De Olho no Nerdcast RPG – Perifacon2023

No painel sobre o Nerdcast RPG, tivemos uma conversa muito interessante com Alexandre Ottoni, do Jovem Nerd. Conversando sobre a trajetória do Nerdcast RPG, a trajetória pessoal dos criadores do site, de tudo que eles cresceram desde a primeira edição do programa até ele tomar o tamanho que tem hoje, sendo um dos maiores financiamentos coletivos do Catarse quando fizeram a Coleção Cthulu, com diversos livros ao redor dos cenários de Fantasia Medieval, Cyberpunk e Horror Cósmico.

A evolução do Jovem Nerd e do Nerdcast RPG

Durante o papo, foi conversado não só sobre RPG, mas sobre a evolução dos criadores. Se você ouvir o Nerdcast RPG 1: O Bruxo, a Princesa e o Dragão, ele teve um envelhecimento muito estranho, não em questão técnica, isto o site Jovem Nerd sempre teve primor em qualidade, mas em questão de falas que, hoje em dia mais do que antes, não encaixam mais. E, muito emocionado, Alexandre Ottoni falou sobre a mudança de cabeça e de visão que ele e os demais membros do programa tiveram com o tempo e como isso impacta nos programas atuais.

A primeira capa, onde tudo começou no “longínquo” ano de 2011

Futuros Lançamentos

Durante a conversa, também foi falado sobre os futuros lançamentos de Ghanor: Sabemos que temos o quarto livro da Quadrilogia A Lenda de Ruff Ghanor, cujo título ainda não foi anunciado, como As Máscaras do Metamorfo, livro da Karen Soarele sobre o Metamorfo Ruprest tentando confrontar seu problema com identiidade. Mais informações sobre isto podem ser vistas no hotsite de Ghanor.

Livro-Jogo?

Quando pudemos perguntar coisas no painel, consegui perguntar sobre a influência dos livro-jogos na vida dos criadores e se teremos, no futuro talvez, algum livro-jogo do cenário.

A resposta foi incerta, mas foi um talvez considerável que, pelo menos para mim, me dá esperanças de termos algo no futuro relacionado a livro-jogo. Mesmo que nenhuma outra informação tenha sido dada.

Atualmente, parece que tudo em Ghanor mudou

Conclusão

O papo, tirando a parte do livro-jogo, não teve nada muito revelador, mas foi um momento de poder ouvir mais sobre os bastidores e ficar hypado com o futuro do cenário de Ghanor. Está saindo jogo de celular rogue-like, mais livros e só o futuro sabe o que mais virá do Nerdcast RPG por ai! Até lá, você pode acompanhar postagens sobre Ghanor e Tormenta20 na

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Texto e Arte da Capa: Gustavo “AutoPeel” Estrela

Revisão: Isabel Comarella

Foto da Capa: Robert Silva

Aquecimento de Roleplay – Dicas de RPG # 111

Descubra como melhorar suas sessões de RPG com o Aquecimento de Roleplay! Neste episódio do Dicas de RPG com Gustavo Estrela, também conhecido como AutoPeel, exploramos essa técnica que mergulha os jogadores profundamente em seus personagens. Antes de iniciar sua aventura, o Mestre ou um jogador pode fazer perguntas aos personagens, como ‘Do que seu personagem tem medo?’ ou ‘Qual o melhor presente que seu personagem já recebeu?’. As respostas ajudam a desenvolver a personalidade dos personagens e podem até influenciar eventos futuros na história. Guarde as respostas em um caderninho para uso posterior. Não deixe de conferir 10 perguntas sugeridas na descrição deste episódio para enriquecer suas sessões de RPG. Faça seus jogadores se sentirem mais conectados aos seus personagens e à história!

As Perguntas:

1- Para onde o seu personagem espera ir no pós vida?
2- Se o seu personagem soubesse que ele vai morrer em até um mês, como ele passaria o resto da vida?
3- Quais são os hobbies e interesses do seu personagem fora do arquétipo dele?
4- Pelo que o seu personagem gostaria de ser lembrado?
5- O que o seu personagem diria que é o melhor traço dele?
6- Qual é o pesadelo mais frequente ou mais recente do seu personagem?
7- Qual memória o seu personagem mais quer esquecer?
8- Com qual outro personagem do grupo o seu personagem acha que tem mais em comum?
9- Se o seu personagem pudesse voltar no tempo e mudar algo na sua vida, o que seria?
10- Como o seu personagem se sente guardando segredos do resto do grupo?

O Dicas de RPG é um podcast semanal no formato de pílula que todo domingo vai chegar no seu feed. Contudo precisamos da participação de vocês ouvintes para termos conteúdo para gravar. Ou seja, mande suas dúvidas que vamos respondê-las da melhor forma possível.

