Realismo Mágico – As Chaves da Torre #1

As Chaves da Torre tem muitas histórias para contar. Para pessoas que, assim como eu, acompanharam desde o início do projeto até o fim, tem histórias profundas. Este RPG é um enorme sucesso até os dias atuais, tendo sido muito bem reconhecido ao ser financiado em menos de 24h e envolver muitos nomes relevantes do cenário.

Nomes como Pedro Borges, Jorge Valpaços, Marco Poli fomentam a qualidade criativa do jogo. Desta forma, vamos debater nesta série, com este e os próximos textos que virão, o que é este excelente título de RPG. Mas é claro, começaremos esse diálogo do jeito como devemos: do começo, neste texto, falaremos sobre as premissas de As Chaves da Torre.

Sobre o que trata “As Chaves da Torre”?

Esquecimento e Oblívio

Poderia resumir, de forma simplória, que é sobre Esquecimento e Abandono. No entanto, seria pequeno, em relação ao potencial do jogo. Por isso, digo que existem distintas abordagens para o jogo, das quais falarei um pouco mais agora:

  • Rede de conspirações: No mundo, há uma rede complexa de desonestidade e conspiração, envolvendo criminosos, autoridades corruptas e empresas gananciosas. Todos colaboram em um plano secreto que os protagonistas precisam desvendar, levando-os a questionar a verdade;
  • Esquecimento e Invisibilidade: Os protagonistas enfrentarão as ameaças do Oblívio, lutando para recuperar suas memórias perdidas no Abismo. Eles devem resistir à influência da Torre ou arriscar-se a perder sua identidade e humanidade, tornando-se invisíveis;
  • Encarar pesadelos: A Torre constrói seres que personificam emoções negativas na Metrópole, possivelmente como parte de um plano. Eles representam o topo de uma cadeia alimentar desconhecida, buscando oprimir e consumir humanos. Enfrentá-los é crucial nas histórias, que variam de conflitos políticos a aventuras intensas, dependendo dos Pesadelos presentes na Metrópole, e;
  • Descobrir a fantasia: Ao ser afetado pela Torre, você descobre um mundo de coisas deixadas para trás e esquecidas: as Lacunas da Metrópole, onde realidades mágicas e fantásticas da História estão perdidas. Neste reino extraordinário, encontram-se criaturas nobres da Natureza, Avatares que personificam ideias persistindo na memória, labirintos de salas que servem como sepulturas para lembranças, megacorporações de indivíduos sem identidade própria, sociedades perdidas formadas por extremistas religiosos e contraculturais. Uma diversidade de seres também espreita na escuridão.

Cenários

O oblívio pode ser angustiante

As Chaves da Torre é um jogo de fanasia urbana sombria, podendo ter acontecer nas típicas cidades que você conhece. Embora possa escolher uma cidade real como cenário, é importante adicionar elementos fantásticos: a cidade está sob a influência da Torre. Ou seja, há Lacunas e Pesadelos que você, ocasionalmente, poderá encontrar.

Grandes metrópoles como São Paulo, Cidade do México, Tóquio, Xangai, Moscou, Nova Iorque e Cairo servem como ótimas fontes de inspiração, cada uma com sua própria personalidade e características únicas, ideais para criar cenários ricos em diversidade, conflitos e maravilhas. Mas é claro que o jogo pode se passar em uma cidade fictícia que aborde tais elementos. Pense em como esse jogo faz sentido em Gotham City, por exemplo.

Diferentes gêneros

Para além disso, há diferentes gêneros que podem ser abordados para conduzir a sua história:

