Ascoleth – Suplemento de RPG – resenha

Ascoleth suplemento de RPG é um kit de ferramentas, sem regras, desenvolvido para mestres criarem uma cidade de fantasia científica. Trazido a nós pela Editora Caramelo Jogos.

 Ascoleth …

Ficha técnica 

Escrito por:

Tobias Tarnvik-Laesker (Autor) –

Felix Dester Hultgren (Autor)

Glynn Seal (Layout):

Carlos Castilho (Ilustração da capa e artes interiores):

Patrik Ollsson (Ilustração):

Stor-Thomas (Ilustrador):

  • Formato: A5 (14,8 x 21,0 cm)
  • Quantidade de Páginas Miolo: 32 Páginas
  • Cores
  • Papel: Offset 90g
  • Acabamento: Grampo
  • Capa

Formato: A5 (14,8 x 21,0 cm) Cores

Editora: Rabid Halfling Press.

Edição Caramelo Jogos:

  • Raquel Vasconcelos (Tradução)
  • Fernanda Baldez (Diagramação)
  • Rook Tradução (Revisão) — Equipe Rook

… Se passa em um tempo indefinido, ou no fim dos tempos…

Ascoleth – A última grande cidade

…numa cidade que na verdade é formada por outras cidades, chamadas aqui de distritos, sendo que 3 deles já vem bem definidos, e outros você pode criar por meio de tabelas.

Mas venha. Serei seu guia nesta cidade viva e em eterna mudança. 

As artes internas (coloridas), a diagramação, a tradução, e as adaptações achei muito harmoniosas.

A última grande Cidade em Números…

Foi lançada como pré-venda no catarse. Teve 70 apoiadores, num total de 2587 reais em 15/05/2023.

 

…E você pode ter, em Ascoleth…

… No mínimo 3 distritos:

  1. Praecinktum magitek
  2. Conurbação dos Rejeitados
  3. Burgo Necrosiano

…para o seu grupo de jogadores/heróis explorar lugares e conhecer pessoas, com seus pontos de interesse e facções dominantes. E ainda…

… Encontros memoráveis…

…com:

  • magos,
  • negociantes,
  • mutantes,
  • vampiros,
  • carniçais,
  • mutantes,
  • forasteiros,
  • desempregados…

Entre muitas outras opções, pois em…

… Ascoleth, a última grande cidade…

Ascoleth

Arquitetura, vestuário, população e “governo’ variam muito de um distrito para outro. As tabelas são muito variadas, então o cenário agnóstico tem muita rejogabilidade. Há tabelas para:

  • Rumores
  • Encontros
  • Facções
  • Contexto
  • Geradoras de distritos
  • Geradoras de Aventuras

… Utilizando tabelas, dados e criatividade…

… Pode-se contar estórias compartilhadas com os jogadores num ambiente estranho e visceral. Há avisos de linguagem grosseira e descrição de cenas fortes.

… Então, quais as vantagens de “Ascoleth “?

Se você procura um cenário ou ambientação que com algumas tabelas se torna diferente a cada vez que você joga, multisistema, por um preço super camarada, aqui está. Também gostei da leitura, em si. Muito agradável.

… Desvantagens?

Não é um cenário para sensíveis, na minha opinião. Achei alguns temas e descrições “pesados “. Sim, eu já havia sido avisado…

Impressão pessoal…

… É que a Editora Caramelo Jogos cumpre a promessa de material interessante por um preço acessível. Com aventuras que compartilham a narração entre mestre e jogadores.

C‌urtiu? Quer conhecer este e outros RPGs? No site da Editora Caramelo Jogos? Então clica em Ascoleth

E deixe-se conduzir pela cidade do fim dos tempos, do fim dos dias, entre o fim deste universo e o início do próximo!

E que tal conhecer a Editora Caramelo Jogos?

Temos outras resenhas, aqui no movimentoRPG. Quer checar aqui? E nosso podcast, já conhece? Escuta aqui!


Por último, mas não menos importante, se você gosta do que apresentamos no MRPG, não se esqueça de apoiar pelo PicPay, PIX ou também no Catarse. E com isso, torne-se um Patrono do Movimento RPG e tenha benefícios exclusivos! Ou então, apoie nossa revista digital, a Aetherica através deste link!

 

Contos do Ferreiro em 3D&T

Este artigo sobre “ Contos do Ferreiro em 3D&T ” foi escrito originalmente por Tiago “Ferreiro” Santana, da Comunidade BoraProGame. Veja outras adaptações dos membros da BoraProGame nas edições gratuitas da Tokyo Defender, clicando aqui. Para adquirir as edições do formato em financiamento coletivo, clique aqui.

Nosso Time está dando o SANGUE na MEGALIGA, semanalmente!

 

CONTOS DO FERREIRO EM 3D&T : UM RASTRO EXANGUE

Histórias sobre armas amaldiçoadas são comuns, mas poucas realmente intrigam. E menos ainda chegam a ser mais do que meros contos de terror para assustar aventureiros novatos. Há umas semanas, a guarda relatou sobre corpos de aventureiros completamente drenados nas estradas. Secos como cascas ocres, suas peles desbotadas pelo sangue que nunca mais veriam.

 

 

 

Conversando sobre o assunto com o “Ferreiro” enquanto experimentava peças de armadura.
Falei o que a maioria das pessoas pensou: Vampiros, é óbvio. Mas ele balançou a cabeça negativamente, e revelou um detalhe terrível: os corpos não tinham nenhuma perfuração de mordida, e sim cortes por dentro do corpo e por baixo da pele.

 

“Uma lâmina profana, forjada a partir de um meteorito apelidado de “Lágrima de Sangue”, que caiu séculos atrás em um campo de batalha já encharcado de morte. Alguns acreditavam que necromantes a moldaram, desejando uma arma capaz de rasgar a carne por dentro sem tocá-la diretamente. Outros juravam que vampiros antigos a criaram como um instrumento de caça para alimentar-se de guerreiros enquanto lutavam. Mas minha teoria é menos ortodoxa. Eu acredito que Anemia não foi feita para ser usada por ninguém e sequer deveria existir. Que não há um criador. E sim que aquela coisa se moldou sozinha, se inserindo teimosamente na própria existência apenas para encontrar corpos que pudessem alimentá-la.”

“Anemia é o nome”, ele disse. Uma arma feita da própria desgraça caída dos céus, um pedaço de algo que nunca deveria ter caído neste mundo. Eu mesmo não acreditei que algo assim fosse possível. Até agora.

“Você ainda quer se meter nisso?” — O Ferreiro riu com um toque de desespero. — “é só seguir os corpos.”

