Ligeia RPG

Ligeia é um RPG independente criado por Dinho Reis e lançado em setembro deste ano. O livro é gratuito para download, mas há um financiamento coletivo recorrente de suporte ao cenário através do catarse, com suplementos mensais para os apoiadores, acesso a playtests, entre outros.

Visualmente, o material é maravilhoso. As ilustrações são excelentes e tem um estilo vetorial muito característico, enquanto a diagramação lembra muito os livros de D&D. A ficha de personagem tem um belíssimo círculo arcano no verso, um agrado para pessoas como eu que acreditam que uma boa direção de arte é importante para a imersão.

Cenário de Ligeia RPG

O mundo de Ligeia tem muito da fantasia medieval clássica, quase como se o jogo se propusesse a ser uma alternativa ao D&D. As raças e classes são muito parecidas, inclusive, mas Ligeia se diferencia em oferecer muitas, muitas, muuuuuuuuuitas opções para customizar seu personagem, com raças, sub-raças, heranças, classes (aqui chamadas “vocações”), nações, divindades e inúmeras habilidades diferentes compradas com pontos.

Sistema de Ligeia RPG

As ações são resolvidas rolando 2d6 e somando o atributo pertinente contra uma dificuldade variável. Algumas habilidades adicionam “dados de melhoria”, permitindo que o jogador role mais dados e escolha apenas os dois resultados melhores. Mesmo com uma mecânica aparentemente simples, o jogo pode se tornar extremamente tático quando levamos em consideração todas as regras de combate e as infindáveis opções de customização disponíveis.

O sistema de magias traz influência do Ars Magica e é uma das características mais icônicas do jogo. Combinando palavras mágicas você consegue gerar efeitos únicos. O próprio livro traz alguns exemplos, com modificadores que cada nova palavra adicionada ao encantamento pode trazer. Além disso, há também um sistema de corrupção, parecido com a Humanidade de Vampiro, que traz um eixo moral mais cinzento, diferente do maniqueísmo que permeia grande parte das obras de fantasia.Um resumo do sistema de personalidade Myers-Briggs também é mostrado no livro, para dar ainda mais colorido ao personagem e ajudar a guiar a interpretação do jogador.

Apoie!

Jogos brasileiros independentes são sempre bem vindos, e tenho certeza que jogadores buscando um mundo fantástico com um sistema tático e um bazilhão de maneiras diferentes de customizar seus heróis e suas habilidades vão curtir conhecer o cenário.

Bom jogo a todos!

O Bom, O Mal e o Bleeding – Off-Topic #5

Saudações rpgísticas à você que está aqui lendo esse textinho!

Qual tipo de personagem mais te marca? Quais nomes te vem de imediato na cabeça? Ao lembrar de alguma aventura passada, qual personagem assume a primeira posição na lista de lembranças? Um personagem comum, padrão, puro estereótipo, ou aquele personagem peculiar, único? Que tal falarmos hoje sobre esses personagens?

 

SOU O MELHOR (NO QUE EU FAÇO)…

Muitos personagens marcam sua presença graças a seu talento, poder, genialidade ou outro grande traço positivo. São aqueles personagens que serão sempre lembrados por serem “o melhor naquilo o que fazem”, ou por serem “um gênio, bilionário, playboy, filantropo (em uma armadura)”. Talvez sejam “a maior ladra do mundo”, “a maga mais poderosa do mundo”, o maior detetive do mundo”. O ponto em comum de todos esses personagens é o título de estarem no topo da categoria ou dos feitos, por assim dizer.
São personagens que marcam por feitos ou méritos verdadeiros ou não. Isso mesmo! Seus feitos ou méritos podem ser falsos, inventados, supervalorizados ou mesmo boatos.

Ter reconhecimento por ser acima do normal em algum fator pode ser benéfico ou trazer muitos problemas para os personagens, afinal, tal fama pode atrair caçadores, oportunistas, desafiantes ou pessoas necessitadas de ajuda. Uma boa história se vale muitas vezes de clichês básicos para movimentos simples, como um pedido de auxílio, um desafio para ocupar o título, uma oportunidade de alguém fazer um nome e vários outros ganchos, o que é muito facilitado pela fama do personagem. Nas mãos de narradores ou narradoras com mais malícia, tal fama pode ser usada como sendo uma grande desvantagem ou defeito do personagem, afinal, muitas vezes, “a fama precede a personagem”.

Outra característica marcante também pode ser a bondade enquanto comportamento e carisma. Não raras vezes aqueles personagens carismáticos, gentis e de bom coração também são marcados e reconhecidos por isso. Em mundos e histórias onde a violência é comum e a vida é muito desvalorizada (e sim, isso rende um textão depois), ser “gentil, benevolente, caridoso” são conceitos anormais. O cenário de Tormenta prova o quanto é difícil ser um clérigo da paz, por exemplo. Os cenários dos sistemas Storyteller e Storytelling também não ficam muito atrás: com seus mundos cheios de terror e horror pessoais, violência selvagem e moralidade dúbia, os personagens e feitos que muitas vezes mais se destacam são daqueles que conseguem ser os mais humanos possíveis.