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Criação de Personagem

Voz: AutoPeel
Edição do Podcast: Senhor A
Arte da Capa: Raul Galli

Músicas:

Music by from Pixabay

Democratizando a Cultura Pop – Perifacon2023

A Perifacon é um evento bem emblemático pra mim, tudo porque o local aonde o evento começou foi na minha quebrada, na Fabrica de Cultura do Capão Redondo. Na época, não consegui ir. Tinha algum compromisso na época e não consegui. Em 2022 consegui ir e, agora em 2023, estamos em mais uma edição da Comic-Con da Quebrada, o evento que está Democratizando a Cultura Pop.

Sobre o Evento

Perifacon nasceu com o objetivo de democratizar o acesso a cultura pop para os ambientes de periferia, com uma convenção com a entrada completamente gratuita e com divulgação de artistas que vem destes lugares periféricos.

Perifacon 2023

A Perifacon 2023 foi no Centro de Formação Cultural da Cidade Tiradentes. Próximo ao Terminal Guaianases, um local bastante grande. Quando cheguei com meus amigos a primeira reação foi de espanto com o tamanho do local, que provavelmente foi o maior local aonde o evento ocorreu até hoje.

Vamos abordar alguns pontos do evento. Como estávamos em equipe reduzida, vou focar em como foi a minha experiência no evento.

Já próximo ao inicio do Evento, a fila já estava enorme

Palco Potência Tech

O Palco Potência Tech era um ponto mais afastado do evento, no ultimo andar do Centro de Formação Cultural, aonde tinha uma grande arquibancada que dava no palco do evento.

Tivemos shows de DJs como DJ Braza Boys, DJ Gui Tintel, um Slam de musica e outros eventos não relacionados com música, como transmissão de clipe aniversário de Free Fire e Desfile de Cosplays comemorando os 100 anos da Warner.

Mas o principal evento do palco foi, sem duvida, o show do MC Rashid. Mas que ocorreu mais ao fim do evento.

Stormtrooper DJ você só vê na Perifacon

Sala de Bate-Papo

Este espaço foi marcado por conversas mais simples em um espaço menor se comparado com o Paínel, mas ainda tivemos assuntos muito interessantes sendo abordados. Flávia Gasi abriu o espaço debatendo Política vs Games junto com Turmalina Nogueira e Tainá Felix.

Mas dou destaque as duas conversas seguidas que tivemos sobre projetos sociais para levar a cultura pop, com Claudia Sales, Gabriela Borges, Luís Eduardo e Jonatas Varela e sobre o Lajota, um selo de web comics do Coletivo O Corre. Ambos com a mediação da professora, influencer e pesquisadora de cultura geek Juliana Oliveira.

Painéis

Neste espaço, tinha um espaço mais aberto e amplo aonde tivemos coisas incríveis. Uma delas foi a abertura do evento pela UNICEF, uma das principais patrocinadoras.

Conversas sobre Aranhaverso com o dublador brasileiro do Miles Morales, o Cadu Paschoal. Participação da Iron Studios, uma das maiores empresas de Action Figures criada no Brasil. Especial de 60 anos da Turma da Mônica e conversa sobre os personagens favoritos da Warner, em comemoração aos 100 anos da empresa.

Mas uma das conversas mais legais foi o painel com Load Comics e Jovem Nerd falando sobre A Lenda de Ghanor e o Nerdcast RPG.

Esse papo foi muito bom! – Foto: Robert Silva

Salas de Desenvolvimento e Marcas

Na Perifacon tivermos diversos espaços que não necessariamente tinham temas que passavam, mas são espaços para exposição de produtos, protótipos e jogos. Vamos falar delas agora.

RPG e Jogos de Mesa

Na parte de jogos de mesa e RPG, tivemos diversos jogos criados pelo pessoal periférico, o que é sempre muito bom!

Um dos destaques foi Axé, a energia dos orixás, um jogo de agrupamento de cores para fazer a manutenção da energia dos jogadores. E um outro jogo de organizar um carnaval com trio elétrico e tudo, que se chama Galo da Madrugada.

No local havia testes para os jogos de tabuleiro, porém não encontrei mesas de RPG para one shots curtas, o que foi uma pena, porque haviam RPG interessantes lá como o Mojubá.

Lojas e Editoras

Na parte de lojas e editoras, tínhamos editoras já consolidadas do mercado fazendo sua presença lá, como a Editora Devir concedendo um quadrinho gratuito lá e com quadrinhos como Lazarus. Outras editoras lá

No mesmo local, um grande destaque para a Maloca Games, que trouxe vários jogos nacionais e afrogames para o evento e era nítido o brilho dos olhos das pessoas vendo os produtos da editora.

Tinhamos também produtores de artesanato geek diverso e com preços acessiveis, um exemplo que fiquei bastante tempo vendo é a Loja Bifrost, que estava com uma placa do Dragão Branco de Olhos Azuis que quase me fez levantar mais uma parede em casa para colocar.

O stand da Maloca Games estava em chamas!

