Entrevista com Mago dos Dados – Dados de RPG Artesanais

O Entrevistado

O Mago dos Dados vem há um ano fazendo dados e outros artigos de RPG de maneira artesanal. Abriu um financiamento no Catarse para apoiar alguns de seus projetos, e hoje concederam uma entrevista para o Movimento RPG.

O Mago dos Dados é gerenciado por Tamires e Bruno, um casal de Dice Makers brasileiros , que iniciou o projeto, quem fala comigo na entrevista é a Tamires.

Entrevista

Tamires – O Mago dos Dados

Cara, falta 3 dias (Na época da entrevista) para acabar o Catarse, e ai?

É! Faltam 3 dias, a gente ta correndo agora pra bater a meta de 40.000 que é a meta dos anéis de condição e estamos mandando mensagem pra galera que falou que ia comprar depois do dia 30, a gente tá lá ativando todo mundo. Falta mais ou menos menos de 4400 para bater essa meta.

 

Eu fui uma das pessoas que falou que ia apoiar depois do dia 30, mas já apoiei e agora to animado. Porque eu lembro que quando vi o Catarse de vocês eu achei bastante interessante porque sempre que eu compartilhava com meus amigos, o pessoal do meu grupo de RPG que eu mestro, sobre dado artesanal era sempre coisa de fora. Ai quando eu vi uns dados bonitos e tals, achei que era de fora mas era brasileiro. E é muito engraçado porque tem pouco brasileiro fazendo isso, então eu queria saber; Quando que deu na telha tipo “Pô, vamos fazer dado de RPG”?

Olha, foi muito engraçado, acho que eu tava fuçando na timeline do Instagram e ai apareceu um dado artesanal, maravilhoso. Ai eu falei; “Meu Deus eu preciso disso”. Eu mostrei pro meu marido, e eu sempre fui do lado de artesanato e ele mais do lado empreendedor da coisa, então ele me falou; “Porque a gente não faz?”

Começamos a ver sobre, pesquisar material no Brasil. Como eu trabalho em uma empresa química já ajudou porque tem coisa com resina, consegui bater um papo com o pessoal de como funcionava e tal.

Então começamos a fazer teste e descobrimos que no Brasil falta muita matéria-prima, o básico tem que é a resina e algumas cores, mas você vai comparar com o pessoal lá de fora, alguns efeitos que eles fazem, a gente fica quebrando a cabeça, fazendo teste, mudando matéria-prima, faz coisa mirabolante de virar molde para fazer o efeito que lá eles fazem só de colocar. E ai começou a dar certo.

Além disso, meu pai ele pinta muito, então a gente comprou uma impressora 3D e, quando tem que por coisa dentro, a gente imprime e dá para ele pintar um por um para colocar dentro, ele adora e fica maravilhoso.

E ai a gente começou a subir o nível, tem alguns outros brasileiros que fazem dado e a gente troca figurinha e troca ideia com outros dice makers e não só com eles, mas também com quem faz miniatura, com quem faz ilustração, etc…

Porque a gente começou fazendo não só para vender, mas também para dar como recompensa, dar de presente e tals. Então pra quem apoiar, na caixa não vai vir só os dados como também voucher de desconto de parceiros, de ilustrador, de miniatura, de camiseta.

A gente entende que um ajuda o outro e assim todo mundo vai junto na comunidade. A gente tinha bastante medo no começo, a gente ficava se perguntando; “Será que vai vender?”, “Será que alguém vai pagar por um conjunto de dados desse?”.

 

E é surreal, né? Porque parece que quando você está começando a planejar, as coisas parecem que são de outro mundo, e querendo ou não o RPG é um hobby caro, os livros são meio caros, mas comprar dado é um nicho dentro do nicho e a gente vive em um país subdesenvolvido e tudo mais. É difícil imaginar essas coisas. Mas quando eu vi eu achei muito daora porque vocês estavam fazendo algo que eu via pouca gente fazendo e que faltava no nosso meio.
E quando vocês venderam o primeiro, foi aquela euforia, como foi?

Então, a gente foi lá, postou, e quando vendeu o primeiro, eu não me aguentava. Ai a gente começou a planejar o que mais a gente consegue fazer de diferente. Então a gente pesquisa muito no Pinterest e no Instagram que tipo de efeito dá pra fazer. Nem tudo dá certo, eu até fiz um reels mostrando quantos dados deram errado até chegar no efeito certo. É muito difícil as vezes.

O próximo que a gente quer fazer e que a gente ta quebrando bastante a cabeça é um que tem o olho de Sauron no meio e ele se mexe, mas olha, quem comprar no catarse vão ser os primeiros que vão poder comprar quando der certo.

 

Ai, minha carteira, hahahaha. Porque eu já to vendo que eu vou querer um desse, já vi fotos de alguns parecido e são muito legais!

Então, reações desse tipo são o que motiva a gente, porque a comunidade abraçou a gente demais. E o pessoal do RPG é muito criativo, então vem cada ideia louca que a gente tenta fazer e dá certo.

E eles defendem muito a gente, eles compartilham com amigos.

Até teve uma historia muito legal de uma pessoa que pediu a outra em casamento. Colocou a aliança dentro do dado do d20. Ela fez um conjunto inteiro de 8 dados e no d20 maior tinha a aliança e ela pediu o namorado em casamento. Foi muito legal!

 

Eu acho muito maneiro coisas assim. E tipo, eu conheci vocês um pouco antes do catarse e vi que vocês tem bastante dado diferente mesmo, principalmente os squishy que você pode apertar, e que eu vou usar muito para tacar nos meus jogadores. Mas eu vi também que vocês começaram a vender outras coisas como grímorios de bolso e outros que são escudos do mestre.

Então, sim! A gente começou a vender um escudo que ele é mais ou menos do tamanho de uma folha sulfite, mas ele se desdobra e se modula para a maneira que o mestre precisar. Então tem as caixinhas que o mestre pode colocar como uma pratilheira, pode colar coisa com imã, tem imã escondido dentro da madeira para grudar coisa. Se precisar de espaço pode tirar para colocar outras peças. É exatamente para cada um usar do jeito que quiser.

Assim que todo mundo receber, a gente vai colocar alguns deles pra vender a parte, porque muita gente gostou do projeto do Escudo. Nós fizemos varios testes para deixar modular, cobrimos com veludo para não machucar os dados, fizemos aberturas para caber os dados dentro.

E começamos a fazer com logos personalizados com os sistemas que o pessoal mais joga, como Cthulu, Vampiro a Mascará, Dungeons & Dragons.

Ai disso começou a vir gente procurando a gente pedindo coisa personalizada e começamos a adaptar pela demanda que as pessoas traziam.

Como a Torre de Dados, que uma pessoa nos procurou pedindo e a gente adicionou ao Catarse.

A parte criativa parte muito também da comunidade e a gente só poe a mão na massa.

 

Uma das coisas que eu mais gosto é que vocês não fazem só dado mas também acessórios para mestre, como Escudo, torre, etc…

A gente enxerga que o Mestre/Narrador é o coração da mesa, ele que incentiva, que chama, que planeja, então a gente vê que tem que dar um carinho a mais. E isso foi ideia do Bruno de fazer um escudo para os mestres puderem usar.

A gente fez uma versão do Mago, mas também desenvolvemos com outras capas. E ele é feito de couro, com fivela, tem uns 7 kg o escudo, mas ele facilita bastante para colocar as coisas dentro.

No próximo a gente planeja fazer um suporte que cruza o escudo para que o mestre possa carregar de maneira mais fácil e levar como uma algibeira. E queremos montar também uma mochilinha para deixar mais organizado ainda, por mapa com grid. Mas isso vai vir apenas no próximo apoio. Porque pra levar e jogar na casa de um amigo precisa ser bonito para usar de decoração e ter aquele impacto na mesa e algo prático para levar com mais facilidade.

 

Uma coisa que me deixou bastante curioso disso tudo; No momento que vocês abriram o Catarse tá acontecendo muitos apoios de outros sistemas de RPG, o FATE acabou de acabar, mas começou o da Coleção Arton, Aburei RPG, A.I.L.A e de outros sistemas. Não são exatamente concorrentes diretos de vocês, mas rolou algum tipo de conversa com alguns dessas editoras? O Aburei por exemplo é independente, mas a Coleção Arton é da Jambô Editora que é maior e vocês já fizeram alguns baseados em sistemas existentes, mas chegou a ter alguma conversa com editoras para fazer algo do tipo?

Então, algumas editoras procuram a gente para fazer lançamentos, mas a gente não foi muito atrás. Até não época perguntaram se a gente ia abrir o Catarse agora porque ia sair a Coleção Arton de Tormenta, mas a gente já tava programado e já tinhamos falado com a comunidade e a gente tem uma conversa muito aberta com eles.

Então perguntamos o que eles queriam e eles preferiram o Catarse e perguntamos o que eles queriam que tivesse e montamos em cima do que foi pedido. A gente inicialmente ia produzir em Março, mas vendo os prazos não daria para produzir tudo, então conversando a gente chegou para abrir em Maio, que é bem quando a gente faz um ano de Mago dos Dados. Então juntou muita coisa; Ia ser em Maio, foi o que a gente combinou, é o mês do Nerds que tinha muita coisa saindo, então fechou em Maio mesmo.

 

Vocês trabalham em trio, você, seu marido e seu pai, mas o Catarse deu muito certo e teve bastante retorno. Há algum planejamento de expansão do négocio?