  • Realismo Mágico: Um mundo onde há uma realidade reconhecível, todas ou algumas questões são expostas aqui. Questões como política, história, geografia, cultura, etc, podem ser reconhecidos. Ademais pode-se acrescentar elementos imaginativos e fantasisoso.
  • História Alternativa: Uma história nova, alternativa, criada à partir da Torre e do Oblívio. Finalmente uma nova realidade.
  • Gótico: Um mundo onde o belo e o assustador, o mórbido e frio, heroísmo e medo caminham abertamente. Elementos extravagantes anunciam o suspense e o terror em ambientes pitorescos e lúgubres.
  • Horror Cósmico: Descobrir, de fato, de que a mente humana concebia o mundo como quem olha para ele do buraco de uma fechadura é terrível. Neste gênero, os personagens perceberão que são peões em um jogo muito maior do que poderiam compreender. Sendo assim, entidades sobrenaturais comandam a realidade.
  • Reinos Místicos: Atlântida, Mu, Lemúria, Hiva, Hawaiki, Eldorado, Camelot, Roanoke e tantas outras cidades podem deixar de serem lendas; foram apenas esquecidas!
  • O que há que possa ser pior do que o Esquecimento?

Estas são apenas pinceladas breves das maravilhas que As Chaves da Torre podem propor. Por isso, o que você acompanhou neste texto são apenas as premissas básicas do jogo. Sendo assim, no próximo texto falaremos sobre elementos principais da obra: A Torre e o Oblívio! Fique comigo para não se esquecer de quem você é – ou quem você já foi!

Comenta aqui abaixo se você já conhecia o sistema e qual a sua premissa favorita!

Você me conhece, sou o Kastas, e você encontra outros dos meus textos neste link! Aproveite para dar uma olhada no livro da Editora Caleidoscópio. Por hoje é só, um abraço e até a próxima!

CDR – Resenha

Poucos jogos tem a habilidade de te arrebatar desde o começo. Devido a sua intenção, CDR será um deles, certamente. De antemão, importante ressaltar que o Complexo de Detenção e Ressocialização é uma obra, já financiada, de Naomi Maratea, que busca nos levar ao contexto do que acontece dentro dos superlotados sistemas penitenciários. Por isso apresenta o CDR, problematizando a todo momento a realidade do país.

Sobretudo, não é possível falar sobre o CDR sem apontar o défict brasileiro em lidar com o tema. Ainda, não creio que seja minimamente a intenção do jogo deixar de lado a deplorável realidade das penitenciárias. Portanto, CDR é um jogo sobre conscientização, problematização, mas ainda assim um jogo de RPG, para sua criatividade formular o que for necessário para uma aventura frutífera com seu grupo.

Por que o jogo existe?

CDR

Me permito copiar não só essa parte do título nesta resenha, mas também parafrasear trechos que precisam ser mantidos o mais fiel possível a intenção do jogo. Sendo assim, CDR existe para a problematização sobre as péssimas condições do sistema carcerário brasileiro. É certo dizer que presídios são instituições que não evitam a violência, mas lá a promovem. Por isso, mais certo do que isso é afirmar que essa é a intenção do presídio, cujo objetivo é ressocializar apenas no papel.

O jogo existe, também, para alertar sobre os desejos da burguesia, que deseja enclausurar sem reparação, aqueles que cometem crimes. Certamente, você pouco vê a elite participando dessa proposta de ressocialização. Dado o apresentado, CDR é uma crítica social, mesmo sendo um jogo.

Os personagens em CDR

Seu personagem será um detento, e você está cumprindo a sua pena. O que acontecerá na prisão depende de quem você é, claro, e da contadora de causos (mestre do jogo). Sua pena determina quando tempo você ainda passará na tranca. E o moral que seu personagem tem, representa o quanto ele é respeitado. As possibilidades de personagens são:

  • Cadeado é um cara que não conta os segredos dos irmão, não importa o que aconteça.
  • Camarão é um novato que acabou de chegar na cadeia e ainda não aprendeu como agir nesse local.
  • Johnson é um cara 13 das ideia; alguém que não apresenta um comportamento comum, mas, mesmo assim, foi jogado em uma cadeia comum.
  • Lagarto é um cara que faz tudo que os outros mandam, seja por medo ou com segundas intenções.
  • Laranja é alguém que assume a culpa por coisas que os outros fizeram, seja por medo ou com segundas intenções.
  • Mula é uma pessoa responsável por levar itens proibidos para dentro da penitenciária ou os transportar pela cidade.
  • Noia é alguém cujo comportamento é afetado pelo vício em drogas. É muito fácil cair no vício quando se vive em um inferno, e, dentro da prisão, esse vício pode ser mortal.
  • Torre é um chefão, geralmente ligado a uma facção criminosa. Dá ordens e orientações para outros presos e até para pessoas fora do presídio.
  • Velhote é um preso que já está encarcerado faz muitos anos e já manja de como as coisas funcionam.
  • X9 é o oposto do cadeado. Cagueta que troca informação secreta por vantagens.
  • Outra opção, que você pode definir!

