três dados nos testes. Acrescente habilidades específicas, caso tenha, como por exemplo: você tem luta 3 e também é perito com espadas longas 2. Role 5 d6 e selecione os 3 melhores resultados. É simples, não é?!

Se quiser entender ainda mais, fizemos uma campanha de GdTRPG aqui no Movimento RPG, se chama Trama de Sangue e logo estará disponível nas redes do MRPG, como Youtube, já se inscreve lá pra acompanhar. Nossa viagem se encerra aqui, cavaleiro, sou Kastas, do Tríade Geek & RPG (segue lá, dá essa força) e deixo o link pros meus outros posts. Até a próxima!

Chamado de Cthulhu – Resenha

Neste post você confere a resenha do sistema Chamado de Cthulhu!

Chamado de Cthulhu é um jogo de RPG com foco em suspense e terror pessoal, ele pode ser ambientado em qualquer época do nosso munda, mas as maiores referências são os anos de 1920.

O RPG Chamado de Cthulhu é baseado nas obras de H.P. Lovecraft em que horrores antigos, em seu “torpor”, ou acordados, interferem na realidade e existência.

Iniciando ao horror

O começo do livro nos apresenta o contexto de Chamado de Cthulhu, quem é H.P. Lovecharft e de onde surgiu os Mythos de Cthulhu.

É importante, tanto jogador quanto narrador, ler esta parte para poder se interar da trama que segue o desenvolvimento do livro.

O RPG Chamado de Cthulhu é um pouco diferente dos outros sistemas que você encontra ou que já tem acesso, ele foi criado com base em vários livros, os romandes de horror e terror de Lovecraft.

Isso o torna diferente, porque, por exemplo, é possível você ler um romance de Lovecraft para se ambientar mais sobre a trama que deseja narrar.

O jogador pode, da mesma forma, ler os contos de H.P. Lovecraft para se ambientar a trama que o narrador, ou melhor, que o Guardião propos.

Mythos de Cthulhu

O compilado de textos e histórias, com seus monstros e seres espaciais de H.P. Lovecraft chama-se Mythos de Cthulhu.

Os Mythos de Cthulhu são a base para este RPG e serve também de contexto para as campanhas criadas e narradas utilizando o Chamado de Cthulhu.

Nele você encontra os seres como, por exemplo, Nyarlathotep, Azathoth, Hastur e, claro, o Grande Cthulhu.

 Criando seu investigador

Essa é uma sessão muito importante do livro, nela você cria o seu investigador, o seu personagem jogador, que tentará descobrir os mistérios do universo, sem cair na insanidade.

Os passos para criação do seu personagem são simples, porém exigem um pouquinho do uso de matemática, mas fica transquilo, são só as operações básicas mesmos.

Nesta resenha de Chamado de Cthulhu não abordarei com maiores detalhes esse tema, visto que você encontra um passo a passo bem completo de como criar o seu investigador no nosso guia, só clicar no link abaixo!

Guia de Criação de Personagem para Chamado de Cthulhu

Investigando os mistérios dos Mythos

Os capítulos que se seguem à criação de personagem tratam de todas as regras necessárias para que jogadores e narrador tirem o melhor do livro.

Dessa forma, é interessante que ambos leiam estas regras, mas indispensável que o narrador as conheça muito bem, já que existem vários usos para as coisas que você criou na ficha do personagem, bem como dos usos de regras para encontros e perdas de sanidade, por exemplo.

Contudo, há um capítulo dedicado ao narrador, o Guardião dos conhecimentos, chamado de Jogando Chamado de Cthulhu.

Nele o Guardião encontra várias dicas, por exemplo, como se preparar para jogar, algumas ideais para regras de temas e sobre o que descrever, qual o limite para alguns detalhes e narrativas, o que você deve levar em consideração para aconselhar e aprovar os personagens criados pelos jogadores.

Além disso, há vários tópicos sobre como utilizar os NPCs e aproveitar ao máximo o que os jogadores construíram em e com seus personagens.