Então, com 6 ou 8 meses de Mago, a gente começou a sentir necessidade. A demanda começou a ficar muito grande, tinha gente que pedia dado mais complexo e que a gente precisava de mão de obra. A parte mais crítica é a parte de lixar o dado, começamos a procurar gente que tenha essa noção e delicadeza, porque se lixar errado acabou o dado. Começamos a procurar, mas é muito dificil. No Catarse percebemos que podiamos usar para investir nisso, então nós queremos comprar maquinario para acelerar o processo e chamar alguém para lixar com o máquinario.

Mas temos varios planos para o que dá pra fazer conforme o Catarse dá certo, com máquinas para polimento, para lixamento, etc…

E com o máquinario que faz isso, a gente consegue ganhar tempo para não ter que parar e ativamente fazer essa partes.

 

Sobre planos futuros; Quando toda a campanha tiver acabado, tudo entregue, o ultimo envio for feito, quais são os planos futuros?

A gente quer voltar com a lojinha porque tem bastante demanda de dados especificos. Quando a gente começar a desafogar os pedidos a gente vai começar a pensar em uma segunda edição, conversar com os nossos parceiros que são maravilhosos e topam nossas ideias e entram no que a gente quer fazer.

 

Esse é um modelo que vocês querem continuar seguindo? Tipo, de tempos em tempos abrir um Catarse com novas coisas?

Sim, ou com variações com o que a gente já trouxe, mas deixar 6 meses para interagir com o povo e para testar novas coisas.

Estamos conversando também com desenvolvedores de jogos que trouxeram jogos de fora e que vão abrir um financiamento também e que chamou a gente para fazer os dados deles. E são dados bastante diferentes.

 

Vocês já estão vendendo dados bem diferentes que são os dados de poção, né?

Sim! E nesse quebramos a cabeça, contratamos uma pessoa e passamos algumas referências para ela nos ajudar a fazer. Teve umas 17 versões dele e ai enfim a gente conseguiu, moldamos e conseguimos fazer. A gente comemorou tanto!

E é algo muito diferente porque não tem nada parecido no Brasil, ele faz barulhinho, tem um líquido dentro. É muito legal.

 

E qual a relação de vocês com o RPG em sí? Como começaram a jogar, o que jogam?

Hoje em dia tá dificil conseguir tempo para jogar porque eu trabalho e faço MBA. Mas a gente se conheceu jovem, em uma biblioteca, jogando RPG. Ele todo metaleiro com sobretudo e eu com cabelo curtinho pontudo pintado de vermelho, jogando Vampiro, a gente se olhou e ai eu descobri que ele era o meu vizinho.

A gente virou amigo, eu mestrava Lobisomem, e ele jogava Vampiro, D&D e 3D&T.

A gente ia em um Encontro Internacional de RPG que eu fui pra ir mestrar Lobisomem. Hoje é mais comum ter mulher mestrando, mas na época todo mundo estranhou “Você mestra lobisomem?”.

Gostava de jogar também Mago a Ascensão e Changeling.

 

Para finalizar a entrevista, O que vocês esperam pro futuro e se vocês tem algum recado para o pessoal que apoiou ou está apoiando?

Cara, a gente tem muito a agradecer. Porque a comunidade abraçou muito a gente e abraçou muito a gente. Se não fosse eles a gente não estaria nem aqui.

O pessoal que divulga, que incentiva, a gente tem só a agradecer do fundo do coração, porque a comunidade é demais.

Quando a gente sobe os videos e coloca isso no fim, é porque não dá pra traduzir em palavras em como é isso. Só dá mais gás e vontade de fazer coisa diferente e apostar e pegar pra fazer algo especifico para as pessoas, a gente gosta muito desse carinho que é reciproco.

E é muito legal também porque é tudo muito transparente, quando surge alguma dificuldaded com a resina ou algo do tipo a gente diz o que aconteceu, manda foto, vídeo e a pessoa recebe muito bem. A gente envolve o cliente desde o inicio e cria junto.

O Mago não é só duas pessoas, é a comunidade inteira. O Catarse deu certo por causa de todo mundo que participou e que divulga o nosso trabalho.

O que a gente espera é virar referência e quando alguém pensar em algo sobre RPG ter a gente em mente e pensar em parcerias com editoras para seguir o trabalho.

Uma coisa que sempre vem em mente é um cara que gatinha dele veio a falecer, e ele era muito pegado a gatinha. Ele chamou a gente falando que tinha pelinhos do gato e perguntou se a gente podia fazer algo com aquilo. A gente aceitou e fizemos o set com o pelinho dentro, fizemos umas patinhas do lado de fora.

E algo que ele não sabia é que a gente fez uma miniatura da gatinha com pintura e enviamos para ele sem ele saber.

Dai quando enviamos ele tava trabalhando, enviamos pro trabalho dele e ele enviou audio chorando e agradecendo.

Essa sensação, essas historias gostosas e fazer parte delas é algo que até arrepia e para a gente é muito bom falar disso e fazer parte disso.

As pessoas voltam com esse carinho. Nesse um ano não tivemos problema (E esperamos que continue assim), porque as pessoas nos ajudam demais.

Nós só temos a agradecer.

Conclusão

O mais legal dessa entrevista inteira foi o carinho que o casal do Mago dos Dados fala do projeto deles.

Algo artesanal assim, principalmente de brasileiros, é algo que sempre me deixa muito bobo com o trabalho sendo feito. Espero que você que tenha lido tenha gostado da entrevista e se sinta inspirado a ajudar com os produtores de artigos de RPG nacionais, como eu fiquei.

Caso se interesse em ajudar, o Catarse termina no dia 04/06, e você pode ver em Página do Catarse

 


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Texto: Gustavo “AutoPeel” Estrela

Revisão: Isabel Comarella

Arte da Capa: Juaum Artwork

Jyhad – Dicas de Vampiro: a Máscara

Quando comecei a jogar Vampiro, lá nos idos de 2001, a Jyhad foi o conceito mais difícil de entender pra minha mente de 15 anos. Como os antediluvianos lutam a Jyhad? Como os personagens participam dela? Ela vai chegar ao fim um dia? Afinal, o que, diabos, é a Jyhad?

Guerra Santa

O termo Jyhad provavelmente vem da Jihad islâmica. A jogar islâmica, contudo, traz uma série de conceitos um tanto complexos a respeito disso. Numa simplificação grosseira, é a luta de um fiel para se manter fiel à sua fé. A Jihad externa se refere ao enfrentamento entre o fiel e o mundo ao redor (às vezes distorcido por grupos extremistas).A Jihad interna se refere à luta diária de um fiel para manter-se no caminho da fé. Desde resistir às tentações e paixões terrenas até manter-se íntegro e falar sempre a verdade.

Em Vampiro: a Máscara, a Jyhad é a batalha eterna travada entre antediluvianos e vampiros mais jovens. Os antediluvianos controlam o mundo e as pessoas através do sangue. Os vampiros mais jovens podem no máximo  tentar resistir à influência desses seres lendários, que através do sangue inflamam as paixões e tentações de cada um dos seus soldados vampíricos.

É daqui que partimos.

A Jyhad é frequentemente representada como um ancião jogando xadrez.

Com quantos neófitos se faz um antediluviano?

Certo, mas o que os antediluvianos querem, afinal? Para travar uma guerra secreta, precisamos de objetivo, certo?

Bom… o lance é que ninguém sabe. Ninguém nunca viu um antediluviano nem falou com um (tá, tem a Semana dos Pesadelos, mas não se apegue a isso). Antediluvianos são misteriosos, e certamente tinham razões bem claras por trás de suas ações.

O problema é que, a menos que você pense em uma explicação sobrenatural (como um nível de Dominação alto o suficiente para justificar controlar uma linhagem inteira), qualquer objetivo que um antediluviano tinha ao abraçar suas crias se perdeu no tempo.

Por exemplo: imagine que Troile, o antediluviano Brujah, tem planos muito claros para as Guerras Púnicas. Ele então abraça Aníbal Barca, um brilhante general cartaginês. Aníbal luta as guerras, se destaca, vive sua não-vida… e seis séculos depois abraça Guillaume, um importante estrategista suíço.

O fato é que, além dos objetivos de Troile, Aníbal e Guillaume têm suas próprias agendas. Sendo assim, a vontade do antediluviano vai se diluindo em meio às disputas mais imediatas entre os membros. Agora multiplique isso por cinco mil anos e você chega a uma complexa rede de intrigas, favores e planos absolutamente impossível de ser plenamente compreendida.

Alternativamente, você pode imaginar que o poder do sangue de Troile é grande o suficiente para impelir Aníbal a abraçar aquele indivíduo específico naquela situação específica, pois isso estaria de acordo com seus planos. Ainda assim,  não podemos ignorar que um vampiro de quarta e um de quinta geração têm poder suficiente para desafiar um antediluviano (Troile que o diga).

Cartago é uma cidade conhecida por ter sido destruída em uma disputa entre Brujah e Ventrue.

E o que eu faço com a Jyhad?

Uma maneira interessante de você pensar essas relações na sua crônica é simplesmente se perguntar: por quê? Por que os anciãos da cidade fazem o que fazem?

Ao criar uma cidade, pense nos seus NPCs. Cada um deles foi abraçado por uma razão, como peça de um quebra-cabeças maior. Depois disso, eles abraçaram suas crias por outras razões, que podem ser convergentes ou divergentes com as desse cenário maior da disputa dos anciões.