Games & Devs

Nesta parte, tivemos diversos jogos eletronicos dos mais simples até os mais complexos em exposição e para teste das pessoas. Deste espaço tem dois focos que chamaram a minha atenção:

Princesa das Nuvens

Um jogo dungeon crawler de um Guarda Real querendo salvar uma princesa de uma torre em cima das nuvens, Mega Charmoso e que executou muito bem em sua simplicidade a gameplay. Aonde o jogador deve proteger a princesa no centro das criaturas que vem atacar.

Você pode jogar o jogo na sua ultima atualização neste link.

Simples, divertido e MUITO charmoso!
Diesel Legacy: The Brazen Age

Um jogo de luta 2×2 não convencional; Todos os combatentes dividem a mesma tela, em lanes diferentes aonde o combate acontece ao mesmo tempo e, mesmo caído, os personagens podem afetar no combate. Lembra muito os antigos Fatal Fury que tinham uma mecânica parecida, mas era apenas 1v1.

O jogo está atualmente em Open Beta e você pode acessar o site do jogo aqui

Beat Em Up, personagens interessantes e MUITO CAOS. O que mais dá pra pedir?

Conclusão

A Perifacon é um evento muito especial. Não apenas por acontecer nas periferias e nas quebradas, mas porque é um espaço em que vemos pessoas tiveram um contato muito superficial com a cultura pop conhecendo aquilo de maneira mais clara.

No evento, conheci uma das organizadoras do local, que estava embasbacada.

“Eu nunca vi algo do tipo, normalmente o local é tão vazio, mas aqui está cheio”

Normalmente esses Centros de Formação Cultural, Fabricas de Cultura e SESCs longe do centro, próximos da periferia são pouco visitados e suas atividades pouco conhecidas, por uma questão de falta de divulgação e também pelo abandono do Estado mesmo. Eventos como a Perifacon trazem a visão destes locais para o publico e eles se tornam, enfim, conhecidos.

Que mais eventos como a Perifacon tragam visibilidades a esses espaços, e que eles sejam cheios de ideias frescas de um povo que por muito tempo não foi visto, mas agora está sendo.


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Texto e Arte da Capa: Gustavo “AutoPeel” Estrela

Revisão e Foto da Capa: Isabel Comarella

Vaesen – Taverna do Anão Tagarela #104

Vaesen é o novo sucesso da Retropunk, um RPG financiado em 30 minutos que em breve vai estar nas mãos dos RPGistas brasileiros. Conheça tudo sobre este cenário de Horror Nórdico nesta Taverna do Anão Tagarela.

A Taverna do Anão Tagarela é uma iniciativa do site Movimento RPG, que vai ao ar ao vivo na Twitch toda a segunda-feira e posteriormente é convertida em Podcast. Com isso, pedimos que todos, inclusive vocês ouvintes, participem e nos mandem suas sugestões de temas para que por fim levemos ao ar em forma de debate.

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Vaesen

‎Host: ‎‎Douglas Quadros.‎‎ ‎

‎Participantes:‎‎Douglas Quadros ‎| Karyna Cedryan | Mateus Herpich | Pedro Feio

Arte da Capa:‎‎ ‎‎Raul Galli.‎

100% financiado – financiamentos de sucesso

Este final de semana foi especial. Não só pelo dia dos pais como pelo sucesso de alguns financiamentos coletivos. Mostrando que essa é uma fórmula de sucesso no mercado brasileiro de RPG.

Primeiro temos o financiamento de Vaesen, um RPG de horror nórdico trazida ao Brasil pela Retropunk. O público demonstra sua confiança na editora ao bater a meta base de R$30.000,00 em apenas 30 minutos. Se deseja saber mais sobre Vaesen veja nossa live com o pessoal da Retropunk.

Temos, também, o pessoal da RPG com Nozes que financiou em dois dias o RPG de Bárbaros da Lemuria. Visto que a alguns anos atrás outra editora falhou em trazer esse RPG para nosso mercado.

Lembramos, também, do sucesso mais que esperado do financiamento de 3DeT Victory, o qual foi financiado em menos de um dia. Parabéns a todos os envolvidos pelo sucesso em seus financiamentos e fiquem atentos a outras novidades.


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Criação de Personagem – Dicas de RPG #110

Saiba como construir personagens valiosos para o seu Storytelling de forma rápida e precisa.

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Criação de Personagem

Voz: Jaque Machado
Edição do Podcast: Senhor A
Arte da Capa: Raul Galli

Músicas:

Music by from Pixabay

Valansia – Taverna do Anão Tagarela #103

Valansia é o cenário oficial de Old Dragon 2ª Edição, um cenário fantástico pensado para você explorar e literalmente torna-lo único. Entenda tudo isso nessa Taverna do Anão Tagarela, que trouxemos Antônio Pop, um dos criadores do cenário.

A Taverna do Anão Tagarela é uma iniciativa do site Movimento RPG, que vai ao ar ao vivo na Twitch toda a segunda-feira e posteriormente é convertida em Podcast. Com isso, pedimos que todos, inclusive vocês ouvintes, participem e nos mandem suas sugestões de temas para que por fim levemos ao ar em forma de debate.