Após estas considerações, o livro apresenta ideias e dicas de como criar seus cenários, utilizando os Mythos, os monstros e o terror de Lovecraft.

Os Tomos do Mythos, Feitiços e Artefatos Alienígenas

Nos capítulos que se seguem, você encontra vários tipos de brinquedos!

Existem os tomos do Mythos, obras e tomos que detem conhecimento arcano, segredos terríveis e poderosos feitiços.

Eles dão os que buscam o conhecimento as duas verdades por trás do veio de mentiras criado para esconder a existência e a atividade dos seres alienígenas.

Aqui você encontra tomos como, por exemplo, Massa di Requiem Per Shuggay, uma partirura de ópera e um libreto que pode conjurar o próprio Azathoth! Ou então o próprio Necronomicon, um imenso compêndio que abrange quase todos os aspectos do Mythos!

Você encontra, logo após, vários feitiços e rituais, que podem ser até aprendidos pelos investigadores, mas que certamente terão um custo e que com certeza serão usados contra eles.

Após os feitiços, há um capítulo cheio de artefatos alienígenas, com suas descrições detalhadas e formas de uso, além da descrição de seus criadores, tais como os Mi-gos ou os Yithianos.

Monstros, Feras e Deuses Alienígenas

Deixai-vos toda a esperança, vós que entrais.

Acredito que nenhuma frase se encaixe tão bem quanto essa para esta parte do livro.

Neste capítulo, o Guardião encontra todo o conhecimento necessário para aproveitar da melhor forma os seres que habitam as trevas.

Você terá acesso a varias criaturas menores, monstros e feras, que trazem consigo as chaves para o retorno dos grandes esquecidos.

Além de, claro as descrições de como utilizar, de como usar seus poderes, feitiços e danos á sanidade de seus investigadores, você, guardião, tem descrições detalhadas dos Mythos, como Azathoth, Bast, Cyaegha e o próprio Grande Cthulhu.

Por fim

Ao fim do livro você encontra alguns cenários, histórias prontas, para poder jogar com seu grupo, elas podem ser utilizadas diretamente ou como fonte de inspiração.

Mas e aí?

Ficou interessado no Chamado de Cthulhu?

Posso dizer que gostei muito da mecânica do jogo, do processo de criação de personagem e de como o guardião conduz a narrativa.

Você encontra esse livro e muitos outros da linha Chamado de Cthulhu no site da Editora New Order, é só clicar no nosso cupom de desconto!


Compre seus livros utilizando nosso cupom de desconto de 10% na Editora New Order!

Por último, mas não menos importante, se você gosta do que apresentamos no MRPG não esqueça de apoiar pelo Padrim, pelo PicPay, pelo PIX e agora também no Catarse!

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Revista Aetherica

Mutantes & Malfeitores Terceira Edição – Resenha do Livro

Mutantes & Malfeitores Terceira Edição é a mais recente e atual versão de um dos maiores sistemas de RPG voltado para personagens com super poderes e capazes de grandes feitos.

Com regras e mecânicas capazes de emular praticamente quaisquer situações de quadrinhos, filmes e desenhos de super personagens, Mutantes & Malfeitores é praticamente um título obrigatório pra qualquer fã de super poderes!

Não conhece ainda essa obra? Então sem problemas, bora pra resenha com tudo que você encontra nesse livro!

Mutantes & Malfeitores Terceira Edição

Mutants & Masterminds Third Edition a versão original do game, foi escrita e desenvolvida por Steve Kenson e lançada pela Green Ronin Publishing em 2011. É a terceira edição do game originalmente lançado em 2002 pelo mesmo criador e pela mesma editora.

Mutantes e Malfeitores Terceira edição, a edição brasileira do game, foi lançado originalmente em 2018 pela Jambô Editora, com tradução de Gustavo Brauner. A edição brasileira é de papel cartonado, totalmente colorida, com 224 páginas.

Mutantes & Malfeitores Terceira Edição pela Jambô Editora

O livro básico traz todas as regras básicas para a criação de personagens e cenários, mecânicas de combate, fichas e arquétipos prontos de personagens além de inúmeras ideias de aventuras.

