Investigar – Livro-Jogo – parte 1 – Resenha

Investigar – Livro-Jogo. Nossa resenha sobre um livro-jogo, nacional, com 04 aventuras, ambientado numa Londres vitoriana de 1888. Atreva-se a encarar a névoa londrina, desvendando grandes mistérios!

Investigar — Livro-Jogo — Ficha Técnica

  • EDIÇÃO DE LUXO EM CAPA DURA
  • 880 PÁGINAS PARA INVESTIGAR
  • TRILHAS SONORAS E AUDIODRAMAS
  • MAIS DE 200 ILUSTRAÇÕES
  • EXTRAS SOBRE CADA CASO REAL
  • 7 MICRO CONTOS DE TERROR
  • Autores/produtores: Carolina Bilarva, Felipe Abreu, Gabriel Garcia, Lucas Castelo
  • Ilustrações: Gino Baiense 
  • Editora Independente – Estúdios GACC
  • publicação de 2024

    Investigar – Livro-Jogo autores & produtores

Investigar – Livro-Jogo em números

Projeto de sucesso no Catarse, com arrecadação de 127.062 reais, (158% da meta) e 506 apoiadores, em 20/04/2024. E ainda teve um apoio tardio, com 34.114 reais e mais 124 apoiadores, até 08/07/2024.

Em Investigar, Livro-Jogo…

Investigar Livro-Jogo

…Você precisa de dados de 6 faces, (ou você pode usar um aplicativo de simulação de dados), papel e lápis.

Claramente inspirados em Sherlock Holmes, além de muitas referências da cultura pode mistério e terror da era Inglaterra do século XIX .

São no total 2022 passagens, é como se você tivesse 4 livros jogos num só. E mesmo com regras valendo para todas as aventuras, cada uma delas tem uma(s) evidência “permanente”, que influencia na próxima investigação.

As regras utilizam sorte, de fichas de tempo, e anotações de evidências. 

Assim, falemos sobre a primeira aventura…

O roubo do retrato do Duque de Wellington…

Investigar, o Roubo do Retrato

Que foge do lugar-comum de livros-jogos, com uma ambientação de mistério e investigação, no lugar da clássica fantasia medieval. Você pode ajustar o grau de dificuldade, conforme regras do livro, com mais ou menos tempo para a investigação. Este mistério é o inicial, e o mais fácil. Pra você entender como as coisas funcionam.

Por outro lado, isto fez um contraste gostoso com a aventura seguinte…

O Fantasma de Hammersmith, onde…

Precisamos descobrir como um fantasma poderia assassinar alguém. Somos investigadores da Scotland Yard. Não há tempo para superstições. Sério mesmo?

Pontos fortes de Investigar — Livro-Jogo

  1. Você tem uma experiência de jogo e literatura de uma vez só.
  2. As aventuras permitem uma experiência completa num tempo longo, se em equipe, com início, meio e fim. Sozinho, é bem mais rápido.
  3. Ideal para iniciar no universo de RPGs e livro-jogos, especialmente jovens leitores.
  4. Os “props”, ou “handouts“, elementos táteis deste universo de ficção, aumentam muito a imersão e contribuem para atmosfera
  5. É mais narrativo que outros livros jogos, e ilustra (muito) bem a Londres de 1888.
  6. Fitilho verde, 880 páginas, capa dura , ótimas ilustrações.
  7. Elementos de investigação permitem investigar cenas do crime, interrogar suspeitos, enquanto se controla o tempo e revisa evidências
  8. Adaptação para jogar em grupo é muito fácil, pois não há combates.
  9. QR codes para música e narração contribuem para imersão.
  10. Qualidade do papel  e dos props, achei ótimo.
  11. O design do livro, do jogo e dos props, todos combinam entre si. Ficou harmonioso.
Investigar – mais props

Entretanto, temos pontos fracos de Investigar, Livro-Jogo?

