Como Andor Se Inspirou Em Um RPG de Mesa

A segunda temporada de Andor está muito próxima (ou talvez já tenha saído, quando esse post sair). Mas no aguardo de seu lançamento, eu vi o texto How Andor Got Its Backstory from a Tabletop RPG, que me deixou muito animado e me fez ir atrás do escritor do texto: Chris Baker, e perguntar se poderia traduzir o texto dele para português. Para a minha surpresa, ele permitiu, então vocês podem conferir o texto traduzido abaixo!

Em 1987, “Star wars: O Jogo de Interpretação” adicionou um detalhe vital para o universo de ficção cientifica que ainda é usado hoje em filmes, jogos, livros e séries.

Sobre a Série: Andor

A série Andor (que retorna para o Disney+ para a sua segunda temporada, no dia 22 de Abril) foi muito bem recebida quando estreou em 2022. Não apenas dos fãs de longa data de Star Wars, mas também da crítica que elogiou muito os temas abordados e a maneira que a série os aborda.

Mas o que a fez ser diferente de outras séries de Star Wars? Ao invés de focar nos planos maléficos que lordes Sith e seus associados com artes de destruição planetária em massa, como é o comum em Star Wars, Andor foi um pouco abaixo na escala de poder: aos oficiais intermediários dentro da Agência de Segurança do Império.

Esse foco nas atividades cotidianas dos funcionários do estado, sua batalha interna e a escalada de posições dentro de uma vasta burocracia, fez a série parecer mais um livro de LeCarre (Amigos Absolutos, O Jardineiro Fiel) do que uma produção da Lucasfilm.

Andor ofereceu uma visão rica de como uma rede clandestina e decentralizada, como a Aliança Rebelde, faria para obter inteligência e recrutar soldados, e como os mandaria em missões de campo.

Como a crítica recebeu a série

Críticos e fãs ficaram animados em como a série deixou e a galáxia tão, tão distante, muito mais real e palpável. Mas Andor não fez seu plano de fundo do nada – 35 anos antes, Star Wars: The Roleplaying Game (Star Wars: O Jogo de Interpretação, em tradução livre) foi a primeira mídia que descreveu os trabalhos internos dessas organizações em seus mínimos detalhes. A Agência de Segurança do Império não foi idealizada por George Lucas – foi inventada por um game designer.

Os desenvolvedores do jogo tinham que preencher esse plano de fundo – jogadores iriam precisar de todos esses aspectos granulares para que pudessem construir sua experiência de jogo de interpretação alá Dungeons and Dragons. Isso significa que boa parte dos desenvolvedores do jogo de RPG adicionaram diversas minúcias, clichês e elementos de história para o universo de Star Wars. Mais do que qualquer um jamais viu, incluindo o próprio George Lucas.

Star Wars: The Role Playing Game não é muito conhecido hoje em dia, mas muitos de seus personagens, criaturas, veículos e instituições são desse jogo de dadinhos, e fãs sonhavam que fosse, um dia, totalmente incorporado dentro do canon de Star Wars. Poderia até mesmo ajudar a franquia a voltar dos mortos…

Star Wars estava abandonado por anos antes que a West End Games licenciasse a propriedade para um RPG de mesa.

Há muito tempo – em 1986

Se imagine vivendo em um tempo que parecia que o fenômeno de Star Wars tivesse passado. É quase impossível imaginar isso hoje em dia. Mesmo nos anos 90, antes das prequels terem sido anunciadas. Ou durante aquele terrível tempo entre as prequelsO Despertar da Força, aonde ainda assim tinha diversas séries de TV, quadrinhos, action figures e videogames ajudando a manter a franquia viva.

Mas teve uma época em que o fenômeno Star Wars estava complemente abandonado e moribundo. No final dos anos 80, a trilogia original era uma memória distante. Os especiais de TV tinham acabado, os desenhos infantis tinham acabado e não havia mais livros ou brinquedos anunciados.

Muitas pessoas assumiriam que Star Wars nunca mais voltaria a ser o que era, porque era como as coisas funcionavam na época. Essa era uma era em que nem toda propriedade intelectual era tão popular, de Caça-Fantasmas aos Gremlins, de Karate Kid a Magnum P.I, todos foram rebootados e refeitos. Mas até o fim do governo Collor, era genuíno assumir que o ciclo de vida da franquia de George Lucas tinha acabado.

É por isso que é doido pensar que a West End Games, uma empresa de jogos de tabuleiro, estava disposta a ganhar o que seria o equivalente a uma fortuna na época para licenciar a franquia Star Wars. Bill Slavicsek, que ajudou a criar Star Wars: The Roleplaying Game para a West End, se lembra de contar para um amigo que trabalhava na Marvel sobre o projeto. “Ele dizia; ‘Porque você faria isso?! É uma licença morta!'”.

Mas Star Wars não estava morto.

E o jogo de RPG era uma das coisas que ajudou a manter a chama da franquia acesa para diversos fãs. O RPG da West End não foi uma mero remendo na franquia. Ao dar aos jogadores um cenário robusto aonde ele deveria ter suas próprias aventuras no universo de Star Wars, o jogo se tornou a pedra fundamental para o Universo Expandido de Star Wars e os livros spinoff, jogos, quadrinhos e o merchandising que viria a seguir.

Jogos de RPG são incríveis (isso vindo de um site chamado Movimento RPG não deveria ser surpresa). Com alguns dados, livros de regras, papeis quadriculados para mapear ambientes e um grupo de amigos disponíveis, jogadores puderam criar seu próprio mundo ilimitado. Uma espécie de consciente coletivo. “Foi uma espécie de grupo para Criação de Histórias”, diz Slavicsek.

Em meados de 1980, o cenário de jogos de tabuleiro, especialmente RPG, era muito diverso e altamente competitivo. Dungeons & Dragons, criado pela TSR, era o maior expoente, mas outras empresas começaram a surgir e criar concorrentes construídos ao redor de outros cenários e licenças. Antes de fazer o jogo de Star Wars, a West End já era bem sucedida no cenário de RPG, com o seu jogo de comédia e ficção cientifica Paranoia e uma adaptação de Caça-Fantasmas.

A West End já era bem familiar á ficção cientifica, com seu título “Paranoia”.

West End e a Licença de Star Wars

Greg Costikyan, co-criador de Paranoia, foi uma das pessoas que tinha como objetivo, lidar com a licença de Star Wars. “Nós voamos para a Califórnia para encontrar com a Lucasfilm”, comenta ele. “Nós fizemos uma proposta de U$100k. E depois descobrimos que a TSR havia tentado adquirir a licença também, mas eles fizeram uma proposta de U$70k”. (Em valores atuais, a proposta da West End foi de cerca de U$285k, enquanto a proposta da TSR foi próxima de U$199k. Esse valor para poder fazer um jogo de toda a propriedade intelectual de Star Wars, sem ressalvas, pelo equivalente a menos de 1/4 de 1 milhão de dólares).

Costikyan comentou que a Lucasfilm não parecia acreditar que a franquia estava morta naquele momento. A visão original de George Lucas era de nove filmes, afinal. Mas eles estavam cientes que a franquia estavam em estado de hibernação – como se estivesse congelada em carbonita. “A Lucasfilm achou que o RPG ajudaria a manter Star Wars ativo na mente dos fãs, foi por isso que a licença tinha valor para eles também” disse Costikyan.

Star Wars: The Roleplaying Game

Ele começou a trabalhar no livro base para Star Wars: The Roleplaying Game. Seu trabalho seria o trabalho da vida de algumas pessoas, mas para ele era só mais uma nota de rodapé. Ele seguiriam criando jogos inovativos e influentes para tabuleiro, PC, mobile e jogos sociais de diversos gêneros diferentes, e tem uma extensa galeria de textos sobre game design. Ele ganhou a Game Developers Choice Maverick Award pelo seu incansável esforço para criar sistemas de distribuição digital para jogos de videogame indie.

“Há uma enorme criação de mundo nos filmes, feito com efeitos visuais muito simples”, comenta Costikyan. “Coisas como os dois sols no céu de Tatooine. Que é apenas uma exposição dupla, mas nunca se viu nada daquele tipo antes. Eu também gostei do fato dos personagens não serem todos legais e gente fina. Tem uma dinâmica interessante em que eles ficam irritados, zombam e reclamam uns com os outros. É muito mais interessante do que todos serem legais, divertidos e simpáticos uns com os outros”.

Agora que ele estava trabalhando no jogo, ele reassistiu aos filmes intensamente. A West End não iria só recriar pedaços do filme, eles iriam sistematizar como as coisas acontecem naquele universo. “Tipo, quão rápido a sua temperatura corporal iria despencar em um planeta frio como Hoth?”, diz Costikyan. “Tem a necessidade de ter implicações mecânicas do que a gente vê na tela. Nos filmes, os Stormtroopers são conhecidos por errar seus alvos. No jogo, nos permitimos que eles acertem as coisas ocasionalmente; se não fosse isso, não teria drama envolvido”.

O Desenvolvimento de Star Wars para RPG

“Eu tinha alguns objetivos,” segue Costikyan. “Diferente da maioria dos RPGs, eu sabia que isso não seria vendido para alguém que já está acostumado com o D&D. Isso precisaria de um paradigma mais simplório”.