 

MAS (O QUE FAÇO) NÃO É NADA AGRADÁVEL

Mas nem só de positividade temos a lista de personagens marcantes. Muitas vezes é a maldade, a incapacidade, o demérito e a má fama que marcam personagens. Não é incomum jogadores e jogadoras optarem por criar personagens de moralidade dúbia, tendências caóticas ou vilanescas, agirem de forma egoísta ou maliciosa… faz parte de se contar uma boa história e de se divertir (claro, usando sempre o bom senso enquanto off para não passar dos limites de quem mais estiver jogando, né gente?).

Personagens marcados por seus feitos malignos muitas vezes recebem mais crédito do que merecem por tais feitos, outras vezes a história é contada de forma enganosa para que o verdadeiro vilão fuja e coloque seus planos em prática. Muitas vezes um boato ganha mais pontos que do deveria e assim uma má fama se torna a alcunha. Nas mãos de narradores e narradoras que gostem de um draminha ou uma história mais heroica de redenção e vingança, essas marcas e traços podem levar a grande sagas e jornadas em busca de conhecimento pessoal, poder, superação, aprendizado e mudanças. Seriam aquelas histórias em que personagens mudam e se desenvolvem de acordo com a narrativa, o que pode ganhar uma carga emocional e afetiva bem mais interessante e divertida para quem estiver participando.

Claro, não apenas a maldade marca, como também ser “ruim” em algo, ou ter problemas pra fazer algo, é uma marca, e muitas vezes muito lembrada. Claro que em narrativas mais sérias, essa marca se daria um problema mais sério, de peso mais dramático e emocional, e que deve ser bem planejado e pensado para que não seja um gatilho a ninguém, e que não cause também nenhum desconforto ou mal-estar às pessoas presentes. Em uma trama ou narrativa mais leve, pode ser um ótimo alívio cômico! Um ótimo exemplo seria o personagem Presto, que simplesmente é um péssimo mago, mas que rende alguns ótimos momentos de alívio cômico.

 

O ENCONTRO DE DOIS MUNDOS

Claro que o positivo e o negativo, sozinhos, já podem render personagens marcantes ou momentos inesquecíveis, mas imagina a junção da dupla! Muitas histórias e narrativas já fazem a junção dos melhores com os piores, do talento com a falta de talento, da sombra com a luz, do certo com o errado.

Seja na cultura pop, seja nas mesas de jogos, histórias de personagens que marcaram por serem uma dupla oposta em todos os pontos são mais comuns que casos isolados. Sempre pensamos em “Batman e Superman”, “Sub-Zero e Scorpion”, “Anjo e Demônio” e por assim vai. Criar essa dualidade na narrativa é algo muito interessante de se fazer, e pode se mostrar também muito divertido. Gerar essa dualidade ou conflito pode fazer com que alguns pontos, problemas ou questões possam ser abordados e dialogados entre participantes da mesa.

De forma prática, é possível por exemplo utilizar dois personagens opostos em uma determinada questão, para que participantes dialoguem o peso de suas ações e decisões, para que sejam analisadas as consequências de vários atos e assim por diante. É importante que tanto o positivo quanto o negativo sejam levados sempre em consideração em todos os pontos e medidas, para que reflexões sejam geradas. Essa é uma ótima ferramenta para levantar um bleeding, por exemplo!

Fazer uso das marcas e famas, dos traços e peculiaridades, é uma forma não apenas de enriquecer a narrativa, quanto também de levantar debates e reflexões, gerar um bleeding e trazer à tona algum ponto ou questão que precise ser trabalhado entre participantes da mesa, claro que tudo com muito cuidado e planejamento!

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Kult: RPG com Safeword

Com o anúncio oficial da editora Buró sobre o lançamento da quarta edição de Kult: Divinity Lost no Brasil, vou aproveitar para comentar um pouco sobre este excelente, porém desconhecido jogo europeu.

Kult surgiu lá nos longínquos anos 90, quando jogos sobre o fim do mundo estavam na moda. Era um jogo adulto e sombrio (como muitos da época) num cenário contemporâneo que misturava mitologia judaico-cristã, gnosticismo, ocultismo e uma pitada de Hellraiser.

O principal diferencial de Kult, contudo, era seu cenário rico e extremamente conciso. Em tempos imemoriais, os humanos eram deuses. Até que uma entidade chamada Demiurgo aprisionou estes humanos primordiais em uma prisão mental chamada de Ilusão (nosso mundo) e os fez esquecerem sua natureza divina. Acontece que, no começo do século XX, Demiurgo desapareceu, enfraquecendo a Ilusão e fazendo com que alguns humanos tenham lapsos sobre a verdadeira realidade do mundo. É aí que entram os personagens jogadores.