CONTOS DO FERREIRO EM 3D&T : NA TRILHA DA MORTE

A trilha de corpos eventualmente me levou a um vilarejo isolado nas montanhas. Cheguei ainda por volta da tarde. Mesmo estando claro, O lugar tinha um tom cinza abandonado. Nenhum som de pássaros, nenhuma brisa entre as árvores. Apenas casas vazias, portas escancaradas, ruas cobertas de poeira e um silêncio opressor. Havia sinais de luta: marcas de lâmina nas paredes, manchas secas amarronzadas de sangue. Mas nenhum corpo.

Até eu chegar à praça central.

Magro como um zumbi, mas por incrível que pareça, ainda respirando. Pele pálida como se nunca tivesse sentido o sol. Uma armadura em frangalhos, suja e rasgada. Sentado sobre um monte de entulho. Esperando.

E, em sua mão, uma lâmina negra como a noite, refletindo a luz de maneira errada, como se sua superfície estivesse viva. O ar ao seu redor parecia… pesado. Como se o próprio espaço estivesse se curvando para longe dele.
“Mais um para me alimentar….”

A voz dele era seca, rouca, como se viesse de muito longe.

“Vim libertá-lo disso”, Respondi.

Ele riu. Um riso seco, vazio, sem alegria.

“Libertar? Não há liberdade. Apenas fome.”

Ele se levantou e abriu os braços, como se estivesse me convidando a atacar.

Eu não perdi tempo.

Disparei contra ele com um golpe certeiro, mirando seu peito. Minha espada atravessou sua carne sem resistência. Por um instante, achei que o combate havia terminado antes mesmo de começar. Mas algo estava errado.

Ele não tentou se defender. Não se moveu para se esquivar. Não tentou bloquear. Ele se deixou ser atingido de propósito.

Ao invés de recuar, ele segurou meu pulso e manteve minha espada dentro dele.

Então, ele sorriu.

E o sangue jorrou.

O golpe que eu acabara de infligir começou a sangrar mais do que o normal. Muito mais. Como se ele estivesse forçando o sangue a sair. O líquido vermelho não caiu no chão. Não ensopou suas roupas. Foi sugado pela lâmina negra. E como se estivesse viva, a espada cresceu. Da fina lâmina de ferro negro cresceu um brilho escarlate. Agora, ao invés de um florete fino, ele empunhava uma espada bastarda grotesca, feita inteiramente do próprio sangue, pulsando como um coração.

Recuei em reflexo, mas no mesmo instante ele se lançou contra mim. Eu tentei bloquear, mas não adiantou. Não houve impacto. A lâmina não cortou minha carne — ela me cortou por dentro. Uma dor terrível atravessava meu corpo.

Cada golpe ignorava minha armadura. Cada corte não abria feridas visíveis, mas a dor vibrava dentro de mim, como se garras invisíveis rasgassem minha carne de dentro para fora. Eu não conseguia ver o ferimento. Mas eu sabia que estava sangrando. Eu sentia meus músculos rasgando sob a pele. Minha visão escurecia a cada ataque. Minha força se esvaía.

Enquanto isso, o portador de Anemia riu, girando a lâmina com facilidade. Sua respiração, antes fraca, agora era firme. Seu corpo parecia mais forte. A palidez de sua pele sumia. Suas costas se endireitaram. Seus olhos fundos ganharam brilho. Cada golpe que ele desferia me drenava um pouco mais, e cada gota do meu sangue que Anemia absorvia tornava-o mais saudável.

Anemia não era só uma arma. Era uma fome em forma sólida. E eu o prato principal.

Eu não podia vencê-lo assim. Se continuasse lutando da maneira convencional, seria totalmente drenado antes de conseguir um golpe decisivo. Eu precisava pensar. Eu precisava tomar a lâmina dele.

Então, tive uma ideia. Se ele havia usado seu próprio ataque para ativar o poder da espada… Eu poderia fazer o mesmo.

CONTOS DO FERREIRO EM 3D&T : ESCOLHIDO PELA MALDIÇÃO

 

Ele avançou para me dar o golpe final, a lâmina de sangue sedenta para me esvaziar completamente.
Ao invés de tentar bloquear, larguei minha espada e esquivei no último instante. O ataque passou a centímetros do meu rosto, provocando um pequeno corte superficial. O portador tentou corrigir a postura, mas sua nova força era instável — rápida demais para ele controlar. Com a última força que me restava, agarrei o cabo da arma e torci meu corpo, arrancando-a das mãos do portador.

E com aquele pequeno corte em meu rosto, a espada fez o que sempre fazia: bebeu meu sangue. Um calor insuportável tomou meu corpo. Era como se algo estivesse puxando minha alma para dentro da lâmina. Mas naquele instante, seu poder era meu agora.

A lâmina pulsou em minhas mãos. Eu podia sentir seu peso, sua fome. E com toda minha força restante, cravei Anemia no peito de seu último dono. Seu corpo ficou rígido. Ele sorriu, e pela última vez, a espada se alimentou dele, literalmente chupando toda sua vida para dentro da lâmina com uma violência absurda. Sua pele murchou como um cadáver esquecido ao sol, ao mesmo tempo que meus ferimentos internos pararam de doer. E então, o homem caiu. Silêncio absoluto. O combate acabou, mas o ambiente continuava pesado.

Eu deveria tê-la destruído naquele momento. Mas não consegui. Ela pulsa em minha mão sempre que a tiro da bainha. E quando tento mantê-la guardada, eu sinto a sua fome. A fome de Anemia não era apenas por sangue. Era pelo próprio ciclo da vida e da morte. Anemia tinha escolhido um novo mestre. E sua fome nunca teria fim.

CONTOS DO FERREIRO EM 3D&T : SOBRE A ARMA MALDITA

Essa arma sinistra feita de metal negro foi forjada do fragmento de um meteorito apelidado de “Lágrima de Sangue” caído há centenas de anos.

Sua lâmina é leve, pesando apenas 2 quilos, cerca de 23cm de cabo, 1 metro de lâmina e 5cm de largura da lâmina como um florete longo. Mas seu verdadeiro poder se revela quando seu usuário é ferido pela primeira vez. Através da primeira ferida aberta, o sangue do usuário jorra e é sugado pela espada, formando uma nova lâmina, esta sendo de sangue. A lâmina de sangue faz a arma ficar com 1,50m de comprimento e 20cm de largura como uma Espada Bastarda. E a partir desse momento, seus golpes não ferem a superfície da carne, mas sim por dentro, provocando cortes sinistros POR BAIXO da pele.


 

NOVO ARTEFATO / ITEM MÁGICO: ANEMIA, A ESPADA INSACIÁVEL

Alpha: 30XP
Construtos, Osteons, Fantasmas ou seres incapazes de sangrar não podem usar essa arma. A partir do momento em que o usuário sofre dano pela primeira vez, o dano sofrido que ativar este efeito é somado como bônus ao dano final de qualquer ataque que o portador realizar utilizando Anemia. Seus golpes Ignoram Armadura, e seu dano mínimo é sempre igual ao F do usuário (contando com quaisquer Bônus de aumento de atributo incluso).