Exemplo

Na sua cidade você cria uma disputa entre os Lasombra e os Toreador pelas igrejas locais. O primigênie toreador (Amanda) abraça um bispo importante da Igreja Católica local (Pedro) e uma acadêmica responsável pela conservação do patrimônio cultural ligado ao prédio da igreja (Jussara). O primigênie lasombra (Vladmir) abraça alguns padres polêmicos (Cristiano e Marcos), com vozes dissidentes, para tentar minar a soberania católica, ao mesmo tempo que começa a infiltrar outra cria (Paula) nas comunidades evangélicas locais.

Podemos estender isso para alguns degraus acima e abaixo: quando Amanda foi abraçada, sua senhora, Abigail, procurava alguém para afirmar seu domínio sobre certo território da cidade, e as ligações de Amanda com a igreja pareciam uma boa ideia. Porém, a outra cria de Abigail, Lázaro, acabou desenvolvendo uma rivalidade com sua ‘irmã’ vampírica que resultou em um surto de violência na cidade que durou vários meses.

Do outro lado dessa árvore genealógica, Jussara pede permissão ao príncipe para fazer sua primeira cria. Ela sonda vários acadêmicos ligados à história da arte, e decide contemplar um jovem chamado Hércules com o presente da não-vida. Hércules é ateu, mas decidiu tomar como objeto de seu estudo a iconoclastia na comunidade evangélica local e o impacto na cultura da cidade, o que causa certa preocupação a Vladmir. Vladmir faz um carniçal para se aproximar de Hércules, o que deixa sua segunda cria, Paula, um tanto desgostosa com a falta de confiança por parte do seu senhor. Ela então abraça, sem consentimento do príncipe, um músico evangélico que tem ideias um tanto divisórias para a comunidade. Vladmir não sabe, mas Paula tem a intenção de botar sua cria contra Vladmir quando chegar a hora certa.

Podemos estender essa história para trás até chegarmos aos antediluvianos. E é assim que a Jyhad se parece.

Então, esqueça a imagem do ancião jogando xadrez. A Jyhad se parece mais com um bando de fofoqueiros falando mal um do outro.

Por Fim

Espero que esse artigo tenha ajudado um pouco a esclarecer como usar a Jyhad e as disputas políticas entre os membros na sua crônica. A Jyhad continua sendo um dos pontos mais complexos de Vampiro: a Máscara, mas com paciência é possível criar emoções e motivações complexas para seus NPCs.

Claro que o background dos NPCs não deve nunca tirar o foco dos personagens jogadores, mas trabalhar um pouco neles e em seus objetivos vai fazer seu mundo parecer vivo (com o perdão do trocadilho) e único, e dará a seus jogadores muito o que explorar e conhecer.

Não se esqueça de conferir nossos contos.

Bom jogo a todos!

 

Cobertura da RPGCON 2023

A RPGCON 2023 veio com muitas novidades e fica difícil falar sobre tudo que rolou! Mas vamos tentar!

Lojas Parceiras

Ao todo a RPGCON 2023 fechou parceria com 27 lojas para trazer movimento comercial ao evento. Parceiros que além de incentivar o RPG nacional, vieram com novidades e propostas exclusivas para o evento. Além disso, dentro do evento teve um Sebo, que você pode vender seus livros, quadrinhos e boardgames usados e comprar a preços super justos os usados em exposição. Você pode conferir todas as lojas acessando: RPGCON – 2023

Mesas de Jogo

Em um evento de RPG não poderia faltar mesas para jogar! E não estamos falando de poucas mesas não! O evento disponibilizou cerca de 50 mesas para se jogar, reunindo pouco mais de 150 jogadores nos dois dias de evento! Ainda tendo três mesas abertas com exclusividade pela Editora New Order para os apoiadores do Catarse. Você pode conferir todas as mesas acessando: Mesas – RPGCON

Falando em Catarse…

Almanaque RPGCON 2023

Com financiamento aberto em Janeiro, a proposta do Almanaque é conter tudo o que rolou no evento. Dessa forma se tornando um registro organizado do evento. E também auxiliando no orçamento, porque mesmo sendo totalmente online gera custos. Porem isso foi completamente resolvido, afinal o projeto foi finalizado com sucesso. Tendo sido apoiado por 71 pessoas que receberão um Almanaque com 150 paginas e dependendo do apoia ainda será impresso! Você pode conferir todo o projeto acessando: RPGCON 2023 

Palestras

Ao todo foram 24 palestras. Contendo muita diversidade de temas e palestrantes, com certeza a RPGCON é um espaço aberto para quem quiser participar e as Boas-Vindas está acima de tudo! Contudo, se você não pode participar da RPGCON 2023, trazendo o assunto que gostaria de discutir ou apresentar, já se prepara para ano que vem e não deixe de participar! Você pode conferir todo o material acessando: Palestras2023 – RPGCON 

Jogos Indie

A categoria Indie dava espaço para a apresentação de novos materiais produzidos especialmente por criadores independentes. Particularmente ficamos muito curiosos com o que seria trazido. E não saímos decepcionados do evento. Afinal 7 jogos incríveis foram trazidos, esbanjando criatividade, personalidade e ideais novas! Você pode conferir todo o material acessando: Indie – RPGCON 

Podcasts

No entanto, se a correria do fim de semana foi tamanha que você achou que não poderia acompanhar o evento. Vai ficar muito contente em saber que tem 8 podcasts feitos com exclusividade para a RPGCON 2023. Você pode conferir todo o material acessando: Podcast – RPGCON

Streaming

Além disso para quem curte acompanhar lives de jogos, teve também o pessoal stremando no evento! Você pode conferir todo o material acessando: Streaming – RPGCON

Távola Redonda

Assim como as palestras levantam boas discussões, uma boa mesa redonda também! Contando com 6 reuniões de RPGistas que conversaram sobre temas variados, o evento deixou claro que o elevou bastante não apenas a quantidade de conteúdo como também a qualidade! Você pode conferir todo o material acessando: RPGistas da Távola Redonda – RPGCON

 Artistas

Juntamente com o RPG anda a Arte, nesse sentido não poderíamos deixar de prestigiar os artistas que expuseram seus materiais no mural da RPGCON 2023. Lembrando que uma dessa artes será a capa do Almanaque dessa edição, a votaão ainda vai ocorrer e também vamos. Você pode conferir todo o material acessando: Artistas – RPGCON 

NewOrderCon

Especialmente na RPGCON 2023 a Editora New Order participou com a primeira edição da NEWORDERCON. Acima de tudo trazendo conteúdos excelentes para o evento, contando ainda com mesas de jogos exclusivas, e também oferecendo descontos para participantes e mestres! Você pode conferir todo o material acessando: New Order Con – 2023

A cada edição da RPGCON percebemos como está se tornando maior e melhor. A RPG Brasil todo ano aprimora o evento, seja com novas ideias, mais parceiros e maior organização, parabéns a todos que dedicaram tempo e empenho para que o evento ocorresse! A RPGCON é um projeto de sucesso que tem muito para crescer ainda! Já aguardando a edição 2024! Para conhecer mais das edições passadas acesse: RPGCON – Movimento RPG.

 

Regras de Bebedeira (T20) – Regra da Casa #03

Beber é uma das coisas que aventureiros mais fazem, mas quais as consequências de ficar mais pra lá do que pra cá em Tormenta20? No Regras da Casa de hoje vamos falar sobre regras para personagens que ficarem bêbados e embriagados com as regras de bebedeira para T20!

Bebidas Alcoólicas

Entre vinho e cerveja anão, em um mundo de fantasia a possibilidade de bebidas alcoólicas potentes (possivelmente até criadas pelos jogadores) é infinita. Em uma das minhas mesas, inclusive, um dos meus jogadores chamou uma bebida que ele havia feito de Toguro 120%, isso porque nem era a forma final dele.

No Regra da Casa de hoje não vamos focar nas bebidas alcoólicas em si, qualquer outro efeito em jogo que elas possam conceder ficam a seu critério, mas iremos focar para quando os jogadores abusam dos goles e explorar algumas regras para bebedeira.

Não dá pra adivinhar o que vai acontecer em uma taverna, mas é certeza que vai ter algum bêbado.

Ficando Bêbados

Sempre que o personagem afirmar que bebeu pelo menos um copo de alguma bebida alcoólica, peça para ele um teste de Fortitude para Sobriedade, a CD é definida pelo numero de drinks que o personagem bebeu, conforme a tabela abaixo. Note que, mesmo que o jogador passe no teste de Fortitude, a CD aumenta de qualquer maneira.

Número de Drinks Classe de Dificuldade
1 10
2 12
3 14
4 16
5 20
6 24
7 30

A cada drink acima do 7º aumenta a CD em +2 a cada drink adicional, então o 8º seria CD 32, o 9º CD 34, etc…

Falhando no teste de Sobriedade

Personagens que falharem no teste de Fortitude sofrem um efeito de bebedeira, uma falha já deixa ela embriagada, duas deixa alta, três deixa bêbada, ficando na condição inebriado e a quarta causa Apagão. Cinco falhas em testes de sobriedade deixa o personagem jogador inconsciente. Segue abaixo a tabela para falhas de sobriedade.

Personagem que falhem em testes de embriaguez, depois que acordam, ficam com ressaca. Eles rolam o dado indicado na tabela abaixo e tem penalidade em testes de Fortitude, Percepção e Iniciativa igual ao valor do dado. Por exemplo; Um personagem que fique Alto, no dia seguinte a ter bebido rola 1d6 e tira 5. Até o final do dia seguinte, ele tem -5 em todos os testes das perícias indicadas. As penalidades dos efeitos de falha acumulam entre si.