Os personagens jogadores são Awares (Conscientes), pessoas comuns que, em algum instante da vida, conseguiram ter um vislumbre do mundo por trás da Ilusão. Isso, invariavelmente, vai colocá-los frente a frente com cultistas, loucos, Awakeneds (Despertos) e criaturas bizarras vindas dos mundos além da ilusão.

O sistema da atual edição é baseado na Apocalypse Engine, e tem mecânicas simples e ao mesmo tempo muito interessantes. Todas as ações dos personagens jogadores são resolvidas jogando 2d10 e somando o valor do atributo (tipicamente entre -2 e +3) contra uma dificuldade fixa. O mestre NUNCA rola dados. Ao invés disso, cada vez que um personagem falha em um de seus testes, dependendo do resultado, o mestre opta por fazer um Move (uma decisão narrativa que prejudica o jogador imediatamente) ou anota um Hold para usar contra o jogador mais tarde.

Por exemplo: Um PJ tenta subornar um guarda para passar para um local de acesso proibido e tem uma falha completa. O mestre pode fazer um Move e decidir que o guarda aciona a polícia e o PJ, além de não conseguir entrar, pode acabar preso ou em confronto com a polícia. Se o PJ teve um sucesso parcial, o mestre anota um Hold e decide que, mais tarde, o guarda vai se arrepender do que fez e acionar a polícia. O PJ conseguiu entrar no local, mas vai ter que lidar com as consequências depois. Parece simples mas, de todos os sistemas que já joguei, este é o que mais força o mestre a tomar decisões narrativas interessantes e inesperadas. E isso é um ponto muito positivo.

A criação de personagens também é extremamente rápida. Basta escolher um Archetype (Arquétipo), um Dark Secret (Segredo Sombrio, que determina como seu personagem viu através da ilusão pela primeira vez), Vantagens, Desvantagens e distribuir 10 valores fixos entre os 10 atributos. Cada Archetype ocupa apenas uma página dupla, já com sugestões de Dark Secrets, Vantagens e Desvantagens.

O livro importado é lindo, e vamos torcer para a Buró manter a qualidade do material. As ilustrações são sensacionais e a ficha de personagem imita a Árvore da Vida da Cabala, fortalecendo ainda mais a imersão no clima místico de Kult.

Que você pode destruir completamente com uma caneta colorida.

O livro não foge de temas pesados, como pedofilia, estupro e violência gore. Inclusive, no capítulo do mestre, você vai encontrar, acertadamente, dicas sobre como lidar com temas pesados em suas sessões, como conversar com seus jogadores sobre temas pesados ANTES de pensar em abordá-los durante o jogo. Também sugere usar uma safeword, uma espécie de palavra-chave para indicar quando interromper certas cenas.

Aliás, se há alguma crítica ao Kult de minha parte, é que certas descrições no livro podem ser gatilhos para algumas pessoas. Mesmo sendo um jogo adulto, parece que os escritores não seguiram as próprias recomendações e acabaram indo longe demais em determinados momentos. Fica o puxão de orelha.

Apesar disso, o saldo geral é bem positivo. Se a Buró fizer um bom trabalho de tradução e impressão, teremos mais um excelente jogo no mercado brasileiro em 2020. Torço também para que tragam o maravilhoso baralho de tarô com temas do cenário.

Bom jogo a todos!

Ligeia – Fichas de Personagem

Baixe a Ficha de Personagem do Ligeia RPG.

Ligeia é um cenário de fantasia que fala sobre guerras divinas e as poderosas palavras que controlam o mundo. Os sobreviventes do continente de Ligeia e dos demais cinco continentes estão em constante estado de sobrevivência, erguendo-se dos restos guerra após guerra. Não faz muito tempo que a região foi subjugada por Lennor, um terrível conquistador que tentou trazer os deuses primordiais de volta ao mundo, mergulhando o continente em desgraça e submissão. Conquistar a liberdade só foi possível graças aos Atemporais, heróis antigos que se tornaram imunes a passagem do tempo, como seres imortais. Ligeia agora luta para se restabelecer, antes que outras forças possam tentar subjugá-la…

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Cenas de jornada mais interessantes

Poucas imagens na ficção são mais evocativas ou despertam mais a imaginação do que a da jornada por terras distantes, povos diferentes e ruínas esquecidas. Seja nos filmes de Star Wars, nos jogos de Final Fantasy ou nos livros do Senhor dos Anéis, a viagens é um dos pontos centrais de toda grande história.

Contudo, na maioria dos jogos de rpgs, existe pouca ou nenhuma discussão de como tornar a jornada num ponto essencial durante uma aventura. Na maioria das vezes, a jornada se transforma apenas num cálculo mecânico de variáveis quantitativas relacionadas a uma viagem: a distância a ser percorrida, o deslocamento do grupo por dia, os mantimentos, os animais de carga etc.