  1. Se você quer uma experiência mais curta, não vai dar. E quanto mais gente, mais lento, pois passamos mais tempo discutindo as opções.
  2. Rejogabilidade boa, mas limitada, claro.
  3. A primeira aventura,  o roubo do retrato do duque de Wellington , pode ser um pouco fácil de demais.
  4. Tive a impressão de que houve um pouco de passagens “curtas demais“, quando algumas poderiam ser um pouco mais longas, e cansaria um pouco menos o “ir e vir” nas páginas.
  5. Eu não gostei da mecânica de sorte. Já minha filha adorou. Creio que é algo pessoal.
  6. Claro, um material tão bem feito e imersivo, não pode ser barato. 
  7. Apesar do design combinar, talvez tenha um pouquinho de modernidade demais na capa. Destoa um pouquinho do interior do livro…

Investigar – Livro-Jogo — Modo de Usar

Apesar das vantagens de poder jogar em grupo, deixa te dar umas dicas.

  1. Anote as passagens que você está indo, como um mapa numérico. Cedo ou tarde, você vai perder a passagem ou acidentalmente fechar o livro com tantas idas e vindas
  2. Faça um rodízio. Uma pessoa lê em voz alta, outra anota as passagens, e mais uma faz os testes de sorte e escreve as pistas. De outra forma, vai ficar cansativo, e alguém vai ficar desatento.
  3. A primeira aventura, em grupo de 3 pessoas, durou 3 horas, a segunda aventura em 4 pessoas, durou 4 horas, ou seja quanto mais gente, mais lento
  4. Se você deseja uma experiência mais longa e profunda, explorando mais lugares e pistas, vá no modo fácil.

Minha impressão pessoal…

É que este é um livro-jogo de um autor brasileiro & equipe experientes, que teve a capacidade de criar uma experiência de jogo investigativo maravilhosa. Uma investigação minuciosa sobre a época e local, e ótimas descrições. É um automático clássico moderno. E investigar foi nomeado finalista no prêmio Ludopedia, no momento que escrevo este texto. 

Gosta de livros-jogos? Quer passar horas no hobby, afastando das telas? Curte filmes e livros de mistério, Sherlock Holmes, Inglaterra da época vitoriana? Está aqui uma excelente oportunidade. E ainda fomenta os escritores nacionais.

Em breve, jogarei as outras aventuras que me aguardam, e farei a parte 2 da resenha.

C‌urtiu? Quer adquirir o livro-jogo? Então clica em Investigar – Livro-Jogo.

Como se não bastasse, o lançamento anterior de outro livro-jogo, ambientado em São Paulo num apocalipse zumbi, está de volta em formato digital. — clica em Sobreviver!

Até breve, detetives, que sua investigações tenham sucesso e tragam justiça!

Temos outras resenhas, aqui no MovimentoRPG. Quer checar aqui? E nosso podcast, já conhece? Escuta aqui!


Por último, mas não menos importante, se você gosta do que apresentamos no MRPG, não se esqueça de apoiar pelo PicPay, PIX ou também no Catarse. E com isso, torne-se um Patrono do Movimento RPG e tenha benefícios exclusivos! Ou então, apoie nossa revista digital, a Aetherica através deste link!

Manobras de Bartitsu para 3D&T

Este artigo sobre as Manobras de Combate inspiradas no Bartitsu para 3D&T foi feito originalmente no blog Brigada Ligeira Estelar. Veja o artigo na íntegra clicando aqui, que inclui todo o restante de Manobras de Combate, assim como o restante das armas de couro utilizadas por praticantes do Bartitsu. Para outros posts da Megaliga Tokyo Defender, clique aqui.

Esta arte marcial foi criada por Edward William Barton-Wright, um engenheiro britânico que viveu no Japão e adaptou técnicas de artes marciais nipônicas em uma cujo nome é a combinação de seu sobrenome “Barton” com “Jiujitsu”. As técnicas são combinadas entre Boxe, Luta Livre (Wrestling), Karatê, Judô, Jiujitsu, Savate, Canne de Combat (ou arte marcial com bastonetes, desenvolvida na França), Hanbojutsu e Tanjojutsu (estas duas últimas, artes marciais ligadas a bastões curtos).