Falha Efeito Duração da Ressaca
0 Sóbrio – O que você tiver ou não tiver bebido não te afetou Sem Ressaca
1 Embriagado – Todos os testes sociais você recebem +2 1d4
2 Alta – Tem -2 em todos os testes baseados em Destreza e recebe +2 em testes de Força. 1d6
3 Bêbado – Fica inebriada 1d8
4 Apagão – Fica enjoado até o fim do dia seguinte. Além disso, o personagem não lembra dos eventos que ocorrerem após ter um apagão. 1d10
5 O personagem cai, inconsciente 1d12

Personagens que fiquem bêbados ou mais ficam inebriados, que é uma condição de metabolismo que afeta os movimentos e a capacidade de racionalidade do jogador, impedindo que ela consiga agir na sua melhor performance. Personagens que fiquem inebriados rolam duas vezes todos os testes de perícia e escolhem o pior resultado.

Cura

Personagens que receberem cura mágica enquanto estiverem no nível embriagado ou mais, diminuem em um nível as suas falhas. Porém, caso continuem bebendo, a CD ainda aumenta para os futuros testes. Caso o personagem tenha chegado no nível de Apagão e seja curado, ele ainda não lembra dos eventos que ocorreram enquanto estava no nível de falha Apagão.

Após sofrerem os efeitos da Ressaca, nenhum efeito mágico ou mundano pode curar a penalidade causada por ressaca.

Conclusão

A mecânica acima eu usei para uma mesa minha após um final de aventura que eles resolveram comemorar e rendeu alguns momentos bastante engraçados – e fofos – na mesa. É para isso que essa regra foi pensada, para que personagens possam se divertir em uma noite de bebedeira, se for usada para outra coisa que não isso, eu peço que não use.

A mecânica foi fortemente baseada em um homebrew de bebedeira para 5e, que você pode ler aqui

No demais, espero que tenha sido interessante pra ti, se você gostou, só deixar o comentário abaixo! É nóis


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Por último, mas não menos importante, se você gosta do que apresentamos no MRPG, não se esqueça de apoiar pelo PadrimPicPayPIX ou também no Catarse!

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Texto: Gustavo “AutoPeel” Estrela

Revisão: Edu Filhote

Arte da Capa: Juaum Artwork

O Que é The Forge – Taverna do Anão Tagarela #94

Para esta Taverna do Anão Tagarela trouxemos Thiago Rosa para falar sobre The Forge, e o que foi esse fórum que definiu padrões e muitos termos do RPG atual. Falamos sobre tendencias criadas por lá e como ele impactou diretamente a forma como classificamos e até mesmo jogamos RPG.

A Taverna do Anão Tagarela é uma iniciativa do site Movimento RPG, que vai ao ar ao vivo na Twitch toda a segunda-feira e posteriormente é convertida em Podcast. Com isso, pedimos que todos, inclusive vocês ouvintes, participem e nos mandem suas sugestões de temas para que por fim levemos ao ar em forma de debate.

Portanto pegue um lápis e o verso de uma ficha de personagem e anote as dicas que nossos mestres vão passar.


Links:

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– Seja um Padrim do Movimento RPG
– Assine o Picpay e ajude o site


E-mail: contato@movimentorpg.com.br – Tem dúvidas sobre alguma coisa relacionado a RPG? Mande suas dúvidas para nosso e-mail.

O Que é The Forge

‎Host: ‎‎Douglas Quadros.‎‎ ‎
‎Participantes:‎‎Douglas Quadros ‎| Raul Galli | Thiago Rosa
‎Arte da Capa:‎‎ ‎‎Raul Galli.‎

Arquivo 79 – Contos da Lady Axe

Em mais um dos seus contos Lady Axe  nos contou como o policial Paul é dedicado na investigação dos seus casos, e agora ele está totalmente debruçado sobre o caso Arquivo 79!

Arquivo 79

Obsessão

Uma carreira bem longa sumiu no nariz de Paul injetando no seu corpo as centenas de químicas que o manteriam acordado até as 4 da manhã, assim como vinha fazendo todos os dias neste último mês. Quando o corpo esquartejado da jovem na fotografia do arquivo 79 ficava borrado pelo sono, logo a mão corria na gaveta. Precisava ficar acordado. Precisava descobrir.
Mas Paul não sabia onde terminava sua teimosia e onde começava sua mania de perseguição, por isso se perguntava o que fazia sentido no trabalho.

Só um único objeto da cena do crime sugeria um assassinato e entre as dezenas de evidencias nos saquinhos ziplock, apesar de tudo que fora encontrado na mochila da vítima, foi uma imagem desconhecida, escondida no punho cerrado do braço direito, que lhe chamou a atenção. Entretanto, esse pedaço da vitima havia sido arremessado metros à frente, na margem do Rio Inuit.

Ataque de urso selvagem… leu o laudo de novo, de novo e de novo. Urso selvagem… A carne dilacerada por enormes mandíbulas cheias de dentes crestados de tártaro fez a polícia atribuir a morte a um ataque de urso. Caso encerrado. Contudo, não havia notícias de avistamentos de ursos há meses.

Nenhuma das pessoas ouvidas na investigação relatou ataques semelhantes, nem na beira do rio, nem nas matas frequentadas por turistas da cidade, que nada mais eram do que loucos por selfies brincando de mãe natureza entre os pinheiros cheios de gelo: adoravam o perigo controlado de um parque turístico na borda do mundo… Aventureiros das redes sociais!

Uma foto de narcisista espiritualizada pagando uma grana para se conectar com o mundo, essa foi a última no Instafoto da jovem. “Meditando e encontrando meu eu“, dizia na legenda. Sorria e mostrava os loiros de amônia feitos na tarde anterior, linda e agora morta… de uma maneira brutal. Paul só lembrava dela esquartejada. 

Ela não era daqui, ela não conhecia ColdVillage o suficiente para saber que nada é exatamente como parece. O policial já vira coisas em que nem ele acreditava, e desde então, tinha a constante sensação de estar sendo enganado por todo mundo, cria que ninguém no grande circo de horrores de ColdVillage era o que dizia ser. A mulher o deixará meses atrás porque ele acreditava que ela engravidava e abortava os fetos para comê-los, logicamente o juiz não acreditou na história. Nem a filha mais velha de outro casamento, trocou de telefone e nunca mais procurou o pai.

Paul pegou o saco de dentro de uma das dezenas caixas sobre o caso, esparramadas pelo apartamento estupidamente sujo e frio, cuja mudança de aspecto assemelhava-se a um depósito de insanidade e imundície. Dentro do plástico dormia um carneiro entalhado na madeira. Carvalho branco: também não é de ColdVillage.

Caçou novamente a foto da cena do crime, o braço decepado retinha o ídolo entre os dedos como se fizesse parte do corpo. Os cornos do ícone cravaram na palma da mão fazendo a carne rasgar e abriram caminho além dos músculos e ossos, o legista só conseguiu os retirar com um bisturi. Paul abriu o ziplock e repousou a pequena imagem na palma da mão. Tão pequena…

Como foi mesmo que estava na mão dela? pensou, enquanto rolava o ídolo de um lado para o outro na mão em concha, observando a peça com a sobrancelha arqueada de curiosidade. A luz lhe emprestava um aspecto medonho, porque o facho da cúpula descia sobre o rosto e lhe alongava a sombra do cenho.

Apertou tanto quanto pode, até os dedos ficarem brancos, daí sentiu uma fisgada. São os músculos forcejando demais? Abriu a mão e viu um pequeno corte em cima da linha da vida.

Merda de bibelô! Paul esbravejou enquanto limpava o sangue na própria calça, imediatamente sentiu falta de algo, cocaína. Correu na gaveta, vazia. Tateou os bolsos, nicotina, queria um cigarros. Maço vazio. Preciso de cigarro.

Vício

No meio do lixo e da bagunça da papelada, ele não podia definitivamente encontrar outra carteira de fumo. Revirou tudo, toda nojeira de restos de comida e trabalho jogados, e cansado, repousou os punhos sobre os joelhos, o ar escapou esbranquiçado pela boca e nariz, e a mão ainda sangrava.

De onde estava, Paul contemplou umas cinco ou seis garrafas de vodka vazias. Ele ainda tateou um pouco mais os bolsos na esperança de achar algum cigarro perdido, coçou a barba grande e desgrenhada, sem esperanças de nada. Mais fácil comprar mais. Bateu a porta e desceu na madrugada.

Na escada escura os passos ecoaram entre os lances velhos de degraus gastos. Algo sempre se movia na escuridão do penúltimo lance, respirava atrás de uma parede, mas dessa vez teve a sensação de bater de frente com alguém, como quem anda distraído.

Paul quase conseguiu ver, mas ainda não, faltava-lhe algo… Seguiu o caminho pelo prédio. A porta banhada pela luz trêmula do hall, acendendo e apagando e apitando, ninguém trocava a fiação da entrada, ninguém no prédio ligava.

Vexação

Na rua a treva de ColdVillage era rasgada aqui e lá pelo faixo de luz dos postes, o ar quente subia pelas valas das calçadas e derretia o gelo das grades. A loja de Jay ficava há duas quadras e tinha um desses letreiros neon de “24 horas” pendendo pelo fio como um dente de leite. Todo mundo sabia que em ColdVillage só a loja do Jay ficava aberta na madrugada. Tinha bebida, tinha batata frita, tinha cigarro e também tinha drogas.