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Valansia

‎Host: ‎‎Douglas Quadros.‎‎ ‎

‎Participantes:‎‎Douglas Quadros ‎| Karyna Cedryan | Antônio Pop | ‎ ‎‎Raul Galli

Arte da Capa:‎‎ ‎‎Raul Galli.‎

Regras de Devoção e os Druidas – Devoções de Ghanor para T20

ATENÇÂO: A postagem abaixo terá spoilers do cenário de Arton (principalmente os livros Deusa no Labirinto e Trilogia da Tormenta) e do cenário de Ghanor (Principalmente os três livros que, até essa postagem,  existem; O Garoto-Cabra, Herdeiro do LeãoO Melhor Amigo do Homem)

Tormenta20 A Lenda de Ghanor são jogos irmãos, os dois utilizam a mesma base do sistema de Tormenta20, mas há alguma diferenças entre os jogos que talvez deixe alguns jogadores confusos na hora de utilizar coisas de Ghanor RPG em Tormenta20. Mas hoje e durante as próximas semanas, vamos brincar de sincretismo religioso e misturar as devoções de Ghanor com as devoções de Tormenta20!

É preciso ter fé?

A regra de devoção é uma regra opcional. Como descrito na página 96 de Tormenta20 JdA; “Você pode se tornar devoto na construção de seu personagem ou sempre que subir de nível. Porém, só pode ter uma devoção e não pode mudá-la (exceto sob critério do mestre)”. Com exceção de personagens Clérigos, Druidas ou Paladinos, que são automaticamente devotos de algo quando escolhem a classe. Em Tormenta20, a escolha de você ser devoto ou não é totalmente do jogador.

Mas como funciona a regra de devoção em Tormenta20?

Antes de se tornar devoto de uma divindade, tem alguns passos a se seguir; primeiro, você deve ler as Crenças e Objetivos daquela divindade. Não é algo em regra, mas ajuda na sua interpretação, é uma linha guia do que aquele deus representa e tem como objetivo. Depois, seu personagem deve estar na lista de devotos permitidos por aquela divindade. Por exemplo: O deus samurai da Honra, Lin-Wu, tem como devotos permitidos apenas Anões, Cavaleiros, Guerreiros, Nobres e Paladinos.

Portanto, eu não posso fazer uma Medusa Arcanista devota de Lin-Wu, porque nem a raça Medusa nem a classe Arcanista está na lista de devotos permitidos da divindade. Alguns mestres ignoram essa regra, mas é assim que ela funciona. Mas tem algumas coisas que burlam essa regra.

Clérigos e Humanos

Clérigos podem ser devotos de todos os 20 Deuses do panteão ou do Panteão como todo, porém quando são devotos do Panteão eles são impossibilitados de usar armas que causam dano diferente de Impacto e não recebem poderes concedidos.

Humanos podem ser devotos de qualquer um dos 20 Deuses, independente de qual classe esse humano for.

Humano Clérigo do Panteão: Poderia ser tudo, decidiu não ser nada

Aharadakk, Thwor e Valkaria

O deus da Tormenta, Aharadakk, o deus dos Goblinoides, Thwor e a deusa da humanidade, Valkaria são as três divindades que permitem membros de qualquer raça e classe como devotos.

Aharadakk porque a Tormenta, a tempestade rubra que assola Arton, aceita tudo e todos para fazer parte de dela. Valkaria aceita qualquer tipo de aventureiro como seus devotos. Thwor… é um pouco mais complicado.

O Caso Duyshidakk

Thwor aceita qualquer raça ou classe como devoto, mas em teoria é o mais restrito dos deuses. Thwor exige que seus devotos sejam duyshidakk, um duyshidakk é um membro aceito do povo Goblinoide, ele é considerado e tratado como um goblinoide e se esforça trazer a realidade do Mundo Como Deve Ser a Arton. Toda visão sobre os Goblinoides, duyshidakks e no que eles acreditam está melhor descrita no romance A Flecha de Fogo, que você pode comprar com o cupom mrpg10 e ganhar 10% de desconto na compra.

Jabá de oportunidade, por essa você não esperava!

E o que eu ganho virando Devoto?

Quando você se torna devoto de uma divindade maior, você recebe um poder concedido daquela divindade. Caso seja um Clérigo, Druida ou Paladino, recebe dois poderes concedidos. Mas em troca, tem que cumprir as Obrigações e Restrições daquela divindade, uma lista de coisas que seu personagem não pode fazer. Caso faça, ele perde todos os PM até o fim do dia, só podendo recuperar no dia seguinte. Uma segunda infração na mesma aventura faz seu personagem perder novamente todos os PM e só poder recuperá-los após cumprir um penitência, uma tarefa ou missão divina concedida pela Igreja daquele deus.

As Obrigações e Restrições de cada deus são muito diversas, vão desde não poder usar um tipo de equipamento, até não pode fazer um tipo de ação, não pode usar um tipo de perícia ou até ter a possibilidade de ficar confuso no inicio de um combate.