No livro do mestre de AD&D 2ª edição, por exemplo, existe um capítulo dedicado inteiramente para ‘Tempo e Movimento’, detalhando minuciosamente a movimentação por terra, por mar, uso de montaria, como cuidar dos animais de carga e até mesmo como construir um calendário. Contudo, não existe nenhuma descrição de como construir uma cena de jornada semelhante ao que vemos nas obras fantásticas. Esse tipo de conduta, com ênfase nos aspectos logísticos da jornada ao invés de nos aspectos possíveis de narrativa, se repete da mesma forma na maioria dos rpgs.

Cenários fantásticos – Uma jornada é mais que testes de sobrevivência –

O máximo que se discute é sobre sobrevivência e encontros aleatórios. No que diz respeito à sobrevivência, tudo acaba sendo resumido a algumas jogadas de dados para ver se os personagens conseguem se manter no caminho, se eles conseguem comida suficiente ou coisas do gênero. Normalmente, tais jogadas tem pouco a ver com o andamento da aventura, e funcionam mais como algo mecânico do que uma parte importante para a narrativa. Já encontros aleatórios seriam os acontecimentos inusitados que aconteceriam durante a viagem. Normalmente, estes encontros são reduzidos a combates contra monstros errantes – bem ao estilo clássico dos rpgs eletrônicos como Final Fantasy. Contudo, tabelas de encontros aleatórios podem conter também desastres naturais (chuvas, tempestades, deslizamentos de terra), encontros sociais (mercadores andarilhos), lugares (encontrar casas abandonadas, ruínas perdidas) e mesmo problemas (como falta de comida, doença, cansaço).

Com isso, podemos ver que estes dois detalhes – testes de sobrevivência e encontros aleatórios – proporcionam um pouco mais de vivacidade para os momentos de jornada durante uma aventura. Contudo, ainda não são suficientes para engajar os jogadores. As jogadas de sobrevivência são muito mecânicas, enquanto que os encontros aleatórios estão independentes das ações dos personagens, ocorrendo simplesmente por acaso.

Como então fazer para ter uma cena de viagem como vemos, por exemplo, no livro do Hobbit, quando os anões tentam montar acampamento e falham em conseguir acender uma lareira? Ou então as cenas entre Gollum, Sam e Frodo quando eles viajam em direção à Mordor, por escarpas perigosas e quedas traiçoeiras? É verdade que tais cenas poderiam ser simuladas simplesmente com interpretação, mas seria possível usar uma mecânica de jogo que pudesse auxiliar nesse processo?

Eis que entra em cena o rpg ‘The one Ring’ (em português, O Um Anel), um dos primeiros (e talvez o primeiro) rpg a tomar a jornada como um dos pontos centrais de uma aventura de rpg – tendo igual peso ao Combate e às jogadas de Socialização. As mecânicas do sistema buscam simular todas as viagens que lemos e vimos nos livros e filmes do Senhor dos Anéis e do Hobbit, tanto em seu aspecto logístico quanto o seu aspecto narrativo.

Falando em poucas palavras, o The One Ring exige que, antes de empreender uma jornada, o grupo veja quantos dias de viagem ela durará. A partir do número de dias se estabelece quantos ‘Testes de Viagem’ o grupo terá de fazer durante a jornada. Esses Testes de Viagem poderiam ser comparados aos testes de sobrevivência de outros sistemas, onde o nível de dificuldade da viagem iria variar a depender de quão perigoso e hostil for o lugar por onde os personagens estiverem passando.

Daí, sabendo quantos testes de viagem serão necessários, o grupo deve decidir quais dos personagens irão preencher as posições do grupo: caçador, batedor, vigia, guia etc. Depois de tudo acertado, os jogadores fazem os testes de viagem. Cada teste de viagem indica uma etapa da jornada, durando vários dias. A partir do resultado dos testes, o Mestre pode invocar uma complicação (caso os testes tenham sido ruins) ou até mesmo uma vantagem (caso tenha acontecido algum sucesso fenomenal nos testes).

Por exemplo, supondo que os jogadores queiram fazer uma jornada através de uma cordilheira de montanhas, a qual durará 10 dias e necessitará de 3 testes de viagem. no primeiro teste de Viagem, o caçador do grupo falhou em seu teste. Assim, o mestre pode invocar uma cena de complicação relacionada à caça. Por exemplo, o mestre pode colocar o caçador no meio de uma caçada onde ele descobre que o cervo que ele caçava estava sendo vigiado por um leão o qual, irritado com a presença do caçador, o ataca. Ou então o mestre pode dizer que parte da caça que ele caçou estava doente, o que faz com que metade do grupo tenha fortes enjoos e náuseas. Já no segundo teste de Viagem, vamos supor que o Guia tenha um sucesso crítico. O Mestre diz que o guia encontrou um atalho esquecido pelas montanhas – um túnel esquecido. Então, o narrando uma pequena sessão de exploração do grupo através desse túnel, os jogadores conseguem atravessar rapidamente o caminho e terminam a viagem muito mais rápido – não precisando rolar o 3º teste de viagem.