Porém, a partir do momento que seu efeito é ativado, o portador Perderá 1d6 PVs cada vez que atacar com Anemia durante o combate. PVs perdidos dessa forma não podem ser recuperados até o fim da cena. Caso o usuário chegue a zero PVs enquanto o efeito de Anemia estiver ativo, ele deve imediatamente realizar um teste de morte. O usuário sofrerá um aumento de dificuldade cumulativo a cada teste. (6 para morte no primeiro teste, 5 ou 6 no segundo teste; 4,5 ou 6 no terceiro teste, e assim sucessivamente).

Felizmente, se o usuário conseguir provocar um dano crítico em seu alvo, o Dano causado irá recuperar seus PVs na mesma quantidade, sendo essa a única forma de recuperar PVs perdidos pelo efeito da Anemia.

Victory: 30XP
Construtos, Osteons, Fantasmas ou seres incapazes de sangrar não podem usar essa arma. A partir do momento em que o usuário sofre dano pela primeira vez, o dano sofrido que ativar este efeito é somado como bônus ao dano final de qualquer ataque que o portador realizar utilizando Anemia. Seus golpes Ignoram Resistência, e seu dano mínimo é sempre igual ao P do usuário (contando com quaisquer Bônus de aumento de atributo incluso).

Porém, a partir do momento que seu efeito é ativado, o portador Perderá 1d6 PVs cada vez que atacar com Anemia durante o combate. PVs perdidos dessa forma não podem ser recuperados até o fim da cena. Caso o usuário chegue a zero PVs enquanto o efeito de Anemia estiver ativo, ele deve imediatamente realizar um teste de morte. O usuário sofrerá um redutor de -1 cumulativo a cada teste.

Felizmente, se o usuário conseguir provocar um dano crítico em seu alvo, o Dano causado irá recuperar seus PVs na mesma quantidade, sendo essa a única forma de recuperar PVs perdidos pelo efeito da Anemia.


Este artigo sobre “ Contos do Ferreiro em 3D&T ” foi escrito originalmente por Tiago “Ferreiro” Santana, da Comunidade BoraProGame. Veja outras adaptações dos membros da BoraProGame nas edições gratuitas da Tokyo Defender, clicando aqui. Para adquirir as edições do formato em financiamento coletivo, clique aqui.

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Pré-venda de Daggerheart: RPG de Critical Role já tem data de lançamento

O novo sistema de RPG criado pela marca do Critical Role — o mesmo grupo responsável pela animação A Lenda de Vox Machina — finalmente está chegando. Depois de meses de testes e versões prévias, o grupo anunciou a pré-venda de Daggerheart.

O lançamento do jogo está previsto para 20 de maio, mas, para o desânimo dos fãs e jogadores brasileiros, ele deve sair apenas em inglês nesse primeiro momento. Além disso, a pré-venda de Daggerheart não está acessível na América Latina.

No entanto, também temos boas notícias: a editora Jambô — que é brasileiríssima e já publicou outros produtos de Critical Role — confirmou que vai lançar Daggerheart traduzido ainda este ano.

Jambô anuncia que vai lançar Darggerheart no Brasil | Crédito: Reprodução redes sociais

Mas, enquanto o jogo não chega, que tal entender melhor o que é esse tal de Daggerheart?

Pré-venda de Daggerheart: entenda o que é esse sistema

Daggertheart é um novo sistema de RPG publicado pela Darrington Press, a editora criada pela equipe do famoso streaming de D&D Critical Role.

Apesar de ser um RPG de fantasia, que conta com classes tradicionais como guerreiro, bardo e druida, Daggerheart tenta apresentar opções inovadores, que o afastem dos concorrentes clássicos.

Em primeiro lugar, o livro de regras do jogo é acompanhado por um baralho que apresenta as muitas habilidades e magias disponíveis para os personagens, e que não estão detalhadas no livro.

Outro destaque é que o combate não é guiado por turnos — os jogadores e mestre não rolam iniciativa e a ordem é muito mais baseada na narrativa do que na mecânica.

Há, no entanto, uma mecânica que guia quando o mestre pode acionar seus monstros: as rolagens de Medo.

Medo e Esperança: as mecânicas destaque de Daggerheart

Medo e Esperança são recursos disponíveis em Daggerheart, obtidos por meio da rolagem de dados. Sempre que realizarem um teste ou ataque, os jogadores rolam dois dados d12 por ver — um para Medo e outro para Esperança.

Se o dado de Esperança for maior, o jogador ganha pontos de Esperança que pode usar para ativar habilidades especiais.

Por outro lado, se Medo for maior, o mestre ganha um ponto que permite ativar monstros ou usar ataques mais poderosos.

Outro destaque de Daggerheart é a variedade de raças, renomeadas como ‘ancestralidade’; o Ribbet, na foto, é um exemplo. Arte: Bear Frymire | Reprodução Daggerheart

E se estiver muito interessado, temos outra boa notícia: você não precisa esperar o lançamento para experimentar o RPG de Critical Role. A versão beta 1.5 do playtest está disponível no próprio site do jogo para testar.

Você também pode conferir a equipe de Critical Role jogando partidas de Daggerheart no YouTube ou na Twitch. A mais recente é a especial de natal:  Critical Role Presents: A Daggerheart Critmas Story | Live Show.

Outros jogos lançados pela equipe de Critical Role

A abertura da pré-venda de Daggerheart não marca o primeiro lançamento de RPG pela equipe de Critical Role. Apesar de usarem as regras de Dungeons & Dragons em suas campanhas principais — inclusive na campanha que virou a animação A Lenda de Vox Machina — o grupo tem outro RPG publicado.

Esse RPG é Candela Obscura, um RPG do gênero terror, focado em investigações do sobrenatural num mundo fictício semelhante à Terra de 1907

Você pode ler mais sobre esse RPG aqui no Movimento RPG. Toma aqui o link: Candela Obscura- RPG – resenha.

Além de RPGs, o grupo também publica jogos de tabuleiro e suplementos oficiais de Dungeons & Dragons.

A gente já falou aqui, por exemplo, sobre Call of the Netherdeep, uma campanha oficial de D&D feita em parceria com Critical Role, tendo como cenário o mundo de Exandria, onde as aventuras do grupo acontecem.

Outro destaque é Tal’dorei Reborn, um cenário de campanha para D&D que explora um dos continentes de Exandria. Tal’dorei Renascido também está disponível na Jambô.

E por hoje é só! Por enquanto, pegue seus dados, encha-se de Medo e Esperança e prepare-se para a chegada de Daggerheart.

E, enquanto você espera, aproveite para explorar mais do MRPG! Temos muito conteúdo de qualidade sobre RPG de todos os tipos, desde D&D até RPGs brasileiros, por exemplo.