Ele focou nas partes mais intensas e memoráveis dos filmes: pense em como os droids tentavam atravessar um corredor em meio de uma batalha, perseguindo seus objetivos pessoais enquanto tiros de blaster ricocheteavam ao redor deles. Em como Luke e Leia se preparavam para passar por um abismo usando uma corda frágil, trocando um beijo rápido para dar sorte (um detalhe da história que fica mais estranho conforme o tempo passa).

“Eu queria um sistema que realmente  capturasse esses tipos de momentos, que exacerbasse o que era cinematográfico e emocionante”, conclui Costikyan. Ele também instruiu narradores em como levar os jogadores a se provocar e se incomodar, assim como os protagonistas dos filmes faziam.

Os designers da West End se dividiram em diferentes tipos de personagens do filme para definir as diferentes classes que os jogadores poderiam escolher. Eles também introduziram diversos arquétipos que não apareceram no filme. “Obviamente tem os contrabandistas e caçadores de recompensa,” diz Costikyan. “Um dos meus favoritos era o Jedi fracassado – um bêbado que não era necessariamente bom, mas que tinha algo controle sobre a Força.”

Failed Jedi, ou em tradução livre, Jedi Fracassado

O perfil do Jedi Fracassado em Star Wars: The Roleplaying Game. Outros personagens sugeridos incluindo: Jedi menor, Jedi Idealista, Contrabandista, Caçador de Recompensas, Negociador, Historiador Recluso, Nobre Arrogante, Piloto Irreverente, Criança, Batedor Sucinto, Servo Leal, Antigo Senador, Jovem Senador, Capitão Imperial Aposentado, Engenheiro Comprometido e mais.

Enquanto Costikyan trabalhava no livro de regras, Bill Slavicsek, editor na West End, estava revisando o livro The Star Wars Sourcebook. Que daria vários detalhes do universo – tudo, desde como propulsores, sabres de luz e motores funcionavam, até os detalhes biográficos de seus personagens e as maquiagens biológicas de vários monstros e raças alienígenas.

Slavicsek também era um enorme fã da franquia. Ele assistiu os filmes cerca de 38 vezes no cinema. “Eu estava tão envolvido que eu ia assistir de novo e de novo e assistia a reação dos meus amigos e família ao filme,” diz ele. “Era diferente de tudo que eu já havia visto. Não era um universo de ficção cientifica limpo e esterilizado – era vívido e visceral.”

Bill também diz que, para ele, era fundamental que houvesse semelhanças entre o universo que George Lucas criou e o universo criado pelo designers do RPG. “Star Wars e D&D não são apenas historias contadas – elas estão abertas para a imaginação”.

O editor de West End ainda começou a aprendeu tudo que ele podia sobre o universo dos filmes. “A internet não existia naquela época, nós tivemos que fazer toda a pesquisa na marra”. Eles foram a Lucasfilm atrás de todas as fotos, revistas e material arquivado para tal.

Recheando o Universo de Star Wars

Mas não havia grandes furos no canon para que Slavicsek e o co-autor Curtis Smith pudessem encaixar. Os filmes simplesmente não precisavam do tipo de construção de mundo massiva que um RPG tem. Os designers da West End tiveram que criar tudo, recebendo o aval da Lucasfilm nas maiores adições: “Nós não queríamos adicionar nada que não encaixasse no cenário, como qualquer tecnologia que parecesse sair de Star Trek”.

“Lucasfilm foi bem permissiva”, continua Costikyan. “Eles tiveram uma direção ocasional, tipo ‘você não pode mostrar stormtroopers sem seus capacetes’, e eu diria que isso veio porque a série de Clone Wars estava prestes a sair. Eles não queriam que nós matássemos qualquer um dos personagens principais. Mas nós não queríamos matá-los mesmo. Nos achamos que os jogadores gostariam de criar seus próprios personagens dentro daquele mundo.”

The Star Wars Sourcebook (1987), ou O Livro do Cenário de Star Wars, introduziu inúmeros detalhes ao canon, e deu nome a raças alienígenas que estiveram em papéis secundários nos filmes, como: Ithorianos, Twi’Leks, Devarionianos, Sullustanos…

Bill tinha permissão para nomear tudo…

Slavicsek foi como Adão no Jardim do Éden, dando nome a todas as criaturas na criação de Deus. Por exemplo, tem um alien bizarro que apareceu brevemente na cena da cantina que tinha um pescoço longo e curvado e olhos que ficavam de cada lado de seu cérebro largo e achatado. A linha de brinquedos Kenner simplesmente se referiu as criaturas como Hammerheads (ou Cabeças de Martelo, em tradução livre).

“Eu convenci a Lucasfilm que ‘The Hammerheads’ não era um bom nome para uma espécie, além disso, eles provavelmente entenderiam esse nome como um insulto.”

Pobres Ithorianos, chamados de Cabeças de Martelo…

Slavicsek renomeou as criaturas de crânios diferenciados de Ithorianos e no livro de cenário descreveu que a sociedade deles parecia um rebanho e se desenvolveu em uma terra natal com enormes florestas. Ele também nomeou os Twi-leks, a espécie que tem duas longas protuberâncias se estendendo de trás de seus crânios, como a dançarina escrava que o Jabba dá como alimento para o monstro gigante em O Retorno do Jedi. “Esses nomes não existiam até que eu coloquei eles no papel, era legal ver que as coisas que eu inventei décadas atrás agora parecem em brinquedos, desenhos e livros.”

Adições ao Cenário

O livro de cenário estava repleto de artefatos, e escrito como se fosse um livro presente dentro do universo de Star Wars. “Nós colocaram tudo junto de um jeito que as estatísticas eram apenas uma pequena parte do todo, o livro não apenas descreve as características das gigantescas lesmas que quase devoraram a Millennium Falcon em O Império Contra-Ataca, como também apresentou um trecho de autobiografia de um navegador que presenciou um capitão que tinha como obsessão destrutiva caçar uma dessas lesmas espaciais.”

A história da lesma espacial – oficialmente chamada de “exogorth” – toma a forma de uma referência a Moby Dick.

A Lesma Chamada Grendel

“Me chame de Sosakar. Nos tempos da Velha República, quando o Senado governava, foi a primeira vez que eu vi Grendel. Sim, a grande lesma Grendel que, de acordo com a lenda, esperava por navegadores incautos.

Você já ouviu a história de Flandon Sweeg e da espaçonave conhecida como Darkfire? Não? Então ouça, porque eu vou te contar.

Flandon Sweeg era um homem perigoso, um navegador que, como vários outros, algumas vezes se metia em caminhos desonestos para manter seu corpo e alma juntos. No ano em que eu servi, ele se soltou de suas amarras e os agentes do estado foram atrás dele.

A sua tripulação não caia de amores por ele, porque Flandon era um capitão que liderava pela força e não pelo afeto. Quando ele disse a eles como ele planejava reaver sua fortuna, eles o abandonaram, todos eles.

Pois o plano era esse: A lesma espacial vale mil créditos por kilo – para a empresa certa. E a lesma espacial Grendel deveria ter milhões de kilos.

Grendel vivia no Cinturião de Borkeen, uma linha de detritos espaciais. Ninguém nunca retornou de lá – exceto a mim.”

Enriquecendo os filmes

Havia uma riqueza narrativa ao Livro de Cenário que atiçou as imaginações dos jogadores. Não apenas deu a história do Han Solo mais vida, como explicou porque Jabba The Hutt pôs um preço na sua cabeça, apresentada no memorando do contador de Jabba que fez o inventário dos débitos de Solo e explicou porque o Hutt estava no direito de demandar a cabeça do contrabandista. “Como sempre, as decisões do estupendo Jabba eram justas, honestas e extremamente lucrattivas!” escreveu Fen. (O qual, o autor original assume que os dois “T’s” em “lucrattivas” era uma referência a pronuncia do Hutt e não um erro de escrita).

Trecho do memorando do contador que tabula os débitos de Han Solo para Jabba, incluído no livro de cenário de Star Wars.

Os Débitos do Capitão Solo a Jabba The Hutt

Honorável Jabba, eu inclui na lista o que esse inescrupuloso contrabandista te custou, até hoje, pelas suas inescrupulosas ações. Os valores listados abaixo são resultados diretos e indiretos da decisão de Solo de largar a sua carga, e de seu terrível comportamento desde então. Com sua permissão, eu gostaria de citar que são perdas irrecuperáveis aos seus negócios.

Mesmo que seja doloroso para alguém que você tem considerado como um filho (especialmente quando ele tem a chance de pagar pelos seus débitos), como você mesmo diz, a cabeça de Solo vai ser vir como uma bela maneira de deter outros empregados de cogitar ações similares. Como sempre, as decisões do Grande Jabba são justas, honestas e totalmente lucrattivas.

Seu servo grandessíssimo obediente,
Calk Fen

Recepção do Livro de Cenário

Quando o livro de regras e o livro de cenário lançou em 1987, a sua popularidade pegou a Lucasfilm de surpresa. “Eu acho que eles realizaram que havia muito mais sobre essa franquia do que eles pensavam, o que nós fizemos deu a eles o ímpeto para outras licenças.”