Viagens permitem a interação com o mundo do jogo (Forest Bridge por Pavel Elagin)

 

Como pode-se ver, essa maneira de lidar com Jornada é bastante engajante para os jogadores. Diferente de um teste genérico de Sobrevivência, cada personagem acaba tendo sua função e contribuindo para o jogo. Ao invés de os eventos serem aleatórios, eles são motivados pelos tipos de testes feitos pelo grupo E para cada uma das várias posições de exploração (batedor, guia, caçador, vigia), existem vários tipos de complicações e vantagens que podem acontecer, e várias cenas que podem ser invocadas. As viagens se tornam parte integrante da aventura, e o Mestre pode caprichar na descrição do terreno e do ambiente, imergindo ainda mais os jogadores dentro do universo do jogo.

Se você gostou deste texto, pode ler os meus outros textos neste link.

Até a próxima.

REINO DOS MORTOS [16]

Dhazil corria pelo interior da fortaleza, perdido entre os corredores sem janelas, iluminados apenas por pedras de luz, protegidas por globos de vidro. O anão sabia que seu tempo estava acabando. Seu corpo já era um esqueleto, e sua mente estava prestes a morrer. Ele corria sem rumo, pedindo para Spólios salvá-lo.

Sua peregrinação culminou em uma câmara de pedra, circular, com três portas de acesso. No centro, havia um pedestal com uma bola de cristal no topo.

– O orbe – ele sussurrou, se aproximando do objeto.

– Eu não faria isso – uma voz surgiu de uma das portas, e uma figura encapuzada adentrou a câmara. Ele vestia uma manta roxa, e sob o capuz, seu rosto era coberto por uma máscara de caveira. Seus olhos eram azuis, mágicos. Ele trazia um cajado de osso consigo. – Esse orbe é muito precioso pra mim.

– Você é o necromante – Dhazil recuou, assustado.

– Sim, mas as pessoas costumam me chamar de Nagond, filho de Gerion – ele se apresentou. – Na verdade, é só “Nagond”. Não precisa ficar falando o nome do meu pai. E quem é você, pequenino?

– Eu sou sor Dhazil, o Cavaleiro da Sucata – o anão disse, altivo.

– Diga-me sor Dhazil – o necromante caminhava ao redor da câmara, calmamente. – Essa sua armadura enferrujada é da guarda de Altopico?

– Sim – Dhazil gaguejou. – Como sabe? Nosso uniforme não é visto há mais de cem anos.

– Um pelotão de Altopico estava em Negressus quando os mortos tomaram conta da cidade – Nagond disse. – Você está aqui desde aquela época?

– Sim – Dhazil respondeu, lembrando-se do terror. – Nós viemos em uma missão diplomática para selar a paz entre Altopico e Negressus. Mas não sabíamos que a praga já estava se espalhando pelos esgotos daqui. Quando tudo virou um caos, nós lutamos até o último homem.

– E quem lhe deu a Chama de Amon? – Nagond perguntou. – O Quebrador de Maldições? E por que você não está usando-o agora?

Dhazil colocou a mão no pescoço, onde ficava o colar.

– Sor Kardum me deu – disse ele. – Ele era o meu mestre.

– Imagino que ele tenha o roubado de minha irmã, Raíza. Por isso ela continua presa em seu jardim mágico todos esses anos.

– Sim, meu senhor – o anão baixou os olhos, temeroso. – Mas não tenha tanta compaixão por ela. Foi a sua própria irmã que nos mandou aqui, para roubarmos o orbe.

– Compaixão? – o necromante riu. – Eu não esperava outra coisa de minha irmã. Mas diante disso, devo confessar que minha tolerância chegou ao fim. Está na hora de acabar com o sofrimento de Raíza. Ela precisa morrer. O problema é que o meu assassino acabou de ter a cabeça esmagada no pátio. O que me diz, Cavaleiro da Sucata? Deseja trabalhar para mim, ou prefere voltar a ser um andarilho inconsciente?

– Por favor, mestre! – Dhazil caiu de joelhos. – Eu imploro! Não quero voltar a ser um zumbi! Se tem como impedir a transformação, faça! Eu farei qualquer coisa por isso.

Subitamente, um soldado zumbi adentrou a câmara, foi até o centro e pegou o orbe do pedestal. Ele fez uma continência com a mão, se virou e saiu, levando a bola de cristal. O necromante ficou paralisado por um tempo, sem saber o que estava acontecendo. Então ele se virou para Dhazil.

– Rápido! Traga-me o orbe de volta!

– Imediatamente, meu senhor! – Dhazil se levantou e correu pela porta por onde o zumbi saíra. Levou poucos segundos até encontra-lo. – Ei, parado! Devolva já essa bola de cristal!

– Oi, eu sou Bob Harrow – o zumbi fez uma reverência, segurando a capa com uma mão, e o orbe com a outra. – E quem é você?