Se você já é fã, considere deixar umas peças de ouro para a gente! Apoie a gente pelo PicPay, PIX ou no Catarse e desbloqueie a classe de prestígio Patrono do Movimento RPG, com benefícios exclusivos! Ou você pode explorar os tomos secretos do conhecimento RPGístico na nossa revista digital, a Aetherica, por meio deste link!

Gênese Zero #35 – Cidadãos Comuns do Horror

Além dos gêneros anteriores o horror na literatura e nos RPGs também não se sustenta apenas em monstros e assombrações. Na verdade, os cidadãos comuns são essenciais para a ambientação e o desenvolvimento narrativo. Eles representam a normalidade que será ameaçada pelo desconhecido, servindo como ponto de conexão entre os jogadores e o mundo ao redor. Desde o taverneiro assustado até o cientista obcecado por seu trabalho, esses personagens ajudam a dar profundidade e imersão à história. Vamos explorar dez arquétipos comuns dentro desse gênero e como utilizá-los de forma criativa.

1. O Curioso Ingênuo

Esse tipo de cidadão, movido pela curiosidade ou pela ingenuidade, frequentemente se envolve em situações perigosas sem perceber as consequências. Por exemplo, um estudante universitário pode, sem querer, despertar uma entidade maligna ao recitar um feitiço encontrado em um grimório antigo. A tensão aumenta à medida que ele percebe que está preso em algo muito maior do que imaginava. Além disso, o desespero se intensifica quando descobre que reverter a situação sozinho é praticamente impossível, levando-o a buscar ajuda em lugares inesperados.

2. O Cético Teimoso

Esse personagem se recusa a acreditar no sobrenatural, mesmo quando confrontado com evidências cada vez mais incontestáveis. Ele pode ser um policial tentando explicar mortes inexplicáveis por meios racionais ou um médico negando a existência de uma praga sobrenatural, atribuindo os sintomas a causas científicas conhecidas. Seu arco narrativo, portanto, gira em torno da lenta e angustiante quebra de sua incredulidade, levando-o a aceitar uma realidade de horror. Além disso, as consequências dessa transformação podem ser dramáticas, afetando sua sanidade e até sua relação com os outros.

3. O Sobrevivente Paranóico

Esse personagem já viu o terror de perto e carrega cicatrizes físicas e emocionais. Pode ser um morador de uma vila remota que sobreviveu a um encontro aterrorizante com uma criatura horrível e, desde então, vive isolado, alertando qualquer um que se aproxime sobre o perigo iminente. Sua presença adiciona tensão à narrativa, pois suas advertências podem ser encaradas como paranoia ou verdade incontestável. Além disso, ele pode ser a única fonte de informação sobre a ameaça, tornando sua história essencial para a sobrevivência dos protagonistas.

4. O Fanático Religioso

Esse personagem acredita que tudo o que acontece tem um significado divino, interpretando eventos sobrenaturais como manifestações de sua fé. Pode ser um padre que enxerga uma invasão demoníaca como um teste imposto por sua divindade ou uma seita secreta que aguarda o apocalipse como uma promessa sagrada. Dependendo de suas crenças e intenções, ele pode ser um aliado valioso, oferecendo orientação espiritual e proteção, ou um obstáculo perigoso, guiando os protagonistas a decisões extremas baseadas em sua visão deturpada da realidade.

5. O Cientista Obsessivo

A busca pelo conhecimento pode levar um personagem a ultrapassar limites perigosos. Ele pode ser um cientista obcecado em reviver os mortos ou um engenheiro que desenvolve máquinas que desafiam as leis da realidade. O verdadeiro horror surge quando suas intenções não são necessariamente malignas, mas suas ações acabam provocando tragédias irreversíveis. Imagine um professor que descobre um método para acessar dimensões paralelas, apenas para perceber tarde demais que abriu caminho para entidades que jamais deveriam ter sido libertadas.

6. A Testemunha Aterrorizada

Esse cidadão viu algo que nunca deveria ter presenciado e agora carrega o peso desse conhecimento. Pode ser um jornalista que expôs uma conspiração sobrenatural e agora é caçado por entidades que desejam silencia-lo. Ou, quem sabe, um detetive que, ao investigar um simples desaparecimento, acabou descobrindo uma verdade muito além de sua compreensão. Seu papel na narrativa adiciona um senso constante de urgência e mistério, pois ele sabe demais, mas ninguém acredita nele—até que seja tarde demais.

7. O Velho Sábio

Esse ancião carrega o peso do conhecimento proibido, sendo uma fonte de informações essenciais sobre as ameaças ocultas do mundo. Pode ser um bibliotecário guardião de manuscritos esquecidos ou um eremita que vive isolado para evitar despertar um mal antigo. Sua presença não apenas guia os protagonistas, mas também acrescenta mistério e urgência à narrativa. Talvez suas histórias sejam vistas como delírios, até que os horrores que ele descreve comecem a se manifestar, forçando todos a reconsiderar sua sabedoria.

8. O Artista Sensível

Esses artistas possuem uma sensibilidade única, captando horrores invisíveis ao resto do mundo. Talvez um músico componha melodias assombradas por vozes desconhecidas ou um poeta escreva sobre eventos que ainda não aconteceram. O verdadeiro terror surge quando eles percebem que suas criações não são meras inspirações, mas presságios de algo inevitável. Essa antecipação os condena a um dilema angustiante: continuar expressando suas visões ou tentar ignora-las, sabendo que o desconhecido avança independentemente de sua vontade.

9. O Empresário Corrupto

Muitas vezes, ele é responsável por despertar o mal por pura ganância. Por exemplo, um magnata da indústria farmacêutica pode testar drogas em uma vila isolada, ou um arquiteto pode construir um prédio sobre um antigo cemitério. Além disso, esse arquétipo é excelente para mistérios envolvendo horrores modernos, pois permite explorar temas como a ambição, a ganância e a falta de responsabilidade.

10. A Criança Profética

Uma figura inocente que tem visões sobre eventos terríveis é um arquétipo comum em histórias de horror. Por exemplo, pode ser uma menina que conversa com “amigos imaginários” que, na verdade, são fantasmas, ou um garoto que desenha eventos futuros em seu caderno. Além disso, sua fragilidade contrasta de forma chocante com a gravidade do horror ao seu redor, criando um sentimento de tensão e vulnerabilidade. Em última análise, essa combinação de inocência e horror pode criar uma atmosfera aterrorizante e emocionante.

Conclusão

Cidadãos comuns em narrativas de terror são muito mais do que figurantes; são pilares que sustentam o suspense e a imersão. Eles ajudam a construir o contraste entre o mundano e o sobrenatural, tornando o horror ainda mais palpável. Ao inserir esses arquétipos em suas histórias, os mestres e escritores conseguem criar um mundo envolvente, onde o medo cresce a partir do ordinário. Afinal, não há terror maior do que o desconhecido infiltrado na rotina de pessoas comuns.