O título, que acumulou méritos desde 2002 e vem se mantendo até hoje como o maior RPG de super-heróis do mundo, ainda conta conta com um grande número de suplementos para aprimorar (e alterar) a experiência de jogo. Ah, esses suplementos também tem edições brasileiras pela Jambô (com resenhas em breve).

Agora, vejamos o conteúdo que você encontra na edição brasileira do módulo básico de Mutantes & Malfeitores.

Capítulo 1 – O Básico

Esse primeiro capítulo de Mutantes & Malfeitores é, literalmente, um mega resumo do básico sobre o sistema e suas regras.

Totalmente inspirado no D20 System, esse primeiro capítulo considera que a pessoa que o está lendo ou já tem familiaridade com o sistema ou com edições anteriores do jogo, então se atém a explicar de forma resumida as mecânicas básicas e apontar onde encontrar nos capítulos interiores as regras mais detalhas.

Esse capítulos traz também tabelas de medidas, classes de dificuldades, exemplos de testes, regras sobre pontos heroicos, possíveis ações e as variadas condições que podem acometer personagens ao longo do jogo.

Se você já é familiarizado com o D20 System pode seguir as indicações desse capítulo para as regras mais detalhadas caso vá criar um personagem para jogar, ou caso vá narrar uma aventura. Caso ainda não conheça, então siga lendo o restante dos capítulos do livro e conhecendo todo o material.

Capítulo 2 – Origens Secretas

Mutantes & Malfeitores te permite criar qualquer tipo de personagem que imaginar, o que acaba por dar um certo bug, já que onde tudo é possível, é muito fácil se perder.

Se você é uma pessoa já habituada ao sistema ou edições anteriores, pode ter melhor em mente como criar ou qual caminho seguir com seu personagem, mas se você é uma pessoa iniciante no jogo, esse capítulo é um ótimo guia.

Primeiro uma explicação de como criar o básico sobre o personagem, como a escolha do tipo de arquétipo, sua história base, nível de poder e detalhes relativos. Traz também as regras e ajustes para motivações e complicações dos personagens.

As motivações e complicações são justamente detalhes que trazem mais profundidade aos personagens, tais quais o código do Homem-Aranha ou os traumas do Batman.

Esse capítulo traz também um total de 15 arquétipo de poder totalmente prontos, com suas fichas completas e todos ilustrados (de forma a remeter imediatamente a quais personagens se referem cada arquétipo como Dr. Estranho, Apolo, Ryu ou Hulk). Embora os arquétipos venham prontos, o capítulo também traz regras para ajustar os arquétipos para desafios mais elevados.

Os arquétipos prontos são: Artista Marcial, Blindado, Combatente do Crime, Construto, Controlador de Energia, Engenhoqueiro, Guerreiro, Mestre de Armas, Metamorfo, Mímico, Místico, Original, Psíquico, Titânico e Velocista.

Como se isso fosse pouco pra ajudar a novas pessoas (e até a pessoa veteranas também) a se aventurar com o cenário, esse capítulo ainda traz dois personagens super completos com background, explicações detalhas de seus poderes, e ficha preenchida de exemplo. Esses personagens são o Combatente do Crime “O Gralha“, e a Titânica “Princesa“.

Capítulo 3 – Habilidades

Um breve capítulo com a explicação sobre as habilidades básicas dos personagens.

Mutantes & Malfeitores conta com um total de oito habilidades, dividas em dois grupos diferentes. As habilidades físicas são Força, Destreza, Agilidade e Vigor. No segundo grupo estão as habilidades mentais Luta, Intelecto, Prontidão e Presença.

Esse capítulo traz uma descrição detalhada de cada uma delas, uma tabela com a equivalência de seus valores e explicações sobre iniciativa e esquiva.

Capítulo 4 – Perícias

Esse capítulo traz todas as regras, explicações e tabelas sobre as perícias. Quem já conhece o sistema D20 pode sentir aquela leve tentação de pular o capítulo, mas talvez seja válido dar uma lida.