Em Ghanor, os deuses não vem te salvar.

A Devoção em Ghanor?

Em Ghanor, as coisas funcionam um pouco diferente. Em Ghanor, personagens que não sejam Clérigos não podem ser devotos. No cenário de Ghanor, aonde os deuses desistiram de sua criação, as Igrejas não oram apenas a deuses, mas a Santos.

Os Santos não são deuses, são mortais que em algum momento fizeram um feito extremamente importante no mundo. Como ajudar viajantes perdidos, infiltrar um local que assola a vida de fiéis, fortalecer o comércio, alimentar os pobres ou defender a terra. O que torna um mortal um santo é algo ainda misterioso, mas de qualquer maneira há devotos que seguem as diretrizes destes santos.

Os Clérigos seguem Normas que definem o que é um proibido que um devoto de um santo fazer, é a mesma regra das Obrigações e Restrições de T20, mas limitada apenas a Clérigos.

Os 20 Deuses e os 5 Santos

Comparado aos 20 deuses de Arton, há apenas 5 santos em Ghanor. Possivelmente, pensando em historia, como a fé em Ghanor era muito restrita na época da trilogia de A Lenda de Ruff Ghanor, talvez tenham existido outros santos que sejam menos conhecidos pelos plebeus e até pela própria Igreja, como era o São Arnaldo, permitindo a existência de santos menos ortodoxos para os clérigos serem devotos. Então, caso queira criar o seu próprio santo, com regras e poder concedido próprio, fique a vontade que o cenário te dá essa possibilidade. E falando nele…

O Cenário importa

Agora que entendemos as diferenças entre cada jogo, antes precisamos deixar algo bem claro: O Cenário que você está jogando sua campanha importa neste caso. Em Ghanor, seria bastante incomum um aventureiro não clérigo ter poderes concedidos pelos santos, na verdade, fora de grandes centros religiosos o poder sagrado é algo bem raro. Ghanor é um lugar aonde os deuses desistiram da criação e os santos mantêm a chama da esperança viva.

Então, se você me perguntar se você deveria liberar a regra de devoção para personagens não Clérigos ou Druidas em Ghanor, a minha resposta seria clara; Não.

Lógico, a mesa é sua, você faz da maneira que quiser. Mas em Ghanor o poder divino é muito limitada a um certo número de fiéis que dedica a sua vida aquilo, não liberada a qualquer mortal. Liberar poderes de devoção para qualquer tipo de devoto é problemático para o cenário, seria melhor jogar em Arton.

Em Arton, porém, os deuses amam suas criações (a maioria) e são bastante ativos no dia a dia das pessoas, é um mundo muito mais otimista que Ghanor, que é muito mais frio. Dito isso, para prosseguirmos, vamos precisar adequar cada um a realidade do outro. Mas vamos fazer isso um passo de cada vez, então para dar um gostinho, vou começar pela classe com o menor número de devoções possíveis: O Druida.

Como você traduziria um deus Artoniano para um santo de Ghanor?

Os Deuses de Druidas

Em Tormenta20, há apenas três deuses que podem ser usados por Druidas: Allihanna, Oceano e Megalokk. Allihanna já é traduzida na forma da personificação da Natureza da classe Druida, porém os dois outros deuses ficam de fora do cenário. Como regra opcional, você pode conceder ao Druida de Ghanor recebe um poder concedido e cada outro aspecto que os druidas podem adorar recebem poderes diferentes e tem normas diferentes, como veremos abaixo. Todos os druidas abaixo seguem a mesma lista de magias do Druida, como visto na página 135 de A Lenda de Ghanor RPG.

Devoto da Natureza

Os devotos da Natureza permanecem como são no livro de A Lenda de Ghanor RPG, a diferença é que eles recebem no nível 1 o poder Compreender os Ermos, que você pode ver na página 132 do Tormenta20 JdA.

Abaixo, altere o texto da habilidade Devoto da Natureza pelo texto da devoção e adicione o poder concedido.

Devoto do Mar

Você possui uma conexão especial com o Mar e com os rios. Você não pode se manter afastado de mares, rios e oceanos por mais de um mês e só pode utilizar armaduras leves e as armas azagaia, lança, tridente, arpão e rede, sendo considerado proficiente com todas elas.

Anfíbio. Veja em Tormenta20 JdA pg. 132

Devoto do Instinto

Você é extremamente interligado com seus instintos primitivos e naturais, rejeitando a sociedade civilizada e se entregando a ferocidade. Você é proibido de usar perícias baseadas em Inteligência ou Carisma (exceto Adestramento e Intimidação) e não pode preparar uma ação, escolher 10 ou 20 em testes e lançar magias sustentadas (pois são ações que exigem foco).

Presas Primordiais. veja em Tormenta20 JdA pg. 135

Druida das Estrelas… Aonde eu já vi isso?
Devoto das Estrelas

Você possui uma conexão especial com as estrelas e com os mistérios que residem além do céu. Você não pode descansar coberto sem ter contato com as estrelas e deve se banhar com a luz das estrelas pelo menos uma vez a cada 1d4 meses.