O suplemento de 1989 chamado Crisis on Cloud City incluía um conjunto completo de regras e um deck de cartas para Sabbac: o jogo de sorte que Han Solo estava jogando quando ele ganhou a Millennium falcon. Um momento chave para a história que foi retratado em 2018 no film Solo: Uma História Star Wars.

Com alguns anos do lançamento de Star Wars: The Roleplaying Game, a Lucasfilm assinou uma nova linha de quadrinhos de Star Wars. Assim como, de o Herdeiro do Império, um livro escrito por Timothy Zahn para explicar o que houve imediatamente após os eventos de Retorno do Jedi.

Zahn recebeu da Lucasfilm o livro de cenário do RPG para usar como referência quando escreveu o livro. “Pelo o que eu ouvi, Zahn se sentiu insultado por isso a principio, mas então ele percebeu que era melhor usar o nosso material como um recurso do que ter que criar um monte de coisa do zero.”

Herdeiro do Império é até hoje um dos livros mais aclamados do Universo Expandido de Star Wars.

Suporte ao Jogo

Slavicsek iria supervisionar o RPG de Star War por mais alguns anos, e iria eventualmente ser chamado para escrever diversas edições do exaustivo Guia para O Universo de Star Wars, se tornando uma das figuras de maior autoridade no assunto. Ele continuou a desenvolver outros jogos de RPG, eventualmente chegando a um papel de liderança na Wizards of The Coast, a companhia que comprou a TSR em 1997. Enquanto estava lá, Slavicsek dirigiu a criação da terceira e quarta edições de D&D, e também foi co-desenvolvedor de outro RPG de Star Wars durante quase duas décadas trabalhando na WoTC. Hoje em dia, ele é o diretor narrativo que está dirigindo os elementos narrativos do jogo MMORPG The Elder Scrolls Online.

Em 1988 o suplemento Strike Force: Shantipole detalha o papel da raça de moluscos Mon Calamari em desenvolver os caça B-Wing. Os detalhes da historia dessa aventura de RPG está presente no canon atual de Star Wars.

Os Livros de Cenário

Os livros de cenário que Slavicsek produziu continua a influenciar Star Wars, mesmo com o vasto Universo Expandido declarado como não canônico em 2014. O Grupo Narrativo dentro da Lucasfilm, que supervisiona todos os novos elementos narrativos para ter certeza que tudo vai ornar, inclui Pablo Hidalgo. Ele cresceu amando os jogos de RPG da West End Games. E contribuiu com diversos suplementos e guias da editora antes de se tornar um dos oficiais mantenedores do canon da Lucasfilm.

Star Wars: The Roleplaying Game contou historias que tem nutrido a franquia até os dias de hoje. Em 2015, Slavicsek viu um episodio da série de TV canônica Star Wars: Rebels que contou a criação dos caça B-Wing. E trouxe vários nomes e elementos da historia de Strike Force: Shantipole, um módulo do RPG da West End que ele editou. “Eu realmente fiquei impressionado com aquilo”.

A Criação da Agência de Segurança do Império

Quando estava escrevendo Rebel Breakout, uma aventura introdutória para o RPG da West End, Slavicsek precisava de um vilão para se opor aos jogadores e ele não queria fazer uma ameaça sem rosto e sem nome, como um Stormtrooper.

Então ele decidiu que o Império tinha agentes de elite que trabalhavam para uma organização chamada de Agência de Segurança do Império, ou ASI. Ele supervisionou a criação de um livro inteiro sobre os trabalhos internos do Império, conhecido como The Empire Sourcebook (ou O Guia do Império, em tradução livre). E ainda, ele tinha sugestões sobre os conflitos e rivalidades dentro da organização que, como hoje sabemos por confirmação do próprio Pablo Hidalgo, definiram a trama de Andor.

Trecho de The Imperial Sourcebook, que contém detalhes dos trabalhos internos da Agência de Segurança do Império.

“Além do tom geral e da direção, Andor vem contando uma história única, mas é obvio que alguém trabalhando na série é familiar com o material da West End.”

E mais…

Após a publicação do texto original, o Supervisor de Lore oficial da Lucasfilm, Pablo Hidalgo, leu o texto e confirmou que ele é uma das pessoas que colocou pontos da história do RPG em Andor e em outras propriedades da franquia. “Os jogos da West End me marcaram na época certa e me fizeram trilhar meu próprio caminho no universo de Star Wars, sempre fico feliz em trazer um pouco desse material adiante quando posso”. Ele postou.

O tweet original de Pablo Hidalgo, quando leu o texto original de Chris Baker.

Assim, seja um Patrono do Movimento RPG e tenha benefícios exclusivos como participar de mesas especiais em One Shots, de grupos ultrassecretos e da Vila de MRPG.

Além disso, o MRPG tem uma revista! Conheça e apoie pelo link: Revista Aetherica.

Texto Original: Chris Baker.
Tradução para o Português e Arte da Capa: Gustavo “AutoPeel” Estrela.
Revisão: Raquel Naiane.

A’lmig Bub – Jardins de Numenera – Numenera 2 – NPCS

A’lmig Bub é um personagem interpretado por Mesmer do canal Sessão 0, na nossa campanha de Numenera 2, Jardins de Numenera. Para aprender a criar seu personagem, você pode acessar este link!

Os elementos apresentados aqui podem ser usados por mestres que queiram incorporá-los nas suas próprias campanhas ou apenas serem lidos como inspiração para suas próprias criações.

A’lmig Bub – Ilustra por Iury KT

A’lmig Bub

Bub, como prefere ser chamado, não sabe se nasceu assim ou alguma interação com as cifras o alterou, contudo o importante é que algo mudou dentro de dele.

Com o passar do tempo A’lmig Bub notou que, as vezes, ele conseguiu estar entre dimensões, passando por objetos sólidos. Assim, com o tempo começou a se acostumar com seu novo dom e utilizá-lo de forma mais útil.

Esta nova experiência de vida trouxe uma compreensão maior para ele. Finalmente viu que cada segundo nesse plano era uma possibilidade era passageiro, essa inconsistência o tornou alguém meio caótico.

Agora, para Bub, o importante é se divertir e conseguir saborear o momento. A paixão pela descoberta do inesperado, o fez ansiar pela busca de novas cifras, sempre testar, depois pensar.

Como interpretar

A’lmig Bub é caótico, tudo leva para descobertas e ansiosamente a testes práticos, quanto mais misterioso mais ele quer se jogar (literalmente) nelas, ele ama a vida e os amigos que a tornam feliz, se puder ser impulsivo, ele vai ser.

Mote

Viver a cada segundo, descobrir coisas novas a cada momento.

Frase

Vai ser divertido, ou pelo menos interessante!


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de A’lmig Bub  para Numenera 2


Se você gosta de Numenera 2 conheça mais textos deste sistema dentro do Movimento RPG Clicando Aqui!

 

Lux – Ataque na Feira – T20 – NPCS

Lux é um personagem interpretado por Ricardo Kruchinski, para a nossa One Shot, Ataque na Feira. Para aprender a criar seu personagem, você pode acessar este link!

Os elementos apresentados aqui podem ser usados por mestres que queiram incorporá-los nas suas próprias campanhas ou apenas serem lidos como inspiração para suas próprias criações.

Lux – Ilustra por Tarostar

Lux

Lux é um Qareen do Fogo, nascido em uma pequena vila esquecida ao sul de Bielefeld, onde o calor do sol e a paisagem rústica moldavam o caráter de seus moradores. Desde criança, Lux chamava a atenção — não apenas por sua herança elemental que cintilava em seus olhos e em seu cabelo flamejante, mas também por seu senso inato de justiça. Mesmo entre brincadeiras e deveres simples, ele se destacava por proteger os mais fracos, mediar conflitos e demonstrar uma estranha maturidade.

Com o passar dos anos, esse brilho se tornou mais literal quando, durante um festival local, um sacerdote visitante de Khalmyr reconheceu o potencial do jovem e o consagrou como paladino. A consagração foi recebida com orgulho por sua comunidade, que passou a vê-lo quase como um símbolo de esperança. No entanto, apesar do respeito e da admiração que conquistou, Lux sentia que aquilo não bastava.

Não queria apenas ser alguém admirado em sua vila — queria ser testado de verdade, provar para si mesmo que sua fé e sua força tinham valor fora dos limites de sua terra natal. Assim, com a bênção de seus pais e o coração em chamas, partiu para o mundo como aventureiro, levando consigo apenas sua espada, seu escudo, e a certeza de que Khalmyr o guiaria na luta contra as sombras da injustiça.

Agora, percorre estradas perigosas e cidades caóticas, buscando construir um legado com as próprias mãos, não pela glória, mas pela convicção de que o bem precisa de defensores — mesmo quando ninguém está olhando.

Como interpretar Lux

Lux é um idealista. Ele acredito em um preceito de honra claro, não perfeito, porém claro. Ele é um paladino clássico, guerreiro da bondade, porém muito cheio de si e mais sarcástico que outros.