Embora siga o básico do sistema D20, existem algumas complicações e variações próprias do cenário que são dignas de atenção e estão descritas nesse capítulo.

Como uma perícia funciona contra um poder e vice-versa? Quais ajustes de acordo com os possíveis super poderes ou sentidos ampliados? Isso e tudo mais está nesse capítulo!

Capítulo 5 – Vantagens

As Vantagens em Mutantes & Malfeitores são pequenos “ajustes” que permitem aos personagens “quebrarem as regras” da normalidade e realizarem feitos fora do comum.

Todas as regras sobre custos, usos, graduações e testes estão nesse capítulo, além de várias tabelas e listas descritivas de inúmeras vantagens.

Capítulo 6 – Poderes

Agora sim a parte interessante: os super poderes! E Mutantes & Malfeitores dedica o maior de todos os capítulos do livro pra essa parte, o que já diz muito sobre o quanto material pode ser encontrado aqui!

Regras e descrições de super poderes dos mais variados tipos, além de inúmeras tabelas de referências e consulta rápida.

Poderes mentais, sentidos elevados, super força, velocidade, controles elementais… praticamente qualquer tipo de poder que você imaginar você vai encontrar aqui, além de regras e sugestões de como usá-los.

Seja para quem vai jogar ou quem vai narrar, certamente é interessante dar uma passada por esse capítulo para conhecer o potencial que o jogo e sistema tem a oferecer!

Capítulo 7 – Apetrechos & Equipamentos

E nem só de super poderes vivem os super heróis, não é mesmo? Afinal de contas, muitos personagens contam com o puro preparo para derrotar seus inimigos (e até aliados).

Esse capítulo de Mutantes & Malfeitores traz todas as regras, tabelas, sugestões e ideias básicas para o uso de equipamentos e apetrechos dos mais variados, que deixariam Batman ou Homem de Ferro com inveja, sem dúvidas!

Vanguarda, a mesa oficial de Mutantes e Malfeitores da Jambô Editora, que você pode acompanhar no YouTube

Com inúmeras tabelas e guias, esse capítulo traz todo o material necessário para criar personagens (ou desafios) que independem do uso de super poderes (e mecânicas de como os mesmos interferem).

Outro acerto forte desse capítulo é a dedicação a explicar e exemplificar até mesmo a construção de bases de segurança e equipamentos de defesa e/ou ataque até mesmo o Sr. Fantástico teria dificuldades de imaginar!

Capítulo 8 – Ação & Aventura

Mutantes & Malfeitores é sobre ação, combate e desafios heroicos, e esse capítulo é todo dedicado à explicar essas mecânicas e como elas funcionam no jogo.

Regras sobre combate, investigação, confrontos armados e muito mais estrão aqui, além, é claro, de tabelas. Muitas tabelas.

Seja pra jogar ou narrar, é interessante consultar esse capítulo para ver como as mecânicas podem ser alteradas em função dos poderes presentes no jogo. Há também uma parte de exemplo de como funcionam os turnos e rodadas no jogo.

Capítulo 9 – Mestrando

Aquele tradicional capítulo exclusivo voltado às pessoas que pretendem se aventurar mestrando não poderia faltar em Mutantes & Malfeitores.

Aqui estão ideias de como criar histórias e como conduzi-las, dinâmicas para abordar com a mesa e insights que quem for narrar precisa ter em mente.

É um capítulo curto, mais voltado de fato a quem vai narrar e principalmente pensado para pessoas que vão se aventurar jogando RPG (ou pelo menos Mutantes & Malfeitores) pela primeira vez.

Além disso, como já de costume, um pequeno acervo de fichas prontas de antagonistas, NPCs e animais que podem ser usados (ou encontrados) nas aventuras dentro do jogo.

Glossário

Uma parte extra do livro no final, com um índice semelhante a um pequeno dicionário para consulta rápida.