PARA MAIS CONTEUDO DO MESTRE BROTHER BLUE

Insetos & RPG – Dicas de RPG #178

Nessas dicas de RPG, prepare sua rede de caçar borboletas, raquetes elétricas e inseticidas. Um enxame de insetos vai invadir suas mesas de RPG.

Colecionador: Túlio Carneiro

Exterminadora de pragas: Carla Carneiro

Profissional: Mine Carneiro

O Dicas de RPG é um podcast semanal no formato de pílula que todo domingo vai chegar no seu feed. Contudo precisamos da participação de vocês ouvintes para termos conteúdo para gravar. Ou seja, mande suas dúvidas que vamos respondê-las da melhor forma possível.

Portanto pegue um lápis e o verso de uma ficha de personagem e anote as dicas que nossos mestres vão passar.

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Insetos & RPG

Voz: Túlio Carneiro | Mine Carneiro | Carla Carneiro

Edição do Podcast: Senhor A
Arte da Capa: Raul Galli

Músicas: Music by from Pixabay

By Night 7 – Bônus: criando NPCs com o Tarô

No último texto da nossa série sobre como criar seu próprio cenário de Vampiro: A Máscara vamos ver uma técnica simples e divertida para criar NPCs únicos para sua crônica.

Esta técnica é ideal para desenvolver aquele NPC que você improvisou meio do nada quando os jogadores resolveram tomar um rumo inesperado ou quando você precisa criar muitos personagens de uma vez só. No fundo, é apenas mais uma forma de tirar inspiração da aleatoriedade.

Passado, Presente e Futuro

Uma das tiragens mais clássicas do tarô é a tiragem de três cartas. A mais comum é a que divide as três cartas em passado, presente e futuro, mas existem outras (pessoa, caminho e potencial; situação, ação e resultado etc.). Se você acompanhou os textos até aqui, deve se lembrar do texto onde discutimos NPCs e suas características fundamentais: história, conceito e objetivo. Perceba, portanto, que são, essencialmente, a mesma coisa.

A ideia por trás do método é simples: você coloca três cartas na sua frente e atribui cada carta a uma dessas três características. Consulte algum site sobre o significado das cartas de tarô (ou invente seus próprios significados, também vale) e preencha as lacunas que sobrarem com sua criatividade. 

Primeira Carta: História (Passado)

A primeira carta representa de onde o personagem veio: sua infância, juventude ou vida mortal no caso de vampiros.

Adelaide é uma toreadora de 12a geração. Na primeira carta tiramos um 8 de espadas, que está relacionado às palavras chave “prisão, armadilha, auto-vitimização”. Quando mortal, Adelaide foi a “esposa-troféu” de um importante magnata da cidade. Porém, apesar de todo o dinheiro e glamour, ela não estava satisfeita com sua vida. O abraço proporcionou a liberdade e poder que tanto almejava.

Segunda Carta: Conceito (Presente)

A segunda carta representa quem o personagem é no momento. Isso pode ser tanto de um ponto de vista mais pessoal, em termos de personalidade quanto social. Como sempre, use sua criatividade e preencha as colunas.

Sorteamos um 5 de copas. Perda, luto, autopiedade. Adelaide, em seu primeiro frenesi, matou seu marido de quando viva. Por mais que ela detestasse seu antigo parceiro, o choque da morte mudou completamente sua visão de mundo e fez com que ela se tornasse uma pessoa amarga, pessimista e niilista. Isso vai completamente contra a personalidade da maioria dos toreador da Camarilla, o que, naturalmente fez com que, após um breve flerte com o Sabá, Adelaide se aproximasse dos Anarch.

Terceira Carta: Objetivo (Futuro)

A terceira carta representa o objetivo do nosso personagem, e talvez seja uma das mais importantes. É legal deixar as cartas anotadas junto com as palavras chave que elas representam, pois assim poderemos referenciá-las enquanto os NPCs estiverem interagindo com o grupo (ou maquinando seus esquemas por baixo dos panos).

Rei de paus. Situação geral, Líder, Superar Desafios. Adelaide quer ter a cidade na palma de sua mão. Embora tenha cortado suas relações com os toreador da Camarilla, ela pretende esmagá-los um por um em uma vingança sangrenta.

Sim, eu realmente fiz a tiragem enquanto escrevia este texto.

Por fim

Quando você pegar o jeito, pode tentar outras tiragens com mais cartas. Uma que também funcionou legal pra mim foi a tiragem de cinco cartas, parecida com essa, mas com duas cartas adicionais representando o lado ruim e o lado bom da personalidade do personagem.

E assim chegamos ao fim de mais uma série de textos. Espero que isso sirva de inspiração para seu jogo. Se você utilizar o método, compartilhe como foi sua experiência nos comentários abaixo. E não esqueça de ver nosso texto sobre a Segunda Inquisição.

Bom jogo a todos!

Wilderfeast – Taverna do Anão Tagarela #163

Igor Detona, Jujubinha, Ricardo Kruchinski e Mestre Pedrok falam sobre Wilderfeast nessa taverna. Venha saber mais sobre o que significa ser um feral, entenda um pouco mais sobre os mistérios que rondam a Terra Una e, o melhor de tudo, descubra um pouquinho do que vem ai para os biomas brasileiros em Wilderfeast.
A Taverna do Anão Tagarela é uma iniciativa do site Movimento RPG, que vai ao ar ao vivo na Twitch toda a segunda-feira e posteriormente é convertida em Podcast. Com isso, pedimos que todos, inclusive vocês ouvintes, participem e nos mandem suas sugestões de temas para que por fim levemos ao ar em forma de debate.

Portanto pegue um lápis e o verso de uma ficha de personagem e anote as dicas que nossos mestres vão passar.


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Wilderfeast

‎Host: ‎‎Douglas Quadros
‎Participantes:‎‎ Igor Detona | Jujubinha ‎| Mestre Pedro K | Ricardo Kruchinski 
‎Arte da Capa:‎‎ ‎‎Raul Galli.‎

Unidades Militares de Não Humanos para A Lenda de Ghanor RPG – Santos Escritos

Em A Lenda de Ruff Ghanor (os romances, não o Nerdcast nem o jogo), vemos os exércitos dos reinos de Ghanor enfrentando diversas tropas e exércitos de criaturas não humanoides. O próprio dragão vermelho Zamir tinha exércitos de mortos-vivos e de Hobgoblins. Hoje nos Santos Escritos, vamos trazer Unidades Militares dos Domínios de Ghanor formados por não humanos.

Disclaimer

ATENÇÃO!!! A MATÉRIA ABAIXO CONTÉM SPOILERS DE A LENDA DE RUFF GHANOR (O Garoto Cabra, O Herdeiro do Leão O Melhor Amigo do Homem) E DA QUADRILOGIA ANGELICAL (A Batalha do Apocalipse, Herdeiros de Atlântida, Anjos da Morte e Paraíso Perdido). VOCÊ ESTÁ AVISADO!