Mapa Estelar. Você aprende e pode lançar Orientação uma de suas magias de Druida. Além disso, enquanto estiver debaixo da luz das estrelas, suas rolagens de dano causam +1d8 pontos de dano de luz adicional.

Devoto do Fogo

Você possui uma conexão especial com o fogo, com a energia que existe dentro do fogo e com sua capacidade de restauração. Você não pode fazer testes de resistência para receber metade ou negar dano de fogo e não pode apagar chamas e incêndios. Pode salvar criaturas afetadas pelo fogo, mas nunca extinguir as chamas que consomem.

Vontade do Fogo. Você aprende e pode lançar a magia Explosão de Chamas e pode aprender as magias da Tradição Elemental do tipo fogo como magias divinas da sua lista de Druida. Além disso, recebe redução a frio 5.

Devoto dos Espíritos

Você possui uma conexão especial com os espíritos e com as almas perdidas nos pontos entre os mundos e os planos. Você não pode causar dano letal, perda de vida ou condições a criaturas do tipo Espírito, com exceção de enfeitiçado, fascinado e pasmo (fornecer bônus em dano também é proibido). Além disso, não podem profanar tumbas ou utilizar itens que estavam no corpo de pessoas mortas ou na posse de mortos-vivos. Para utilizar um objeto de um morto, ele deve ser passar devidamente por um Rito de funeral (veja a perícia Religião, em A Lenda de Ghanor pg. 83).

Infusão Espiritual. Você aprende e pode lançar a magia Curar Ferimentos como uma das suas magias de Druida. Além disso, você recebe +2 em Misticismo para Identificar Criaturas do tipo Espírito.

Conclusão

Nas próximas semanas, vamos abordar outras possibilidades da devoção em Ghanor. Muito mais limitada, porém ainda possível. Possivelmente, os próximos posts vamos abordar um assunto polêmico quando o livro de Ghanor saiu, que são os Paladinos e vamos adaptar o Panteão de T20 para Santos de T20.

Mas isso é no futuro, hoje não.


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Texto e Arte da Capa: Gustavo “AutoPeel” Estrela

Revisão: Isabel Comarella

O Mosaico – Quimera de Aventuras

Nesta Quimera de Aventuras vamos falar sobre a Historia em Quadrinhos brasileira O Mosaico. Uma HQ publicada pela Ultimato do Bacon Editora, escrita por Luís Carlos Sousa e com argumento, desenho e cores de Lucas Rebelo. O Mosaico é uma historia linda sobre batalhas de robôs gigantes e sobre os humanos que pilotam esses robôs e foi lançada sob o Escafandro, uma publicação bimestral de Historias em Quadrinhos pulp.

Sinopse

Em um mundo pós-apocalíptico dominado por monstros colossais, os irmãos Cástor e Póllux, equipados com suas unidades mechas, tentam sair em segurança de seu setor após uma feroz batalha. Mas sua extração revela desafios maiores que os titânicos kaijus… as lembranças da infância que formam mosaico aterrador.

Nossa Opinião Pessoal (Contêm spoilers)

Escafandro é uma historia de monstros gigantes um pouco diferente do que se espera, os Kaijus que ambientam a historia são uma ameaça muito física. Mas, a verdadeira ameaça da historia é o passado. Por isto, a HQ faz muito bem em explorar os grandes bloqueios de relacionamento entre os protagonistas amadurados até o pescoço em robôs gigantes.

O Mosaico fala sobre relacionamentos e, mais importante, sobre perdão e sobre como os monstros do  nosso passado nos machucam mais do que os monstros gigantes que os protagonistas enfrentam. A HQ me lembrou muito a série Love, Death and Robots. Onde vemos que o uso de robôs gigantes e questões de ficção cientifica são usadas como alegoria para relacionamentos e coisas do nosso dia a dia.

O irmão carregando o outro enquanto desabafa sobre como ele carregava ele no passado toca muito forte, e muitas coisas que ficaram não ditas sendo ditas naquele momento mexe mesmo comigo, que nunca tive um irmão de sangue mas tinha de cuidar de pequenos porque eu era o mais velho.

O Mosaico é simples e direto, porém poderoso em sua proposta.

Quimera de Aventuras

Abaixo, na parte da Quimera de Aventuras, vamos imaginar quais cenários e sistemas poderíamos usar para narrar uma historia inspirada no Mosaico. E, também, em um gancho de aventura para começar

Cenários e Sistemas

O mais obvio para se narrar uma aventura baseada em O Mosaico é um jogo de robô gigante. Jogos como 3D&T Alpha usando o cenário de Brigada Ligeira Estelar (Ou qualquer cenário de robô gigante ao seu gosto, como Gundam). Ou Lancer RPG que ainda não saiu no Brasil mas está programado para sair pela Tria Editora.