Um ótimo guia de referência para quem não assimila rápido a alguns termos ou jargões próprios do jogo.

Ao final do glossário, na última página do livro, pode ser encontrada uma Ficha de Personagem estilizada e totalmente colorida. Uma posição estratégica e bem pensada que facilita tirar xérox sem danificar (tanto assim) o livro.

Minha Opinião Particular

Mutantes & Malfeitores é um jogo divertidíssimo e com uma versatilidade ímpar! 

Devo dizer que meu primeiro contato com o jogo foi para a mesa “Nave Mãe” que participei na Twitch do MRPG, narrada pelo José Lima Junior. A princípio, achei o livro um tanto “assustador” quando dei aquela folheada devido à quantidade imensa de tabelas. São muitas tabelas. Muitas tabelas mesmo. Tabelas que não acabam mais.

Mas essa foi apenas uma primeira impressão momentânea sobre Mutantes & Malfeitores, que, inclusive, logo foi superada pelo vislumbre visual que foi ver o livro! Totalmente colorido, e com inúmeras referências a personagens famosos da cultura pop.

De imediato é possível perceber ali referências à Image, DC, Marvel, Wildstorm e inúmeras outras editoras de quadrinhos, além de algumas referências à games clássicos e conhecidos como Street Fighter.

O sistema de regras do jogo é muito intuitivo e dinâmico, embora pareça complexo. Bastam poucos minutos jogando e umas poucas ações com rolagens de dados para entender como funcionam todas as mecânicas e as ideias do sistema. Com isso, talvez para iniciantes seja interessante usar os arquétipos prontos que o livro traz antes de testar criar personagens do zero.

Embora tenha capa de papel cartonado, que danifica com mais facilidade, isso torna o custo do livro mais atrativo e acessível, e acessibilidade parece ser a chave de Mutantes & Malfeitores. Fácil, dinâmico e com uma linguagem muito atrativa à iniciantes e que não fica cansativa para pessoas veteranas, um dos poucos casos onde gregos e troianos podem sair satisfeitos.

A edição brasileira da Jambô Editora é bem cuidada e fiel à original. Mais que uma simples tradução, há quase uma localização no texto do livro, que o deixa mais familiar ao público tupiniquim em geral.

Se você busca um sistema para aventuras e histórias baseadas em quadrinhos, games ou filmes, sem sombra de dúvidas que Mutantes & Malfeitores é seu jogo ideal e sua compra certeira! Vale cada centavo do investimento, e é diversão garantida!

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Divirta-se tanto quanto eu, ou mais, jogando Mutantes & Malfeitores!

Resenha: Eduardo Filhote
Arte da Capa: Raul Galli

Mutantes e Malfeitores Terceira Edição

Autor: Steve Kenson
Edição Original: Green Ronin Publishing
Edição Brasileira: Jambô Editora
Tradução: Gustavo Brauner

Xas Irkalla – Resenha

Olá leitor sobrevivente, eu sou Megisthus, do Contos da tríade, e é com prazer que a partir de hoje, farei textos como colaborador desse maravilhoso site repleto de informações que é o Movimento RPG. Espero que possamos compartilhar conhecimento, descobrir novas histórias e é claro, nos divertirmos bastante através dessa maravilhosa ferramenta. E pra estrear aqui com qualidade, dá uma olhada nesse texto que eu preparei pra vocês.

Os Horrores da Mente

Nesse novo Sistema chamado Xas Irkalla, trazido para o Brasil pela Huginn & Munnin já aviso: fala-se de horrores que a mente não concebe, da constante luta pela sobrevivência e pela vida contra, basicamente, todas as coisas. Se isso te chama atenção, você vai curtir essa leitura.

Então vamos lá, a premissa do jogo é a seguinte: Você vivia uma vida comum da forma que quiser aqui na Terra, mas, em algum momento, é absorvido por um médium de Irkalla que, naquela realidade de outra dimensão, perecia em seu mundo. Buscando-o e trazendo-o para a realidade dele, ele habita os confins de sua mente e você recebe a classificação de Limiariano, um sobrevivente de outro mundo.