O sistema de CDR

O sistema carcerário é violento

Primeiramente, o jogo apresenta apenas 4 atributos, sendo eles: Corpo, Dureza, Cabeça e Firmeza. Nesse sentido, corpo e dureza são atributos físicos, ativo e passivo, respectivamente, enquanto Cabeça e Firmeza são atribuos mentais e sociais, ativo e passivo, igualmente. Logo, de fácil assimilação e utilização dentro do próprio jogo. Por último, o sistema utiliza 2d6 como sua base nas rolagens de dado.

Em segundo, é relevante dizer que os testes são feitos, em sua maioria, contra um número alvo determinado. Em contrapartida, combates de um jogador contra o outro (e eles podem ocorrer), usam rolagens resistidas (os dois jogadores jogam). Além disso, o jogo flui de forma diferente, quando os bônus da ficha do personagem diminuem o número alvo, e os 2d6 devem atingir ou passar o resultado para terem sucesso.

Ademais, o que existe?

À primeira vista pode parecer deveras simples, mas o CDR apresenta um sistema mais bem elaborado de privilégios e posses. Em se tratando de privilégios, são habilidades, características ou benefícios que são dados ao seu personagem. No que tange as posses, são os itens que ele possui. Dessa forma, pense em como é interessante não ter nenhum item em sua posse e arrumar uma forma de conseguir uma faca, por exemplo, tendo de construir uma.

Cada personagem apresenta um vulgo e uma gana. É sabido que vulgo é a forma como te conhecem, na quebrada e na tranca, já a gana apresenta um objetivo, que pode ser tratado a curto, médio ou longo prazo. Ainda, existe a opção de jogarem fora do CDR, no seu bairro onde pode, ou não, ter uma biqueira. Dessa forma,  o jogo apresenta uma crítica social ao crime e a forma como ele é visto pela sociedade.

É isso aí, caro amigo NERD, GEEK, RPGISTA, se curtiu esse texto, considere acompanhar os outros que fiz aqui no movimento RPG. Importante também dar uma olhada neste que é um portal riquíssimo de diversos outros títulos. Aproveita para me apoiar nas outras redes sociais clicando aqui. Muito obrigado e até a próxima!

CDR – Centro de Detenção e Ressocialização – No Catarse

CDR – Centro de Detenção e Ressocialização é o primeiro jogo de RPG de mesa do mundo que aborda a temática sobre presídios. Neste jogo de interpretação de papéis, os  jogadoras vão se colocar no papel de presidiários brasileiros, experimentando diariamente a opressão do sistema carcerário.

A autora Naomi Maratea traz também inúmeras referências a grandes nomes e obras da arte como Racionais MC’s, Sabotage, Carandiru e Cidade de Deus, a proposta do jogo é sair da bolha do RPG de mesa e propor reflexões que conversem com a maior parcela da população brasileira: a quebrada. Portanto o sistema não se trata apenas da abordagem da violência vivenciada nos presídios, o RPG CDR possui uma carga dramática maior, pois lidar com medos, traumas, culpas, impulsos e a luta pela sobrevivência pode se tornar muito mais mortal que um briga física. Sendo assim, as jogadas de dados serão menos frequentes do que estamos acostumados, sua interpretação, será sua principal arma. Dessa forma o sistema CDR pode ser uma ótima entrada para novos jogadores, pois serão já iniciados na fora motriz do RPG, a INTERPRETAÃO

Componentes do projeto

O projeto pode ser encontrado no Catarse, acessando por aqui. Existirão chaves e marcadores de ficha feitos em impressão 3D, esses recursos estarão relacionadas às mecânicas do jogo, além do livro físico, do PDF e do acesso às metas extras.