Gancho de Aventura

Normalmente eu proponho mais de um gancho de aventura para o tema do Quimera, porém, eu acredito que O Mosaico tem um gancho que pode virar até mesmo uma campanha.

Escolha um dos seus jogadores, talvez o mais sensível até e que no plot do personagem dele tenha algum aliado ou algum personagem que ele tenha muito carinho. E então, em alguma cena de combate deixe esse alguém muito ferido.

Ou então, que eles encontrem esses dois NPC tentando sobreviver em um ambiente mas afastado, e tenham como objetivo resgatar eles a um lugar seguro.

O objetivo será levar esse personagem ferido para o lugar que possa salvá-lo e, para isso, eles tenham que passar por outros planetas buscando ajuda ou suprimentos para dar um pouco mais de resistência a esse alguém. Até lá, fomente o roleplay, faça com que os personagens tenha tempo para dialogar com o jogador e com os demais adjacentes. Que eles possam compartilhar e conversar sobre coisas e que os jogadores se aproximem deles.

Lógico, não pode ser um peso morto, dê alguma maneira daquele personagem ajudar – Ou dele tentar ajudar – os jogadores. Com alguma habilidade especial ou se arrastando para realizar algo, assim os jogadores vão criar mais vinculo com ele.

E então, dependendo de como eles lidarem com o NPC, eles podem salvar ele.

Ou não.


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Revisão e Montagem da Capa: Isabel Comarella
Texto: Gustavo “AutoPeel” Estrela

Porque você deveria começar a jogar com seu time!

Você sabia que o lazer (puro e simples) e o lúdico são necessários, mesmo na vida adulta? Eles são responsáveis por nossa capacidade de repouso físico e mental, criatividade e capacidade de sair do automático. Sem falar que são parte essencial da nossa capacidade de desenvolvimento. Sim. Você precisa se divertir. E seu time também. E lazer não é ler um livro sobre nosso trabalho! Então bora jogar com o time?

O poder do jogo

Sou uma grande fã dos jogos, principalmente os de tabuleiro. É difícil explicar tudo o que o jogo me traz em um texto! Mas vou focar na diversão! Quando estou jogando, estou me divertindo, seja porque é um jogo só para rir ou porque estou 100% focada em como ganhar. De uma forma ou de outra é uma experiência muito imersiva e que torna a vida mais leve. 

Poderia seguir aqui falando do quanto o jogo é uma experiência enriquecedora para cada indivíduo, mas acho que o maior ganha não está aí. Eu acredito que onde os jogos mais brilham é no seu poder sobre o grupo. 

Posso falar isso de carteirinha porque a maioria das minhas amizades cresceram nos jogos.  E a verdade é que jogar juntos cria uma conexão impossível de ser feita em outro contexto. Isso é o que acredito ser essencial para você e seu time terem também.

Minha experiência sobre levar jogos para empresas

Tenho uma grande sorte de trabalhar em empresas de tecnologia há alguns anos, um terreno fértil para “nerdices”. No começo me aproximei de pessoas que já jogavam e fomos combinando de jogar. Aí percebi que dava para levar jogos no Happy da firma. E que, na real, tem jogos que são muito propícios para misturar todo mundo. Logo eu tava organizando eventos de jogos, além de vários treinamentos que incluíam atividades bem diferentes como participar de escapes rooms.

Sabe quando a gente fala que o Happy hour, “tomar uma juntos”, é super importante para um time? Pois é… Experimenta jogar. No jogo não tem chefe, todas as barreiras caem. Só vale as regras do jogo. É impagável colocar um +4 no uno pro CEO, ou ver seu RH acertar “A Usurpadora” num jogo de adivinhação (acertei com UMA dica).

Foi instintivo começar a usar jogos nas organizações. Na época eu já sabia que “só”  jogar com o time era algo poderoso, ainda que sem saber explicar cientificamente o que estava fazendo.

Jogar com o time é mais um team building?

Na época que comecei a usar jogos, correlacionar imediatamente com o conceito de “team building”. Team building é um tipo específico de treinamento, geralmente com objetivo de elevar a motivação e criar sinergia no time. Tipicamente as atividades de team building são fora do contexto de trabalho (cozinhar juntos, remar, caça tesouros). 

De uma certa forma utilizar jogos de tabuleiro e RPG como team building funciona: é uma atividade de construção de time. Porém o team building tradicional se parece mais com uma parábola, que possui uma lição já pré-definida no final. Isso porque o team building já possui uma intencionalidade do que será desenvolvido e do fechamento que se chegará ao final.

E, claro, existe hora e lugar adequados para um treinamento de team building! Ele é uma ótima ação dentro dos seus objetivos. Mas, assim como a parábola em relação a um bom romance, o team building tem bem menos graça que um bom jogo sem nenhuma razão aparente. 

E isso é fácil de entender né? Você pessoalmente acha mais divertido qual dessas opções?