– Cale-se! – Dhazil foi até ele e tomou a bola de sua mão, e voltou para a câmara. – Pronto, mestre Nagond. Recuperei o orbe.

– Ele deve ter usado o Chama de Amon – o necromante pegou a bola, olhando em direção à porta. – Mas não importa, daqui a pouco ele se tornará um morto novamente.

– Senhor, e quanto à minha situação? – Dhazil perguntou, mas o necromante não respondeu. Ele olhava para a bola em sua mão, intrigado.

– Isso aqui não é o orbe! – gritou, jogando a bola no chão, partindo-a em milhares de cacos de vidro. – Isso é uma lâmpada de um poste! Aquele maldito levou o meu orbe!

Os gritos do necromante ecoavam pelo castelo enquanto Bob corria para o subterrâneo, rumo à masmorra. Os mortos da fortaleza corriam para a câmara do necromante, urgentemente. Um zumbi guardava a passagem para as celas, e Bob enfiou uma adaga (a que ele resgatara do corpo de Clay) em seu olho. Depois, não foi difícil achar o molho de chaves em sua cintura. Ele passou por cima do corpo e adentrou a masmorra.

– Kevan, cadê você? – Bob perguntou, segurando firme o orbe com os dedos ossudos.

– Quem está aí? – Kvarn estava amarrado em correntes à parede. Ele estava ferido e coberto de sangue. – Você é um morto!

– Você também será se eu não soltá-lo – Bob respondeu. – O guarda não hesitou em me dar a chave depois que eu enfiei uma adaga em seu olho.

O som de passos ecoaram nas escadas, e Bob guardou o orbe na capa. Cinco zumbis apareceram na masmorra, segurando espadas. Bob balançou o corpo de um lado para o outro e gemeu. Os zumbis se olharam e voltaram a sair.

– Que idiotas – Bob sorriu, e usou as chaves para abrir os grilhões de Kvarn. – Eu consegui te libertar. E também roubei o orbe do necromante – ele tirou a bola da capa, orgulhoso, e a jogou para cima. Mas o zumbi não estava acostumado com dedos sem carne. O orbe caiu de sua mão e se espatifou no chão, em um misto de cacos e fumaça. Ele olhou para Kvarn que caíra de joelhos, incrédulo. – O mago vai ficar furioso.

 

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Movimento RPG Podcast [04] – Questfinder

Olá aventureiros! Neste episódio do Movimento RPG Podcast, Douglas Quadros é interrompido durante sua entrevista pelo editor Senhor A que chega com dúvidas sobre o recém lançado aplicativo Questfinder. Este aplicativo que está fazendo sucesso nos quatro cantos do Brasil e se espalha por todos os bairros que cantam os bardos.

Primeiramente falaram sobre as origens do aplicativo que os fãs denominaram carinhosamente como Tinder do RPG, contudo logo que possível este nome foi “desmentido” e esclarecido que está mais para um “Tinder das mesas de RPG”. Posteriormente respondendo a pergunta que todos devem fazer, como o aplicativo está se mantendo, tiveram uma conversa sobre o futuro do aplicativo e as formas que a comunidade pode ajuda-lo a crescer. Douglas então falou sobre formas como a comunidade pode se proteger de contas Fake e pessoas de má-índole. Concluíram com um mini tutorial de como utilizar o aplicativo.

Enquanto conversavam, Senhor A propôs que bebessem um licor de Jenipapo, Douglas Quadros acompanhou um pouco a contragosto, então pegue uma bebida, puxe uma cadeira e acompanhe está conversa sobre este fantástico aplicativo.

Tema: Ferramenta de RPG
Tempo: 00:57:09

Apoio: Questfinder – Jogue RPG com pessoas próximas



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Participantes: Douglas Quadros
Convidados: Senhor A
Editor: Senhor A
Arte da Vitrine: Douglas Quadros
Pauta: Douglas Quadros

REINO DOS MORTOS [15]

Após matarem a aberração, o portão da fortaleza se abriu novamente, revelando um pelotão de zumbis marchando em sua direção.

– Rápido – Galdor começou a correr de volta para o túnel. – Não conseguiremos enfrentar todos.

Jim recuperou o colar do cadáver do monstro e seguiu o mago. Os dois entraram na cozinha abandonada, e quando perceberam a ausência de kvarn, olharam de volta para o pátio. O guerreiro ficara para trás, e agora lutava contra mais de vinte zumbis, sozinho. Não demorou muito para ele ser imobilizado e arrastado para dentro da fortaleza. Jim e Galdor assistiram escondidos.

– Por que ele fez isso? – Jim perguntou, apertando o colar com força. – Por que esse idiota entregou a própria vida assim? E agora, Galdor? Primeiro Toiva, depois, Clay, e agora, Kvarn. Os mais fortes do nosso grupo se foram! O que será de nós? Como fugiremos de Negressus?