Mote

Ser reconhecido como um grande Paladino de Khalmyr, provar a si mesmo que merece este título, trazer alegria e paz para os lugares aonde vai.

Frase

“Vamos ver quanto que você aguenta contra um Paladino de Khalmyr!”


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de Lux para T20


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Atenção as Regras da Casa e Processos de Criação:

Os personagens foram criados utilizando a distribuição de pontos do livro básico Tormenta 20 Jogo do Ano, página 17

Yu Yu Hakusho Quest em 3D&T – parte 2

Olá Defensores! Está é a segunda e última parte da aventura O roubo do pergaminho Fengshen Bang, a qual utiliza o cenário de Yu Yu Hakusho como base. Você pode ler a primeira parte aqui. Se quiser ver as edições gratuitas da Tokyo Defender, clique aqui. E para os outros textos do Movimento, clique aqui.

Continuação

Após juntarem as 05 pistas durante a investigação, os jogadores estarão na floresta de Aokigahara. O ambiente é extremamente silencioso e não demonstra sinais de vida selvagem. Conforme caminham, percebem que existem muitas árvores bloqueando o vento, além do frio por causa da proximidade com o Monte Fuji. A energia negativa deixa de ser um “arrepio na pele” para se tornar extremamente desconfortável.

Ao avançarem pelas trilhas, passam a encontrar sinais dos suicidas humanos que costumam usar o local para tirarem suas vidas. Como cordas amarradas em galhos e troncos, roupas desgastadas, corpos em decomposição e ossadas. Nesta parte espíritos começam a aparecer emitindo sons agourentos e ensurdecedores.

Exija um teste de dificuldade difícil, aplicando os bônus das pistas coletadas. Aqueles que conseguirem passar, não são importunados pelas formas fantasmagóricas. Os que falharem sofrerão as penalidades da desvantagem assombrado (página 41 do Manual 3D&T Alpha) por 2d6 rodadas, devido ao contato com as formas fantasmagóricas que farão com que as piores lembranças venham a mente (peça que os jogadores criem esses traumas ou, se eles permitirem, o narrador pode criá-las). Ao passarem pelos espíritos, o grupo encontra pegadas na trilha que leva a uma Caverna de Gelo, nas bases do Monte Fuji.

Caverna de Gelo

A entrada da Caverna de Gelo possuí uns três metros de altura, estando completamente escura. O caminho é escorregadio devido ao gelo, e qualquer criatura em combate ou movimento na área deve ter sucesso em um teste de Habilidade –2 (ou Habilidade +1 caso possua a perícia Esporte). Se falhar, cairá e estará indefesa até se levantar. Cada tentativa de ficar de pé gasta uma ação de movimento e exige um novo teste.

A temperatura dentro da caverna é abaixo de zero e o teto, em alguns lugares, será mais baixo que o normal, exigindo cuidado ao caminhar. Depois de exigir 03 testes de Habilidades, os PJs chegarão a uma trilha com degraus esculpidos na pedra e corrimão de madeira, descendo por dentro do Monte Fuji. Conforme avançarem pela escada, a temperatura ficará mais quente e uma iluminação surgirá no final do caminho devido a uma abertura circular. Sombras e vozes começam a ficar nítidas, e uma conversa é escutada por todos:

Finalmente, nossos convidados chegaram! Logo o ritual estará completo“.

Não vejo a hora, mestre Gunther. Vamos usá-los como sacrifício e abrir o portal para o Mundo das Trevas e o Mundos dos Espíritos“!

Não, esse não era o combinado! O ritual deve ser utilizado apenas para abrir a passagem ao Mundo dos Espíritos“!

A conversa é interrompida devido a uma sequência de barulhos parecidos com uma sequência de chutes e socos, além de um grito de dor que enche a caverna, seguido de uma risada escandalosa.

Dentro da Caverna

Pergunte aos jogadores o que eles farão, visto que os inimigos já sabem de suas presenças. Se os jogadores saírem do túnel descreva o seguinte:

Vocês chegam num local amplo, uma caverna bem espaçosa. O local está iluminado por tochas presas na parede e por um fluxo de lava que passa pelo local. A temperatura é alta e o ar tem um forte cheiro de podridão e enxofre. Numa plataforma de pedra, atravessando a caverna, vocês veem um youkai amarrado e suspenso por uma corda, pronto para cair na lava derretida. No centro, estão os ladrões que vocês caçavam. Quatro ficam posicionados na frente e um quinto sentado numa pedra mais alta, olhando para vocês.

Descreva os youkais e responda quaisquer questionamentos dos jogadores. Depois inicie a fala do líder do bando:

Ora, sejam bem-vindos! Eu sou Gunther, o líder dessa companhia de mercenários e desejo saber o que vocês querem num local tão restrito do Ningenkai“.

Depois da resposta dos jogadores, continue:

Entendi, eu sabia que aquele bebezão do Koenma mandaria seus cachorros em meu encalço. Mas tudo bem, assim as coisas ficarão mais divertidas. Proponho um desafio: vocês enfrentarão meus homens, nesta plataforma de pedra. Se vencerem ficarão com o pergaminho e com aquele ali, que deve estar sendo assado lentamente no bafo. Se perderem, eu usarei suas almas como tributo e assim, completarei o ritual e me tornarei um deus.

Os jogadores deverão sortear a ordem de combate, onde lutarão em partidas de um contra um. Se os PJs estiverem perdendo, Botan ou alguém a mando de Koenma, que acompanha tudo pelo seu monitor no Makai, poderão chegar para auxiliar os personagens. Os PJs que vencerem seus duelos, podem enfrentar os Youkais que aindam estão em pé, até todos serem derrotados.

Inimigos

Youkai MOKUREN (15N)

F3 (esmagamento), H1, R2, A3, PdF1 (fogo), 10 PVs, 10 PMs [10]

Kit: Monstro
– Dilacerar: você jamais se deixa levar por qualquer tipo de “contenção” que guie as pessoas normais. Gastando 1 PM e fazendo um ataque corpo-a-corpo, você ganha +1d na Força de Ataque.

Vantagem Única:
– Meio-Abissal

Vantagens:
– Sentidos Especiais (Faro Aguçado, Infravisão e Ver o Invisível)
– Armadura Extra: Fogo
– Ataque Especial (F, Perigoso)
– Implemento (Cegueira)
– Reflexo de Combate

Desvantagens:
– Vulnerabilidade: Elétrico e Sônico
– Má Fama
– Monstruoso
– Sanguinário

Perícias:
– Crime

História:

Se não for bem cuidado, shoji – as portas e janelas corrediças de papel encontradas nas casas japonesas – podem ser facilmente danificados e crivados de buracos. Quando o shoji passa muito tempo sem reparo, olhos fantasmagóricos começam a surgir dos buracos, observando tudo o que acontece dentro da casa.

Mokumokuren são inofensivos, mas incrivelmente assustadores. O verdadeiro perigo reside em quem podem ser seus companheiros. Os mokumokuren costumam trabalhar em conjunto com outros tsukumogami e costumam ser um sinal de uma infestação maior de yokai.

Um comerciante viajante mesquinho certa vez tentou economizar dinheiro dormindo em uma casa abandonada em vez de dormir em uma pousada. Acordando no meio da noite, ele foi confrontado por uma (quase) tela de shoji inteira olhando para ele. Em vez de ficar com medo, ele removeu os olhos da tela e os vendeu para um cirurgião oftalmologista local. Em outra história, um viajante estava determinado a permanecer na mesma casa que um Mokumokuren , tentando ignorá-lo enrolando o cobertor sob o qual dormia firmemente em torno de sua cabeça. Ao acordar, descobriu que seus globos oculares haviam sido removidos e não estavam em lugar nenhum.

 

Youkai JOROGU (15N)

F3 (corte), H3, R2, A2, PdF1 (químico), 10 PVs, 10 PMs

Kit: Femme Fatale
– Ataque Furtivo: se atacar um oponente indefeso, a femme fatale pode gastar 2 PMs para ignorar a Armadura dele para este ataque.

Vantagem Única:
– Centauro

Vantagens:
– Aparência Deslumbrante
– Ataque Especial (F, Penetrante, Preciso)
– Movimento Especial I (Balançar-se, Constância, Escalar)
– Paralisia
– Técnica de Luta (Encurralar, Força Oculta)

Desvantagens:
– Modelo Especial (corpo de aranha)
– Dependência (homens jovens e viris)
– Insano: Intolerante (Mulheres)
– Má Fama

Perícias:
– Crime

Manobras: Combate Táurico. Em combate, centauros podem deixar de fazer um ataque normal para fazer dois ataques por rodada com as patas dianteiras (cascos, garras…). São ataques baseados em Força (FA=F+1d), mas imprecisos, sem incluir a Habilidade do personagem. Se quiser aumentar a FA através de vantagens ou manobras, deve pagar o custo para cada ataque.

História:

No Japão, algumas aranhas são conhecidas por possuírem incríveis poderes sobrenaturais. Um deles é o jorogumo, conhecido como o tecelão de orbe dourada. O jorogumo é o mais conhecido dos aracnídeos youkai, e é encontrado em quase todo o arquipélago japonês, exceto na ilha de Hokkaido, no norte.