No caminho, um cão se coçou entre as lixeiras de metal abarrotadas, enquanto seu dono dormia sobre papelões e cobertores imundos. Paul acendeu um cigarro, a luz bateu na cara e o morador de rua lhe sorriu com os olhos escorrendo como poças tortas e cheias de pus. Num piscar de olhos, a luz se apagou, O mendigo puxou o capuz e retornou para o chão do beco escuro.

Paul parou de sobressalto, congelado, mas ao mesmo tempo acelerado por dentro, a cocaína acelerava o sangue e a respiração. O coração batia forte. Merda de vício. Ele viu mesmo aquilo? Era produto da droga que pulsava a milhões no seu sistema? A mente afugentou tal ideia estapafúrdia.

A velha porta da loja reclamou ao ser empurrada, Paul aguardou para entrar porque o Xerife saia da loja com sua porção de batatas e café, batendo na aba do chapéu para lhe cumprimentar. O ar entre os dois encheu-se de animosidade. O investigador guardou as mãos nos bolsos do sobretudo pois cerrou os punhos de ódio, tentou certa cordialidade respondendo com um aceno com a cabeça. O Xerife Sinners o ameaçou um par de vezes quando descobriu as investigações extraoficiais que Paul fizera, Senhor, há indícios de que a jovem foi assassinada. Não, Paul, ela foi vítima do acaso.

Manteve distância do Xerife desde então, roubando documentos e evidencias para mantê-las em segurança, acreditava numa conspiração de policiais corruptos e o xerife fazia parte disso. Agora a corregedoria estava no pé do único que procurava a verdade, ele jamais abandonaria a busca por ela. E ele sentia que estava perto de um caso grande porque seu instinto o jogava em águas revoltas quando via as provas do caso do Rio Inuit, o arquivo 79.

Por um momento, enquanto o oficial saia, pensou ver feridas no pescoço dele, manchas na gola azul… de sangue, o homem passou rápido, será que foi alucinação causada pelo sono em um só um golpe de vista? É só uma ilusão. Ele desapareceu na rua escura e fria, caminhando em direção à viatura, os faróis acenderam com olhos de uma besta. O xerife se foi.

Paul sacudiu a cabeça e saiu do ideia de grande conspiração, estava parado na rua fria encarando o passeio deserto. Lembrou-se a que vinha, puxou a porta reclamona da loja do Jay, a sineta no umbral avisou que tinha outro alguém chegando. Uma luz branca invadiu a retina arregalada do investigador, doía pra cacete. Os olhos fecharam-se imediatamente e a cabeça girou na direção do balcão onde ficava o amigo Jay. Um maço de cigarros, ele pediu, ainda consumido pelo breu branco.

O Oculto

O barulho da caixa registradora deu um tiro nos músculos tensos de Paul e a risada de Jay encharcou-lhe a cabeça como sangue numa toalha seca. Uma risada bizarra, levemente metálica. Quando os olhos do investigador finalmente se abriram, habituados à brancura da loja, Jay estava de costas, pegando o cigarro no estande.

Só isso? Jay perguntou, já sabendo que nunca era só isso. Não, quero a mesma quantidade de ontem. As mãos de Jay correram para o fundo falso atrás da cigarreira, de onde tirou 8 pinos cheios de cocaína.

Nesse instante Paul lembrou de comprar um isotônico. E caminhou lentamente através do longo corredor observando os produtos nas prateleiras: café de máquina, macarrão instantâneo, flocos de milho processado até não parecer milho, garrafas de água açucarada e gás carbônico. Nada disso é vida… O freezer barulhento roncou e rosnou protegendo seu energético favorito.

Quando estendeu o outro braço para fechar o freezer é que se deu conta do que tinha na mão: a imagem do Carneiro colada no punho cerrado. Ele voltou para o caixa observando atentamente a criatura timidamente tingida pelo seu sangue. As luzes piscaram intermitentes e aprisionadas nas longas lâmpadas industriais, zumbindo tanto quanto insetos que se movem dentro de uma garrafa. Paul caminhou por ali até se livrar do momento hipnótico, e deparou-se com o balcão.

Assim, Jay virou o corpo lentamente e o tecido que recobria sua imagem foi consumido como uma chama que devora um fino papel. A imagem do idoso que lhe vendia drogas e cigarros dissolveu-se como poeira e caiu ao chão, revelando uma criatura de pesadelos. Paul sentiu o peito ser apunhalado por uma dor aguda, a boca tremeu sem saber o que dizer, o suor escorreu pela testa emoldurando a palidez do rosto, pânico! Um rugido antecedeu os movimentos de Jay, o Jay criatura, agora na forma real: a cabeça peluda, o corpo duas vezes maior, garras imensas se projetando ameaçadoras na direção de Paul.

Verdade

A criatura que Jay se tornara sempre esteve ali, ele saltou sobre a registradora e derrubou os estandes do outro lado do acrílico, o plástico foi arremessado acima da cabeça do investigador, a besta imensa abriu os braços e os músculos tesos e violentos urrando e vibrando ameaçadoramente  junto com ela e depois desferiu um golpe mortal no peito de Paul. Suas costelas se rompem sem que ele conseguisse fazer absolutamente nada, a carne explodiu, seu coração saltou longe, ainda bombeando, e o sangue se esvaiu em esguichos, manchando o chão de plástico do corredor.

A criatura caminhou sobre as patas repletas de pelos e cascos, a cor marrom escurecia e clareava conforme o lustre balançava sobre a carnificina. Ela agachou e abriu as mãos do investigador, que ainda espasmava, tomou delas o ídolo, cravado na mão trêmula. Jay, a criatura, ergue o objeto e inclinou o pescoço, deixou o pequeno ídolo cair sobre a boca aberta, o engolindo pelo fosso de sua garganta.

Jay caminhou como se não fosse um monstro. O pelo recrudescido não sumiu, os músculos e ossos salientes eram uma armadura de esqueleto, feridas abundavam no rosto e no peito, sua visão se contorcia através de imagens trêmulas e sobrepostas que tentavam encaixar-se, protegido pelo véu grosso que tapava os olhos daqueles que são cegos à divindade: aqueles que estão perdidos só veriam o Jay da loja, mas, o Jay, traficante de almas, esse não podia se esconder de quem levanta o sombrio véu do oculto e decide abrir os olhos para contemplar o incompreensível.

O homem de meia idade, comerciante local, voltou para trás do balcão e tomou o telefone, desceu o dedo no teclado e após bipar duas vezes, falou com certa satisfação: Alô? Xerife? Mais um intrometido.


Papo da Lady Axe, ou Jaque Machado, como preferir:

Esse conto é inspirado pelo RPG Kult. Você conhece?
Nele você encontra uma semente de história e também um cutscene ótima para dar clima para a jogatina, por isso, use o que desejar!

Você pode utilizar o guia de criação de personagens que o Raul publicou aqui dessa maneira criará personagens incríveis para contar histórias junto de outros jogadores!

Visite  o site da Editora Buró para conhecer mais sobre esse RPG catártico e muito imersivo.

Siga nossas Redes Sociais para ficar por dentro das campainhas e crônicas que utilizam Kult


Revisão e Montagem da capa: Isabel Comarella

Mini Metro – Quimera de Aventuras

Nesta Quimera de Aventuras vamos falar sobre o jogo Mini Metro. Um jogo de quebra-cabeça e estratégia lançado para PC, Nintendo Switch, Android, iOS, PS4 pela desenvolvedora indie Dinosaur Polo Club, da Nova Zelândia no ano de 2015.

Sim, é um jogo sobre metros

Mini Metro é um jogo simples, mas complexo em sua simplicidade. Você no jogo tem a tarefa de construir uma rede eficiente de metros e trens em uma cidade em alto crescimento. Para isso, varias estações são geradas ao redor do mapa (Muito mais rápida que as estações de SP) e novos passageiros aparecem para navegar pelas linhas de trens. Você perde se alguma das estações fica por alguns segundos lotada sem serem esvaziados.

Lógico, isso na versão comum. O jogo tem modo criativo, que você pode montar as estações e linhas ao seu belo prazer. Além disso, tem um modo infinito que, mesmo lotando alguma estação, você pode parar para corrigir seus erros e seguir indefinitivamente.

Talvez eu jogue o jogo assim… Talvez.

Nossa Opinião Pessoal (Esse jogo nem historia tem, vamos lá)

Dessa forma Mini Metro é um daqueles jogos que aparecem na promoção, você pega ele e depois de anos vai jogar novamente, “redescobrindo” ele. No meu caso, foi uma ótima redescoberta.

O jogo é muito desafiador e interessante, você começa a tentar desvendar uma maneira mais eficiente de conectar as linhas sem muito congestionamento e até arruma alguns atalhos entre as fases.

Além disso, uma das coisas mais legais do jogo é que boa parte, se não todos os mapas, são baseados em mapas de trens reais do mundo. Então tem Londres, Paris, Nova Iorque, Chicago, Seul, Hong Kong, Osaka e, claro, São Paulo.

Também há mapas criados pela comunidade, que aumenta muito mais o tempo de jogo.

Então, se você procura um jogo leve, divertido e desafiador, Mini Metro e seu sucessor, Mini Motorways, é uma ótima pedida!

Quimera de Aventuras

Abaixo, na parte da Quimera de Aventuras, iremos pegar ganchos de aventura baseados no jogo, mas além de ganchos de aventura, também ideias baseados em problemas envolvendo linhas de metro (Se tiver no seu cenário) ou problemas de mobilidade em jogos de RPG.