Seu Novo Lar

Nesse novo lugar você percebe que as pessoas serão, na MELHOR das hipóteses, indiferentes ao seu sofrimento, por que na maior parte do tempo, você terá de lutar para não ser escravizado de uma das várias maneiras que o jogo sugere – e esse leque é vasto, sério. Felizmente ( Ou não ) você está conectado aos demais jogadores do seu possível grupo que passaram por similar experiência por um forte laço telepático, passível de compartilhar pensamentos, emoções e dor.

Já nesse novo mundo que pode ser descrito como uma mistura do que seria o inferno do livro de Clive Barker: Hellraiser Evangelho de Sangue e uma pitada de H.P.Lovecraft e seus horrores indizíveis, você vivenciará o terror de um mundo que basicamente existe para matá-lo, tudo de mais corrupto e profano habita este local e até mesmo a mais inofensiva figura, a primeira vista, pode ser o algoz de sua vida.

Se você conhece D&D nos seus tempos áureos onde encontros aleatórios podiam matar você e a dificuldade em sobreviver condizia com o título de “herói” ao final da campanha, aqui você encontrará seu lugar, a dificuldade é a mesma, mas é improvável que você será classificado como herói caso você sobreviva o suficiente.

E acredite, ser um sobrevivente estará de bom tamanho.

Nesse cenário de terror absoluto, opressão e decisões constantes de vida ou morte, o seu personagem terá de evoluir de acordo com o mundo, e nesse sentido as opções são interessantes. A mecânica e conceitos usados no PbtA, onde rolam-se os dados com seus bônus e um resultado maior do que 10 te garante o sucesso, acima de 5 até 9 e você alcança seu objetivo com um custo definido pelo mestre e menos do que isso você evidentemente falha. Adicionalmente, você tem a possibilidade de, ao rolar, escolher jogar um, dois ou até três dados, o que evidentemente aumenta as suas chances, mas se você ver o temido 1 em um deles…

E essa é só a ponta do iceberg…

Esse é Xas Irkalla, um RPG onde sobreviver é O objetivo que você quer conquistar. Por isso ressalto: se você curte ser desafiado, viver situações que te levem ao limite com certo toque de realismo nas consequências do seu personagem e espreitar os horrores de um local onde tudo o que anda ou não anda pode tentar te matar, esse jogo é pra você!

Se você curtiu, não esqueça de comentar o que você achou, se você vai criar um personagem nesse cenário, como ele seria e tudo o mais. Teremos outros textos vindos direto do forno para você em muito breve sobre esse e outros sistemas de terror, fique de olho!

 


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Se você gosta de D&D 5ª Edição conheça mais textos deste sistema dentro do Movimento RPG Clicando Aqui!

Abraço!

Narrando no Mundo Antigo – Taverna do Anão Tagarela #46

O mundo medieval é com certeza fascinante para os jogadores de RPG, especialmente para quem curte cenários de fantasia. Porém, outros períodos históricos, como os diversos povos da antiguidade, trazem um material riquíssimo que pode inspirar narradores e jogadores. Neste episódio, recebemos a escritora Ana Lúcia Merege para conversar um pouco sobre isso.

A Taverna do Anão Tagarela é uma iniciativa do site Movimento RPG, que vai ao ar ao vivo na Twitch toda a segunda-feira e posteriormente é convertida em Podcast. Com isso, pedimos que todos, inclusive vocês ouvintes, participem e nos mandem suas sugestões de temas para que por fim levemos ao ar em forma de debate.

Portanto pegue um lápis e o verso de uma ficha de personagem e anote as dicas que nossos mestres vão passar.

‎Assunto:‎‎ Narrando no Mundo Antigo


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Narrando no Mundo Antigo

‎Host: ‎‎Douglas Quadros.‎‎ ‎
‎Participantes:‎Raul Galli | Ana  Lúcia Merege 
‎Arte da Capa:‎‎ ‎‎Raul Galli.‎

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