Possuem de dois a três centímetros de comprimento, mas podem crescer muito, o suficiente para comer empequenos pássaros. Famosos por seu tamanho, suas cores vivamente belas e as grandes e fortes teias que tecem, os belos jorogumo também são famosos pela cruel destruição que causam aos jovens.

Jorogumo vivem uma vida solitária, tanto como aranhas quanto yokai. Quando um tecelão de orbe dourada atinge 400 anos de idade, desenvolve poderes mágicos e começa a se alimentar de humanos em vez de insetos. Os Jorogumo fazem seus ninhos em cavernas, florestas ou casas vazias nas cidades. Possuindo uma inteligência astuta e um coração frio, veem os humanos como insetos para se alimentarem. Eles são enganadores habilidosos e metamorfos poderosos, geralmente aparecendo como mulheres jovens, sexy e incrivelmente bonitas.

Suas presas favoritas são homens jovens e bonitos em busca de amor. Quando um jorogumo vê um homem que deseja, o atrai para sua casa com promessas de afeto. Ele nunca mais é visto. Jorogumo fia fios de seda fortes o suficiente para que um homem adulto fique enredado e não possa escapar. Também têm um veneno poderoso que enfraquece lentamente um homem dia após dia, permitindo que a aranha saboreie a longa e dolorosa morte de sua vítima.

Jorogumo pode controlar outras aranhas, até mesmo empregando aranhas cuspidoras de fogo para incendiar as casas de qualquer intrometido. São predadores tão habilidosos, podendo operar por anos e anos, mesmo no meio de uma cidade movimentada, empilhando centenas de esqueletos desidratados de jovens tolos.

 

Youkai KOTENGU (15N)

F1 (corte), H5, R2, A1, PdF3 (sônico), 10 PVs, 10 PMs

Kit: Chapéu-Preto
– Bala nas costas: você nunca entendeu essa história de “lutar limpo”. Seu primeiro ataque em um combate é sempre um acerto crítico automático.

Vantagem Única:
– Elemental do Ar

Vantagens:
– Ataque Especial (Trovão Explosivo, PdF; Poderoso)
– Invulnerabilidade: Sônico
– Voo

Desvantagens:
– Modelo Especial
– Monstruoso
– Vulnerabilidade: Esmagamento
– Devoção (seguir até a morte Gunther)
– Insano: Homicida
– Má Fama

Perícias:
– Crime

Corpo Elemental. Elementais não precisam dormir, beber, comer, respirar e são imunes a todos os tipos de doenças. Além disso, podem usar a magia Corpo Elemental pela metade do custo em PMs. Eles também têm aptidão para uma escola de magia, podendo adquirir a vantagem por apenas 1 ponto. Entretanto, recebem as desvantagens Modelo Especial e Monstruoso.

Vendaval. Por 3 PMs, o elemental do ar é capaz de envolver vítimas em número igual a sua Habilidade e jogá-las para o alto por 1d×10 metros. Elas sofrerão 1d pontos de dano para cada 10m de queda. Alvos tem direito a um teste de Força para evitar o efeito e um teste de Armadura para reduzir o dano da queda pela metade.

História:

Os Kotengu se assemelham a grandes aves de rapina com características humanas. Geralmente usam vestes de eremitas ascetas e místicos chamados yamabushi, e às vezes carregam armas finas ou outros itens roubados de casas ou templos humanos.

Kotengu se comportam como monstros selvagens. Vivem vidas solitárias, mas, em raras ocasiões, se unem a outros youkai para atingir seus objetivos. Acumulam tesouros, desde bugigangas e valiosos itens mágicos. Quando irritados descarregam sua raiva em qualquer coisa que esteja perto deles em ataques destrutivos.

Kotengu tem pouco respeito pelos humanos. Eles se alimentam de carne humana e cometem torturas e assassinatos por diversão. Alguns de seus jogos favoritos são raptar pessoas para jogá-las de grandes alturas nas profundezas da floresta ou amarrar crianças no topo das árvores para que todos possam ouvir seus gritos, mas ninguém possa alcançá-los. Eles se divertem especialmente com sacrilégios. Eles atormentam monges e freiras, roubam templos e tentam seduzir o clero.

A maior fraqueza de Kotengu é o excesso de confiança. Existem inúmeras histórias folclóricas sobre kotengu sendo enganados para negociar itens mágicos poderosos ou fornecer informações valiosas em troca de bugigangas sem valor. Os tolos kotengu superestimam sua própria inteligência ao tentar enganar os humanos e acabam sendo enganados.

 

Youkai HEIKEGANI (15N)

F3/4* (corte), H3, R3, A2, PdF0, 15 PVs, 15 PMs

Kit: Samurai
– Espada ancestral: você possui uma espada mágica com Força +1. Esta arma evolui com você: sempre que você investe 2 Pontos de Experiência em evolução de personagem (mas não outras utilizações), recebe também 1 PE extra que pode ser usado para melhorar sua espada.

Vantagem Única:
– Demônio

Vantagens:
– Sentidos Especiais (Faro Aguçado, Infravisão, Ver o Invisível)
– Invulnerabilidade: Fogo
– Teleportação Planar (Um demônio pode usar esta magia livremente, por seu custo normal em Pontos de Magia, exceto quando está preso ao próprio plano nativo por sua Maldição (veja adiante))
– Ataque Especial (Lâmina da Vingança, F)
– Patrono (Companhia de Mercenários Youkais de Gunther)
– Técnica de Luta (Golpe de Saque, Kiai)

Desvantagens:
– Má Fama
– Maldição (Todo demônio destruído fora de seu plano de origem é banido de volta, e não pode retornar durante algum tempo — desde 30 dias até 1000 anos, à escolha do mestre. Um demônio destruído em seu próprio plano de origem desaparece para sempre, e não pode ser ressuscitado, exceto com um Desejo)
– Vulnerabilidade: Elétrico e Sônico
– Código de Honra (samurai): sempre obedecer a seu Patrono, não recua diante da morte, vingar qualquer desonra, jamais demonstrar covardia.

Perícias:
– Especialização em Pintura, Furtividade, Ciências Proibidas

História

Heikegani são caranguejos nativos do Japão, conhecidos pelo padrão peculiar de suas conchas. Quando vistos de cima, suas carapaças parecem ter pintado o rosto carrancudo de uma máscara de samurai. Segundo a lenda, isso é resultado da inimizade de um samurai afogado do clã Taira – também conhecido como Heike – que se imprimiu nesses caranguejos.

Durante o século XII, uma sangrenta guerra civil foi travada entre os dois clãs políticos mais importantes do Japão – o Minamoto, ou Genji, e o Taira, ou Heike. A guerra terminou definitivamente em 1185 na Batalha de Dan no ura. As frotas Genji e Heike se encontraram no estreito que separa Honshū e Kyūshū. Embora a batalha inicialmente tenha favorecido o Heike, as marés mudaram e favoreceram o Genji.

Além disso, um general Taira desertou e revelou a localização do navio Heike que transportava o imperador Antoku, de seis anos, e as insígnias imperiais. Os arqueiros Genji lançaram flechas sobre a frota Heike. Quando ficou claro que a derrota era inevitável, os sobreviventes Heike, incluindo o jovem imperador, se lançaram ao mar para não serem capturados.

Embora os Heike tenham sido exterminados fisicamente, suas almas sobreviveram, carregando o rancor da guerra e a traição de seu general. As almas dos guerreiros Heike mortos, ficaram perdidos no mar até se alojarem nos caranguejos que rastejam no fundo do mar. As conchas dos caranguejos mudaram para o formato de um rosto carrancudo, um lembrete permanente do rancor sem fim dos Heike.

Na cidade de Kitakyūshū, é dito que as almas dos homens Heike se transformaram em heikegani, enquanto as almas das mulheres Heike se transformaram em kappa.

 

Chefão

Quando só sobrar Gunther, ele próprio enfrentará todos os PJs ao mesmo tempo, mas ele revelará que independente dos esforços para detê-lo, ele será o vencedor. Narre o seguinte:

Admiro o espírito de luta que vocês humanos mortais possuem. Conseguiram derrotar todos os meus companheiros Youkais, mas a derrota deles não será em vão. Vejam isso, usarei eles como sacrifício!

Ao desenrolar o pergaminho, Gunther recita as palavras mágicas dele e, usando como tributo seus companheiros derrotados, quebra o selo mágico. Os personagens veem que os derrotados gritam em protesto, tendo suas almas sugadas pelo pergaminho. Gunther invoca a ruptura das três barreiras, criando um vórtice no teto da caverna. Tudo começa a tremer, e o nível da lava começa a subir. Somente com a derrota do Youkai o feitiço será interrompido.

Quando Gunther estiver perto da morte, ele atacará a corda que está prendendo o Youkai contratante, e o mesmo cairá em 1d6-3 turnos na lava, morrendo. Os PJs precisarão bolar um plano para conseguir impedir tal morte e, com isso, frustrar os planos do vilão, que precisa de cinco almas para estabilizar o vórtice.