Cenários e Sistemas

Independente de cenário e sistema, em algum momento grupos de RPG vão se envolver com algum problema de transporte. Seja metrôs e ônibus em jogos como Cyberpunk 2099 ou cenários de fantasia como Dungeons & Dragons. Mobilidade é algo que não se tem como escapar, então, adapte os ganchos abaixo para qualquer sistema ou cenário que esteja jogando.

Ganchos de Aventura

  • Dois meios de transporte colidem entre si e os jogadores precisam auxiliar tanto em resgatar as pessoas feridas quanto resolver a questão do transporte
  • Um dos trens/metros/carros descarrilha ou fica desgovernado e vai em direção a um local com muita concentração de civis inocentes. Os jogadores devem impedir que o pior aconteça (caso tenha duvida no seu grupo de RPG, o pior a acontecer é a morte de inocentes, porque que, né?)
  • Os jogadores são chamados para assaltar ou “resgatar tesouro preso” dentro de um trem/metro/meio de transporte em movimento de uma cidade para outra.
  • Os jogadores são chamados para ajudar no planejamento e desenvolvimento de uma linha de meios transporte ou logística de transporte de uma pequena cidade ou rota comercial entre vilarejos. Dependendo da influência e cenário que estão jogando.

Considerações Finais

Como falado acima, meios de transporte são problemas do mundo real que mundo podem atrapalhar aventureiros, mercenários e toda miríade de grupos de cenários de RPG diversos. Colocar problemas que a principio seriam simples em um ambiente de fantasia (Que pode ter toda uma nova gama de problemas possíveis) traz um sabor diferente a mesa e transforma o que seria um simples “Você vão do ponto A ao ponto B” em uma nova aventura para se ter.


E se você gosta do que apresentamos no MRPG, não se esqueça de apoiar pelo  PadrimPicPayPIX, e no Catarse!

Assim, seja um Patrono do Movimento RPG e tenha benefícios exclusivos como participar de mesas especiais em One Shots, de grupos ultrassecretos e da Vila de MRPG.

Além disso, o MRPG tem uma revista! Conheça e apoie pelo link: Revista Aetherica.


Revisão e Montagem da Capa: Isabel Comarella
Texto: Gustavo “AutoPeel” Estrela

As Relíquias da Calamidade – Ordem Paranormal RPG

Você sabe o que são as Relíquias em Ordem Paranormal RPG?

Criado por Rafael Lange (Cellbit)Felipe Della CortePedro Coimbra (PedroK), Silvia Sala, Dan Ramos, Guilherme Dei Svaldi e Rafael Dei Svaldi, o RPG de Mesa baseado na série de lives Ordem Paranormal foi desenvolvido e publicado pela Jambô Editora.

Se você está aqui, provavelmente sabe o que é Ordem Paranormal RPG. Se não, saiba mais sobre na Resenha e no Guia de Criação de Personagem.

Nesse artigo, vou te explicar tudo que já foi divulgado e revelado sobre as Relíquias da Calamidade.

O que são

As Relíquias são objetos paranormais de extremo poder que podem ser utilizadas apenas por Marcados e portar uma Relíquia equivale a ter a Exposição Paranormal por completo, sendo possível até mesmo moldar o Paranormal. 

Nos é apresentado durante o RPG, quatro Relíquias da Calamidade, cada uma relacionada a um elemento do Outro Lado: Sangue, Conhecimento, Morte e Energia e tendo a responsabilidade de manifestação dos mesmos na Realidade. Você pode ler mais sobre os elementos clicando aqui.

Mas quais são essas Relíquias? A seguir, vamos conhecer cada uma delas.

Relíquia de Conhecimento

A Relíquia desse elemento é a Máscara do Desespero, sendo ela uma máscara branca com três grandes sulcos que descem dos olhos e boca até a borda da máscara. Na região do nariz é visível uma fenda no formato de coração invertido, semelhante a uma caveira, o que da forma de uma feição aflita e de desespero.

Na testa da máscara, é possível notar o símbolo da própria Relíquia gravado. A tradução dos sigilos do símbolo levam a repetição de uma única frase: “Nostis Omnia Perdet Omnia”, ou seja, “Saber tudo é perder tudo”. Frase guia do elemento de Conhecimento.

História

A origem da Máscara do Desespero ainda é um enigma, assim como quem teria sido o primeiro portador dela, mas sabe-se que o portador é sempre nomeado de Magistrado. Sabe-se também que a Relíquia está na realidade “desde o começo” e que a Seita das Máscaras, um grupo formado pela mente única da Relíquia, vem a milhares de anos protegendo o equilíbrio de forma extremamente cautelosa, sem interferir diretamente nos acontecimentos.

Quando se trata de proteger o equilíbrio, a Seita das Máscaras tende a oferecer um acordo para aqueles que se tornarem poderosos demais, dando duas opções: Se unir a seita ou enfrentá-la em um combate.

Na atualidade, a Máscara do Desespero está sem um portador, já que a última foi morta por Kian, e está sendo armazenada em algum local protegido na base da Ordo Realitas. Todos os últimos integrantes da Seita das Máscaras, foram mortos no combate com os anfitriões do passado. 

Habilidades

Ao portar a Relíquia, diversas habilidades são disponibilizadas para o portador dela, como por exemplo, o Controle Mental, onde o Magistrado pode fazer alguém tomar ações não condizentes com sua real vontade, sendo possível controlar até mesmo suas falas.

Habilidades como ocultar memórias, teletransporte das sombras e esconder localização, são algumas das outras que o portador consegue ter o controle para executar.

Portadores

Tivemos Celestine e a Magistrada, que fora morta por Kian.

 

Celestine foi uma jovem mulher da Ordo Calamitas, uma das guerreiras em 67 D.C.. Após vencer os jogos do Anfitrião, ela se viu aceitando a máscara oferecida por Amphitruo, para manter Kian dentro das regras, se tornando a Magistrada.

 

 

 

A última Magistrada conhecida até o momento, não se tem informações de quando ou como ela portou a Relíquia ou qualquer outra informação de seu passado. Ela era uma mulher de pele preta, com cabelos trançados, longas roupas pretas e uma corda com nó de forca em seu pescoço. Essa foi a primeira Magistrada e portada de Relíquia apresentada no universo de Ordem Paranormal RPG, em Desconjuração, episódio 8.

Infelizmente, ela foi morta por Kian, no confronto final da Ordem contra Kian e seus escriptas, no Coliseu.

 

Relíquia de Energia

Assim como seu Elemento, essa Relíquia é constante transformação. Quando não se tem um portador ou objeto, ela assume uma forma etérea não sólida, como um raio ou uma chama infinita, em constante movimento.

Na sua primeira aparição dentro do RPG, a Relíquia estava contida em um cubo de metal dentro da base da Ordo Calamitas, de onde era possível ver uma energia púrpura quase branca. Em torno, uma aura distorcida, como se a própria realidade lutasse para conter essa presença.

Atualmente, essa Relíquia tomou posse da antiga katana de Joui Jouki, que permanece contida em uma bainha protegida por sigilos colocados pela Magistrada. Sigilos esses que quando traduzidos, significam “Anfitrião”.

História

Voltando a Ordo Calamitas, em 67 D.C., é o momento onde os guerreiros encontraram a Relíquia sendo cultuada por um tipo de grupo de ocultistas, e no processo de captura da Relíquia, a mesma causou o Grande Incêndio de Roma. 

No dia seguinte, durante as comemorações pela captura feita, a base da Ordo Calamitas é atacada por uma espécie de Lodo Preto, e os guerreiros são obrigados a fugir, se dirigindo para a sala onde o cubo de metal contendo a Relíquia de Energia se encontrava. Na sala, seis membros da Ordo Calamitas se sentem chamados pela Relíquia, ficando ao seu redor.

A Relíquia começou então a se transformar, mudar, indo em diferentes direções, até o momento que escolheu Gaius como portador, transformado-o em Amphitruo. Uma entidade psicótica, frenética e guiada pelo puro desejo de Caos.

No mesmo período histórico, após deixar Gaius de alguma maneira, a Relíquia passou por outros portadores que, após a subsequente construção do Coliseu, continuaram a orquestrar jogos brutais e violentos na arena.

Foi em 2009, depois de muitas investigações, que Arnaldo Fritz acabou por se encontrar com a Magistrada. Após uma longa conversa, a Magistrada diz que uma Relíquia já havia encontrado Arnaldo, e o mesmo nota seu relógio, em seu bolso, vibrando. Após pegá-lo, é cegado por uma luz ofuscante e em constante transformação.

A partir desse momento, a Relíquia permaneceu no relógio de Arnaldo Fritz, transformando ele no Anfitrião que todos mais conhecem dentro da história de Ordem Paranormal RPG.

Habilidades

Ao portar a Relíquia, diversas habilidades são disponibilizadas para o portador, como por exemplo, o Teletransporte, onde o Anfitrião tem a capacidade de se teletransportar para onde quiser.

Habilidades como Distorção da Realidade, Memórias falsas e conhecimento do futuro, são algumas das outras que o portador consegue ter o controle para executar. Habilidades novas podem surgir, mudando a cada novo portador.

Portadores

Ao todo, se tem conhecimento de seis portadores da Relíquia de Energia: Amphitruo, Aeneas, Liber, Silenus, Plautus e Arnaldo Fritz. Para cada portador, uma aparência diferente, assim como suas cores.