Além disso, todas as regras abaixo foram feitas por um fã, para fãs. Dessa maneira, não tem nenhum vínculo oficial com a Jambô Editora ou com o grupo Jovem Nerd.

Unidades Militares

Em A Lenda de Ghanor RPG, no capítulo de Domínios (que já falamos sobre aqui), temos o capítulo falando de Unidades Militares na página 298. Unidades militares são recrutadas pela ação Recrutar Tropas (pg. 300), mas precisa de certas construções para serem recrutadas, que você pode conferir na tabela 8-11 do livro. Unidades Militares podem ser usadas para defender domínios ou para auxiliar em aventuras, que você pode ver com mais detalhes no capítulo Usando Unidades.

Unidades Não Humanoides

As unidades militares listadas na página 298 pressupõem que todas as unidades militares são, no mínimo, humanoides ou humanos. Mas no Santos Escritos hoje, vamos imaginar unidades especificas de cada raça de Ghanor RPG, que pode exceder os parâmetros normais.

Para algumas unidades abaixo, você pode comprar as mesmas unidades militares que já existem, mas com os ajustes pedidos. Outras unidades militares tem construções específicas e estáticas específicas, quando for o caso iremos colocar abaixo. Você não precisa recrutar tropas de apenas uma das opções das raças abaixo, mas pode diversificar.

Por exemplo: Ao recrutar uma tropa de Milícia, pode recrutar 5 humanos, 2 anões e 3 elfos. Ou outras formações diferentes. A única exceção são para tropas únicas que devem ser todos da mesma raça.

Anões

Como o povo rígido e durão que são, ao Recrutar Tropas e escolher unidades anões, eles são mais resistentes, porém mais lentos. Anões podem ser recrutados como parte de Milícia, Guardas e Cavaleiros. Eles tem -3m de deslocamento (com exceção de cavaleiros) e eles recebem +1 na Defesa. Porém, por serem mais teimosos, são mais difíceis de manter. Se tiver 3 ou mais anões em uma unidade militar, eles aumentam o valor de manutenção da unidade em 0,25 LO.

Elfos

Elfos são um povo intimamente ligado a natureza, por isso, não é surreal que estejam ligados a domínios próximos a ela. Eles podem ser recrutados como parte de Milícias, Guardas e Arqueiros, eles recebem -1 na Defesa, porém recebem +3m de deslocamento. Elfos arqueiros são mais fortes que arqueiros comuns, e causam +2 pontos de dano.

Elfos também tem uma unidade militar própria, proprietários de um domínio podem plantar uma Árvore Ancestral que mantêm elfos de unidades especiais para lutarem ao seu lado. Essa construção só pode ser feita em Florestas, Pântanos e Planícies, custa 8 LO para construir e 2 LO para manter. Ela permite que o dono do domínio recrute Cavaleiros Élficos que tem 5 de Poder, 12m de deslocamento, 25 de Defesa e tem dois danos: podem causar 1d10 pontos de dano contra alvos adjacentes ou 1d8+4 (já contabilizando o bônus de elfos arqueiros) contra alvos em alcance médio. Além disso, se forem chamados em um terreno natural, os elfos tem camuflagem leve contra ataques de inimigos.

Porém, há mais um problema; elfos precisam de turlin uma bebida especifica, para manterem o foco. Ao final de cada rodada de domínio, o dono do domínio precisa ter uma quantidade de turlin em seu inventário igual a quantidade de unidades élficas que tem, se não tiver, as unidades vão ficar indisponíveis na próxima aventura e só vão voltar na próxima rodada de domínio.

Gigantes

São criaturas simples, mas de hábitos diferentes, com exceção de um gigante notável, poucos foram vistos lutando lado a lado com os exércitos dos homens, mas não quer dizer que isso seja impossível. Gigantes não podem ser recrutados com outras tropas, eles tem uma unidade própria.

Para recrutar gigantes, donos de domínio precisam construir uma Gruta de Gigantes, construir uma custa 4 LO e tem 2 LO de manutenção. Tem Poder 5, deslocamento 9m, Defesa 20 e causam 1d10+2 pontos de dano em alvos corpo a corpo.

Porém, Unidades militares de gigantes tem outras particularidades. Uma unidade militar de gigantes não é formada por 10 unidades, mas por 4 unidades. Ao invés de serem unidades Médias, são unidades Grandes, ocupando 3m de espaço no mapa. Gigantes também não tem 1 PV, como é o comum, mas eles tem 5 PV por nível de domínio. Portanto, gigantes pertencentes a um domínio de nível 3 tem 15 PV.

Hobgoblins

Criaturas implacáveis, normalmente são ligadas as tropas do dragão vermelho Zamir. Diversos tem tentado conquistar espaço nos reinos de Ghanor, principalmente fazendo parte de tropas militares. Porém, ainda são vistos com desconfiança. Hobgoblins podem fazer parte de unidades militares de Milícia, Bandidos, Guardas, Arqueiros Cavaleiros. Ele aumentam a Defesa em +1 e aumentam o dano da unidade em +2, porém aumentam o custo da unidade militar em +1 LO e o custo de manutenção em 0,25 LO.

Além disso, presença de Hobgoblins é mal vista por moradores de domínios, ainda desconfiados pelos anos de dominação de Zamir. Ao recrutar qualquer unidade de Hobgoblins, a popularidade do domínio automaticamente diminui em uma categoria. Porém, caso 3 ou mais Hobgoblins defendam o domínio ou lutem ao lado do regente pelo menos duas vezes, em turnos de domínio ou aventuras diferentes, o povo começa a enxergá-los com mais tranquilidade e essa penalidade não se aplica mais a novas unidades hobgoblins recrutadas.

Meio-Elfos

Não trazem diferenças suficientes para alterar estatísticas de unidades militares. Ainda podem ser recrutados, mas apenas tem mudança cosmética.

Aberrantes

 A Influência do Óleo Negro é palpável nestes, e eles podem ser recrutados como membros normais de qualquer unidade militar como uma mudança cosmética. Porém eles podem ser recrutados como uma unidade própria. Um dono de domínio pode construir uma Comitiva do Deserto em seu domínio, que lhe permite recrutar Magos Aberrantes.

Magos Aberrantes tem o custo de 6 LO, manutenção de 1 LO, poder 3 e Defesa 16. Cada unidade militar da Comitiva do Deserto conta com 5 unidades, ao invés de 10 e eles não causam dano como outras unidades militares. Ao invés disso, quem os estiver comandando pode ordenar que eles conjurem uma magia de 1º círculo. Ao recrutar uma Comitiva do Deserto, escolha uma lista de magias entre as Tradições Arcanas de Magia Abissal, Magia Elemental, Magia Erudita ou Magia Rústica.