Youkai GUNTHER (22N)

F5/6* (corte), H5, R4, A2/3*, PdF1 (fogo), 20 PVs, 20 PMs

Kit: Caçador Primordial
– Predador: você pode designar um oponente como sua presa. Este oponente irá se tornar automaticamente seu Inimigo (Manual 3D&T Alpha, pág. 33) e você receberá os bônus relativos à vantagem somente contra ele. O bônus perdura até o fim do combate ou até que seu adversário seja destruído. Trocar de oponente durante um combate conta como uma ação e custa 2 PMs.
– Crítico Aprimorado (Inimigo): quando você rola um acerto crítico contra um inimigo eleito pelo poder Predador, sua Força ou Poder de Fogo é triplicado (ao invés de duplicado).

Vantagem Única:
– Wargen “Cria de Ares”

Vantagens:
– Forma Alternativa (Lupina: F–1, Aceleração, Sentidos Especiais (audição aguçada, olfato aguçado e visão na penumbra) e Modelo Especial)
– Forma Alternativa* (Wargen: F+1, A+1, Modelo Especial e Monstruoso)
– Dádiva Brado de Batalha
– Dádiva Força da Fúria
– Ataque Especial (Garras Demoníacas Sangrentas, F; Tempestade de Golpes)

Desvantagens:
– Vulnerabilidade: Prata
– Fúria
– Modelo Especial*
– Monstruoso*
– Insano: Fantasia (Se considera o Youkai mais poderoso do Makai)
– Má Fama
– Ponto Fraco

Perícias:
– Sobrevivência

 

O Reencontro

Com a derrota de Gunther, o Caçador Primordial, os PJs conseguem impedir que a abertura completa do portal entre os 03 mundos. Mas vinda do Reikai surge um ser com uma energia espiritual bem elevada e opressora, semelhante aos das relíquias encontradas na Floresta. Quando o ser termina de materializar-se, os personagens conseguem enxergar uma forma esbelta, feminina, iluminada por uma luz clara, que contrasta com a escuridão do local. O ser divino olha para os personagens e diz:

Rápido, vocês precisam sair deste local antes que a lava suba demais. Eu vou destruir o Pergaminho e selar o portal aqui no Ningenkai.”

Permita que os PJs questionem as decisões de tal ser. Ela explicará o seguinte:

O que eu fiz foi errado, eu pedi para que meu amado Youkai roubasse esse pergaminho e, assim, após realizar o ritual e tornar-se um deus, pudesse atravessar as barreiras entre os mundos e nós dois ficaríamos juntos para sempre.” – Ela pega o pergaminho e se aproxima de seu amante, que está extremamente ferido e quase sem vida, ela grita para os personagens: “Pelo meu crime, eu me juntarei a ele neste último momento. Viveremos para sempre nas cinzas deste Monte. Agora vão embora“.

Os personagens poderão tentar impedir o sacrifício da deusa e do youkai, mas precisarão passar em um teste difícil de Lábia / Intimidação, e deverão oferecer uma solução para fechar a Barreira e evitar a destruição da caverna e a explosão do Monte Fuji. Se os dados forem bons e o plano for coerente, os personagens escapam com os dois seres para fora, mas sem o pergaminho, que queimará nas lavas do vulcão.

 

Desfecho

Ao escaparem da Caverna de Gelo, Botan (se ela já não estiver com os personagens) e um Esquadrão de Elite do rei Enma surgem na frente do grupo. Eles interrogarão a Deusa e o Youkai, que confessarão o crime tramado a 900 anos. Mas como a própria Deusa usou seu Reiki divino para fechar a Barreira e destruir o pergaminho, Koenma surgirá em forma adulta e concederá a permissão para que os amantes vivam juntos no Makai, em agradecimento a missão bem sucedida. Todos se teleportam para o Makai, deixando os personagens por conta própria para voltarem a cidade mais próxima.

Caso os personagens apenas fujam, pois não possuem recursos para impedir a tragédia, eles sobem correndo pelas escadas e voltam pela entrada com o chão escorregadio de gelo (não exija teste). Ao se reunirem do lado de fora, Botan e um Esquadrão de Elite do rei Enma surgem, prontos para ouvirem o relatório da missão. Os protetores da Barreira descerão até o fundo da caverna, para verificarem se a fenda foi fechada. Eles retornarão dizendo que tudo está certo, agradecendo aos esforços dos personagens. Todos se teleportam para o Makai, deixando os personagens por conta própria para voltarem a cidade mais próxima.

Criação de Contos – Dicas de RPG #183

Neste episódio do Dicas de RPG,  Raquel Naiane fala um pouco das suas vivências e do que busca para criar um conto e escrevê-lo.

O Dicas de RPG é um podcast semanal no formato de pílula que todo domingo vai chegar no seu feed. Contudo precisamos da participação de vocês ouvintes para termos conteúdo para gravar. Ou seja, mande suas dúvidas que vamos respondê-las da melhor forma possível.

Portanto pegue um lápis e o verso de uma ficha de personagem e anote as dicas que nossos mestres vão passar.

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Criação de Contos

Voz: Raquel Naiane

Edição do Podcast: Senhor A
Arte da Capa: Raul Galli

Músicas: Music by from Pixabay

Tagmar – a volta dos que não foram – notícia

Tagmar, é um jogo de RPG do gênero de fantasia medieval, 100% brasileiro. Escrito por Marcelo Rodrigues & outros,  claramente sonhado para alta fantasia. Atualmente, está voltando numa edição de colecionador, pela Nozes Game Studios, por meio de um financiamento coletivo no Catarse, sem fins lucrativos(?!). Considerado o primeiro RPG brasileiro, já tem muito material pronto, e muita estória pra contar.

Mas como Tagmar está num financiamento coletivo (FC) sem fins lucrativos?

No mundo exótico e misterioso de Tagmar, a busca por aventuras e perigos, é sem fim. Na verdade, você pode adquirir o PDF gratuito, o objetivo deste FC é disponibilizar uma versão mais luxuosa para quem quiser material físico, com ilustrações e tudo mais.

A promessa é que o excedente será sorteado em eventos de RPG.

Escudo Tagmar

Pera, Tagmar nunca deixou de existir, desde sua criação?

Durante uma caminhada pelo deserto, o autor-heroi  Marcelo Rodrigues  & outros heróis criadores (Alex Ladeiras, Alex Resende, Alisson Diorgenes Vasconcelos, Andre Luis Tomaz Dionísio, Angelo Gurzoni Junior e Pablo Gallis, Bernard Guimaraes Nogueira, Carlos Martins, Diego Awi, Diego Guinâncio, Fábio Carvalho Magalhães, Felipe Deprá Galdino, Fernando Nascimento Reis da Costa, Geraldo Lúcio Cabral da Silva, Gustavo Lorena Pinto, João Antonio Modernel Bender, Jonas Conrado Cardozo, José Jorge Osório da Silva Junior, Marcelo Bouzas Barbosa Teixeira, Marcelo Rodrigues, Mauro Draco, Samuel Oliveira de Azevedo, Rywv, Saulo Carvalho Rocha, Stefano Guimarães Giusini, Thiago Rodrigues do Nascimento e Wévison Guimarães dos Santos Genuino) de Tagmar mexeram em algumas regras, e essa terceira edição continua em termos de conteúdo quase a mesma coisa, o que muda é mais diagramação e algumas artes. Mas o material de PDF continua gratuito, você não precisa renovar nada. São diversos autores.

Quer saber mais? Olha nossa resenha de Tagmar.

Não foi suficiente? Quer saber o que muda na terceira edição de Tagmar? Então olha em Tagmar- terceira edição – o que mudou. 

Espera, tem mais. Fichas de Personagem de Tagmar, aqui mesmo no movimento RPG.

Tagmar, Editora Nozes, Iniciativa RPG…

Tagmar — livro dos Reinos

…Se juntam como os 3 mosqueteiros, num financiamento coletivo que tem tudo pra ser épico:

  • Promessa de no mínimo 5 livros …
  • Que podem se tornar 7 livros,
  • Com capa dura
  • Papel de qualidade (talvez couchê?)

E nós do movimento RPG, esperamos nos tornar o quarto mosqueteiro em breve, hehe!

Mas agora, quer saber mais?

  1. Total de mais de 1200 páginas
  2. Livro de Regras.
  3. Livro dos Reinos
  4. Livro de Magia
  5. Livro de Criaturas ( e se bater meta, continua com mais 3 livros , olha abaixo…)
  6. Livro de ordens Sacerdotais
  7. Livro dos Deuses
  8. Livro dos Colégios
Tagmar — livro dos colégios

Por fim…

Tagmar continua entre nós, faz parte da História do RPG no Brasil, e se você ainda não conhece, tem chance de conhecer e adquirir material físico por uma relação custo benefício lendária. Quer PDF gratuito? Tem também: Tagmar PDF.

Quer conhecer a Editora Nozes? Claro! Clica no link Editora Nozes.

Quer conhecer este FC sem fins lucrativos? Segue o link: Tagmar!

Comenta aí! Grande abraço, e até breve, aventureiros e aventureiras!