A arte marcial ajuda os cavalheiros e nobres a se defenderem em situações perigosas, mas ainda mantém sua nobreza ao lembrar as táticas delicadas e elegantes. As habilidades de combate de Bartitsu são variadas, incluindo combate corpo a corpo, combate com bengala, usando um chapéu ou um guarda-chuva portátil como uma verdadeira arma. O Bartitsu é voltado para a habilidade de enfrentar muitos oponentes: Barton-Wright uma vez provou ser capaz de derrubar sete oponentes com corpos musculosos ao mesmo tempo.

Uma vez que as técnicas de Boxe, Luta Livre, Karatê, Judô, Jiujitsu e Savate já são conhecidas, o foco será dado às técnicas para uso de bastões curtos e itens semelhantes (como bengalas, cassetetes, guarda-chuvas, cetros etc.), assim como as armas muito especiais utilizadas pelos “cavalheiros” que praticam o Bartitsu.

O Bartitsu é um estilo de luta elegante e utiliza movimentos muito semelhantes aos da esgrima — em regras, isso significa que todas as manobras de combate de Brigada Ligeira Estelar para a esgrima funcionam com perfeição para as bengalas, armas improvisadas e armas de couro dos praticantes desta arte marcial de cavalheiros, além de haver certa predileção dos praticantes do Bartitsu pelos mantos, sobretudos e peliças.

Artifício: O praticante de Bartitsu não deseja manter a luta por muito tempo, e prefere usar a esperteza para não arriscar a própria integridade física. Quando estiver no momento de um ataque, ele pode distrair seu atacante com algum item improvisado: pode ser jogando seu lenço de bolso ou chapéu no rosto do oponente, chutando areia ou poeira ou ato semelhante. Gaste 1 PH e faça um teste de H. Se você tiver sucesso, o atacante sofre uma penalidade de -2 em A até o final da rodada seguinte. Esta manobra de combate só pode ser realizada como técnica defensiva, não ofensiva.

Garrote: Seu personagem consegue prender seu oponente com seu bastão ou arma de couro — enquanto mantém o oponente preso, ele deve fazer ataque normal e gastar 2 PHs para conseguir manter o personagem preso, e a cada turno a vítima perde 1 PV por sufocamento por turno. Caso o oponente se livre do Agarrão, Montada ou Picada da Cobra, o dano por sufoco é interrompido.

Pré-requisito: Agarrão, Montada ou Picada da Cobra*.

Clique aqui para ler o restante das Manobras de Combate.

Armas de Couro

Embora pouco conhecidas, as armas de couro sempre foram itens de razoável conhecimento dos britânicos, enquanto apenas os chicotes de couro têm certa popularidade mundial. Inclusive, tais armas são tão pouco conhecidas que mesmo seus nomes nunca receberam traduções em idiomas como o próprio português. Desconsiderando chicotes, as armas de couro mais utilizadas pelos praticantes do Bartitsu são as seguintes:

  • Blackjack ou Cosh: forte efeito de mola, às vezes rígido, com uma extremidade do bulbo arredondada fundida em chumbo, envolta em couro, geralmente trançada ou parcialmente trançada. Variam em tamanho e peso e têm um perfil redondo.
  • Sap: um peso plano ou oval, tradicionalmente de chumbo, mas às vezes de aço plano imprensado entre couro. Tem um perfil plano. Às vezes com mola de aço, às vezes não.
  • Twistjack: comprimento de cabo de aço trançado com ponta arredondada fundida em chumbo, envolto em couro, menor que um blackjack. Normalmente trançado parcial ou totalmente. Variam em tamanho e peso e têm um perfil redondo. Não há efeito de mola.

Clique aqui para conhecer outras armas de couro utilizadas por praticantes do Bartitsu.

Este artigo sobre as Manobras de Combate inspiradas no Bartitsu para 3D&T foi feito originalmente no blog Brigada Ligeira Estelar. Veja o artigo na íntegra clicando aqui, que inclui todo o restante de Manobras de Combate, assim como o restante das armas de couro utilizadas por praticantes do Bartitsu. Para outros posts da Megaliga Tokyo Defender, clique aqui.

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