Sempre presentes no Coliseu, cada portador tinha suas respectivas características que envolviam jogos, teatros e tudo relacionado às atrocidades que aconteciam dentro do Coliseu naquela época. Você pode conhecer cada portador em detalhes, clicando aqui.

Relíquia de Sangue

Até o momento, o que se sabe da aparência dessa Relíquia, é apenas que quando não está sendo portada, toma a forma sólida física conhecida como o “Trono”, transformando seus arredores em um ambiente de carnificina, monstruosidades e obsessão.

História

O portador da Relíquia de Sangue é a figura que conhecemos como “Diabo”, e assim como as demais Relíquias, não se tem conhecimento da origem nem de seu primeiro portador, apenas sabe-se que esta na realidade “desde o começo” e pode se forçar no próximo portador se o julgar “digno” de ser seu “herdeiro”.

 

Seu portador pode agir, falar, conversar por si próprio. O portador consegue aceitar e oferecer “pactos”, e para tal é necessário um símbolo conhecido como a “Marca do Pacto”,

Atualmente, a Relíquia está na posse de Henri, um dos escriptas que sobreviveu no dia final da Desconjuração.

Habilidades

Ao portar a Relíquia, diversas habilidades são disponibilizadas para o portador, como por exemplo, o Ódio do Diabo, onde o Diabo é capaz de intensificar paranormalmente as emoções de alguém, que no processo acaba ficando extremamente mais forte e transtornado pelo ódio.

Habilidades como fenda de sangue, amaldiçoar arma e regeneração, são algumas das outras que o portador consegue ter o controle para executar.

Portadores

 

 

Atualmente o portador é Henri, um órfão do Orfanato Santa Menefreda, que se tornou um escripta obcecado por sangue. Henri foi visto trocando de controle com o Diabo, diferente dos portadores conhecidos até hoje.

 

Relíquia de Morte

Esta se manifesta como um enorme coração preto de Lodo, em forma espiral e conectado por diversos tentáculos, conhecido como Parasita de Dimensões. Nessa forma, ela infecta seus arredores, consumindo tudo à sua frente e formando um vilarejo anacrônico com diversos nomes, sendo um deles o mais conhecido: Santo Berço.

Você pode aprender a criar seu próprio Santo Berço para suas mesas de RPG, aqui.

Essa Relíquia possui a capacidade de infectar um corpo que tenha alta Exposição Paranormal, se tornando o Deus da Morte, uma entidade extremamente poderosa e perigosa, dona do próprio tempo.

História

Seu portador é desconhecido, porém sua manifestação física é o Deus da Morte. A Relíquia se manifesta em ciclos, movimentando-se pelo tempo e não pelo espaço, podendo estar em mais de um local ao simultaneamente.

As cidades formadas se manifestam a partir de Símbolos Espirais, que tem sua variação entre si. Temos aparições dessa Relíquia no ataque a base da Ordo Calamitas, em O Segredo na Floresta com o Deus da Morte e após Dante, personagem de Rakin, citar ter sentido uma aura extremamente poderosa e terrível quando esteve em Carpazinha.

Habilidades

Ao portar a Relíquia, diversas habilidades são disponibilizadas para o portador, como por exemplo, a Energia potencial, para que um Santo Berço prospere, é preciso usar mananciais como fonte de EP, para abastecer a cidade.

Habilidades como espalhar névoa, cristais e distorção temporal, são algumas das outras que o portador consegue ter o controle para executar.

Portadores

Atualmente, nenhum portador da Relíquia foi apresentado.

Considerações finais

Se quiser mais detalhes e mais informações, basta acessar Ordem Paranormal Wiki de onde as informações para esse artigo foram consultadas.

Gostou do meu artigo? Considere me apoiar com qualquer valor através do PIX: brunafrider@hotmail.com

Por último, mas não menos importante, se você gosta do que apresentamos no MRPG, não se esqueça de apoiar pelo Padrim, PicPay, PIX ou também no Catarse!

Assim, seja um Patrono do Movimento RPG e tenha benefícios exclusivos como participar de mesas especiais em One Shots, de grupos ultrassecretos e da Vila de MRPG.

Além disso, o MRPG tem uma revista! Conheça e apoie pelo link: Revista Aetherica.

O Conselho Magi – Organizações, Exércitos & Clãs (pt 6) – Nohak

 O Conselho Magi

Escolas de Magia

História

Durante a Era dos Heróis (era passada), o rei Aldo Hightower investiu pesadamente na magia arcana e seu estudo. Seu primeiro passo foi aproximar-se de um grupo de arcanos da Taverna Meio Mundo, tendo enviado um cavaleiro de Galdor e negociado com feiticeira Cassandra. Após conseguir o apoio deles, foi-se iniciado a construção do distrito da vila arcana, um local onde os arcanos poderiam estudar na Torre arcana de Benzor, tendo um papel muito maior em Benzor.

Pela proximidade, o rei Aldo Hightower nomeou com apoio dos demais arcanos a feiticeira Cassandra como a Grã Magi, líder do novo Conselho de Magi criado em Benzor. O conselho em si tem função de ensinar a magia, aconselhar Benzor em questões magicas, impedir desastrasses mágicos, bem como conceder apoio magico ao reino de Benzor. Principalmente em situações de guerra.

A criação da vila arcana e do Conselho de Magi de fato impulsionou uma nova era em Benzor, se tornando uma das maiores potencias arcanas do continente, se não a maior. Tendo tido papel fundamental do auxilio de Benzor na Grande Guerra.

Membros do Conselho Magi

Membros do Conselho Magi são devidos em dois grupos. Conselheiros titulares e membros honorários. Conselheiros titulares são aqueles que possuem maior ligação com Benzor e cuidam dos assuntos no dia-dia de Benzor e vivem na Cidade de Benzor dentro do distrito da Vila Arcana. Além de serem professores da Torre Arcana de Benzor

Membros honorários no entanto, não possuem relações tão fortes com Benzor. Eles possuem outros afazeres e deveres em outros locais no continente, mas são chamados em casos de desastres mágicos que afetem todo o continente. Eles também tem permissão para levar questões ao Conselho Magi, caso precisem de apoio em algo fora de Benzor, pois um dos objetivos principais do Conselho de Magi, é espalhar a magia para todo mundo.

Por lei criada pelo falecido rei Aldo Hightower, o Conselho Magi é formado por 8 conselheiros titulares e quantos membros honorários o Conselho Magi determinar. Dos 8 conselheiros titulares, 7 são especialistas em uma das escolas de magia (evocação, ilusão, conjuração, etc…), menos necromancia que não possuiu conselheiro titular por ser proibida no reino. O oitavo membro do conselho porém é o mais importante, que é cargo de Grã Magi, ocupado pela feiticeira e rainha Cassandra, que é quem lidera o Conselho Magi.

Cada conselheiro titular tem direito a votar em questões que tenham relevância para o Conselho Magi. No geral, isso são assuntos sobre magia em Benzor, mas pode haver casos maiores. Membros honorários só podem votar se for algo que afete o reino/local que vivem ou for algo que afete continente ou mundo todo. Em caso de empate, o voto da Grã Magi descide. A Grã Magi também tem o poder de anular votações e decidir ela mesma caso julgue necessário, porém na pratica, isso raramente acontece. Em parte pois os demais do conselho também pode votar contra a permanência da Grã Magi do cargo, e nesse caso quem descide é o rei Benzor. Embora nunca tenha ocorrido isso ainda na história de Benzor. Especialmente porque a rainha Cassandra raramente censura seus conselheiros de tal forma. Abaixo segue os principais membros do Conselho Magi.

Principais Conselheiros Titulares

Cassandra, Rainha de Benzor e Grã Magi

Cassandra é uma feiticeira de linhagem dracrônica azul, que dizem ser filha de Kloxar, o dragão primordial azul. Apesar disso, Cassandra é uma das pessoas mais bondosas e generosas do continente e uma das feiticeiras mais poderosas também. A mesma é conhecida por ser uma pessoa bastante animada e brincalhona, sem ligar muito para regras ou leis, além de usar roupas vulgares. Na verdade dizem que a feiticeira nunca nem mesmo queria ser rainha ou grã magi, mas aceitou o cargo de Grã Magi por ser mais indicada e desejar que magia se espalhasse pelo mundo. Seu casamento com Robert também fora por motivações semelhantes, tendo sido mais por amor verdadeiro ao cavaleiro do que a qualquer questão politica.

Em virtude disso, Cassandra raramente lida com assuntos como rainha, deixando a maior parte desses assuntos para seu marido, no entanto, como Grã Magi a mesma costuma estar sempre presente. No conselho, Cassandra tenta ser animada e brincalhona. Para ela, se pra reunirem que seja feito de forma divertida. Apesar disso, Cassandra leva seus deveres de Grã Magi bem serio quando necessário, principalmente em casos de ameaças serias como guerra.

Embora a rainha e Grã Magi possua muita afeição ao rei Robert, seu casamento com mesmo não é perfeito. Desde que assumiu o cargo de Grã Magi, Cassandra tem tentado mudar visão ruim de Benzor com relação a magia, tendo na maior parte das vezes tido muito sucesso. Porém a necromancia ainda é extremamente mal vista, principalmente em virtude da Grande Guerra. Ao longo dos anos,  Cassandra tem tentado sem sucesso incluir alguém para o cargo de conselheiro titular de necromancia, para pelo menos as pessoas saberem se defender da necromancia segundo ela. Isso é assunto constantemente de debate entre a rainha e o rei de Benzor, mas até hoje, o Rei Robert não mudara a lei, mantendo como é hoje.