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Vermilium – Preview – RPG – Resenha

Vermilium – jogo rápido, este preview é uma versão resumida do RPG Vermilium, que iniciou o financiamento coletivo pela Meeplestarter em 08/04/2025. O projeto se passa num mundo de fantasia, desenvolvido White Witch Games,  trazido ao Brasil pela Editora Escafandro, que pode ser “recém-nascida”, mas tem pessoas experientes com RPG.

 VERMILIUM, JOGO RÁPIDO…

Ficha técnica 

  • Escrita, Design, Layout, Cartografia por: Ben Giles
  • Editado por: Christine Crabb
  • Artes: Alex Vede
  • Tradução: Diogo Arakis
  • Revisão: Gabriel Sveis
  • Diagramação: Victor Guimo
  • Páginas: 19, com uma aventura já incluída (livro completo? 224 páginas!)
  • Editora White Witch Games, mas no Brasil pela Editora Escafandro.
  • Miolo colorido
Editora Escafandro

… Se passa em um “Novo Mundo ” ficcional …

… muito, mas muito, inspirado no Velho Oeste estadunidense (intencionalmente). Interessante que todos os povos não humanos são nativos (anões, elfos pequeninos…) mas a humanidade invadiu este novo mundo, então, se você é humano, você “chegou depois”. 

Mais especificamente, grande parte da ação se dá na questão de exploração deste novo mundo. Claro, também tem características de existência de forças sobrenaturais, fantasia, artefatos e ruínas para desbravar.

As artes internas coloridas, a diagramação, e fonte, nos transportam para este “Velho Oeste ” de fantasia, mas sem armas de fogo, já o ” ouro” é substituído pelo Vermilium, por outro lado…

…você pode ser, em Vermilium…

… um anti-heroi (sim, é assim que o livro chama os personagens jogadores), tendo sua personagem como:

  • Humano ( todo humano é um colonizador, ou descendente de um)
  • Elfo
  • Anão
  • Pequenino, ou…
  • Sasquatch (isso, o “pé-grande”)…

só pra começar.

Te atraiu a idéia? … Entretanto, nós te lembramos que…

Vermilium emboscada

… A mecânica principal de Vermilium, jogo rápido…

Se baseia em Savage Worlds edição Aventura, (regras de ambientação, convicção e limite de ferimentos) e a regra do retorno dinâmico. 

Tem umas complicações muito legais também.

Ao mesmo tempo, …

… Te conduz no mundo de Vermilium para…

…Que se utilize de poderes com complicações, vantagens e equipamentos, estimulando a exploração, com bastante trama política, e ainda conceitos como caça e colheita, além de fabricação e o você quiser. Além de …

… Trazer uma aventura pronta para Vermilium: “O que jaz abaixo” …

com ilustrações, mapas, armadilhas, antagonistas e aliados.

Imagina o livro completo.

Vermilium — mapa

… Então, quais as vantagens de “Vermilium — jogo rápido”?

Se você procura um RPG inspirado no Velho Oeste, retirando armas de fogo, e introduzindo magia & seres não humanos, está no lugar certo.

Vejamos:

  1. Apresenta um sistema de regras já bem conhecido, o Savage Worlds edição aventura,
  2. Muitas opções de antagonistas no livro completo 
  3. Criação de personagens pode tanto ser bem “autoral“, quanto já utilizando tabelas de personagens prontos, muito rápido.
  4. Idéias para criação de aventuras super-rápidas, com uso de tabelas na versão definitiva.
  5. Ilustrações misturam traço a lápis e pintura, (eu gostei) ajudam na imersão.

Tudo muito bom, mas e as…

… Desvantagens?

Um grande livro colorido e ilustrado, não pode ser tão barato, então aproveita o jogo rápido, que é gratuito. Apesar dos alertas logo no início do livro, em especial quanto aos anti-herois,  lembre de fazer uma sessão zero para evitar gatilhos.  Dito isso, minha …

…Impressão pessoal…

… É que se você gosta de um RPG com uma boa dose de fantasia, velho oeste, e algo sombrio, pode puxar uma cadeira e tomar um café pra degustar esta proposta. O design e ilustrações, achei bem trabalhados. Tem uma descrição de continentes, locais de interesse e ganchos de aventuras.

C‌urtiu? Quer conhecer este RPG? Em breve no site da Editora Escafandro.

E deu vontade de ver o financiamento coletivo do livro completo, de 224 páginas? Então clica em Vermilium. O Fast-Play está lá te esperando! Não estranha, que alguns dados que coloquei aqui são um pouco além do Fast-play, estarão na versão final.

A campanha de financiamento coletivo de Vermilium vai até 08/05/2025.

O material terá uma versão em formato digital (PDF).

Venha desbravar o novo mundo, anti-heroi!

Temos outras resenhas, aqui no movimentoRPG. Quer checar aqui? E nosso podcast, já conhece? Escuta aqui!


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Assassin’s Creed RPG – Taverna do Anão Tagarela #168

Igor Detona, Gustavo Estrela e Igor Tancredo falam sobre Assassin’s Creed RPG nessa taverna. Venha entender como os diversos períodos históricos que podem ser abordados pelo jogo, saiba como algumas mecânicas icônicas dos jogos funcionam no RPG, e, por fim, tenha ideias de histórias para sua mesa.
A Taverna do Anão Tagarela é uma iniciativa do site Movimento RPG, que vai ao ar ao vivo na Twitch toda a segunda-feira e posteriormente é convertida em Podcast. Com isso, pedimos que todos, inclusive vocês ouvintes, participem e nos mandem suas sugestões de temas para que por fim levemos ao ar em forma de debate.

Portanto pegue um lápis e o verso de uma ficha de personagem e anote as dicas que nossos mestres vão passar.


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Assassin’s Creed RPG

‎Host: ‎‎Douglas Quadros
‎Participantes:‎‎ Igor Detona | Gustavo Estrela ‎| Igor Tancredo
‎Arte da Capa:‎‎ ‎‎Raul Galli.‎

Powerchords – O poder da música no RPG

POWERCHORDS!!!

Acho que, primeiramente, devo explicar o que é Powerchords: trata-se de um roleplaying game de mesa sobre personagens jogadores envolvidos com o universo da música (em especial como membros de uma banda de rock). Essa é a definição simplista.

Na realidade Powerchords é isso e muito mais. Sem medo de parecer emocionado Powerchords é um dos livros de RPG mais bem escritos e imersivos que já li na minha vida rpgista nos últimos 25 anos. Powerchords usa como base o sistema Compact System, pouco conhecido e ineficiente, o qual pode ser ignorado sem prejuízo à proposta do jogo. Saído da mente de Phil Brucato, um dos autores do RPG Mago a Ascenção, mesmo que controverso e envolvido em polêmicas na comunidade internacional,  é um livro para ser usado com seu jogo preferido de Fantasia Urbana (a exemplo de Ordem Paranormal, Delta Green ou Vampiro a Máscara).

Dentro de Powerchords

O texto de Powerchords foi escrito por Brucato de uma forma que apresenta ao leitor a música enquanto um fenômeno artístico e ao mesmo tempo místico – passeando por referências de músicos e princípios filosóficos/esotéricos. O sobrenatural que comove, excita e causa até catarse, tanto nos músicos quanto na audiência.

Para os personagens jogadores, entretanto,, as possibilidades extrapolam o tropo do músico. Também é possível encarnar o fã assíduo, o empresário ou até o técnico da banda, o que garante o andamento do show.

O leitor não deve entender Powerchords como um drama do mundo da música, mas sim enquanto uma saga numa montanha-russa de eventos. Cada show é uma batalha, cada música um desafio a ser performado em grupo. Assim o sucesso ou fracasso de uma apresentação dependem da capacidade coletiva de criar harmonia e reduzir atritos. Aqui entram os famosos conflitos da vida dos músicos: brigas entre membros da banda, discordâncias artísticas, empresários aproveitadores, pressão do mercado musical, rixa com grupos concorrentes, etc.

Outro elogio a fazer sobre Powerchords é a dedicação na construção da persona do músico. O texto incentiva o jogador a criar seu personagem com traços humanos profundos com exemplos de vidas de músicos do século XX e até anteriores.

O enredo criado é enriquecido pelos arquétipos construídos para o contexto específico do cenário do livro. No capítulo 3, “More Human than Human”, Bruchato mostra como interpretar criaturas sobrenaturais influenciam a forma que os músicos se expressam. Por exemplo “anjos musicais” são aqueles que estão presentes não só para exaltar o que há de mais sacrossanto na música, mas também trazer os ânimos para fora do fundo do poço, ao passo que “sereias e sereianos” se concentram em mesmerizar seus ouvintes.

A cereja do bolo

No capítulo 6, “I put a Spell on You”, Brucato nos mostra a forma que a música se torna magia. Através da vibe do som, esoterismo, talento e/ou originalidade do músico, os sons ganham poderes sobrenaturais, transbordando para sua plateia. O autor, ainda que use como base o seu sistema de regras Compact System, sempre incentiva o uso das regras que o narrador achar mais conveniente. Tendo um bom conhecimento do sistema de regras que você prefere não é uma tarefa árdua fazer as devidas adaptações.