Cada unidade pode laçar uma magia de 1º círculo da lista escolhida usando os valores de Inteligência do dono do domínio para fins de cálculo de CD. As magias lançadas pelas unidades militares não podem receber benefícios de poderes que afetam magias do dono do domínio e não podem aplicar aprimoramentos, usando só a versão base da magia. Após lançar a magia, a unidade militar sai de combate.

Conclusão

Algo legal do combate tático usando unidades militares, não apenas no RPG mas também em jogos TBS (Turn based strategy ou de Estrátegia baseada em Turnos) é brincar com diferentes unidades em combates que podem dar mais bônus ou auxílios para a sua party. Na matéria de hoje quis brincar mais com as diferentes possibilidades que a regra de Unidades Militares podem trazer a mesa, espero que gostem!


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Texto: Gustavo “AutoPeel” Estrela.
Revisão: Raquel Naiane.

Among Us em 3D&T

Este artigo sobre “ Among Us em 3D&T ” foi escrito originalmente por W. Anderson. Veja outras adaptações dos membros da TD nas edições gratuitas da Tokyo Defender, clicando aqui. Para adquirir as edições do formato em financiamento coletivo, clique aquiNavegue conosco na MEGALIGA, semanalmente!

 

SOBRE AMONG US EM 3D&T

Among Us é um dos jogos multiplayer de maior sucesso em 2020. Nele, a tripulação espacial à bordo da Skeld deve realizar diversas tarefas para manter sua nave funcionando, enquanto tentam descobrir quem entre eles é o impostor: um ser infiltrado com a missão de sabotar tudo e matar todos. Saiba mais sobre esses navegantes do espaço e como cumprir as tarefas de Among Us e aumente suas chances de vitória nesse space horror divertido!

 

OS TRIPULANTES DE AMONG US EM 3D&T

Nesse jogo, o mestre tem a opção de distribuir fichas prontas para os jogadores, o que é o mais indicado. Esses personagens possuem habilidades e perícias apropriadas para resolver a maioria dos problemas e tarefas necessárias para que a nave chegue à sua base em segurança.

 

Capitão

F1 H1 R2 A0 P0; Perícias: Combate, Sobrevivência

 

Engenheiro

F0 H1 R0 A2 P1; Perícias: Máquinas, Ciências

 

Cientista

F0 H2 R1 A1 P0; Perícias: Ciências, Investigação

 

Tripulante

F2 H0 R1 A0 P1; Perícias: Máquinas, Sobrevivência

 

Médico

F0 H2 R2 A0 P0; Perícias: Medicina, Investigação


 

SKELD : A NAVE MÃE DE AMONG US EM 3D&T

 

The Skeld é uma enorme nave espacial pintada em cinza azulado. A nave possui diversas salas, cada uma com suas funções, e é movida por dois motores de combustão nas salas traseiras com cinco propulsores nas costas, que são alimentados por um reator localizado entre os dois motores. A nave está totalmente equipada, sendo armada com dois canhões de energia vermelhos controlados remotamente no canto superior direito e dois escudos que podem ser alimentados eletricamente no canto inferior direito. Atrás dos escudos podem ser vistas diversas antenas de comunicação, que parecem estar em constante contato com seres desconhecidos. Ainda atrás, avista-se um compartimento de coleta de lixo. O navio conta ainda com cantina, administração, enfermaria, sistemas de segurança e um depósito. A nave parece pertencer à MIRA, pois é operado pelos mesmos tripulantes que ali trabalham..

 

MISSÕES AMONG US EM 3D&T

A cada cena, o Mestre pode escolher ou sortear o alerta de tarefa que precisa ser solucionada.

O ideal é acionar uma tarefa por turno para cada dois tripulantes presentes, podendo variar para criar as devidas dificuldades à cena. Os jogadores decidem como e com quem se deslocarão para cada setor. Cada falha nos testes causará uma avaria à nave, que precisa ter seus pontos de funcionamentos controlados pelo Narrador. A Skeld suporta inicialmente até seis falhas, sendo possível reduzir seu nível de dano obtendo êxito em algumas missões, conforme listado.

Missão (role 2d6) Local Descrição
2) Acabar com os Asteroides Sala de Armas Destruir 1d6 Asteróides, FD2, 5PV por Asteróide (nave suporta até seis falhas)
3) Reativar Escudos Escudos Teste de Máquinas, ND 9 (cada sucesso reduz uma falha da nave)
4) Ajustar a Potência do Motor Motor Superior e Motor Inferior Teste de Máquinas ou Ciências, ND 6, (necessários 2 sucessos, um em cada local, para estabilizar e reduzir um nível de dano)
5) Arrumar Fiação Elétrica, Armazenamento, Cafeteria Teste de Máquinas, Ciências ou Sobrevivência, ND 9 (três sucessos, um em cada local)
6) Abastecer os Motores Armazenamento (1ª Etapa) / Motores Superior e Inferior (2ª Etapa) Pegue o combustível na sala de Armazenamento e transporte até os Motores (uma ação simples cada, além do deslocamento)
7) Enviar Scan Enfermaria Teste de Medicina ou Ciências ND 6 (um sucesso para identificar o Impostor, só pode ser feito após “Abastecer os Motores” e “Arrumar Fiação”)
8) Esvaziar o Lixo Cafeteria (1ª Etapa) / Armazenamento (2ª Etapa) Teste de F ou H, ND 6 (precisa ser desobstruído para eliminar o Impostor)
9) Reabastecer Tanques de Respiração O2 Consome uma ação, permanecendo Indefeso durante uso da máscara
10) Transferir Dados de Identificação Cafeteria, Comunicações, Elétrica, Navegação, Armas (1ª Etapa) / Administração (2ª Etapa) Ação simples (Impostor pode fingir que enviou os dados, Teste de Artes ou Crime ou Manipulação, ND 6)
11) Mapear Rota Navegação Teste de Sobrevivência ou Investigação, ND 9 (três sucessos acumulados para retornar à base, necessário ter concluído “Abastecer os Motores” para retornar à base)
12) Ligar Reator Reator Teste de F ou H, ND 9 (acrescenta um sucesso para retornar à base)

 

O IMPOSTOR AMONG US EM 3D&T

Além dos sorteios normais, o Mestre deve fazer um sorteio secreto para que um dos jogadores seja o Impostor (digo um, ou mais se o Narrador for cruel ou a mesa for grande).

Este jogador terá que ignorar a ficha de tripulante no que se refere às perícias e irá, sempre que tiver oportunidade, sabotar algum dos equipamentos ou dependências da Skeld – bastando consumir uma ação simples ao passar pelo local e informando isso secretamente ao Mestre. Para não ficar na cara a identidade do Impostor, o Narrador pode informar a pane em até três rodadas após a sabotagem.