O livro será no formato A5, com 40 páginas, colorido, com papel couché fosco, com capa em papel cartão 300g com acabamento em refile e enobrecida com verniz UV Total e Vinco. Essa informação está sujeita a mudanças, mas não diferirá demais.

Recompensas:

Visitante: Para R$ 10 ou mais
Seu Vulgo no Livro: Para R$ 20 ou mais
Bicho Feroz: Para R$ 30 ou mais
Malandro é Forte: Para R$ 45 ou mais
Aqui é Facção: Para R$ 50 ou mais
Vamos apoiar o Projeto!

O Movimento RPG agora tem uma super novidade. Temos nosso próprio Clube do Livro, A Ordem da Quimera(acesse por esse link). E em Fevereiro estaremos com o livro O Último Ancestral do autor Alê Santos, que participará conosco do encontro no dia 28/02. Para participar é muito fácil, acesse o link anterior e lá entre em contado direto com a Lorde Isabel Comarella (Bell Comarella#0272). Aproveite e faça parte nosso servidor no Discord.
O Último Ancestral

E se você gosta do que apresentamos no MRPG, não se esqueça de apoiar pelo  PadrimPicPayPIX, e no Catarse!

Assim, seja um Patrono do Movimento RPG e tenha benefícios exclusivos como participar de mesas especiais em One Shots, de grupos ultrassecretos e da Vila de MRPG.

Além disso, o MRPG tem uma revista! Conheça e apoie pelo link: Revista Aetherica.


CDR – Centro de Detenção e Ressocialização – No Catarse

Relações Interpessoais – Dicas de RPG #23

Neste episódio o nosso editor de Podcasts, e iniciante me RPG Senhor A esta de volta, e com dica quente. O tema desta vez é relações interpessoais, mas afinal, o que pode ser esta dica? Pegue esta visão e não tenha surpresas na hora do game. Lembre-se RPG emula realdade, mas ainda é entretenimento. E se tiver alguma dica, não deixe de entrar em contato para nos enviar. Toda dica é preciosa para quem esta iniciando.

O Dicas de RPG é um podcast semanal no formato de pílula que todo domingo vai chegar no seu feed. Contudo precisamos da participação de vocês ouvintes para termos conteúdo para gravar. Ou seja mande suas dúvidas que vamos responde-las da melhor forma possível.

Portanto pegue um lápis e o verso de uma ficha de personagem e anote as dicas que nossos mestres vão passar.

Tema: Dicas de Mestre.
Tempo: 00:06:17

Links:

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– Assine o Picpay e ajude o site
– Conheça mais Dicas clicando aqui.


E-mail: contato@movimentorpg.com.br – Tem dúvidas sobre alguma coisa relacionado a RPG? Mande suas dúvidas para nosso e-mail.


Relações Interpessoais.

Voz: Senhor A.
Texto do Post e Edição do Podcast:
Senhor A.
Arte da Capa: Raul Galli.

RPG Jam 2020 – Novos prazos!

O resultado do RPG Jam 2020 foi postergado pela segunda vez, mas agora com informações mais concretas!

Agora foram dadas datas específicas sobre quando será feita toda a parte de avaliação e divulgação dos resultados.

 

Novos prazos

Abaixo vocês podem conferir os novos prazos dados pela organização do RPG Jam 2020.

22 de novembro (domingo)
Prazo para a entrega da avaliação pela comissão julgadora
24 de novembro  (terça-feira)
Início da segunda rodada de avaliação, apenas como jogos que obtiverem notas acima de 08 ou 09 (máximo 10 jogos).
03 de dezembro (quinta-feira)
prazo para a entrega da avaliação final.
04 de dezembro (sexta-feira)
divulgação do resultado em live stream, às 19h30min no canal Jogos e Imaginários

 

​Os jogos

O tema do RPG Jam 2020 foi  “Tipos de Conflitos Diferentes” e foram entregues e validados 60 jogos únicos.

Todos eles estão disponíveis no site do Farol do Leocórnio para download e você já pode ir testando e vendo qual é o seu favorito, eu já tenho o meu.