Ian Lenodel, o Abjurador

Também conhecido como velho Jow, Ian Lenodel era um mago abjurador que estudou em Tobaro. Quando Benzor abriu as portas para os arcanos com vila arcana, Ian viu a melhor chance de avançar seus estudos de magia com apoio massivo que Benzor estava fornecendo. O mesmo se aproximou da Grã Magi e auxilio em estudos mais complexos da magia e algumas aventuras durante a Grande Guerra. Sua contribuição não foi despercebida pela Grã Magi e Benzor, que nomearam ele um dos conselheiro titulares nesse período.

O apelido “Velho Jow” ficou conhecido por Ian ter tido um caso de amnesia um período antes de se unir ao conselho Magi, tendo só se lembrado do seu verdadeiro nome depois. Ian Lenodel é um humano já velho com idade avançada, tendo cerca de 60 anos e usando uma barba longa. Costuma trajar robes simples. Ele é também dos principais vozes do conselho Magi. As vezes, devido sua idade, o mesmo costuma esquecer objetos ou magias ou o que ia dizer. Ian também um dos professores mais dedicados da Torre Arcana de Benzor, e passa maior parte de seu tempo dando aula as futuras gerações.

Argus, O Trasmutador

Argus é um renomado humano artífice, especializado em criação de construtos mágicos. Principalmente golens. Durante a era passada, o mesmo que vivia isoladamente foi atraído pela chance desenvolver mais seu trabalho com apoio massivo que Benzor estava oferecendo. Argus rapidamente ascendeu ao cargo de conselheiro titular após conseguir construir os primeiros golens para o distrito da Vila Arcana, pouco antes do fim da Grande Guerra. Também se tornou o principal responsável por ensinar, supervisionar e criar itens mágicos dento da Vila Arcana.

No geral, Argus é bastante reservado e focado em seu trabalho. Não gosta de ser perturbado a menos que seja necessário. Sua aproximação com Benzor foi apenas uma forma que encontrou de seu trabalho extremamente custoso ser financiado. Argus porém da bastante valor aqueles com capacidade criação de objetos ou construtos mágicos. Para ele, o principal objetivo da magia é criar algo novo.

Wisym Thorganade, O Ilusionista

Wisym é um pequeno vindo da Vilas dos Pequenos. Quando Benzor estava começando a formar a Vila Arcana, o mesmo se interessou em conhecer a magia e aprende-la e se mudou para a Cidade de Benzor, tendo dedicado anos a magia de Ilusão, sua escola favorita. Eventualmente, o mesmo assumiu a posição de Conselheiro Titular Ilusionista após o arcano anterior ao cargo ter abedicado.
Wisym, apesar de ser um mago, esta sempre brincando e pregando peças com as pessoas. Não são raras vezes que empregam ilusões para isso. Para ele, a magia precisa ser divertida.

 

Membros Honorários

Selenia Von Terreyer

Uma das melhoras amigas da Rainha e Grã Magi. Selenia foi uma das arcanas que ajudou a Taverna Meio Mundo se estabelecer quando a antiga proprietária foi morta. A mesma sempre teve uma relação bem próxima com Conselho de Magi desde então, sendo inclusive uma aliada importante por ser responsável pela magia em Brosna. Porém, devido aos seus deveres de duquesa em Brosna e viver longe de Benzor, Selenia manteve-se apenas como membro honorário, indo raramente nas reuniões do Conselho Magi. Mesmo assim, a Grã Magi possui uma relação muito próxima com a duquesa, conversando frequentemente com a mesma a distancia por meios mágicos. Selenia possui personalidade bem parecida com a rainha Cassandra, sendo bastante animada e também brincalhona, a mesma também descendente de sangue diacrônico, mas de dragões prateados.

Ilyalisse

Ilyalisse é uma elfa e líder do clero de Mystra em Tobaro e também uma amiga próxima da Grã Magi. Quando o distrito da Vila Arcana estava começando a ser construído, Ilyalisse foi responsável por trazer o clero de Mystra para o reino de Benzor em apoio ao local. Sendo uma das principais responsável por popularizar a fé da deusa da magia em Benzor. Porém após a presença ter sido estabilizada em Benzor, Ilyalisse voltou para Tobaro. A mesma participa em reuniões do Conselho Magi as vezes, mas mais em situações de desastre magico ou assuntos religiosos. Ilyalise é conhecida por ser extremamente serena, tendo uma calma quase infinita e raramente parece mudar seu humor, não importa o quanto situação pareça perdida. Estranhamente, a mesma parece ter algum receio de abraços, sendo a brincadeira favorita da Grã Magi com ela por isso.

Hassen Valek

Hassen Valek é o senhor do vila de Sholo e um mago bastante misterioso ascendeu na era anterior e que esta sempre mascarado. O senhor de Sholo é visto com extrema desconfiança entre o Conselho Magi, porém respeitado. O senhor de Sholo solicitou um pedido formal como membro honorário na era atual, numa forma aproximar laços com principais arcanos do continente. O Conselho Magi quase chegou a recusar o pedido, principalmente a Grã Magi Cassandra. No entanto, Hassen provara ser um mago bastante poderoso e capaz, e sua influencia em Sholo a fez reconsiderar o assunto na maioria dos Conselheiros Titulares. A contra gosto pela maioria do Conselho de Magi, a rainha e Grã Magi aceitou Hassen como membro honorário. Porém, o mesmo raramente participa de reuniões, devido seus afazeres como senhor de Sholo. Apenas situações de desastres mágicos ou relações comercias de Sholo.

Hassen Valek por sua vez, é homem enigmático, mas bastante inteligente. Quais são os objetivos de Hassen Valek, ninguém sabe ao certo, mas é motivo de muita especulação nos conselheiros titulares. A presença do mesmo como honorário, também divide opiniões no Conselho Magi. A alguns que apoiam até mesmo que ele vire um membro titular do Conselho Magi. Outros no entanto acham que ele esconde muito mais que parece e dizem que não é confiável. Porém, apesar de tudo, nenhum membro do Conselho Magi nega que Hassen Valek é talvez um dos magos mais poderosos do continente atualmente.

Ursula Da’valora

Atual proprietária da Taverna Meio Mundo e uma também das grandes amigas da Grã Magi. Ursula já fez parte no passado como conselheira titular, tendo sido uma das arcanas que tomou da taverna após morte da sua proprietária. No entanto, a mesma com o tempo passou a dedicar-se cada vez mais Taverna Meio Mundo. Após o fim da Grande Guerra, a mesma queria sossegar e se aposentar sem se preocupar com assuntos do Conselho Magi, por isso mudou sua posição como membra honoraria. Apesar disso, a mesma possui uma ligação muito próxima com rainha e Gra Magi Cassandra, não sendo nem um pouco raro a mesma visita-la na Taverna Meio Mundo. Ursula é uma cavaleira arcana, que combina combate com armas com magia arcana, sendo muito mais forte resistente e combate direto que maioria dos arcanos.

 

Motran Stromhammer

Motran Stormhammer é considerado um caso problemático nos dias de hoje. Durante a Grande Guerra, o Conselho Magi tinha grande interesse em unir os principais arcanos contra ameaça de Necroom. Isso fez com que por uma questão estratégica e politica o Conselho Magi buscasse também cooperação do Reino de Pedra. O anão Motran, que foi criado pelo clã Runestaff, o clã anões arcanos e foi posteriormente descoberto ser sobrinho do rei anão (tornando-se assim um Stormhammer) era um dos melhores candidatos para essa aproximação dos dois reinos. O mesmo começou a se envolver no conflito mais de perto, o que fez haver uma aproximação do Conselho Magi. Principalmente para localizar e conseguir artefatos mágicos durante a Grande Guerra. Numa busca cooperação mutua, o mesmo recebeu espaço no conselho como membro honorário.

Infelizmente, a cooperação acabou sendo parcialmente desastrosa, quando foi descoberto por alguns membros do Conselho de Magi que Motran usava magias de necromancia, considerada inlegal e mal vista em Benzor. Além de o mesmo seguir rumos que eram contra ideias ou formas de agir do conselho. A situação acabou levando varias discussões que acabaram indo a lugar algum e irritando ambos os lados.

Com o fim da Grande Guerra, Motran retornou sua atenção mais para seu povo e os problemas do Reino de Pedra. Para não causar um incidente diplomático de grandes proporções, Motran manteve seu cargo como membro honorário do Conselho Magi. No entanto, sua relação com Conselho Magi nunca mais foi a mesma e a “rixa” perdura até hoje. Independente de quem estava ou não com a razão, o resultado é que Motran não tem contato oficial com o Conselho Magi desde a Grande Guerra. Motran em Benzor é lembrado pela maioria como um anão teimoso e cabeça dura, e que buscava a vitória contra Necroom a qualquer custo. Mas também bastante inteligente e capaz. Apesar da briga, o Conselho Magi reconhece que Motran é um dos maiores arcanos atualidade.


Curtiu O Conselho de Magi? Não deixe de conferir também as demais postagem do cenário de Nohak. Próxima postagem sera sobre a primeira parte de Outros Locais de Nohak, detalhando locais como vilas e cidades menores do continente.

Reserva de Personagens – Dicas de RPG #101

No Dicas de RPG de hoje, Raul Galli traz sugestões para jogar com uma Reserva de Personagens, um estilo de jogo em que cada jogador pode ter mais de um personagem.

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Reserva de Personagens

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