Na época eu ainda não tinha coragem de dizer “É simplesmente para se divertir”. Mas hoje já entendo melhor essa relação: existe de fato uma construção de relacionamento que não se dá pela via formal do trabalho. Nossas relações pessoais são mais fortes que as de trabalho.

Então sim, o Happy Hour ajuda, bater papo ajuda, ter team building ajuda e jogar juntos ajuda. Mas agora eu preciso te contar porque jogar é diferente dessas outras atividades e, por isso, insubstituível.

Um pouco de conceito sobre lazer!

O lazer tem pouco espaço na vida adulta, em geral ele está relegado a quando “sobra tempo”. Muitas vezes tentamos produtizar até mesmo esse pouco tempo que sobra! Quantas vezes escuto: “No meu tempo livre vou aproveitar para colocar a leitura em dia do meu trabalho”. Então aqui eu vou te trazer alguns conceitos do Dumazedier (2008) em Sociologia Empírica do lazer.

Mas o real lazer tem algumas características específicas: caráter liberatório (não estar conectado às obrigações fundamentais), desinteressado (não ter nenhum fim utilitário ou lucrativo), hedonístico (a atividade é um prazer em si mesmo) e pessoal (Dumazedier, 2008). 

Ou seja, se for utilitário, não é lazer. Precisamos construir mais espaços de real lazer, sem intencionalidade além de se divertir. Às vezes o melhor que podemos fazer por nós mesmos é assistir aquele filme de sessão da tarde, só para dar boas risadas.

Por quê precisamos de lazer

E se você estiver se perguntando o porquê que é importante ter lazer, eu te digo! Ele tem três funções básicas:

1) Repouso físico e mental. Sabe quando você tá cansado, mas dormir não é suficiente. Você precisa se divertir. Lembre-se disso na próxima vez que pensar em aproveitar as férias para trabalhar mais ainda. Ah, de quebra, atividades lúdicas são diretamente relacionadas ao aumento da Inteligência emocional.

2) Quebra do tédio.  Meio óbvio né, mas você sabia que quebrar o tédio é importante para sermos criativos? A diversão nos ajuda a quebrar o modo automático de agir. 

3) Desenvolvimento. O lúdico, em qualquer idade, é sempre uma forma de experimentação e desenvolvimento de competências diferentes das que já usamos. E é a combinação dessas coisas que nos permitirá resolver os problemas de formas diferentes. 

O lazer tem função importante para nossa capacidade produtiva. Tanto individualmente, quanto em grupo. Por isso, atividades de lazer são uma forma muito eficiente de integrar e melhorar o time.

Tá, lazer é importante, mas por que jogos?

Em primeiro lugar, os jogos são desafiadores. Isso independe do objetivo do jogo, mesmo se ele for cooperativo ou apenas com o objetivo de trazer boas risadas, você ainda terá um desafio sendo proposto. E isso faz com que as pessoas fiquem imersas na atividade, aproveitando o máximo da atividade. A imersão é importante para ter o máximo de lazer que a atividade pode proporcionar.

De bônus, desafios são sempre formas de desenvolvermos nossas competências. Jogos melhoraram minha comunicação, capacidade analítica, gestão de risco, leitura do grupo, capacidade de concentração, tomada de decisão, entre outras.

Outro ponto importante é que o jogo é um dos poucos lazeres conectados ao lúdico, permitido aos adultos. Atividades lúdicas aumentam o autoconhecimento, propiciam momentos de ressignificação de experiências, trabalham nossa criatividade, através da fantasia e imaginação, além de melhorar a expressividade. 

Ou seja, atividades lúdicas são essenciais para sermos pessoas com potência criativa. Ainda assim, deixamos de lado atividades de brincar, mas os jogos nos permitem voltar a esse lugar, sem retornar a infância.

Outra característica importante do jogo é que ele é uma atividade de lazer que tem como característica as suas regras de funcionamento. Quando estamos jogando, derrubamos as normas sociais do nosso dia a dia. Por exemplo: se você está em um jogo que envolve mentir para esconder sua identidade, isso é permitido, sem alterar a percepção que você e seus colegas têm sobre o seu caráter fora do jogo.

E jogar fora as regras normais é muito bom para um time se conhecer com maior profundidade. Além disso, usamos habilidades diferentes do nosso dia a dia. Isso dá um ganho de sinergia gigantesco, porque começo a perceber a pessoa de diferentes ângulos e descobrir habilidades novas que o time pode ter em conjunto.

Em resumo:

Então, sim: você deve jogar com seu time apenas para se divertir. Porque diversão é potência. Chama a gente para conhecer mais como usar boardgames e RPG com seu time.

Vou te deixar duas dicas finais de conteúdos do Movimento RPG que podem te ajudar a começar a jogar junto com o seu time:

-Playlist do Na Mesa, onde mostramos vários jogos de tabuleiro
-Playlist de explicação de sistemas de RPG

Gostou, então já sabe!

Por último, mas não menos importante, se você gosta do que apresentamos no MRPG, não se esqueça de apoiar pelo PicPayPIX ou também no Catarse!

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