Estamos ligados nas novidades sobre esse resultado e vamos mantê-los informados assim que pintarem os resultados!

Tormenta20: Pré-venda e entrega do livro digital já tem data definida

Facilmente o mais popular dos RPGs nacionais, Tormenta20 tomou a comunidade brasileira feito uma tempestade em 2019, ao bater todos os recordes de uma campanha de financiamento coletivo no país. A campanha de arrecadação para o novo módulo básico do sistema, que tinha também como objetivo comemorar suas duas décadas de existência, conseguiu quase 2 milhões de reais.

Na última edição do Podcast da Revista Dragão Brasil, foi anunciado que a pré-venda para quem não havia conseguido apoiar o financiamento, ou quisesse algum outro adicional, começam nessa próxima sexta-feira, dia 15 de maio. Na mesma data também acontecerá uma live, onde prometeram mostrar novidades da produção do livro, além de anunciar a data de entrega do livro em formato digital, para aqueles  que fizeram parte da campanha. Hoje, dia 09/05, os anúncios do começo da pré-venda e da live com novidades foram reforçados pelas redes sociais da Jambô Editora.

Quem mais está ansioso para ver como o Tormenta20 ficou? Você poderá participar da pré-venda por aqui. 

 

Tormenta 20: o RPG que quebra recordes

Se o RPG brasileiro está morto, certamente vivemos a maior e mais aterradoras dos apocalipses zumbi. É essa impressão que fica com o fim da campanha de financiamento coletivo Tormenta 20, que serve tanto para comemorar as duas décadas do maior (e acho que não tem mais como questionar isso) RPG brasileiro, quanto como prelúdio para a próxima edição do livro de regras. O financiamento, cuja meta era arrecadar agora modestos R$ 80 mil, bateu todos os recordes se aproximando de R$ 2 milhões.

Gostando ou não de Tormenta, a campanha deixa claro a importância da ambientação para o RPG brasileiro e faz história. E aqueles que colaboraram ganharam não só dezenas de acréscimos (de acordo com o que foi pago, claro), como também participação direta em decisões do livro por meio de voto, crédito por escrito e a promessa de produção de um curta metragem, sonho antigo e cogitado desde os tempos do premiado mangá nacional Holy Avenger, pelo menos.

Com o fim da campanha, começa a terceira década da história de Tormenta. Parabéns a todos os envolvidos nessa conquista para o RPG nacional. E a única coisa que temos a dizer depois dessa monstruosidade é: Nos vemos em Arton.

Você pode ler nossos textos anteriores sobre o assunto a seguir.

Tormenta 20: Começa a celebração dos 20 anos do cenário

Tormenta 20: Entrevista com Saladino

Tormenta 20: Quando o RPG derrubou o Catarse

Movimento RPG Podcast 01: Tormenta RPG

 

Tormenta 20 e voto de confiança

Uma parte da campanha que foi especialmente engajadora, foi a votação de NPCs e raças. Com direito a campanhas pesadas (e hilarias), disputas apertadas, apunhaladas pelas costas e até uma mudança súbita de regra no maior estilo Mestre de RPG malandrão, foi nessa votação em que os fãs de Tormenta tiveram a oportunidade de ajudar a moldar o mundo de Arton de acordo com seus gostos. Dentre os NPCs, as votações foram separadas por obra originária, enquanto as raças foram separadas por conceito. Abaixo listamos quem venceu cada uma das votações, e finalizamos com a lista de metas complementares e o que cada uma trará ao livro.

 

NPCs

Clássicos de Arton: Rainha-Imperatriz Shivara Sharpblade

Holy Avenger: Lisandra

Trilogia da Tormenta: Vanessa Drake

Dungeon Crawlers e 20Deuses: Val

Ledd: Barba Branca

A Joia da Alma: Gwen (em segundo turno contra Verônica)

A Flecha de Fogo: Maryx

Guilda do Macaco: Klunc

 

Raças

Grandões: Trog

Artonianas: Medusa

Clássicas: Halfling

Exóticas: Golem

Novos Horizontes: Sprite

Repescagem: Esqueleto, Aggelus/Sulfure e Sereia/Tritão

 