O Impostor pode ainda matar outro personagem, precisando apenas informar secretamente ao Mestre sua intenção no instante em que cruzar à sós com sua vítima. Quando o Narrador achar oportuno, ele próprio rola o teste da FA e pede ao alvo um Teste de FD com dificuldade igual à FA rolada antes (mesmo que atacante e alvo já não estejam mais perto). Se o alvo falhar nesse teste, criativamente o Narrador precisa descrever como aconteceu a morte e reportar no final da cena que a Skeld identificou o fim dos sinais vitais de um dos navegantes. Se o alvo sobreviveu ao ataque, um combate ou perseguição normal deve ser narrado, ficando claro aos demais jogadores (que devem evitar o metagame) sobre quem é o vilão – isso se houverem testemunhas e sobreviventes!

AMONG US EM 3D&T : QUEM VENCE?

Existem quatro formas principais do jogo se encerrar:

A nave sofrer o total de falhas igual ou maior que seis, levando à uma implosão no espaço e à morte de todos, satisfazendo os desejos dos Impostores;

Os Impostores eliminarem todos os tripulantes, assumindo o controle da Skeld;

Todas as tarefas possíveis da nave são concluídas, acumulando os sucessos e requisitos necessários para nave retornar à base;

Identificar e eliminar com sucesso todos os Impostores, através do compactor de lixo da nave.

 

Fiquem à vontade para criar outras formas de solução dos desafios!


 

Este artigo sobre “ Among Us em 3D&T ” foi escrito originalmente por W. Anderson. Veja outras adaptações dos membros da TD nas edições gratuitas da Tokyo Defender, clicando aqui. Para adquirir as edições do formato em financiamento coletivo, clique aquiNavegue conosco na MEGALIGA, semanalmente!

 

 

 

Aprendiz de Mestre – Heróis em Busca de Redenção

Nem todo mundo que comete falhas merece ser perdoado, a redenção é um dos temas mais poderosos da narrativa, trazendo profundidade emocional e desenvolvimento significativo para os personagens. Em uma campanha de RPG, oferecer um arco de redenção pode transformar vilões em aliados, desafiando conceitos de moralidade e criando momentos inesquecíveis. No entanto, para que essa jornada seja envolvente, é essencial que o passado do personagem realmente pese sobre ele e que a redenção não seja algo fácil ou imediato. A seguir, exploramos dez maneiras de construir arcos de redenção impactantes em sua campanha.

O Passado que Não Pode Ser Esquecido

Para que um personagem busque redenção, é fundamental que ele tenha um passado que o assombre. Talvez tenha cometido atos imperdoáveis ou tomado decisões que causaram grande sofrimento. Imagine um antigo general que, após massacrar uma vila inocente, agora vive como um andarilho, ajudando os necessitados enquanto tenta pagar sua dívida moral. Esse passado deve ser constantemente lembrado na história, seja por meio de NPCs ou eventos que reforcem as consequências de seus atos.

A Dificuldade da Aceitação

A redenção nem sempre é aceita pela sociedade. Mesmo que o personagem se esforce para mudar, muitos podem não estar dispostos a perdoa-lo. Por exemplo, um ex-ladrão pode tentar salvar uma cidade de um ataque, mas os moradores ainda o enxergam como um criminoso. Assim, ele precisa superar não apenas seus erros passados, mas também a desconfiança alheia. Trabalhar essa rejeição acrescenta profundidade ao arco narrativo, tornando a jornada mais desafiadora e emocionalmente envolvente.

O Desafio de Provar-se Digno

O personagem não pode apenas afirmar que mudou; ele precisa provar isso com atitudes concretas. Para fortalecer essa transformação, crie desafios que testem seus valores recém-adquiridos. Por exemplo, um ex-assassino pode se deparar com a oportunidade de salvar um antigo alvo de sua guilda. Nessa situação, ele estará disposto a arriscar sua própria vida para protegê-lo? Essas escolhas reforçam seu arco narrativo, tornando a redenção mais impactante e realista.

O Mentor ou Guia na Jornada

Um mentor pode facilitar a redenção, mas também gerar conflitos internos. Um paladino veterano pode tentar guiar um ex-herege, mas será que esse aprendiz realmente acredita na nova fé ou apenas busca redenção sem entender seu caminho? Além disso, a relação entre mestre e discípulo pode se tornar um ponto central do arco narrativo, trazendo dilemas sobre obediência, crença e transformação pessoal. Dessa forma, explorar essa dinâmica pode aprofundar o desenvolvimento do personagem e enriquecer a história.

As Tentações do Passado

Mesmo em busca de redenção, o personagem pode enfrentar tentações. Um mercenário arrependido, por exemplo, pode receber uma oferta milionária para um trabalho que compromete sua nova moralidade. Esse dilema adiciona profundidade à narrativa e torna a jornada mais envolvente. Além disso, a tensão entre mudança e recaída cria oportunidades ricas para o desenvolvimento do personagem.

A Oportunidade de Salvar Outros

Muitas vezes, a redenção vem ao ajudar alguém que enfrenta dilemas semelhantes. Um ex-ladrão pode encontrar uma criança nas ruas e decidir treiná-la para um caminho diferente do que seguiu. Essa passagem de conhecimento e proteção pode ser um momento forte dentro da narrativa.

O Peso das Consequências

Mesmo que um personagem busque a redenção, ele pode nunca escapar totalmente de seu passado. Um ex-cavaleiro tirano pode se tornar um herói, mas ainda assim pode ser caçado por antigos inimigos ou ter aliados que hesitam em confiar nele. O RPG deve refletir essa carga emocional e prática, mantendo o passado sempre presente.

A Última Prova

Toda jornada de redenção precisa de um momento de clímax. Esse pode ser um sacrifício heroico ou um ato definitivo de superação. Imagine um necromante que, para provar sua mudança, precisa destruir uma relíquia que daria a ele o poder de trazer alguém de volta à vida. Ele escolherá o caminho correto ou cederá à tentação?

O Conflito Interno

Além dos desafios externos, a luta interna do personagem deve ser trabalhada. Ele pode se sentir indigno de redenção, duvidar de suas próprias intenções ou até questionar se está mesmo mudando. Criar momentos introspectivos e conversas profundas entre personagens ajuda a desenvolver esse aspecto.

O Perdão Final

Por fim, a conclusão da jornada deve refletir o impacto das ações do personagem. Seu esforço será reconhecido? Ou talvez a redenção não venha da aceitação dos outros, mas da sua própria paz interior? Fechar o arco narrativo com um momento significativo pode ser um dos pontos mais emocionantes de toda a campanha.

Conclusão

Arcos de redenção não são apenas sobre mudar de lado, mas sobre transformação genuína e desafios morais. Quando bem desenvolvidos, esses arcos criam histórias ricas, personagens marcantes e campanhas emocionantes. Como mestre, explorar a complexidade da redenção permite não apenas aprofundar o universo do jogo, mas também oferecer aos jogadores experiências narrativas inesquecíveis. PARA MAIS CONTEUDO DO MESTRE BROTHER BLUE

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