Na seção “Ascending Accords” do mesmo capítulo Brucato cria formas de dar mais personalidade a cada personagem, no qual os jogadores optam por alguns tipos de origem da “magia musical”:

  • Bacchanalia: aqueles músicos que obtém magia através da luxúria, superação de limites e liberdade;
  • Celesta: a música se transforma em magia com uso de tradições religiosas, de sacramentos pessoais ou comunitários;
  • Infernalis: a magia da música vem dos confins da existência e de entidades opositoras, danação e a abraçar a escuridão;
  • Musica: a música é uma linguagem universal, e seu uso sistemático gera uma magia própria, compreendida tanto por seres sobrenaturais quanto pelos comuns, transes e confusão fazem parte da Musica;
  • Spincasting: o amálgama entre música e tecnologia gera uma magia musical própria, com rompantes de percepção, humor e ritmo.

Enfim…

Powerchords é um livro de RPG cheio de informações e formas de construção de texto. Isso não serve só para quem pretende jogar o jogo, mas igualmente para apreciadores de um bom livro, uma verdadeira aula de escrita com paixão. Se não te convenci a procurar cópias desse jogo depois desse artigo, talvez você deva voltar a apreciar um pouco de música.

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Yu Yu Hakusho Quest em 3D&T – parte 1

O roubo do pergaminho Fengshen Bang é uma aventura para 3D&T para até cinco jogadores no nível Lenda (12 pontos) usando como cenário o anime de Yu Yu Hakusho. Se quiser ver as edições gratuitas da Tokyo Defender, clique aqui. E para os outros textos do Movimento, clique aqui.

 

INTRODUÇÃO

Guardado há 1.000 anos no cofre do Rei Enma, o pergaminho Fengshen Bang foi recuperado do Ningenkai para evitar que os humanos alcançassem a divindade. E, também, para que as guerras entre os humanos e os youkais não destruíssem com o planeta. Na mesma época, no Makai, um jovem Youkai e uma jovem Deusa se apaixonaram, mas por viverem em mundos diferentes, não puderam ficar juntos e consumar seu afeto.

Sobrevivendo por 900 anos, o jovem Youkai juntou uma pequena fortuna e um incrível plano, a fim de roubar um dos maiores tesouros do Mundo das Trevas. Depois de contratar uma companhia mercenária, o grupo foi bem sucedido, aproveitando uma falha na segurança durante o último torneio das Trevas, realizados no Makai para decidir o futuro Rei das Trevas. O grupo conseguiu entrar e sair do palácio imperial e escapou para a Terra, onde o ritual deverá ser realizado.

Assim que os seguranças são encontrados mortos e o Rei Enma percebe que o tesouro foi subtraído, solicita a seu filho Koenma que o item seja recuperado o mais rápido possível, antes que algo afete o delicado equilíbrio entre os Mundos. Este chama seu ajudante pessoal, o ogro Jorge Saotome, e a shinigami Botan. Quando todos estão reunidos, ele informa:

“Botan, precisamos que seja discreta e recrute uma força-tarefa no mundo dos homens. Temos que recuperar uma coisa que foi roubada dos nossos cofres. E sim, seu pastel de ogro, para de me olhar com essa cara, outra vez nós fomos assaltados.”

Botan imediatamente desaparece, indo cumprir sua missão.

A aventura começa agora, portanto o mestre deve decidir com os jogadores se eles estão juntos ou separados, se são conhecidos um dos outros ou não. Caso o grupo opte por serem desconhecidos, faça uma introdução a seu modo e reúna todos através de Botan, que deverá visitá-los pedindo sua ajuda. Talvez os que não sejam humanos e estejam escondidos na Terra sejam chantageados pela shinigami, em troca de não terem problemas com o Esquadrão da Força-Tarefa liderada por Hiei, que protege a barreira entre o Makai e o Ningenkai. Caso opte por o grupo já se conhecer, reúna todas as Personagens dos jogadores e informe o seguinte:

Assim que todos os membros da força-tarefa de investigação e recuperação se reúnem, surge flutuando no ar, sentada num remo de madeira, uma jovem shinigami de longos cabelos azuis e kimono rosa, ela sorri ao verem todos juntos e fala:
” Que bom que estão todos aqui. Obrigado pela ajuda, serão bem recompensados pelo Sr. Koenma, huhuhuhu.” – após uma pausa dramática, ela olha para todos e continua. “Certo, sei que estão curiosos em saber porquê os chamei. É o seguinte, um tesouro foi roubado do palácio imperial do Rei Enma, e se não for recuperado, o Ningenkai será destruído, é isso.”

Deixem os jogadores discutirem sobre a história e caso eles tenham perguntas, a Botan não saberá informar mais nada em específico. Depois que todos tiverem perguntado algo ou se pronunciado, ela se vira e fala:

“Lembrei, nossos técnicos da sala de CFTV conseguiram essa imagem dos ladrões.”

Materializando uma foto, com baixa resolução, ela entrega ao mais próximo. Na imagem, é possível distinguir 6 sombras, na saída da porta do cofre de tesouro. Antes que alguém possa fazer mais alguma pergunta, ela diz: “Obrigadinha!”, desaparecendo em pleno ar.

 

1ª PARTE – A INVESTIGAÇÃO

As personagens dos jogadores precisam fazer uma série de testes de Investigação. A cada sucesso, eles descobrem uma pista do paradeiro do Ladrão Youkai e de seus asseclas. Haverão ao todo seis testes, e em caso de falha, algo muito ruim acontece.

Testes Fáceis. Quem não tem a perícia faz o teste com H–1, quem tem faz com H+3.
Testes Médios. Quem não tem a perícia faz o teste com H–3, quem tem faz com H+1.
Testes Difíceis. Quem não tem a perícia faz o teste com H–6, quem tem faz com H–2.

1º Teste, dificuldade: Fácil.
2º Teste, dificuldade: Fácil.
3º Teste, dificuldade: Fácil.
4º Teste, dificuldade: Médio.
5º Teste, dificuldade: Médio.
6º Teste, dificuldade: Difícil.

Se todas as pistas de dificuldade “fácil” forem coletadas, os jogadores terão um bônus de +1 na sequência. Para cada pista de dificuldade “médio” que for coletada, eles ganharão bônus de +1 por pista, totalizando até +3 para o último teste.

Sempre que falharem, no nível de Teste Fácil, eles sofrerão a perda de 1d4 pontos de vida, representados por pequenos acidentes durante as buscas, como por exemplo: torção de tornozelos, quedas durante a busca frenética pela cidade, cansaço. Mas depois que eles rolarem os dados, eles encontram a tal “pista”.

Primeira pistas

A pista do 1º teste é um rastro espiritual deixado pelo Youki dos ladrões. Diga aos jogadores que suas personagens sentiram um “arrepio na pele”, que os guiará.

A pista do 2º teste é um cadáver dilacerado, com marcas e retalhos causados normalmente por Youkais. O corpo foi abandonado em uma galeria do metrô, e neste local, a energia sobrenatural esta mais acentuada.

A pista do 3º teste é uma youkai rank E, que vive escondida numa zona de subúrbio industrial abandonada. Os jogadores encontrarão ela bem fraca, com vários hematomas.

Essa youkai menor, pedirá ajuda aos jogadores. O narrador deverá observar aqueles que possuem códigos de honra e/ou que demonstrem ter compaixão. Se eles se prontificarem a socorrê-la, dê 1 ponto de experiência e recupere 1d6 Pontos de Vida caso eles precisem. Caso os jogadores não a ajudem, e usem de ameaça e coação, ela simplesmente vai falar a verdade, devido a estar assustada e fraca. A pista que ela conta é:

“Vocês estão procurando por 06 youkais né? cof cof cof (pausa para se recompor). Eu sugiro que reconsiderem essa missão, ela é deveras perigosa.” Após as recusas dos jogadores sobre desistirem, ela continua: “Enfim, se é o que desejam, eles foram para uma área afastada do centro, eu conheço como Floresta das Almas Penadas, Aokigahara. Mas tomem cuidado.”

 

Próximas pistas

Os próximos dois testes serão de nível Médio. Em cada falha, eles terão que enfrentar 1d6-2 Youkais menores de rank D. Eles atacarão os jogadores por entrarem em seus territórios, onde a energia negativa é abundante. Após a derrota desses monstros, a pista será encontrada.

YOUKAI Rank D (10N)
F3, H2, R2, A3, PdF0, 10PVs e 10PMs [10]

Kit: Dínamo Destruidor
Garras de Fera: você pode usar suas garras para causar dano. Durante a batalha, se lutar desarmado, você pode gastar seu movimento e sua ação para realizar dois ataques numa mesma rodada.

Vantagens:
Youkai menor [1], Assustador [1], Poder Oculto [0], Sentidos Especiais (Infravisão, Faro Aguçado e Ver o Invisível) [0].

Desvantagens:
Má Fama [0], Modelo Especial (grande) [-1], Monstruoso [-1].

A pista do 4º teste é um selo espiritual rasgado, largado no chão da floresta. Ele é muito utilizado para lacramento de energia espiritual.

A pista do 5º teste é um medalhão feito de ouro e com uma foto dentro. Este objeto emana um Youki muito forte, que nenhum dos jogadores já sentiu antes.

[continua…]

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