– Os mais fortes se foram? – Galdor perguntou, tirando um cachimbo da bolsa de couro e o enchendo de fumo. – Você não devia menosprezar o poder de um mago.

– Sem ofensas – Jim disse em tom de desculpa. – Mas você possui apenas dois grimórios. Suas duas magias não são o suficiente para nos livrar dessa.

– O maior poder do mago não está em um papiro, garoto – Galdor olhava fixamente o pátio, soltando anéis de fumaça do cachimbo. Ele cutucou a própria testa. – É aqui que reside o nosso verdadeiro poder.

Pouco tempo se passou, quando dois esqueletos de armadura saíram da fortaleza para guardar o portão externo. Galdor já havia limpado e guardado seu cachimbo. Ele saiu da cozinha e fez um gesto com a mão, puxando-a repentinamente para junto do peito. Uma ventania derrubou os zumbis do muro, e os arrastou pelo chão, fazendo suas armaduras tilintarem na pedra. Assim que os dois chegaram diante da cozinha, Galdor se virou para Jim.

– Mate um, e coloque o colar no outro.

O arqueiro obedeceu, enfiando uma flecha com a mão no olho de um zumbi, e puxando o outro para dentro. Jim passou o colar pela cabeça do esqueleto, antes que ele pudesse mordê-lo. De repente, o morto ganhou carne, músculos e pele novamente, se tornando uma pessoa comum. Tinha uma cabeça retangular, cabelos crespos e rosto bonito. Ele olhou de Jim para Galdor, assustado, e depois, para as próprias mãos, completamente confuso.

– Eu sou Galdor, um mago da ordem de Alof, e tenho a Chama Violeta de Tannar! – disse o velho barbudo, erguendo os braços para cima, imponente. – Eu o livrei de sua maldição, e poderei fazê-la voltar novamente, a não ser que cumpra uma missão para mim!

– Minha boca está seca – respondeu o homem, lambendo os lábios. – Você não teria um vinho por aí, teria?

Jim e Galdor se olharam, inseguros.

– Você não ouviu o que eu disse? – Galdor perguntou, mal humorado. – Está mais preocupado com vinho do que voltar a ser um zumbi?

– Pelo menos antes, eu não estava com sede – o homem deu de ombros, se levantando para vasculhar o cômodo. – Essa é a pior cozinha que já vi.

– Ouça! – Galdor o seguiu, impaciente. – Realize a missão que te darei, e você terá quanto vinho quiser.

– Agora sim estamos negociando – o homem girou sobre os tornozelos, apontando os indicadores para o mago. – Me chamo Bob Harrow. Como você se chama mesmo? Você disse tantos nomes que eu me perdi.

– Eu sou Galdor, da ordem de Alof… e esse é Jim.

– Sim, sim – Bob tateava a própria armadura velha. – E que tipo de missão estamos falando?

– Você precisa entrar na fortaleza do necromante e resgatar o orbe de cristal na Torre da Garra – Galdor explicou, apontando para o castelo do lado de fora.

– E resgatar nosso amigo, Kvarn – Jim acrescentou. – Se ele estiver vivo.

– Que mal lhe pergunte – Bob olhou para os dois, desconfiado. – Por que vocês me escolheram para esse serviço?

Galdor removeu o colar de seu pescoço, e Bob voltou a ser um zumbi.

– Porque você tem a camuflagem perfeita – disse o mago. – Ninguém suspeitará de você.

– Uau – Bob olhou para os próprios braços feitos de ossos. – Então quer dizer que eu tenho sido… isso, nos últimos tempos? Digam-me, em que ano estamos?

– Estamos em 714 depois da Aliança – Jim informou.

– Deuses! – se os olhos do esqueleto já não fossem esbugalhados, Bob estaria os arregalando nesse momento. – A idade não me caiu bem. Mas tudo bem, vamos para o que interessa. Eu pego esse orbe, salvo esse tal de Kevan…

– Kvarn – Jim corrigiu.

– Que seja – Bob abanou com descaso. Ele olhou para Galdor. – E você me tornará humano novamente, e me pagará com ouro e vinho!

– Eu não disse nada sobre ouro – Galdor coçou o queixo.

– Qual é – Bob sorriu, passando o braço pelo ombro de Galdor. – Não existe uma missão sem ouro no final, não é? Mas depois falamos do peso do ouro – ele o soltou e foi até a porta. – Preciso ir. Pelo visto, esse orbe não virá rolando sozinho da fortaleza, e nem seu amigo Kevan irá se soltar.

– Kvarn – Jim corrigiu em voz baixa, para si mesmo. Enquanto Bob se aproximava do portão, o arqueiro se virou para Galdor. – Acho que ressuscitamos o zumbi errado.

– Talvez a inteligência de um mago não seja lá grandes coisas – Galdor acendeu o cachimbo novamente. Seus olhos vaguearam até se depararem com o cadáver de Clay, lá fora. Uma ideia surgiu em sua cabeça, e ele lembrou do pergaminho de cura em sua bolsa.