Acréscimos das metas

 

Tormenta 20: Quando o RPG derrubou o Catarse

Há pouco mais de um mês, no dia 10 de maio, foi iniciada a campanha do Catarse para o lançamento da nova edição do RPG Tormenta, que até agora tem sido chamada de Tormenta 20, em alusão aos 20 anos do universo. A força da marca não é segredo para ninguém que conheça um pouco de RPG nacional, sendo o sistema brasileiro jogado a mais tempo consecutivo, que deu origem a vários livros e quadrinhos ao longo dos anos. Tendo isso em mente, era de se esperar que uma campanha de financiamento coletivo pra o lançamento de uma aguardada nova edição fosse bem sucedida, mas nem mesmo os membros mais otimistas da equipe esperavam o que realmente aconteceu. 

 

O dia que o Catarse levou um acerto crítico

A campanha foi anunciada com um certo tempo de antecedência para gerar barulho e engajar os apaixonados fãs do sistema. Um vídeo de agradecimento foi planejado para quando a meta de R$ 80 mil reais fosse atingida, quem sabe em alguns dias, uma semana. Para o caso das metas estendidas também serem atingidas, algumas imagens comemorativas para serem lançadas também já estavam preparadas para ir ao ar, e a equipe que até então correra contra o tempo para deixar tudo preparado para funcionar sem problemas estava pronta para iniciar a campanha. E iniciou. Por volta de uma hora depois, a meta estava atingida, assim como toda a primeira fase de metas estendidas, e o Catarse fora do ar pela quantidade de acessos. Tormenta 20 atingiu a marca de se tornar a maior arrecadação da plataforma em 24 horas até hoje.

Uma questão de raça

Para quem não está familiarizado com o funcionamento dos financiamentos coletivos, um breve resumo: Propõe-se um projeto em uma plataforma especifica voltada para o financiamento, neste caso o Catarse. Pessoas interessadas no projeto investem determinados valores que podem ser tanto pelo simples prazer em ajudar, geralmente os mais baixos, até maiores investimentos em troca de premiações mais interessantes. No caso do Tormenta 20, tais prêmios vão desde cópia digital do novo módulo básico com nome nos créditos do livro, até box exclusivos recheados de acessórios para jogar com livro físico autografado, passando ainda por uma já esgotada Medalha Imperial Ordem de Wortar II que nunca mais será produzida. Além disso, é comum que a cada nova meta atingida, esse orçamento extra seja prometido na incrementação do produto financiado e 45 dessas já foram atingidas.

E é nesse ponto em que surge algo que vem realmente movimentando os grupos de fãs do sistema: As votações das raças disponíveis para se jogar no livro. Em um universo gigantesco como Arton, construído ao longo de duas décadas por jogos, livros e quadrinhos, também foram introduzidas raças diversas, e algumas das recompensas incluem votações para decidir quais delas terão suas regras disponibilizadas para que os jogadores façam seus personagens. Há campanhas apaixonadas e acirradas no grupo de Facebook oficial do sistema, Masmorra de Valkaria, com direito a textões e memes, tentando convencer os demais de qual seria a melhor escolha para todos.

 

Tormenta 20: O futuro

O financiamento de Tormenta 20 continua a pleno vapor! Tendo arrecadado impressionantes R$ 789 mil reais há ainda 27 dias do encerramento, está a menos de R$ 1.000 de se tornar a maior campanha da história do Catarse, uma clara demonstração da grande força da comunidade brasileira de RPG, que de tempos em tempos é dada como morta apenas para ressurgir com ainda mais força e quebrar tudo — literalmente nesse caso.

 

Atualização

Menos de 1 hora após a publicação, Tormenta 20 atingiu a meta e se tornou a maior campanha da história do Catarse. Parabéns a todos os envolvidos!

 

Leia também nossa entrevista com Rogério Saladino sobre o Tormenta 20!

Quer saber mais, ou até mesmo fazer parte da campanha? Você encontra tudo o que precisa saber na página oficial do Tormenta 20 no Catarse. A campanha vai até 9 de julho.

 

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