 

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DCC RPG passa para a Sagen Editora no Brasil

A Goodman Games, detentora dos direitos do jogo Dungeon Crawl Classics RPG, ou DCC, título mais popular do movimento Old School Renaissance, que emula os jogos lançados na origem do hobbie nos anos 70, anunciou o fim da parceria com a editora New Order. O jogo passará a ser distribuído pela editora Sagen a partir de 2 de dezembro.

Abaixo, você pode conferir a carta aberta da Goodman Games aos fãs brasileiros comentando a decisão, publicada já em português no site oficial:

UMA CARTA ABERTA AOS FÃS BRASILEIROS DO DCC RPG

Esta carta é direcionada aos fãs do DCC na grande nação do Brasil. A Goodman Games e o sistema DCC RPG sempre tiveram uma forte base de fãs no Brasil e sou grato por isso. Ao longo dos anos vocês apoiaram o jogo de várias maneiras, e foi ótimo assistir a base de fãs evoluir.

Há vários anos, assinei um acordo com um parceiro local de tradução para trazer uma edição em português do DCC RPG para o mercado brasileiro. Esse tipo de contrato de tradução é comum na indústria de RPG, e o parceiro que selecionei parecia ter todas as qualificações necessárias. Muitos fãs brasileiros – e até alguns americanos – apoiaram o financiamento coletivo.

Infelizmente, o financiamento coletivo não foi entregue como eu esperava, o que muitos de vocês já devem saber. Eu não preciso entrar em detalhes, mas eu gostaria que os fãs soubessem que eu também estou decepcionado com o resultado. Eu sei que muitos de vocês não têm todos os produtos que pensavam que receberiam. Acredite ou não, nunca recebi amostras de todos os produtos desta editora, também!

Em meu nome e da Goodman Games, gostaria de me desculpar pelos desafios que vocês tiveram na campanha do financiamento coletivo para a edição em português do DCC RPG. É meu objetivo garantir que todos os apoiadores recebam os produtos dos quais têm direito. Tão importante quanto isso, é também meu objetivo garantir que os fãs do DCC RPG no Brasil recebam uma edição do livro que esteja à altura da edição original dos EUA e mantenha nossos altos valores de produção.

Esta carta também é para notificar os fãs de que o acordo entre Goodman Games e a New Order Editora será encerrado a partir de 1º de dezembro. Após essa data, a New Order Editora não terá mais o direito de publicar ou vender materiais do DCC RPG no Brasil. De acordo com a recente postagem da New Order Editora no Catarse, eles se comprometeram a atender todos os apoiadores antes que sua licença termine. Se você é um apoiador que não recebeu os itens que apoiou, entre em contato com eles para garantir que seu apoio seja atendido.

Existe ainda um assunto pendente sobre os materiais do DCC Lankhmar, que foram oferecidos pela New Order Editora, e incapaz de serem entregues. Embora eu não goste de divulgar detalhes de acordos comerciais publicamente, devo esclarecer algo aqui. O acordo entre Goodman Games e a New Order Editora nunca incluiu os direitos de tradução do DCC Lankhmar para o português. É lamentável que compromissos públicos tenham sido assumidos sem o devido acordo.

Na postagem no Catarse, a New Order Editora afirma que, “Como uma forma de compensação, negociamos com o sr. Goodman a liberação de seis módulos, para substituir os de Lankhmar, as aventuras foram escolhidas dentre as mais vendidas e procuradas nos EUA, e selecionadas pelo próprio Joseph Goodman!” Esta parte é verdadeira: eu garantirei que os apoiadores brasileiros receberão substituições equivalentes para os módulos Lankhmar prometidos. No entanto, isso não será realizado pela New Order Editora. Em breve, outra editora assumirá a licença e fornecerá detalhes sobre esse aspecto da situação.

Aprecio o fato de a New Order Editora ter trazido o sistema de jogos DCC RPG para os fãs do Brasil. Sem eles, muitos fãs brasileiros nunca teriam sido introduzidos no sistema, então eu sou grato por seus esforços.

Para clientes em outros mercados, saibam que este anúncio é específico para o mercado brasileiro. Isso não deve ser considerado um comentário sobre nossa confiança com parceiros na Alemanha, Espanha e outros mercados ainda não anunciados.

Obrigado pelo seu apoio até agora. Anunciaremos mais novidades sobre esse assunto após 1º de dezembro.

– Joseph Goodman, September 2019

 

Vampiro: A Máscara 5ª Edição será lançado pela Galápagos Jogos no Brasil

O site oficial da Modiphius Entertainment, administradora do World of Darkness após polêmicas que rodearam o jogo em 2018, anunciou as próximas traduções de Vampiro: A Máscara 5ª Edição. As parcerias preveem lançamentos na França, Alemanha, Espanha, Rússia, Itália e Brasil, aqui pela Galápagos Jogos.

Aguardamos o anúncio pela editora brasileira.

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